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A PRÁTICA NO MUNDO VIRTUAL

- Psicologia Experimental –

Exercícios de Laboratório

SNIFFY PRO – O RATO VIRTUAL

MANUAL TEÓRICO E PRÁTICO SOBRE ATIVIDADES DE LABORATÓRIO


EXECUTADAS NO CURSO DE PSICOLOGIA NA MATÉRIA DE
PSICOLOGIA EXPERIMENTAL COM O PROGRAMA
VIRTUAL SNIFFY PRO

JOÃO RENATO GARCIA LOPES DE SOUSA


Graduando do curso de Psicologia da FAP- Faculdade da Alta Paulista,
sob orientação da Docente Ruth Vieira Nunes.
AGRADECIMENTOS

Primeiro a Deus, por sempre estar presente em minha vida, não apenas nos momentos felizes,
mas principalmente nos mais difíceis. Em especial também dedico este trabalho às pessoas
importantes aos quais estiveram comigo nos bons e maus momentos. Em particular, agradeço
aos meus avós maternos, à minha mãe Andréa Carlos Lopes e ao meu irmão Pedro Henrique
por nunca terem desistido de mim, e sempre acreditado em que um dia eu estaria
conquistando este espaço que estou hoje. Também quero dedicar a duas pessoas em especial,
que sem a dedicação e o apoio deles jamais conseguiria chegar aonde cheguei, a vocês, Flavia
Bueno e Ruth Vieira Nunes, meu muito obrigado por toda confiança.
A todos vocês meu muito obrigado, por dá a minha vida um sentido a mais.

O autor.
“Eu creio que uma análise científica do comportamento deve supor que o comportamento de
uma pessoa está controlado por suas histórias genética e ambiental, e não pela pessoa
mesma como agente iniciador e criativo; [...] não podemos provar que o comportamento
humano como um todo está completamente determinado, mas esta proposição vai-se fazendo
mais plausível à medida em que se acumulam os fatos, e creio que há chegado ao ponto em
que se deve considerar seriamente suas implicações.”

B. F. Skinner

ÍNDICE
PARTE I ................................................................................................................. 07

1 – INTRODUÇÃO .................................................................................... 08
2 – BIOGRAFIA DE SKINNER ............................................................... 09
3 – COMPORTAMENTO OPERANTE .................................................. 11
4 – MODELAGEM ..................................................................................... 14
5 – REFORÇAMENTO ............................................................................. 16
6 – EXTINÇÃO ........................................................................................... 17
7 – ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO ............................................... 18
8 – CONTROLE DE ESTÍMULO ............................................................ 33
9 – O BEHAVIORISMO E SUA APLICAÇÃO ..................................... 35

PARTE II ................................................................................................................. 37

1 – PORQUE UTILIZAR ANIMAIS ........................................................ 38


2 – A CAIXA DE SKINNER ...................................................................... 46
3 – SNIFFY-PRO (RATO VIRTUAL) ...................................................... 47
4 – SNIFFY-PRO – O PROGRAMA ......................................................... 49

PARTE III ................................................................................................................ 50

1 – APRENDENDO OS COMANDOS DO PROGRAMA ...................... 52


2 – REGISTRO DE ATIVIDADES ........................................................... 54
3 – NÍVEL OPERANTE ............................................................................. 55
4 – TREINO AO COMEDOURO .............................................................. 58
5 – MODELAGEM ...................................................................................... 60
6 – ESQUEMA DE REF. CONTÍNUO – CRF .......................................... 63
7 – EXTINÇÃO ............................................................................................ 66
8 – DELINEAMENTO DE REVERSÃO ................................................... 68
9 – REFORÇAMENTO INT. RAZÃO FIXA (FR) ................................... 71
10 – REFORÇAMENTO INT. RAZÃO VARIÁVEL (VR) ..................... 76
11 – REFORÇAMENTO INT. INTERVALO FIXO (FI) ........................ 82
12 – REFORÇAMENTO INT. INTERVALO VARIÁVEL (VI) ........... 87
13 – TREINO DISCRIMINATIVO/SOM ................................................ 92
PARTE IV ............................................................................................................... 97

ALGUMAS NORMAS E DICAS PARA SE REDIGIR OS RELA-


TÓRIO CIENTÍFICOS DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL ......... 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................. 104
PARTE I

FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEÓRICOS

Os textos a seguir apresentados foram escritos visando introduzir o aluno leitor nos
assuntos abordados, reforçando a parte teórica já aprendida anteriormente, para que possa
ter um bom rendimento nas práticas experimentais, usando assim uma linguagem técnica e
ao mesmo tempo, acessível à compreensão.

Alguns textos contêm, além da linguagem clara e objetiva, alguns resumos e questões
de estudo que abordam o conteúdo e têm como objetivo levar o aluno a identificar os pontos
essenciais, retomar a leitura e fixar os conceitos.

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1- INTRODUÇÃO

A Análise com comportamento teve início com o termo Behaviorismo instalado pelo
americano John B. Watson, por artigos publicados em 1913. O termo “behavior” significa
comportamento. Assim foi dado a esta tendência teórica o nome de Behaviorismo, além de
Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento e
Análise do Comportamento.

As bases para as pesquisas realizadas por Watson visavam o comportamento


observável, portanto, nesta linha teórica a ciência da Psicologia se tratava de um objeto
observável e mensurável, cujo experimentos poderiam ser realizados em diversas condições
ambientais e com diversos sujeitos.

Como esses estudos os Behavioristas foram os primeiros entre os demais Cientistas do


Comportamento a chegar mais próximo de explicações dos termos psicológicos observando a
objetividade de cada indivíduo e sujeito observado e analisado.

Este foi um fator muito importante que fez com que a Psicologia alcançasse o status
de ciência, rompendo a tradição filosófica até este momento imposta.

O estudo de Watson defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia, isto é,


estudar o comportamento através das funções que cada variável apresenta no meio ao qual o
indivíduo esta inserido durante as observações, levando a perceber que certos organismos
chegam a uma determinada resposta de acordo com a sua adaptação ao ambiente que ele esta
inserido, de como ele se ajusta neste ambiente, sendo por materiais hereditários e/ou formação
de hábitos. Buscando estudar uma ciência que poderia manter o controle de situações.

O behaviorismo como dito foi instalado como a ciência que estuda o comportamento,
porém podemos observar que este estudo não se baseia apenas nele isolado no indivíduo, mais
estudando a sua interação entre o indivíduo e o seu ambiente, as alterações que ele faz no
ambiente e vice-versa, portanto estudando as ações do indivíduo (respostas) e o ambiente
(estímulos).

Dentre os behavioristas, o mais importante que sucedeu Watson, foi B.F. Skinner, o
qual colocaremos a frente deste trabalho agora, pois as práticas laboratoriais serão baseadas
nas suas experiências de análise experimental do comportamento.

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2- BIOGRAFIA DE SKINNER

Skinner nasceu no dia 20 de Março de 1904 em Susquehanna, Pensilvânia, onde viveu


até ir para o colégio. Segundo seu próprio relato, seu ambiente de infância era estável e não
lhe faltou afeto. Ele frequentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia
apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro
a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós,
carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o
qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando
construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento
dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha um estoque de tartarugas, cobras, lagartos, sapos
e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa vez um bando de pombos numa
apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de
façanhas.

A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de


Nova York. Ele escreveu:

“Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem


saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas
canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de
basquete faziam tabela na minha cabeça… Num artigo que escrevi no final do meu
ano de calouro, reclamei de que o colégio me obrigava a cumprir exigências
desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum
interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu
era um rebelde declarado”.

Como parte dessa revolta, Skinner instigava trotes que muito perturbaram a
comunidade acadêmica e se entregava a ataques verbais aos professores e à administração.
Sua desobediência continuou até o dia da graduação, quando na abertura das cerimônias, o
diretor o alertou, e aos seus amigos, que, se não se comportassem, não colariam grau.

Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o
desejo de tornar-se escritor. Quando criança tinha escrito poemas e histórias, e, em 1925, num
curso de verão sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu
trabalho. Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever e então
decidiu que não tinha “nada importante a dizer”. Sua falta de sucesso como escritor o deixou

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tão desesperado que ele pensou em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e
estava com sua autoestima abalada. Também estava desapontado no amor; ao menos uma
meia dúzia de jovens havia rejeitado suas investidas, deixando-o com o que ele descreveu
como intensa dor física. Skinner ficou tão perturbado que gravou a inicial do nome de uma
mulher no braço, onde ela ficou durante anos.

Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu
interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na
pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi
para a pós-graduação, disse ele, “não porque fosse um adepto totalmente comprometido da
psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável”. Comprometido ou não, doutorou-se
três anos mais tarde. Seu tema de dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele
iria aderir por toda a sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão
a correlação entre um estímulo e uma resposta.

Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota


(1936–45) e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de
1938, “O Comportamento dos Organismos”, descreve os pontos essenciais de seu sistema.
Cinquenta anos mais tarde, esse livro foi considerado “um dos poucos livros que mudaram a
face da psicologia moderna”, e ainda é muito lido. Seu livro de 1953, “Ciência e
Comportamento Humano”, é o manual básico da sua psicologia comportamentalista.

Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o
fim com o mesmo entusiasmo com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos
anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria “caixa de Skinner” – um
ambiente controlado que propiciava reforço positivo. Ele dormia ali num tanque plástico
amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e
um pequeno televisor. Ia dormir toda noite às dez, acordava três horas depois, trabalhava por
uma hora, dormia mais três horas e despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três
horas. Então, ia para o gabinete da universidade para trabalhar mais, e toda tarde retemperava
as forças ouvindo música.

Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado “Auto-Administração


Intelectual na Velhice”, citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava
que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso

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entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a
redução das capacidades intelectuais na velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou
uma comunicação na convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de
morrer; nela, ele atacava a psicologia cognitiva. Na noite anterior à sua morte, estava
trabalhando em seu artigo final, “Pode a Psicologia ser uma Ciência da Mente?”, outra
acusação ao movimento cognitivo que pretendia suplantar sua definição de psicologia.
Skinner morreu em 18 de Agosto de 1990.

Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na possibilidade


de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-americano Burrhus Frederic
Skinner (1904-1990). Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que
dominou o pensamento e a prática da Psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950.
Skinner também é considerado o pai da corrente que foi denominada behaviorismo radical.

3- O COMPORTAMENTO OPERANTE

O comportamento operante abrange um leque amplo de atividades humanas - dos


comportamentos dos bebês de balbuciar, de agarrar objetos e de olhar enfeites do berço aos
mais sofisticados apresentados pelos adultos e sua interação com o meio que vive.

As relações estabelecidas pela Análise Experimental do Comportamento entre os


comportamentos e o meio ambiente estão ordenadas numa relação de três termos chamada
tríplice contingência. Ela explica as relações existentes entre as variáveis ambientais e
comportamentais, podendo-se determinar as variáveis responsáveis pela ocorrência ou não de
um comportamento.

A tríplice contingência é, então a relação entre os estímulos antecedentes, o


comportamento e os estímulos consequentes.

Veja o que se refere cada um desses três termos:

a) Os estímulos antecedentes estão presentes no momento da emissão do


comportamento. Eles referem-se às ocasiões ou situações nas quais um dado
comportamento ocorre;

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b) O próprio comportamento (ou resposta) que se refere a qualquer ação, observável e
mensurável, executada por um organismo vivo. O comportamento também pode
ser uma resposta encoberta; e
c) Os estímulos consequentes ocorrem imediatamente após o comportamento e são
responsáveis pela probabilidade futura da emissão dessas respostas. Variando-se a
relação entre um dado comportamento e seus estímulos consequentes, esse
comportamento terá menor ou maior probabilidade de voltar a ocorre, em situações
semelhantes, no futuro, ou seja, aumentar ou diminuir de frequência em próximas
ocasiões.

A tríplice contingência pode ser colocada sob a forma do seguinte paradigma:

S antecedente -------------------- Resposta ------------------- S consequente

(Utiliza-se S para designar estímulo e R para a resposta ou comportamento)

Baseados na tríplice contingência, pode-se dizer que o princípio básico do


Condicionamento Operante é que os comportamentos operantes são controlados pelos
estímulos consequentes. Esso significa que esses comportamentos podem aumentar ou
diminuir de frequência, no futuro, em função dos estímulos consequentes que seguem essas
respostas.

1. Paradigma do Condicionamento Operante


S antecedente ------------ Resposta ------------- S consequente
Para se analisar e definir um dado procedimento em vigor, é necessário conhecer:
a) O Efeito produzido pelo estímulo consequente sobre a frequência da resposta
 Aumento(ou manutenção) na frequência da resposta OU
 Diminuição na frequência da resposta
b) O que ocorre com o estímulo consequente, ou seja, se houve:
 Apresentação do estímulo consequente (POSITIVO)
 Não apresentação do estimulo consequente (antes apresentado para a
resposta)
 Retirada ou adiantamento do estimulo consequente (NEGATIVO)

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Existe sempre a necessidade da combinação de (a) e (b), quando se
pretende definir um procedimento ou analisar um caso mediante um dado
procedimento.

Essas combinações remetem a vários procedimentos envolvidos no


Condicionamento Operante, a serem estudados aqui, como por exemplo O
reforçamento, Extinção de respostas entre outras.

2. Procedimento de reforçamento positivo


Reforçamento significa um fortalecimento da resposta (força), ou seja, um
aumento na frequência da resposta.
Positivo significa que, após a emissão da resposta, há a liberação ou a
apresentação de um estímulo consequente.
Portanto, reforçamento positivo é um procedimento em que há a apresentação
de um estimulo consequente (ou reforço positivo) imediatamente após uma
resposta, produzindo um aumento na frequência dessas respostas.
O estímulo consequente neste procedimento é denominado de reforço positivo
(ou estímulo reforçador ou reforçador positivo), abreviado por S r+.
O reforço positivo é definido como o estímulo que é apresentado
imediatamente após uma determinada resposta, produzindo o aumento na
frequência dessa resposta.
A título de exemplo, pode-se observar que o aumento da frequência da resposta
de “fazer perguntas sobre o assunto”, ao professor, durante uma aula expositiva,
ocorre em função do esclarecimento dado pelo professor.
Neste caso, esta em vigor o procedimento de Reforçamento Positivo, para a
resposta de fazer perguntas sobre um dado assunto, sendo o reforço positivo a
apresentação do esclarecimento do professor.
3. Alguns cuidados na utilização de reforços positivos
 O reforço positivo deve ser apresentado imediatamente após a resposta que
se deseja que aumente de frequência. Caso contrario, ele poderá aumentar a
frequência de uma outra resposta a que se seguiu. Isso acarretará o
Reforçamento acidental de alguma (ou algumas) outra resposta, a qual
aumentará de frequência indevida e/ou inadvertidamente.

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 “O que é estímulo reforçador para uns, e não é para outros”. Isso faz com
que se deva escolher o reforçador adequado para cada sujeito. Lembre-se
do conceito se reforçador positivo: esse estímulo tem alta probabilidade de
aumentar a frequência da resposta escolhida quando se apresentado
imediatamente após essa resposta. Antes de se usar um dado estímulo como
reforçador, é aconselhável fazer-se algum levantamento de preferências do
sujeito, a fim de se verificar se esse estímulo tem possibilidade de atuar
como tal para seu comportamento.
 Deve-se usar, sempre que possível, reforçadores naturais à situação em
que estão sendo empregados. Deve-se optar pelo uso de estímulos
reforçadores mais provavelmente disponíveis na situação em que o
comportamento ocorre ou deverá ocorrer.
 Se um reforço positivo não se mostra mais eficaz na manutenção do
comportamento, é possível ir mudando os reforços no decorrer do
procedimento.

4- MODELAGEM

A Modelagem é utilizada para instalar novas respostas ainda não existentes no


repertório comportamental de um indivíduo e assim se torna um método que facilita a
aprendizagem.

Ela segue vários passos como:

a) Escolha da resposta terminal (objetivo);


b) Escolha de um reforçador potencial a ser usado durante o procedimento;
c) Escolha da resposta inicial; e
d) Reforçar a resposta inicial até que ela esteja condicionada, ocorrendo com uma
frequência regular. Depois, uma resposta intermediaria que mais se aproxime do
comportamento terminal é escolhida e reforçada; e assim é feito sucessivamente,
reforçando-se cada uma das respostas intermediarias, ate que o comportamento
terminal ocorra, quando então é reforçado diretamente.

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Exemplo: Habilidades de falar fluentemente uma determinada língua, nadar, escrever,
dirigir um carro, atividades de vida diária como vestir-se tomar banho sozinho, comer
sozinho são respostas não existentes nos repertórios comportamentais dos organismos
superiores, geralmente instaladas pelo procedimento de modelagem.

A aprendizagem por observação dos comportamentos de uma outra pessoa


pode estar também envolvida, mais o reforçamento de respostas cada vez mais
próximas do desempenho desejado favorece a aquisição de respostas terminais
complexas.

1. Critérios para escolha das respostas envolvidas na modelagem


A escolha da resposta terminal:
 A resposta terminal ainda não existe no repertório do comportamento do
indivíduo, ou seja, o indivíduo não apresenta este comportamento.
 A aprendizagem dessa resposta é de importância para o individuo.

A escolha da resposta inicial:

 Essa resposta já deve fazer parte do repertório comportamental do


indivíduo para que a modelagem do comportamento terminal possa ser
efetivada.
 Algumas vezes, pode ser importante avaliar se o indivíduo tem, como pré-
requisito, a capacidade física necessária para a emissão da sequência
comportamental exigida no processo da modelagem.

Como exemplo, “movimentar os dedos” pode ser um comportamento


inicial no processo de modelagem de tocar piano, sendo um pré-requisito de
capacidade física necessário para que a resposta terminal possa chegar a ser
instalada.

Por outro lado, um comportamento inicial pode ser um pré-requisito


espacial em relação ao comportamento terminal, como por exemplo,
“aproximar-se da piscina” em relação ao comportamento terminal de
“nadar”.

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A escolha das respostas intermediárias:

 Que cada uma delas esteja relacionadas ao comportamento terminal, de


modo que se aproximem cada vez mais desse comportamento terminal.

5- REFORÇAMENTO

Ações são mantidas, ou não, pelas consequências que produzem no meio ambiente.
Essas consequências são denominadas reforçadoras quando aumentam a frequência de
emissão das respostas que as produziram e punidoras ou aversivas quando diminuem,
mesmo que temporariamente, a frequência das respostas que as produziram.

Chamamos de reforço a toda consequência que, mediante uma resposta, altera a


probabilidade futura de ocorrência da resposta. Considerando as consequências que aumentam
a frequência das respostas, é dito que o reforço pode ser positivo ou negativo. Como já
explicado nos itens anteriores.

Assim podemos pensar na caixa de Skinner que oferecia uma gota de água ao ratinho
sempre que ele encostasse na barra. Agora, em um novo caso podemos pensar na punição, que
ao ser colocado na caixa ele leva choques, e os mesmos só cessam ao tocar na barra. Com
isso, as respostas de pressão tenderão a aumentar de frequência.

