Você está na página 1de 84

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE

SEGURANÇA OPERACIONAL
(SGSO)
Curso - Gestão da Prevenção de Acidentes Aeronáuticos -
CGPAA
Luís Fernando Motta Spanner
SUMÁRIO 2

INTRODUÇÃO
1 Principais conceitos relacionados à segurança
operacional e ao SGSO.

BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
2 Elementos normativos e regulatórios relacionados ao
SGSO.

ESTRUTURA DO SGSO
3 Componentes e elementos que constituem um SGSO.

IMPLEMENTAÇÃO DO SGSO
4 Gap Analysis e Plano de Ação.

ENCERRAMENTO
5 Considerações finais.
1 INTRODUÇÃO

Principais conceitos
relacionados à segurança
operacional e ao SGSO

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


1 INTRODUÇÃO
Evolução histórica da Segurança Operacional
• Interação entre o homem e a • Demonstra que a aviação
máquina relaciona diversos Estados e
• Contemplar problemas ERA Organizações
relacionados aos fatores
ERA TÉCNICA humanos ORGANIZACIONAL • Todos os agentes do Sistema
• Fator humano analisado de devem agir de forma
(1950-1970) forma individual (1990-2000) integrada, coordenada e
colaborativa em relação à SO

• A aviação surge como ERA DOS • A SO passou a ser vista por ERA DO SISTEMA
transporte de massa uma perspectiva sistêmica
• Foco nos aspectos FATORES • Fatores: técnicos + humanos DE AVIAÇÃO
técnicos/tecnológicos HUMANOS + organizacional TOTAL (a partir de
• Normas de compliance • Abordagem como Gestão da
e supervisão (1970-1990) SO 2000)
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
1
INTRODUÇÃO
Segurança Operacional (SO) e conceitos relacionados
SEGURANÇA OPERACIONAL (SO) / SAFETY
Anexo 19 - ICAO: O estado em que os riscos
associados às atividades da aviação,
relacionados ou que oferecem apoio direto à
operação de aeronaves, são reduzidos a um
nível aceitável e controlados.
RBAC 153: significa o estado no qual o risco de
lesões a pessoas ou danos a bens se reduz ou
se mantém em um nível aceitável, ou abaixo
deste, por meio de um processo contínuo de
identificação de perigos e gestão de riscos.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
1
INTRODUÇÃO
Gerenciamento da Segurança Operacional (GSO)

GESTÃO DA SEGURANÇA
OPERACIONAL (GSO)
GSO: consiste em desenvolver
e implementar medidas
apropriadas e efetivas para
realizar a mitigação dos riscos
à segurança operacional de
forma proativa.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


1
INTRODUÇÃO
Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO)
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE
SEGURANÇA OPERACIONAL (SGSO)

ICAO Anexo 19: Uma abordagem sistemática


do gerenciamento da segurança operacional,
incluindo as estruturas organizacionais,
responsabilidades, políticas e procedimentos
necessários.
RBAC 153: Significa um conjunto de
ferramentas gerenciais e métodos
organizados de forma sistêmica para apoiar as
decisões a serem tomadas por um provedor
de serviço da aviação civil em relação ao risco
de suas atividades diárias.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
2 BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA

Elementos normativos e
regulatórios relacionados ao
SGSO.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Anexo 19 - ICAO
CAPÍTULO 2
Os Padrões e Práticas Recomendadas contidas neste
Anexo serão aplicáveis às funções de gestão da
segurança.
• As disposições sobre a gestão da segurança
operacional direcionadas aos Estados estão contidas
no Capítulo 3, e dizem respeito ao Programa de
Segurança Operacional do Estado (SSP/PSO).
• As disposições sobre a gestão da segurança
operacional direcionadas aos Provedores de Serviços
Aéreos e Operadores específicos estão contidas no
Capítulo 4, e dizem respeito aos Sistemas de
Gerenciamento da Segurança Operacional
(SMS/SGSO).

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Anexo 19 – ICAO (SSP/PSO)
CAPÍTULO 3 (SSP/PSO)
• Os Estados estabelecerão e manterão um SSP/PSO que seja
proporcional ao tamanho e à complexidade de seu
sistema de aviação civil, mas poderão delegar as funções e
atividades relacionadas à gestão da segurança operacional
a outro Estado, a organização regional de supervisão da
segurança operacional (RSOO) ou a organização regional de
investigação de acidentes e incidentes (RAIO).
• Orientações sobre o SSP e a delegação das funções e
atividades relacionadas à gestão da segurança operacional
estão contidas no Manual de gerenciamento da segurança
operacional (SMM) (Doc 9859).

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Anexo 19 – ICAO (SMS/SGSO)
CAPÍTULO 4 (SMS/SGSO)
O SMS/SGSO de um provedor de serviços deverá:
a) ser estabelecido de acordo com os elementos estruturais
contidos no Apêndice 2
b) ser proporcional à dimensão do provedor de serviços e à
complexidade dos seus produtos ou serviços.

O Estado deverá garantir que o provedor de serviços


desenvolva um plano para facilitar a implementação do
SMS/SGSO.

