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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3

2 UM BREVE HISTÓRICO DA TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL


.....................................................................................................................4

3 AS ORIGENS DAS TÉCNICAS ANÁLITICO-COMPORTAMENTAL .......... 7

4 ALGUMAS TÉCNICAS UTILIZADAS NA CLÍNICA COMPORTAMENTA. 10

5 A RELAÇÃO TERAPÊUTICA ................................................................... 11

6 ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO .................................... 14

7 TÉCNICAS DE RELAXAMENTO .............................................................. 18

8 MINDFULNESS ........................................................................................ 20

9 DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA .................................................... 23

10 INUNDAÇÃO OU TERAPIA IMPLOSIVA .............................................. 25

11 ECONOMIA DE FICHAS ....................................................................... 26

12 ENSAIO COMPORTAMENTAL OU ROLE-PLAYING ........................... 27

13 PROCEDIMENTOS QUE ENVOLVEM RECURSOS TÉCNICOS


ORIUNDOS DE DIFERENTES PARADIGMAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E
TREINO EM HABILIDADES SOCIAIS ...................................................................... 29

14 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 33
1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora
que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!
2 UM BREVE HISTÓRICO DA TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL

Fonte: iaccsul.com.br

O termo Behaviorismo foi fundado por John Broadus Watson, em 1913, com
sua publicação Psicologia: como os Behavioristas a veem, mais é no behaviorismo
radical e análise experimental do comportamento que a terapia analítica
comportamental tem se sustentado, com enfoque nas relações funcionais entre o
organismo e ambiente, aceitando os estados subjetivos como as emoções,
sentimentos e pensamento, não como causas, do comportamento e sim como produto
da interação entre organismo e ambiente (ALDINUCCI; 2011). Onde, são eventos que
somente o organismo tem acesso, são comportamentos que mantêm uma relação
com o ambiente e este ambiente é qualquer evento que afete o organismo, podendo
ser tanto os estímulos eliciadores, discriminativos e também os eventos consequentes
dessa ação. (SAMPAIO; ROMCANTI, 2012).
Cabe salientar que a análise do comportamento foi Introduzida no Brasil no ano
de 1961, pelo professor norte-americano Fred Keller com o objetivo de ministrar uma
disciplina de psicologia experimental em uma universidade de São Paulo (LEONARD,
2015). Na época, a formação consistia na aprendizagem dos processos
comportamentais básicos por meio da leitura dos primeiros livros-texto em análise do
comportamento e das pesquisas publicadas no Journal of the Experimental Analysis
of Behavior, além da realização de experimentos com ratos (GUILHARDI; 2003,
MATOS, 1998, apud LEONARD, 2015).
De acordo com o mesmo autor, ao longo de seu desenvolvimento, diversas
terminologias foram utilizadas para se referir à prática clínica brasileira de base
behaviorista radical, tais como psicoterapia comportamental, terapia comportamental
e psicologia clínica comportamental. Entretanto, nos anos 1990 e 2000, analistas do
comportamento brasileiros questionavam se essas denominações eram suficientes
para representar sua atuação, uma vez que estavam muito associadas às técnicas
respondentes e eram frequentemente confundidas com a terapia cognitivo-
comportamental (ZAMIGNANI; et al., 2008; apud LEONARD, 2015).
Por essa razão, Tourinho e Cavalcante propuseram, em 2001, o uso do
termo terapia analítico-comportamental (TAC), que se tornou consenso entre
terapeutas de diferentes regiões do Brasil como a melhor denominação para qualificar
sua prática profissional, por especificar, já em seu nome, as bases filosóficas,
conceituais e metodológicas que a sustentam (NENO; 2003, LEONARD, 2015).
Deve-se ressaltar que a criação do termo não teve a intenção de propor uma
nova modalidade de terapia, mas apenas uniformizar o nome da prática clínica
fundamentada na ciência do comportamento Skinneriana que vinha sendo praticada
no Brasil desde o início da década de 1970 (ZAMIGNANI; et al., 2008; apud
LEONARD, 2015).
Como explica Vandenberghe (2011, apud Leonard, 2015), a TAC foi
desenvolvida no Brasil por um grupo de terapeutas que estenderam os fundamentos
filosóficos do behaviorismo radical e os princípios básicos da análise experimental do
comportamento para o âmbito da psicoterapia. Dessa forma, quando a CBA começou
a aparecer no fim da década de 1980 e começo da década de 1990 nos Estados
Unidos da América, uma terapia comportamental de base Skinneriana já estava bem
solidificada no Brasil.
Por fim, deve-se destacar que o termo criado no Brasil para identificar a terapia
comportamental de base behaviorista radical – terapia analítico-comportamental – é
desconhecido no resto do mundo. Por exemplo, em uma busca realizada no Google
Acadêmico em setembro de 2015 com as expressões “behavior-analytic therapy",
"behavioral-analytic therapy" e "analytical-behavioral therapy (algumas traduções
possíveis para terapia analítico-comportamental), foram identificados quase que
exclusivamente artigos de autores brasileiros que utilizaram tais expressões no
resumo ou nas palavras-chave (LEONARD, 2015).
Segundo o mesmo autor, o termo cunhado no Brasil não é conhecido e utilizado
fora dele, o que, naturalmente, dificulta a inserção da produção de conhecimento
sobre terapia dos analistas do comportamento deste país em outros lugares do mundo
e, consequentemente, o diálogo entre as diversas modalidades de terapia
comportamental já desenvolvidas.
A análise comportamental clínica, ou terapia analítico-comportamental, se
refere a uma proposta de intervenção clínica baseada em estratégias voltadas para o
setting terapêutico com ênfase na análise operante do comportamento verbal, visando
encontrar a função de cada comportamento no repertório individual e, através deste,
realizar modificações ambientais utilizando da relação terapêutica como ferramenta
de mudança assim como também na análise de eventos privados, com proeminência
na causalidade das contingências externas (MARÇAL, 2005).
Andery (2010) corrobora propondo que a expressão análise do comportamento
designa, então, um conjunto de práticas de uma comunidade (os analistas do
comportamento) e seus produtos. Tais práticas envolvem as maneiras de fazer
pesquisa e os seus resultados, ou seja, envolvem a pesquisa científica que serve de
base e fundamento para a produção de corpo de conhecimento teórico e de
explicações (comportamento verbal) sobre o comportamento e, então, para o
desenvolvimento de técnicas, procedimentos e tecnologias de intervenção que são
aplicadas para a solução de problemas envolvendo comportamentos.
O conjunto de práticas que chamamos de análise do comportamento envolve,
portanto, a análise experimental do comportamento – pesquisa básica e pesquisa
aplicada –, a análise do comportamento aplicada e a filosofia que a elas se vincula –
behaviorismo radical (MICHAEL; 1980, CATANIA; 1984; TOURINHO; 2003, apud
ANDERY; 2010)
É uma prática clínica fundamentada nos princípios filosóficos e metodológicos
da ciência do comportamento humano proposta pelo behaviorismo radical de Skinner
tendo como base para a explicação do comportamento métodos e processos
experimentais pautados na aprendizagem e análise de contingências (LEONARD,
2015).
3 AS ORIGENS DAS TÉCNICAS ANÁLITICO-COMPORTAMENTAL

