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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA

COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA
ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO I

RELATÓRIO DE PESQUISA CIENTÍFICA


TITULO

AUTORES

RECIFE
2023
AUTORES

TÍTULO

Relatório de pesquisa apresentado ao professor


Carlos Marinho, da Faculdade de Ciências Humanas
ESUDA, como instrumento parcial de avaliação da
disciplina Psicologia Experimental e Análise do
Comportamento.

RECIFE
2023
RESUMO

Palavras-chave:
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 1
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................... 2
3 MÉTODO.............................................................................................. 5
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESUTADOS........................... 7
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 10
REFERÊNCIAS....................................................................................... 11
APÊNDICES............................................................................................ 11
1. INTRODUÇÃO
O Behaviorismo que vem do inglês Behavior, significa comportamento,
conduta, e é também conhecido como comportamentalismo e diz respeito a um
conjunto de teorias psicológicas que demandam o comportamento como objeto
de estudo da psicologia. Baum (2006), introduz no capítulo I do seu livro
“Compreender o Behaviorismo” a informação de que o Behaviorismo não é
exatamente uma ciência, mas a filosofia da ciência, e reforça que o que a
ciência exatamente, seria a Análise Comportamental.
De acordo com Bock (1993), o termo Behaviorismo foi introduzido por
Watson de acordo com seus estudos baseados no condicionamento clássico
adolescido por Pavlov, este último foi responsável pelo desenvolvimento de um
estudo relacionado a atividade digestiva de cães. O experimento clássico
proposto por Watson conduziu um menino chamado Albert para demonstrar
esse processo. O experimento diz respeito a um tipo de aprendizagem que
ocorre quando um estímulo neutro é associado a um estímulo aprendido e que
naturalmente leva a uma resposta. No experimento, Albert era inicialmente
apresentado a um rato branco e não tinha medo dele. A partir do momento em
que começaram a associar repetidamente um tipo de som barulhento com a
apresentação do rato branco, Albert começara a chorar e tentar fugir quando
via o rato branco, mesmo sem a presença do barulho. Esse experimento
mostrou que uma resposta emocional (medo) pode ser condicionada a um
estímulo que originalmente não a provocava (o rato branco), quando esse
estímulo foi associado repetidamente a outro estímulo que naturalmente
evocava essa resposta emocional (o barulho).
Adiante, o psicólogo americano Skinner idealiza um estudo do
comportamento operante, utilizando uma caixa como objeto de estudo
conhecida como a caixa de Skinner. Essas caixas eram equipamentos
experimentais que permitem o estudo do comportamento animal (com ratos
albinos) por meio da observação sistemática e controle experimental.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. SKINNER E O BEHAVIORISMO RADICAL

Skinner foi um psicólogo que teve uma grande influência na área da


psicologia com sua teoria conhecida como Behaviorismo Radical. MATOS
(2002), relaciona e propõe que o objeto de estudo da psicologia deva ser o
comportamento dos seres vivos, em especial do homem. É radical porque nega
ao psiquismo a função de explicar o comportamento, entretanto não nega a
existência do mesmo. Apenas não o utiliza como objeto de estudo.
Para Skinner, em sua obra Science and Human Behavior (1953), o
comportamento humano não é determinado por fatores internos, como
pensamentos ou sentimentos, mas sim pelo ambiente e suas contingências,
incluindo recompensas e punições. Ele acreditava que o comportamento
poderia ser moldado e controlado por meio de estímulos capazes de modificar
o comportamento, como reforço positivo e negativo.

2.2 COMPORTAMENTO OPERANTE


Borges (2012) traz a definição de comportamento operante como sendo
a relação entre organismo e ambiente em que o indivíduo
opera sobre o mundo mudando-o, e este, por sua vez,
também o muda. Essa relação é observada através de
classes de respostas que têm suas probabilidades de
ocorrência alteradas de acordo com as consequências que
produzem (BORGES, 2012, p??).

Ou seja, uma relação com pelo menos duas características, onde a


primeira determina que a resposta produz uma determinada consequência e a
segunda diz que essa consequência - produzida pela reposta - altera a
probabilidade futura de respostas dessa classe: R → C.