As orientações sobre a implementação de um SMS/SGSO


estão contidas no Manual de Gerenciamento da Segurança
Operacional (SMM) (Doc 9859).
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Doc 9859 – ICAO (Safety Management Manual – SMM)
DOC 9859 - SMM
Guia de Referência que
aborda:
• Princípios e Conceitos
relacionados ao
Gerenciamento da
Segurança Operacional;
• SSP/PSO
• SMS/SGSO
• Implementação do SGSO

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Doc 9859 – ICAO (Safety Management Manual – SMM)
DOC 9859 – SMM

Estabelece os componentes
estruturantes para a
elaboração de um SSP/PSO
e um SMS/SGSO.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Doc 9859/SMM - FRAMEWORK – SSP/PSO
1. Recursos, Objetivos e Política da SO do Estado 3. Garantia da Segurança
• Legislação primária da aviação Operacional pelo Estado
• Regulamentos operacionais específicos • Obrigações de vigilância da
• O sistema e as funções do Estado segurança operacional
• Pessoal técnico qualificado • Desempenho da segurança
• Orientação técnica, ferramentas e fornecimento de operacional do Estado
informações críticas de segurança operacional
4. Promoção da Segurança
2. Gerenciamento dos Riscos à SO pelo Estado Operacional pelo Estado
• Obrigações concernentes a licenciamento, certificação, • Comunicação e disseminação
autorização e aprovação interna de informações de
• Obrigações concernentes ao sistema de gerenciamento da segurança operacional
segurança operacional
• Investigação de acidentes e incidentes • Comunicação e disseminação
• Identificação de perigos e avaliação dos riscos à SO externa de informações de
segurança operacional
• Gestão dos riscos à SO

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


2
BASE NORMATIVA/REGULATÓRIA
Doc 9859/SMM - FRAMEWORK – SMS/SGSO
1. Política e objetivos da Segurança 3. Garantia da Segurança Operacional
Operacional • Processo de monitoramento e
• Responsabilidade e comprometimento da Alta medição do desempenho da
Direção segurança operacional
• Responsabilidade primária acerca da • Processo de gerenciamento de
segurança operacional
mudanças
• Designação do pessoal-chave de segurança
operacional • Processo de melhora contínua do
• Coordenação do Plano de Resposta à SGSO
Emergência 4. Promoção da Segurança
• Documentação do SGSO Operacional
2. Gerenciamento dos Riscos à Segurança • Treinamento e qualificação
Operacional • Divulgação do SGSO e da comunicação
• Processo de identificação de perigos acerca da segurança operacional.
• Processo de avaliação e controle de riscos
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
3 ESTRUTURA DO SGSO

Componentes e
elementos que
constituem um
SMS/SGSO

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


3
ESTRUTURA DO SGSO
Componentes do SMS/SGSO
A Estrutura/Framework do SMS/SGSO
é baseada em 4 Componentes:

C1. Política e Objetivos da SO


C2. Gerenciamento dos Riscos à SO
C3. Garantia da SO
C4. Promoção da SO

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


3
ESTRUTURA DO SGSO
C1: Política e Objetivos da SO
A Estrutura/Framework do SMS/SGSO
estabelece que o Componente C1: Política e
Objetivos da SO é constituído por 05
Elementos:

E1. Responsabilidade e comprometimento


da Alta Direção
E2. Responsabilidade primária acerca da
segurança operacional
E3. Designação do pessoal-chave de
segurança operacional
E4. Coordenação do Plano de Resposta à
Emergência
E5. Documentação do SGSO
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E1: Responsabilidade e comprometimento da Alta Direção
• A Política de SO é a manifestação do
compromisso da Alta Direção do PSAC com a
segurança das operações.
• Esse compromisso está relacionado ao
reconhecimento da segurança operacional como
um valor e uma prioridade dentro do provedor.
• Essa política irá nortear a implementação do
SGSO e os comportamentos esperados de todos
os funcionários em relação à segurança
operacional.
• Para tanto, ela deverá ser amplamente difundida
e internalizada. Os gestores têm a
responsabilidade de comunicar essa política a
todos os funcionários, de maneira a garantir que
eles a entendam e trabalhem de acordo com ela.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E1: Responsabilidade e comprometimento da Alta Direção
A política de segurança operacional pode ter muitas • Indicar claramente quais são os padrões de
formas, mas geralmente é formalizada em um comportamento considerados inaceitáveis pelo PSAC,
documento escrito, normalmente no MGSO do inclusive com as circunstâncias em que ações
provedor. Uma boa política de segurança operacional
deve: disciplinares serão aplicadas;
• Refletir o comprometimento do PSAC com a • Ser aprovada e assinada pelo Gestor Responsável;
segurança, incluindo a promoção e o • Ser comunicada de maneira efetiva a todos os
desenvolvimento de uma cultura positiva de funcionários e colaboradores do PSAC; e
segurança operacional;
• Incluir o compromisso de melhorar continuamente • Ser periodicamente revisada para assegurar que ela
o SGSO de forma a alcançar os mais elevados níveis continue relevante e adequada ao PSAC.
de desempenho de segurança operacional;
• Incluir uma declaração clara sobre a disponibilização
de recursos para a implementação da política de
segurança operacional e para a entrega de produtos
e serviços seguros;

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO

Exemplo de
Política de
Segurança
Operacional

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E1: Responsabilidade e comprometimento da Alta Direção
• Considerando a política de segurança operacional
estabelecida, o PSAC precisa definir os seus
objetivos de segurança operacional.
• Esses objetivos estão relacionados com o nível
de desempenho da segurança operacional
almejado, e indicam o direcionamento do
provedor para a concretização da sua política.
• Devem ser criados de maneira a representar
compromissos com ações concretas e factíveis
que servirão de referência tanto para priorização
de recursos quanto para medição do
desempenho da segurança operacional do PSAC

