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BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 48
1 DESENVOLVIMENTO MOTOR
Fonte: www.somarvida.com.br
Fonte: www.videos.blog.br
Souza, Gondim e Junior (2014), explicam que essa denominação é usada para
referir-se à motricidade observada quando se sustenta com uma das mãos a nuca da
criança semissentada, deixando o corpo livre para a movimentação espontânea. O
examinador deve ficar de frente e na mesma altura da criança para estabelecer
contato ocular e verbal com ela. É importante observar:
1. Se o padrão de movimentos amplos diminui e melhora a qualidade dos
movimentos dos membros superiores, tornando-se mais complexos.
2. Se as mãos se encontraram preferencialmente abertas.
3. Se há endireitamento da cervical e tronco.
Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br
Fonte: www.viverdeficiente.blogspot.com
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br
Flehmig (2005) considera que a ocorrência de marcha sem apoio antes dos 12
meses ou pouco depois (até os 14 meses) pode ser considerada dentro da faixa de
normalidade, considerando uma criança nascida a termo e sem sinais de
comprometimento neurológico. Aos 15 meses, a criança já pode andar sozinha e subir
escadas apoiada pelas mãos (BLY, 1994).
Após o 15º mês, a criança mantém o ritmo de aquisições motoras, porém com
foco no refino das habilidades motoras grossas e habilidades manipulativas. Em 2006
a Organização Mundial de Saúde promoveu um estudo multicêntrico que coletou
dados de 816 crianças de diferentes países para identificar os períodos aquisitivos do
que os autores denominaram as “seis janelas de desenvolvimento motor grosso”,
sendo estas e os respectivos percentis 1º e 99º em meses:
Sentar sem suporte (3.8 e 9.2).
Ficar de pé com assistência (4.8 e 11.4).
Engatinhar com mãos e joelhos (5.2 e 13.5).
Andar com assistência (5.9 e 13.7).
Ficar de pé sozinho (6.9 e 16.9).
Andar sozinho (8.2 e 17.6).
Fonte: Adaptado de LI-TSANG, C. W. P. The Hand Function of Children With and Without
Neurological Motor Disorders. The British Journal of Developmental Disabilities, v. 49, n. 97, p. 99-
110, July 2003. Part 2.
Várias técnicas podem ser usadas para a estimulação precoce dos bebês com
microcefalia: conceito neura evolutivo Bobath, integração sensorial, estimulação
sensorial de Rood, Método Phelps. É necessário buscarmos o que melhor se adapta
as condições motoras do bebê.
O tratamento por meio do conceito neuro evolutivo Bobath é o mais utilizado há
décadas no meio terapêutico. Foi originalmente desenvolvido pelo casal Karel e Berta
Bobath na Inglaterra no início da década de 1940 para o tratamento de indivíduos com
fisiopatologias do SNC. Esse método foi descrito como um conceito de vida e, como
tal, continuou a evoluir com o passar dos anos (TELG, 1991).
O tratamento pelo desenvolvimento neurológico, como planejado por Bobath,
usa o manuseio para proporcionar experiências sensoriais e motoras normais que
darão base para o desenvolvimento motor. Com as abordagens sensório-motoras,
estímulos sensoriais específicos são administrados para estimular uma resposta
comportamental ou motora desejada.
A intenção com toda e qualquer técnica que possa ser usada para estimulação
precoce é atingir o desenvolvimento neuro-sensório-motor na sua integralidade. O
desenvolvimento global depende do ambiente em que ela vive, dos estímulos
fornecidos e do grau de comprometimento neurológico, tudo dentro da medida certa.
O excesso de estímulos também não é benéfico.
Fonte: www.meuanjogabriela.com.br
Figura – Criança posicionada em uma boia de pano (feita com uma calça
comprida preenchida de retalhos – a chamada calça da vovó)
Fonte: Arquivo do Ministério da Saúde.
Para que o bebê consiga se manter na postura de gatas é necessário que ele
tenha uma boa fixação de cintura escapular e pélvica. Atividades que promovam o
apoio de mão com cotovelos estendidos, utilizando bola, rolo, cunha, colo do terapeuta
e até atividades mais elaboradas como a brincadeira do “carrinho de mão” são úteis
para aquisição dessa habilidade.
Treino de transferência de side para side e side para gatas são importantes
para treinar a musculatura rotadora do tronco proporcionando o engatinhar com
dissociação.
A estimulação do engatinhar propriamente dita pode ser feita com o incentivo
de um brinquedo a frente da criança e a facilitação dos movimentos alternados de
braço e pernas.
Figura – Criança assumindo a postura de gatas a partir do side-sitting
até alcançar o objeto
Um tecido no tronco pode ser utilizado para auxiliar nessa estimulação, porém
com muita atenção para não puxar a criança para cima, não permitido assim a correta
descarga de peso nos membros.
Fonte: www.terapiaocupacionaleparalisiacerebral.blogspot.com
Fonte: www.revistacrescer.globo.com
ASHWAL, S. et al. Practice Parameter: Evaluation of the Child with Microcephaly (an
evidence-based review). American Academy of Neurology and the Practice Committee
of the Child Neurology Society. Neurology, [S.l.], v. 73, p. 887-897, 2009.
UNICEF. Early Childhood Development: the key to a full and productive life. 2015.
Disponível em: <http://www.unicef.org/dprk/ecd.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2015.