Isto é denominado condicionamento por se tratar de aprendizagem e também


reforçamento, porque um comportamento é apresentado e aumentado em sua frequência ao
alcançar o efeito desejado.

A função reforçadora de um evento ambiental qualquer só é definida pelo aumento na


frequência da resposta que o produziu, ou seja, pela relação funcional estabelecida entre o
comportamento do indivíduo e o ambiente.

Entretanto, alguns eventos tendem a ser reforçadores para toda a espécie, como, por
exemplo, água, alimentos e afeto. Esses são denominados reforços primários. Os reforços
secundários, ao contrário, são aqueles que adquiriram a função quando pareados
temporalmente com os primários. Alguns desses reforçadores secundários, quando
emparelhados com muitos outros, tornam-se reforçadores generalizados, como o dinheiro e
a aprovação social, que reforçam grande parte do repertório comportamental.

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6- EXTINÇÃO DE RESPOSTAS

A Extinção é o procedimento que consiste na não apresentação do reforço positivo


após a ocorrência de uma resposta, portanto deixando de ser abruptamente reforçado,
produzindo uma diminuição na frequência dessa resposta.

Um paradigma deste procedimento pode ser representado assim:

S antecedente ------------- R ---------/-------- S r+

(onde R é uma resposta anteriormente reforçada no repertório do indivíduo)

---------------/------------ indica esquematicamente a não apresentação do reforço positivo.

Note que uma dada resposta vinha sendo reforçada positivamente, isto é, havia
apresentação de um dado reforço positivo após sua emissão. Quando se estabelece um
procedimento de extinção, esse mesmo reforço positivo não é mais apresentado para essa
mesma resposta, a qual deve gradualmente diminuir de frequência.

Observando-se o paradigma referente ao procedimento de extinção, nota-se que ele é


semelhante ao de reforçamento positivo, à exceção de que o traço que representa a
contingência entre a resposta e o reforço positivo, está “cortado”, indicando agora que o
reforço positivo, antes apresentado para aquela dada resposta, deixou de sê-lo apresentado.

Exemplo: O namorado telefonava todas as noites por volta das 19h insistentemente
para sua ex-namorada, após o termino do namoro, mas ela não atendia mais aos telefonemas.
Depois de algumas insistências, o namorado desistiu e não ligou mais para ela.

S antecedente --------------------- R ------------------/--------------- S r+

S antecedente: Presença do horário por volta das 19h e presença do telefone

R: Telefonar para a namorada

S r+: Não apresentação de atendimento pela namorada

Existem efeitos no procedimento, como, no início do procedimento pode haver um


aumento na frequência das respostas e depois, gradualmente, como já esperado, há uma
diminuição na frequência dessa resposta.

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7- ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO

Um dos princípios básicos da Análise Experimental do Comportamento é o de que “os


comportamentos operantes são controlados pelas suas consequências (ou estímulos
consequentes)”. Isto significa que os comportamentos podem aumentar ou diminuir com
frequência, dependendo dos estímulos consequentes que os seguem.

Um dos estímulos consequentes estudados diz respeito ao reforço positivo, o qual é


utilizado no procedimento de reforçamento positivo. Este estímulo é chamado assim porque é
apresentado imediatamente após a resposta emitida e aumenta a frequência dessa resposta.

Pense no caso do comportamento de pedir um cigarro a um colega. O reforço positivo


esperado é receber o cigarro (apresentação do cigarro). Quando ele é liberado, a
probabilidade futura da emissão dessa resposta é maior. Agora pense mais um pouco: quando
alguém emite esse comportamento, é sempre reforçado? Nem sempre... e pelos mais variados
motivos: a pessoa a quem se pediu não fuma, não tem cigarros no momento ou talvez não
queira dar o cigarro!

Assim, muitos outros comportamentos nem sempre são reforçados em todas as vezes
que emitimos e, mesmo assim, nós continuamos a emiti-los. Isso nos leva a pensar que exista
uma programação para a ocorrência do reforço, seja ela planejada previamente ou não.

O modo pelo qual a ocorrência do reforço é programada denomina-se ESQUEMA DE


REFORÇAMENTO.

Pode-se dividir os esquemas de reforçamento em duas classes genéricas: o esquema de


reforçamento contínuo e os esquemas de reforçamento intermitentes.

Quando se fala em um esquema de reforçamento contínuo ou CRF, quer dizer que


toda vez que uma dada resposta é emitida, ela é reforçada. Por exemplo, em relação às
respostas de pressionar a barra de um rato albino, utiliza-se a apresentação de uma gota de
água como reforço positivo. Emprega-se um esquema de CRF quando se programa que todas
as respostas de pressionar a barra (emitidas) serão reforçadas com a apresentação da gota
d’agua. Espera-se que todas as vezes que se acione a ignição do carro, ele funcione, ocorrendo
assim um esquema de reforçamento contínuo.

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Quando se fala em um esquema de reforçamento intermitente quer-se dizer que
algumas respostas serão reforçadas, ou melhor, nem todas as vezes que a resposta é emitida,
ela é reforçada.

O meio mais rápido e eficiente para se estabilizar a frequência de um comportamento,


após a sua instalação no repertório comportamental do indivíduo, é reforçar cada resposta
emitida, ou seja, utilizar um esquema de reforçamento contínuo (ou CRF). No entanto, este
não é o meio mais econômico nem mais adequado para se manter um comportamento depois
de aprendido. Este comportamento, uma vez condicionado, é geralmente reforçado em um
esquema de reforçamento intermitente.

Em relação aos esquemas de reforçamento intermitentes, serão analisados quatro


esquemas básicos, divididos em duas classes: os de razão (fixa e variável) e os de intervalo
(fixo e variável).

Este diagrama resume os esquemas básicos:

Esquemas de Reforçamento

1. Continuo ou CRF
2. Intermitente: em razão (fixa ou variável)
de intervalo (fixo ou variável)

ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO EM RAZÃO

Num esquema de reforçamento em razão, o reforço positivo é liberado após um certo


número de respostas. Por isso, costuma-se dizer que é um esquema controlado pelo próprio
organismo já que a ocorrência do reforço depende da emissão da resposta por parte do
organismo.

A) Esquemas de razão fixa –FR

Sob este esquema de reforçamento, o reforço é liberado após um número fixo de


respostas. A sigla que o representa é FR (abreviação de Fixed Ratio). O número que se coloca
após a sigla refere-se a razão exigida. Por exemplo, FR-20 significa que a cada 20 respostas
emitidas, o sujeito recebe um reforço.

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A resposta de subir os degraus da escada da faculdade até o primeiro andar é
reforçada num esquema de razão fixa, porque é exigida uma quantidade fixa de
comportamentos de subir degraus para chegar até o primeiro andar.

Uma lavanderia que cobra por número de peças lavadas pode ter seu comportamento
sob um esquema de reforçamento em razão fixa se, a cada 10 peças lavadas (comportamento
de lavar roupa), ela cobrar certa quantia (FR-10). O mesmo ocorre a um vendedor que a cada
cinco coleções de livros que vende (comportamento de vender coleções), ele recebe uma
comissão a mais em dinheiro (FR-5).

Pode-se ter organismos que começam a trabalhar sob um esquema de razão fixa com
um valor abaixo e chegam até valores altos (por exemplo, começam com FR-2 e chegam a
FR-120,200). Como conseguir isso? Deve-se utilizar, inicialmente, na fase de instalação da
resposta, um esquema de reforçamento contínuo (CRF), depois passar para um esquema de
razão com valor mais baixo e ir aumentando gradualmente a razão, ou seja, ir aumentando o
numero de respostas necessário para ocorrer à apresentação do reforço positivo. Por exemplo,
pode-se iniciar com CRF, FR-2, FR-4, passar a FR-7, FR-10, ate chegar a FR-120 (valores
somente como exemplos).

Este aumento gradual na razão, até atingir valores altos, evita que a resposta entre em
extinção. Se aumentarmos a razão bruscamente, a resposta poderá entrar em extinção já que o
reforço demorará para ser novamente apresentado.

Em caso de haver um aumento brusco na razão, esse aumento chama-se distensão de


razão e é evitado aumentando-se gradualmente a razão, até atingir o valor desejado.

Todos os esquemas de reforçamento geram características específicas na frequência


das respostas envolvidas.

O esquema de reforçamento em razão fixa gera uma frequência alta e constante de


respostas e uma pausa após a apresentação do reforço. Nesse caso, ora o organismo se
comporta em alta frequência, ora ele não apresenta nenhum comportamento, fazendo uma
pausa após receber o reforço positivo.

O tamanho da pausa dependerá da razão exigida, ou seja, do número de respostas


exigido. Quanto maior a razão, maior será a pausa após o reforço. Em um esquema de

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reforçamento em razão fixa com valores muito baixos, não se observa claramente a pausa
após reforço, já que essa pausa aumenta conforme aumenta-se a razão.

B) Esquemas de razão variável – VR

Sob este esquema de reforçamento, o reforço é programado para ser liberado após
um número variável de respostas, em torno de uma média.

A sigla que representa é VR (abreviação de Variable Ratio). O número que se coloca


após a sigla refere-se ao número médio de respostas exigidas para a liberação do reforço
positivo. Por exemplo: VR-20 significa que a cada 20 respostas em média, o indivíduo será
reforçado.

Suponha, por exemplo, que programamos reforçar um indivíduo quatro vezes, do


seguinte modo: na primeira, ele será reforçado após emitir 11 respostas; na segunda vez, após
23 respostas; na terceira vez, após 31 respostas e na quarta vez, após 15 respostas. Quanto dá
a media dessas respostas?

Temos que somar todas as respostas e dividir o total por 4, que foi o número de
reforços liberados. Então:

11 + 23 + 31 + 15 = 80 : 4 = 20

Portanto, temos nesse caso um VR-20

Vejamos alguns exemplos de comportamentos reforçados sob um esquema de


reforçamento em razão variável.

Atualmente, não é sempre que as pessoas reforçam nosso comportamento de dizer


“bom dia”. O reforço positivo a ser recebido poderia ser a apresentação de um sorriso, um
aceno de mão ou a retribuição verbal: “bom dia”. Existem ocasiões em que dizemos “bom
dia” a duas ou quatro pessoas para obtermos um reforço; ocasionalmente, temos que dizer
“bom dia” duas ou três vezes, diante da mesma pessoa, ate que ela nos reforce. Nesses casos,
o comportamento de “dizer bom dia” está sob um esquema intermitente de razão variável.

Oferecer livros de porta em porta é também um comportamento mantido em VR. Às


vezes oferece-se o livro a cinco pessoas para que um seja vendido (reforço positivo:

21
apresentação do livro vendido); outras, já para a primeira pessoa que é oferecido existe a
venda; depois disso, somente quando ele é oferecido pela décima oitava vez, e assim por
diante... O número de comportamentos a ser emitido varia até que um reforço positivo seja
liberado.

As máquinas tipo caça-níqueis reforçam o comportamento de jogar em um esquema


de reforçamento de razão variável. Isso faz com que o comportamento de jogar acabe
ocorrendo com uma frequência bastante alta e quase sem pausas após o reforço. Às vezes,
além disso, esse comportamento deve ser emitido um grande número de vezes para que possa
ser reforçado, o que faz com que seja mantido em VR com valores bastante altos.

Dessa forma, observa-se que o esquema de reforçamento em razão variável gera uma
característica específica em relação ao comportamento por ele mantido. Ele gera alta
frequência de resposta e não gera pausas após o reforço.

Da mesma maneira que nos esquemas de reforçamento em razão fixa, deve-se evitar a
distensão de razão, aumentando gradualmente os valores exigidos para se evitar a resposta
entre a extinção.

ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO EM INTERVALO

Nestes esquemas de reforçamento, a liberação do reforço depende de dois fatores:

a. A passagem do tempo; e
b. A emissão da resposta após o intervalo de tempo.

Nos esquemas de reforçamento vistos anteriormente, verificou-se que um reforço


positivo resulta exclusivamente do “esforço do indivíduo”, ou seja, do número de respostas
dadas, independente de quanto tempo o indivíduo demorasse para dar a quantidade de
respostas exigidas. Quanto mais respostas o organismo apresenta, mais reforços recebe.
Assim, nos esquemas de reforçamento em razão, os reforços podem ser considerados como
independentes do tempo, importando sempre o número de respostas emitidas.

No entanto, nos esquemas de reforçamento temporais (ou de intervalo), estão


envolvidos também os aspectos temporais em sua programação, como diz o próprio nome.
Não importa quantas respostas o indivíduo tenha dado: se não tiver passado também o tempo

22
estipulado, ele não receberá o reforço positivo. Além disso, esse reforço só será apresentado
caso o indivíduo emita pelo menos uma resposta após a passagem do tempo.

A) Esquemas de reforçamento de intervalo fixo – FI

Sob este esquema de reforçamento, o organismo é reforçado se emitir pelo menos uma
resposta após um intervalo fixo de tempo.

Assim, se o comportamento de um organismo esta sob um esquema de reforçamento


de intervalo fixo de 5 minutos, o reforço só será liberado se ele emitir uma resposta após 5
minutos. Não importam quantas respostas ele emitiu durante os 5 minutos; ele pode ter
emitido 100, 200 respostas durante o intervalo e o comportamento não será reforçado.
Somente a primeira resposta emitida após os 5 minutos será reforçada.

A sigla que representa o esquema de reforçamento de intervalo fixo é FI (abreviação


de Fixed Interval). O número que se coloca após a sigla representa o valor específico do
intervalo de tempo fixo.

Nesse tipo de esquema de reforçamento, o desempenho do sujeito também adquire


características específicas: a frequência de respostas é baixa no inicio do intervalo e,
geralmente aumenta conforme se aproxima o final do intervalo.

Temos muitos exemplos de nossa vida diária, em que o comportamento emitido só


será reforçado após a passagem de um tempo determinado. Por isso, acabamos nos
comportando “na ultima hora”, ou seja, há um aumento na frequência ou duração da resposta
no final do intervalo.

Um aluno que deve entregar um trabalho a seu professor em uma determinada data
esta sendo mantido em um esquema de intervalo fixo quando, por exemplo, a entrega deve ser
em três semanas. Este FI-3 semanas gera um padrão típico de comportamento: há poucas
respostas ou nenhuma resposta no início do intervalo e um aumento na frequência da resposta
de fazer o trabalho no final do período. Assim, na primeira semana da proposição da tarefa, o
aluno começa a procurar algum material, sabe que deve fazê-lo, mas o prazo esta longe...
Pouco a pouco ele começa a se comportar mais frequentemente em relação a fazer o trabalho
e, geralmente, nos últimos dias (para não dizer na ultima noite), ele passa terminando seu
trabalho.

23
Pensemos em um fiscal que costuma passar em um setor de hora em hora, para
inspecionar o trabalho dos operários de uma fábrica. O comportamento de trabalhar dos
operários esta colocado sob um esquema de reforçamento de intervalo fixo de uma hora – FI-
1 hora. Imagine que esse fiscal marque se o operário esta trabalhando ou não e em caso de
estar, o operário receberá um extra em seu salário, se tiver 100% de marcações do fiscal. Esse
não seria um esquema de reforçamento muito adequado à produtividade da fábrica. Por quê?
Ele gera a característica típica desse esquema: trabalhar pouco no inicio do intervalo e ir
aumentando a frequência da resposta conforme chega o final do intervalo. Então, os operários
poderiam recomeçar a trabalhar somente quando fosse chegando a hora do fiscal trabalhar.

Se o comportamento do rato albino, no laboratório, for colocado sob um FI-3 minutos,


ele só será reforçado se emitir uma resposta de pressionar a barra, logo após a passagem de
três minutos. Assim, as respostas de pressionar dadas durante os três minutos não serão
reforçadas. Somente a primeira resposta que ele der após os três minutos é que será reforçada.

Olhar o leite contido numa panela que esta sobre o fogão e ser reforçado pela
apresentação do leite fervido, pode ser um exemplo de comportamento mantido sob FI. O
número de vezes que a pessoa olha a leiteira não interfere na apresentação do reforço positivo.
O reforço só será liberado depois que a leiteira estiver aquecida pelo calor durante certo
tempo fixo, desde que se mantenha constante o tamanho da panela, a quantidade de leite
colocada, a intensidade do fogo, etc. Somente a primeira resposta de olhar o conteúdo da
leiteira é que será reforçada, após ter se passado o tempo necessário para a fervura.

B) Esquemas de reforçamento de intervalo variável – VI

Sob este esquema de reforçamento, o organismo é reforçado se apresentar pelo menos


uma resposta após a passagem de um intervalo variável de tempo.

Assim, se o comportamento de um organismo esta sob um esquema de reforçamento


de intervalo variável de 10 minutos – VI-10 minutos -, ele só receberá o reforço positivo se
apresentar uma resposta após um intervalo de tempo que gira em torno de 10 minutos, ou
seja, um media de 10 minutos.

O mesmo cálculo usado para os esquemas de reforçamento em razão variável é


utilizado aqui, só que a cada um dos valores representa o tempo e não mais o número de
respostas.

24
A sigla que representa o esquema de reforçamento de intervalo variável é VI
(abreviação de Variable Interval). O número que se coloca após a sigla representa o tempo
médio para a liberação dos reforços.

Neste esquema de reforçamento também há necessidade da passagem do tempo e da


emissão de uma resposta após a passagem do tempo estipulado.

O padrão típico de respostas gerado por este esquema de reforçamento é uma alta
frequência de respostas, sem pausas após o reforço.

Imagine aquele fiscal de setor passando a intervalos variáveis de tempo. Os operários


nunca saberiam quando ele iria passar e, portanto, trabalhariam o tempo todo, gerando uma
alta frequência de respostas, sem pausas após o reforço.

Olhar a rua numa certa direção e verificar se o ônibus se aproxima da parada, dirigir-se
à janela do apartamento a fim de constatar a chegada do namorado, atender ao telefone à
espera daquela notícia de emprego são exemplos de comportamentos mantidos em VI, uma
vez que não se sabe quando os reforços positivos serão apresentados. Não importa o número
de vezes que alguém olha a rua, nem o número de vezes que se vá à janela e muito menos
quantos telefonemas alguém atendeu: se não houver também a passagem do tempo variável,
não há apresentação do reforço positivo.

Há uma característica que pode ser apresentada aos esquemas de reforçamento de


intervalo. É a disponibilidade limitada. Isso significa que o reforço esta disponível após a
passagem de tempo, mais por um período restrito de tempo.

Por exemplo, num VI-10 minutos, com disponibilidade limitada de 15 segundos, o


reforço ficará disponível após a passagem de cada período de tempo, mas apenas durante 15
segundos. Assim, se a resposta ocorrer durante esses 15 segundos de disponibilidade do
reforço, a resposta será reforçada. Se o organismo não responder durante os 15 segundos ou
responder após os 15 segundos, ele perderá esse reforço, começando a contar um novo
intervalo de tempo, com outra disponibilidade limitada de 15 segundos e assim por diante.

Isso faz com que a frequência de respostas seja maior, a fim de evitar a perda do
reforço positivo.

25
No caso do comportamento de fazer sinal para o ônibus, sendo reforçado com a parada
do ônibus, há uma disponibilidade limitada, já que, passado o intervalo necessário para o
surgimento do ônibus, há um período limitado de tempo para fazer o sinal e ele parar. Se o
sinal não for feito nesse período, perde-se o reforço e um novo tempo deve passar para vir o
próximo ônibus...

