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CENTRO UNIVERSÁRIO MAURICIO DE NASSAU

CURSO BACHARELADO EM PSICOLOGIA

NÍVEL OPERANTE, TREINO AO COMEDOURO E MODELAGEM

Critérios Valor Valor


obtido

Introdução 1,0

Ref. Teórico 2,0

Método 2,0

Resultados e 3,0
discussão

Considerações 1,0

Referencias e 1,0
formatação

Total 10,0

TERESINA-PI

JUNHO/2022
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ADEVANEIA PEREIRA MARQUES LOPES


JHENNYFER KAYLANNE SOUSA DE PAIVA

NÍVEL OPERANTE, TREINO AO COMEDOURO E MODELAGEM

Relatório referente à segunda avaliação da


disciplina de Análise Experimental do
Comportamento sob a orientação da
professora Esp. Cristiane Francisca Ferreira
Matos.

TERESINA-PI

JUNHO/2022
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................04
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................05
2.1 BASES EPISTEMOLÓGICAS DO BEHAVIORISMO RADICAL..........
2.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO.........

3. MÉTODO....................................................................................................08
3.1 AMBIENTE, MATERIAL E EQUIPAMENTO...........................................
3.2 PROCEDIMENTO DA PRÁTICA NÍVEL OPERANTE............................
3.3 PROCEDIMENTO DA PRÁTICA TREINO AO COMEDOURO...............
3.4 PROCEDIMENTO DA PRÁTICA MODELAGEM....................................

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................10

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................14

REFERENCIAS........................................................................................15

ANEXOS....................................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO

O termo behaviorismo nasceu com J. B. Watson em 1913 com a publicação do livro “A


psicologia como um behaviorista vê”. Watson, com seu behaviorismo metodológico, defendia
que o homem é o produto do meio e que a psicologia deveria ter como objeto de estudo o
comportamento observável. Pois somente estes eram passíveis de serem estudados
cientificamente, ou seja, passíveis de serem levados ao laboratório e feitos experimentos com
o rigor que a ciência exige.

Depois de Watson, o behaviorismo tomou o caminho de Skinner que ficou conhecido e


