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CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DA

AMAZÔNIA-UNIFAMAZ
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

HUGO LEONARDO GONÇALVES CARDOSO


KAIO REIS SAITO

RELATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

BELÉM-PARÁ
06/2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DA
AMAZÔNIA-UNIFAMAZ
CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

HUGO LEONARDO GONÇALVES CARDOSO


KAIO REIS SAITO

RELATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

Relatório apresentado ao Centro Universitário


Metropolitano da Amazônia - UNIFAMAZ
para obtenção de nota referente à segunda
avaliação regimental do segundo semestre do
curso de psicologia na disciplina de Psicologia
Experimental. Professor Dr. Pedro Felipe dos
Reis Soares.

BELÉM-PARÁ
06/2022
RESUMO

O presente relatório irá introduzir o leitor à análise do comportamento, apresentando,


de forma breve e revisada, o conteúdo literário da obra “Princípios Básicos de Análise do
Comportamento” por autoria de Márcio Borges Moreira e Carlos Augusto de Medeiros,
utilizados como base teórica de análise comportamental para a realização dos
experimentos. O objetivo deste relatório é fazer uma descrição dos procedimentos
realizados pelos experimentadores em laboratório durante suas atividades de análise
comportamental, detalhando passo a passo as metodologias de aprendizagem, como
reforçamento, modelagem e extinção, empregadas em cada exercício. Ao decorrer do
presente documento serão apresentados, também, o sujeito experimental e suas respectivas
origens, os materiais e equipamentos utilizados e o ambiente experimental no qual as
atividades foram efetuadas. A partir disso, serão apresentadas as atividades por partes,
salientando como o pesquisador pode realiza-las e quais resultados devem ser obtidos a partir
da conclusão das mesmas. Por fim, serão exibidos os resultados ilustrados por gráficos
que representam os processos de aprendizagem abordados em cada exercício, assim
como as variações comportamentais apresentadas pelo sujeito experimental,
evidenciando desde seu nível operante, passando pelo reforçamento de respostas e
posteriormente pelo processo de extinção.

Palavras-chave: Relatório, Psicologia Experimental, Sniffy, Sujeito Experimental.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................6

1.1 Objetivo
geral ......................................................................................................................7

2
MÉTODO ...............................................................................................................................7

2.1 Sujeito experimental...........................................................................................................7

2.2 Equipamentos e materiais .................................................................................................8

2.3 Ambiente experimental .....................................................................................................8

2.4 Procedimento ......................................................................................................................8

2.4.1 Exercício I - Observação do Comportamento do Sujeito Experimental na Caixa de


Skinner.......................................................................................................................................8

2.4.1.1 Objetivo .........................................................................................................................8

2.4.1.2 Procedimento Específico ..............................................................................................8

2.4.2 Exercício II– Medida do Nível Operante da Resposta de Pressão à Barra


(RPB)..........................................................................................................................................9

2.4.2.1 Objetivo .........................................................................................................................9

2.4.2.2 Procedimento Específico .............................................................................................9

2.4.3 Exercício III - Treino ao Comedouro para Variação e Seleção do Comportamento


de Aproximação .......................................................................................................................9

2.4.3.1 Objetivo .......................................................................................................................10

2.4.3.2 Procedimento Específico ............................................................................................10

2.4.4 Exercício IV– Modelagem da Resposta de Pressão à Barra


(RPB)........................................................................................................................................10

2.4.4.1 Objetivo .......................................................................................................................10

2.4.4.2 Procedimento Específico ............................................................................................10


2.4.5 Exercício V– Fortalecimento da Resposta de Pressão à Barra por Reforçamento
Contínuo ..................................................................................................................................11

2.4.5.1 Objetivo .......................................................................................................................11

2.4.5.2 Procedimento Específico ............................................................................................11

2.4.6 Exercício VI– Extinção da Resposta de Pressão à Barra


(RPB)........................................................................................................................................11

2.4.6.1 Objetivo .......................................................................................................................11

2.4.6.2 Procedimento Específico ............................................................................................11

3 RESULTADOS ....................................................................................................................12

4 DISCUSSÃO ........................................................................................................................15

5 REFERÊNCIAS...................................................................................................................16
6
7

1 INTRODUÇÃO

O behaviorismo desenvolveu metodologias para se estudar o comportamento, as quais


posteriormente seriam adotadas pela psicologia. Seu surgimento se dá com a finalidade de
explicar e compreender, de forma científica, fenômenos psicológicos e comportamentais,
através da observação, experimentação e se necessário, inserção de reforçadores. “O
Behaviorismo surgiu no começo deste século como uma proposta para a Psicologia, para
tomar como seu objeto de estudo o comportamento, ele próprio, e não como indicador de
alguma outra coisa”. (MATOS, 1995, p.1).

