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QR Code

Comunicação e Engajamento na Era


Digital

2014
(1ª Edição)

THOMAS ECKSCHMIDT
SILVIA S. MORITA
Capa: Desenho Moderattus

Dados de Catalogação da Publicação


Eckschmidt, Thomas; Morita, Silvia S.
QR CODE – COMUNICAÇÃO E ENGAJAMENTO NA ERA
DIGITAL / Thomas Eckschmidt, Silvia S. Morita – Estados Unidos:
MODERATTUS Publicações, 2014
Bibliografia.
ISBN-10: 150255979X
ISBN-13: 978-1502559791
1. QR Code (Comunicação) 2. Marketing Digital 3. Comunicação
Digital 4. Marketing Tendências 5. Comunicação QR Code I. Eckschmidt,
Thomas II. Morita, Silvia S..
QR Code
Comunicação e Engajamento na Era
Digital

2014
(1ª Edição)

THOMAS ECKSCHMIDT
SILVIA S. MORITA

Publicação:
PREZADO LEITOR,

Este livro busca desmistificar o QR Code, contando um pouco


da sua origem e aplicações. O QR Code é uma ferramenta bastante
poderosa para integrar as mídias analógica e digital, e pode ser um grande
diferencial para comunicar e engajar com clientes e consumidores.
Abordamos suas diferentes opções de uso, com exemplos em
diversas indústrias e serviços. Fica claro que o QR Code veio para ficar, e,
como sempre, os primeiros tomam uma boa dianteira em relação aos
concorrentes. Aqueles que não conhecem o QR Code podem achar que se
trata de uma solução para grandes empresas com grandes orçamentos de
marketing, quando, na verdade, o QR Code é um nivelador e
democratizador da comunicação.
A criatividade na sua aplicação poderá diferenciar aqueles que
usam essa tecnologia de forma otimizada daqueles que só querem aparecer,
sem o mínimo de estrutura e plano.
Boa leitura!
THOMAS ECKSCHMIDT

SILVIA S. MORITA

Dezembro 2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
......................................................................
1. HISTÓRIA DO QR CODE
1.1. O C B
1.2. C B B
1.3. L T C B
2. APLICAÇÕES DO QR CODE
2.1. V G A
2.2. C QR C
2.3. A T L
2.4. A A
2.5. A
2.6. A E
2.7. A Á S
2.8. A D
3. FATORES DE SUCESSO E FRACASSO
3.1. F D
3.2. F L
3.3. F C
3.4. F T
4. ALTERNATIVAS AO QR CODE
5. UTILIZAÇÃO DO QR CODE
5.1. C QR C
5.2. C QR C
5.3. L QR C
6. POR QUE DEVO USAR?
6.1. M R C QR C
7. QUANTO CUSTA?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA / REFERÊNCIAS
CRÉDITOS DE IMAGENS
APÊNDICE ………………………………….
SOBRE OS AUTORES
INTRODUÇÃO

A distância entre fato e conhecimento está cada vez mais curta.


Para ter mais clareza desta afirmação, vamos explorar um pouco mais o que
chamamos de fato e de conhecimento. Fato é algum evento que ocorre em
um determinado lugar, com ou diante de certas pessoas, enquanto
conhecimento é o momento em que o fato ocorrido passa a ser de domínio
público, ou seja, uma maior quantidade de pessoas toma ciência dele.
Na época das Grandes Navegações, por exemplo, a distância
entre o fato e o conhecimento podia chegar a quase um ano, além do risco
da informação se perder pelo caminho.
Com o desenvolvimento das máquinas a vapor, esse tempo
passou para questão de meses; os trens e os barcos a vapor tinham
velocidade suficiente para conectar fato e conhecimento de forma mais
rápida. Com o advento dos jornais (impressos), as notícias ou fatos
passaram a ser de domínio público em 48 horas; depois, 24 horas, conforme
a frequência de impressão e distribuição aumentava. Em seguida, com o
rádio e a televisão, em questão de horas o fato era comunicado e o
conhecimento passava a ser geral.
Hoje, com as mídias sociais e a conexão quase que
permanente, Facebook, Instagram e Twitter, entre outras, permitem que
fatos sejam compartilhados em segundos, levando o conhecimento a mais
pessoas e a mais lugares no mundo, como nunca visto antes.
A realidade é que hoje “o mundo gira mais rápido” do que
nunca. Mas, o que o QR Code tem a ver com isso? Será que ele é uma moda
passageira ou um novo padrão de operação?
O Marketing móvel (ou “mobile”) está a 100 km/hora. Vinte
anos atrás, 50% da população nunca tinha feito uma ligação telefônica, e
hoje temos mais linhas telefônicas ativas que habitantes no planeta. As
vendas de smartphones (celulares inteligentes) vêm crescendo nos últimos
10 anos, e, nos próximos 10 anos, teremos mais smartphones vendidos no
mundo do que habitantes.
Para 70% das pessoas, a tela do seu telefone celular é a última
coisa que veem antes de dormir e a primeira assim que acordam. Isso tudo é
uma indicação de que mais pessoas estarão conectadas com a internet, com
as mídias sociais, e engajadas em algum tipo de atividade através dos seus
celulares. Por esses motivos, mais e mais empresas estão focando seus
esforços em marketing digital móvel. Pesquisas como a realizada pela
Forrester Research projetam que o investimento em mobile marketing deve
superar os 8 bilhões de dólares em 2016.1
Existem muitas alternativas em se tratando de marketing
móvel. Uma das táticas mais populares é conectar as mídias tradicionais
com a interação móvel através dos QR Codes. O QR Code nada mais é do
que a conexão direta entre a mídia impressa (analógica) das empresas e suas
iniciativas digitais, mais elaboradas, com vídeos e animações, que a forma
impressa não permite – levar uma instrução de direcionamento da conexão
mobile para uma determinada página na internet. Isso só é possível porque
o QR Code, sendo um código bidimensional, permite carregar 200 vezes
mais informação para o mesmo espaço utilizado por um código de barras
convencional. Essa informação pode ser capturada e interpretada por
aplicativos chamados de leitores de QR Code, disponíveis gratuitamente
para a maioria dos sistemas operacionais dos celulares.
A capacidade de conectar as mídias tradicionais com a digital,
através de um código que carrega uma infinidade de informações, tem a
vantagem de tornar mais dinâmica e interessante a interação entre o
consumidor e as empresas e seus produtos e serviços.
Esse tipo de campanha, comunicação ou meio de engajamento
traz muita eficiência para os mercados. Imagine um corretor de imóveis que
coloque um QR Code na placa dos imóveis que representa, e que qualquer
pessoa passando pelo local com um smartphone, interessada em maiores
informações sobre o imóvel, possa ler o código e obter mais detalhes. Desta
forma, o interessado acelera o seu processo de seleção e talvez a decisão,
que antes era baseada em anotar a informação do imóvel, ligar para a
imobiliária, receber uma ligação com os dados sobre o imóvel,
provavelmente agendando uma visita, para só depois estabelecer se o
imóvel atendia a sua necessidade.

