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Estudo Dirigido – 26/05/2020

Carolina Demarque
Débora Checoli Mantelatto
Tamires Andrade Palomares
Thabyta Giraldelli Marsulo

Instruções:
Responda as questões abaixo, com base no Capítulo 11 do livro História da Psicologia Moderna
(Schultz, Duane P. História da psicologia moderna / Duane P. Schultz, Sydney Ellen Schultz; tradução
Priscilla Rodrigues Lopes; revisão técnica Maria Fernanda Costa Waeny. – 11. ed. – São Paulo, SP:
Cengage, 2019.).

1. Quais as principais características do Behaviorismo de Tolman?

Tolman, enfrentou muitas críticas dos behavorista watsonianos, pois ele através de seu
behavorismo intencional, dizia que o comportamento de um indivíduo era dominado por sua
intenção e visa atingir um objetivo ou aprender uma forma para atingir sua meta. Os watsonianos
insistiam em afirmar que qualquer referência à intenção, implicava o reconhecimento de processos
conscientes, coisa que para os behavoristas era algo não aceito. Tolman através de uma equação
matemática afirmou que o comportamento é causado por cinco variáveis, sendo elas: estímulo
ambiental, impulsos fisiológicos, hereditariedade, treinamento prévio e idade. Dentro desse mesmo
pensamento, Tolman concluiu que além dessas variáveis, existia um outro conjunto de fatores que
influenciavam o comportamento que eram as variáveis intervenientes, elas se referem a tudo que
ocorre dentro do organismo e que promove uma reação comportamental, como essa variável não
pode ser observada, ela só teria validade se fosse relacionada com variáveis experimentais ou do
comportamento.
Um bom exemplo dela é a fome, a qual não pode ser observada, contudo pode ser medida pelo
intervalo de tempo transcorrido desde a última refeição realizada (variável eperimental) ou pela
quantidade e a velocidade em que foi ingerida (variável do comportamento). Dessa forma era
possível descrever precisamente e de forma empirista, podendo ser quantificada e passível de
experimentação. Tolman também afirmava que a repetição de determinada tarefa, levava à
aprendizagem, e a isso ele deu o nome de “sign Gestalts”. Um bom exemplo, é um rato faminto que,
ao percorre um labirinto a procura de comida, trilha vários caminhos até encontrar a comida, sua
expectativa de obtenção de comida é atingida e então a “sign Gestalts” é reforçada, dessa forma o
rato cria em sua mente um mapa cognitivo, uma visão global do labirinto e não somente um
conjunto de hábitos motores. Isso, explica Tolman, é a razão pela qual um indivíduo, familiarizado
com uma cidade ou bairro, pode percorrer vários caminhos para chegar a um mesmo ponto, resposta
desse mapa cognitivo da área criado em sua mente. E por fim, uma de suas contribuições foi a
utilização de ratos brancos em pesquisas dos neobehavoristas, desde 1930 até 1960.