A análise do comportamento surge como uma forma de estudar o sujeito através dos
eventos passíveis de observação, preocupando-se com suas causas e estímulos antecedentes,
mas sobretudo consequentes. Para relatar a análise do comportamento, é necessário
ressaltar a importância de se seguir padrões metodológicos a partir de uma observação
científica, a qual consiste em uma análise sistemática e objetiva que demanda a admissão
de procedimentos específicos de coleta e registros de dados. Para a obtenção e registro
desses dados, precisa-se do conhecimento acerca de conceitos básicos sobre o
comportamento, como o reflexo (inato ou aprendido), os condicionamentos (respondente
ou operante), processo de modelagem e extinção.

O reflexo fundamenta-se na interação entre o estímulo e a resposta, com isso, observa-


se a intensidade do estímulo e a magnitude da resposta, ambos tratando-se da quantidade de
estímulo e quantidade de resposta, sendo que o primeiro influencia o segundo
consequentemente. Portanto, a lei do limiar estipula que é requerido um nível mínimo de
estímulo para a eliciação da resposta e o tempo entre o estímulo e a resposta denomina-se
latência. Considera-se um reflexo como inato quando há uma preparação mínima
presente em todo organismo voltada à sobrevivência e à interação com o ambiente. Por
outro lado, o reflexo aprendido baseia-se na capacidade de aprender um novo reflexo.
Para que haja tal aprendizagem, um estímulo que não elicia uma determinada resposta
(neutro) deve ser emparelhado a um estímulo que a elicia. Assim, fazendo com que
ambos eliciem tal resposta e este modelo de aprendizagem foi descoberto pelo fisiólogo
Ivan Pavlov, ficando conhecido como condicionamento Pavloviano ou condicionamento
respondente. (MOREIRA E MEDEIROS, 2018)
8

Ao passo que o condicionamento respondente consiste no emparelhamento de um


estímulo neutro a um estímulo eliciador. Tem-se em contrapartida o comportamento
operante. Classifica-se como operante o comportamento que produz consequências
relacionadas a alterações no ambiente das quais a probabilidade de ocorrência futura é
afetada por tais consequências. Essas consequências que advém esses comportamentos
podem ser reforçadoras ou punitivas, estas que resultam respectivamente no aumento,
ou diminuição da frequência de determinado comportamento voluntário ser
apresentados posteriormente pelo sujeito. (MOREIRA E MEDEIROS, 2018)

A modelagem é a forma pela qual um novo comportamento começa a fazer parte do


repertório comportamental de um organismo, se dando a partir de reforços conforme ocorre a
aproximação de um comportamento alvo, ou seja, reforços são introduzidos em
comportamentos que se relacionem com o comportamento esperado. (MOREIRA E
MEDEIROS, 2018)

Ao interromper o reforçamento de um comportamento, nota-se que ocorre a


diminuição de sua frequência, retornando à frequência com que ocorria antes de ter sido
apresentado aos reforçadores (que pode ou não ser igual a 0). Tal procedimento é conhecido
como extinção operante. (MOREIRA E MEDEIROS, 2018)

1.1 Objetivo geral:

O presente relatório tem como objetivo transcrever as atividades desenvolvidas pelos


experimentadores, citando e descrevendo o ambiente, cada material, métodos, procedimentos
usados e resultados obtidos a partir dos experimentos, demonstrando assim de forma sucinta
como outros pesquisadores podem desenvolver tais atividades experimentais e chegar aos
mesmos resultados.

2 MÉTODO

2.1 Sujeito Experimental:

O sujeito experimental consiste em um animal emulado pelo software Sniffy Pro 3.0,
executado nos computadores presentes no laboratório de informática da instituição, sendo este
9

um rato albino, nomeado “Juju” pela dupla de experimentadores, pertencente à espécie


Rattus Norvegicus, também chamado de ratazana ou rato-castanho, descendente do rato
norueguês.