A disponibilidade limitada pode ser utilizada tanto nos esquemas de reforçamento de


intervalo fixo como nos de intervalo variáveis.

ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO E RESISTÊNCIA À EXTINÇÃO

Os esquemas de reforçamento intermitentes - FR, VR, FI e VI -, quando comparados


ao CRF, geram um aumento na resistência da extinção. Isto é, quando um procedimento de
extinção é iniciado, após um organismo estar sob esquema de reforçamento intermitente
qualquer, o comportamento continua sendo emitido por um período mais longo, até começar a
diminuir a frequência.

O comportamento de um organismo que estava em CRF e em seguida é colocado em


extinção, diminui de frequência mais rapidamente do que um comportamento anteriormente
colocado sob qualquer esquema de reforçamento intermitente.

Portanto, os esquemas de reforçamento intermitente geram comportamentos mais


resistentes à extinção do que um esquema de reforçamento contínuo. Isso significa que,
durante o procedimento de extinção, quando utilizado logo após o reforçamento positivo com
esquema de reforçamento intermitente, o organismo demora mais para começar a diminuir a
frequência da resposta.

CONCLUSÕES SOBRE ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO

Utilizando-se um procedimento de reforçamento positivo pode-se programar a


apresentação dos reforços positivos através dos esquemas de reforçamento (a programação do
estímulo consequente pode ocorrer também em outros procedimentos).

Essa programação pode ser baseada somente no número de respostas emitidas ou na


passagem de um tempo e emissão da resposta. Há, portanto, os esquemas em razão e os de
intervalo.

26
Alguns esquemas são mais facilmente planejados quando utilizados em situações
planejadas, como laboratórios, do que em situações de ambiente natural.

Além disso, os esquemas de reforçamento, geralmente, no ambiente natural, são


combinados entre si, gerando outros esquemas (como esquemas múltiplos, mistos), os quais
não serão estudados neste momento.

É importante salientar-se o uso do CRF, logo após a resposta ter sida instalada. Os
reforços, nesta fase, devem ser apresentados o mais frequentemente possível, sendo o ideal a
utilização do CRF. Posteriormente, passa-se a manter a resposta no repertório comportamental
do organismo através dos esquemas de reforçamento intermitentes.

Os esquemas de reforçamento intermitente são úteis para a manutenção de respostas:


um organismo tem se reforçado ocasionalmente, a fim de que não deixe de responder. Se não
houver a apresentação do reforço positivo, ocorrerá um procedimento de extinção.

Há uma outra vantagem em se usar esquemas de reforçamento intermitentes: nem


sempre no ambiente natural os reforçadores estão disponíveis para serem liberados após todas
as repostas em questão. Uma professora não consegue reforçar todos os comportamentos
considerados “adequados” em sala de aula de todos os seus alunos. Uma mãe não pode ficar o
dia todo ao lado de seu filho a fim de liberar reforçadores. Nem sempre que telefonamos a
alguém, encontramos esse alguém no primeiro telefonema. Nem sempre que procuramos
aquele desejado emprego, o conseguimos no primeiro local ao qual nos dirigimos... Mesmo
assim, nossos comportamentos continuam a ocorrer e tornam-se resistentes à extinção devido
aos esquemas de reforçamento intermitente. Sob esse ponto de vista, os esquemas de
reforçamento são bastante uteis na instalação e manutenção de respostas desejáveis a um dado
organismo.

No entanto, algumas vezes, reforçar uma resposta ocasionalmente (de vez em quando)
pode ser trabalhoso, caso se necessite colocar-se essa resposta em extinção. Lembre-se que
reforçar comportamentos “de vez em quando”, ou seja, em esquemas de reforçamento
intermitente, os tornam mais resistentes à extinção. Se uma resposta deve diminuir de
frequência, precisa deixar de ser reforçada (extinção). Reforça-la ocasionalmente não
produzirá o efeito desejado: ao contrário, ela ocorrerá cada vez mais frequente.

27
Se aquele seu amigo “inconveniente” lhe telefone frequentemente e você não quer
mais que ele te ligue, o que fazer? Se você ficar “penalizado” e, de vez em quando, atender ao
seu telefonema, prepare-se: ele vai aumentar em muito a frequência dos telefonemas. Se o seu
objetivo é diminuir a frequência da resposta, não libere mais nenhum reforço. É necessário
paciência, pois, no início de todo procedimento de extinção, a resposta tende a aumentar de
frequência, para depois diminuir gradualmente.

SÍNTESE DOS CONCEITOS APRESENTADOS

1. Esquemas de reforçamento: modo pelo qual a ocorrência do reforço é programada, no


procedimento de Reforçamento Positivo.
2. Há duas classes genéricas de esquemas de reforçamento: o esquema de reforçamento
contínuo (CRF) e os esquemas de reforçamento intermitente.
3. Esquemas de reforçamento contínuo ou CRF
 Todas as respostas emitidas são reforçadas
 É utilizado logo após a fase de instalação da resposta (às vezes, logo após o
uso do procedimento de modelagem).
4. Esquemas de reforçamento intermitente
 O reforço é apresentado ocasionalmente, ou seja, somente algumas
respostas são reforçadas.
 São utilizados para manutenção de respostas.

Tem-se os:

Esquemas de reforçamento em razão, subdivididos em razão fixa (FR) e razão


variável (VR).

Esquemas de reforçamento em intervalo, subdivididos em intervalos fixos (FI)


e intervalos variáveis (VI)

5. Esquemas de reforçamento em razão o reforço é liberado após um número


determinado de respostas emitidas. Tem-se:
Esquema de reforçamento em razão fixa (FR)
 O reforço é liberado após um número fixo de respostas.
 Gera alta frequência de respostas e pausa após reforço.

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Esquema de reforçamento em razão variável (VR)

 O reforço é apresentado após um número variável de respostas, em torno de


uma média.
 Gera alta frequência de respostas e não há pausas após o reforço.
6. Esquemas de reforçamento de intervalo: o reforço é programado para ser apresentado
após a primeira resposta que ocorrer após a passagem de um certo período de tempo.
Tem-se o:
Esquema de reforçamento de intervalo fixo (FI)
 O reforço é apresentado após a primeira resposta emitida após a passagem
de um tempo fixo.
 Gera baixa frequência de respostas no início do intervalo e alta frequência
de respostas no final do intervalo.

Esquema de reforçamento de intervalo variável (VI)

 O reforço é liberado após a primeira resposta emitida após a passagem de


intervalos variáveis de tempo.
 Gera alta frequência de respostas, sem pausas após o esforço.
7. A disponibilidade limitada pode ser incluída nos esquemas de reforçamento de
intervalo: é um tempo determinado, após o intervalo, no qual a resposta deve ocorrer,
caso contrário, o reforço não será liberado.

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM (VAP) SOBRE REFORÇAMENTOS

A proposta é que você responda às questões a seguir, sem consultar o texto usando
sempre os termos técnicos. Se tiver dificuldades em respondê-las, releia o texto inteiro
novamente.

Após a realização confira suas respostas no texto. Em caso de dúvida releia novamente
as partes onde foram geradas as mesmas e/ou procure o professor ou monitor responsável.

29
1. ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO
a) Qual o princípio básico da Análise Experimental do Comportamento? O que ele
significa?
b) O que é esquema de Reforçamento?
c) As duas classes genéricas de reforçamento são: ?
d) Como é programada a liberação dos reforços em um esquema de reforçamento
contínuo?
e) Como é programada a liberação dos reforços em um esquema de reforçamento
intermitente?
f) O esquema a ser utilizado logo após a fase de instalação de uma resposta é o... ?
g) O esquema a ser utilizado na manutenção de respostas no repertório de um
organismo é ... ?
h) Os esquemas de reforçamento intermitente podem ser subdivididos em: ?

2. ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO EM RAZÃO


a) Os esquemas nos quais a liberação do reforço depende de uma quantidade de
respostas do organismo chamam-se: ?
b) Existem dois tipos de esquemas de reforçamento em razão, são: ?
c) O que é um esquema de reforçamento em razão fixa? Qual a sigla desse esquema?
d) Quais as características de um comportamento mantido sob um esquema de
reforçamento em razão fixa?
e) Um operário que recebe R$180,00 a cada conjunto de 20 peças que produz, esta
trabalhando sob um esquema de reforçamento... ?
f) Como é programada a liberação do reforço positivo em um esquema de
reforçamento em razão variável?
g) Diga o que significa VR-15.
h) Quais as características de um comportamento mantido sob um esquema de
reforçamento em razão variável?
i) Se nas seis vezes que um organismo recebe um reforço positivo, ele os recebe
nesta ordem: 6,2,3,7,4 e 8 respostas, ele esta trabalhando sob um esquema de
reforçamento _______________ (dê o nome técnico do esquema, a sua sigla e o
valor do esquema).

30
j) Dê um exemplo de comportamento mantido em um esquema de reforçamento em
razão fixa e variável, seguindo os itens:
Razão Fixa (FR):
 Exemplo
 Qual o comportamento a ser reforçado no seu exemplo?
 Qual reforço positivo?
 Qual nome técnico do procedimento em vigor?
 Qual nome técnico do esquema de reforçamento?
 Dê a sigla e o valor do esquema, de acordo com seu exemplo.
 Como são dados os reforços positivos nesse esquema de reforçamento?

Razão Variável (VR):

 Exemplo
 Qual comportamento a ser reforçado em seu exemplo?
 Qual o reforço positivo?
 Qual o nome técnico do procedimento em vigor?
 Qual o nome técnico do esquema de reforçamento?
 Dê a sigla e o valor do esquema, de acordo com seu exemplo:
 Como são dados os reforços positivos nesse esquema de reforçamento?

3. ESQUEMAS DE REFORÇAMENTO DE INTERVALO


a) Nos esquemas de reforçamento de intervalo, a liberação do reforço positivo
depende de: ?
b) Existem dois tipos de esquema de reforçamento de intervalo. São: ?
c) Um esquema de reforçamento de intervalo fixo (FI) significa ?
d) Num esquema de FI-7 minutos, quando será liberado o reforço positivo?
e) Quais são as características de um comportamento colocado sob um esquema de
reforçamento de intervalo fixo?
f) No esquema de reforçamento de intervalo variável (VI) o reforço será liberado
quando: ?
g) As características de um comportamento mantido sob um esquema de VI são: ?

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h) A disponibilidade limitada pode ser usada nos esquemas de reforçamento de
intervalo e significa que: ?
i) A existência de um período limitado de tempo para dar a resposta – a
disponibilidade limitada – faz com que a frequência de respostas seja (maior?)
(menor?). Justifique a resposta.
j) Dê exemplos de comportamentos mantidos nos esquemas de FI e VI, seguindo os
itens:

Intervalo Fixo (FI):


 Exemplo:
 Qual o comportamento a ser reforçado em seu exemplo?
 Qual o reforço positivo?
 Qual o nome técnico do procedimento em vigor?
 Qual o nome técnico do esquema de reforçamento?
 Dê a sigla e o valor do esquema, de acordo com seu exemplo: ?
 Como são dados os reforços positivos nesse esquema de reforçamento?
Intervalo Variável (VI):
 Exemplo:
 Qual o comportamento a ser reforçado em seu exemplo?
 Qual o reforço positivo?
 Qual o nome técnico do procedimento em vigor?
 Qual o nome técnico do esquema de reforçamento?
 Dê a sigla e o valor do esquema, de acordo com seu exemplo: ?
 Como são dados os reforços positivos nesse esquema de reforçamento?
k) Analise o seguinte exemplo: tenho que tomar o metrô todos os dias às 7 horas da
manhã. Quando ele chega, a porta se abre e tenho 10 segundos para entrar, pois
após esse tempo, a porta se fecha.
Qual o nome técnico do esquema de reforçamento em vigor, nesse caso? (Dê a
sigla e o valor do esquema). R _______________
Há uma possibilidade limitada envolvida. Qual é seu valor? R _______________
Se eu emitir uma resposta de entrar no metrô em 5 segundo, sou reforçado?
R _______________

32
E se eu emitir uma resposta após 12 segundos da abertura da porta, serei
reforçado? R _______________

8- CONTROLE DE ESTÍMULOS:
Discriminação e generalização de estímulos

1. Treino discriminativo

É o procedimento em que se reforça uma resposta em presença do estímulo


discriminativo (SD), e não se reforça (ou coloca-se em extinção) a mesma resposta em
presença do estímulo delta (S), produzindo um aumento na frequência da resposta em SD e
uma diminuição na frequência dessa mesma resposta em D∆.

2. Paradigma:

SD ---------------------- R ---------------------- SR+


S∆ ---------------------- R ---------/------------ SR+

3. Estímulo discriminativo (SD): é o estímulo na presença do qual uma resposta é


reforçada.
4. Estímulo Delta (S∆): é o estímulo na presença do qual uma resposta não é reforçada.

Exemplos:

Os seres humanos aprendem inúmeras discriminações em seu processo de


aprendizagem. Discriminam-se as situações apresentadas, como sua própria casa e o
escritório, discriminam-se as pessoas envolvidas, sugerindo comportamentos diferentes frente
ao chefe, aos diferentes professores, aos pais, aos amigos e desconhecidos. Discriminam-se,
inclusive, conceitos cada vez mais abstratos como a bondade e a maldade, o bom humor e o
mau humor, envolvendo treinos discriminativos mais complexos.

33
Um exemplo mais completo relativo ao uso do procedimento de treino discriminativo
pode ser o seguinte. Uma mãe é atendida pela orientadora educacional somente se solicitar o
atendimento após o horário de aula, entre 12 e 13 h. Caso peça para ser atendida durante o
período de aulas, entre 7h30min e 12h ou após as 13 h, não será atendida pela orientadora da
escola.

5. Discriminação de estímulos (ou controle de estímulos)

Refere-se ao resultado do Treino Discriminativo, ou seja, é o aumento na frequência


da resposta em presença do estímulo discriminativo e a diminuição na frequência dessa
mesma resposta frente ao estímulo delta.

Em outras palavras, pode-se dizer que na discriminação de estímulos, o sujeito


responde de forma diferente frente a diferentes estímulos.

6. Generalização de estímulos

Ocorre quando o sujeito responde de forma igual ou semelhante frente a diferentes


estímulos.

7. Classe de estímulos

É um conjunto de estímulos que possuem alguma característica em comum, para


poderem ser agrupados em uma mesma categoria.

Exemplo: a classe de estímulos “transporte marítimo” pode envolver estímulos tais


como navio, iate, canoa e jangada.

8. Formação de conceito

Diz-se que este processo esta ocorrendo quando há a discriminação de estímulos entre
duas ou mais classes de estímulos e, ao mesmo tempo, ocorre à generalização de estímulos
dentro de cada uma das classes de estímulos.

9. Teste de generalização

É útil para se medir o grau de discriminação e generalização entre os estímulos


apresentados.

34
Ele é aplicado após o termino do treino discriminativo, ou seja, quando o
comportamento está sob o controle de estímulos.

No teste de generalização apresentam-se os estímulos utilizados no treino


discriminativo realizado anteriormente, juntamente com outros estímulos novos (diferentes
dos usados no treino discriminativo). Nenhuma resposta é reforçada durante o teste de
generalização para se evitar aprendizagem de outras respostas que não interessam ao assunto
feito no momento.

10. Gradiente de generalização

Os resultados de um teste de generalização podem ser colocados em um gráfico de


frequência denominado gradiente de generalização. Nele pode-se observar o grau de
discriminação e de generalização entre os estímulos apresentados.

Geralmente quanto maior a diferença entre as frequências das respostas frente a dois
estímulos diferentes, maior a discriminação de estímulos entre eles (e consequentemente
menor é a generalização de estímulos entre eles). Quanto menor a diferença entre as
frequências de respostas frente a pelo menos dois estímulos diferentes, maior a generalização
de estímulos (e consequentemente menor é a discriminação de estímulos entre eles).

9- O BEHAVIORISMO E SUA APLICAÇÃO

Como já sabemos, o Behaviorismo é uma das escolas mais consistentes da psicologia;


bem fundamentada e extremamente contribuinte para a mesma. É também uma das linhas
mais “organizacionais”, voltada para as teorias comportamentais, de motivação,
aprendizagem organizacional, etc. Na área de administração, é através do reforçamento
positivo, como o uso de comissões de vendas ou o título de funcionário do mês, que o
indivíduo tende a se comportar de forma favorável à organização (aumentando a produção, ou
as vendas, por exemplo); além disso, também é possível perceber a punição nas organizações
(ao faltar, o funcionário tem o desconto no salário, por exemplo). É importante que se tenha a
noção de que os reforços variáveis (que não tem número de vezes, nem horário estabelecido)
trazem muito mais resultado para a organização do que os reforços fixos, justamente porque
os segundos transformam os fatores motivacionais em higiênicos: a presença constante faz

35
com que o desempenho/comportamento, não seja alterado. Por exemplo: se um corretor de
imóveis sabe que vendendo apenas três casas ele recebe comissão, a partir do momento que
vender a terceira, ele já não procura vender mais. Mas, se quanto mais casas ele vender, maior
a sua comissão, é lógico que ele procurará vender cada vez mais. No primeiro caso há um
reforço de razão fixa, no segundo, de razão variável.

Outra área de grande aplicação dos conceitos apresentados tem sido a Educação. São
conhecidos os métodos de ensino programado, o controle e a organização das situações de
aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino.

Além de muito utilizada na administração de empresas e na área educacional, é


possível perceber a contribuição do behaviorismo para a publicidade e propaganda e na
psicologia clínica para trabalhos educativos de crianças com necessidades especiais. Além de
também ser muito vista em trabalhos de adestramento de animais.

36
PARTE II

PESQUISAS EM PSICOLOGIA E A UTILIZAÇÃO DE ANIMAIS

Este espaço foi criado para uma parte mais específica da realização da prática, pois
sem certos conhecimentos, não se torna tão completa a aprendizagem.

Portanto aqui mostra uma visão bem ampla da realização de experimentos tanto em
Psicologia como nos demais curso com a utilização de animais.

Fazendo uma ampla colocação sobre o tema citado, busca-se apresentar a caixa de
Skinner, objeto usado há anos para as práticas experimentais, porém com o avanço da
tecnologia estaremos apresentando a experiência da prática virtual, onde surgiu o Sniffy Pro,
o rato virtual, o qual será feito a sua colocação e justificativas à seguir, para que nos
próximos capítulos a utilização dele na prática possa ser vantajosa.

37
1- POR QUE UTILIZAR ANIMAIS?

O Comportamento humano tem sido alvo de curiosidade há milênios. Sem dúvida, a


complexidade que envolve tal objeto de estudo não pode ser negada, mas isso não impediu o
desenvolvimento de uma Ciência do Comportamento. O uso do método experimental para se
chegar à descrição, previsão e controle de comportamentos foi de extrema valia na obtenção
dos atuais princípios básicos da Análise do Comportamento.