2. Quais as principais características do Behaviorismo de Hull?

O behaviorismo de Hull era mais sofisticado e complexo que o de Watson, apesar de ter sofrido
com as mesmas críticas em sua teoria. Quando se tornou professor de pesquisa, em Yale no ano de
1929, teve como principal objetivo formular uma teoria do comportamento baseada nas leis de
condicionamento de Pavlov. Dessa forma, ele também realizou pesquisas em animais. Suas técnicas
eram mecanicistas (considerava o comportamento humano automático), objetivas e reducionistas.
Seguia quatro métodos de pesquisa científica, sendo as três mais utilizadas: a observação simples, a
observação sistemática controlada e o teste experimental das hipóteses.
O quarto método proposto foi o hipotético-dedutivo, utilizado para definir postulados dos quais
serão deduzidas conclusões testáveis pela experimentação. Caso não haja comprovação dos testes
deveriam ser revisadas com evidências experimentais. Caso houvesse a comprovação, então
poderiam ser incorporadas cientificamente. Hull acreditava que a psicologia buscava ser objetiva,
como as demais ciências naturais, que era o princípio básico do behaviorismo.
O estímulo provocado por uma necessidade do organismo era considerado como o “impulso"
para ativar o comportamento e a sua redução ou satisfação era a base para reforçar esse
comportamento. Esse impulso pode ser determinado pelo tempo de ausência ou pela intensidade,
força ou gasto de energia do impulso resultante. Hull determinou dois tipos de impulso: Primário -
está associado ao estado das necessidades biológicas inatas e vitais para o organismo sobreviver.
Exemplo: o alimento, o ar para respirar, a água para matar a sede, temperatura corporal, sono, alívio
da dor. Secundário - seriam os outros impulsos capazes de motivar o organismo, mas que eram
adquiridas com estímulos situacionais ou associados ao ambiente que o indivíduo se encontrava.
Exemplo: ao se queimar com uma panela no fogo o impulso de aliviar a dor (impulso primário) é
ativado, porém o organismo associa o estímulo do ambiente com esse estímulo primário e então, ao
ver a panela no fogo novamente ira se afastar para não se queimar novamente.
O impulso secundário torna-se um estímulo adquirido pelo medo como resultado de um impulso
primário. Para Hull a aprendizagem se dá com a lei do reforço primário, ou seja, ele estabelece a
relação estímulo-resposta é seguida de uma redução de necessidade primária, o que aumenta as
chances da mesma resposta ocorrer novamente. Chamava essa relação entre estímulo e resposta (E /
R) de força do hábito e afirmava que essa força era o reforço relacionado à persistência do
condicionamento. Essa teoria se opõe à teoria cognitiva de Tolman.

3. Quais as principais características do Behaviorismo de Skinner?


Skinner dedicava‐se ao estudo das respostas com a preocupação da descrição do comportamento
e não buscando uma explicação para ele. A sua pesquisa trata apenas do comportamento observável,
com o objetivo de estabelecer relações funcionais entre as condições de estímulo controladas pelo
pesquisador e as respostas subsequentes do organismo de estudo. não se preocupava em especular
sobre o que ocorria dentro do organismo, uma vez que o que acontecia na relação entre estímulo e
resposta não era um dado objetivo. Em sua abordagem de organismo vazio. Descrevia que o
organismo humano era controlado e operado pelas forças do ambiente e não pelas forças internas,
Skinner não duvidava da existência das condições mentais ou fisiológicas internas, porém não as
aceitava como significantes no estudo científico do comportamento.
Para ele o comportamento era operante e ocorria sem nenhum estímulo observável, porém
desencadeia um comportamento observável. Skinner afirma que todo comportamento humano pode
ser moldado ao se controlar os estímulos do meio ambiente sendo assim é possível criar ou excluir
comportamentos ao inserir ou eliminar estímulos no meio ambiente, sendo assim o comportamento
não é consequência do livre arbítrio, mas das consequências das ações do ambiente.
O reforço consiste em qualquer evento que aumenta a probabilidade da ocorrência de um
determinado comportamento, ou seja, toda a consequência que, seguida de uma resposta,
modifica a probabilidade futura da ocorrência dessa resposta, aumentando ou diminuindo-a.
Skinner comprovou a sua teoria através de um experimento chamado “Caixa de Skinner”, que
consistia em colocar um rato dentro de uma caixa fechada com uma alavanca, que ao passo que
o rato interagisse com a barra, ativava um mecanismo que oferecia ao animal algumas
recompensas, observou que que quando era recompensado, o rato aumentava a frequência dos
movimentos desse resultado. Assim como os movimentos que não lhe gerava nenhuma
recompensa, eram diminuídos. Já as Punições têm o objetivo de cessar ou diminuir a frequência
de um comportamento, pois sua consequência é algo ruim.
Aplicando tal teoria na relação humana dizia que a aproximação sucessiva era uma
explicação para a aquisição de comportamento complexo; comportamentos, como aprender a
falar, seriam reforçados somente à medida que tendam ao comportamento final desejado ou se
aproximem dele.

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