2.2 Equipamentos e Materiais:

Durante a análise comportamental foi utilizada a caixa de Skinner que consiste em um


equipamento usado no programa Sniffy pro 3.0 cujo habita o rato virtual, onde serão
realizados os experimentos de condicionamento operante. A caixa é um aparelho fechado,
com 4 paredes, contendo um comedouro, um bebedouro e uma barra, esta que o animal pode
manipular para a obtenção de comida como uma espécie de reforço. Foram utilizadas,
também, apostilas, disponibilizadas pelo docente, contendo as instruções e espaço adequado
para as anotações da análise, cronômetro, canetas, lápis, borracha e um computador contendo
o programa Sniffy pro 3.0, disponibilizado pelo Centro Universitário.

2.3 Ambiente Experimental:

O ambiente usado foi um laboratório de informática do Centro Universitário que se


trata de uma sala extensa, contendo climatização, iluminação, o silêncio crucial para a
realização de tarefas e computadores com o sistema operacional Windows que promovem a
execução do programa Sniffy pro 3.0.

2.4 Procedimento:

2.4.1 Exercício I - Observação do Comportamento do Sujeito Experimental na


Caixa de Skinner.

2.4.1.1 Objetivo: O objetivo é familiarizar os discentes com os métodos de


observação e registros de comportamento.

2.4.1.2 Procedimento Específico: A dupla entrou em consenso quanto a definição de


cada comportamento emitido pelo sujeito experimental, sendo estes:

Farejar (F) O animal está parado e as vibrisas se movem rapidamente em contato


10

com alguma superfície.


Andou (A) O animal movimentou as quatro patas sobre o piso gerando o
deslocamento de seu corpo inteiro.
Se Coçou (SC) O animal levou as patas dianteiras ao focinho realizando movimentos
circulares.
Bebeu Água (BA) O animal levou sua língua encostando-a na água que saía do bebedouro e
retirando-a.
Se Apoiou (SA) O animal levou as patas dianteiras sobre a parede da caixa experimental.
Meio Giro (MG) O animal movimentou as patas sobre o piso deslocando seu corpo em um
giro de 90º.
Giro Completo (GC) O animal movimentou as patas sobre o piso deslocando seu corpo em um
giro de 360º.
Limpou-se (L) O animal passou sua própria língua sobre sua própria barriga.

Em seguida, observaram o rato explorar o espaço da caixa experimental durante 5


(cinco) minutos. Após isso, os discentes precisaram se dividir entre observador e quem
registraria nos primeiros 15 (quinze) minutos de observação e posteriormente essas funções
foram invertidas.

2.4.2 Exercício II – Medida do Nível Operante da Resposta de Pressão à Barra


(RPB).

2.4.2.1 Objetivo: O objetivo é tomar conhecimento da frequência típica em que o


sujeito experimental manifesta uma resposta específica sem possuir treino prévio.

2.4.2.2 Procedimento Específico: Os experimentadores observaram o rato por 20


(vinte) minutos e registraram sempre que a Resposta de Pressão à Barra (RPB), a Resposta
de Contato com a Barra (RCB) e a Resposta de Contato com o Comedouro (RCC), as quais
consistem respectivamente no animal pressionar a barra; o animal encostar qualquer
parte do corpo na barra; o animal encostar qualquer parte do corpo na barra, foram
apresentadas.

2.4.3 Exercício III – Treino ao Comedouro para Variação e Seleção do


Comportamento de Aproximação.
11

2.4.3.1 Objetivo: O objetivo é ensinar o sujeito experimental a aproximar-se do


comedouro.

2.4.3.2 Procedimento Específico: Para iniciar o exercício III a dupla executou o


programa Sniffy, clicou em “File”, em seguida “Open” e selecionou o arquivo
correspondente ao seu rato e, seguidamente, clicou na barra para despejar o alimento,
quando o sujeito encontrou a comida, aguardaram que ele comesse e, antes que ele se
afastasse, acionaram o comedouro novamente a fim de estabelecer um condicionamento
respondente, o qual refere-se a um comportamento reflexo que surge imediatamente após
um estímulo especifico; e um condicionamento operante, que diz respeito a um
procedimento no qual a resposta do organismo é modelada através de reforçamento. O
procedimento foi repetido até que 10 (dez) Tempos de Reação com valor igual ou menor a 1
(um) segundo foram observados e anotados.