2.3 MODELAGEM
Ainda de acordo com Borges (2012), a modelagem diz respeito a “um
processo ou procedimento em que respostas são reforçadas diferencialmente
sob controle de critérios que mudam gradativamente, levando ao
desenvolvimento de novos comportamentos” (BORGES, 2012, p??).
O autor reforça ainda que em relação ao procedimento, a utilização da
modelagem tem como fundamento ensinar comportamentos novos todavia não
existentes no repertório do indivíduo e segundo ele, deve obedecer algumas
etapas:
a) começar por uma resposta que já faz parte do repertório do indivíduo;
b) definir comportamento-alvo;
c) especificar a consequência que exercerá função de selecionador
(reforçador);
d) elaborar lista e hierarquizar as respostas, indo do comportamento
existente no repertório do sujeito até aquele que se pretende ensinar;
aplicar o reforçador contingente à resposta de acordo com a hierarquia
das respostas;
e) extinguir respostas que não estejam na direção do comportamento-alvo.

2.4 REFORÇAMENTO, REFORÇADOR OU ESTÍMULO REFORÇADOR


De acordo com BORGES (2012), o conceito diz respeito à mudança no
ambiente gerada pela emissão de uma resposta do indivíduo fortalecendo
respostas funcionalmente equivalentes. De acordo com o autor, dá-se o nome
de reforçador apenas àqueles eventos que “são consequências produzidas por
respostas de uma determinada classe de respostas e que resulte no aumento
de probabilidade de ocorrência de respostas daquela classe”.

2.4.1 REFORÇO POSITIVO


Estímulo apetitivo que, quando produzido/apresentado como
consequência de uma resposta, torna respostas dessa classe mais prováveis
de ocorrerem.

2.4.2 REFORÇO NEGATIVO


Estímulo aversivo que, quando retirado/adiado como consequência de
uma resposta, torna respostas dessa classe mais prováveis de ocorrerem.

2.5 EXTINÇÃO
Ainda de acordo com BORGES (2012) o procedimento em que se deixa
de reforçar uma resposta que antes era reforçada é chamado de extinção. Tal
procedimento tem como resultado o enfraquecimento de uma relação operante
específica, o que o torna uma técnica para intervir sobre comportamentos
indesejados

3. MÉTODO
O experimento utiliza o programa Sniffy Pro cuja a razão simula as
ações de um rato dentro de um atmosfera que procura imitar a mesma
estrutura da caixa de Skinner. Assim sendo, o software permite a preparação e
execução de uma variedade de experimentos relacionados ao condicionamento
clássico e operante, simulando os dados obtidos outrora por psicólogos com
ratos reais em laboratórios. O sujeito do nosso estudo, portanto, será um rato
virtual simulado.

3.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


A simulação do experimento aconteceu no dia dd/mm/aaaa, no
laboratório de informática ESUDA. Para sua realização, foram utilizados os
seguintes materiais e equipamentos:
 Computador com software Sniffy Pro Instalado;
 Cronômetro;
 Fichas de anotações fornecidos pelo Prof. Carlos Marinho;
 Caneta ou lápis para anotações na respectiva ficha.

3.2 PROCEDIMENTO
O trabalho foi composto por 3 integrantes onde cada qual exerceu uma
função diferente, os quais ficaram responsáveis pela observação e mensuração
dos comportamentos do rato, administração do tempo, manuseio do software,
anotação dos dados coletados em uma tabela para posteriormente, ser lançado
em uma tabela Excel a fim de desenvolver gráficos para produção deste
relatório.
O experimento foi realizado nas seguintes etapas:

E1 - Registro no nível operante:


No nível operante, não foi dado nenhum estímulo ao Sniffy, apenas foi
observado seu comportamento durante 10 minutos, minuto a minuto. Os
comportamentos registrados foram: RPB (Resposta a Pressão a Barra), farejar,
limpar-se e erguer-se.

Limpar-
RPB Farejar Ergue-se
se
2 42 83 104
Tabela1: Registro Nível Operante (duração 10 minutos)

E2 - Treino ao comedouro:
Nesta etapa, o objetivo era treinar o Sniffy de modo que ele aprendesse
a associar o som do alimentador com a disponibilidade de alimento no
comedouro. A técnica executada foi a de pressionar a barra liberando a comida
e ao mesmo tempo produzindo um som todas as vezes que ele se aproximasse
do comedouro. Com a ajuda da janela “Operant Associations”, fomos
acompanhando o progresso no gráfico. Aos poucos ele foi aprendendo que ao
tocar o som, a comida seria liberada. Foi observado que mesmo que estivesse
distante do comedouro, ao ouvir o som iria até ele em busca de comida.
Encerramos esta etapa após o gráfico da janela mostrar 80% de associação
(Sound Food).