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E1: Responsabilidade e comprometimento da Alta Direção

Exemplo de
Objetivos da
Segurança
Operacional

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E2: Responsabilidade primária acerca da SO
A responsabilidade primária se refere
àquelas obrigações que não podem ser
delegadas.
Assim, independentemente de outras
funções, o Gestor Responsável terá a
responsabilidade de prestar contas, em
nome do PSAC, para a implementação e a
manutenção do SGSO.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E2: Responsabilidade primária acerca da SO
As obrigações e responsabilidades do Gestor Responsável devem incluir,
mas não necessariamente se limitar a:
• Fornecimento e alocação dos recursos humanos, técnicos,
financeiros e outros necessários para o desempenho efetivo do SGSO;
• Responsabilidade direta pela condução dos assuntos da organização;
• Autoridade final sobre as operações;
• Estabelecimento e promoção da política de segurança operacional;
• Estabelecimento e promoção dos objetivos de segurança
operacional;
• Atuação como o grande promotor da segurança operacional na
organização;
• Responsabilidade final pela solução de todas as questões se
segurança operacional.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E3: Designação do pessoal-chave de segurança operacional
• Para a efetiva implementação e
funcionamento do SGSO é fundamental a
designação de uma pessoa encarregada da
sua operação de rotina: o “Gestor de
Segurança Operacional (o GSO)”.
• O GSO deve ser o responsável pela
implementação e manutenção do SGSO do
PSAC.
• O GSO pode trabalhar sozinho ou trabalhar
com uma equipe, em função do tamanho do
PSAC e da natureza e complexidade de suas
operações.
• Deverá ter acesso direto ao Gestor
Responsável e demais gestores/gerentes do
provedor para assessorá-los em matéria de
segurança operacional.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E3: Designação do pessoal-chave de segurança operacional
Principais obrigações e responsabilidades do • Planejamento e facilitação do treinamento
GSO com a segurança operacional: de segurança operacional;
• Gerenciamento da implementação do SGSO • Monitoramento das questões e
em nome do Gestor Responsável; preocupações de segurança operacional na
indústria de aviação e o respectivo impacto
• Condução e facilitação da identificação de nas operações do PSAC;
perigos e da avaliação de riscos à segurança
operacional; • Coordenação e comunicação (em nome do
Gestor Responsável) com as autoridades de
• Monitoramento das ações corretivas e aviação civil no Brasil e com os demais
avaliação de seus resultados; órgãos governamentais, se necessário,
• Fornecimento de relatórios periódicos sobre sobre questões relacionadas à segurança
o desempenho da segurança operacional do operacional, e
PSAC; • Coordenação e comunicação (em nome do
• Gerenciamento dos registros e da Gestor Responsável) com organizações
documentação de segurança operacional; internacionais sobre questões relacionadas
à segurança operacional.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E3: Designação do pessoal-chave de segurança operacional
• Temas ligados à segurança operacional e à
avaliação do desempenho do PSAC devem
ocorrer no âmbito de grupos formais
específicos (CSO; GASO/ Fóruns).
• O CSO deve ser um comitê de alto nível,
presidido pelo Gestor Responsável e
composto pelos demais membros da equipe
de gestão, incluindo os gerentes dos
departamentos que são diretamente
responsáveis pelo desempenho das
atividades operacionais e demais áreas
administrativas relevantes.
• O GSO deve participar do CSO em uma
função consultiva.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E4: Coordenação do Plano de Resposta à Emergência
• Uma emergência é uma situação não
planejada ou um evento que requer uma
ação imediata.
• A coordenação do Plano de Resposta à
Emergência está relacionada ao
planejamento de atividades no período
em que o PSAC vivencia uma situação
de emergência operacional.
• Nele devem ser definidos os
procedimentos a serem adotados no
caso de uma emergência, visando
garantir o retorno das operações.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E4: Coordenação do Plano de Resposta à Emergência
• O plano deve fornecer a base para uma • Coordenação dos esforços de emergência
interna e externamente à organização;
abordagem sistemática ao
• Continuação segura das operações,
gerenciamento dos assuntos do PSAC enquanto a crise é gerenciada;
após um evento significativo não • Identificação proativa de todos os possíveis
planejado, para garantir: eventos ou cenários de emergência e suas
ações mitigadoras correspondentes, e
• Delegação de autoridade de emergência;
• Identificação das condições que deflagram a
• Atribuição de responsabilidades de desativação da situação de emergência e o
emergência; consequente retorno às operações normais.
• Documentação dos processos e • As obrigações relacionadas à elaboração
procedimentos de emergência;
de um plano de resposta à emergência
• Documentação dos processos e estão estabelecidas em regulamentos
procedimentos de emergência; específicos, cabendo a cada PSAC