foi denominado por ele mesmo como behaviorismo radical. Skinner, diferentemente de Watson,
defendia que o homem não é totalmente passível ao ambiente e seus comportamentos eram
influenciados por suas consequências, e começou a dar importância maior para os estudos do
comportamento humano e animal, aqueles comportamentos cujas consequências eram
reforçadoras tinham mais probabilidades de voltar a ocorrer do que aqueles comportamentos
que eram punidos. O Behaviorismo destaca-se entre várias teorias que estuda o comportamento
humano e a aprendizagem são comportamentos resultantes de interação com o ambiente.
Estudar o comportamento de ratos nos fornece insights sobre o comportamento humano, pois a
fisiologia desse mamífero roedor se parece, em algum grau, com a fisiologia humana.
A partir do momento que a Psicologia toma o comportamento como um objeto de estudo,
entende-se que o fenômeno é ordenável, explicável, controlável e previsível, equiparando-se a
outros objetos das demais ciências naturais (BAUM, 2006) aqueles comportamentos cujas
consequências eram reforçadoras tinham mais probabilidades de voltar a ocorrer do que aqueles
comportamentos que eram punidos. Um dos temas mais estudados em Psicologia é a
aprendizagem, principalmente pelo fato da maior parte do comportamento humano ser
aprendido (BRAGHIROLLI, BISI, RIZZON & NICOLETTO, 2002). Através das
investigações empíricas em Psicologia, ou seja, todo o conhecimento é produto da experiência,
várias teorias se constituíram ao longo da história para explicar a aprendizagem, dentre a qual
destaca-se o associacionismo cuja expressão mais imponente é o Behaviorismo.
Portanto o presente relatório traz os resultados de pesquisas sobre Análise Experimental do
Comportamento, realizadas no período 03 e 09 de junho de 2022, por acadêmicos do curso de
Psicologia, da Universidade Mauricio de Nassau do estado do Piauí, em Teresina as pesquisas
foram realizadas proveniente do laboratório de informática em um programa de computador,
tendo como sujeito experimental rato Sniffy, através de observação direta fundamentada nas
teorias de B. F. Skinner, foi constatado que na manutenção de um comportamento, o esquema
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mais eficaz é o de Razão Variável, onde o indivíduo é reforçado após um número variável de
respostas. Para tanto, foram feitos o registro do Nível Operante, seguido do Treino ao Bebedouro,
Modelagem de resposta de Pressão à Barra (RPB).
Objetivos dessa pratica: foi compreender as hierarquias do sujeito ao modo de como (a)
treiná-lo ao comedouro, ou seja, (b) fazê-lo associar o som com o alimento sendo
disponibilizado, (c) modelá-lo para que aprendesse a pressionar a barra para ganhar alimento
para que depois pudéssemos (d) ver o efeito da extinção nos comportamentos, em última
análise, o experimento visa comprovar a prática relacionada à teoria aprendida em sala de aula.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Criado por Skinner, a caixa também conhecida como câmara de condicionamento
operante, é um aparelho fechado que contém uma barra ou chave que um animal pode
pressionar ou manipular de modo a obter alimentos ou água como um tipo de reforço.
Desenvolvida por BF Skinner, esta caixa também é um dispositivo que grava cada resposta
fornecida pelo animal, assim como o único esquema de reforço que ao animal foi atribuído. A
teoria de Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mudança no
comportamento manifesto. As mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta
individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio. Assim, uma resposta produz uma
consequência.
De acordo com os assuntos estudados em sala de aula, nível operante é o "nível de linha
de base de um operante; a taxa com que uma resposta ocorre antes de ser reforçada". Pois a
Medida de comportamento obtida antes da manipulação experimental, na qual o
comportamento do organismo não apresenta história de reforçamento. Por exemplo: a medida
das respostas de pressão a barra de um rato "ingênuo", antes do início da manipulação
experimental, é considerada um nível operante, pois o rato não apresentava este comportamento
em seu repertório comportamental. O aparecimento da resposta deu-se ao acaso. Já o Treino ao
Comedouro, tende a ensinar o Sniffy onde haverá alimento; cujo a motivação do sujeito – rato.
Será feito ensinando a ele conhecer o local onde ocorrerá a liberação das Pelotas de comida,
quando o comedouro for acionado, ou a barra for pressionada. Esse procedimento ocorre através
de reforçamento positivo, fazendo com que haja uma possibilidade de o animal aproximar-se do
comedouro, e assim comer as pelotas de alimento disponíveis, através da união do som de acordo
a pressa a barra. A modelagem, como aprendemos são comportamentos novos para serem
inseridos em repertório de comportamentos, Modelagem é um tipo de aprendizado que se baseia
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na imitação do comportamento executado por um modelo, O termo “modelagem” tem um


significado semelhante ao de “imitação”.
Tivemos com objetivo geral: analisar a relação dos comportamentos do sujeito com o
ambiente, a influência do contexto nas respostas emitidas por um indivíduo, a eficácia dos
esquemas de reforçamento, entre outras variáveis
2.1 BASES EPISTEMOLÓGICAS DO BEHAVIORISMO RADICA
O Behaviorismo surgiu no começo deste século como uma proposta para a Psicologia,
para tomar como seu objeto de estudo o comportamento, ele próprio, e não como indicador de
alguma outra coisa, como indício da existência de alguma outra coisa que se expressasse pelo
ou através do comportamento. E seus estudos iniciaram-se no século 19, a partir de um trabalho
do psicólogo e fundador do behaviorismo John B. Watson, intitulado de ”Psicology as the
Behaviorist views it”, traduzindo para o português: “Psicologia como um comportamentista a
vê”. Esse estudo teve como referências as teorias dos filósofos russos Vladimir Mikhailovich
Bechterev e Ivan Petrovich Pavlov.
Entre 1920 até meados de 1950, o behaviorismo se tornou a escola dominante de
psicologia, com o propósito de estabelecer a psicologia como uma ciência objetiva e
mensurável. Os estudiosos e pesquisadores do behaviorismo estavam envolvidos em criar
teorias que pudessem ser descritas e medidas de forma clara e prática. De qualquer modo, o
Behaviorismo surgiu em oposição ao Mentalísimo e ao interseccionismo. Em fins do século
passado a ciência de modo geral começou a colocar uma forte ênfase na obtenção de dados
ditos objetivos, em medidas, em definições claras, em demonstração e experimentação.
O behaviorista metodológico explica o comportamento pela mente, e apresenta aquele
como evidencia desta; explicar o comportamento. Já o behaviorista radical nega a existência
da mente e assemelhados, mas aceita estudar eventos internos, esses Behaviorismo radical,
corrente comportamentalista de Skinner, surgiu em oposição ao behaviorismo metodológico.
(SKINNER, 1945).