QR Code na placa de imóvel à venda

Com a estratégia de engajamento via QR Code, o interessado


já tem acesso às imagens do interior do imóvel, suas principais
características (número de quartos, banheiros, área, etc.), talvez até a um
tour em vídeo e pode, posteriormente, salvar em uma lista de favoritos para
agendar visitas e conhecer as condições comerciais com um corretor
especializado. Esse processo com o QR Code reduziu tremendamente as
ineficiências, eliminando curiosos e focando em produtos de maior
interesse para os compradores de maior compromisso.
No entanto, ainda existem alguns obstáculos à adoção eficiente
do QR Code no Brasil, como a acessibilidade aos aparelhos e à internet, já
que, apesar de 80% das áreas urbanas já serem atendidas por telefonia
celular no país, existem ainda algumas áreas sem cobertura adequada de
sinal.2 E, apesar de muitas pessoas ainda não possuírem smartphones, dados
da última pesquisa realizada pelo instituto americano Nielsen, na primeira
metade de 2012, mostraram que 36% da população brasileira já possui um
aparelho desse tipo. A substituição dos celulares com recursos básicos por
smartphones é apenas uma questão de tempo, já que 57% dos brasileiros já
utiliza telefones com recursos multimídia – incluindo acesso à internet.3
Infelizmente, uma grande parte da população ainda não tem acesso à leitura
do QR Code.
Além das limitações tecnológicas, a leitura de um QR Code
requer que o usuário selecione e instale um leitor do código em seu
smartphone. Sem isso, não é possível se beneficiar desta interação e
potencial que o QR Code oferece. Estimativas dos Estados Unidos indicam
que menos da metade dos usuários de smartphones têm um desses
aplicativos de leitura instalado em seu aparelho. Não temos estatísticas
deste tipo no Brasil, mas devem ser piores que as dos países com maior
utilização do QR Code. Baixar e instalar um aplicativo novo sempre
implica em risco para muitos usuários, que acabam deixando de lado, já que
a relação risco e esforço de instalação versus o benefício de poder ler os QR
Codes, muitas vezes não se justifica.
Analisando essas condições de mercado, onde a maioria da
população que efetivamente pode ler um QR Code através de seu celular
são os jovens, o que limita a aplicação deste meio de comunicação,
voltamos à pergunta inicial: será que o QR Code não é apenas um modismo
passageiro?
Certamente, com a popularização dos smartphones e a
necessidade de diferenciação entre os competidores de telefonia móvel,
poderemos ver em um futuro próximo que algumas empresas tenderão a
incluir a funcionalidade de leitura de um QR Code diretamente no sistema
operacional de seus aparelhos. Isso eliminaria a necessidade de instalação e
os riscos associados à instalação de um aplicativo de terceiros, facilitando,
assim, a leitura dos códigos.
Sempre que se faz uma previsão na área de tecnologia, é
necessário olhar para regiões no mundo que estão mais tecnificadas, onde a
tecnologia faz parte do dia a dia de uma maior parte da população. Para
isso, sempre temos dois pontos de referência: o Japão e o Vale do Silício, na
Califórnia, Estados Unidos. Olhando o comportamento dos usuários de
smartphones nesses dois lugares, notamos que a presença e o uso de QR
Codes são bastante avançados e, sem dúvida, mostra um caminho promissor
para aqueles que querem se aventurar nesta área e se estabelecer como
pioneiros – primeiros a aplicar esse tipo de estratégia de comunicação,
marketing e engajamento.

Primeiro bar no Japão a aceitar pedidos através do QR Code

O mercado japonês é bem sucedido no marketing com a


utilização do QR Code há vários anos. O Japão também está anos à frente
dos Estados Unidos na capacidade de resposta dos consumidores à nova
tecnologia. Ainda assim, para o negócio certo, o marketing móvel com QR
Code pode gerar resultados incríveis, especialmente enquanto a
concorrência é baixa.

Placa em avenida de Tóquio com explicação sobre espécie de árvore


Rotulagem de fruta em supermercado no Japão

O desenvolvimento do Projeto Sexto Sentido, do Laboratório


de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), nos Estados
Unidos, é um exemplo futurista da leitura de informação do mundo
analógico e sua conexão com as informações de um mundo digital.

QR Code que leva ao canal do Youtube da Moderattus com o filme do 6th Sense do MIT

O objetivo deste livro é dar a todos uma ideia geral sobre a


origem desta tecnologia, motivações para sua aplicação, fatores de sucesso
para campanhas bem sucedidas e exemplos de aplicações em diversas áreas.
O QR Code veio para ficar, é a forma mais pragmática
disponível hoje para conectar a mídia tradicional com a digital. Os
primeiros terão uma vantagem competitiva e, certamente, poderão reclamar
o direito de serem reconhecidos como tais. Todos nós sabemos que ninguém
se lembra do vice, do segundo. Quem começa primeiro pode não ser o
melhor, mas o posto de primeiro nunca se perde!
1. HISTÓRIA DO QR CODE

Antes de falar sobre sua origem, precisamos entender o que é


um QR Code. QR é uma abreviação inglesa para a expressão “Quick
Response”, que significa “resposta rápida”, e a ideia de que um código
pudesse dar uma resposta rápida e mais elaborada foi uma revolução no
processo de codificação.
1.1. Origem dos Códigos de Barras
Muito antes do QR Code, outras formas de codificação
surgiram. O primeiro registro de um tipo de código de barras foi a patente
número 2.612.994, registrada no U.S. Patent Office (agência norte-
americana que controla as patentes), pelos inventores Joseph Woodland e
Bernard Silver, em 7 de outubro de 1952.

Figura da Patente do “Bulls Eye”

Esse primeiro código de barras foi chamado de “Bulls Eye” –


olho de boi – pela série de círculos concêntricos do qual era formado.
Em 1948, Bernard Silver era um estudante do Instituto de
Tecnologia Drexel, na Filadélfia, quando o dono de uma rede de
supermercados solicitou à Universidade pesquisar uma forma de ler o
produto no caixa. A ideia era acelerar o processo de cálculo da conta dos
clientes no momento da saída da loja. Bernard Silver se juntou a outro
estudante, Norman Joseph Woodland, para trabalhar em opções de solução
para a solicitação do varejista.
A primeira ideia foi tentar usar tinta sensível à luz ultravioleta,
mas a solução era muito instável e cara. Isso fez com que voltassem à mesa
de pesquisa. Em 1949, de férias com seu avô em Miami, Woodland teve
uma luz para resolver o desafio proposto pelo varejo. Ele estava na praia
quando passou seus dedos pela areia fazendo 4 linhas. Foi aí que percebeu
que podia representar algo em linhas com diferentes espessuras em vez de
traços e pontos – a ideia era expressar o código Morse visualmente.
Em 20 de outubro de 1949, os estudantes registraram a patente
“classifying apparatus and method” (método e aparato de classificação)
descrevendo a sua invenção como um “artigo de classificação (...) através
de um meio de padrões de identificação”.4
Em 1952, ano em que a patente foi emitida, os inventores
venderam seus direitos para a Philco por 15 mil dólares. O valor parece
pequeno, mas a grande lição foi que o dinheiro valeu mais do que a patente,
pois a primeira aplicação comercial somente ocorreu em 1974, anos após o
vencimento dos direitos sobre ela – a Philco nunca ganhou nenhum dinheiro
com esta patente.
Pouco antes, um grupo varejista inglês criou um comitê que
resultou na criação do UPC – Universal Product Code (Código Universal de
Produto). Apesar dessa iniciativa ter acontecido na Inglaterra, a primeira
leitura desse tipo de código ocorreu no supermercado Marsh, na cidade de
Troy, em Ohio, nos Estados Unidos, em 26 de junho de 1974 às 8:01 da
manhã, com um pacote de chicletes da marca Wrigley's Juicy Fruit, hoje em
exposição no Museu Nacional Smithsonian de História Americana, em
Washington, D.C.

Primeiro produto com código UPC lido, 1974

O momento histórico para a identificação universal de


produtos registrou também o comprador, Clyde Dawson, e a caixa da loja,
Sharon Buchanan, que fez a leitura do primeiro código de barras. A caixa
registradora da marca NCR registrou 67 centavos.
O código UPC é um padrão ótico de barras e espaços que
forma e codifica os padrões numéricos do UPC. Cada dígito numérico é
representado por um padrão de duas barras e dois espaços. As barras e
espaços podem ter larguras variadas, o que determina o numeral que
representam.

