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FERRAMENTAS D

TEXTO PARA ALTE


FORMATAÇÃO DA
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TEXTO DA CITAÇÃ

UNISANT’ANNA
CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT’ANNA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
7° SEMESTRE

BÁRBARA BEATRIZ RODRIGUES MARTINS

SÃO PAULO-SP
2022
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MARCOS DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR

O desenvolvimento neuropsicomotor se dá no sentido craniocaudal, portanto, em


primeiro lugar a criança firma a cabeça, a seguir o tronco e após os membros
inferiores. A maturação cerebral também ocorre no sentido postero-anterior, portanto,
primeiro a criança fixa o olhar (região occipital), a seguir leva a mão aos objetos, etc.

A avaliação do desenvolvimento deve ser baseada nos marcos definidos pela escala
de desenvolvimento Denver II. Deve-se avaliar o desenvolvimento social, motor e
linguagem.

 Desenvolvimento social

 Desenvolvimento motor

 Desenvolvimento da linguagem

Desenvolvimento Social

• Olhar o examinador e segui-lo em 180º = 4 meses


• Sorrir espontaneamente = 2 meses
• Leva mão a objetos = 5 meses
• Apreensão a estranhos = 10 meses
• Dar tchau = 14 meses
• Bater palma = 11 meses
• Imita atividades diárias = 16 meses

Desenvolvimento Motor

 Sustento cefálico = 4 meses


 Sentar com apoio = 6 meses
 Sentar sem apoio = 7 meses
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 Pinça superior = 10 meses


 Em pé com apoio = 10 meses
 Andar sem apoio = 15 meses

Desenvolvimento da Linguagem

 Lalação = 6 meses
 Primeiras palavras = 12 meses
 Palavra frase = 18 meses
 Junta duas palavras = 2 anos
 Frases gramaticais = 3 ano

Marcos do primeiro e segundo mês

Os estágios de desenvolvimento cognitivo seguem uma ordem sequencial e devem


ser constantemente estimulados, para que não haja atraso dos marcos. Começando
pelos marcos do desenvolvimento de 0 a 1 ano, nos primeiros meses de vida, é
possível observar predomínio do tônus flexor, assimetria postural e preensão reflexa.

Com 1 a 2 meses ocorre a melhora na percepção de um rosto, medida com base na


distância entre o bebê e o seio materno. A partir do segundo mês, vemos sorriso
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social e o bebê começa a ficar de bruços, levanta a cabeça e os ombros. Além


disso, ocorre a ampliação do seu campo de visão (o bebê visualiza e segue objetos
com o olhar).

Entre os Reflexos primitivos, são observados apoio plantar, sucção e preensão


plantar, os quais desaparecem até o 6º mês; preensão dos artelhos, desaparecendo
até o 11º mês; reflexo cutâneo plantar, que desencadeia extensão do hálux; e, a
partir do 13º mês, ocorre flexão do hálux. Também é bem evidente o reflexo de Moro
(incompleto a partir do 3º mês e inexistente a partir do 6º mês) e reflexo tônico-
cervical até o 3º mês

Até 1 ano de idade

Com 4 meses, o bebê já tem capacidade de preensão voluntária das mãos e, entre 4
a 6 meses, o bebê mexe a cabeça na direção de uma voz ou de um objeto sonoro e,
começando os 6 meses, inicia a noção de “permanência do objeto”.

A partir de 7 meses, senta-se sem apoio e, aos 6 e 9 meses, o bebê arrasta-se e


engatinha. Esse processo melhora e, então, começa a andar com apoio (entre 9
meses e 1 ano). Em torno do 10º mês, o bebê fica em pé sem apoio.

A partir do primeiro ano

Entre 1 ano e 1 ano e 6 meses: o bebê anda sozinho. Em torno de 1 ano: o bebê
possui a acuidade visual de um adulto. Entre 1 ano e 6 meses a 2 anos, o bebê
começa a correr e subir degraus baixos.

Com dois anos de idade, a criança inicia uma fala mais complexa, com capacidade
de dizer seu próprio nome e o nome de objetos. Também tem a capacidade de se
reconhecer no espelho e começa a inventar brincadeiras estimulando a imaginação.
De 3 a 4 anos, a criança veste-se com auxílio e já inicia, depois dos 4, a contar ou
inventar pequenas histórias.
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A partir dos 6 anos: a criança começa a utilizar a lógica para pensar, com maior
capacidade de memória e linguagem, sendo importante para o acompanhamento e
estímulo escolar. Tem desenvolvimento da autoimagem e trabalha sua autoestima,
tendo aumento das relações de amizade, com distinção de gênero bem
estabelecidas.

