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INTRODUÇÃO

A Análise comportamental evidência a existência de duas relações significantes no

campo de estudo do comportamento humano. Tendo as noções de comportamento operante e

respondente relatadas por Skinner (2003), na qual dois são os tipos de respostas emitidas, as

operantes e as respondentes, onde Skinner em seu behaviorismo radical, levou ao ápice a tese

behaviorista, relatando que o comportamento do ser humano é uma resposta às recompensas

do meio externo. Nessa linha de pensamento, a teoria do reforço, se origina a partir do

instante que um comportamento é controlado pelas recompensas e gera tendência a ações

individuais que visem a busca por essas mesmas recompensas, ao mesmo tempo que evitam

erros ou ações de punição que diminuem a chance de obtê-las. Quando um reforçador

positivo é oferecido logo após a resposta emitida, isso irá resultar no aumento dessa resposta.

Segundo Marras (2000), As concepções correspondentes a teoria do reforço são essenciais

dentro da organização social, onde os indivíduos demonstram inquietamente suas

necessidades e as buscam incessantemente afim de satisfaze-las, e uma vez satisfeitos tendem

a repetir novamente para obterem êxito na mesma situação em outros momentos.

Nesse relatório, é válido ressaltar para o segmento como um todo, a conceituação de

contingência, em que originalmente era tido como a sobreposição espacial ou temporal entre

eventos, entretanto, em conseguinte, se transformou numa relação de dependência entre

eventos sejam eles ambientais ou comportamentais. Nesse sentido, Sidman (1986) cita que a

identificação da contingência de dois termos deveria ser apontado como um destaque no

desenvolvimento da análise comportamental. Sidman (1986) também afirma que a unidade de

três termos confirmou e expandiu muitas das possibilidades da análise comportamental.

Consecutivamente, outra questão de importante valor é a área de conhecimento do

controle de estímulos, que se refere à influência de estímulos antecedentes no que os

organismos executam, isto é, o impacto que certo contexto impõe no comportamento dos
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indivíduos. Faggiani (2009) exemplifica de forma sucinta esse conceito, introduzindo como

exemplo a imaginação de um lenhador que trabalha a anos e tem conhecimento acerca de

vários tipos de madeira, muito provavelmente ele conhece qual árvore vale mais em termos

financeiros. Já um casal de namorados percebe a árvore como um local romântico para fazer

um piquenique, O lenhador e os namorados tem percepções diferentes sobre a árvore, pois

essa árvore está relacionada com consequências e respostas distintas para eles.

Em suma, o controle de estímulos acontece de duas formas, por meio da

discriminação simples (S-R-S), onde se utiliza processos de reforçamento e extinção, onde

resposta é reforçada apenas na presença do estímulo discriminativo, estímulo esse que

aumenta a chance da resposta ocorrer, pois foi associado diretamente á consequência. A

segunda forma, é a discriminação de estímulos condicional, onde não se forma uma

vinculação de um estímulo anterior com a resposta, uma vez que, está relação sofre mudanças

conforme os diferentes contextos em que os estímulos se fazem presentes. Para obter essa

relação, é necessário que as respostas sejam reforçadas na presença de certo estímulo, apenas

se uma outra condição estiver presente. Um experimento feito por Lashley (1930) possuiu o

objetivo de examinar os limites da discriminação visual em ratos, o que ele intitulou como

padrão visual. Nesse experimento o aparelho usado para realizar o experimento de

discriminação foi uma plataforma de salto. Os ratos teriam que saltar na direção a um entre

dois estímulos em certa distância, a fim de que fosse eliminado qualquer outro viés de

utilização de sentidos que não fosse a visão, e posteriormente ao painel de estímulos se

tinham alimentos. Padrões de estímulos foram manipulados no intuito de verificar variáveis

visuais que controlavam as respostas dos sujeitos, seu objetivo foi relatar que a resposta dos

sujeitos em pular da plataforma na direção de um estímulo específico seria condicional a

presença de outros estímulos. Esse experimento foi uma das primeiras tentativas de
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estabelecer as discriminações condicionais utilizando ratos, o que ele chamou de “reações

condicionais”.

Nesse sentido, o software do Laboratório de percepção, Neurociências e

Comportamento (LPNeC), que se localiza na Universidade Federal da Paraíba, intitulado de

Kanji- K faz a demonstração dos conceitos de descriminação condicional, utilizando do

paradigma MTS (Matching-to-sample), e no manual Kanji-K procedimento Matching-to-

sample com caracteres japoneses, evidencia o objetivo do software como uma demonstração

do índice de discriminação de estímulos através desse procedimento. De forma Inicial, um

estímulo modelo aparece durante um tempo pré-determinado na aba de configurações do

software. Consecutivamente, um estímulo distrator e o estímulo modelo são exibidos, o

participante deverá indicar aquele que é igual ao apresentado, e se acertar, recebe um reforço

do comportamento emitido, que consiste em um sinal sonoro.

Em suma de todas informações supramencionadas, conclui-se que o estudo da análise

comportamental e de descriminação de estímulos é de grande importância para a psicologia e

o método Matching-to-sample é de grande importância na execução de testes e estudos nessa

área. Dessa forma, nesse experimento, teve-se como objetivo apresentar a discriminação

condicional de estímulos através de Kanjis, que se mostra como a variável independente,

sobre a discriminação de estímulos, que é a variável dependente.

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