O uso do método experimental, o desenvolvimento de filosofias de trabalho, além do


interesse de inúmeros estudiosos foi o que possibilitou chegar ao que se tem hoje, em termos
de aplicação dos princípios da Análise do Comportamento, nas mais diferentes áreas, com
resultados bastante produtivos. Entre as várias fontes existentes, das quais se partiu para a
obtenção de dados para a análise de comportamentos, estão os estudos realizados em
laboratórios e, em especial, os que utilizaram e ainda usam animais inferiores na execução de
observações e experimentações.

É sobre o uso de animais nesses experimentos que repousa o interesse deste texto,
particularmente sobre o uso de ratos, que serão utilizados como sujeitos experimentais em
alguns exercícios práticos de laboratórios, realizados por estudantes do curso de Psicologia.

Historicamente, há um marco importante que possibilitou a utilização de animais


inferiores nos estudos sobre comportamentos: a Teoria da Evolução formulada por Charles
Darwin, em 1859, quando da publicação de seu livro A origem das espécies. Nessa teoria,
Darwin dá ao homem seu lugar biológico, colocando-o como membro do reino animal, na
mesma escala evolutiva que os demais animais, embora estando no topo da escala.

A Teoria da Evolução discutiu a existência da continuidade entre as diferentes


espécies existentes, enfatizando que a diferença entre a espécie humana e os animais
inferiores, seriam somente em termos de graus diferentes de desenvolvimento, levando-se em
conta, é claro, a bagagem biológica de cada espécie. O homem, como um animal possuidor de
um complexo sistema nervoso, sem dúvida é capaz de emitir desempenhos complexos. No
entanto, as diferenças existentes entre o Homem e os animais inferiores passaram a ser vistas
em termos quantitativos e não mais qualitativos, como anteriormente se fazia. O homem
deixava de ser um ser superior e senhor exclusivo da natureza e passava a ser encarado
também como animal, sujeito às mesmas leis de sobrevivência e aos mesmos princípios
comportamentais que regem as demais espécies.

38
Darwin fez observações cuidadosas dos comportamentos dos animais em lugares
diferentes, até pode tirar conclusões sobre a continuidade entre as diferentes espécies.
Algumas objeções foram colocadas à Teoria da Evolução porque, em muitas de suas
colocações, Darwin atribuía capacidades humanas aos animais, como pensar, ter ideias e
sentir desejos – o chamado antropomorfismo, conforme afirma Millenson (1975,p.29), o que
não deve ser feito. De qualquer forma, mesmo com as críticas feitas a seu respeito na época,
Darwin teve uma grande importância e sua teoria modificou posições em muitas áreas de
estudo.

Desde a colocação da Teoria da Evolução, muitos foram os estudos realizados em


laboratórios, utilizando animais inferiores como sujeitos. Já em 1898, Edward L. Thorndike
publicava os resultados de seus estudos, nos quais utilizou gatos, pintos e cães como sujeitos
experimentais. Ele não utilizou na observação casual, mais realizou experimentos controlados,
com objetivo específico, usando animais cuja história passada era conhecida e fazendo
registros comportamentais de suas observações. Segundo Millenson (1975,p.29), de certo
modo, “Thorndike forneceu um novo método experimental” e introduziu o uso de animais em
experimentos sobre o condicionamento instrumental, cujo princípios gerais foram, mais tarde,
pesquisados e sistematizados por B.F. Skinner.

Skinner também realizou inúmeros experimentos com observações de um único


organismo, em situações controladas. Seus sujeitos eram ratos brancos, observados em caixas
idealizadas pelo próprio Skinner, posteriormente chamadas de caixas de Skinner. Nelas era
estudado o comportamento dos sujeitos de pressionar uma barra horizontal, colocada no
interior da caixa. Os primeiros trabalhos de Skinner datam de 1930, aproximadamente, e a
publicação do seu livro, O comportamento dos organismos, deu-se em 1938. A relação
funcional entre o comportamento e o meio ambiente foi amplamente estudada e, daí pra
frente, houve sistematização dos princípios básicos da Análise Experimental do
Comportamento.

No Brasil, estudos sobre o comportamento animal têm sido realizados em varias áreas
da Psicologia, seja na Etologia, seja na Análise Experimental do Comportamento. Pode-se
citar a título de informação e curiosidade, trabalhos feitos com formigas, moscas, aranhas,
macacos, hamsters, rãs, peixes entre outros. Como pode ser observado na literatura, há um
grande número de experimentos, na área de Psicologia que são realizados utilizando-se
animais inferiores como sujeitos experimentais.

39
Vejamos então algumas razões para se estudar animais em laboratório de Psicologia e
também algumas objeções colocadas a esse respeito.

Dentre as várias razões, pode-se citar o fato de se levar em considerações as


ponderações feitas na Teoria da Evolução de Darwin, colocando o homem em continuun das
espécies, sujeito às mesmas leis das demais espécies, como já apontado anteriormente.

Outra razão refere-se a uma das atitudes importantes a Ciência: a parcimônia. Essa
atitude significa que o maior número possível de eventos existentes na natureza deve ser
explicado com o menor número possível de leis, além de se dar explicações mais simples ao
invés de explicações complexas, por vezes desnecessárias. Baseado nisso, os experimentos
com animais justificam-se na medida em que tentam explicar tanto os comportamentos dos
homens como animais inferiores através das mesmas leis e processos. No fim, acaba-se
obtendo uma relação entre a Teoria da Evolução e a atitude da parcimônia, já que esta auxilia
a comprovação daquela.

A questão ética é outra razão a ser discutida sobre o uso de animais em laboratórios de
Psicologia. Muitos experimentos realizados com animais inferiores não poderiam usar seres
humanos como sujeitos, uma vez que não se saberia quais seriam os possíveis danos
comportamentais e/ou físicos causados ao organismo. Toma-se como exemplo, os
experimentos sobre o uso da punição com a aplicação de choques elétricos ou experimentos
com ingestão de drogas para verificar possíveis alterações comportamentais. Não seria ético,
nesses casos, utilizar seres humanos devido aos danos potenciais envolvidos. Utilizam-se
animais principalmente quando ainda não se tem conhecimento suficiente da área estudada.

Além disso, os animais podem ser usados por períodos mais longos de tempo e podem
ser submetidos há tempos maiores de privação durante os experimentos. Considerações éticas
na pesquisa com animais foram e são importantes sem dúvida, tanto que um grupo de
associações dos Estados Unidos estabeleceu regras, em 1962, para o uso de animais na
experimentação. Mais, por outro lado, lançar mão de seres humanos, sem o conhecimento das
possíveis consequências advindas dos estudos, seria pior e mais danoso para as pessoas
submetidas a um determinado estudo.

Outra justificativa para o uso de animais em pesquisas é o fato de seus


comportamentos serem mais simples e também serem simplificadas as condições de
observação, facilitando a definição, a observação, o registro e a manipulação de variáveis. O

40
número de variáveis envolvidas na situação de laboratório é menor, possibilitando um
controle maior das variáveis envolvidas e facilitando a obtenção de dados bem como o
estabelecimento de relações entre as variáveis estudadas. Como afirma Skinner (1985), “a
ciência avança do simples para o complexo; constantemente tem-se que decidir se os
processos e leis descobertos por um estágio são adequados para o seguinte. Seria precipitado
afirmar neste momento que não há diferença essencial entre o comportamento humano e o
comportamento das espécies inferiores; mas até que se empreenda a tentativa de se tratar
ambos nos mesmos termos, seria igualmente precipitado afirmar que há”. Dessa forma
estudos em situações menos complexas serviriam de base, fornecendo dados e informações
mais seguras para a realização de estudos envolvendo situações cada vez mais complexas,
com inúmeras variáveis. Mais isso é mais fácil somente depois de se ter obtido informações
em situações mais simples, fornecendo diretrizes para cuidados a serem tomados pelos
experimentadores. De fato, a prática tem nos mostrado que os dados obtidos em situações
simples facilitam o planejamento e a realização de estudos em situações mais complexas,
inclusive usando seres humanos posteriormente nas pesquisas.

Além do apoio da Teoria da Evolução, da atitude parcimônia, dos fatores envolvidos


sob a perspectiva ética e da facilidade de situações, há ainda outra razão de ordem
metodológica para se empreender estudos com animais inferiores em Psicologia.

O controle das variáveis, no método experimental, é um ponto vital na realização de


experimentos de um modo geral. Quando se estuda comportamentos e sua relação com as
variáveis ambientais as quais podem vir a alterá-los, esse controle deve ser cuidadoso. Ao se
usar incialmente animais, em experimentos na Psicologia, pode-se ter um bom controle da
história genética do organismo, a qual oferecerá dados indicativos de seus antecedentes,
procedência de como nasceu e etc. essas variáveis podem produzir mudanças nos resultados.
Com o uso de animais, esses dados são possíveis de serem obtidos mais facilmente, quando,
por outro lado, com seres humanos é difícil, por vezes impossível se ter acesso a esse tipo de
informações.

O controle da história passada do sujeito também é importante visto que é preciso


conhecer as suas condições de vida e de aprendizagem anteriores. Com seres humanos é
praticamente impossível controlar sua história passada e é difícil também se saber exatamente
por quais situações passaram, os tipos de experiências e de aprendizagem que tiveram em suas
vidas. Com animais isso tudo é possível, uma vez que eles podem ser criados sob condições

41
específicas de acordo com as finalidades de pesquisa. São usados os chamados animais
ingênuos, que não tem ainda história experimental que se pretende estudar. O tempo de vida
dos animais, em alguns casos bastante curtos, também facilita o controle de sua história de
vida.

O controle da história presente do organismo também deve ocorrer para que não se
torne uma “variável estranha” durante os estudos, produzindo alterações inesperadas nos
resultados. Ela se refere ao controle das variáveis da situação na qual o sujeito se encontra no
momento em que emite uma dada resposta, durante a observação e/ou a experimentação que
estão sendo realizadas. Estudos realizados em situações controladas de laboratório, usando
animais inferiores tornam o controle da história presente maior.

Além dessas variáveis citadas, os estudos realizados com animais inferiores


possibilitam, quando necessário, o controle de outros tipos de variáveis. É o caso do controle
do tipo e nível de privação do sujeito, que se refere ao controle de que o animal será privado e
por quanto tempo ocorrerá à privação. Por exemplo, um animal pode ser privado de comida,
por um período de 48 horas. No entanto, novamente cabe enfatizar que, até por motivos
éticos, não se poderia sujeitar uma pessoa a passar por tais circunstâncias, durante um período
de sua vida, para fins de estudo. Teria cabimento, por exemplo, criar uma criança em total
isolamento ou longe de sua mãe para depois testá-la em uma situação com outras crianças?

Apesar de todo o controle de variáveis ser mais fácil de ser feito com animais
inferiores em laboratórios, isso não significa que pesquisas com seres humanos não possam
ser feitas e não sejam feitas. Elas o são e devem ser realizadas, com cuidados maiores, devido
a essas dificuldades no controle de inúmeras variáveis envolvidas. Como já apontado
anteriormente, os estudos com seres humanos muitas vezes só são realizados após se ter dados
de pesquisas com animais, os quais nos servem de base para os empreendimentos científicos
com seres humanos, em qualquer área da ciência, além da real relevância desses estudos
serem realizados com seres humanos.

Como os ratos utilizados por Skinner, outros animais também podem ser utilizados
para experimentação, como pombos, mais variando o tipo de experimento que são escolhidos
os animais, pois cada um tem suas características específicas, no caso do rato branco albino
ele não possui uma boa visão, portanto para condicioná-lo a pressionar a barra não requer uma
boa visão, como no caso de experimentos com pombos que esse precisa discriminar cores,

42
seria mais complicado utilizar os ratos. Por esse motivo aqui no experimento da Caixa de
Skinner será utilizado o rato albino.

As vantagens de se utilizar animais são, portanto, inúmeras e algumas das principais


foram discutidas aqui. Resta-nos discutir algumas objeções colocadas a esse respeito.

Muitos são os estudiosos que condenam as pesquisas feitas com animais na área da
Psicologia. A equivalência que se pensa existir entre o homem e o animal inferior faz com que
muitos não admitam que os resultados obtidos com animais sejam também usados com seres
humanos. Afinal, não é o homem um ser mais dotado de inteligência, raciocínio, sentimentos?
Como se pode usar os mesmos princípios para um e outro, se as diferenças comportamentais
são marcantes e perfeitamente percebidas por qualquer um? Estas são algumas das objeções
colocadas por alguns estudiosos.

Isso leva a discussão sobre a transposição dos princípios e processos descobertos a


partir de estudos feitos com animais para seres humanos. Inegável é a complexidade dos
comportamentos humanos. Os estudiosos que empreenderam, e ainda realizam, estudos com
animais não seriam ingênuos a ponto de afirmar que a complexidade não existe e que a
generalização dos princípios de um para outro se dá de modo simples e direto.

A análise experimental do comportamento pretende observar o comportamento e as


variáveis que o afetam, estabelecendo relações funcionais entre eles para, com isso, prever e
controlar os comportamentos dos organismos sejam eles superiores ou inferiores. A análise
experimental não aceita a afirmação de que a diferença entre os comportamentos e as
situações estudadas não é levada em conta, porque ele o é.

Assim a generalização dos princípios sistematizados, a partir de estudos com animais,


não é feita de modo direto e simples, comparando-se respostas e estímulos.

As respostas, os estímulos consequentes e as situações são diferentes, mas os


princípios básicos que regem os comportamentos são os mesmo e podem ser comparados,
tanto nos animais inferiores como nos animais superiores. Mudam-se as respostas, os
estímulos, mais os procedimentos e seus efeitos são igualmente aplicáveis e comparáveis.
Tome-se como exemplo, a resposta de pressionar a barra de um rato albino. Não se comparar
essa resposta sendo reforçada com uma gota d’água com as complexas respostas do homem,
por exemplo, diante da resolução complicadíssima de problemas. No entanto, mesmo sendo

43
diferentes as respostas e os estímulos que as controlam, o mesmo procedimento básico pode
estar envolvido em ambos os casos.

Além do mais, os princípios descobertos a partir de pesquisas realizadas com animais


inferiores não foram diretamente transpostos para o uso na prática com seres humanos. Houve
– e há – um estágio intermediário, no qual se verifica em situações controladas com seres
humanos, se os princípios realmente são aplicáveis a um e a outro, salientando-se, porém, a
complexidade das variáveis que influem no comportamento humano, visto que este está
exposto a contingências mais complexas no meio ambiente natural. De qualquer forma,
mesmo um rato, vivendo em seu habitat natural, estaria exposto a inúmeras variáveis que não
estão presentes na situação da caixa de Skinner. Deve-se enfatizar que, antes de se proceder à
generalização dos princípios observados em animais inferiores para seres humanos, são
realizados estudos com estes últimos para se ter certeza de que os princípios se aplicam em
ambos, da mesma maneira. O caminho percorrido entre as conclusões obtidas na pesquisa
básica, posteriormente na pesquisa aplicada e, finalmente chegando-se à aplicação prática
propriamente dita, é extenso. Nenhuma área da ciência atreve-se a transportar e usar as
conclusões resultantes da pesquisa básica diretamente para a aplicação prática em seres
humanos.

Não se deve também esquecer que não é sempre que são realizados estudos com
animais, posterior comparação com seres humanos. É o caso dos etólogos que estudam os
comportamentos de animais, inclusive os de homens, para um maior conhecimento de cada
uma das espécies.

Mais uma vez, cabe enfatizar que seria uma posição ingênua não admitir que o homem
esta exposto a contingências muito mais complexas do que, por exemplo, um rato branco
dentro de uma caixa de Skinner. Porém, o desenvolvimento de técnicas de observação,
registro, manipulação e controle pode proporcionar uma predição e controle mais adequado
do comportamento humano, quase se baseiam em estudos realizados com animais inferiores.

Cabe aos cientistas do comportamento isolar as variáveis das quais um dado


comportamento é função e analisá-las em termos de relações estabelecidas com os
comportamentos. Estudos com seres humanos tornam a tarefa mais complexa, mais não
impossível e, por outro lado, é mais fácil e segura, já que se parte de dados de antemão
conhecidos, obtidos através de estudos feitos com animais. Afinal, o progresso da ciência se

44
deve também ao fato dela apresentar um processo cumulativo de dados, lançando mão de
fatos já conhecidos para análise posteriores.

Os estudos realizados com animais inferiores não significa uma simplificação extrema
na ciência do comportamento. É, no entanto, partindo-se de situações mais simples e
controladas, em laboratório, com pesquisas feitas com animais inferiores que a ciência do
comportamento pretende um maior conhecimento do comportamento humano, a fim de poder
atuar nos diversos campos em que o homem se situa. O embasamento teórico e a segurança
dos dados obtidos em pesquisas com animais inferiores têm servido para facilitar os estudos
feitos com seres humanos. Esse processo tem se mostrado eficaz não só na ciência do
comportamento, mais como em outros ramos da ciência, como a Biologia, a Medicina e etc.

O grande número de pesquisas, estudos e aplicações práticas em situações de terapia,


escola e na própria vida diária das pessoas tem demonstrado a validade e utilidade dos
princípios estudados.

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2- A CAIXA DE SKINNER

A) APRESENTAÇÃO DA CAIXA DE SKINNER

A caixa de Skinner consiste em uma caixa de vidro, com dispositivos para


acionamento de água, luz e em alguns modelos é possível emitir "choques" nos ratos da raça
Wistar e em pombos, que são usados para experimentos sobre comportamentos e
aprendizagem em animais, da qual é chamado de Análise Experimental, dentro do
Behaviorismo.

Esta caixa é um invento do cientista Burrhus Frederic Skinner, um dos principais


teóricos em Psicologia. Além de ser o principal rival do Sigmund Freud e da sua teória, a
Psicanálise. Da qual seus experimentos até os dias de hoje são reproduzidos a mais de 60
anos, que consiste em privar um rato de água por dois dias, para que este acione uma barra no
interior da caixa experimental para acabar com a sua sede.

B) ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA CAIXA

A caixa consiste em uma estrutura de vidro, onde um rato é inserido para realizar
experimentos de pressão à barra para acionamento de água, na qual a sua iluminação,
alimentação e quantidade de água é controlada pelo experimentador. Trata-se de um
dispositivo amplamente utilizado nos cursos de graduação em Psicologia, na qual os
professores utilizam este recurso para associar o aprendizado do comportamento humano a
partir do comportamento animal (e vice-versa). Na qual cabe aos estudantes analisar a
influência do ambiente sobre o repertório de aprendizagem e comportamento das pessoas.
Sem contar que este experimento é realizado a mais de 60 anos repetidamente, assemelhando-
se ao ato de atirar um graveto par um cachorro pegar.

46
C) HISTÓRIA DA CAIXA DE SKINNER

Enquanto estava em Harvard, Skinner inventou o que se costumou chamar de "Skinner


Box" (Caixa de Skinner ou Câmara de Operação Condicionante), para medir a resposta
orgânica e suas interações com o ambiente. O aparato era um exemplo de sua habilidade de
desenhar e projetar coisas desde a sua infância.

A estrutura da caixa de Skinner era baseado em uma caixa ou câmara grande o


bastante para acomodar o organismo (geralmente um pequeno animal, como roedores,
pombos ou primatas) que seria objeto de estudo. Era geralmente a prova de som e de luz a fim
de privar o objeto de estudo de qualquer influência externa.