Fonte: amenteemaravilhosa.com.br/

Segundo Jones (1924) citado por Sampaio e Roncati (2012) considera que as
intervenções clínicas baseadas em teorias comportamentais tiveram início na década
de 1920, com o famoso estudo de Mary Cover Jones, conhecido como o caso do
“Pequeno Peter”. Esse foi o primeiro trabalho utilizando princípios baseados no
condicionamento clássico (pavloviano) para o tratamento das fobias. Jones utilizou a
associação de estímulos com funções respondentes opostas, a fim de eliminar um
condicionamento aversivo anterior que, presumivelmente, deflagrara o quadro fóbico
de Peter (um garoto de 8 anos com fobia de coelhos).
As sessões, que eram diárias e ocorreram durante dois meses, envolviam a
aproximação gradativa do coelho (estímulo fóbico) associado a estímulos que
eliciavam respostas prazerosas, como alimento e brinquedos. No final do tratamento
Peter conseguiu se aproximar e tocar o coelho, não apresentando nenhum sintoma
de medo ou ansiedade. O princípio de contracondicionamento pavloviano ou inibição
recíproca foi utilizado por Jones para explicar a eliminação da resposta de medo
(SAMPAIO; RONCATI, 2012).
Defendendo a necessidade de pareamento com um estímulo eliciador de
resposta oposta ao medo, Jones chegou a afirmar que a apresentação repetida do
objeto temido, sem qualquer tentativa auxiliar de eliminar o temor, seria provavelmente
mais capaz de produzir um efeito de “somação” do que uma adaptação.
Curiosamente, a primeira proposta formal mais estruturada de utilização clínica dos
princípios de contra- condicionamento para o tratamento das fobias surgiu somente
no final da década de 1950, na África do Sul, com o trabalho do psiquiatra Joseph
Wolpe em Psicology by reciprocal inhibition (WOLPE, 1954; 1958; apud SAMPAIO;
RONCATI, 2012).
De acordo com o referido autor, Wolpe conceitualizou e descreveu os
procedimentos da técnica de Dessensibilização Sistemática (DS). A técnica
demonstrou bons resultados no tratamento das fobias e passou a ser estudada em
ensaios clínicos controlados e utilizada em larga escala a partir da década de 1960.
Concomitantemente ao desenvolvimento da DS e de outras técnicas baseadas
no paradigma respondente, a abordagem comportamental também se desenvolvia
rapidamente em contextos institucionais como escolas, asilos e hospitais, utilizando
operações e processos comportamentais operantes como o reforço, a punição, a
extinção e o controle de estímulos, visando a eliminação de comportamentos
socialmente indesejáveis e a ampliação de um repertório que produzisse mais
reforçadores sociais a curto, médio e longo prazos, em indivíduos institucionalizados
(SAMPAIO; RONCATI, 2012).
Surge, assim, uma nova área da clínica comportamental, caracterizada pela
utilização de técnicas operantes, que ficou conhecida como Análise Aplicada do
Comportamento (amplamente reconhecida como Modificação do Comportamento).
Segundo Alvaréz (1996, apud Sampaio; Roncati; 2012), os principais
procedimentos técnicos desenvolvidos nessa área foram:
1. procedimentos de aquisição e aumento de frequência de comportamentos;

2. procedimentos de redução ou extinção de comportamentos;

3. procedimentos de autocontrole; além de técnicas de biofeedback e de


condicionamento encoberto.

Nessa mesma época, outra influência importante no surgimento de novas


técnicas na clínica comportamental foi a teoria da aprendizagem social de Albert
Bandura (1961; 1973/2009) citado por Sampaio e Roncati (2012) onde a mesma foi
baseada em evidências experimentais fundamentada na observação de modelos
poderia influenciar a conduta humana, Bandura usou os conceitos de aprendizagem
vicariante e modelação, para se referir à capacidade de aprendizado de novos
comportamentos através da observação.
Nesse sentido, as técnicas podem ser entendidas como sendo a sistematização
de intervenções com vistas a determinados resultados diante de situações
específicas. Portanto, técnicas funcionam como antecedentes (regras e/ou modelos)
para a classe de respostas do clínico de segui‑las (responder sob controle delas) e
tentar produzir consequências iguais ou semelhantes àquelas por elas especificadas.
Por “sistematização” queremos dizer que a técnica possui:

a) descrição suficientemente precisa e padronizada, de modo que possa servir


para treino e aplicação por outrem, e

b) resultados empiricamente comprovados a respeito de sua efetividade.

Dentre as intervenções possíveis, parte delas pode ser denominada de técnica,


uma vez que seu procedimento e seus resultados já são conhecidos e sistematizados
na literatura.

Fonte: tommyreforcopositivo.files.wordpress.com.br

Em suma, conclui‑se daí que todo uso de técnicas é uma intervenção, mas
nem toda intervenção é uma técnica. Além disso, toda intervenção (inclusive com uso
de técnicas) envolve uma avaliação contínua. Essa avaliação, por sua vez, é feita não
só durante a intervenção como também quando o clínico avalia o caso
encobertamente durante a sessão, ou com seu supervisor.
4 ALGUMAS TÉCNICAS UTILIZADAS NA CLÍNICA COMPORTAMENTA

Fonte:conexaoestudante.com.br

O pressuposto central da teoria comportamental é que um comportamento


disfuncional foi aprendido e que pode ser desencadeado por sinais internos e externos
associados a ele. Posto que a terapia comportamental auxilia o indivíduo a modificar
a relação entre a situação que está criando dificuldade e a habitual reação emocional
e comportamental que ele tem naquela circunstância, mediante a aprendizagem de
uma nova modalidade de reação (ZILIO; FILHO, 2018).
Pois, a nova aprendizagem é conseguida através de técnicas apropriadas a
cada caso. Conforme cita Caballo (1996), já havia destacado há mais de uma década
que as características mais sobressalentes dos terapeutas comportamentais são:
1) uma ênfase nos determinantes atuais do comportamento, em vez de nos
determinantes históricos;

2) uma ênfase na mudança do comportamento manifesto como o principal


critério pelo qual se avalia o tratamento;

3) especificação do tratamento em termos objetivos, de modo que seja possível


a réplica do mesmo;

4) confiança na investigação básica em Psicologia, com o objetivo de gerar


hipóteses gerais sobre o tratamento e as técnicas terapêuticas específicas;

5) especificidade nas definições e explicações no tratamento e na medição.