2.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO


Em psicologia, o comportamento é o conjunto de procedimentos ou reações do indivíduo
ao ambiente que o cerca em determinadas circunstâncias, o meio. Pode designar um grupo de
atividades ou limitar-se a uma só, o comportamento singular. Ou seja, pode ser entendido como
uma relação organismo-ambiente. Skinner defende a existência de três níveis de determinação
do comportamento são (a) filogenéticos, (b) ontogenético, (c) cultural. A seleção filogenética
compreende o efeito da seleção natural sobre os organismos, e trata do que é comum aos
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membros da espécie, a partir de sua dotação genética e biológica. A seleção ontogenética nos
permite compreender os efeitos do condicionamento operante, ou seja, como o repertório
comportamental de cada pessoa se molda a partir de suas experiências de aprendizagem ao
longo da vida. A seleção cultural, por sua vez, alcança o estudo e compreensão de como o
indivíduo é influenciado pelo ambiente social a que pertence: as influências culturais e
ambientais sobre seu desenvolvimento pessoa. (MOREIRA; MEDEIROS, 2019)
O paradigma do comportamento operante é R–>S: uma resposta produz um estímulo
e esse estímulo controla a resposta. Comportamento Respondente (Pavlov) uma relação
organismo -ambiente. O paradigma dessa relação é S → R. Na relação respondente, diz -se que
o estímulo elicia a resposta. Reflexo inato: Entende-se que aqueles comportamentos que
são muito importantes para a sobrevivência do organismo para aqueles ainda não habituados,
falamos organismos, pois, dentro desta abordagem, analisamos o comportamento em si, e isso
é válido para qualquer organismo, não apenas os animais humanos. Chamamos de Inato uma
vez que este comportamento não será aprendido, mas herdado da espécie, contudo Reflexo em
Psicologia foge ao conceito comportamental de resposta, se trata efetivamente de
uma relação entre o Estímulo (Mudança no ambiente) e a Resposta (Mudança no Organismo).
Exemplos: a) A contração do braço (resposta) diante da aproximação da mão ao fogo
(estímulo); b) A flexão da perna (resposta) mediante à martelada no joelho (estímulo); c) um
barulho estridente (estímulo) que provoca sobressalto (resposta).
A Descoberta do Reflexo Aprendido foi realizada pelo fisiologista russo chamado Ivan
Petrovich Pavlov e, por este motivo, também é chamado de Condicionamento Pavloviano. O
reflexo apreendido refere-se àquela que por mais seja reflexo como (salivação calafrio, medo
etc.) necessita de aprendizagem para serem aliciada por estímulo que anteriormente era neutro.
Reflexo pode ser aprendido Capacidade de aprender novos reflexos Reagir de formas diferentes
a novos estímulos Ex: alguns animais já nascem sabendo que não podem comer uma fruta de
cor amarela, a qual é venenosa (História Filogenética). A toxina, inatamente, produz vômitos e
náusea. Ao comer a fruta amarela, o animal terá essas respostas eliciadas por esse estímulo
(toxina). Após tal evento, o animal poderá passar a sentir náuseas ao ver a fruta amarela e não
mais a comerá, diminuindo as chances de morrer envenenado. A resposta de náusea diante do
estímulo fruta amarela é um reflexo aprendido. (PAVLOV, 1849-1936).