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E5: Documentação do SGSO
• Para a implantação de um SGSO, é
preciso também que todos os requisitos,
procedimentos, responsabilidades,
processos e metodologias estejam
devidamente documentadas e que os
resultados desses processos estejam
devidamente registrados.
• Para facilitar a comunicação, a
manutenção e o gerenciamento internos
do sistema, o PSAC precisa desenvolver
um Manual de Gerenciamento da
Segurança Operacional (MGSO).
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E5: Documentação do SGSO
• O MGSO é um dos manuais que o provedor deve
apresentar à ANAC para obter o seu certificado
ou autorização para operar.
• O manual deve facilitar a comunicação, a
manutenção e o gerenciamento internos do
sistema. Link
• Simultaneamente, deve servir como para o
comunicação ou declaração do SGSO do Guia -
provedor à ANAC para os propósitos de MGSO
avaliação e subsequente supervisão do sistema.
• O MGSO deve ser mantido atualizado e, nos
casos de alterações ou emendas, a nova versão
deve ser encaminhada à ANAC.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C1: Política e Objetivos da SO
E5: Documentação do SGSO
Outro aspecto da documentação do SGSO • Evidências da promoção da segurança
é a compilação e manutenção de operacional;
registros que comprovam a existência e o • Certificados dos treinamentos de
funcionamento contínuo do SGSO segurança operacional;
• Atas ou memórias das reuniões do CSO e
Os registros do SGSO devem incluir, mas GASO, quando aplicável, e
não necessariamente se limitar a: • Indicadores de desempenho de
• Relatos de perigos e ocorrências; segurança operacional e gráficos
• Avaliações de risco concluídas ou em associados.
andamento; Objetivo: Garantir a internalização e a
• Relatórios das auditorias e investigações rastreabilidade da informação dentro da
internas; organização

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


3
ESTRUTURA DO SGSO
C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
O gerenciamento de riscos tem como
objetivo orientar a alocação equilibrada
dos recursos para o controle racional dos
riscos que afetam as operações de uma
organização.

No contexto da aviação, o gerenciamento


de riscos é o processo mais importante
para manter a segurança das operações
em um nível aceitável.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


3
ESTRUTURA DO SGSO
C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
A Estrutura/Framework do SMS/SGSO
estabelece que o Componente C2:
Gerenciamento dos Riscos à SO é
constituído por 02 Elementos:

E1. Processo de identificação de


perigos;
E2. Processo de avaliação e controle de
riscos.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E1: Processo de identificação de perigos
Perigo: é uma condição, objeto ou atividade que
potencialmente pode causar lesões às pessoas,
danos a bens (equipamentos ou estruturas), perda de
pessoal ou redução da habilidade para desempenhar
uma função determinada.

Existem muitas maneiras de identificar perigos,


porém, para ter sucesso é necessária uma visão
ampla e um olhar atento para buscar encontrar tudo
aquilo que pode comprometer a segurança das
operações.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E1: Processo de identificação de perigos
Exemplos de metodologias utilizadas da identificação de
perigos:
• Brainstorming – Reuniões internas para discussão de
assuntos de segurança operacional de forma não crítica
• Pesquisas ou questionários com a equipe
• Relatos (voluntários e obrigatórios)
• Inspeções internas de segurança operacional
• Investigações/Auditorias internas e externas de
segurança operacional
• Revisão formal de normas, procedimentos e sistemas
• Métodos de identificação de erros e causalidade de
acidentes (Modelo SHELL, Modelo Reason)
• Observações das operações diárias
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E1: Processo de identificação de perigos

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos

Consequência do
perigo: é o resultado
de um perigo,
porém, não devemos
confundi-los.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Risco: é a avaliação das consequências de um
perigo, expressa em termos de probabilidade e
severidade, tomando como referência a pior
condição possível.

De maneira simples, podemos dizer que o termo


“risco” se refere à chance de alguém ser
prejudicado por algum perigo, juntamente com
uma indicação de quão sérios podem ser os
danos

Quando identificamos perigos é importante


considerar, em primeiro lugar, o porquê de
fazermos isso. A resposta é que identificamos
perigos de modo a enumerar,
subsequentemente, as consequências e os riscos
a eles associados.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Probabilidade de Ocorrência: Uma tarefa
importante na análise do risco é determinar
o nível de risco com base em sua
probabilidade de acontecer, ou seja,
considerando a probabilidade de um
evento ocorrer com base na exposição ao
perigo.

Uma maneira simples de determinar a


probabilidade é classificar o risco com base
em sua frequência potencial de ocorrência.
Isso pode ser feito em uma escala simples
de cinco pontos, que varia, por exemplo, de
probabilidade rara a muito provável de
ocorrer.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Severidade da Ocorrência: Avaliação de
severidade é a estimativa do impacto das
consequências de um perigo, tomando como
referência a pior situação possível.

Pode-se estimar a severidade em termos de:


• Materiais
• Financeiros
• Responsabilidade legal
• Pessoal
• Meio ambiente
• Imagem da empresa/organização
• Confiança do público
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Tolerabilidade: Após avaliar a Tolerabilidade = Severidade x Probabilidade
probabilidade e a severidade de cada
evento, use a matriz de tolerância ao
risco para avaliar quão tolerável é o risco
para a sua organização.

A tolerabilidade ao risco vai indicar se é


possível conviver com o risco; se é
necessário mitigar os riscos ou mesmo
se será necessário cancelar a operação.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Metodologia ALARP: A gestão de riscos
baseia-se frequentemente no conceito de
ALARP, do inglês “As Low As Reasonably
Practicable”, e traduzido como "tão baixo
quanto razoavelmente praticável".