Contemporaneamente, pode-se dizer que a terapia comportamental vai além
da sua associação aos termos "estímulo" e "resposta" (E-R), visto que atualmente ela
combina procedimentos verbais e de ação, assim como não faz uso de abordagens
únicas, e sim, emprega métodos multidimensionais, enfatizando a responsabilidade
tanto do terapeuta, como a do paciente (SAMPAIO; RONCATI, 2012).
Portanto, a terapia analítico-comportamental coloca sua ênfase nos
determinantes atuais, embora de maneira alguma descarte os determinantes
históricos, refletindo um enfoque de tratamento da disfunção clínica e do
comportamento desadaptativo. Uma vez que, segundo B. F. Skinner a seleção dos
comportamentos se dá por meio das consequências e esta seleção está dividida em
três níveis, o nível filogenética, ontogenética e cultural.

5 A RELAÇÃO TERAPÊUTICA

Fonte: comportese.com.br

Os resultados da terapia analítico-comportamental dependem,


intrinsecamente, da relação que se estabelece entre um cliente e seu terapeuta. No
consultório, a queixa é ponto de partida para o entendimento dos problemas do cliente.
Nessa fase, o clínico atua de modo a favorecer que o cliente permaneça na terapia e
experiencie alguma redução no sofrimento que o motivou a buscar auxílio profissional.
Enquanto o clínico visa tornar significativa sua relação com o cliente, ele também se
dedica à coleta de dados, de forma a compreender as variáveis que atuam sobre o
comportamento do cliente. O clínico partilha com o cliente sua visão inicial do caso e,
juntos, definem metas que façam sentido a ambos (BORGES; CASSAS, 2012).
Segundo o referido autor é a partir daí, que o terapeuta seleciona e implementa
as primeiras estratégias terapêuticas, compatíveis com os objetivos. Resumindo, cabe
ao profissional facilitar a coleta dos dados necessários à avaliação funcional do caso
de seu cliente e criar condições para aplicar um ou mais procedimentos que julgar
necessários (preferencialmente, os que a literatura sinaliza como sendo menos
aversivos, mais eficazes e minimamente intrusivos).
No que se refere aos objetivos Borges e Cassas (2012), propõe que esses
podem ser organizados da seguinte maneira:
1) ajudar a pessoa que busca psicoterapia a desenvolver um conhecimento
abrangente e realista de si mesmo;

2) ajudar o cliente a desenvolver uma congruência ou coerência entre seus


sentimentos, crenças e comportamentos;

3) ajudar e incentivar o cliente a enfrentar suas dificuldades, estimulando o a


persistir em seus esforços de enfrentamento;

4) ajudar o cliente a perceber suas alternativas de funcionamento, as quais


dependem de uma escolha pessoal.

Nesse sentido, é através do relacionamento com o terapeuta que o cliente pode


perceber e experiência uma oportunidade de poder expressar seus sentimentos,
valores e crenças. Genericamente podemos dizer que o terapeuta nesse
relacionamento assume diversos papéis, entre os quais podemos citar o de
reforçador, o de modelo, além do seu papel pedagógico, o qual, por sua vez, implica
num domínio teórico e uma percepção apurada na utilização das diversas técnicas
que a abordagem propõe.
Prado e Meyer (2004) enfatiza que a relação terapêutica tem como suas
principais características:
a) uma atitude calorosa do terapeuta que facilite a correção de distorções
perceptivas e cognitivas do cliente, assim como permita a este último se sentir uma
pessoa aceita a despeito de suas dificuldades e, até mesmo, contrária à forma
distorcida com que o cliente se percebe;

b) uma percepção precisa e, ao mesmo tempo, compreensiva das expectativas


e motivações do cliente;
c) uma atitude verdadeiramente autêntica do terapeuta, a partir da qual o ele
possa transmitir para o cliente uma visão de sua situação, ao mesmo tempo realista,
confiável e aceitadora;

d) uma cooperação por parte de cliente e terapeuta para que os objetivos que
foram estabelecidos possam ser atingidos de forma eficaz;

e) estabelecimento de limites claros, firmes e razoáveis de modo a facilitar ao


terapeuta o controle da relação e, consequentemente da terapia.

Caballo (1996) corrobora, propondo alguns dos fatores que contribuem para o
sucesso da terapia e estão relacionados às variáveis do paciente:

a) a forma com que o paciente percebe o terapeuta, com status, credibilidade,


valores similares e com os recursos que o paciente necessita;

b) a forma como o paciente vê o terapeuta como confidente, profissional,


compreendendo, aceitando e animando-o à independência;

c) momentos na terapia onde a qualidade da voz do paciente caracteriza-se por


atividade, energia, expressividade, vivacidade e riqueza das palavras utilizadas;

d) Envolvimento do paciente e sua participação ativa no processo de terapia


(gosto por se comunicar, o compromisso para mudar, a confiança no terapeuta, o
reconhecimento da responsabilidade de si próprio para realizar a mudança, o prazer
de se relacionar com o terapeuta e o reconhecer sentimentos e comportamentos).

Os bons momentos em terapia, ainda conforme o autor tende a mostrar:

a) comunicação expressiva, concreta e não excessivamente racional; pacientes


falando sobre si mesmos de uma forma pessoal; pacientes com algumas relações
fluidas com seus terapeutas;

b) quando os pacientes evidenciam maneiras de ser e atuar, que geralmente


são aceitas como sadias, ajustadas ou normais;

c) pacientes que evidenciam ou portam comportamentos que os juízes


consideram maduros;

d) comportamento defensivo reduzido;


e) altos níveis de cooperação, coincidência e cumplicidade;

f) elevada consciência, entendimento, reconhecimento e reexame de


constructos superiores de ordem pessoal, relativos à resolução de situações
problemáticas e abertos a opções de vida.