2.4.4 Exercício IV – Modelagem da Resposta de Pressão à Barra (RPB).

2.4.4.1 Objetivo: O objetivo é treinar a resposta de pressão à barra (RPB) através de


procedimento de Modelagem.

2.4.4.2 Procedimento Específico: Antes de iniciar o exercício, os experimentadores


realizaram um procedimento de alteração nas configurações do Software Sniffy em que
clicaram na aba “Experiment”, pressionaram “Design Operant Conditioning Experiment”,
buscaram pela opção “Recorded Behavior”, trocaram a opção “None” para “Press Bar” e, por
fim, clicaram em “Apply”. A partir disso, o procedimento de modelagem foi dividido em três
partes: Fase inicial, Fase Intermediária e Fase Final. Na Fase Inicial, a dupla registrou, na
folha de registros, quantos reforços (alimento) foram apresentados às respostas de
aproximação ao comedouro do sujeito experimental. Sendo essas as respostas de contato com
o comedouro (RCC) e resposta de contato com a barra (RCB) as quais foram reforçadas por
30 (trinta) vezes, cada, para que sua frequência aumentasse. Após isso ocorrer, a dupla passou
para a fase intermediária.

Na Fase intermediária, os experimentadores registraram as respostas do sujeito


experimental ainda mais próximas da RPB, como a resposta de se erguer próximo à barra
(REB), referente ao comportamento do sujeito experimental de erguer-se próximo a barra, e
resposta de contato com a barra (RCB) que consistem em farejar a barra, morder a barra, tocar
a barra, entre outros. Tais comportamentos foram reforçados 30 (trinta) ou mais vezes, cada,
para o aumento de sua frequência. Ao concluir, a dupla passou para a fase final.
12

Na Fase Final, a dupla registrou e reforçou apenas as respostas de RPB do sujeito


experimental. Tal comportamento foi reforçado 15 (quinze) vezes para que sua frequência
aumentasse a fim de estabelecer uma relação Resposta-Consequência Reforçadora.

O exercício IV foi concluído quando a dupla realizou todas as etapas corretamente e o


sujeito pressionou a barra por 20 vezes em menos de 1 (um) minuto.

2.4.5 Exercício V – Fortalecimento da Resposta de Pressão à Barra por


Reforçamento Contínuo.

2.4.5.1 Objetivo: O objetivo é fortalecer a Resposta de Pressão à Barra (RPB) através


do procedimento do reforçamento contínuo (CRF, sigla em inglês para Continuous
Reinforcemenet).

2.4.5.2 Procedimento Específico: Antes de iniciar o exercício, a dupla adotou o


mesmo procedimento de alteração de configurações do programa Sniffy utilizado no exercício
anterior e, em seguida, acionou o comedouro, liberando o alimento para que o animal o
encontrasse. Logo após, observaram e registraram, na folha de registro (na coluna
“Frequência Absoluta de RPB”), as ocorrências de RPB durante 50 minutos, significando que
ao alcançar o 25º minuto as funções exercidas pela dupla deveriam ser invertidas e, também,
registraram as demais respostas do sujeito na coluna identificada como “Outros
Comportamentos”.

2.4.6 Exercício VI – Extinção da Resposta de Pressão à Barra (RPB).

2.4.6.1 Objetivo: O objetivo deste exercício é enfraquecer a Resposta de Pressão à


Barra (RPB) a partir da remoção da relação Resposta-Reforço, na qual o reforçador (alimento)
não será mais disponibilizado quando ocorrer a RPB, assim aumentando sua frequência e
posteriormente ocasionando o surgimento de outras respostas para substitui-la.

2.4.6.2 Procedimento Específico: Os experimentadores mantiveram as mesmas


configurações utilizadas nos exercícios anteriores (Exercícios IV e V) para observarem a
emissão de RPBs 15 (quinze) vezes e então alteraram as configurações clicando nas abas
“Experiment” e “Design Operant Conditioning Experiment”; e selecionando a opção
“Extinction” para que o reforçamento (alimento) não fosse ofertado com a emissão da RPB,
assim ocorrendo a diminuição dessa ação. Com isso, a dupla registrou a quantidade tanto de
RPBs quanto de outras respostas emitidas pelo sujeito. O exercício seria concluído ao final de
40 minutos ou quando fossem registrados 10 minutos consecutivos sem a emissão de RPBs.
13

3 RESULTADOS
14
Freqência Absoluta

12
10

4
2

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Minutos

FAREJOU ANDOU SE COÇOU BEBEU ÁGUA


SE APOIOU MEIO GIRO GIRO COMP. LIMPOU-SE

Figura 1 - Comportamentos do Sujeito Experimental (Juju) Durante o Exercício I.