Esquema do código UPC

Em 1981, o exército dos Estados Unidos adotou a identificação


através de códigos de barras para controlar os itens comprados para uso
interno; cinco anos depois, a empresa de entregas Federal Express (FedEx)
adotou códigos de barras para controlar e localizar suas encomendas.
1.2. Códigos de Barras Bidimensionais
O primeiro código de barras bidimensional foi criado pela
empresa Intermec, em 1988. Diferente dos códigos de barras tradicionais –
unidimensionais – o código de barras matricial ou bidimensional permite
armazenar uma quantidade de informações muito maior.

Primeiro código de barras bidimensional – Code 49

Os QR Codes foram criados por uma subsidiária da Toyota, a


Denso-Wave, em 1994, e aprovados como um padrão internacional ISO
(ISO/IEC 18004) em junho de 2000. A ideia inicial era de colocar uma
maior quantidade de informações em uma etiqueta menor, substituir vários
códigos de barras tradicionais por um código mais compacto, facilitando o
rastreamento de partes e peças de carros nas linhas de produção das
montadoras de veículos.
A estrutura matricial dos mobile codes – nome genérico dos
QR Codes – permite armazenar mais informações que os códigos de barras
tradicionais. Esses códigos são móveis também na medida em que se pode
utilizar a câmera de um smartphone para capturar e decodificar as
informações neles contidas.
Atualmente, apesar de haver vários códigos no mercado, os
dois formatos de padrão aberto (de uso livre, sem royalties) mais utilizados
são o QR Code e o DataMatrix (DM).
Estrutura do QR Code
1.3. Linha do Tempo do Código de Barras

Outros momentos relevantes na história do QR Code estão


resumidos na linha do tempo a seguir, com destaque para o lançamento do
primeiro smartphone pela Ericsson, no ano 2000, e o primeiro aplicativo
para leitura de QR Code, em 2010.

1952 – A primeira patente é emitida para um dispositivo do


tipo de código de barras para Joseph Woodland e Bernard Silver. No
entanto, foi originalmente para um código de barras circular, que
raramente teve alguma utilidade.

1966 – O código de barras vê o seu primeiro uso comercial,


embora a falta de padrão da indústria tenha causado problemas.

1970 – O Universal Grocery Products Identification Code –


UGPIC (Código de Identificação Universal de Produtos) foi criado para
padronizar a indústria. A empresa Monarch Marking fabrica o primeiro
equipamento de leitura de código de barras para uso no varejo.

1973 – Ao longo dos anos seguintes, o UGPIC foi


transformado no código UPC que conhecemos hoje.

1974 – O primeiro scanner de código UPC é instalado em um


supermercado em Ohio, nos Estados Unidos.
1981 – O Departamento de Defesa dos Estados Unidos
começa a usar o código para identificar todos os itens feitos para as forças
armadas.

1986 – Empresas como a FedEx começaram a usar códigos


de barras e scanners portáteis para rastrear pacotes.

1988 – A Intermec Corporation cria o primeiro código de


barras bidimensional.

1994 – O QR Code é inventado pela empresa Denso Wave


para acompanhar o processo de fabricação de veículos.

2000 – R380 é o primeiro smartphone lançado pela Ericsson.


Nesse momento, ele tinha recursos muito mais limitados do que os
smartphones de hoje.

2001 – Palm lançou o primeiro telefone com capacidade para


navegar na internet.

2007 – O primeiro scanner de QR Code e aplicativos de


leitura são lançados para uma variedade de plataformas de smartphones
nos EUA.

2011 – Os QR Codes começam a ganhar destaque nos


Estados Unidos graças a algumas campanhas de grandes empresas como
Best Buy e Macy’s.
Como é possível notar pela linha do tempo da história
do QR Code, estamos realmente na infância desta tecnologia e de sua
aplicação. Por enquanto, o que poderá acontecer nos próximos 10 anos é
uma grande incógnita, mas já existem evidências de que essa tecnologia
está ganhando espaço em diversas áreas e, por isso, poderá ser fundamental
para o sucesso de sua campanha de comunicação e marketing. Este é o
momento de começar a fazer uso desta tecnologia antes dos concorrentes!
2. APLICAÇÕES DO QR CODE

A utilidade do QR Code é praticamente infinita, já que ele


permite o acesso à informação com apenas um clique no celular em
qualquer lugar com conexão à internet.
Da mesma forma que seus criadores na subsidiária da Toyota,
Denso-Wave, cuja ideia era colocar uma quantidade maior de informação
no menor espaço possível, permitindo maior e melhor controle de peças na
linha de produção, as outras aplicações do QR Code têm o mesmo
princípio: concentrar uma quantidade maior de informação em um espaço
menor, levando à pessoa que lê esse código uma informação “mais
relevante” para o momento em que se encontra.
A maior diferença entre um QR Code e o código de barras
tradicional está no fato de que o código de barras comum somente carrega
informações na horizontal, enquanto o QR Code lê informações tanto na
horizontal quanto na vertical, permitindo uma maior quantidade de dados
em um espaço menor.
Além disso, o QR Code pode trazer também uma instrução,
que pode ser desde acessar uma página da internet, disponibilizar um
endereço ou dados de contato para serem carregados na agenda do celular,
até detalhar características técnicas do produto, acessar os últimos
desenvolvimentos de uma notícia publicada, entre muitas outras coisas. Os
QR Codes ainda não substituem os códigos de barras, pois os leitores dos
códigos de barras tradicionais, principalmente os de caixas de
supermercados e lojas, ainda não os leem. Esse movimento vai ser um
pouco mais lento na ponta do caixa, pois requer atualização de software
(programa) e hardware (equipamento), o que pode acabar sendo muito caro
para a empresa.
Os QR Codes também são capazes de “lidar” com todos os
tipos de dados, como caracteres numéricos e alfabéticos, kanji, kana,
hiragana, símbolos, binários e códigos de controle.
2.1. Visão Geral das Aplicações

Apesar de a tecnologia do QR Code ser fantástica, é inevitável


que existam boas e péssimas aplicações. Exploraremos mais esse tema
quando abordarmos os fatores de sucesso de uma campanha utilizando o
código.
O QR Code pode ser criado em vários tamanhos, dependendo
da versão do símbolo e do tipo de caractere. Até 7.089 caracteres podem
estar codificados em um símbolo (ou QR Code). Quando utilizamos
somente caracteres numéricos, temos um máximo de 7.089 posições; no
caso de caracteres alfanuméricos, um máximo de 4.296 posições.
Os QR Codes têm uma importância fundamental para a área de
comunicação e marketing, pois permitem uma interação renovada entre
fornecedores de produtos/serviços e consumidores, criando conveniência
para os portadores de smartphones e economizando tempo.
Além disso, diferentemente do que acontece com os folhetos,
que são meios que geram lixo, ou as anotações que se perdem em
papeizinhos ou agendas, a informação disponibilizada por um QR Code
pode levar o usuário diretamente a uma página de internet com mais
informações, acessar um vídeo, carregar o contato de uma pessoa
diretamente na agenda do celular, dentre várias outras aplicações.
O Marketing móvel está rapidamente se tornando um
ingrediente essencial de sucesso em campanhas publicitárias em todo o
mundo. A importância no Brasil também vem crescendo, pois as projeções
indicam que, em 2016, seremos o 4º mercado mundial de smartphones (10º
em 2012).5
Para se ter uma ideia, em 2011 foram vendidos 8,9 milhões de
smartphones no país; em 2013, foram 35,6 milhões de unidades vendidas,
um aumento de 123% em relação a 2012.6 Segundo pesquisa realizada pela
IDC Brasil, em 2013, os smartphones representavam 53% dos celulares
vendidos e, para 2014, essa participação deve atingir os 75%.7
Em fevereiro de 2014, 45% dos donos de smartphones
pertenciam à classe B e 39%, à classe C, o que mostra a grande
acessibilidade da população brasileira em geral a essa tecnologia.8
A primeira empresa a utilizar o QR Code em um anúncio
publicitário no Brasil foi a Fast Shop, em dezembro de 2007. No ano
seguinte, a Nova Schin, a Claro e a Revista Galileu, da Editora Globo,
também aderiram ao código, em campanhas ou interação com o usuário.