Fonte:comportese.com.br

6 ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO

A avaliação funcional é um processo criado desde os primórdios da análise do


comportamento aplicada, ganhando precisão conceitual e metodológica no final da
década de 70 e no início da década de 80. Porém somente no final da década de
oitenta a avaliação funcional se define como é praticada hoje (DUNLAP; KINCAID,
2001, apud CERQUEIRA, 2017).
Nesse sentido, a análise funcional consiste em uma ferramenta bastante
utilizada pelos clínicos comportamentais, onde permite que o profissional identifique o
comportamento de interesse sua frequência assim como a possibilidade de descrever
estímulos antecedentes seguidas de respostas e consequências e então a partir disso
pode-se elaborar práticas de intervenção sem que haja uma manipulação desses
eventos onde comportamentos iguais podem ter funções distintas e comportamento
distintos podem ter uma mesma função (VANDENBERGHE, 2002).
Segundo Gavazzoni e colaboradores (2014) o analista do comportamento,
independentemente de seu contexto de atuação, tem como objetivo analisar
funcionalmente o comportamento dos indivíduos afim de intervenções eficazes.
Estando atento, aos comportamentos clinicamente relevantes ou CCRBs.
Os CCRs podem ser essencialmente de três tipos a depender da função que
apresentam. Os CCR1s são aqueles considerados como o comportamento problema
do cliente ocorrendo dentro da sessão; os CCR2s são os comportamentos de melhora
do cliente também apresentados em sessão; enquanto que os CCR3s são as análises
feitas pelo cliente sobre seu próprio comportamento (preferencialmente tais análises
devem ser funcionais, envolvendo a história de reforçamento e punição daquele
comportamento) (TSAI et al., 2012, apud VILLAS-BOAS, 2012).
Conte (2010) também define os CCRs, como sendo CRB1 é caracterizado por
comportamentos problema apresentado pelo cliente durante a sessão terapêutica,
cuja frequência precisa ser reduzida, CRB2 são comportamentos adequados, que
muitas vezes substitui o CRB1, precisando o terapeuta reforçar o mesmo de forma
natural. CRB3 é quando o cliente se consegue discriminar e analisar as causas do
seu comportamento, assim como as variáveis ao qual ele é função (CONTE, 2010).
Segundo Villas-Boas (2012), existem algumas regras em relação aos CRBs,
que o terapeuta precisa compreender.
Regra 1 – estar atento aos CCRs. Essa primeira regra diz respeito à atenção
que o terapeuta deve ter na sessão, identificando os CCRs do cliente que ocorrem
naturalmente durante a sessão. O terapeuta deve buscar dentro da sessão, portanto,
por paralelos funcionais com os comportamentos relevantes que ocorrem fora da
sessão (paralelos de fora-para-dentro). Desse modo, os CCRs observados em
sessão, devem ser funcionalmente semelhantes (e não necessariamente
topograficamente) aos comportamentos relevantes que ocorrem fora da sessão.
Regra 2 – evocar CCRs. Diz respeito à importância de criar situações, dentro
da sessão, que favoreçam a ocorrência das dificuldades e principalmente das
melhoras do cliente. Ajudando o cliente a emitir com o terapeuta os CCRs para que
eles possam ser trabalhados. Essa regra fala, na verdade de coragem, pois evocar
tais comportamentos em sessão não é tarefa fácil. Emissões de CCRs são, em geral,
acompanhados de emoções, muitas vezes intensas e desagradáveis, que trazem
incômodos e também exigem coragem do cliente que está tentando agir diferente (no
caso do CCR2). Desse modo, evocar CCRs significa provavelmente evocar toda essa
carga emocional que o acompanha, que é necessária, mas possivelmente
assustadora.
Regra 3 – analisar adequadamente os CCRs. Essa regra foca na forma como
o terapeuta deve reagir aos CCRs dos clientes. Deve-se tomar cuidado para não
reforçar CCR1s e ter as habilidades necessárias para reforçar CCR2s. É muito
importante ressaltar que o reforço a CCR2 deve ocorrer de forma natural, da forma
como ocorreria em interações socias não terapêuticas, evitando-se ao máximo,
qualquer tipo de reforçamento arbitrário, artificial, que não ocorreria em situações da
vida do cliente. Além disso, deve-se estar atento para pequenas melhoras que os
clientes possam apresentar e não apenas esperar o comportamento final desejado.
Muitas vezes melhoras ocorrem aos poucos, e cabe o terapeuta modelá-las,
reforçando aproximações sucessivas ao comportamento esperado. Tal reforço, por
sua vez, envolve repertórios importantes do terapeuta, como uma genuína vontade de
ajudar o cliente e profunda empatia.
Regra 4 – estar atento ao efeito do seu comportamento sobre o cliente. É
importante prestar atenção ao comportamento do cliente em resposta ao
comportamento do terapeuta. Verificar se os CCRs aumentam ou diminuem de
frequência frente às consequências providas pelo terapeuta, a fim de verificar se de
fato os CCRs estão sendo consequenciados de forma adequada.
Regra 5 – promover estratégias de generalização, levando as melhoras obtidas
em sessão para fora da sessão. Atualmente essas estratégias vêm sendo descritas
de duas formas: (1) analisar funcionalmente os comportamentos do cliente que
ocorrem dentro e fora de sessão, sendo a estratégia mais poderosa a realização de
paralelos funcionais entre as interações ocorridas em sessão para situações fora de
sessão (paralelos de dentro-para-fora); (2) sugerir tarefas de casa que ajudem a
implementar as melhoras do cliente em seu dia-a-dia.
Sendo assim, a análise funcional realizada na avaliação do cliente objetiva
desenvolver hipóteses sobre o efeito de variáveis ambientais na modelagem e na
manutenção de comportamentos-problema e, dessa forma, identificar a função do
comportamento-problema, uma vez que a relação entre comportamento e ambiente é
fundamental para a análise funcional do comportamento, pois o comportamento é
resultado da interação entre organismo e ambiente (FONSECA; PACHECO, 2010).
Interpretar um comportamento significa compreender sua função, que pode
variar de um indivíduo a outro, entre situações e no tempo. De forma geral, as funções
dizem respeito à obtenção de estímulos apetitivos (ou prazerosos) ou á evitação de
estímulos aversivos. (COSTA; MARINHO, 2002, p. 45; apud LAPA; SANTANA, 2018).
Moreira e Medeiros (2007), citado por Lapa e Santana (2018) enfatiza que a
todo tempo, controlamos o comportamento alheio e somos controlados, a análise vai
buscar entender como funciona essa relação. Controlar um comportamento não
significa obrigar o indivíduo a fazer algo, sem que o mesmo queira, mas sim conseguir
fazer com que sua ocorrência se torne mais ou menos provável. Desse modo, com a
análise funcional identifica-se o comportamento procurando entender em que
circunstâncias o mesmo ocorre, quais são as ações, pensamentos, sentimentos do
indivíduo e possíveis formas de intervenção.