As caixas tinham pelo menos um aparato de operação (que na verdade consistia em


um pedal, botão, alavanca, ou outro aparato) que era a forma de teste de resposta do indivíduo
testado. Algumas caixas tinham mais de um aparato de resposta. Para os primatas o aparato
constituía-se basicamente de uma alavanca, quando esta era puxada, um circuito elétrico era
fechado e gerava o registro em um computador. Para os pombos, era colocado um botão que
somente gerava o registro no computador após uma bicada forte, evitando assim registros
acidentais de comportamento. O outro requisito de uma caixa de Skinner era a entrega de uma
recompensa primária ou estímulo como comida ou água.

Com essa simples configuração, um aparato de operação e um alimentador, era


possível investigar diversos fenômenos psicológicos. As caixas de Skinner modernas possuem
diversos aparatos de acionamento a fim de investigar diversas reações psicológicas diferentes
em um mesmo ambiente.

3- SNIFFY – PRO (RATO VIRTUAL)

O Sniffy Pro é uma maneira acessível e humana de proporcionar aos alunos um acesso
prático aos principais fenômenos de condicionamento operante e clássico que os alunos do
curso de Psicologia normalmente discutem. Embora os psicólogos acreditam que os
fenômenos simulados pelo programa Sniffy Pro desempenham um papel preponderante nos
comportamentos humanos e animais, os cursos que discutem esses tópicos usualmente se
desenvolve por meio de preleções que não proporcionam aos alunos a possibilidade de obter
prática de laboratório. Existem duas razões principais para essa omissão.

47
A primeira razão é o custo. O dispositivo mais comum que os psicólogos usam para
estudar os condicionamentos clássico e operante é a câmara operante, um compartimento
especial que contem uma barra na qual o rato é treinado a pressionar e com dispositivos para
proporcionar água e alimentos, além de outros estímulos. Um computador diretamente ligado
à câmara registra automaticamente as respostas do rato e controla a apresentação dos
estímulos. Um arranjo básico consistindo em uma câmara operante, um computador para
controlá-la e uma interface apropriada entre os dois chega a custar 3.500 dólares. Se tornando
complicado hoje em dia para adquirir material suficiente para que todos acadêmicos possam
estar utilizando e manuseando os equipamentos. Embora este não tem se tornado o principal
motivo pelo qual a utilização do Sniffy Pro tem se tornado mais apropriada.

A regulamentação atual relativa aos tratos dos animais especifica padrão rigoroso para
os cuidados com os animais usados em estudos e pesquisas. Normalmente essa
regulamentação exige não apenas que o animal seja colocado em compartimentos limpos e
recebam alimento e água seguindo critérios adequados; Ela também especifica que o espaço
onde eles ficam precisa receber mais ar fresco e ter um melhor controle de temperatura e
umidade do que as salas que as pessoas ocupam. Instalações que obedecem esses padrões
tornam o custo do curso cada vez mais alto, sendo que para manter esses padrões usualmente
são cobrados taxas para diárias de manutenção para cada animal; essas taxas somariam um
valor elevado se cada aluno em seu curso tivesse o seu próprio animal para estudo.

Um segundo motivo é que pelo fato de alguns alunos que possuem acesso a animais,
não gostam de considerar o uso destes animais para uso em estudos, mesmo sabendo que o
resultado de cada experiência pode ser previsto com confiança baseando-se em resultados
anteriores, violando os princípios éticos de tratamento humanos dispensado aos animais.
Algumas pessoas apegam-se a essas opiniões mesmo quando os animais usados para ensino
nunca são expostos a qualquer desconforto. A oposição é muita mais disseminada se eles
forem sujeitos a estímulos prejudiciais.

Não obstante, estudar a aprendizagem dos animais se ter condições de observar como
os experimentos são preparados e os dados são colhidos mantem os alunos isolados de um
importante e fascinante conjunto de fenômenos comportamentais. O programa Sniffy Pro foi
criado para acabar com este isolamentos, e utilizaremos ele por todas essas facilidades.

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4- SNIFFY, O PROGRAMA

O programa Sniffy Pro permite que você prepare e execute uma grande variedade de
experimentos de condicionamentos clássico e operante, e lhe permite colher e dispor dados de
uma maneira que simula o modo como psicólogos trabalham em laboratórios.

Além disso, em razão de o programa simular e mostrar simultaneamente alguns dos


processos psicológicos básicos que o psicólogo acredita ser empregado pelos animais (e pelas
pessoas), o Sniffy apresenta alguns aspectos de aprendizagem que se torna difícil observar ao
analisar um animal vivo em laboratório.

Em um rato real, a aprendizagem é o resultado de interações bioquímicas entre bilhões


de neurônios no cérebro. Como consequência desse processo fisiológico, os animais adquirem
informações a respeito de como seu comportamento afeta em eventos.

Assim o programa Sniffy selecionado para trabalhar nesta matéria de Psicologia


Experimental, nos remete uma facilidade em trabalhar com o animal de uma maneira virtual,
trazendo milhões de benefícios para o aluno poder analisar e desfrutar melhor da prática no
mundo virtual.

49
PARTE III

A PRÁTICA NO LABORATÓRIO VIRTUAL

Frequentemente, um curso de Análise Experimental do Comportamento é


acompanhado de exercícios práticos de laboratório que ilustram os princípios estudados na
teoria, além de colaborar para a aquisição de uma atitude cientifica em relação a execução
de experimentos em laboratórios de Psicologia.

Tradicionalmente, era utilizado o rato albino real da raça Wistar e a caixa de Skinner
como equipamento para essa pratica laboratorial, porem nosso intuito neste é ensinar a
pratica laboratorial no meio virtual, utilizando o programa Sniffy Pro em computadores,
como já apresentado anteriormente.

Antes de iniciar a experimentação propriamente dita, é importante que se tenha um


conhecimento do equipamento a ser usado, permitindo seu manuseio de maneira eficiente, o
qual estará sendo explicados passo a passo a seguir, além de como utilizar as folhas de
registro e demais materiais.

50
Os Livros de Psicologia, das mais diversas áreas, apresentam uma infinidade de teorias
sobre aprendizagem, muitos deles fornecendo explicações diferentes para o mesmo fenômeno.
Assim, só há uma maneira de comprovar a “veracidade” de uma teoria: Subentendo-a ao teste
empírico, ou seja, verificando na prática, em laboratórios onde podemos controlar melhor as
situações que criamos para avaliar as teorias.

A utilização de laboratórios experimentais já se tornou uma tradição no ensino de


análise do comportamento. Adota-se, preferencialmente, o uso de ratos, que nos fornece
insights sobre o comportamento humano, isto é, surgem ideias interessantes que nos ajudam a
compreender melhor o comportamento humano. Pelo fato de haver uma semelhança entre sua
fisiologia e a do ser humano, além deste possuir um período de gestação curto e metabolismo
acelerado. Utilizam-se também os ratos por questões práticas e éticas, pois muitos desses
experimentos são muito demorados e dificilmente conseguiríamos convencer pessoas a
participar deles.

No entanto, muitas são as dificuldades encontradas no manuseio deste animal (caso


utilize-se um verdadeiro) como, por exemplo, ser extremamente difícil obter um ambiente sob
condições perfeitamente específicas para a prática da observação, análise e previsão do
comportamento, já que o rato será facilmente suscetível ao estresse.

Devido a esta dificuldade, optou-se pela escolha da utilização do programa de


computador Sniffy Pro, cuja finalidade é servir de material didático no tocante às práticas de
análises comportamentais, mais especificamente o comportamento operante.

Este programa, de fácil manuseio, ainda oferece a vantagem de economia de tempo,


permite ao aluno associar conceitos básicos de análise do comportamento a experiências
reais(associação de teoria a prática) e é uma forma de iniciação do estudante à forma de
pensar científica e experimentalmente.

51
1- APRENDENDO OS COMANDOS DO PROGRAMA

A janela da caixa com o ratinho, chamado Sniffy, é onde o experimentador verá o


Sniffy trabalhando. Nesta janela existem alguns instrumentos importantes, como existiriam
numa janela de uma “caixa de Skinner” comum: uma barra (bar em inglês), um bebedouro
(water spout), uma luz (light), um comedouro (food hopper) e um auto falante (speaker).

Todos estes elementos definem as possibilidades desta janela, ou seja, da “caixa de


Skinner”. O Sniffy poderá ser treinado a pressionar a barra para liberar uma pelota de
comida, inclusive mediante diferentes tons de sons e iluminação.

No programa Sniffy Pro, existem outros instrumentos importantes:

a) a janela “operant associations” (associações operantes) é uma janela que mostra


para o experimentador dois processos psicológicos do Sniffy que podem ser definidos como a
formação da relação som-comida (sound-food) e da relação pressão a barra – comida (bar-
sound). Ela será útil ao experimentador para que ele tenha certeza se estas relações foram bem
estabelecidas.

b) a janela “cummulative record” (registro acumulado) mostra como está o


desempenho do Sniffy, indicando o registro acumulado das respostas do ratinho em função do
tempo.

c) a janela “lab assistant” (assistente de laboratório) ajuda o experimentador dando


algumas dicas sobre o experimento em andamento ou sobre o que o experimentador deveria
fazer.

d) a janela “CS response strengh” (força da resposta condicionada) mostra a força que
cada um dos estímulos condicionados (CS) tem para eliciar medo. O experimentador pode
fazer um condicionamento clássico utilizando luz ou som, por exemplo.

e) a janela “DS response stength” é útil quando o experimento for discriminação. Ela
permite que o experimentado veja qual a tendência do Sniffy pressionar a barra na presença
de diferentes tons sonoros e mostra uma predição de quais são os resultados que você terá
caso faça testes de generalização.

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f) a janela “suppression ratio” mostra quando um CS suprime o comportamento de
pressão à barra.

g) a janela mental “sensitivity e fear” (sensibilidade e medo) mostra os estados


psicológicos do Sniffy relativos a estas duas medidas.

Agora que temos uma ideia do que cada uma das janelas significa e representa para o
manuseio do programa e dos experimentos podemos dar inicio a prática experimental.

A seguir estarão todas as atividades a serem propostas pelo docente e monitores do


curso, seguindo as ordens das atividades e das folhas de registro.

Antes de continuarmos para a as atividades práticas seguem algumas dicas e regras


para realização das praticas:

 As atividades deverão ser realizadas em dupla ou trio (somente se


necessário) - pois cada um do grupo terá sua função, sendo um observar e
manusear o programa e outro anotar as observações que serão feitas e
ditados pelo outro companheiro;
 Sempre estar portando as folhas de registros devidas dos experimentos,
cronómetro (de qualquer espécie), e materiais para notação para que assim,
possa ser anotado corretamente todos os dados para realização dos
relatórios exigidos para conclusão de cada etapa;
 Fazer uma breve leitura antes da aula sobre a parte teórica referente a
atividade e sobre os itens para realização da mesma, para que durante as
explicações dos monitores os alunos tirem apenas as duvidas, evitando
assim que haja tumulto durante as observações e anotações.

53
2- REGISTRO DE ATIVIDADES

Este procedimento é o inicial de todos os experimentos. Ao iniciar todas as aulas em


laboratório virtual, o aluno e/ou dupla, deverá estar com a folha de registro de atividades,
onde a mesma deve ser preenchida semanalmente para controle tanto dos alunos, quanto
controle posterior do docente na hora de correção dos relatórios finais.

Esta Ficha contém os dados do aluno (sendo que para entrega no prazo estipulado –
final – cada aluno deverá possuir a sua preenchida corretamente e sem rasuras), os dados da
sala onde serão realizados cada experimento, o nome do experimento, a dupla, data e hora.

Aqui, como em todas as atividades seguem modelos de fichas para serem preenchidas,
onde as mesmas no modelo oficial para preenchimento com timbre da instituição estarão em
outro arquivo disponível para o aluno. Este aqui serve apenas de apostila e instruções para o
uso e prática. Ficando a critério do aluno, utilizar como rascunho estas apresentadas aqui e as
demais somente para anexo nos relatórios.

FOLHA DE ATIVIDADE DE LABORATÓRIO

ALUNO: __________________________________________________________________
REGISTRO ACADÊMICO (RA) ______________________________________________
DATA DE INÍCIO: __________________ DATA DO TERMINO: __________________

DATA LOCAL ATIVIDADE COMPONENTES HORÁRIO


(Inicial e Final)
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3- NÍVEL OPERANTE
3.1 – Descrição e Objetivo

Sua tarefa básica neste exercício será a observação. Mais precisamente você terá a
oportunidade de observar o que faz um rato, experimentalmente ingênuo, quando lhe é
permitido mover-se livremente na caixa experimental.

Nível Operante é o nome técnico que se dá à frequência com que uma resposta ocorre,
antes da introdução da variável independente, neste caso, a apresentação da pelota de comida,
pois o programa Sniffy Pro faz liberação de alimentos.

Em nosso caso, a principal utilidade de se medir o nível operante é que se pode usá-lo
para comparar a quantidade de respostas antes e depois da introdução da contingência do
reforço e avaliar seus efeitos, isto é, se houve alteração na frequência da resposta em função
da apresentação da comida.

Tem o objetivo obter uma linha de base do comportamento do sujeito experimental, ou


seja, obter dados sobre como o sujeito se comporta antes da intervenção que será realizada
para comparar esses dados com os que serão coletados após a intervenção. Espera-se que
nessa fase o comportamento de pressão a barra seja mais baixo em relação aos demais
comportamentos observados (exemplo: farejar, levantar, limpar-se) que são comportamentos
que já pertencem ao repertório do sujeito.

3.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

1) Antes de realizar os passos a seguir, acompanhe atentamente as devidas explicações,


depois retorne a leitura com o outro integrante do grupo e assim inicie o procedimento.
2) Quando você iniciar a sessão o rato começará a se comportar e conhecer o ambiente.
Um dos componentes do grupo deverá observar todos os comportamentos emitidos
pelo Sniffy e informá-los ao companheiro que anotará durante 15 minutos na Folha de
Registro do Nível Operante (As folhas de registros estão disponíveis sempre ao final
da explicação de cada etapa da realização dos experimentos), observando que as
anotações deverão ser feitas minuto a minuto (cada linha da tabela representa um

55
minuto, anotando com traços na linha e coluna apropriada para cada ocorrência
realizada nesse período).
3) Para registrar os comportamentos corretamente, deve-se conhecer então, todos eles
presentes no repertório do sujeito observado, portanto antes de iniciar a observação
estude a tabela que vem em seguida dos procedimentos para saber identifica-los com
precisão.
4) Para que o aluno possa salvar ao final de cada aula o seu experimento realizado, esta
disponível na área de trabalho de cada computador uma pasta criada para isto, onde o
aluno deverá clicar nela, fazer o seu login, utilizando o nome para usuário e o RA para
senha, e procurar o seu nome na lista de alunos, lembrando que ao logar, o alunos só
terá acesso a própria pasta, as demais estarão bloqueadas para segurança de todos e
para evitar constrangimento. E para encerrar o login realizado reinicie a maquina.
Portando para dar continuidade à explicação dos procedimentos – Fazer Login na
Pasta de Experimentos da Psicologia na área de trabalho.
5) Abrir o programa Sniffy Pro;
6) Selecionar no menu Experiment o item “Design Operant Experiment”;
7) Alterar o tipo “continuous” selecionado para “Extinction”;
8) Clicar no botão ok;
9) Uma vez iniciada a sessão, um dos componentes da dupla observará durante 15
minutos e ditará para o companheiro que anotará imprescindivelmente todos os
comportamentos do Sniffy neste período.
10) Ao completar os 15 minutos de observação Encerrar a sessão clicando no menu File,
em seguida Save As e procure a pasta na área de trabalho que você abriu ao iniciar a
sessão, busque pelo nome que foi realizado o login e salve o experimento como: Nível
Operante – (DATA DO DIA);
11) Após salvar, clicar novamente no menu File e em seguida Exit

TABELA COM A DESCRIÇÃO DOS COMPORTAMENTOS

LEGENDAS COMPORTAMENTOS DESCRICÃO


F Farejar Cheirar o ambiente
A Andar Mover-se apoiado nas quarto patas em qualquer
direção
C Coçar Coçar qualquer parte do corpo com a língua,

56
dentes ou patas
L Levantar Permanecer sobre as duas patas traseiras
P Parar Ficar parado por mais de 2 segundo em
qualquer parte da caixa
V Virar Dar um giro de 180 graus sobre o próprio corpo
PB Pressão à barra Erguer-se nas patas traseiras e pressionar a barra
B Beber água Lamber o bico do bebedouro

3.3 - ATIVIDADE PROPOSTA

Com os dados obtidos durante a realização do primeiro experimento de Nível


Operante com o Sniffy a tabela á seguir deverá estar preenchida corretamente e utilizando ela,
juntamente com o seu conhecimento teórico, fazer um relatório seguindo os passos e
exigências passados pela docente e pelos monitores ( na Parte IV desta apostila constam as
normas e regras), descrevendo o experimento, as formas de realização, a importância da
realização do experimento, lembrando que o foco esta neste experimento, não no contexto
geral das atividades. Utilizar o conhecimento já obtido até agora para fazer suas justificativas.
Apresentar juntamente com o relatório uma cópia da tabela preenchida e um gráfico de barras
representando a quantidade de real de cada comportamentos emitidos pelo Sniffy no tempo
observado (utilizar o Valor total de respostas).

FOLHA DE REGISTRO – NÍVEL OPERANTE

TEMPO FAREJAR ANDAR COCAR LEVANTAR PARAR VIRAR PB BEBER


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Total

57
4- TREINO AO COMEDOURO
4.1 – Descrição e Objetivo

Como não há aprendizagem sem motivação, a motivação do seu sujeito (Sniffy) será
feita ensinando ele a conhecer o local onde será liberado as pelotas de comida. Portanto, deve-
se ensinar ao Sniffy onde haverá alimento quando o comedouro for acionado, ou a barra for
pressionada.

O objetivo deste exercício é, através do procedimento de reforçamento positivo, fazer


com que haja aumento da probabilidade do animal aproximar-se do comedouro e comer as
pelotas de alimento disponível, diante do ruído produzido pelo acionamento da alavanca
(barra) do comedouro, promovendo a associação entre a presença do ruído e a apresentação da
comida.

Essa prática é fundamental para o posterior condicionamento da resposta de pressão à


barra, pois a consequência imediata às respostas de pressão à barra serão os ruídos, e não a
pelota de comida em si. Por consequência o animal aprenderá a pressionar a barra para
produzir o ruído, uma vez que ele sinaliza a disponibilidade de comida no comedouro.