Todos os esforços devem ser feitos para


reduzir os riscos para o nível mais baixo
possível até chegar a um ponto em que o
custo da introdução de medidas de
segurança adicionais supera
significativamente o benefício de segurança.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Risco inaceitável: Riscos inaceitáveis são classificados como inaceitáveis independentemente dos
benefícios associados à atividade. Um risco inaceitável deve ser eliminado ou reduzido, de modo a
que se recaia numa das outras duas categorias. Do contrário, deve haver razões excepcionais para
que a atividade ou a prática continuem.
Risco tolerável: são aqueles que as pessoas estão geralmente dispostas a tolerar para continuar a
usufruir dos benefícios das atividades ou operações. Os riscos toleráveis devem ser devidamente
avaliados e controlados para manter o risco residual ALARP e devem ser revistos periodicamente
para garantir que permaneçam dessa forma (por exemplo, o risco de pedestres caminhando entre o
terminal e a aeronave serem atingidos por um veículo em movimento só é tolerável se existem
barricadas apropriadas, escolta de segurança e iluminação adequada).
Risco aceitável: são considerados suficientemente baixos e bem controlados. A redução do risco é
necessária apenas se estiverem disponíveis medidas razoavelmente praticáveis. Riscos amplamente
aceitáveis são aqueles que as pessoas consideram insignificantes ou triviais em suas vidas diárias, ou
que existem, mas não têm nenhuma mitigação praticável (por exemplo, a maioria das organizações
aceita que seu pessoal pode sofrer ferimentos em seu caminho para o trabalho, mas têm pouco
controle sobre o que acontece em estradas públicas).

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Eliminar o perigo ou mitigar o risco:
Após ter identificado os perigos,
avaliado as consequências e definido
os níveis de risco, você deve fazer
tudo o que for “razoavelmente
praticável" para mitigar os riscos
identificados.

Lembre-se! Você não precisa


necessariamente de grandes
investimentos para mitigar riscos e
melhorar a segurança operacional!
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Formalizado e
documentado
por meio do
conjunto
AISO/PESO

AISO: Avaliação/Análise de Impacto


à Segurança Operacional
PESO: Procedimento Específico de
Segurança Operacional

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Biblioteca de Perigos: Um fundamento do
gerenciamento de riscos diz respeito à
importância da gestão adequada da
documentação, que se traduz num método
formal para transformar os dados de segurança
operacional em informação relacionada com os
perigos.

É importante diferenciar a biblioteca de perigos


de um banco de dados de ocorrências. A
biblioteca de perigos deve conter todos os
perigos identificados na organização, mesmo que
não tenham gerado alguma ocorrência

Link - Modelo de Biblioteca de Perigos


Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Controle dos riscos: Depois de determinar os
níveis de risco, avalie as defesas ou os controles
estabelecidos para verificar a efetividade deles
em relação ao perigo identificado
A avaliação da efetividade das defesas é
importante para garantir o funcionamento do
processo de gerenciamento de risco. É
importante estabelecer ações que vão de fato
mitigar os riscos analisados
O processo de gerenciamento de risco somente
estará concluído quando a organização testar a
validade de suas decisões e avaliar a efetividade
das medidas mitigadoras implementadas.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C2: Gerenciamento dos Riscos à SO
E2: Processo de avaliação e controle de riscos
Fluxograma
do
Processo
de
Gerenciamento
de
Risco

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


3
ESTRUTURA DO SGSO
C3: Garantia da SO
A garantia da segurança operacional é um
componente do SGSO que acompanha o
gerenciamento de riscos no dia a dia da
operação do sistema na organização.
É composto de vários processos que vão
demonstrar que o SGSO está cumprindo com
os objetivos de segurança operacional e que
o processo de gerenciamento de riscos está
funcionando.
A maneira pela qual a Garantia da Segurança
Operacional nos fornece essa confiança é
baseada em atividades de monitoramento e
de medição do desempenho da segurança A Garantia da Segurança Operacional
operacional. demonstra que o seu SGSO funciona!
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
3
ESTRUTURA DO SGSO
C3: Garantia da SO
A Estrutura/Framework do SMS/SGSO
estabelece que o Componente C3:
Garantia da SO é constituído por 03
Elementos:

E1. Processo de monitoramento e


medição do desempenho da segurança
operacional
E2. Processo de gerenciamento de
mudanças
E3. Processo de melhora contínua do
SGSO.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
Monitorar o desempenho de segurança
operacional tem como finalidade verificar as
realizações, os resultados ou os efeitos de
segurança relacionados às atividades de
gerenciamento da segurança operacional da
organização.

Observa-se, dessa maneira, uma medida da


eficácia do SGSO.