ANTECEDENTE RESPOSTA CONSEQUÊNCIA

Fonte: Elaborado pelo autor

Segundo Meyer, et al. (2015), citado por Lapa e Santana (2018), construir uma
tabela de tríplices contingências pode ajudar o terapeuta a se sentir em melhor
condição de prever e controlar o comportamento do cliente e o seu próprio.
Os autores exemplificam com uma tabela composta de três colunas:
antecedentes, respostas e consequências e consideram que um procedimento
possível para selecionar os comportamentos que irão compor a coluna de respostas,
é o terapeuta elencar respostas moleculares (específicas) que fazem parte da queixa
do cliente ou que foram identificadas como produzindo consequências aversivas. Em
caso de semelhanças entre os antecedentes e consequências dessas diversas
respostas, o terapeuta poderá identificar uma classe de respostas molar (ampla).
7 TÉCNICAS DE RELAXAMENTO

Fonte:psicologosp.com.br

O relaxamento é uma técnica milenar, utilizada por todas as civilizações. O


resultado pode ser observado imediatamente e, em especial, se for realizado por
pessoas preparadas para sua aplicação. O objetivo da técnica de relaxamento é
ensinar a pessoa o controle da respiração, associando esta respiração á diminuição
da tensão muscular. Este aprendizado possibilita o seu uso posterior diante de
situações de dificuldades que possam surgir, com redução do grau de ansiedade
(JUNQUEIRA, 2006).
O mesmo autor ainda salienta que o relaxamento pode ser denominado como
simples ou progressivo. O relaxamento simples solicita-se que à pessoa que se
coloque em posição confortável, seja sentada ou deitada. Em seguida, pede-se que
feche os olhos, procure respirar de forma calma, imaginando e sentindo os músculos
se descontraindo. Vale ressaltar que essa técnica pode ser realizada durante o
trabalho individual, em grupo, ou solicitado como uma atividade a ser feita pelo pessoa
e/ou cliente já em sua residência, com o acompanhamento dos familiares
devidamente treinados.
Sobre o relaxamento progressivo e ou técnica de relaxamento de Jacobson
é importante destacar que, trabalha-se com o contraste da contração e o relaxamento
dos músculos. O início da aplicação é semelhante ao relaxamento simples, solicita-se
que a pessoa assuma uma posição confortável e focalize a sua atenção na respiração.
Nessa técnica, é feita a indução para que o sujeito contraia determinada musculatura
e, em seguida, a relaxe, sucessivamente, até que toda musculatura corporal tenha
sido relaxada, pode-se iniciar nos pés, pernas, subindo para o tronco, braços, mãos e
depois para a cabeça. Para o relaxamento, são necessários em média, vinte minutos.
O resultado se caracteriza por uma sensação de leveza, respiração leve, e com menor
fluxo de pensamentos acelerados (JUNQUEIRA, 2006).
Existe também o relaxamento progressivo adaptado, nesse momento
solicita-se que a pessoa se mantenha em posição confortável pode ser em um
colchonete; comece dobrando lentamente a ponta dos pés, levando-os em direção ao
corpo. Procure sentir a tensão, mantenha os pés contraídos por alguns segundos e
depois o relaxe. Faça a seguir, o movimento contrário, esticando os pés. Faça com
que a pessoa sinta nesse momento a tensão na região das pernas, fique por alguns
segundos contraídos e depois relaxe. Aproveite esse momento para sentir a sensação
causada pelo relaxamento. Em seguida contraria os músculos da região das costas,
imaginando que esses músculos estão se soltando suavemente. Em seguida eleve os
ombros na direção das orelhas, sinta a tensão e em seguida relaxe (JUNQUEIRA,
2006).
Levante os braços, em direção ao teto com as mãos contraídas para trás.
Mantenha os por alguns segundos e depois relaxe. Mantenha os olhos abertos, em
seguida deixe sobrancelhas franzidas por alguns segundos e sinta a tensão dos
músculos da testa. Imagine, em seguida, o seu corpo sendo banhado por uma cor
azulada, começando no alto da cabeça indo até os pés. Relaxe. Espreguice. Vire-se
para o lado e coloque a mão dominante (esquerda ou direita) sobre o colchonete,
firme-se e levante. Peça para pessoa descrever como se sente ou peça a pessoa que
pegue os lápis de cor e faça o desenho de figura humana. Conte uma história sobre o
desenho, mencionando o tipo de atividade corporal desenvolvida por essa pessoa que
foi desenhada e a reação corporal dela, diante das atividades realizadas
(JUNQUEIRA, 2006).
Dentro das técnicas de relaxamento, cabe destacar a técnica de respiração
diafragmática, muito utilizada no controle de ansiedade. O diafragma é um músculo
largo, em forma de leque, que separa a cavidade torácica (acima do diafragma) da
cavidade abdominal (abaixo do diafragma). A maior parte das pessoas não respira de
forma suficientemente profunda porque utiliza na respiração apenas a cavidade
torácica. Uma forma de respirar utilizando toda a capacidade dos pulmões e
permitindo receber cerca de 7 vezes mais oxigénio é a respiração diafragmática,
também conhecida por respiração abdominal, que se caracteriza por fazer uma maior
utilização do diafragma e da cavidade abdominal (GAPSI, 2018).
Este treino deve ser feito pelo menos 2 vezes por dia, 5 ou 6 minutos de cada
vez, em um ambiente livre de distrações e interrupções.
1) peça para pessoa sentar-se em uma posição confortável. Mantém as pernas
afastadas com os pés relaxados e virados para fora. Respira pelo nariz e presta
atenção na respiração.
2) coloque os braços sobre a barriga e sinta o movimento da barriga:
- Quando inspiras, a barriga vai para fora
- Quando expiras, a barriga vai para dentro
Portanto, a respiração diafragmática, permite à pessoa reconhecer quando se
encontra excessivamente tensa e instruir-se para relaxar, reduzindo, desta forma,
também o nível de ansiedade.