Na figura 1 estão exibidos os comportamentos que o sujeito experimental manifestou
ao decorrer do exercício I. Nota-se que o comportamento de “farejar” foi emitido com maior
frequência que os demais, ocorrendo 12 (doze) vezes no minuto 19 (dezenove). Por outro
lado, o ato de “beber água” foi o menos apresentado durante os 30 (trinta) minutos de
análise.

2.5

2
Frequência Absoluta

1.5

0.5

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Minutos

RPB RCC RCB

Figura 2 - Frequência Absoluta da Ocorrência das Respostas de Pressão à Barra


(RPB), Resposta de Contato com o Comedouro (RCC) e Resposta de Contato com a Barra
(RCB).
14

A figura acima corresponde ao exercício II. Observa-se que a resposta de contato com
o comedouro (RCC) ocorreu com mais frequência que a reposta de pressão à barra
(RPB) e a resposta de contato com a barra (RCB), com ênfase na RCB acontecendo apenas
duas vezes.

25

20
Tempo de Reação

15

10

0
1 9 17 25 33 41 49 57 65 73 81 89 97 105 113 121 129 137 145 153 161
Tentativas

Figura 3 – Tempo de reação do treino ao Comedouro para Variação e Seleção do


Comportamento ao Comedouro.

Na figura 3 está apresentado o Tempo de Reação, também conhecido como Latência,


de cada tentativa de aproximação ao comedouro. A latência é o tempo decorrido entre o
acionamento do comedouro e a ocorrência da resposta de comer. Constata-se que ocorre uma
variação na latência ao transcorrer do exercício, em que o tempo entre o estímulo e a resposta
vai diminuindo ao decorrer das tentativas feitas pelos experimentadores. Assim alcançando o
objetivo do exercício.

40
35
30
Frequência Absoluta

25
20
15
10
5
0
RCC (Fase RCB (Fase REB (Fase RCB (Fase RPB (Fase
Inicial) Inicial) Intermediária) Intermediária) Final)
Respostas
15

Figura 4 – Frequência Absoluta de Modelagem da Resposta de Pressão à Barra.


No gráfico apresentado acima, observa-se a Frequência Absoluta de respostas emitidas
pelo sujeito durante as 3 (três) fases do exercício. Nota-se que, na Fase Inicial, dentre os
comportamentos observados, sendo estes a Resposta de Contato com o Comedouro (RCC) e
Resposta de Contato com a Barra (RCB), a RCC foi emitida com maior frequência que a
RCB. Já na Fase Intermediária, verifica-se que a Resposta de Erguer-se Próximo à Barra
(REB) teve a maior frequência apresentada pelo sujeito experimental dentre todos os
comportamentos observados nas 3 (três) fases, consequentemente sendo maior que a
frequência de RCB na sua respectiva fase. Por fim, na Fase Final, a qual foi observado e
registrado apenas a Resposta de Pressão à Barra (RPB) que, por sua vez, foi apresentada 24
(vinte e quatro) vezes.
700

600
Frequência Absoluta

500

400

300

200

100

0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49
Minutos

Frequência absoluta de RPB Frequência acumulada de RPB

Figura 5 – Frequência Absoluta e Frequência acumulada do Fortalecimento da


Resposta de Pressão à Barra por Reforçamento Contínuo.
No gráfico concebido acima, apresenta-se a Frequência absoluta e a Frequência
acumulada de RPBs emitidas pelo sujeito experimental durante o exercício V. constatando
que as tentativas de fortalecimento da RPB tiveram sucesso, acarretando na predominância
dessa resposta em relaçao aos demais comportamentos emitidos pelo animal anteriormente.
16

Figura 6 – Frequência Absoluta dos Comportamentos Apresentados à Extinção da


Resposta de Pressão à Barra.
Na figura 6 (seis) são apresentadas as variações de cada comportamento emitido pelo
sujeito experimental durante o processo de extinção da RPB. É notável que nos primeiros
minutos há uma alta frequência de RPB, chegando a ocorrer 27 (vinte e sete) vezes no minuto
1 (um). Em seguida, vê-se que ocorre uma diminuição relativamente contínua na frequência
de RPB, assim ocorrendo a extinção de fato após o 12º (décimo segundo) minuto, no qual
observa-se que a RPB passa a não ser emitida durante o tempo restante do exercício e, em
contrapartida, há uma predominância das outras respostas.