Para a realização desse monitoramento é muito


importante que existam os indicadores de
desempenho que permitam mensurar
determinadas características dos processos da
organização
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
• Os indicadores de desempenho de
segurança operacional são parâmetros
obtidos com base em dados utilizados para
monitorar e avaliar o desempenho de
segurança operacional da organização.
• Os indicadores de segurança operacional são
a principal fonte para o processo de
garantia da segurança operacional.
• A meta de segurança operacional é a meta
planejada ou pretendida para um indicador
de segurança operacional durante um
determinado período, em alinhamento com
o(s) objetivo(s) de segurança operacional.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
• Medir o que deve ser medido: a organização Como definir Indicadores de Segurança
precisa definir os indicadores mais adequados Operacional?
para demonstrar se ela está no caminho para
alcançar seus objetivos de segurança operacional.
• Disponibilidade de dados: há dados disponíveis
para medir o que a organização deseja? Em caso
negativo, pode ser necessário definir fontes
adicionais de dados.
• Confiabilidade dos dados: dados podem ser não
confiáveis por causa de sua subjetividade ou por
estarem incompletos.
• Indicadores comuns do setor: pode ser útil
entrar em acordo com organizações similares
para utilizar indicadores de segurança
operacional comuns que permitam comparações
entre organizações.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
Um bom indicador é:
• Válido e confiável;
• Sensível a mudanças quanto ao que está
medindo;
• Amplamente aplicável em todas as operações
da empresa e, idealmente, em todo o setor
da aviação;
• Facilmente e acuradamente comunicável;
• Não suscetível a cálculos ou interpretações
enviesados; e
• Viável considerando os custos para a captura
dos dados. Link - Guia BAIST - Indicadores

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
Analisando e interpretando o comportamento do
indicador: Analisar o comportamento do indicador e
justificar as constatações é um movimento decisivo
para a interpretação dos resultados de desempenho
da organização.
• O indicador está crescendo ao longo do tempo?
• Está diminuindo?
• Estagnou?
• Sua tendência está crescendo? Está diminuindo?
• Há expectativa real de atingir a meta?
• Ou a meta não será atingida, por mais que sejam
destinados recursos a essa empreitada?
• Algum valor do indicador parece anormal?
• Algum nível de alerta foi ultrapassado?
• Há outros indicadores que podem ser analisados em
conjunto?
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
Outra fonte de informação para o processo de
garantia da segurança operacional é a auditoria
interna de segurança operacional.
• Visa avaliar a eficácia do SGSO e destacar as
áreas que precisam de atenção, a partir de
uma análise de cumprimento com os
requisitos de gerenciamento da segurança
operacional.
• Pode ser realizada por equipe do próprio
PSAC (pessoal orgânico) ou por uma
organização externa ao PSAC.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E1: Processo de monitoramento e medição do desempenho da SO
Para atingir essas finalidades, a auditoria
interna vai dar feedback à alta direção da
organização sobre os seguintes aspectos:
• Cumprimento com os regulamentos;
• Cumprimento com políticas, processos e
procedimentos;
• Eficácia dos controles de riscos de segurança
operacional;
• Eficácia das ações corretivas;
• Eficácia do SGSO.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E2: Processo de gerenciamento de mudanças
O processo de gerenciamento de mudanças
identifica todas as mudanças que contém o
potencial de afetar os processos,
procedimentos e prestação de serviços da
organização na área de segurança operacional.

Trata-se de realizar o gerenciamento de riscos


relacionados às mudanças. Ou seja, o
gerenciamento de mudanças vai utilizar os
processos de identificação de perigos e de
gerenciamento de riscos que a organização já
possui.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E2: Processo de gerenciamento de mudanças
Principais fatores relacionados às mudanças:
• Expansão ou retração da organização;
• Melhorias de negócios que afetam a segurança
operacional. Estas podem resultar em alterações
nos sistemas internos, processos ou
procedimentos que apoiam a entrega segura de
CHANGE
produtos e de serviços; MANAGEMENT
• Mudanças do ambiente operacional da
organização;
• Mudanças na interface do SGSO com
organizações externas;
• Mudanças regulatórias externas, mudanças
econômicas e riscos emergentes.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E2: Processo de gerenciamento de mudanças
Passo a passo para um processo de 4. Desenvolva um plano de ação, que deverá
Gestão da Mudança: definir o que deve ser feito, por quem e
1. Compreenda e defina a mudança quando
(descrição da mudança e o porquê 5. Aprove a mudança, para confirmar que a
dela estar sendo executada) mudança é segura para ser implementada
2. Compreenda e defina quem e o que a 6. Implemente a mudança
mudança vai afetar (pessoas e 7. Faça um plano de garantia, para determinar
organizações - internas e externas, quais ações de acompanhamento são
processos, procedimentos, sistemas) necessárias. Considere como a mudança
3. Identifique os perigos relacionados será comunicada e se atividades adicionais
com a mudança e faça uma avaliação (como auditorias) são necessárias durante
dos riscos decorrentes ou após a mudança.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E2: Processo de gerenciamento de mudanças

Uma mudança planejada, com impactos controlados sobre a


segurança, ajudará sua organização a manter um nível de
desempenho da segurança operacional aceitável!!
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E3: Processo de Melhoria Contínua do SGSO
Na melhoria contínua do SGSO, o interesse é
agrupar todos os esforços em busca de um
aumento da eficácia do sistema e um consequente
aumento do desempenho de segurança
operacional da organização.

Como resultado da melhoria contínua, a


organização poderá alterar seus objetivos de
segurança operacional e suas metas de segurança
operacional.