8 MINDFULNESS

Fonte: vittude.com.br

A prática de mindfulness passou a fazer parte da medicina comportamental a


partir dos programas de redução de estresse de Kabat-Zinn (1982). O conceito, cuja
origem está nas práticas orientais de meditação (Hanh, 1976), despertou, logo no
início dos anos de 90, o interesse de clínicos fora da área da medicina comportamental
(VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).
No Brasil, é uma prática que vem crescendo na literatura e nos congressos
sobre clínica comportamental e bastante utilizado para redução de comportamento
respondentes como taquicardia, tremores, sudorese, dores de cabeça, dores
abdominais (sintomas mais comuns do estresse). apesar desse interesse
relativamente recente para a área, o mindfulness não é uma prática atual, pelo
contrário, ele vem de práticas orientais milenares de meditação. Oriundo da
palavra mindful, que significa ser consciente, mindfulness é traduzido como “atenção
plena”, e envolve estar alerta momento a momento (PINHEIRO, 2015).
Segundo o referido autor, o mesmo pode ser entendida como uma habilidade
de estar consciente dos seus pensamentos, emoções, sensações e ações, no
momento presente sem julgar ou criticar a si mesmo ou a própria experiência. É "estar
no aqui e agora". Atualmente, a literatura tem investigado esta técnica em diversos
tratamentos e para diferentes transtornos
Uma ideia central na literatura sobre mindfulness é que viver sob o comando
do piloto automático não permite à pessoa lidar de maneira flexível com os eventos
do momento. Confiar no piloto automático promove modos rígidos e altamente
limitados de reagir ao ambiente. Na vida urbana moderna, agimos muitas vezes sem
estar emocionalmente envolvidos em nossas ações, ou fazemos várias coisas ao
mesmo tempo, às vezes sem percebermos que as diferentes atividades têm diferentes
objetivos e atrapalham entre si (VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).
Assim, podemos agir rápido e nos projetar como eficientes e produtivos. Em
outros casos, permitimo-nos ficar tão emaranhados em nossos pensamentos e
sentimentos sobre passado ou futuro, ou em nossas racionalizações sobre a nossa
vivência, que perdemos contato com o que está acontecendo no momento atual
(HAYES; 2004, LINEHAN; 1993, KABAT-ZINN; 1990, apud VANDENBERGHE;
SOUSA, 2006).
É uma técnica bastante utilizada na redução do, tradicionalmente, o programa
de redução de estresse é feito com grupos de 30 pacientes, com 8 sessões semanais,
e com duração de cerca de 2 horas cada. O treino inclui muitas tarefas de casa. Cada
participante é solicitado a dedicar até uma hora diária à prática e a planejar um dia
intensivo de mindfulness por semana. Ocorre através de exercícios formais e
informais (KABAT-ZINN; 1990, apud VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).
Segundo os referidos autores, um dos primeiros exercícios formais é uma
varredura mental do corpo com atenção concentrada. Neste exercício, parte por parte
do corpo é observada. O praticante vai notando todas as sensações que percebe e
concentra a atenção intencionalmente nesta vivência. Aprende-se a estar atento
diante de diferentes posições corporais: sentado, em pé ou deitado.
Num outro exercício típico, o participante está sentado na cadeira ou com as
pernas cruzadas em cima de um travesseiro e concentra sua atenção na experiência
da respiração. Se a pessoa se distrai ou se uma emoção ou sinal corporal é percebido,
este é intencionalmente reconhecido. Logo depois, volta-se a atenção para a
respiração. O que o participante aprende é a aceitar, sem julgar, cada distração, sem
se deixar comandar por esta (VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).
Os exercícios formais incluem, além da varredura mental do corpo e a
meditação em posição sentada, com concentração na respiração, também práticas de
alongamento (explorando em detalhes sensações corporais como tensão, dor,
outros); e técnicas meditativas adotadas do yoga. O alvo é vivenciar a respiração, os
pensamentos, e os outros conteúdos sem querer mudá-los ou controlá-los, ou seja,
permitir-se conscientemente observar o que está acontecendo no presente
(VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).
Os exercícios informais consistem em vivenciar situações do cotidiano de
maneira plenamente consciente, com a atenção focada no que está acontecendo, sem
julgar ou racionalizar. Pode tratar-se de subir a escada, trabalhar, fazer atividades em
casa, estar junto com amigos, ou qualquer outra atividade. Estes exercícios enfatizam
vivenciar plenamente e sem preconceito experiências positivas e negativas. Ao estar
intencionalmente atento no aqui e agora, permite-se lidar de maneira criativa com
situações cotidianas (VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).
Segundo os autores referenciados o exercício de meditação com foco na
respiração é realizado em três fases:
 A pessoa observa, de olhos fechados, o que acontece dentro dela naquele
momento;
 Observa a respiração;
 E por último aceita as sensações do corpo, colocando todas, agradáveis e
desagradáveis, sem discriminação, no mesmo nível.
Na meditação com foco nas percepções externas, as mesmas fases são
repetidas, mas a observação da respiração é substituída pela concentração em ruídos
ambientais.
Outro exercício para iniciantes consiste numa rotina de alongamentos feitos
diariamente. O objetivo não é melhorar a flexibilidade corporal ou sentir-se melhor,
mas entrar plenamente em contato com as sensações (tanto as agradáveis quanto as
desagradáveis) do próprio corpo e aceitar a vivência como ela é (KABAT-ZINN; 1990,
apud VANDENBERGHE; ASSUNÇÃO, 2009).

9 DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

Fonte: cienciasecognicao.org.br

Caballo (1996), descreve a dessensibilização sistemática (DS) como sendo


uma intervenção terapêutica desenvolvida para, dentre outras coisas, eliminar as
síndromes de evitação. A técnica de (DS), consiste basicamente em apresentar o
estímulo fóbico (na imaginação ou ao vivo) em um contexto de relaxamento
(geralmente induzido pela técnica do relaxamento muscular progressivo, ver
Jacobson, 1938 citado por Wolpe, 1978).
Descrita de maneira sintética por Turner (1996, apud, Sampaio, Roncati; 2012)
a estrutura dos procedimentos da técnica de DS contém quatro passos principais:
1. Treinamento no emprego da escala de unidade subjetiva de desconforto
“SUDS”.
2. Uma completa análise comportamental, e o desenvolvimento de uma
hierarquia de medos.

3. Treinamento de relaxamento.

4. Exposição na imaginação durante estado de relaxamento.

Elemento fundamental para a construção da hierarquia de exposição à escala


SUDS, desenvolvida por Wolpe (1958) como um meio de transformar a magnitude da
resposta ansiosa do paciente em algo que pudesse ser subjetivamente mensurado,
consiste em uma escala contínua de 0 a 100, na qual os pontos extremos da
ansiedade mais intensa (100) até a situação mais tranquila e segura para o indivíduo
(0) são estabelecidos como referências para a avaliação de todas as situações a
serem abordadas. Organiza-se, a partir disso, uma hierarquia para que a exposição
seja realizada sempre de forma gradativa, da situação menos para a mais geradora
de desconforto (SAMPAIO, RONCATI; 2012).
Assim sendo, White e colaboradores (2008), colabora propondo que a
dessensibilização ou experimentos comportamentais, como também é chamada, é
uma técnica onde o cliente imagina ou é exposto a estímulos temidos de forma
gradual. A priori é preciso fazer uma lista de situações temíveis e estabelecer uma
hierarquia entre eles, estímulos menos ansiosos e mais ansiosos de forma gradual.

“As intervenções de exposição são tipicamente introduzidas na sessão e


completadas em conjunto pelo menos duas vezes pelo terapeuta e pelo
paciente, colocando a atenção em ajudar os pacientes a ‘não fazer nada’ para
tentar controlar as sensações. A pratica em casa dos exercícios é então
indicada, com o objetivo de que o paciente ‘se acostume’ com as sensações
quando da próxima sessão semanal” (FARIA; 2011, p.02).