Com 7 anos desenvolve o julgamento global de autovalor, com autopercepção,


observando ideias e hábitos. Nessa fase, a influência dos pais sob as decisões
diminui e os amigos passam a ser mais influentes. A partir dos 10 anos, ocorrem
mudanças relacionadas à puberdade e há um estirão de crescimento (primeiro nas
meninas, em torno dos 11 anos, depois nos meninos, em torno dos 13 anos).

Desenvolvimento a partir do primeiro ano

No 2º Ano, a velocidade do crescimento diminui. Devemos observar no


desenvolvimento, a partir dos 15 meses, se a criança é capaz de andar sozinha, se
consegue comunicar seus desejos, apontando e emitindo sons, e se é capaz de
construir uma torre de 3 blocos, por exemplo.

Com 24 meses, a criança já é capaz de correr, subir e descer escadas, segurando-


se no corrimão. Na parte de comunicação, é capaz de se expressar com frase de 2
palavras.

Deve-se orientar os pais para estimular o uso do copo e reduzir a mamadeira, deixar
a criança comer com as próprias mãos e exercitar o uso da colher, estimular o
desenvolvimento da linguagem (conversar, ler), e brincadeiras ao ar livre.

Também é necessário observar se os pés são aparentemente chatos, membros


inferiores em arco, com joelhos afastados, e também se as crianças enxergam bem
com os dois olhos em separado.

Fase pré-escolar
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A fase Pré-Escolar (3 a 5 anos) se caracteriza por um crescimento lento com estirão


(estatura predominando sobre o peso), chamado de criança “espigada”.

Com 30 meses, consegue pular erguendo os 2 pés do chão e é capaz de apontar


partes de seu corpo quando solicitado. Aos 3 anos, podemos perguntar aos pais se
a criança sabe seu primeiro nome e possui uma linguagem inteligível. Também é
importante que já haja um controle da evacuação e micção diurna.

Aos 4 anos, espera-se melhora no equilíbrio e controle da micção noturna. Com 5


anos, já seria capaz de executar três ordens, solicitadas em sequência; melhora de
movimentação e desenvolvimento motor fino demonstrado em desenhos.

Sinais de alarme

Por fim, é importante que você observe alguns sinais de alarme, que possam
apontar para outros distúrbios e doenças relacionadas ao desenvolvimento.

No fim do 1º trimestre: ausência de sorriso social; olhar vago, pouco interessado; o


menor ruído provocando grande sobressalto; nenhuma reação a ruídos fortes
(surdez); mãos persistentemente fechadas.

No fim do 2º trimestre: não vira a cabeça para localizar sons (4 meses); hipertonia
(rigidez) dos membros inferiores; hipotonia do eixo do corpo: controle deficiente da
cabeça; criança exageradamente lenta e sem interesse; movimentos bruscos do tipo
“descarga motora”; não dá risada; falta de reação aos sons (considerando a
possibilidade de surdez).

Aos 9 meses: é obrigatório tomar providência quando a criança não senta sem
apoio (hipotonia do tronco); possui pernas duras, “em tesoura” (espasticidade);
pernas moles em “posição de rã” (hipotonia); mãos persistentemente fechadas.
Deve-se observar também se há preensão em pinça; incapacidade de localizar um
som (considerando surdez); ausência de balbucio (considerando distúrbio
articulatório); sorriso social pobre; não tem interesse no jogo “esconde-achou”.
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1º aniversário: ausência de sinergia pés-mãos (colocada em pé com apoio não


procura ajudar com as mãos); criança parada ou mumificada; movimentos anormais;
psiquicamente inerte ou irritada, sorriso social pobre; não fala sílabas; cessação do
balbucio (considerando a possibilidade de surdez).

TABELAS
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

 SANAR. Marcos do desenvolvimento neuropsicomotor na infância. Disponível em


> https://www.sanarmed.com/marcos-do-desenvolvimento-neuropsicomotor-na-infancia-
colunistas < Acessado. 05 abril 2022

 Faculdade de Ciências Médicas. Desenvolvimento neuripsicomotor. Disponivel


em>https://www.fcm.unicamp.br/fcm/neuropediatria-conteudo-
didatico/desenvolvimento-neuropsicomotor < Acessado. 05 abril 2022

 BMJ. Best Practice. Avaliação de anormalidades da marcha em crianças.


Disponível em > https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/709 < Acessado. 05 abril
2022.

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