QR Code da Fast Shop, dezembro/2007

QR Code da Fast Shop, dezembro/2007


QR Code no anúncio da Nova Schin, junho/2008

O jornal A TARDE, de Salvador, na Bahia, foi a primeira


mídia impressa do país a utilizar o código em suas páginas como selo
integrador de mídias, a partir de dezembro de 2008.

QR Code no jornal A TARDE, de Salvador, dezembro/2008


QR Code no anúncio da Claro, novembro/2008

Um jornal na Colômbia chegou a anunciar que o QR


Code seria a 28 letra do alfabeto. As aplicações são infinitas. A seguir,
a

vamos explorar algumas áreas específicas de maior relevância no mercado


atual e, provavelmente, mais desenvolvidas para interagir com essa
tecnologia.
2.2. Como funcionam os QR Codes

QR Codes funcionam como hiperlinks físicos: eles convertem


off-line em online e impresso em digital móvel. Podem ser colocados em
cartões de visita, catálogos, mala direta ou até no rótulo de um produto para
acessar o link do mesmo na internet.
Alguns dos usos mais comuns dos QR Codes em campanhas
de Marketing são:
• Coletar respostas em uma campanha de mala direta:
ao armazenar um QR Code e imprimi-lo em uma mala direta como
mecanismo de resposta. Quando os destinatários escaneiam o
código de barras com o aplicativo de seu celular, eles se conectam a
uma página de destino (landing page), onde podem encontrar mais
informações sobre o produto ou serviço anunciado, responder a
mensagem ou simplesmente se cadastrar para receber a oferta;
• QR Codes podem armazenar tanto URLs genéricas
como personalizadas: ao se utilizar QR Codes personalizados, as
landing pages ligadas ao código de barras podem ser
personalizadas, aumentando as possibilidades de uma resposta
favorável em função de uma mensagem mais específica;
• QR Codes em um produto ou material corporativo:
imprima catálogos ou panfletos com um QR Code que conecte
visitantes a uma webpage com a demonstração do produto, vídeos
de testemunhos, FAQ, etc. Você pode conquistar clientes e
prospects em um outro nível;
• QR Codes em anúncios impressos: nem todo mundo
está na sua mesa ou em frente a um computador enquanto lê uma
revista ou um jornal, mas ao colocar um QR Code em um anúncio,
os leitores podem simplesmente ler o código para receber mais
informações ou mesmo uma oferta especial;
• QR Codes em itens promocionais: colocar um QR
Code em brindes como camisetas ou canecas dá nova vida a eles.
Há muitas possibilidades de uso dos QR Codes no Marketing.
Usados com tato e criatividade, eles abrem um canal conveniente e
relevante de comunicação, aumentando a chance de resposta.
Quando nos perguntamos em que usar um QR Code, a resposta
é simples e curta: em qualquer coisa. A criatividade é o limite. Pode-se
pensar em cartões de visita, panfletos, outdoors, revistas em quadrinhos,
educação, artigos em jornais e revistas, placas, comentários, apresentações,
vestuário, televisões, livros, mala direta, manual de instruções, caixas de
cereais, menus interativos, produtos, etiquetas com nome, contratos,
promoções, tatuagem, corte de cabelo, maquiagem, campo agrícola, etc.
Importante lembrar que o QR Code é uma ferramenta para
agilizar a conexão entre o usuário e o conteúdo que se quer compartilhar e
melhorar a qualidade destas informações (eliminando erros de digitação).
Outro ponto fundamental na utilização do QR Code é que ele deve levar
quem está consultando a conteúdo adicional ou complementar – novidade,
nunca repetindo o que já é de conhecimento público, ou já está impresso.
Apresentar no resultado da leitura do QR Code a mesma informação
constante no material onde o QR Code estava impresso é o maior pecado
que um profissional de comunicação pode fazer.
2.3. Aplicação no Transporte e Logística

Uma das primeiras áreas de aplicação efetiva do QR Code foi


a de transporte e logística. A criação do QR Code foi baseada em uma
necessidade logística de controle de peças em uma linha de produção
automobilística e, por isso, começamos a falar desta aplicação que não
parou na área de produção industrial – controle de materiais no início, mas
que segue evoluindo a cada dia. Hoje, vemos este primeiro modelo de
aplicação nas lojas de materiais de construção, muito mais próximas do
consumidor do que o chão de fábrica.
O fundamento desta aplicação continua o mesmo da origem,
da primeira aplicação. No exemplo acima, fica claro que a oportunidade não
foi totalmente aplicada. O uso é exclusivo interno da empresa, e mesmo o
consumidor com tecnologia de leitura do código em seu celular não é
convidado a participar pela falta de conteúdo e de implementação para esse
fim.

Loja de material de construção com autosserviço

O segundo grande universo de aplicação do QR Code é o de


controle de carga, que começou com as empresas de entrega de encomendas
nos Estados Unidos, como é o caso da FedEx.
Etiqueta de encomenda recebida pelo autor

Os códigos bidimensionais usados pela FedEx são um padrão


exclusivo para controle de suas cargas (Portable Data File-417 Símbolo
Bidimensional – mais informação disponível no Apêndice). A motivação
para estas empresas criarem este tipo de codificação foi a necessidade de se
controlar e localizar as encomendas. O crescimento de perdas, furtos e
danificação de pacotes levou ao aumento dos custos de seguro, queda da
credibilidade do serviço por parte dos consumidores e, por consequência,
uma perda financeira do negócio como um todo.
A necessidade de rastrear o pacote de forma efetiva demandou
a criação de uma codificação bidimensional que suportasse um número
significativo de dados da encomenda (cliente, origem, destino, peso,
dimensões, tipo de frete, etc.). Infelizmente, a modalidade implementada
exclui o consumidor, já que a empresa não disponibiliza imagens do
caminho do seu pacote da origem ao destino, o que certamente criaria um
maior engajamento do cliente em relação à empresa que entrega a sua
compra ou encomenda.
Avançando um pouco mais no tempo, chegamos a um código
bidimensional semelhante ao QR Code, emitido para os celulares de
viajantes que fazem check-in e recebem seu cartão de embarque pelo
smartphone.
Cartão de embarque recebido no celular do autor

O padrão foi estabelecido pela IATA, agência internacional que


regula temas relacionados à aviação. Foram determinados três padrões para
os cartões de embarque visualizados através de smartphone: Aztec Code,
DataMatrix e QR Code. O padrão mais comum é o Aztec Code, que tem a
identificação característica do quadrado localizado no centro do código.9
Essa plataforma já está em funcionamento com mais de 50
companhias aéreas no mundo, inclusive nas principais empresas brasileiras.
No entanto, o que falta nesse código bidimensional é uma maior conexão
com o cliente/passageiro.
2.4. Aplicação na área de Alimentos

A aplicação de QR Codes para a área de alimentação pode ser


uma das mais promissoras e de maior desenvolvimento futuro. São tantas as
possibilidades que fica até difícil determinar por onde começar.
Um tema de grande relevância na área de alimentos é a
necessidade cada vez maior de se saber a origem do produto e, com isso,
desenvolveram-se, literalmente, centenas de provedores de soluções de
rastreamento de alimentos pelo mundo. A maioria dos sistemas de
rastreamento permite que o consumidor, através da leitura de um QR Code,
conheça informações da origem do produto.