A teoria sobre os processos de aprendizagem conhecida como condicionamento


clássico, condicionamento respondente ou condicionamento pavloviano, desenvolvida por
Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936), tem como pressuposto básico que a maioria dosreflexos
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biológicos (por exemplo, a salivação, as respostas sexuais, etc.), associados com um estímulo
neutro, definida como emparelhamento, é responsável por um tipo aprendizado.
Com base na teoria do condicionamento respondente, o emparelhamento de um estímulo
neutro com um reflexo condicionado biologicamente elicia uma resposta reflexa. Nessa
perspectiva, o aprendizado tanto pode ser inato quanto aprendido através de nossas
experiências cotidianas.
Segundo Skinner (1998), em seu livro “Ciência e Comportamento Humano”:
O processo de condicionamento, como foi relatado por Pavlov em seu livro
Reflexos Condicionados, é um processo de substituição de estímulos. Um
estímulo neutro adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era
eliciada por outro estímulo. A mudança ocorre quando o estímulo neutro
for seguido ou “reforçado” pelo estímulo efetivo. (p.58)

Reflexo pode ser definido como uma seqüência de estímulo-resposta, na qual o estímulo
provoca uma resposta. Segundo Pavlov (apud PESSOTI, 1979, p 44) “... é legítimo chamar
de reflexo absoluto a relação permanente entre o agente externo e a atividade do organismo
por ele determinada, e de reflexo condicionado, a relação temporária.

O Comportamento operante é um método de aprendizado que ocorre através de


recompensas e punições para o comportamento. Através de condicionamento operante, uma
associação é feita entre um comportamento e uma consequência para esse comportamento, a
natureza desse processo é determinante para moldar a postura de um indivíduo (aprendizagem).
Por exemplo, quando um rato de laboratório pressiona um botão azul, ele recebe uma bolinha
de comida como recompensa, mas quando ele aperta o botão vermelho ele recebe um leve
choque elétrico. Como resultado, ele aprende a pressionar o botão azul, mas evitar o botão
vermelho.
De acordo com Skinner, Modelagem é o processo pelo qual se ensina novos
comportamentos seguindo aproximações sucessivas. Em outras palavras, consiste em reforçar
comportamentos que se aproximem do desejado e quando tiver uma alta frequência do
comportamento que se está reforçando. Ou seja, refere-se a um novo comportamento que passa
a fazer parte do repertório comportamental de um organismo. (SKINNER, 1938, P. 124). No
trabalho desenvolvido por Ivan Pavlov, o reforço consiste na apresentação de um estímulo
incondicional, para que a resposta seja reforçada, a fim de a sua associação ser consolidada.
O reforço é algo que se pretende intensifique a resposta pretendida.
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3. MÉTODO
3.1 AMBIENTE, MATERIAL E EQUIPAMENTO
O experimento foi realizado na sala de informática da universidade Mauricio de Nassau,
com o uso dos computadores. Foi utilizado o Sniffy Pro: O Rato Virtual é um programa de
computador, acompanhado de um manual de laboratório, que tem como proposta servir de
recurso didático aplicado ao ensino introdutório de Análise Experimental do Comportamento,
em especial às atividades práticas normalmente desenvolvidas em laboratórios de
condicionamento operante que empregam ratos como sujeitos e caixas de Skinner como
equipamento experimental. Utilizamos matérias como o lápis e caneta, um cronômetro, 6 folhas
de registro: Em cada experimento foi utilizado uma folha de registro, essa folha contém campos
para o registro do tempo e dos comportamentos emitidos pelo rato, assim como para anotar a
data e o horário em que o experimento foi realizado.