4.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

1) Antes de realizar os passos a seguir, acompanhe atentamente as devidas explicações,


depois retorne a leitura com o outro integrante do grupo e assim inicie o procedimento.
2) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho;
3) Abrir o programa Sniffy Pro;
4) Abrir a sessão salva na última aula;
5) Clicar no menu “Experiment” e selecionar a opção “Design Operant Experiment”;
6) Alterar o tipo “Extinction” para o tipo “Continuous”
7) Clicar no menu “windows”, em seguida “mind Windows” e “operant association”- que
dará origem a um gráfico;
8) Uma vez iniciada a sessão, um dos integrantes ficará pressionando a barra para liberar
a comida toda vez que o Sniffy se aproximar;
9) Quando ele estiver comendo essa pelota liberada, pressionar a barra sucessivamente
para tentar fazer com que ele não saia do comedouro;

58
10) Depois de aproximadamente 15 pelotas de comidas liberadas, deixar que o Sniffy
volte a andar um pouco;
11) Quando o Sniffy se afastar do comedouro, libere novamente mais uma pelota, para que
ele volte assim toda vez que ele sair e estiver longe, quando você pressionar a barra
com a associação que ele já fez do som/liberação de comida, ele irá de dirigir ao
comedouro;
12) O outro integrante anotará os comportamentos do rato na respectiva tabela do
experimento (Folha de registro-Treino ao comedouro), onde serão anotados os
comportamentos minuto a minuto. Para facilitar, anotar seguindo as iniciais da tabela
em anexo dada no exercício anterior, e a coluna pelotas de comida, anotar quantas
pelotas foram liberadas naquele minuto. Na coluna Observação (obs), anotar o
comportamento de pressão a barra, que nessa fase o Sniffy algumas vezes ira
pressionar a barra;
13) O experimento durará em torno de 15 á 25 minutos, dependendo da maneira como o
Sniffy será condicionado. O experimento só poderá ser encerrado e salvo quando a
barra “Sound Food” na janela “operant Assoc.” estiver mais de 90% completa, ai
pode-se dizer que houve a associação necessária para os demais experimentos.
14) Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e escolher o local que
quer que seja salvo a sessão - Salvando a sessão como TREINO AO
COMEDOURO – (DATA DO DIA);
15) Após salvar, clicar novamente no menu File e em seguida Exit.

4.3 – Atividade Proposta

Com os dados obtidos na realização desta etapa do experimento, realizar um relatório,


com intuito de relatar o experimento no geral, descrevendo suas ações, duração, liberação de
alimento, tal como o Sniffy reagiu durante o processo. Baseado no modelo já orientado para
confecção dos relatórios, uso o mesmo e com base na teoria já aprendida justifique suas
respostas, lembrando que para isso ao final do relatório deve conter a folha devidamente
preenchida durante o experimento. Não esquecendo de justificar teoricamente seus
pensamentos e conclusões sobre o trabalho.

59
FOLHA DE REGISTRO – TREINO AO COMEDOURO

COMPORTAMENTOS Pelotas de comida OBS


liberadas
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22

5- MODELAGEM
5.1 – Descrição e Objetivo

A modelagem da Resposta de Pressão à barra, será um novo comportamento


aprendido no reportório do sujeito. O rato aprenderá a Pressão à Barra para obter o alimento, e
esse procedimento irá ocorrer através de aproximações sucessiva, isto é, serão reforçados
gradativamente os comportamentos de aproximação do sujeito em relação à barra. Assim, será
exigido um comportamento cada vez mais próximo ao comportamento final (Pressão à Barra).

Na modelagem, as respostas, que gradualmente vão se aproximando de um


desempenho final desejado são reforçadas de forma diferenciada: reforça-se uma resposta
inicial: quando esta estiver ocorrendo com uma frequência regular, passa-se a reforçar
somente as respostas intermediarias, que mais se aproximam da resposta final: as respostas

60
intermediarias são sucessivamente selecionadas e reforçadas, ate que a resposta final ocorra,
quando então, apenas ela é reforçada.

Visando que o Sniffy atinja a resposta final, uma possível sequencia comportamental
seria:

 Aproximar-se do local onde a barra e o comedouro estão localizados;


 Olhar em direção a barra;
 Cheirar a barra;
 Colocar o focinho na parte superior da barra;
 Erguer as patas dianteiras, estando de frente para a barra;
 Apoiar-se na parede bem próximo á barra; e
 Pressionar a barra com uma ou ambas as patas.

Mais do que uma ordem rígida a ser seguida, a sequencia acima descrita visa fazê-lo
perceber que a existência, para a liberação do reforço, vai sendo gradualmente aumentada
para respostas que cada vez mais se aproximam da resposta final.

5.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

1) Como já ensinado na sessão anterior, o Sniffy já associou o som do comedouro à


comida. Portanto ao iniciar a sessão ele estará bem mais próximo do comedouro. Ao
iniciar a sessão irá liberar algumas pelotas para que ele se relembre por completo do
comedouro, e após isso irá iniciar a modelagem do Sniffy.
2) Para isso você deve imaginar uma cadeia de respostas que faça ele se aproximar da
barra e somente vai liberar comida nesta escala. E essas etapas deverão ser
preenchidas corretamente na folha de registro.
3) Exemplo: Primeiro você libera algumas pelotas (cerca de 20) toda vez que ele caminha
em direção a barra, depois somente quando ele cheirar a barra, após isso somente
quando ele se levantar na parede da barra ou ao lado dela, sempre liberando em torno
de 20 pelotas seguidas, além de estar realizando a aproximação sucessiva, você estará
reforçando um comportamento.
4) Tome cuidado para que o Sniffy não fique um minuto sem receber pelotas, portanto,
se estiver próximo a acontecer isso, volte e reforce o comportamento anteriormente
realizado.

61
5) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho;
6) Abrir o programa Sniffy Pro;
7) Abrir a sessão salva na última aula (Treino ao Comedouro);
8) Clicar no menu ““Experiment” e selecionar a opção “Design Operant Experiment”;
9) Alterar de “No Reinforcement” para “Bar Press”;
10) Um dos integrantes ficará responsável pelo pressionamento da barra e o outro pelas
anotações dos comportamentos na tabela de Folha de Registro – Modelagem (Onde
deverão ser anotados uma base de comportamentos no geral, não precisando descrever
passo a passo as atividades do sujeito);
11) Seguindo os passos dados, nos primeiros itens vá condicionando o sniffy de forma que
ele fique em pé cada vez mais próximo do lado da parede que se encontra a barra;
12) Com o tempo ele passará a pressionar sozinho a barra;
13) O experimento terá duração de 15 minutos, onde nesse período já terá ocorrido à
modelagem da resposta de pressão a barra;
14) Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e localizar o local que
estão sendo salvos os experimentos e salvar como: MODELAGEM – (DATA DO
DIA);
15) Após salvar, clicar novamente no menu File e em seguida Exit.

5.3 – Atividade Proposta

Como nos demais experimentos, neste também será cobrado a realização de um


relatório com intuito de como nos demais verificar a aprendizagem e a realização correta dos
mesmos.

O relatório seguirá o mesmo padrão apresentado pela docente, contendo a folha de


registro devidamente preenchida. Duvidas em relação a realização do relatório procurar
orientação com os monitores responsáveis.

FOLHA DE REGISTRO – MODELAGEM

MIN DESCRICÃO DOS PASSOS PELOTAS


EX 1 Inicio: Liberamos pelotas para relembrar o rato do som-comida, ele andou muito/ 20

62
liberação de comida quando ele se levantou mesmo de costa para barra

EX 2 Minuto 8: O Rato esta sempre próximo a barra/ levantou algumas vezes na 60


parede da barra e liberamos comida/ com exceção as vezes que eles se levantou
em outra parede, devido já conseguir atrai-lo para mais perto sempre da barra.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15

6- ESQUEMA DE REFORÇAMENTO CONTÍNUO – CRF


6.1 – Descrição e Objetivo

Quando um novo comportamento é aprendido, ele deve ser fortalecido, ou seja, deve
ser reforçado continuamente para que sua aprendizagem seja consolidada. Isto é feito
reforçando-se todas as respostas-alvo emitidas. Nesse caso, a resposta-alvo é a pressão à barra
e o reforço de apresentação das pelotas de comida. Você notará que, ao final da sessão, o
sujeito estará pressionando a barra com uma frequência maior do que a do seu início, bem
como as formas com que ele pressiona a barra ficarão mais parecidas umas com as outras.

63
Existem várias formas de reforçamento. Às vezes ganhamos consequências positivas
todas as vezes que nos comportamos de uma maneira e em outras vezes (a maior parte delas)
ganhamos este tipo de consequência só de vez em quando. Nesse experimento vamos verificar
o que acontece com o Sniffy quando ele ganhar consequências positivas, no caso uma pelota
de comida, cada vez que ele se comporta pressionando a barra.

Nesse experimento, como já ensinamos o Sniffy a pressionar a barra, vamos observar


o que mudou no comportamento dele, já que ele aprendeu a pressionar a barra e receber uma
consequência específica (alimento) para esse comportamento. Vamos comparar os resultados
obtidos no Nível Operante com os resultados do experimento de hoje.

6.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

1) O esquema de reforçamento contínuo – CRF terá duração de 15 minutos, onde


utilizará a Folha de Registro- CRF para registrar os comportamentos que ele emitir
nesse período de tempo. Sendo registrados os comportamentos minuto a minuto,
marcando um traço na coluna e na linha apropriada para cada ocorrência. Para
registrar os comportamentos corretamente, deve-se conhecer cada comportamento
corretamente á ser analisado. (mesmo procedimento utilizado para o nível operante –
volte e verifique a tabela);
2) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho;
3) Abrir o programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso
clicar em “NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho
a pasta dos experimentos e abrir o item salvo na aula anterior - MODELAGEM;
4) LEMBRE-SE QUE QUANDO VOCÊ CLICAR NO BOTAO “OK” O
EXPERIMENTO SERÁ INICIADO IMEDIATAMENTE. POR ISSO SAIBA
ANTES O QUE VOCÊ PRECISA FAZER;
5) Em relação à configuração, manter a mesma, pois como citado acima, esse
experimento é somente observação dos comportamentos modificados no sujeito após a
modelagem.
6) Uma vez iniciada a sessão, um dos componentes da dupla observará durante
15minutos os comportamentos do Sniffy e ditará para o companheiro;

64
7) O outro integrante anotará o que estará sendo ditado na respectiva tabela do
experimento, tendo em vista que deverá ser dividido minuto a minuto, onde o mesmo
deverá controlar o tempo em um relógio ou cronómetro, para que cada comportamento
seja registrado linha a linha no tempo exato;
8) Encerrar a sessão clicando no menu “File”, em seguida “Save As” e procurar o local
que esta sendo salvo os experimento. Salvar como CRF – (DATA DO DIA);. Clique
novamente em “File”, “Exit” e “no”;

6.3 – Atividade Proposta

Os dados coletados durante o experimento serão base para realização deste relatório,
sendo que neste, iniciará a comparação de resultados obtidos. Com base no nível operante, o
primeiro experimento realizado, além da parte de justificativa teórica, o aluno deverá
apresentar gráficos de comparação entre os detalhes observados no comportamento do animal
quando ingênuo e ele agora já condicionado a pressionar a barra.

Lembrando que o gráfico deve ser de barra, contendo um apenas do CRF e outro que
contenha para cada comportamento 2 barras, representando as duas fases (inicial e esta agora
– intermediaria).

FOLHA DE REGISTRO – CRF

TEMPO FAREJAR ANDAR COCAR LEVANTAR PARAR VIRAR PRESSÃO A


BARRA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
(Total)

65
7- EXTINÇÃO
7.1 – Descrição e Objetivo

Da mesma forma que comportamentos seguidos de consequências reforçadoras


aumentam de frequência e continuam sendo emitidos, se os comportamentos não forem mais
reforçados, ou seja, não produzirem mais a consequência reforçadora, eles diminuem de
frequência.

Na sessão de reforçamento contínuo (CRF), foi verificado um aumento na


probabilidade da resposta de pressão a barra. Atribui-se o aumento na frequência á
consequência programada: a apresentação das pelotas de comida. O Objetivo da pratica é
confirmar se a resposta de pressão a barra é realmente mantida por suas consequências. Se a
apresentação da comida é a variável responsável pelo aumento da frequência da resposta de
pressão a barra, retirar a apresentação da comida deve produzir um efeito contrario, ou seja,
diminuição na frequência da resposta. O procedimento (suspender a apresentação do reforço)
é chamado de extinção.

Com a quebra da contingência “Pressão a Barra (R)  Receber alimento (C)” espera-
se que a frequência da resposta de pressão a barra retorne ao seu nível operante. Espera-se
também que, antes de a frequência retornar ao seu nível operante, ela, inicialmente, aumente
de forma abrupta, aumentando também a variabilidade da forma da resposta.

7.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade


1) A Extinção do reforço contínuo terá duração de 15 minutos, onde utilizará a Folha de
Registro Extinção para registrar os comportamentos que ele emitir nesse período de
tempo. Sendo registrados os comportamentos minuto a minuto, marcando um traço na
coluna e na linha apropriada para cada ocorrência.
2) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho
3) Abrir o programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso
clicar em “NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho
a pasta dos experimentos e abrir o item salvo na aula anterior;
4) Imediatamente ao abrir o arquivo, vá até o menu “Experiment” e selecione a opção
“Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Continuous” estará selecionado. Posicione esta seleção sobre o circulo a esquerda da

66
palavra “Extinction”. Nesta sessão a palavra ao lado “Mute pellet dispenser” também
deverá ser selecionada. Assim, o rato nem ouvira o som da barra, um reforçador
secundário e nem obterá comida, o reforçador primário. Depois disso, clique no botão
OK e comece a sessão;
5) LEMBRE-SE QUE QUANDO VOCÊ CLICAR NO BOTAO “OK” O
EXPERIMENTO SERÁ INICIADO IMEDIATAMENTE. POR ISSO SAIBA
ANTES O QUE VOCÊ PRECISA FAZER;
6) Uma vez iniciada a sessão, um dos componentes da dupla observará durante 15
minutos os comportamentos do Sniffy e ditará para o companheiro;
7) O outro integrante anotará o que estará sendo ditado na respectiva tabela do
experimento, tendo em vista que deverá ser dividido minuto a minuto, onde o mesmo
deverá controlar o tempo em um relógio ou cronómetro, para que cada comportamento
seja registrado linha a linha no tempo exato;
8) Encerrar a sessão clicando no menu “File”, em seguida “Save As” e encontrar o local
onde esta sendo salvo os experimentos, salvando como EXTINÇÃO – (DATA DO
DIA), clique em “save”. Clique novamente em “File”, “Exit” e “no”;

7.3 – Atividade Proposta

Continuando a comparação ja iniciada no CRF, aqui o seu relatório deve conter 3


graficos de barra comparativos, apresentando os dados obtidos no nível operante, no CRF e na
extinção, justificando teoricamente o ocorrido nessa alteração de valores de resposta a
pressão a barra.

FOLHA DE REGISTRO – EXTINÇÃO

TEMPO FAREJAR ANDAR COCAR LEVANTAR PARAR VIRAR PRESSAO A


BARRA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

67
11
12
13
14
15
(Total)

8- DELINEAMENTO DE REVERSÃO
8.1 – Descrição e Objetivo

A reversão é um tipo de delineamento utilizado com a finalidade de testar a eficácia de


um determinado procedimento.

O delineamento de reversão A-B-A (A= fase com reforçamento; B= sem


reforçamento) será empregado neste exercício, com objetivo de demonstrar a eficácia do
reforço positivo contingente à resposta de pressionar a barra. O reforço positivo será
apresentado na 1ª. Fase (CRF) e na 3ª. (reversão do condicionamento), esperando-se que
ocorrerá um aumento na frequência da resposta: não sendo apresentado na 2ª. Fase (extinção),
onde se espera uma diminuição dessa frequência.

Tendo-se assegurado o efetivo controle das variáveis, as diferenças observadas na


frequência da resposta nas três fases de delineamento de revesão, poderão ser atribuídas à
manipulação de variáveis independentes: apresentação da pelota de comida.

Portando na primeira fase (A), o reforço positivo é apresentado num esquema de


reforçamento positivo (CRF): cada resposta de pressionar a barra é imediatamente reforçada
pela apresentação da pelota de comida, produzindo um aumento consistente em sua
frequência.

A fim de se verificar se essa frequência aumenta, de fato, em função da apresentação


do reforço positivo contingente à resposta, pode-se submeter esta resposta a um procedimento
de extinção. Assim, na segunda fase (B) não se apresenta mais o reforço positivo após a
resposta condicionada. Como efeito deste procedimento, tem-se que a frequência da resposta
de pressionar a barra diminui gradualmente, até retornar ao nível operante. Se este resultado é

68
obtido, pode-se afirmar que isto ocorreu em função da não apresentação da comida, que antes
mantinha a resposta.

A terceira fase (A) esta, é realizada para certificar-se de que a não apresentação de
comida foi a variável responsável pela diminuição da frequência de resposta. Procede-se,
então, o recondicionamento em CRF, que consiste em se reapresentar o reforço positivo,
suspenso na fase de extinção (B), após cada resposta emitida. Neste caso, espera-se
novamente um aumento da frequência da resposta.

8.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

1) O recondicionamento terá duração de 15 minutos, onde utilizará a Folha de Registro


do recondicionamento para registrar os comportamentos que ele emitir nesse período
de tempo. Sendo registrados os comportamentos minuto a minuto, marcando um traço
na coluna e na linha apropriada para cada ocorrência.
2) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho
3) Abrir o programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso
clicar em “NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho
a pasta dos experimentos e abrir o item salvo na aula anterior;
4) Imediatamente ao abrir o arquivo, vá até o menu “Experiment” e selecione a opção
“Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Extinction” estará selecionado. Posicione esta seleção sobre o circulo a esquerda da
palavra “Continuous”. Nesta sessão a palavra ao lado “Mute pellet dispenser” deverá
ser desmarcada. Notando que é o oposto da atividade anterior – extinção. Assim, o
rato voltará a ouvir o som da barra, um reforçador secundário e obter comida, o
reforçador primário. Depois disso, clique no botão OK e comece a sessão;
5) LEMBRE-SE QUE QUANDO VOCÊ CLICAR NO BOTAO “OK” O
EXPERIMENTO SERÁ INICIADO IMEDIATAMENTE. POR ISSO SAIBA
ANTES O QUE VOCÊ PRECISA FAZER;
6) Uma vez iniciada a sessão, um dos componentes da dupla observará durante 15
minutos os comportamentos do Sniffy e ditará para o companheiro;
7) O outro integrante anotará o que estará sendo ditado na respectiva tabela do
experimento, tendo em vista que deverá ser dividido minuto a minuto, onde o mesmo

69
deverá controlar o tempo em um relógio ou cronometro, para que cada comportamento
seja registrado linha a linha no tempo exato;
8) Encerrar a sessão clicando no menu “File”, em seguida “Save As” e encontrar o local
onde esta sendo salvo os experimentos, salvando como RECONDICIONAMENTO
– (DATA DO DIA), clique em “save”. Clique novamente em “File”, “Exit” e “no”;

8.3 – Atividade Proposta

Continuando a comparação ja iniciada no CRF e na extinção, aqui o seu relatório deve


conter 4 graficos de barra comparativos, apresentando os dados obtidos no nível operante, no
CRF, na extinção e agora no recondicionamento, justificando teoricamente o ocorrido nessa
alteração de valores de resposta a pressão a barra.

