1 SUMÁRIO
2 INTRODUÇÃO......................................................................................... 3
4 PSICOMOTRICIDADE ............................................................................ 7
7 LATERALIDADE .................................................................................... 15
1
11 PERCEPÇÃO VISUAL E AUDITIVA...................................................... 26
17 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 55
2
2 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
3
3 HISTÓRIA DA PSICOMOTRICIDADE
Fonte: educacaopublica.rj.gov.br
5
Soubiran, criou o primeiro ISRP (Instituto Superior Reeducação Psicomotor), assim
sendo, em 1974 houve o reconhecimento da saúde como profissão que culminou o
Primeiro Diploma Estadual – Psicorreducador.
6
4 PSICOMOTRICIDADE
Fonte: cpp.org.br
8
dos estímulos do meio. O aluno se sentirá bem na medida em que se desenvolver por
meio de suas próprias experiências, pela manipulação adequada e constante dos
materiais que o cercam e também pelas oportunidades de descobrir-se. E isso será
mais fácil de ser atingido, se suas necessidades afetivas estiverem satisfeitas, sem
bloqueios e sem desequilíbrios tônicos emocionais.
Fonte: sidrolandianews.com.br
9
A função muscular traduz o primeiro modo de expressão do embrião e
aparece bem antes de ser capaz de responder a um estímulo sensorial
externo, portanto o sistema motor é capaz de desencadear e manter sua
própria atividade sem necessidade de um estímulo sensorial. No recém-
nascido há a elevação do tono devido ao estado de necessidade originando
as descargas musculares impulsivas, por gritos e estados de prazer que é
paralelo a diminuição do tono. (LE BOULCH, 1992, apud TASSI, 2014, p.4).
”[...] sendo assim, ela busca por meio da ação motora, estabelecer o equilíbrio
desse ser, dando-lhe possibilidades de encontrar seu espaço e de se
identificar com o meio em qual faz parte”. (GONSALVES, 2009, apud TASSI,
2014, p.6).
11
Desta forma, a psicomotricidade envolve toda a ação realizada pelo indivíduo
focando aspectos afetivos, motores e cognitivos, é a integração entre e o psiquismo e
a motricidade que leva o indivíduo à tomada de consciência do seu corpo por meio do
movimento.
1ª etapa: “corpo vivido” (até 03 anos de idade). Começa nos primeiros meses
de vida, onde o bebê ainda não tem noção do próprio corpo, a consciência do "eu".
Nesta fase ele se confunde com o meio, se encontra em total simbiose e não consegue
se perceber. No início desta fase os movimentos são ações motoras que não são
pensadas para serem executadas, pensa-se fazendo, ou seja, suas ações são
espontâneas. A criança quando nasce não tem noção do seu corpo. Seu
conhecimento de corpo vai sendo construído à medida que ela é tocada, acariciada
ou mesmo quando se machuca. Assim, vai percebendo, sentindo, “lendo” o mundo
com seu corpo, e aos poucos, organizando-o e organizando-se. Dessa forma, a ação
motora nos primeiros anos de vida se torna extremamente importante para esta troca
com o meio.
Enquanto a criança brinca, ela observa seus pares, se olha no espelho e por
prática dessas ações aprende. Aprendem pela experiência, nesta fase tem-se uma
necessidade grande de movimento e é através dele que ampliará sua experiência
motora e cognitiva. No decorrer do processo quando a criança evolui por meio de suas
experiências de exploração do corpo, do espaço e do tempo, torna-se possível
construir a primeira imagem do corpo, separando-o do mundo e dos objetos, o que
caracteriza a próxima etapa do desenvolvimento psicomotor.
2ª etapa: “corpo percebido” (03 a 06 anos de idade). Começa aproximadamente
por volta dos três anos, quando a criança passa a se perceber iniciando assim a
tomada de consciência do "eu". Nessa fase ela se diferencia do meio e organiza seu
corpo, quando organiza o espaço, que é determinado pela posição que o corpo ocupa.
O corpo agora é o ponto de referência para se situar e situar os objetos em seu espaço
e tempo. Nesta etapa a criança descobre sua dominância lateral, os conceitos
espaciais como perto, longe, acima ou embaixo começam a ser discriminados.
12
Noções temporais aparecem é e possível agora entender a duração dos intervalos de
tempo, de ordem e sucessão de eventos (antes, depois, durante).
A característica desta fase é que o mundo é organizado sobre um ponto de
referência bastante individualizado, a noção do "eu" está mais estruturada, é uma fase
onde o egocentrismo se faz presente. Corresponde à organização do esquema
corporal devido à maturação da "função de interiorização" que é definida como a
possibilidade de deslocar sua atenção do meio ambiente para seu próprio corpo a fim
de levar à tomada de consciência.