Poderá também rever os processos do SGSO que


não estão atingindo o grau de eficácia planejado.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E3: Processo de Melhoria Contínua do SGSO
Fontes para a Melhoria Contínua: 4. Pesquisas de segurança operacional: inclui as
pesquisas de cultura que fornecem uma
1. Auditorias internas e externas retroalimentação valiosa a respeito do
comprometimento do pessoal com o SGSO.
2. Avaliações: considera as avaliações tais
como a de cultura de segurança 5. Análises críticas da gestão: examina se os
objetivos de segurança operacional estão sendo
operacional e a de eficácia do SGSO alcançados pela organização, sendo ainda uma
oportunidade de analisar todas as informações de
3. Identifique os perigos relacionados com desempenho de segurança operacional
a mudança e faça uma avaliação dos disponíveis para identificar as tendências globais.
riscos decorrentes 6. Avaliação dos indicadores de segurança
4. Monitoramento de ocorrências: operacional e das metas de segurança
monitora a recorrência de eventos de operacional
segurança operacional tais como 7. Coleta de lições aprendidas: as lições aprendidas
acidentes, incidentes, erros e situações dos sistemas de relatos de segurança operacional
e das investigações de segurança operacional
de desobediência às regras. podem levar à implementação de melhorias de
segurança operacional.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C3: Garantia da SO
E3: Processo de Melhoria Contínua do SGSO
Investigação Interna de Eventos de Interesse da
Segurança Operacional

• Analisa os eventos que afetaram a segurança


operacional com o objetivo de identificar as
deficiências sistêmicas, as falhas organizacionais ou
as condições latentes (perigos) presentes no
contexto do PSAC que contribuíram para a
ocorrência, buscando evitar que novos eventos
similares aconteçam devido aos mesmos fatores.
• A investigação interna de eventos de segurança
operacional é um instrumento importante no
processo de melhoria contínua do SGSO.
• Com uma boa investigação é possível identificar
fatores que contribuíram para resultar no evento
investigado, impedindo que novos casos similares Link - Guia - Investigação Interna
aconteçam.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
3
ESTRUTURA DO SGSO
C4: Promoção da SO
A promoção da segurança operacional tem por
objetivo criar e manter uma cultura positiva
de segurança operacional em um ambiente
propício ao cumprimento dos objetivos de
segurança do Provedor de Serviços de Aviação
Civil (PSAC).

Uma cultura positiva de segurança operacional


é caracterizada por valores, atitudes e
comportamentos comprometidos com os
esforços de segurança de todos os envolvidos
na operação diária do PSAC.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
3
ESTRUTURA DO SGSO
C4: Promoção da SO
• As estratégias de promoção incluem
treinamento para o desenvolvimento de
competências técnicas e a comunicação efetiva
para o compartilhamento de informações.
• A promoção da segurança operacional deve
resultar em um sistema de valores
organizacionais que irá fundamentar todas as
ações relacionadas à segurança.
• As atividades de promoção da segurança são
especialmente importantes durante os estágios
iniciais da implementação de um SGSO,
entretanto, a promoção de segurança também
desempenha um papel importante na sua
manutenção.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


3
ESTRUTURA DO SGSO
C4: Promoção da SO
A Estrutura/Framework do SMS/SGSO
estabelece que o Componente C4:
Promoção da SO é constituído por 02
Elementos:

E1. Treinamento e qualificação


E2. Divulgação do SGSO e da
comunicação acerca da segurança
operacional

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E1: Treinamento e Qualificação
• Os treinamentos no âmbito do SGSO são
essenciais para assegurar que as atividades do
PSAC sejam desenvolvidas em nível aceitável
de segurança operacional.
• Os funcionários devem, portanto, receber
treinamento adequado para desenvolver
conhecimentos e habilidades necessárias à
execução de suas funções, reduzindo, assim, as
possibilidades de falhas e erros.
• Além disso, o treinamento tem a função de
promover uma cultura de segurança no contexto
organizacional, disseminando a política, os
princípios, as diretrizes e os principais requisitos de
segurança operacional adotados pelo PSAC.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E1: Treinamento e Qualificação
Treinamento para a Alta Direção
• Necessidade do pessoal da alta direção de
compreender os requisitos regulamentares
associados ao SGSO e os principais pontos do
que foi ou está sendo implantado no PSAC.

Treinamento para o pessoal operacional


• Necessidade de desenvolver conhecimentos
técnicos e habilidades necessárias à execução
de suas funções, reduzindo, assim, as
possibilidades de falhas e erros.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E1: Treinamento e Qualificação
Programa de Instrução/Treinamento em
Segurança Operacional (PISOA)
• Planejamento:
• De que treinamento precisamos?
• Quem precisa ser treinado?
• Quem pode fazer isso?
• Estrutura:
• Lista das pessoas que precisam de treinamento em
segurança operacional;
• Calendário de treinamentos em segurança operacional;
• Tipo de treinamento para cada membro da equipe;
• Treinamentos básicos em segurança operacional e
respectivo público-alvo;
• Treinamentos recorrentes de segurança operacional e
respectivo público-alvo;
• Avaliação da eficácia dos treinamentos em segurança
operacional realizados. Link - Guia - PISOA

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E2: Divulgação do SGSO e da comunicação acerca da SO
A Divulgação e a Comunicação acerca da SO
visa um efetivo compartilhamento de
informações, com o intuito de manter uma
cultura positiva de SO

As informações de segurança incluem


relatórios sobre perigos, avaliações de risco,
análises de segurança, relatórios de
investigação, relatórios de auditoria, atas de
reunião, registros de conferências, alertas de
SO, boletins de SO, etc.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E2: Divulgação do SGSO e da comunicação acerca da SO
Aspectos a serem considerados nas ações de
divulgação e comunicação
• Relevância das informações
• Público-alvo
• Meios para divulgar as informações
• Momento estratégico para maximizar o impacto
da mensagem
• Conteúdo
• Redação