FOLHA DE REGISTRO – RECONDICIONAMENTO

TEMPO FAREJAR ANDAR COCAR LEVANTAR PARAR VIRAR PRESSAO A


BARRA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
(Total)

70
NOTA: Para realização construtiva das próximas etapas de 9 á 12, é imprescindível o
retorno a parte teórica apresentada na Parte I deste material.

9- REFORÇO INTERMITENTE – RAZÃO FIXA (FR)


9.1 – Descrição e Objetivo

O comportamento não precisa ser reforçado em todas as suas emissões para continuar
ocorrendo. Existem várias maneiras diferentes de se reforçar o comportamento de forma
intermitente, ou seja, ás vezes sim, ás vezes não, para que ele continue ocorrendo. Essas
maneiras de se reforçar o comportamento são denominadas de esquemas de reforçamento
intermitente. Uma das formas de se reforçar o comportamento é utilizar como critério o
número de comportamentos (respostas) emitidos pelo organismo. Por exemplo, o organismo
receberá um reforço a cada cinco vezes que emitir uma determina resposta (comportamento).

Os esquemas de reforçamento intermitentes de razão então são baseados no número de


respostas emitidas, neste caso a razão fixa que estamos trabalhando, exige-se sempre o mesmo
número de respostas para que o comportamento seja reforçado.

O objetivo o qual se almeja com tal atividade é pôr o comportamento do Sniffy –


pressionar a barra – sob o controle de esquema de razão fixa, fazendo com que ele emita o
número estipulado de comportamentos para obter uma resposta.

Neste exercício a pelota de comida será liberada depois de uma frequência fixa de
respostas. Portanto estipulamos que o objetivo aqui será que o Sniffy se mantenha
respondendo uma razão 10, ou seja FR-10. Contudo, como na modelagem precisamos fazer
com que o Sniffy chege a atingir o FR-10 por aproximassões sucessivas. Se começarmos com
o FR-10 direto, provavelmente o comportamento de PB entrará em extinção. Para que isso
não aconteça e o Sniffy continue respondendo, começaremos reforçando seu comportamento
de 2 respostas de pressão a barra. Em seguida reforçaremos a razão 4 (FR-4) e depois a razão
8 (FR-8).

9.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

Como já descrito em todos os procedimentos anteriores passo a passo, a inicialização e


termino dos procedimentos, neste serei mais objetivo, duvidas solicite a ajuda de um monitor.

71
 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FR-2:

1) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho, Abrir o


programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso clicar em
“NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho a pasta
dos experimentos e abrir o item RECONDICIONAMENTO;
2) Imediatamente após a abertura do arquivo, vá até o menu “Experiment” e selecione a
opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Continuous” está selecionado. Posicione esta seleção sobre o circulo da palavra
“Fixed”. Coloque o numero 2 no campo ao lado. O item “responses” deverá ser
habilitado também, assim você esta programando o reforçamento de uma resposta
após a emissão de 2 comportamentos. (FR-2). Depois disso tudo, clique no botão OK
e inicie imediatamente a sua sessão.
3) Essa sessão terminará quando o rato pressionar a barra 20 vezes, ou seja, receber 10
reforços.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
FR2 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão fixa.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FR-4:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro arquivo (FR-2), vá até o menu “Experiment” e
selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que
o tipo “Fixed” já está selecionado. Coloque o numero 4 no campo ao lado. O item
“responses” deverá continuar habilitado também, assim você esta programando o
reforçamento de uma resposta após a emissão de 4 comportamentos. (FR-4). Depois
disso tudo, clique no botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.

72
3) Essa sessão terminará quando o rato pressionar a barra 40 vezes, ou seja, receber 10
reforços.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
FR4 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão fixa.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FR-8:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o arquivo (FR-4), vá até o menu “Experiment” e selecione
a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Fixed” já está selecionado. Coloque o numero 8 no campo ao lado. O item
“responses” deverá continuar habilitado também, assim você esta programando o
reforçamento de uma resposta após a emissão de 8 comportamentos. (FR-8). Depois
disso tudo, clique no botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.
3) Essa sessão terminará quando o rato pressionar a barra 80 vezes, ou seja, receber 10
reforços.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
FR8 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão fixa.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FR-10:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;

73
2) Imediatamente após salvar o arquivo (FR-8), vá até o menu “Experiment” e selecione
a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Fixed” já está selecionado. Coloque o numero 10 no campo ao lado. O item
“responses” deverá continuar habilitado também, assim você esta programando o
reforçamento de uma resposta após a emissão de 10 comportamentos. (FR-10). Depois
disso tudo, clique no botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.
3) Agora inicia o processo de anotação na folha de Registro. Utilizando a Folha de
Registo de Razão Fixa preencha os dados exigidos e coloque que a frequência
observado é o FR-10, anotando então nela as respostas de pressão a barra, minuto a
minuto a minuto por 15 minutos. Anotando da seguinte maneira: Quando a pressão a
barra não resultar reforço marque “ / ” e quando ela resultar reforço marque “ x “
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
FR10 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão fixa, porém agora haverá a extinção.

 EXTINÇÃO DA RAZÃO FIXA (FR-10):

1) Você devera extinguir o comportamento do Sniffy em razão 10.


2) Para que isso ocorra imediatamente após salvar o arquivo (FR-10), vá ate o menu
“Experiment”, selecione a opção “Design Operant Experiment”. Nesta tela que irá
abrir, posicione o circulo que esta em “Fixed” para agora “Extinction”. Nesta sessão o
item “Mute Pellet Dispenser” deverá ser selecionada. Depois disso tudo, clique no
botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.
3) Agora você também irá realizar o processo de anotação na folha de Registro.
Utilizando a Folha de Registo de Razão Fixa preencha os dados exigidos e coloque
que esta realizando a extinção de FR-10. Anote minuto a minuto as pressões a barra
realizadas pelo Sniffy
4) A sessão irá terminar definitivamente quando o Sniffy ficar 5 minutos pressionando a
barra não mais que três/quatro vezes.
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e

74
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
EXTINÇÃO DE FR10 – (DATA DO DIA); Depois pode encerrar fechando o
programa, clicando em “File” e em seguida “Exit”.
9.3 – Atividade Proposta

Na realização deste relatório além de todos os itens já realizados nos demais relatórios
apresentados até o momento, você deverá construir um gráfico de linhas com os resultados do
número de respostas acumuladas obtidos na sessão de FR-10 e construir outro gráfico de
linhas sobre a Extinção de FR-10, assim fazendo uma comparação entre eles.

Com esses dados obtidos aqui, você deve realizar uma comparação desta extinção
realizada com razão fixa, e construir um gráfico de linhas sobre a extinção realizada em CRF
para realizar também uma comparação entre elas

Utilizando esses gráficos, faça uma discussão no relatório sobre o que muda de uma
extinção para outra.

Na parte I, teórica deste experimento no final do capítulo existem algumas atividades


propostas para realização como verificação de aprendizagem, as mesmas devem ser
respondidas e anexadas ao final do relatório.

FOLHA DE REGISTRO – FR-10

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13

75
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

FOLHA DE REGISTRO – EXTINÇÃO DE FR-10

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

10 - REFORÇO INTERMITENTE – RAZÃO VARIÁVEL (VR)

10.1- Descrição e Objetivo

Como já foi explicado no item anterior, sobre o funcionamento do reforço


intermitente, cabe aqui complementar apenas que na razão variável, o número de respostas
necessárias para que um comportamento seja reforçado muda a cada novo reforçamento,
sendo que o número de respostas gira em torno de uma média.

Portando neste experimento a pelota de comida será liberada depois de uma frequência
variável de respostas. A resposta reforçada estará dentro de uma frequência média de
respostas emitidas. Assim, se o esquema for VR-15, então, estamos falando que o Sniffy
deverá emitir uma média de quize respostas para obter as pelotas de comida.

76
Nosso objetivo aqui será que o Sniffy se mantenha respondendo em uma variável de
10 respostas, ou seja, VR-10. Contudo, assim como na modelagem e na razão fixa,
precisamos atingir VR-10 por aproximações sucessivas. Se começarmos direto com o VR-10,
provavelmente o comportamento de PB do Sniffy irá entrar em extinção. Para que isto nao
ocorra, iremos iniciar o esquema em VR-3, seguido dos esquemas VR-5, VR-8 e VR-10.

10.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VR-3:

1) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho, Abrir o


programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso clicar em
“NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho a pasta
dos experimentos e abrir o item RECONDICIONAMENTO;
2) Imediatamente após a abertura do arquivo, vá até o menu “Experiment” e selecione a
opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Continuous” está selecionado. Posicione esta seleção sobre o circulo da palavra
“Variable”. Coloque o numero 3 no campo ao lado. O item “responses” deverá ser
habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
VR3 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão variável.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VR-5:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;

77
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (VR-3), vá até o menu “Experiment”
e selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá
que o tipo “Variable” já está selecionado. Coloque o numero 5 no campo ao lado. O
item “responses” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
VR5 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão variável.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VR-8:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (VR-5), vá até o menu “Experiment”
e selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá
que o tipo “Variable” já está selecionado. Coloque o numero 8 no campo ao lado. O
item “responses” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
VR8 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão variável.

78
 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VR-10:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (VR-8), vá até o menu “Experiment”
e selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá
que o tipo “Variable” já está selecionado. Coloque o numero 10 no campo ao lado. O
item “responses” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Agora inicia o processo de anotação na folha de Registro. Utilizando a Folha de
Registo de Razão Variável preencha os dados exigidos e coloque que a frequência
observada é o FR-10, anotando então nela as respostas de pressão a barra, minuto a
minuto a minuto por 15 minutos. Anotando da seguinte maneira: Quando a pressão a
barra não resultar reforço marque “ / ” e quando ela resultar reforço marque “ x “
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
VR10 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em razão variável, porém agora haverá a
extinção.

 EXTINÇÃO DA RAZÃO FIXA (FR-10):

1) Você deverá extinguir o comportamento do Sniffy em razão 10.


2) Para que isso ocorra imediatamente após salvar o arquivo (VR-10), vá ate o menu
“Experiment”, selecione a opção “Design Operant Experiment”. Nesta tela que irá
abrir, posicione o circulo que esta em “Variable” para agora “Extinction”. Nesta
sessão o item “Mute Pellet Dispenser” deverá ser selecionado. Depois disso tudo,
clique no botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.

79
3) Agora você também irá realizar o processo de anotação na folha de Registro.
Utilizando a Folha de Registro de Razão Variável preencha os dados exigidos e
coloque que esta realizando a extinção de FR-10. Anote minuto a minuto as pressões a
barra realizadas pelo Sniffy.
4) A sessão irá terminar definitivamente quando o Sniffy ficar 5 minutos pressionando a
barra não mais que três/quatro vezes.
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
EXTINÇÃO DE VR10 – (DATA DO DIA); Depois pode encerrar fechando o
programa, clicando em “File” e em seguida “Exit”.

10.3 – Atividades Propostas

Na realização deste relatório além de todos os itens já realizados nos demais relatórios
apresentados até o momento, você deverá construir um gráfico de linhas com os resultados do
número de respostas obtidos na sessão de FR-10 e de VR-10 e construir outro gráfico de
linhas sobre a Extinção de VR-10, assim fazendo uma comparação entre eles.

Com esses dados obtidos aqui, você deve realizar uma comparação desta extinção
realizada com razão fixa, e construir um outro gráfico de linhas sobre a extinção realizada em
CRF, FR-10 e neste caso com a VR-10 junto, para realizar também uma comparação entre
elas.

Utilizando esses gráficos, faça uma discussão no relatório sobre o que muda de uma
extinção para outra e busque saber se seus dados são compatíveis com os da literatura
apresentada.

Na parte I, teórica deste experimento no final do capítulo existem algumas atividades


propostas para realização como verificação de aprendizagem, as mesmas devem ser
respondidas e anexadas ao final do relatório.

FOLHA DE REGISTRO – VR-10

80
TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

FOLHA DE REGISTRO – EXTINÇÃO DE VR-10

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

81
11- REFORÇO INTERMITENTE – INVERVALO FIXO (FI)

Sabe-se já que o comportamento não precisa ser reforçado todas as vezes em que
ocorre para continuar sendo emitido. Sabe-se também que uma das formas de se reforçar o
comportamento intermitente são os esquemas de razão. Uma outra forma de se reforçar o
comportamento intermitente são os esquemas de intervalo (fixo e variável) no qual agora
iremos fazer experimento com os fixos.

Os esquemas de reforçamento intermitentes de intervalo, ou seja, baseados na


passagem do tempo para que uma resposta possa ser reforçada, podem ser em duas maneiras.
Mais o estudado aqui nesta etapa será o fixo, que se exige sempre que um mesmo intervalo de
tempo transcorra para que uma resposta seja reforçada,

O objetivo é colocar o comportamento do Sniffy – pressionar a barra – sob o controle


de esquemas de intervalo fixo, portanto nesse exercício a pelota de comida será liberada
depois de um intervalo fixo de tempo. Isso quer dizer que o intervalo de tempo entre um
reforço e outro é constante. Assim, quando dizemos que estamos instalando um esquema FI-
15, queremos dizer que a resposta do Sniffy só será reforçada após a passagem de 15
segundos: se o Sniffy pressionar a barra antes desse tempo, ele não receberá a pelota de
comida.

Nosso objetivo aqui será que o Sniffy se mantenha aqui respondendo em um esquema
de FI-15. Contudo, assim como na modelagem e nos outros esquemas, precisamos atingir o
FI-15 por aproximações sucessivas. Se começarmos diretamente dele, é bem provável que o
comportamento já instalado no Sniffy venha a se extinguir. Para que isso não ocorra e o
Sniffy continue respondendo, começaremos com um esquema de FI-5, depois passaremos
para um esquema de FI-8, em seguida FI-12, e finalmente, o esquema final proposto FI-15.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FI-5:

1) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho, Abrir o


programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso clicar em
“NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho a pasta
dos experimentos e abrir o item RECONDICIONAMENTO;

82
2) Imediatamente após a abertura do arquivo, vá até o menu “Experiment” e selecione a
opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Continuous” está selecionado. Posicione esta seleção sobre o circulo da palavra
“Fixed”. Coloque o numero 5 no campo ao lado. O item “Seconds” deverá ser
habilitado também. Portanto aqui, vemos que o reforço so ocorrerá fixo, após 5
segundos, independente se o Sniffy pressionar a barra ou não.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de FI-
5 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a sequencia
do esquema de reforçamento em intervalo fixo.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FI-8:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (FI-5), vá até o menu “Experiment” e
selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que
o tipo “Fixed” já está selecionado. Coloque o numero 8 no campo ao lado. O item
“Seconds” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de FI-
8 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará realizando a sequencia
do esquema de reforçamento em intervalo fixo.

83
 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FI-12:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (FI-8), vá até o menu “Experiment” e
selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que
o tipo “Fixed” já está selecionado. Coloque o numero 12 no campo ao lado. O item
“Seconds” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
FI12 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em intervalo fixo.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO FI-15:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (FI-12), vá até o menu “Experiment”
e selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá
que o tipo “Fixed” já está selecionado. Coloque o numero 15 no campo ao lado. O
item “Seconds” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Agora inicia o processo de anotação na folha de Registro. Utilizando a Folha de
Registo de Razão Variável preencha os dados exigidos e coloque que a frequência
observada é o FR-10, anotando então nela as respostas de pressão a barra, minuto a

84
minuto a minuto por 15 minutos. Anotando da seguinte maneira: Quando a pressão a
barra não resultar reforço marque “ / ” e quando ela resultar reforço marque “ x “
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
FI15 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a
sequencia do esquema de reforçamento em intervalo fixo, porém agora haverá a
extinção.

 EXTINÇÃO DO INTERVALO FIXO (FI-15):

1) Você deverá extinguir o comportamento do Sniffy em intervalo fixo 15.


2) Para que isso ocorra imediatamente após salvar o arquivo (FI-15), vá ate o menu
“Experiment”, selecione a opção “Design Operant Experiment”. Nesta tela que irá
abrir, posicione o circulo que esta em “Fixed” para agora “Extinction”. Nesta sessão o
item “Mute Pellet Dispenser” deverá ser selecionado. Depois disso tudo, clique no
botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.
3) Agora você também irá realizar o processo de anotação na folha de Registro.
Utilizando a Folha de Registo de Intervalo Fixo preencha os dados exigidos e coloque
que esta realizando a extinção de FI-15. Anote minuto a minuto as pressões a barra
realizadas pelo Sniffy.
4) A sessão irá terminar definitivamente quando o Sniffy ficar 5 minutos pressionando a
barra não mais que três/quatro vezes.
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
EXTINÇÃO DE FI15 – (DATA DO DIA); Depois pode encerrar fechando o
programa, clicando em “File” e em seguida “Exit”.

85
11.3 – Atividade Proposta

Você deverá como em todos os outros realizar um experimento, agora realizando além
do trabalho por escrito um gráfico de linhas, incluindo os resultados de FR-10 e VR-10, além
destes resultados agora FI-15.

Incluindo também um outro gráfico falando da extinção. Onde deve conter no gráfico
de linhas os dados da extinção de CRF, da razão fixa, da variável e comparando com o
intervalo fixo. Discuta esses dados obtidos através do gráfico no relatório, falando sobre o que
mudou nesta sessão em relação as demais, buscando sempre saber se os dados são
compatíveis com os da literatura aplicada.

Na parte I, teórica deste experimento no final do capítulo existem algumas atividades


propostas para realização como verificação de aprendizagem, as mesmas devem ser
respondidas e anexadas ao final do relatório.

FOLHA DE REGISTRO – FI-15

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

86
FOLHA DE REGISTRO – EXTINÇÃO DE FI-15

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

12- REFORÇO INTERMITENTE – INTERVALO VARIÁVEL (VI)

12.1 – Descrição e Objetivos

Como ja foi explicado no item anterior, sobre o funcionamento do reforço intermitente


de intervalo fixo, cabe aqui complementar apenas que no intervalo variável, o intervalo de
tempo exigido para que uma resposta seja reforçada muda a cada novo reforçamento, sendo
que o intervalo de tempo gira em torno de uma média.

Portando neste experimento a pelota de comida será liberada depois de um intervalo


de tempo. Isso quer dizer que o intervalo de tempo entre um reforço e outro não é constante.
Assim, quando dizemos que estamos instalando um esquema de VI-15, queremos dizer que a
resposta do Sniffy só será reforçada após um período médio de tempo de 15 segundos: se o
Sniffy pressionar a barra antes desse tempo, ele não receberá as pelotas de comida.

Nosso objetivo aqui será que o Sniffy se mantenha respondendo em um esquema de


VI-15. Contudo, assim como na modelagem e na razão variável, precisamos atingir VI-15 por
aproximações sucessivas. Se começarmos direto com o VI-15, provavelmente o

87
comportamento de PB do Sniffy irá entrar em extinção. Para que isto não ocorra, iremos
iniciar o esquema em VI-5, seguido dos esquemas VI-8, VI-12 e VI-15.