3ª etapa: “corpo representado” (06 a 12 anos de idade). Começa
aproximadamente por volta dos seis anos quando a criança já tem noção do todo e
das partes de seu corpo, fala, usa e o desenha de forma elaborada, assume seus
movimentos e os controlam se locomove no espaço com autonomia e independência.
É capaz de atuar por representação. A representação mental da imagem de corpo no
início desta etapa é estática. Mais tarde, a imagem mental adquire movimento,
tornando-se estrutura cognitiva, ou seja, operatória.
No final desta fase a criança já tem uma imagem de corpo operatória, usa o
corpo para efetuar e programar mentalmente ações, isto é, o corpo é estruturado em
pensamento e não precisa necessariamente que a ação motora esteja presente, ela
programa, projeta, imagina e executa com o pensamento a ação do corpo.
O objetivo principal da educação psicomotora é precisamente auxiliar a criança
a chegar a esta imagem de corpo operatório, quando a mesma se torna capaz de
efetuar e programar suas ações em pensamento, sendo também capaz de organizar-
se e de combinar diversas orientações. O ponto de referência já não é mais o próprio
corpo; como pode executar, operar no nível mental, é possível se orientar agora por
objetos exteriores a si e os pontos de referência podem ser escolhidos.
7 LATERALIDADE
Fonte: colegiobeneditino.com.br
15
temos o indivíduo destro; quando ocorre a dominância do hemisfério direito sobre o
esquerdo, temos o indivíduo canhoto e quando não tem predomínio claro usando
discretamente os dois lados, temos o indivíduo ambidestro.
Lateralidade é tradução de uma assimetria funcional que incide na prevalência
motora de um lado do corpo. Ao perceber seu corpo e seu eixo corporal e seus dois
lados, a criança consegue transpor esse conhecimento para além de seu corpo, isto
é, para a linguagem oral e, finalmente, a linguagem escrita, então perceberá que um
“p” é diferente de um “q” ou “d”.
Todas as noções espaciais básicas como as de em cima- embaixo, por cima-
embaixo, frente atrás, antes depois, e outras, estão estruturalmente dependentes da
noção de lateralidade. Aos 6 a 8 anos é habitual que a criança já tenha noção de
direita e esquerda e dos dois lados do corpo assim, como perceber que direita e
esquerda não dependem apenas uma da outra, mas também, da posição do outro e
do seu deslocamento.
16
7) Perturbações afetivas que podem ocasionar reações de insucesso, falta
de estímulos, para a escola, baixo autoestima.
8) Distúrbios de linguagem, do sono e da gagueira.
9) Aparecimento de maior número de sincinesias (comprometimento de
alguns músculos que participam e se movem, sem necessidade, durante
a execução de outros movimentos envolvidos em determinada ação).
Batata que passa: Crianças em círculo, uma de posse de bola que passará da
direita para a esquerda, enquanto todas cantam: Batata que passa, passa batata que
já passou. Quem está com a batata, coitadinho já dançou! Ao terminar de cantar, quem
estiver com a posse de bola, dançará no meio da roda.
Estafeta de bastões: As crianças em fila, o primeiro com dois bastões e uma
lata, um em cada mão para empurrar a lata que está no chão, devendo levá-la a um
ponto determinado. Após ter ido e voltado, entregar ao segundo da fila até que todos
tenham participado.
Lata barulhenta: O professor faz uma risca no chão e coloca três cadeiras,
uma distante da outra. Ao sinal, a criança sai chutando a lata com os pés,
acompanhando à risca que passa por trás da primeira cadeira, por baixo da segunda,
e dá a volta na terceira, voltando pelo mesmo percurso.
Pé de pau: O professor confeccionará o pé de pau utilizando dois pedaços de
madeira com 20 cm e fará dois furos e prenderá o barbante de modo que fique à altura
dos braços da criança. Deixará que se desloquem livremente e depois comandará o
deslocamento sobre determinadas linhas, entre obstáculos, sobre obstáculos etc.
Pega a bola: A criança deverá pegar a bola (plástica/leve) utilizando-se de um
balde plástico, que o professor jogará sempre de maneira diferente, ora de um lado,
ora do outro, levando o aluno a ter movimentos diferentes.
17
8 ESTRUTURA ESPACIAL
Por meio do espaço e das relações espaciais nos situamos no meio em que
vivemos, fazemos observações, estabelecemos relações entre as coisas,
comparando-as, combinando-as. Toda a nossa percepção do mundo é uma
percepção espacial, na qual o corpo é o termo de referência. A escrita, por exemplo,
depende da manipulação das relações espaciais entre os objetos e esta relação é
mantida por meio do desenvolvimento de uma estrutura do espaço.