E3 - Condicionamento operante (modelagem):


Durante esta fase, a equipe foi gradualmente modelando o sniffy ao
tempo em que liberava quando o mesmo se aproxima da barra ou se
levantasse próximo a barra ou tocava a barra ou quando pressionava a barra.
Todos os reforços foram liberados por dez vezes consecutivas sempre que um
dos comportamentos acima citados ocorriam.

E4 - Esquema de reforço contínuo (CRF);


Após o sniffy aprender que todas as vezes em que ele pressionasse a
barra, receberia o alimento, a equipe registrou novamente os comportamentos
apresentados durante 10 minutos.

Limpar-
RPB Farejar Ergue-se
se
151 13 23 32
Tabela2: Registro CRF (duração 10 minutos)

E5 - Extinção do CRF.
Nesta etapa, a equipe provocou a desassociação adquirida pelo rato.
Não soltando mais comida e, portanto, provocando a extinção do
comportamento. Este registro, assim como os outros teve uma duração de 10
minutos.

Limpar-
RPB Farejar Ergue-se
se
3 35 66 112
Tabela3: Registro da Extinção (duração 10 minutos)

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS


ESTABELECIMENTO DO NÍVEL OPERANTE DE RESPOSTAS

120 104
100 83
Total de respostas

80

60 42
40

20 2
0
RPB Farejar Limpar-se Ergue-se
Comportamentos do Sniff

MODELAGEM / REFORÇO CONTÍNUO (CRF)


160 151

140
120
Total de respostas

100
80
60
32
40 23
13
20
0
RPB Farejar Limpar-se Ergue-se
Comportamento do Sniff

EXTINÇÃO
120 112

100
Total de respostas

80 66

60
35
40

20 3
0
RPB Farejar Limpar-se Ergue-se
Comportamento do Sniff

Análise de Diferenciação de Comportamentos


150
130
110
90
70
50
30
10
RPB Farejar Limpar-se Ergue-se
Nível Operante 2 42 83 104
Modelagem/CRF 151 13 23 32
Extinção 3 35 66 112

INSERIR AS ANALISES AQUI

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No experimento, por intermédio do software Sniff, foi possível observar e


compreender melhor como os comportamentos são adquiridos pelos animais
por meio de suas experiências e recompensas, a partir de estímulos que
indicava a presença de comida ou água e respostas comportamentais
observáveis. Os ratos precisavam aprender a associar o estímulo com a
recompensa e realizar as ações necessárias para alcançar o objetivo desejado.
Podemos tirar deste experimento que os comportamentos podem ser
adquiridos e mantidos por meio de reforços positivos e negativos, esses
reforços têm sido utilizados para a compreensão do processo de aprendizagem
e têm relevância na educação por sua capacidade de moldar comportamentos
desejáveis em alunos, por exemplo, na educação os reforços positivos e
negativos têm sido utilizados para incentivar comportamentos desejáveis e
reduzir comportamentos indesejáveis em alunos. Os reforços positivos podem
ser utilizados, por exemplo, para recompensar estudantes que se comportam
bem em aula, enquanto os reforços negativos podem ser utilizados para
reprimir comportamentos indesejáveis como atrasos e faltas. Essas técnicas
podem ser eficazes para promover um ambiente de aprendizagem saudável e
positivo e moldar comportamentos desejáveis em estudantes, mas também
pode ser aplicadas em outras áreas além da educação, como no treinamento
animal e tratamento de vícios.

REFERÊNCIAS
BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e
evolução. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BOCK, A. M. B. FURTADO, O., TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: Uma


introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001.

MATOS, M. A.; TOMANARI, G.Y. Análise do comportamento no laboratório


didático. São Paulo: Manole, 2002.

SKINNER B. F.. Science and Human Behavior. New York: Macmillan, 1953.

BORGES, N. B.; CASSAS. F. A. Clínica Analítico-Comportamental: aspectos


teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012.
APÊNDICES

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