12.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VI-5:

1) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho, Abrir o


programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso clicar em
“NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho a pasta
dos experimentos e abrir o item RECONDICIONAMENTO;
2) Imediatamente após a abertura do arquivo, vá até o menu “Experiment” e selecione a
opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Continuous” está selecionado. Posicione esta seleção sobre o circulo da palavra
“Variable”. Coloque o numero 5 no campo ao lado. O item “Seconds” deverá ser
habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de VI-
5 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a sequencia
do esquema de reforçamento em intervalo variável.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VI-8:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (VI-5), vá até o menu “Experiment” e
selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que

88
o tipo “Variable” já está selecionado. Coloque o numero 8 no campo ao lado. O item
“Seconds” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de VI-
8 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará realizando a sequencia
do esquema de reforçamento em intervalo variável.

 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VI-12:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (VI-8), vá até o menu “Experiment” e
selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que
o tipo “Variable” já está selecionado. Coloque o numero 12 no campo ao lado. O item
“Seconds” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de VI-
12 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará realizando a sequencia
do esquema de reforçamento em intervalo variável.

89
 INICIANDO E ENCERRANDO A SESSÃO VI-15:

1) Como a sessão anterior já esta aberta, o próximo passo é fazer uma nova configuração
para dar continuidade no experimento, não demore, pois o Sniffy pode sofrer
alterações do tempo;
2) Imediatamente após salvar o primeiro o arquivo (VI-12), vá até o menu “Experiment”
e selecione a opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá
que o tipo “Variable” já está selecionado. Coloque o numero 15 no campo ao lado. O
item “Seconds” deverá continuar habilitado também.
3) Essa sessão terminará quando o Sniffy receber 10 reforços, não importe o tempo que
isto leve.
4) Agora inicia o processo de anotação na folha de Registro. Utilizando a Folha de
Registo de Intervalo Variável preencha os dados exigidos e coloque que a frequência
observada é o VI-15, anotando então nela as respostas de pressão a barra, minuto a
minuto a minuto por 15 minutos. Anotando da seguinte maneira: Quando a pressão a
barra não resultar reforço marque “ / ” e quando ela resultar reforço marque “ x “
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de VI-
15 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuar realizando a sequencia
do esquema de reforçamento em intervalo variável, porém agora haverá a extinção.

 EXTINÇÃO DO INTERVALO VARIÁVEL (VI-15):

1) Você deverá extinguir o comportamento do Sniffy em intervalo variável 15.


2) Para que isso ocorra, imediatamente após salvar o arquivo (VI-15), vá ate o menu
“Experiment”, selecione a opção “Design Operant Experiment”. Nesta tela que irá
abrir, posicione o circulo que esta em “Variable” para agora “Extinction”. Nesta
sessão o item “Mute Pellet Dispenser” deverá ser selecionado. Depois disso tudo,
clique no botão OK e inicie imediatamente a sua proxima sessão.
3) Agora você também irá realizar o processo de anotação na folha de Registro.
Utilizando a Folha de Registo de Intervalo Variável preencha os dados exigidos e

90
coloque que esta realizando a extinção de VI-15. Anote minuto a minuto as pressões a
barra realizadas pelo Sniffy.
4) A sessão irá terminar definitivamente quando o Sniffy ficar 5 minutos pressionando a
barra não mais que três/quatro vezes.
5) Quando a sessão terminar você deve salvar o arquivo seguindo a mesma ordem para
salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em seguida Save As e
procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar com o nome de
EXTINÇÃO DE VI-15 – (DATA DO DIA); Depois pode encerrar fechando o
programa, clicando em “File” e em seguida “Exit”.

12.3 – Atividade Proposta

Você deverá como em todos os outros realizar um experimento, agora realizando além
do trabalho por escrito um gráfico de linhas, incluindo os resultados de FR-10, VR-10, FI-15
além destes resultados agora VI-15.

Incluindo também um outro gráfico falando da extinção. Onde deve conter no gráfico
de linhas os dados da extinção de CRF, da razão fixa, da variável e comparando com o
intervalo fixo e variável. Discuta esses dados obtidos através do gráfico no relatório, falando
sobre o que mudou nesta sessão em relação as demais, buscando sempre saber se os dados são
compatíveis com os da literatura aplicada.

Na parte I, teórica deste experimento no final do capítulo existem algumas atividades


propostas para realização como verificação de aprendizagem, as mesmas devem ser
respondidas e anexadas ao final do relatório.

FOLHA DE REGISTRO – VI-15

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8

91
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

FOLHA DE REGISTRO – EXTINÇÃO DE VI-15

TEMPO RESPOSTA DE PRESSÃO A BARRA RPB OBS


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
RPB: Resposta de Pressão a Barra por minuto

13- TREINO DISCRIMINATIVO / SOM

13.1 – Descrição e Objetivo

O tempo todo estamos cercados de vários estímulos (pessoas, objetos, sons, etc.); no
entanto, não são todos os estímulos que exercem controle sobre o comportamento. Chamamos
aqueles estímulos que exercem controle sobre o comportamento de estímulos discriminativos

92
(SD). A partir desse momento, passamos a falar, então, de controle do comportamento por
estímulos discriminativo (ou estímulos antecedentes) e estímulos consequentes, e nossa
unidade de analise do comportamento passa a ser a contingência de três termos : SD – R ->
SR. . O estímulo discriminativo sinaliza para o organismo que, se determinado comportamento
for emitido no momento que ele (SD) está presente, o comportamento será reforçado (esta é a
função do estímulo discriminativo).

Portanto nesse experimento iremos trabalhar os conceitos de Discriminação e de


Generalização, ensinando assim o Sniffy a responder diante de um estímulo específico e não
diante dos demais outros estímulos.

Neste exercício, a pelota de comida será liberada apenas quando o som de 1,5kHz
estiver ligado e não quando estiver desligado. Assim vamos ensinar o Sniffy a discriminar a
presença e a ausência do som. Em termos técnicos o Sniffy será reforçado apenas quando
diante de um estimulo discriminativo: S+. A presença de som será o que denominaremos de S+
e o S- será a ausência do som.

13.2 – Procedimento a ser seguido para realizar a atividade

1) Fazer Login na Pasta de Experimentos da Psicologia na Área de Trabalho, Abrir o


programa Sniffy Pro, selecione no menu “FILE” a opção “OPEN” e no aviso clicar em
“NO” – Uma janela será aberta, onde deve ser procurado na área de trabalho a pasta
dos experimentos e abrir o item RECONDICIONAMENTO;
2) Imediatamente após a abertura do arquivo, vá ate o menu “Experiment” e selecione a
opção “Design Operant Experiment”. Uma tela irá se abrir. Você verá que o tipo
“Continuous” está selecionado. Ao lado nas caixas onde estão os símbolos S + e S-
você selecionará o som 1,5 kHz como S+ e deixará a caixa de S- com o escrito “none”.
Feito isso clique em OK.
3) Automaticamente irá iniciar o experimento, portanto certifique-se antes de clicar em
OK que está preparado para iniciar o experimento.
4) A sessão será divida em três etapas. Na primeira você devera anotar as respostas de
pressão a barra, minuto a minuto, por 16 minutos, na folha de registros TD 01. Veja
que os minutos impares serão registrados embaixo do S + e os pares embaixo de S-.
5) Quando terminar essa primeira etapa você deve salvar o arquivo seguindo a mesma
ordem para salvar dos demais: “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em

93
seguida Save As e procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar
com o nome de TD-01 – (DATA DO DIA); Não fechar o programa pois continuará
realizando outra etapa do Treino.
6) Em seguida, repita as anotações, minuto a minuto na próxima tabela descriminada de
TD-02, ao termino encerre a sessão salvando como explica no item 05 e utilizando o
nome de TD-02 – (DATA DO DIA);
7) Por fim repita a operação por mais 16 minutos, Anotando novamente as respostas de
pressão a barra na tabela TD-03. “Encerrar a sessão clicando no menu “File” em
seguida Save As e procurar o local onde esta sendo salvo seus experimentos e salvar
com o nome de TD-03 – (DATA DO DIA); Depois pode encerrar fechando o
programa, clicando em “File” e em seguida “Exit”.

13.3 – Atividade Proposta

Através da análise das três tabelas obtidas durante as três etapas do treino
discriminativo, faça um relatório contendo um gráfico de linhas comprando neste gráfico as
três etapas (uma linha para cada etapa). Apontando assim onde e quando o Sniffy responde
mais e menos. Explicando tudo de forma técnica e teórica.

FOLHA DE REGISTRO – TD-01

Tempo Respostas de RPB RPB Tempo Respostas de RPB RPB

pressão a barra (acm) pressão a barra em (acm)

em S+ S-

1 2

3 4

5 6

94
7 8

9 10

11 12

13 14

15 16

RPB = número de respostas de pressão a barra por minuto RPB acm = Freqüência de Pressão à barra acumulada.

FOLHA DE REGISTRO – TD-02

Tempo Respostas de RPB RPB Tempo Respostas de RPB RPB

pressão a barra (acm) pressão a barra (acm)

em S+ em S-

1 2

3 4

5 6

7 8

9 10

11 12

13 14

15 16

RPB = número de respostas de pressão a barra por minuto RPB acm = Freqüência de Pressão à barra acumulada.

95
FOLHA DE REGISTRO – TD-03

Tempo Respostas de RPB RPB Tempo Respostas de RPB RPB

pressão a barra (acm) pressão a barra (acm)

em S+ em S-

1 2

3 4

5 6

7 8

9 10

11 12

13 14

15 16

RPB = número de respostas de pressão a barra por minuto RPB acm = Freqüência de Pressão à barra acumulada.

96
PARTE IV

RELATÓRIO FINAL E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para completar a parte das práticas de laboratório, apresenta-se aqui as maneiras de


como redigir os relatórios científicos exigidos para conclusão e término de cada etapa da
parte experimental do curso de Psicologia.

Para que se torne completo e produtivo a prática experimental é imprescindível a


realização de cada etapa acima apresentada com bastante dedicação e a conclusão com a
apresentação desses relatórios, onde é realizado assim a verificação da aprendizagem.

97
ALGUMAS NORMAS E DICAS PARA SE REDIGIR OS RELATÓRIOS
CIENTÍFICOS DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

A realização de pesquisas é, sem duvida, um fator importante para promover


conhecimento, indicar soluções e resolver problemas. A comunicação dos resultados de uma
investigação cientifica deve ser feita para que eles sejam incorporados ao conhecimento
cientifico já existente, colaborando para o acúmulo de dados.

O objetivos da apresentação de relatórios de pesquisas é comunicar aos leitores e


professores sobre o problema investigado, o método usado para resolver tal problema, os
resultados da investigação e as conclusões a que se chegou a partir dos resultados. Não é
função do investigador convencer sobre as virtudes de sua pesquisa, mas sim relatar, o mais
claramente possível, o que foi feito, os resultados e as conclusões.

A comunicação dos estudos à comunidade cientifica é feita de forma padronizada de


modo que permita um entendimento claro entre os vários interessados. Para tal, podem ser
usadas as normas estabelecidas pela APA, aceitas internacionalmente ou, no Brasil, as normas
da ABNT, entre outras.

Será apresentado aqui, resumidamente, um modelo para a redação de um relatório


cientifico, seguindo as normas da ABNT.

A linguagem usada nesses relatórios deve ser clara, objetiva e precisa, evitando-se o
uso de termos ambíguos ou não definidos anteriormente, os quais podem levar a
interpretações errôneas. Usando sempre termos no passado e a terceira pessoa, citando sempre
você como “o experimentador”.

I - ESTRUTURA GERAL:

1. Capa
2. Folha de Rosto
3. Introdução
4. Metodologia
a. Sujeito
b. Ambiente, materiais e instrumentos.
c. Procedimento

98
5. Resultados
6. Discussão
7. Conclusão
8. Referencias Bibliográficas
9. Anexos
Obs: Sumário, Resumo e Abstract são opcionais neste relatório.

II – REGRAS GERAIS:

 Sempre impresso em folha tamanho A4


 Usar fonte Arial (tamanho 12 para o titulo e tamanho 11 para o restante do relatório)
ou Times New Roman (tamanho 14 para o titulo e tamanho 12 para o restante do
trabalho – citações fazer o recuo à direita e usar o tamanho 11)
 Espaçamento entre as linhas deve ser de 2,0.
 Margens da página:
- Superior: 3 cm;
- Inferior: 2 cm;
- Esquerda: 3 cm;
- Direita: 2 cm;
 Os subtítulos devem ser em negrito alinhados a esquerda da pagina.
 Todo tipo de alinhamento de textos corrido, deve ser “justificado”.

III – CAPA:

A capa deve conter as seguintes informações:

1. Nome da Instituição
2. Nome do Aluno
3. Titulo (centralizado ao meio da pagina)
4. Cidade onde foi realizado o trabalho
5. Data (Ano de realização)

IV – FOLHA DE ROSTO:

A Folha de rosto deve conter as seguintes informações:

1. Nome da Instituição
2. Titulo do Relatório

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3. Assunto e Motivo para realização do Relatório
4. Nome (A esquerda da pagina)
5. Data (Ano de realização)

V – INTRODUCÃO:

Na Introdução, deve ser apresentado ao professor e/ou leitor o assunto referente a seu
relatório, especificando termos e conceitos utilizados, bem como citando trabalhos de outros
autores relevantes para o assunto de que você esta tratando.

Ela deve conter uma breve revisão do trabalho diretamente relacionado com o
problema da pesquisa. Isso significa uma revisão bibliográfica, abrangendo os principais
artigos relacionados com o trabalho. Não basta que se copie ou cite referencias, mais que faça
considerações, resumos e relatos.

Fazer uma comparação das variáveis analisadas com a teoria apresentada, justificando
com os textos apresentados e com demais que sejam realizados buscas, lembrando de cita-los
nas referencias finais.

VI – METODOLOGIA:

Será informado como o experimento foi realizado, quais foram os sujeitos, suas
características, que tipos de materiais foram necessários, as características do local onde foi o
experimento realizado. Enfim, apresentar todas as informações necessárias e suficientes para
um melhor entendimento do trabalho realizado. A metodologia é dividida em três partes:
Sujeito, Ambiente, materiais e instrumentos; e procedimentos:

Sujeito:

Informar as características do sujeito que sejam relevantes para sua pesquisa, ou seja,
aquelas características que podem alterar os resultados de sua pesquisa caso não fossem
respeitadas(ex: o tipo de experiência antes realizada, se não tivesse ocorrido o treino ao
comedouro, a modelagem jamais poderia ser realizada)

100
Ambiente, Materiais e Instrumentos:

Conter os recursos necessários para se realizar a pesquisa, As informações giram em


torno das características do local onde a pesquisa foi realizada, quais os materiais e
instrumentos. As descrições devem ser claras e precisas, colando sempre que possível
medidas objetivas para fazer descrição.

Procedimento:

Ocorre a descrição em detalhes de como a pesquisa foi realizada. Deve-se atentar para
a clareza e para a objetividade da linguagem. Evite termos vagos, imprecisos e ambíguos.

A descrição do procedimento deve ser feita na sequencia em que ele foi realizado.
Descrevendo passo a passo como o experimento foi realizado, quantas sessões foram
realizadas, quais critérios para encerramento ou para mudança de fase.

VII – RESULTADOS:

Nessa parte do relatório deve-se apresentar os dados que você coletou, já analisados e
descritos, podendo ser em forma de uma pequena descrição, dissertação, ou se solicitado em
forma de gráfico também (conforme orientação da monitoria). Além de conter gráficos, pode-
se incluir pequenas tabelas, da forma que você achar melhor distribuir seus resultados no
relatório. (Desde que não seja solicitados um tipo especifico de apresentação de resultados).

VIII – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

Todo experimento tem um objetivo. Nessa parte do relatório, apresenta-se a discussão


dos resultados em relação ao objetivo do trabalho, baseado no que os resultados nos dizem.

Na discussão, deve-se mostrar se seu objetivo foi atingido, relatando problemas que
você encontrou durante a execução do experimento e apontando possíveis modificações para
replicações futuras de seu experimento. É conveniente retomar o objetivo de seu trabalho no
inicio da discussão.

101
IX – CONCLUSÃO:

A Conclusão do trabalho é uma parte bem pessoal, você deve desenvolver, concluindo
seus pensamentos e sempre lembrando de tudo aquilo que foi absorvido no decorrer da
realização do experimento e desenvolvimento do relatório.

X – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Colocar a referencia completa dos textos que foram citados no trabalho. Para aqueles
que fizeram uma pesquisa mais complexa embasado no conteúdo ministrado em aula, ou em
laboratório, deverá colocar as devidas referencias citadas no relatórios, caso contrario, manter
a referencia do livro base de sequencia de experimentos “ Princípios Básicos de analise do
comportamento” .

XI – ANEXOS:

Os anexos representam a ultima parte do relatório. Em alguns caso não é necessários,


mais a maioria dos nossos relatórios deveram conter os anexos solicitados no dia do
experimento. Podendo ser, Tabelas, Gráficos, folhas de registros. Diferencialmente das
demais partes do relatório, os anexos iniciam com uma folha em branco com a palavra
“Anexos” impressa no centro da folha.

OBSERVAÇÕES GERAIS

 Os relatórios são documentos oficiais que demostram a participação do aluno em sala


de aula;
 Por mais que as aulas e os experimentos sejam realizados em dupla, os relatórios são
individuais, pois cada um possui seu modo de pensar, analisar e escrever sobre os
assuntos;
 Relatórios que forem identificados plágio, copia, partes iguais entre os alunos, ou até
mesmo idênticos aos modelos que serão apresentados, estão sujeitos a analise e podem
ser desconsiderados, acarretando nota inferior aos demais da turma

102
 A entrega dos relatórios deverão ser imprescindivelmente uma aula após a realização
do experimento, caso haja algum contra tempo comunicar ao monitor responsável com
uma antecedência e justificar o atraso por escrito em anexo no relatório.
 A falta em aula pratica não permitirá que o aluno realize o relatório, portanto ao faltar,
o aluno deverá procurar o monitor responsável e agendar um horário fora do horário
de aula para realização do experimento atrasado, ai sim será permitido a entrega do
relatório no prazo determinado.

103
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALLOWAY, T.; WILSON, G.; GRAHAM, J.; KRAMES, L. Sniffy, o rato virtual: versão pro
2.0. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos da análise do comportamento. Porto


Alegre: Artmed, 2007.

LOMBARD-PLATET, V.L.C. Psicologia experimental: manual teórico e prático de analise


do comportamento. 4ª. Edição. São Paulo: edicon,2011

BOCK, A.M.H. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª. Edição . são Paulo:
saraiva, 2008

SKINNER, B.F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Editora Cultrix, 1974

GUIDI, M.A.A. Exercícios de laboratório em psicologia – 2ª. Edição. São Paulo: Martins
Pontes: Fundação Brasileira para o desenvolvimento do ensino e ciência, 1979

SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento humano/ B.F. Skinny – tradução João Carlos
Todorov, Rodolfo Azzi. 11ª. Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003

SKINNER, B.F. Questões recentes na analise comportamental. Campinas/SP: Papirus, 1991

HOLLAND, J.G. A analise do comportamento. 6ª. Reimpressão. São Paulo: E.P.U. Ed. Da
Universidade de São Paulo, 1975

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