A estruturação espacial leva a tomada de consciência pela criança e permite
conscientizar-se do lugar e da orientação no espaço que pode ter em relação as
pessoas e as coisas, leva a organizar-se perante o mundo que a cerca, assim pode
prever e antecipar situações em seu meio espacial.
O mundo espacial da criança constrói-se paralelamente ao seu
desenvolvimento psicomotor, à medida que cresce a gestualidade e a importância dos
fatores que criam o espaço da comunicação.
Sendo assim, ter uma noção espacial estável é muito importante, pois é por
meio do espaço e das relações espaciais que observamos as relações entre coisas e
objetos que nos cercam, a percepção da forma, de sua estrutura, composição é por
sua vez dependente da noção desta condição.
18
3) Dificuldade de representação mental em diversas situações, dificilmente
encontra suas coisas, pois sua noção de lugar não é nítida.
4) Dificuldade para estabelecer uma progressão (de grandezas).
5) Dificuldade na discriminação visual.
6) Insuficiência ou déficit da função simbólica, incapacidade de associar
termos abstratos como direita e esquerda, convencionais, ao que sente
ao nível proprioceptivo.
Bola ao alto: No pátio as crianças ficam em pé com uma bola de meia na mão.
A um sinal, cada um deve jogar a bola para o alto e bater uma palma e apanhá-la,
depois jogá-la e bater duas palmas, três, até onde conseguirem.
Pêndulo: Em pé a criança deve fazer um pêndulo para frente e para trás, com
os braços e em um tempo rápido, devendo mantê-los por alguns segundos. O
professor irá orientando para desacelerar lentamente e voltar a acelerar.
Tambor: O professor marca uma série de percussão em um tambor e as
crianças se deslocam conforme as batidas devendo ter muita atenção quanto a batida
podendo acelerar, diminuir o ritmo, manter, espaçar.
21
10 COORDENAÇÃO GLOBAL, FINA E ÓCULO-MANUAL
Fonte: pinterest.com
22
dificuldades em relação a postura e controle corporal, por exemplo, se apresenta
cansaço ou deficiência na realização do movimento, precisa corrigir as posturas
inadequadas a fim de adquirir uma coordenação mais satisfatória.
24
10.3 Sugestões de atividades para desenvolver a coordenação óculo-
manual:
25
11 PERCEPÇÃO VISUAL E AUDITIVA
Fonte: profjfrias.com.br/
26
Uma boa discriminação visual auxilia a criança a se desenvolver
adequadamente fazendo com que apresente uma visão periférica; percepção da
profundidade; relação entre os objetos em movimento; julgar uma distância entre
objetos; conscientização da esquerda e direita etc.
Uma das causas da discriminação visual pobre é a desordem da movimentação
do olho o que faz com que a criança não consiga mantê-lo na mesma direção quando
lê e como consequência ao ler pulam frases ou leem novamente a mesma linha sem
perceber; pode apresentar confusão de letras como d e b, f e t, h e b etc., também
apresentar supressão de letras e deformações em letras aglutinadas tornando a leitura
lenta, cópia com muitos erros e disortografia, demonstrando assim, falta de controle
ocular. Tanto o aparelho visual quanto o auditivo são de suma importância para a
aquisição da leitura e escrita.
[...] é por meio do aparelho auditivo que recebemos uma infinidade de sons
imprescindível para o reconhecimento de mundo, sendo a audição um
sistema sensorial básico indispensável para a estruturação do sistema
simbólico humano. (GONSALVES, 2008, apud TASSI, 2014, p.24).
27
11.1 Sugestões de atividades para desenvolver a percepção visual:
28
12 A PSICOMOTRICIDADE NA FASE ESCOLAR
Fonte: solarcolegios.org.br
29
aprendizagem do desenvolvimento do Esquema Corporal, da Lateralidade, da
Estruturação Espacial, da Orientação Temporal e da Pré-Escrita, tendo em vista que
se ocorrer algum problema de ordem psicomotora, a aprendizagem poderá ser
prejudicada.
A formação das habilidades físicas do indivíduo acontecerá ao longo da sua
interação com o mundo social. Ao dominar o uso de um número cada vez maior de
objetivos, ele ao mesmo tempo aprenderá a agir em situações mais complexas,
buscando identificar os significados e situações nas ações vivenciadas.
31
investido de significações, de sentimentos e de valores muito particulares e
absolutamente pessoais (VAYER, 1984, apud FONTANA 2012, p. 22).