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL DA PRÁTICA NÍVEL OPERANTE


No procedimento de observação do nível operante, ocorrido no dia 03 de junho com início
às 9:20h e término às 10h, foi feita a observação dos comportamentos do sujeito experimental
e feito registrado dos mesmos a cada minuto. Os comportamentos a serem registrados e
observados eram os de farejar, limpar-se, levantar, tocar na barra e pressionar a barra. Na
primeira etapa quando observamos o sujeito em seu nível operante não conseguimos
controlamos as consequências de seus comportamentos, não foi observado nenhuma alteração
no sujeito experimental e nem na maneira como o mesmo se comportava ao decorrer do
experimento. Somente quando começamos a treiná-lo, a condicioná-lo, e a controlar as
consequências de seus comportamentos que vimos como os mesmos podem ser controlados se
tivermos controles de suas consequências. Pegamos um sujeito em seu nível operante, sem
nenhuma modelagem ou mesmo associação de estímulos, e treinamos para que o mesmo
soubesse quando seria disponibilizado a comida e até mesmo a ganhar a comida através de seus
comportamentos.

3.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL DA PRÁTICA TREINO AO COMEDOURO


Feito no dia 03 de junho, tendo início às 10:05h com término às 10:45h, feito após a
observação do comportamento do sujeito em seu nível operante. O procedimento foi feito com
o primeiro minuto sendo reservado apenas para observação do comportamento do rato. A partir
do segundo minuto, era liberada comida toda vez que o sujeito experimental estivesse de frente
para o comedouro e a cada vez que a pelota de alimento era disponibilizada, um som era tocado
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para sinalizar a liberação do alimento e para que o rato fizesse a associação do som com o
alimento sendo disponibilizado. Foi acompanhado e registrado o número de vezes que
disponibilizamos a pelota de alimento a cada minuto, treino ao comedouro tem o objetivo de
fazer com que Sniffy se aproxime do comedouro quando ouvir um ruído sinalizando seu
funcionamento, ensina-se utilizando comida como consequência para os comportamentos
emitidos pelo Sniffy
3.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL DA PRÁTICA MODELAGEM
A terceira prática foi a modelagem, realizada no dia 09 de junho, teve início às 10h37min
e foi concluída às 12h05min. Assim que o rato associou o barulho que acontece ao apertarmos
o botão para disponibilizar a comida (o reforço), foi iniciado o processo de modelagem. Ou
seja, na modelagem. Ensinamos um comportamento novo ao sujeito, através dos reforços e
extinções com aproximações sucessivas vimos como ocorre a aprendizagem. Durante todo o
procedimento foram observados e registrados todos os comportamentos referentes as
aproximações sucessivas a cada minuto. Primeiro era reforçado todo o comportamento do rato
até este comportamento ter uma alta considerável na frequência. Depois este comportamento
foi posto em extinção, sendo reforçado apenas quando o rato pressionar à barra (RPB)
organizando-as em uma hierarquia de comportamento exemplo: (1) vira-se em direção a barra,
(2) aproxima-se da barra, (3) ergue-se em direção a barra, (4) ergue-se próximo a barra, e por
fim (5) resposta de pressão a barra dez consecutivo.

Quando se teve um aumento na frequência do comportamento de se levantar nas laterais


e atrás, o comportamento de se levantar nas laterais foi posto em extinção e somente o de
levantar atrás era reforçado. Após o aumento da frequência do comportamento de se levantar
atrás, eram reforçados apenas o de se levantar próximo a barra e todos os outros
comportamentos de se levantar foram extintos. Por fim, foi reforçado apenas o comportamento
de pressionar a barra e todos os outros foram postos em extinção. O sujeito que antes não
apresentava o comportamento desejado foi modelado e passou pelo processo de aprendizagem
para que finalmente apresentasse tal comportamento e o inserisse em seu repertório. Podemos
também, assim como ensinar e aumentar a frequência de um comportamento, diminuir sua
frequência e até mesmo fazer com que ele não ocorra mais.