Selo de Rastreabilidade Safe Trace S/A (www.safetrace.com.br)

Um exemplo clássico desta solução é o que a empresa


brasileira Safe Trace S/A realiza. O QR Code na página anterior, impresso
em um selo que tem o objetivo de chamar a atenção para o serviço de
rastreabilidade e identificação de origem do produto, permite que o
consumidor acesse a informação detalhada do local de produção e também
do produtor.
Resultado da consulta de Rastreabilidade Safe Trace S/A

Nota: a informação pode não estar mais disponível, uma vez que o produto
é perecível e pode não estar mais disponível nas gôndolas para a venda.

As metodologias de rastreamento de alimentos são as mais


variadas, mas o resultado apresentado pelas diferentes empresas é bastante
consistente em disponibilizar um mapa indicando a origem do produto,
imagens da propriedade, do produto e do produtor, além de algum histórico
dos protagonistas. A regra geral é a dos 3 “P”s: Produto, Produtor,
Propriedade.
Vários escândalos de segurança alimentar relacionados à
origem dos produtos (doença da vaca louca e carne de cavalo no alimento
processado, na Europa; carne bovina proveniente de zonas de
desmatamento na Amazônia; pescados provenientes de pesca ilegal e/ou
não sustentável) têm levado o consumidor a querer saber, cada vez mais, a
procedência do que está comprando e consumindo.
Pelo mundo, vêm surgindo ideias para disponibilizar essa
informação ao cliente, como a de alguns restaurantes de comida japonesa
que estão colocando QR Codes comestíveis, impressos em papel arroz, nos
sushis.10, 11

QR Code em papel comestível, indicando a origem do pescado

Durante a Olimpíada de Londres em 2012, algumas lojas do


McDonald’s apresentaram QR Codes nas embalagens de seus sanduíches,
permitindo aos clientes acessarem as informações nutricionais dos seus
lanches.
Na época, o jornal americano USA Today publicou que Kevin
Newell, Diretor de Marca do McDonald’s, anunciava que a maioria das
lojas teria QR Codes nos produtos com informação nutricional até o final de
2013.12 O McDonald’s do Japão já estava mais avançado, pois desde 2008
já tinha QR Codes em suas embalagens para compartilhar informações com
seus consumidores.
Embalagem de cheeseburger do McDonald’s do Japão, de 2008

QR Code com link para o vídeo do McDonald’s mostrando a origem dos ingredientes

Outro importante exemplo na área de alimentos são os


QR Codes aplicados diretamente no produto preparado. Isso vem
acontecendo de forma mais fácil com doces e sobremesas, onde a intenção
não é tanto compartilhar informações nutricionais, mas, sim, engajar o
consumidor em novas alternativas e opções de consumo, às vezes não
disponíveis no local, ou conectar a um canal de compras online.
Biscoitos com QR Code da empresa alemã Qkies

QR Code para o vídeo com explicação sobre como “usar” os biscoitos

No caso da empresa alemã Qkies, é oferecido um link para


uma página na internet que pode ser customizada pelo consumidor e os QR
Codes impressos em papel comestível.
Artigo na Fast Company Design

No exemplo acima, os QR Codes sobre os cupcakes foram


feitos para o Centro de Ciências de Montreal e direcionam o consumidor
para a sua fanpage no Facebook. Esse cupcakes foram, provavelmente, um
dos primeiros doces no mundo com um QR Code comestível.
Nesta área, ainda existe a possibilidade de se criar cardápios
com QR Codes que permitam uma combinação das funcionalidades acima.
Mostrar a origem dos ingredientes do prato, comentários de outras pessoas
que o provaram e, através da lista de condimentos e ingredientes, avaliar
questões alérgicas e de intolerância que poderiam causar problemas para o
consumidor.
Da mesma forma, na compra de alimentos processados,
prontos para consumo residencial, um QR Code poderia beneficiar o
consumidor através de uma avaliação rápida dos ingredientes, assegurando
que a composição não contenha ingredientes que ele não possa ingerir. A
loja também poderia aproveitar a oportunidade para oferecer produtos
correlatos em promoção, além de sugestões de consumo.
A aplicação em um cardápio pode dar múltiplas saídas a uma
consulta de QR Code: um aplicativo pode comparar a lista de ingredientes
com a receita e alertar o consumidor sobre componentes alergênicos,
mostrar a avaliação de outros consumidores e também a origem dos
ingredientes (distância percorrida, impacto no meio ambiente, famílias
envolvidas na produção, etc.).

Exemplo de teste meramente ilustrativo realizado pelos autores

QR Codes em garrafas de vinho têm sido uma aplicação mais


frequente, uma vez que os apreciadores se interessam por informações
como origem do produto, características das uvas, avaliação da Wine
Spectator, melhor maneira de consumir, dentre outras, e, assim, a conexão
com vídeos e depoimentos pode ser uma ótima forma de qualificar o
produto.
Exemplo da aplicação do QR Code em vinhos

QR Code no verso da embalagem do chocolate meio amargo Mu-Mu

A Vonpar Alimentos, que produz os chocolates das marcas


Mu-Mu, inseriu o QR Code nas suas embalagens. Segundo o presidente
Sergio Copatti, o objetivo é dar ao consumidor acesso a informações da
empresa através do celular. Além de conhecer a empresa, a ideia – lançada
em maio de 2011 – é compartilhar promoções.
2.5. Aplicação na área de promoção de
vendas

Em uma ação bastante ousada, a segunda maior rede de varejo


da Coréia decidiu criar lojas virtuais para permitir que os consumidores
pudessem fazer suas compras na volta do trabalho, nas estações do metrô,
recebendo-as assim que chegassem em casa. Foram feitas fotos das
gôndolas do supermercado, onde cada produto apresentava seu respectivo
QR Code, permitindo ao usuário ler o código e agregar o produto em seu
carrinho de compras. Pouco antes de entrar no trem, o consumidor paga a
conta e, ao chegar em casa, as compras são entregues, quase que
simultaneamente. O sistema consegue capturar o local de compra (estação
de trem na qual o consumidor fez suas compras) e, através do endereço de
entrega, estimar o tempo que o consumidor deve levar para chegar ao
destino. O cruzamento destas informações assegura que as compras
cheguem ao consumidor um pouco depois dele.

QR Code do vídeo da loja da Coréia

Materiais mais tradicionais de venda, como cupons


de desconto, trazem o QR Code para interagir com o consumidor – mas o
que efetivamente confere o desconto é o código de barras no cupom que
pode ser lido pelas caixas registradoras dos supermercados.

Folheto de Comunicação gerando Resultados da Moderattus, com QR Code apontando para a página
de Serviços do site da moderattus.com

Muitas propagandas em revistas e jornais já trazem QR Codes


para permitir que o consumidor acesse mais informações sobre o produto ou
serviço anunciado.
Como já mencionado anteriormente, as imobiliárias
vêm aumentando o uso de QR Codes por ser uma forma mais rápida, barata
e eficiente de mostrar um imóvel à venda ou para locação, sem perda de
tempo para nenhuma das partes. Depois de consultar as informações
básicas, o interessado passaria para o valor, que seria um segundo passo da
consulta e também permitiria a captura de seus dados. Isso já seria um
indicativo de que o produto, em termos de especificação, está dentro do que
o cliente busca, e passa a ser um tema negociável ou de referência para
mostrar outras opções.
2.6. Aplicação na Educação