32
capacidades e rendimento, visando à eficiência e adequando aos diferentes níveis de
habilidade, respeitando a personalidade e vontade e a motivação do educando. Este
trabalho de base tem como objetivo favorecer o desenvolvimento dos gestos e
movimentos, desenvolver equilíbrio, aprimorar e aumentar a capacidade de percepção
do corpo, visando uma melhora no desenvolvimento da coordenação global e fina.
Toda a ação torna-se possível porque houve uma ação coordenada que ligou
os movimentos em função de um objetivo, ou seja, o gesto mecânico produz
uma ação com objetivo, e só é possível porque houve a coordenação, que
nada mais é que o saber corporal. A essa ligação entre o saber e a ação
denomina-se psicomotricidade (FREIRE; 1989, apud FONTANA 2012, p. 24).
34
realização o uso das funções cognitivas, tornando a psicomotricidade um
procedimento que permite e auxilia no desenvolvimento da inteligência humana.
Alguns psicólogos acreditam que quanto mais cedo à criança frequentar a
escola, melhor será seu desenvolvimento total, pois, a escola torna-se uma
experiência enriquecedora para a criança, principalmente por ser um período onde ela
passa por uma série de mudanças físicas, cognitivas e afetivas, e a escola poderá
propiciar o contato com o mundo.
Aprendizagem se intensifica quando existe a possibilidade de que as crianças
manuseiam materiais. A necessidade da educação psicomotora baseada no
movimento. Sendo a educação psicomotora preventiva, os problemas detectados e
tratados pela reeducação não ocorreriam se houvessem por parte da escola, atenção
à educação psicomotora, ou seja, a educação psicomotora deveria ter na escola a
mesma importância que as demais disciplinas do currículo.
O autor considera a psicomotricidade um importante elemento educativo, como
um instrumento indispensável para aguçar a percepção, desenvolver formas de
estimular a atenção e estimular e os processos mentais. Sendo assim, quanto mais
rápido for estimulado a psicomotricidade da criança, melhor será seu desempenho na
aprendizagem. Não existe limite inferior de idade para o começo do desenvolvimento
das qualidades motoras.
Para um trabalho adequado, precisam ser utilizados métodos e meios
adequados. A utilização de métodos e de meios adequadamente irão contribuir para
o desenvolvimento da criança, e quanto mais se aprende, maiores serão os benefícios
para o se desenvolvimento.
35
educação integral, proporcionando ao ser humano, mais precisamente a criança na
escola, o desenvolvimento das habilidades motoras e cognitivas.
A psicomotricidade ao promover o movimento humano, movimento este
contextualizado, associado ao ambiente, à cognição, à emoção e às significações,
proporciona o desenvolvimento integral do ser. Esta educação integral só ocorrerá se
a escola valorizar o seu ambiente.
A psicomotricidade é influenciada pela percepção de seu corpo e suas
peculiaridades de força e em habilidades em atividades físicas. A formação de tais
habilidades ocorre com a interação do indivíduo com o mundo social. Nesta interação,
ele irá dominar o uso de um número maior de objetivos, irá aprender a agir em
situações mais complexas, bem como, a identificar objetivos e situações.
A escola na sua totalidade pode proporcionar um grande leque de atividades
que possam estimular o aluno a um grau de desenvolvimento possível, então cabe à
escola infantil ter a consciência da necessidade de alfabetizar a linguagem corporal
antes de trabalhar os conteúdos escolares. A psicomotricidade deve ser colocada
como caráter preventivo, com a exploração do corpo em seus potenciais, possibilita à
evolução das possibilidades psicomotora, e assim contribuindo para a melhora no
desenvolvimento do ensinoaprendizagem dos alunos.
A educação psicomotora é indispensável na aprendizagem escolar, é por essa
razão que é proposta inicialmente à escola materna. Não se pode desprezar a
educação psicomotora no momento que a criança inicia sua vida escolar, pois esta
ajuda a organizar-se lhe propiciando melhores possibilidades de resolver os exercícios
de análise de lógica e de relações entre os números.
A escola impõe o objetivo de alfabetizar, isto é, ensinar a ler e escrever, e tem-
se aos sete anos como ideal para o início das atividades escolares, segundo
estudiosos, é nesta fase que a criança se encontra em estágio de maturação
psicomotora adequada para tal fim. Ao associar os objetivos educacionais ao
movimento estar-se criando relações e situações apropriadas à aprendizagem.