De acordo com o autor as primeiras etapas de exposição ao vivo são


enfrentadas na companhia do terapeuta, até que ocorra a habituação da ansiedade e
adequação, ou diminuição da intensidade, das reações fisiológicas, como sudorese,
taquicardia, fadiga, que são as respostas mais frequentes em quadros de ansiedade.
Depois de várias exposições, repetidas e prolongadas, quando o cliente consegue não
eliciar mais altos níveis de ansiedade e desconforto, é que se passa para o próximo
item da lista de situações temidas, e assim sucessivamente até o cliente ser capaz de
enfrentar todos os itens da hierarquia com significativa redução da ansiedade.
10 INUNDAÇÃO OU TERAPIA IMPLOSIVA

Fonte: depositphotos.com.br

Considerada, na prática, uma variação da técnica de exposição, a Inundação


(ou terapia implosiva) parece ter sido desenvolvida empiricamente, diretamente na
clínica, o que torna controversa a literatura sobre suas origens teóricas. Rourke e Levis
(1996, apud, Sampaio, Roncati; 2012) citam O. H. Mowrer, com sua teoria dos dois
fatores do aprendizado de evitação, como embasamento teórico da Inundação.
Entretanto, em Zoellner e colaboradores (2003, apud, Sampaio, Roncati; 2012)
encontramos a teoria do processamento emocional de Rachman, a proposta baseada
na interferência retroativa de Bouton e a teoria da autoeficácia de Bandura como as
três principais proposições teóricas que explicam a técnica. A despeito das
divergências em relação a suas origens teóricas, a eficácia da técnica de Inundação
em diversos transtornos de ansiedade está bem documentada (ZOELLNER et. al.,
2003, apud, SAMPAIO, RONCATI; 2012).
Na Inundação não há hierarquização de situações e a exposição é feita
diretamente a estímulos geradores de um alto grau de ansiedade ou medo. A
utilização dessa técnica é muito questionada e relativamente pouco utilizada,
principalmente por ser ainda mais aversiva que a exposição gradativa. Geralmente,
sua utilização é justificada pela impossibilidade em encontrar situações intermediárias
que produziriam uma resposta emocional de menor magnitude, impedindo uma
abordagem gradual (SAMPAIO, RONCATI; 2012).
11 ECONOMIA DE FICHAS

Fonte: cienciasecognicao.org.br

A economia de fichas (EF) foi desenvolvida por Ayllon e Azrin, por volta de
1968, em trabalhos realizados com pacientes internados em instituições psiquiátricas
e, desde então, tem sido utilizada em inúmeros contextos e se revelado uma técnica
útil na modificação de comportamentos de pessoas ou grupos (Patterson, 1996, apud,
Sampaio, Roncati; 2012).
A economia de fichas se baseia em pressupostos do condicionamento operante
e consiste, basicamente, na apresentação de fichas como reforçadores imediatos que
serão trocadas por outros reforçadores posteriormente. A diversidade de aplicações
da EF é muito grande. Na clínica, é bastante utilizada com crianças, mas também é
útil em ambientes hospitalares, enfermarias, asilos e até empresas, além de creches
e escolas (SAMPAIO; RONCATI, 2012).
Segundo os autores referenciados, cartões carimbados em restaurantes e
selos retirados da tampa das embalagens de pizzas delivery são bons exemplos da
utilização comercial dos princípios da economia de fichas. Essa estratégia de controle
do comportamento do consumidor visa aumentar a frequência com que o cliente
escolhe um determinado produto, serviço ou estabelecimento comercial
Após algumas emissões da resposta (geralmente 10 vezes, nos exemplos
citados), o cliente pode trocar as “fichas” (selos retirados da tampa ou carimbos em
um cartão) por uma refeição ou uma pizza grátis. Podemos considerar, de maneira
informal, que a própria disseminação dessa prática em restaurantes por quilo e
pizzarias é um bom indício da efetividade desse procedimento, utilizado quando não
é possível ou desejável reforçar diretamente todas as emissões de um operante com
o estímulo reforçador que originalmente o controla (SAMPAIO; RONCATI, 2012).
A aplicação clínica da EF deve contemplar alguns pontos, tais como:

1. A identificação precisa dos comportamentos a serem modificados ou


instalados;

2. A definição dos reforçadores disponíveis no ambiente;

3. o estabelecimento das fichas como reforçadores condicionados;

4. O conjunto de regras que estabelecem as inter-relações entre os


comportamentos específicos que obtém as fichas e os reforçadores pelos quais as
fichas poderão ser trocadas (KAZDIM; BOOTZIN, 1972, PATTERSON; 1996, apud
SAMPAIO; RONCATI, 2012).

De acordo com o referido autor os programas devem ser delineados


considerando as características dos indivíduos ou grupos aos quais serão aplicados
e, por essa razão, podem variar em diferentes detalhes, por exemplo, na forma de
apresentação do reforçador condicionado (fichas, quadros e escalas).

12 ENSAIO COMPORTAMENTAL OU ROLE-PLAYING

Fonte: comportese.com.br
Dentro do contexto clínico, uma das técnicas utilizadas é o ensaio
comportamental, também conhecido como role-playing, que consiste em reproduzir
durante a sessão, por meio de dramatização, situações análogas a dos contextos
sociais em que o cliente tem déficit e treinar a forma socialmente relevante do
comportamento. Isso também pode ser feito com o cliente imaginando determinadas
situações de desconforto social e a melhor maneira de lidar com elas (CERQUEIRA,
2017).
Del Prette e Del Prette (1999/2001) descrevem o role-playing através dos
passos de apresentação de uma situação-problema, breve discussão acerca da
situação, arranjo de uma situação análoga, desempenho do cliente em situação
estruturada e feedback do terapeuta e/ou de outros participantes.
Aplicado à terapia analítico-comportamental, o role-playing ou ensaio
comportamental inclui: obter uma boa descrição da situação-problema para
estabelecer a relação entre eventos; operacionalizar sequências comportamentais
uma de cada vez; fornecer instruções e modelos de desempenho; apresentar o
comportamento em uma cena; dar dicas sobre o desempenho; inverter papéis,
reapresentar, reavaliar o desempenho; programar generalização e avaliar
desempenho na situação real nas próximas sessões (CALAIS; BOLSONI-SILVA,
2008; OTERO; 2004).
Segundo os autores supracitados, o terapeuta pode solicitar e/ou sugerir ao
cliente que o mesmo faça tarefas de casa com o objetivo de modelação de
comportamentos com déficits sociais, onde ocorre uma alteração do comportamento
alvo até que consequentemente se aprenda um comportamento novo.
13 PROCEDIMENTOS QUE ENVOLVEM RECURSOS TÉCNICOS ORIUNDOS DE
DIFERENTES PARADIGMAS: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E TREINO EM
HABILIDADES SOCIAIS

Fonte: cienciasecognicao.org.br

Segundo Lombardo e colaboradores (2005, apud, Sampaio, Roncati; 2012), os


objetivos gerais da Resolução de problemas (RP) incluem:
1. diminuição do impacto “negativo” (estresse emocional) relacionado à
experiência de eventos vitais e problemas de diferentes magnitudes (desde a perda
de uma carteira até um divórcio ou uma doença crônica);

2. aumentar a habilidade de lidar com esses problemas;

3. minimizar a probabilidade de problemas similares no futuro. A Resolução de


Problemas pode ser utilizada em qualquer caso que se identifique dificuldades em
lidar com situações “problemáticas”, principalmente quando essas são fontes de
estresse significativo para o indivíduo.