Na área da Educação, a aplicação de QR Codes pode fazer o


ensino mais interativo e interessante, além de expandir a exploração de
assuntos de forma controlada. Dentre as mais diferentes aplicações,
podemos destacar uma enorme lista de ideias:
• Inclusão de materiais adicionais ao material impresso no
momento do estudo, fazendo com que o QR Code direcione para
uma página que pode ser atualizada e mantida à medida que a aula
avança;
• Pode ser um atalho para as notas de aula;
• Caminho para informações adicionais sobre a aula ou
matéria;
• Atividades online;
• Atividades extras ou atividades de casa;
• Pode estar pendurado na sala de aula e indicar o caminho
para as tarefas de casa;
• Testes de múltipla escolha à medida que o estudo avança;
• Avaliação do acompanhamento do estudo através de
acesso a perguntas de múltipla escolha, verdadeiro ou falso,
votação coletiva;
• Conexão com áudios ou vídeos;
• Dicas de exercícios, jogos de aprendizado ou
experiências;
• Acesso a imagens e exemplos;
• Sugestão de leitura e literatura complementar;
• Comentários de outros participantes ou de professores;
• Acesso a catálogos;
• Acesso a sinônimos ou pronúncia;
• Confirmação de finalização de tarefas e exercícios;
• Acesso rápido a material de trabalho e de referência para
impressão;

QR Code com material complementar à aula

Tabela Periódica em QR Code


Utilização do QR Code pela biblioteca da FEA-USP

Esses exemplos são ideias de como transformar o estudo


tradicional em uma atividade mais interativa – por vezes mais lúdica –,
ajustada à velocidade dos estudantes e controlando o avanço, prazos e
desempenho ao longo do processo.
Este livro, com referências a mídias diferentes, é um
exemplo da aplicação de QR Codes em leitura e estudos, inclusive a testes e
avaliação.

QR Code que leva a um teste de satisfação sobre a leitura até este momento (o acesso poderá estar
indisponível, caso a pesquisa tenha atingido mais de 10.000 respostas)
2.7. Aplicação na Área da Saúde
As aplicações não param nas áreas de riscos mais baixos. Na
área da Saúde, os QR Codes estão carregando informações relevantes para
médicos, como a versão do aplicativo abaixo.

Campanha de Madri, na Espanha, para identificar e ajudar portadores de Alzheimer

Outra aplicação do QR Code é o rastreamento de


equipamentos e medicamentos dentro do hospital. A maioria dos hospitais
controla a movimentação e estoques de remédios e também a administração
dos remédios aos pacientes. A leitura do QR Code no remédio (inclui
produto e dosagem) e, em seguida, a leitura de um QR Code no pulso do
paciente, indica o destino daquele remédio; a leitura do QR Code da sala
indica o local onde foi aplicado e, por fim, quem aplicou é o login da pessoa
fazendo as leituras e registrando a transação (aplicação de um determinado
remédio em um determinado paciente).
Rastreamento de medicamentos com aplicação de DataMatrix (Código 2D)
2.8. Aplicações Diversas

Outras aplicações, das mais curiosas às mais bizarras, sempre


tentam conectar o mundo estático, tradicional analógico, com um mundo
digital, dinâmico e mais interativo.
Na reportagem no jornal The Washington Post, temos um
exemplo de um QR Code aplicado a uma lápide de cemitério que leva o
“curioso” a um vídeo com um discurso do falecido, as realizações em vida e
suas histórias. Várias opções de QR Code para sepulturas, lápides e placas
também são oferecidas por uma empresa na Alemanha. 13,14

QR Code em lápide

Uma maneira eficiente e rápida para trocar informações de


contato são os cartões de visita e crachás de eventos com QR Code. Além
de agilizar o processo, já que o armazenamento dos dados é feito logo na
sequência da leitura, evitam erros de digitação, perda dos cartões e
desperdício de papel.
Crachá com QR Code

Cartão de visita da autora

A aplicação de QR Codes em veículos tem crescido muito,


pois estes funcionam como um outdoor móvel, permitindo que mais pessoas
visualizem a mensagem e, com o código, acessem mais detalhes. O desafio
é ler um QR Code em movimento, já que, algumas vezes, é colocado em
uma superfície irregular que não permite a sua leitura correta.
QR Code no carro de entrega do Subway

Moedas comemorativas também estão utilizando o QR Code


como uma forma de levar o interessado a informações adicionais sobre o
motivo da celebração, vídeos relacionados e outras coisas. No caso da
moeda abaixo, temos acesso a um vídeo entrando na casa da moeda
holandesa e o site oficial para localizar e adquirir outras moedas
comemorativas.

Moeda comemorativa da Casa da Moeda Real Holandesa, 2011

A moeda comemorativa da polícia de Nova Iorque


tem um QR Code no verso que permite acesso ao endereço do
Departamento de Polícia e também a inclusão do mesmo na lista de contato
do seu celular.
Fonte: Página da internet do fabricante de moedas comemorativas15

O Presidente da equipe inglesa de futebol Bromley FC assinou


em 2011 um contrato inédito de patrocínio que estabelecia um corte de
cabelo em forma de QR Code em todos os jogadores. Essa parece ter sido a
primeira investida nesse tipo de comunicação, com QR Codes impressos em
superfície irregular e de movimento constante. Apesar de não haver dados
efetivos do resultado da campanha, ela certamente garantiu cobertura
gratuita da mídia, chamou a atenção para o QR Code e ficou como a
primeira tentativa desse tipo de comunicação.

Corte de cabelo com QR Code

Outro exemplo interessante de aplicação do QR Code é em um


food truck. O QR Code permite fazer o pedido e depois passar para retirar o
lanche sem fila e sem espera.
Food truck em Austin, nos Estados Unidos

Cardápio do food truck com QR Code


Uma campanha de promoção para popularizar o investimento
em ações foi criada através de um QR Code impresso em copo de cerveja.
O QR Code só é visível enquanto houver cerveja por trás do código. Esse é
um QR Code dinâmico, a leitura é uma página de redirecionamento e o
resultado é uma página de promoção de ferramenta de compra e venda de
ações.

Cerveja Guinness - QR Code no copo, link de redirecionamento, link de destino

O QR Code também vem sendo aplicado em peças de


joalheria, como anéis, pendentes, brincos e abotoaduras, com conteúdos
bastante variados. Na peça abaixo, ele traz a mensagem “live with passion”
(viva com paixão). Cada vez mais, fica evidente a flexibilidade desse
código, que permite desde o link com o mundo digital até a gravação de
mensagens “secretas”.

Pendente com QR Code da joalheria inglesa Etsy


Assim como a jóia, a tatuagem abaixo traz uma
mensagem: “hold on” (mantenha-se firme).

QR Code em tatuagem

Mais uma mensagem inserida em um QR Code está


no exemplo a seguir, um QR Code gigante pendurado na fachada de um
edifício anunciando de forma codificada o relançamento de um DVD no dia
10 de setembro (“It’s back on DVD September 10th”).

QR Code em fachada de edifício

O Brasil é hoje o segundo mercado mundial de pets, atrás


apenas dos Estados Unidos. Novidades são lançadas diariamente e os donos
dos animais não costumam economizar quando se trata de cuidar de seus
amados bichinhos. O QR Code em uma medalha de identificação de
alumínio permite o acesso à página com todas as informações do animal em
caso de perda, por exemplo. 16, 17
Medalha de identificação de pet e informações contidas no QR Code

Um bracelete ou pendente com suas informações


médicas podem ser a diferença entre a vida e a morte no caso de um
acidente ou uma emergência. A leitura do QR Code pelos primeiro-
socorristas, com acesso a informações como seu nome, idade, alergias a
medicamentos, doenças de base, tipo sanguíneo, contato de emergência,
médico particular, dentre outras, permite que providências sejam tomadas
com muito mais segurança.