4. RESULTADOS E DISCUSÃO

De início foi observado o sujeito em seu nível operante, que diz respeito à forma como o
sujeito age e se comporta sobre o ambiente antes de qualquer intervenção
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experimental/manipulação seja feita para alterar ou ensinar um novo comportamento (Moreira


& Medeiros, 2007) com a intenção de registrar quais comportamentos o mesmo apresentava.
O experimento durou 30 (trinta) minutos.

Figura 1: Observação no nível operante

A figura 1 mostram os comportamentos observados a cada tentativa de segundos durante


o experimento.
Frequencia Absoluta das Taxas de Resposta Nível Operante

300
Frequencia Absolutas das Taxas de

250

200
Respostas

150
Série 1
100

50

0
A F E L P TB RPB
Comportamento

Percebemos que o comportamento prevalecente foi o de andar com 268 (duzentos e


sessenta e oito) vezes, foi observado que o sujeito experimental farejou 187 (cento e oitenta e
sete) vezes, limpou-se 177 (cento e setenta e sete) vezes, ergueu (cento e trinta e umas) vezes,
parou 80 (oitenta) vezes, e enquanto que o de menor frequência foi identificado como o de
pressão à barra com 11 (dez) vezes.
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Figura 2: Treino ao comedouro

Na figura 2 são mostrados o número de vezes, por segundos, que foi liberada a comida
até o rato fazer a associação.

Tempo de Reação em Segundo da Resposta de Comer


16
14
Tempo em Segundo

12
10
8
6 TR

4
2
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82
Tentativas

O experimento teve a duração de 50 (cinquenta) minutos. Como mostrado no gráfico


acima, na primeira tentativa não teve nenhum momento em que foi liberado o alimento. Este
segundo foi reservado para observação de qual alteração do comportamento o sujeito sofreria.
De início o rato desconhecia que o som sinalizava a liberação da comida. Iniciamos o treino
com a tentativa de aplicar os conceitos de emparelhamento e condicionamento. Buscou-se
apresentar comida juntamente com o som sempre no mesmo momento. O intuito foi emparelhar
os elementos para que o sujeito procurasse por comida sempre naquele ambiente e soubesse
que, ao ouvir o som, haveria comida. Ou seja, com a finalidade do rato associar o som, que
era emitido quando a barra era pressionada, com a comida sendo liberada.

No decorrer da pratica, foi registrada uma alta taxa de resposta, em relação ao início do
experimento, ainda que com variações por segundos. Após 82 (oitenta e dois) tentativas, de
pareamentos do som com a pelota de alimento, o rato já havia feito a associação do som com a comida,
no final foi observado a alteração do comportamento do sujeito, sendo essa a intenção do experimento.

O próximo passo, a modelagem, feita após o pareamento som/barra para que o rato
aprendesse o comportamento de pressionar a barra para ganhar alimento com reforços e
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extinções através de aproximações sucessivas. Este procedimento teve a duração de 01:36 (uma
hora e trinta e seis) minutos.

Figura 3: Modelagem

Na figura 3 mostram os comportamentos apresentados pelo sujeito durante o


Experimento.

Comparação das Taxas de Respostas do Nível Operante Versus


Modelagem
300
Frequencia Absolutas Taxas de Respostas

250

200

150
Série 1
100 Série 2

50

0
A F E L P TB RPB
Comportamento

Primeiramente a cada comportamento de levantar do sujeito experimental era reforçado


com uma pelota de alimento. Na hierarquia de virar-se em direção a barra e aproxima-se da
barra, foi observado um pequeno aumento na frequência por minutos do comportamento de
levantar, onde o sujeito levantou-se 06 (seis) vezes, e foi colocado o comportamento de se
levantar na frente da caixa em extinção. Na hierarquia de ergue-se em direção a barra e ergue-
se sobre a barra foi observado que o sujeito aumentou consideravelmente o número de vezes
que se levantava atrás, apresentando poucos comportamentos de se levantar nos lados e em (20)
minutos depois o comportamento de se levantar na frente da caixa já havia sido extinto. A partir
disso o comportamento de levantar nos lados da caixa, sendo reforçado apenas os
comportamentos de se levantar atrás da caixa.