Diversas estratégias podem ser aplicadas para que os objetivos da RP sejam


alcança- dos:
1. Treinamento em orientação ao problema: Algumas das técnicas utilizadas
para favorecer comportamentos de enfrentamento dos problemas são: o role play
(desempenho de papéis – o clínico pode trabalhar com a troca dos papéis a serem
representa- dos de acordo com o objetivo específico da intervenção, podendo assumir
uma postura pessimista, por exemplo, favorecendo a identificação do cliente com seu
padrão de comportamento frente aos problemas da vida); a Avaliação de Regras que
participam do controle dos comportamentos ineficazes; a Visualização (o paciente
fecha os olhos e se imagina resolvendo um problema com sucesso); a Identificação
do Problema quando ele aparece.
2. Treinamento em definição e formulação do problema: O primeiro passo em
um algo- ritmo para a solução de qualquer problema, seja uma questão da prova de
física ou a perda de um compromisso importante, é sua adequada formulação. No
próprio trabalho clínico, quando um clínico elabora um plano de intervenção para seu
cliente, ele precisa, primeiramente, de uma boa formulação do (s) comportamento (s)
clinicamente relevante (s), para que sua intervenção seja efetiva. O mesmo vale, por
exemplo, para um estudante de psicologia que escolhe como tema de seu trabalho de
conclusão de curso a “terapia comportamental”. Se ele não tiver um problema bem
formulado sobre esse tema, não há pesquisa, no sentido de que não se sabe qual é
exatamente a questão a ser resolvida pela pesquisa.
3. Treino na geração de alternativas (brainstorm): Técnica muito utilizada nas
agências de publicidade, a “tempestade de ideias” consiste em gerar ideias, sem
censurá-las, para depois, em um segundo momento, avaliar a validade de cada uma
para a solução daquele problema específico. Quanto mais ideias aparecerem maior a
chance de encontrar uma que solucione a questão.
4. Treino na tomada de decisões (TD): O objetivo é que a decisão seja mais
racional e ponderada, e menos impulsiva. A partir da lista gerada na “tempestade de
ideias”, conduz-se uma avaliação de custo e benefício de cada alternativa levantada.
Solicita-se ao indivíduo que elabore uma tabela enumerando os prós e contras de
cada alternativa, seguida da atribuição de valores que representem a importância de
cada consequência (normalmente se utiliza uma escala simples de 0 a 10). Somam-se
os prós e contras de cada alternativa e compara-se a diferença entre as médias
obtidas em cada alternativa, chegando assim àqueles cujos prós foram considerados
maiores que os contras.
5. Treino em solução, implementação e verificação: Etapa final da solução de
um problema, após a formulação e a preparação de um plano, consiste na realização
deste e posterior avaliação dos resultados. Pode ser usada a mesma tabela de tomada
de decisão para avaliar efetivamente quais foram as consequências boas e as ruins
da estratégia adotada.
Em relação ao treino de habilidades sociais a habilidade social é considerada
como sendo uma tentativa direta e sistemática de ensinar estratégias e habilidades
interpessoais aos indivíduos, com a intenção de melhorar sua competência
interpessoal e individual nos tipos específicos de situações sociais. De modo geral,
concentra-se na aprendizagem de um novo repertório de respostas (SAMPAIO;
RONCATI, 2012).
Através de um treinamento em habilidades, empregam-se procedimentos tais
como as instruções, a modelação, o ensaio comportamental, a retroalimentação e o
reforçamento. Busca-se também realizar a redução da ansiedade em situações
sociais problemáticas, realizar uma reestruturação cognitiva e fazer um treinamento
em solução de problemas (CABALLO, 1996).
O objetivo da técnica é capacitar o paciente a emitir respostas adequadas a
situações específicas. Segundo Linehan (1984), citado por (Sampaio, Roncati; 2012),
o comportamento socialmente habilidoso é definido funcionalmente, devendo produzir
três consequências:
1. O reforçador específico para aquela resposta (p.ex., se meu objetivo é ser
atendido por um garçom em um restaurante, o comportamento socialmente habilidoso
deverá produzir a vinda do garçom até a mesa);
2. Reações públicas e privadas nas pessoas com as quais interage, que
melhorem ou mantenham uma boa relação com elas (p.ex., conseguir um garçom sem
ofendê-lo e sem constranger as outras pessoas à mesa);
3. Sentimentos de autoestima e autorrespeito no próprio indivíduo.
Del Prette e Del Prette (1999) referenciado por (Sampaio, Roncati; 2012),
destacam ainda, como uma consequência do comportamento socialmente habilidoso,
a manutenção ou ampliação dos direitos humanos socialmente estabelecidos,
ressaltando também que o peso relativo atribuído a cada uma dessas consequências
não está consensualmente estabelecido entre pesquisadores e profissionais da área.
Na clínica, é importante a indicação e validação do cliente de quais são as
consequências mais relevantes para ele. Para isso ele deve ser capaz de descrever
o que espera de suas relações interpessoais. Um termo amplamente utilizado para se
referir ao componente básico do comportamento socialmente habilidoso, cunhado por
Wolpe e Lazarus (1966) citado em Del Prette, 1999, apud Sampaio; Roncati, 2012), é
assertividade. Um dos elementos principais do THS é o treino assertivo, que visa o
desenvolvimento de um repertório capaz de produzir as consequências descritas
anteriormente como definidoras de comportamento socialmente habilidoso, em
diferentes contextos sociais.
De maneira geral, conforme descrito por Duckworth (2003, citado em Sampaio,
Roncati, 2012), o THS dispõe de um conjunto de técnicas utilizadas visando o
desenvolvimento de um repertório social que inclua:
1. Assertividade: definição e discriminação de padrões de comportamento
passivo, assertivo e agressivo; a “racional” para o uso do comportamento assertivo e
utilização do role-play.
2. Aspectos molares: iniciar e manter conversação, controle de estímulos
(adequação da ação ao contexto).
3. Aspectos moleculares: olhar (onde, como, por quanto tempo), expressão
facial (harmonia com a mensagem), gestos, postura, orientação, distância e contato
físico, volume e entonação da voz, fluência, tempo de fala e conteúdo. Existem muitas
outras técnicas tradicionalmente utilizadas na clínica comportamental.
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