4 DISCUSSÃO
Como apresentados na sessão de procedimentos, contempla-se os processos de
aprendizagem realizados em cada um dos 6 (seis) exercícios, sendo respectivamente a
Observação do Comportamento do Sujeito Experimental n Caixa de Condicionamento
Operante, Medida do Nível Operante da Resposta de Pressão à Barra, Treino ao Comedouro e
Seleção de Comportamento de Aproximação, Modelagem da Resposta de Pressão à Barra,
Fortalecimento da Resposta de Pressão à Barra por Reforçamento Contínuo e, por fim,
Extinção da Resposta de Pressão à Barra. Evidencia-se a partir dos gráficos apresentados na
sessão de resultados que o animal apresentou um bom desempenho, visto que, como observa-
se nos gráficos, há variações de comportamento, embora tenha tido uma relutância por parte
do animal no exercício III, no fim, essas variações acabaram por corresponder ao que se foi
pedido em cada exercício.
No exercício I a observação científica dos pesquisadores foi estimulada a partir de
análise e registros dos comportamentos de nível operante, como farejar (F), andar (A), entre
outros, apresentados pelo sujeito experimental. No exercício II, a dupla manteve o
procedimento de observação e registro, entretanto, para as Respostas de Pressão à Barra
(RPB), Resposta de Contato com o Comedouro (RCC) e Resposta de Contato com a Barra
(RCB). Já no exercício III, deu-se início ao processo de reforçamento por alimento a fim de
realizar o emparelhamento de um estímulo neutro à um estimulo eliciador, em que toda vez
17

que o sujeito emitisse o comportamento de se aproximar do comedouro, os pesquisadores o


acionavam, liberando o reforçador (alimento) para que o estimulo neutro do som de "click"
que era acionado junto ao comedouro fosse emparelhado com o estímulo eliciador de
alimento. A partir da conclusão do exercício III, o Sujeito foi introduzido ao processo de
Modelagem por reforçamento no exercício IV, no qual as respostas relacionadas à barra,
como as Respostas de Contato com o Comedouro (RCC), Resposta de Contato com a Barra
(RCB) e a Resposta de Erguer-se Próximo à Barra (REB), eram reforçadas, afim de que o
comportamento alvo que seria a Resposta de Pressão à Barra (RPB) aumentasse de
frequência. A partir deste exercício, notou-se que as respostas de aproximação à barra
passaram a serem apresentadas com maior frequência pelo animal, introduzindo a RPB ao
repertório comportamental do sujeito. Posteriormente, no exercício V ocorre a contingência,
pois o organismo e o ambiente se influenciam de forma mútua, em uma relação de Resposta e
Consequência, nesse exercício o comportamento (RPB) foi reforçado isoladamente de forma
contínua, e observou-se ao decorrer do exercício que a ocorrência de RPBs foi aumentando,
enquanto as demais respostas foram diminuindo, sendo que os pesquisadores registraram a
ocorrência tanto de RPBs quanto das demais respostas apresentadas pelo sujeito. Por fim, no
exercício VI ocorre a extinção da RPB, na qual os pesquisadores configuraram o software
Sniffy para que ao pressionar a barra, o sujeito experimental não receba mais o reforçador
(alimento), o que resultou inicialmente em continuas RPBs, que entretanto foram diminuindo
ao decorrer do exercício, ou seja, este comportamento entrou em extinção e os observadores
tomaram nota dos comportamentos de RPB, assim como os demais comportamentos, que
passaram a ter predominância ao longo da realização do exercício

5 REFERÊNCIAS

MATOS, Maria Amélia. Behaviorismo metodológico e behaviorismo radical. Psicoterapia


comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas, p. 27-34, 1995.
MOREIRA, M. B. ; MEDEIROS, C. A. . Princípios básicos de análise do comportamento.
2. ed. Porto Alegre; Artmed, 2019.

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