E por fim a hierarquia de pressionar a barra (RPB) onde houve um aumento na frequência
do comportamento de se levantar atrás, especificamente próximo a barra, sendo pressionado a
barra em um total não consecutivo de 36 vezes. Visto este aumento considerável de pressões a
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barra, ao visto que antes o sujeito só havia pressionado poucas vezes, foi colocado em extinção.
Estimulamos então o sujeito com o comportamento de apenas se levantar atrás reforçado apenas
os de pressionar a barra, foi quando houve um aumento bem maior na frequência do
comportamento, onde pressionou a barra 9 vezes consecutivo e o sujeito já estava modelado a
pressionar a barra para ganhar alimento.

05. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visto os resultados, e como citado na teoria de Skinner, fica evidente que o


comportamento é afetado por suas consequências e tendo como controlar o ambiente, temos
melhor condições de controlar também o comportamento. O desenvolvimento prático foi de
suma importância para a compreensão da parte teórica abordada em sala de aula. Poder observar
na prática que o condicionamento de comportamentos realmente é possível proporcionou um
grande aprendizado e a fixação do conteúdo sobre Behaviorismo. O ponto principal dos
resultados obtidos foi perceber na prática como o reforço é o personagem principal do
condicionamento operante, quanto mais o rato era reforçado mais rápido ele aprendia aquele
comportamento.

O rato virtual Sniffy Pro se mostrou uma alternativa viável para aqueles que não tem a
oportunidade de aplicar O condicionamento operante nos ratos reais, pois Vale como um
exemplo de como se relaciona os comportamentos, como os dados são coletados e analisados.
Como autores já enfatizaram os Sniffy Pro não substitui o rato real é apenas uma alternativa
para a demonstração de como se executa um esquema de condicionamento não tendo validade
para as pesquisas científicas (Tomanari & Eckerman, 2003). Concluímos que talvez a
experiência com o sujeito real e uma caixa de Skinner traga mais satisfação. Mas apesar desses
contras, essas aulas práticas foram muito valiosas para nosso aprendizado.
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06. REFERÊNCIAS

BAUM, W. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução.


2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 312p

BRAGHIROLLI, Elaine Maria; BISI, Guy Paulo; RIZZON, Luiz Antônio; NICOLETTO.
Psicologia geral. 12 eds. Vozes, s.d.

MATOS, M. Behaviorismo metodológico e behaviorismo radical. Bernard Rangé (org)


Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas.
Campinas: Editorial Psy, 1995.

MEDEIROS (2008). Aprendizagem pelas consequências: o controle aversivo

MOREIRA, Márcio Borges e MEDEIROS, Carlos Augusto. Princípios Básicos de Análise do


Comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007

PAULA, M. António. Comportamento in Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira de Cultura,


pp. 638-639. Volume VII. Editorial Verbo: Lisboa e São Paulo, 1998. ISBN 972-22-1918-9

Revista Brasileira de Análise do Comportamento/ Brazilian Journal of Behavior Analysis


ISSN 1807-8338 Versão Impressa / 2526-6551 Versão Eletrônica.

SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. Tradução João Carlos Todorov,


Rodolfo Azzi. – 10ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 1998

SKINNER, B. F. (1935) dois tipos de reflexos condicionado e um pseudo tipo diário de


psicologia geral 12, 66-77.

SKINNER, B. F. (1938). O comportamento dos organismos: uma análise experimental


Cambridge, Massachuesettss B.F. Skinner Foundation.

TOMANARI, G. Y., & Erckerman, D. A. (2003). O rato Sniffy vai à escola. Psicologia: teoria
e pesquisa, 19(2), 159-164
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07. ANEXOS

PRÁTICA Nª 01 - NIVEL OPERANTE

PRÁTICA Nº 02 - TREINO AO COMEDOURO


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PRÁTICA Nº 03 - MODELAGEM

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