QR Code com identificação pessoal e informações de saúde

No início de 2014, o governo de São Paulo anunciou a adoção


da nova carteira de identidade digitalizada para o Estado. Com a coleta
eletrônica de informações, será criado um banco de dados digital civil e
criminal. Dentre os nove itens de segurança adotados, está o QR Code, que
terá informações criptografadas do portador.18 O formato do QR Code
impresso na nova cédula apresenta um maior número de módulos (pontos
pretos e brancos que compõem o código).

Nova carteira de identidade do Estado de São Paulo

Ao largo desta publicação, teremos outros exemplos de


aplicações do QR Code, como em animais (exemplo do gado mais adiante),
em calçadas para dar informações turísticas (exemplo na calçada do Rio de
Janeiro) e assim por diante.
3. FATORES DE SUCESSO E FRACASSO

Existe hoje uma série de aplicações de QR Codes pelo mundo,


como vimos no capítulo anterior. Focamos nos exemplos que trazem algo
inédito. A quantidade de aplicações disponíveis é algo impressionante. Hoje
em dia, é possível achar aplicações de QR Codes em quase qualquer área ou
“coisa”. Buscamos, desta forma, mostrar aplicações diferenciadas, evitando
falar de aplicações fracassadas. Com base em tantas experiências
disponíveis no mercado, a melhor forma de lançar uma campanha de
sucesso é evitar os erros de muitos que já usaram essa tecnologia para se
comunicar com clientes, engajar e conectar.
Erros comuns incluem a localização do QR Code e o que
incluir no código – desde a instrução até a informação no destino. Para
nossa felicidade, os fatores de sucesso não são diferentes do que já é
requerido em campanhas de sucesso, e muito se pode aprender com o que já
deu errado.
Vamos dividir os fatores de sucessos em 3 categorias: fatores
demográficos, de logística e de conteúdo.
3.1. Fatores Demográficos

Um dos principais pontos na utilização de um QR Code é


reconhecer quem é seu público alvo. Como essa é uma tecnologia nova e
está associada a smartphones – e, assim sendo, a penetração destes
equipamentos é limitada e segmentada –, precisamos focar em públicos
capazes de entender e usar o que estamos propondo através dos códigos.
Um exemplo de erro de público é anunciar descontos em remédios para a
terceira idade utilizando o código, ou anunciar no campo (na roça) para
trabalhadores rurais sem telefones celulares.
3.2. Fatores Logísticos

Como em muitos negócios, a localização é fundamental.


Precisamos estar atentos a onde se coloca o QR Code. O ponto deve ser
visível, de fácil acesso/leitura, sem impedimentos. O mais importante,
contudo, é que seja um lugar onde as pessoas possam ter acesso ao sinal de
internet. De nada serve um QR Code em uma revista dentro do avião, que
passa mais tempo em voo sem sinal de celular ou acesso à internet.
Em resumo, pense quais são os buracos negros de acesso à
rede de comunicação além de aviões (onde nem podemos ligar o telefone
celular), trens subterrâneos e áreas remotas sem cobertura de celular (áreas
rurais). Os clientes que receberem uma resposta “sem serviço” a uma
consulta a um QR Code irão perder o interesse, esquecer ou até se irritar e
desistir.

Encosto de cabeça com QR Code para o passageiro de trás

O exemplo anterior é um QR Code no encosto de cabeça de


um onibus, mas uma grande empresa de Auditoria e Consultoria já fez uma
campanha nos encostos de cabeça de uma companhia aérea brasileira se
utilizando de um QR Code. Quem, em pleno ar, tem acesso à internet para
fazer uso da informação que este QR Code pode prover?
Outro exemplo é colocar um QR Code em uma área onde é proibida a utilização de aparelhos
telefônicos – área de segurança dos aeroportos nos Estados Unidos.

A aplicação de um QR Code em uma área onde é proibida a


utilização de celulares deve ser considerada, como mostra o péssimo
exemplo acima. Caso um oficial da imigração veja alguém usando um
celular, esta pessoa corre o risco de perder o seu telefone.
Além do sinal de celular, devemos observar se o código tem
leitura fácil. Como o código pode ser aplicado em qualquer lugar, muitas
pessoas esquecem que a superfície deve ser plana e o código precisa estar
totalmente exposto para uma leitura completa. A aplicação de QR Codes
em calçadas, camisetas ou placas de veículos, por exemplo, necessita de um
cuidado maior, seja pela superfície irregular, pelo movimento do QR Code
ou de quem está tentando ler o código. Seria, no mínimo, estranho ter que
pedir para alguém parar e esticar a camiseta para que pudéssemos ler o
código impresso na roupa. Os melhores locais são fixos, planos e sem
obstrução.
QR Code em calçada do Rio de Janeiro, Brasil, para orientação de turistas

No quesito facilidade de leitura, podemos ilustrar com


mais dois casos. A imagem do QR Code na fachada de uma loja não é
grande o suficiente para alguém passando de carro ler e é grande demais
para o pedestre que passa pela calçada.

QR Code em vitrive de imóvel comercial

O QR Code impresso no caminhão também é pequeno


demais para ser lido à distância e, além do movimento do veículo, a leitura
deste QR Code a partir de um carro em movimento é algo praticamente
impossível e de alto risco. Por fim, quem consegue ler esse código acessa o
“cartão de visitas” da empresa:
Imagem dos autores de QR Code em caminhão de entrega

Por último, do ponto de vista logístico, verifique se o


QR Code funciona. Faça uma leitura e veja se existe conexão com a internet
no local, se o código está fácil de ser lido e devolve ao consumidor alguma
informação válida que foi definida pela equipe de comunicação. O teste
para assegurar o perfeito funcionamento do QR Code deve ser realizado, de
preferência, através de diferentes dispositivos e sistemas operacionais,
levando o cliente à informação correta, útil e engajadora. Um pouco de
cuidado no teste pode evitar um grande fiasco e exposição negativa na
mídia social.
3.3. Fatores de Conteúdo

Uma vez que tenhamos os fatores logísticos e demográficos


resolvidos, precisamos assegurar que o conteúdo a ser acessado por aqueles
que consultam o seu QR Code seja relevante, atualizado e de valor para
quem faz a consulta. Para sermos bem sucedidos neste tema, precisamos ter
clareza do objetivo da comunicação: o que esperamos que o cliente ou
consumidor faça após a consulta, para que o conteúdo efetivamente leve o
cliente a tomar a ação desejada.
Alguns pontos de atenção:
a) assegure-se que o conteúdo esteja adequadamente
formatado para uma versão de aplicativo móvel – telas
pequenas são diferentes de telas de computadores ou laptops. Se
o conteúdo não é de fácil visualização no celular, certamente o
tempo de navegação pela sua informação será mínimo. Qual
seria a motivação para navegar em um conteúdo inadequado
para o dispositivo de leitura? Se você não vivenciou isso ainda,
experimente carregar um site “normal” em uma tela de celular;
b) Assegure-se que o seu QR Code leve o consumidor a
uma informação exclusiva, única e complementar à qual ele já
teve acesso antes de ler o código. Ninguém gosta de perder
tempo acessando uma informação que já está disponível na sua
frente ou que pode ser acessada de outras formas mais fáceis.
Lembre-se, de fazer um “test-drive” da sua ideia com amigos –
e até desconhecidos – e pedir a opinião. Isso interessa? Leia o QR Code. O
que achou? Ajudou? Melhorou? Chamou a atenção? Seja crítico para não
perder tempo, dinheiro e desacreditar o seu negócio e a ferramenta.
3.4. Fator Tecnológico

Por fim, uma questão de grande relevância quando falamos de


uma nova tecnologia é como ajudar na adoção da mesma pelos
consumidores. Precisamos sempre considerar que os smartphones não
possuem um leitor nativo de QR Code e, portanto, é necessário fazer o
download do aplicativo, fato que muitas pessoas desconhecem.
A inclusão de umas poucas linhas explicando o que é o QR
Code, sempre que for uma novidade em um determinado mercado, público
ou produto, pode fazer uma tremenda diferença na leitura do código, acesso
à informação e sucesso de uma campanha. Sempre que possível, recomende
um leitor de QR Code que melhor se adapte e seja compatível com uma
maior gama de aparelhos disponíveis no mercado alvo. Seguramente, isso
leva um pouco mais perto do sucesso e mais longe do fracasso.