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E2: Divulgação do SGSO e da comunicação acerca da SO
Principais Meios de realização da Promoção da • Vídeos: O uso de vídeos oferece como vantagem a
Segurança Operacional exposição de imagens dinâmicas e do som para atrair a
atenção sobre o conteúdo das mensagens veiculadas.
• Comunicação oral: Talvez seja o método mais Essa ferramenta pode ser eficiente para a divulgação de
eficiente, principalmente se complementado com uma uma determinada mensagem em estruturas
apresentação visual. Exige tempo e esforço para reunir organizacionais dispersas, minimizando a necessidade de
o público-alvo, os recursos e os equipamentos deslocamento de pessoal.
necessários. • Estandes: Utilizar espaços fixos em eventos, tais como
• Materiais impressos: São bastante utilizados devido à estandes, permite que os conteúdos produzidos em suas
rapidez e à economia. No entanto, na era digital, a mais diversas formas (impressa, eletrônica ou por contato
palavra impressa enfrenta mais dificuldades na disputa pessoal) sejam apresentados a um público específico
por atenção. durante toda a duração do evento.
• Peças eletrônicas: A produção de peças (cartilhas, • Conferências, reuniões, simpósios, seminários e
workshops: O uso de fóruns pode ser ideal para a
cartazes, banners, cards, pop-ups, sites, hotsites, promoção das questões ligadas à segurança. Os PSACs, os
aplicativos, páginas webmobile, redes sociais etc.) em órgãos reguladores, as associações do setor, os institutos,
formato digital é aconselhável tendo em vista a as universidades e os fabricantes, entre outros, podem
extensão de seu alcance e a rapidez de sua patrocinar esse tipo de evento. O valor desses fóruns vai
disseminação. São os meios mais comuns utilizados bem além contatos com outras pessoas do mesmo setor
atualmente. ou, até mesmo, de setores distintos.

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


ESTRUTURA DO SGSO
3 C4: Promoção da SO
E2: Divulgação do SGSO e da comunicação acerca da SO
Para que uma mensagem sobre segurança
operacional possa ser assimilada, antes de mais
nada é preciso motivar positivamente o seu
destinatário.
Se isso não for feito, muitos esforços bem
intencionados poderão ser desperdiçados.
A propaganda que só estimula a evitar erros sem
demonstrar utilidade e sem contextualizar o
ambiente operacional a que se refere, não
oferece nada de substancial e possivelmente
será ineficaz.
Por isso, considere sempre divulgar questões que
ao final resultaram em melhorias nos níveis de
segurança operacional do PSAC.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
4 IMPLEMENTAÇÃO DO SGSO

Gap Analysis
e Plano de
Ação

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


4
IMPLEMENTAÇÃO DO SGSO
Gap Analysis (Análise do Faltante)
• Antes de iniciar a implantação SGSO, o
Gestor Responsável pelo Provedor de
Serviços de Aviação Civil (PSAC) deve
realizar uma Análise do Faltante ou
Gap Analysis
• Levantamento de todos os requisitos
de SGSO a serem desenvolvidos e
implantados pelo provedor,
considerando a estrutura, os processos
e os procedimentos existentes
relacionados à segurança operacional

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


4
IMPLEMENTAÇÃO DO SGSO
Plano de Implementação
• A avaliação dos resultados da Análise
do Faltante permite que o Gestor
Responsável pelo PSAC elabore um
Plano de Implantação do SGSO
consistente, contendo as ações
necessárias para a adequação das
estruturas existentes de acordo com os
requisitos constantes dos
regulamentos.
• Esta implantação normalmente ocorre
em fases, e em períodos que variam de
dois a quatro anos para conclusão.
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
4
IMPLEMENTAÇÃO DO SGSO
Matriz de Fases para implantação do SGSO - Exemplo
Clique
para
acessar
a
Matriz
de
Fases

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


5 ENCERRAMENTO

Dicas
e
Considerações
Finais

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


5
ENCERRAMENTO
Dicas
• Site da ANAC sobre Segurança Operacional: https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/seguranca-
operacional
• Site da ANAC sobre SGSO – Aeródromos: https://www.gov.br/anac/pt-
br/assuntos/regulados/aerodromos/seguranca-operacional/sgso-aerodromos
• Site da ICAO – Safety Management Implementation:
https://www.unitingaviation.com/publications/safetymanagementimplementation/content/#/
• Site do Safety Management Internacional Collaboration Group (SM ICG):
https://www.skybrary.aero/index.php/Safety_Management_International_Collaboration_Group_(S
M_ICG)
• PSO BR: https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/seguranca-operacional/programas-de-seguranca-
operacional/pso-br
• PSOE ANAC: https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/seguranca-operacional/programas-de-
seguranca-operacional/psoe-anac
• PSOE COMAER: https://publicacoes.decea.mil.br/publicacao/dca-63-5
• CENIPA: https://www2.fab.mil.br/cenipa/
Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022
5
ENCERRAMENTO
Dúvidas ou Comentários

Luís Fernando Motta Spanner – Outubro/2022


5
ENCERRAMENTO
Contato
Obrigado pela atenção e pela participação!

Luís Fernando Motta Spanner


Coordenador-Geral de Safety / Airport Safety Professional - ASP (ICAO/ACI)
CCR Aeroportos
+55 11 91172-7925 luis.spanner@grupoccr.com.br
Outubro/2022

Você também pode gostar