37
13 APRENDIZAGEM E PSICOMOTRICIDADE
Fonte: demoleque.com.br
38
educadores durante o processo de aprendizagem limita-se ao treinamento das
habilidades responsáveis pelos aspectos figurativos da escrita, como coordenação
motora, discriminação visual e organização espacial. No entanto, o autor considera a
escrita um ato essencialmente motor, destacado de qualquer outra esfera do
desenvolvimento, seja afetiva, cognitiva ou social.
As aprendizagens escolares básicas devem ser os exercícios psicomotores, e
sua evolução é determinante para a aprendizagem da escrita e da leitura, provocando-
se o aumento do potencial psicomotor da criança, amplia-se também as condições
básicas para as diversas aprendizagens escolares. Em um estudo sobre o grau de
influência dos aspectos psicomotores sobre prontidão para ler e escrever em escolas
de classes de alfabetização do ensino infantil, é necessário, desde o ensino pré-
escolar, serem oferecidas atividades motoras direcionadas para o fortalecimento e
consolidação das funções psicomotoras, fundamentais para o êxito nas atividades do
bom aprendizado da leitura e escrita.
39
É muito importante estimular o desenvolvimento psicomotor das crianças, pelo
fato deste ser fundamental para a facilitação das aprendizagens escolares, pois é por
meio da consciência dos movimentos corporais e da expressão de suas emoções que
a criança poderá desenvolver os aspectos motor, intelectual e sócio emocional.
Para escrever é preciso que se tenha orientação espacial suficiente para situar
as letras no papel, para adequá-las em tamanho e forma ao espaço de que se dispõe.
E, além disso, precisa-se dirigir o traçado da esquerda para a direita, de cima para
baixo, controlando os movimentos de maneira a não segurar o lápis nem com muita
força nem com pouca força, é necessário que a escola ofereça condições para a
criança vivenciar situações que estimulem o desenvolvimento dos conceitos
psicomotores.
Essas restrições podem levar a criança a dificuldades de aprendizagem,
repercutindo no desempenho escolar. As dificuldades de aprendizagem vivenciadas
pelas crianças “são decorrentes de todo um todo vivido com seu próprio corpo, e não
apenas problemas específicos de aprendizagem de leitura, escrita, etc.” Assim, os
aspectos psicomotores exercem grande influência na aprendizagem, pois as
limitações apresentadas pelas crianças na orientação espacial podem tornar-se um
fator determinante nas dificuldades de aprendizagem.
A escrita é uma atividade que obedece a exigências precisas de estruturação
espacial, pois a criança deve compor sinais orientados e reunidos de acordo com as
leis, depois deve respeitar essas leis de sucessão que fazem destes sinais palavras e
frases tornando a escrita uma atividade espaço-temporal.
Um objeto situado a determinada distância e direção é percebido porque as
experiências anteriores da criança levam-na a analisar as percepções visuais que lhe
permitem tocar o objeto. É por meio dessas que resultam as noções de distância e
orientação de um objeto com relação a outro, e assim a criança começa a transpor
essas noções gerais a um plano mais reduzido, que será de extrema importância
quando na fase do grafismo. Na aprendizagem da leitura e escrita a criança deverá
obedecer ao tempo de sucessão das letras, dos sons e das palavras, fato este que
destaca a influência da estruturação temporal para a adaptação escolar e para a
aprendizagem.
40
Além dessas dificuldades inerentes ao ato de escrita, existe ainda a dificuldade
que os professores têm em diagnosticar as dificuldades de aprendizagem e relacioná-
las ao desenvolvimento psicomotor. Em sala de aula, os professores trabalham a
motricidade infantil como uma atividade mecanizada do movimento das mãos e as
aulas de educação física parecem se restringir a atividades de recreação nas quais o
movimento parece ter um fim em si mesmo. Até mesmo o professor de Educação
Física tem mostrado dificuldades em perceber a importância do movimento para o
desenvolvimento integral da criança.
O desenvolvimento corporal é possível graças a ações, experiências,
linguagens, movimentos, percepções, expressões e brincadeiras corporais dos
indivíduos.
As experiências e brincadeiras corporais assumem um papel fundamental no
desenvolvimento infantil, pois enfatizam a valorização do corpo na constituição do
sujeito e da aprendizagem, assim a pré-escola necessita priorizar, não só atividades
intelectuais e pedagógicas, mas também atividades que propiciem seu
desenvolvimento pleno.
41
problema. As dificuldades de aprendizagem relacionadas à escrita alteram o
rendimento escolar. Crianças com dificuldades de escrita podem apresentar disfunção
nas habilidades necessárias para uma aprendizagem escolar efetiva, e estes fatores
podem ser acentuados pelos déficits psicomotores. Sabe-se que atualmente
condições socioculturais fazem com que as crianças sejam privadas do movimento.