Embalagem com instrução de leitura do QR Code

O exemplo que segue quebra todos os requisitos de sucesso


para uma boa aplicação de um QR Code para comunicação e engajamento:
i) Superfície irregular;
ii) Provável falta de acesso à internet;
iii) QR Code não fixo;
iv) Visibilidade prejudicada por sujeira.

Fonte: BBC News

No Reino Unido, a vaca Lady Shamrock teve um QR Code


pintado na sua lateral como parte de uma campanha para promover a
pecuária leiteira. A leitura do código levava a um blog que descrevia sua
rotina diária.19
Apesar de descumprir todos os requisitos para o sucesso da
campanha, esse uso peculiar do QR Code gerou mídia suficiente, mas sem
nunca mencionar o resultado da consulta! Uma consulta em sites de busca
gera milhares de resultados vinculando Lady Shamrock e QR Code, sem
contar os trabalhos e artigos acadêmicos.
4. ALTERNATIVAS AO QR CODE

Apesar de o QR Code ser o código bidimensional mais popular


que existe, outras alternativas também estão disponíveis no mercado. O QR
Code é o mais “simpático”, talvez por uma questão de ser mais comum e as
pessoas já terem se acostumado com a sua imagem, forma e estrutura.
O DataMatrix é um código 2D projetado em 1989 e adotado
por várias organizações, dentre as quais a NASA e as principais indústrias
no setor de eletrônicos e farmacêuticos. Este código pode ser reconhecido
pela borda sólida em L e pelas duas bordas serrilhadas opostas e, assim
como o QR Code, necessita da borda branca ao seu redor para garantir a
leitura correta sem interferência das imagens ao redor.
O DataMatrix tornou-se o padrão da GS1, organização global
sem fins lucrativos, responsável pela padronização dos códigos de barras
(antigos EANs) que vão nos produtos e facilitam os controles de estoque e
passada pelos caixas de lojas e supermercados. Atualmente, a GS1 também
aceita o QR Code como padrão de identificação.
DataMatrix do site da Moderattus – Comunicação Gerando Resultados

A Microsoft também criou seu próprio código, o Microsoft


Tag, que utiliza conjuntos de triângulos coloridos no lugar dos pixels
quadrados tradicionalmente associados com esses códigos de barras 2D. A
densidade de dados é aumentada pela utilização de uma paleta com quatro
ou oito cores para os triângulos, apesar de ser possível utilizar somente
preto e branco.

Microsoft Tags

Infelizmente, a plataforma proprietária da Microsoft foi


descontinuada. Em 19 de agosto de 2013, foi anunciado que a plataforma
Microsoft Tag estaria disponível apenas por mais dois anos, até 19 de
agosto de 2015. A partir deste anúncio, a Microsoft sugere um parceiro que
desenvolve soluções utilizando o QR Code.
MaxiCode é um código bidimensional de uso público
originalmente criado pela empresa norte-americana UPS (United Parcel
Service). Neste código, os pontos estão organizados em forma hexagonal ao
invés de em barras, com um “alvo” ou olho de boi no seu centro, tendo sido
padronizado sob ISO/IEC 16023. Com tamanho fixo de 93 caracteres de
dados, o código foi desenhado para atender a uma demanda das empresas
de transporte de encomendas, permitindo uma leitura de etiquetas impressas
em caixas de papelão movimentando-se em esteiras de até 2,5 metros por
segundo (equivalente a 9 km/h).

Exemplo de MaxiCode

Shotcode é o código de barras circular criado pelo Laboratório


de Computação da Universidade de Cambridge em 1999 e comprado para
comercialização em 2003 pelo High Energy Magic. Esse código tem um
“olho de boi” no centro e arcos de circunferência ao seu redor. Pode ser lido
por aplicativos de smartphones e a referência de leitura é o “olho de boi”,
que dá parâmetros de distância e inclinação para interpretação dos dados. É
usado, na maior parte das vezes, para direcionar o usuário a uma página da
internet. Esse código teve maior popularidade na Europa antes do avanço
dos QR Codes.
Shotcode

Mais um código bidimensional, o Beetagg,


desenvolvido na Alemanha, teve pouca aceitação, mas, de certa forma,
previa espaço para logos no seu interior e acabou perdendo presença pela
possibilidade de estilização dos QR Codes (que será discutida mais
adiante).

Beetagg

Além desses códigos que tiveram um pouco mais de presença,


temos os códigos apresentados anteriormente, usados pela indústria da
aviação nos cartões de embarque enviados para smartphones – Aztec Code
e o código das etiquetas da Fedex – PDF-417.
Abaixo, uma imagem que exemplifica uma dezena de códigos
bidimensionais. Com certeza não são os únicos, e nem serão os últimos.
Com o tempo, surgirão novas opções, mas, definitivamente, os QR Codes
têm se mostrado os mais populares, fáceis e práticos de usar, além de ser
uma tecnologia aberta e gratuita.
Exemplos de códigos bidimensionais
5. UTILIZAÇÃO DO QR CODE

Neste capítulo, apresentaremos os caminhos para se criar um


QR Code, as diferentes customizações e os diversos aplicativos disponíveis
no mercado. Analisaremos as vantagens e desvantagens de se criar um
aplicativo exclusivo para leitura de QR Code e também como medir o
impacto de uma campanha utilizando o código.
Os QR Codes têm uma quantidade enorme de
aplicações e podem conter uma série de informações, tais como:
• Apontar para um endereço de internet (URL), ou
no popular: http://www... “alguma coisa”;
• Um evento com data e hora, duração, nome, e
local;
• Um cartão de visita digital ou dados de contato;
• Um endereço eletrônico (e-mail);
• Uma georreferência com as coordenadas GPS e o
nome do local;
• Um número de telefone;
• Um SMS (mensagem de texto) com a mensagem e
o telefone de destino;
• Um texto qualquer (frase, nome, provérbio,
qualquer coisa);
• Uma rede wi-fi, com nome e senha de acesso;
• Link para vídeo do YouTube;
• Link para o Dropbox;
• Mensagem de e-mail;
• Localização no Google Maps;
• Instrução para uma ligação Skype;
• Link para o pagamento direto do PayPal;
• Link para o download de um aplicativo na Apple
Store;
• Links para mídias sociais como Facebook,
LinkedIn, Instagram, FourSquare, Twitter...

Exemplos de ícones das principais aplicações do QR Code

Em resumo, podemos criar um QR Code com praticamente


qualquer tipo de conteúdo – a imaginação é o limite. No entanto, alguns
formatos predefinidos nos permitem fazer melhor uso da informação
compartilhada através do código.
5.1. Criação do QR Code

Existem inúmeros sites que oferecem gratuitamente o serviço


de criação de QR Codes com o intuito de vender outros tipos de serviços,
como, por exemplo, objetos impressos com o QR Code
desejado/customizado e métodos de avaliação e controle das consultas.
Alguns dos mais populares no momento do desenvolvimento
deste livro eram:
• Kaywa: http://qrcode.kaywa.com/ (tem o
objetivo de vender serviços de monitoramento de
consultas ao QR Code);
• GoQR: http://goqr.me/ (tem o objetivo de
vender acessórios com a impressão do seu QR Code);
• QR Code Generator: http://www.qr-code-
generator.com/ (tem o objetivo de vender customização e
controle de consultas);
• QR Stuff: http://www.qrstuff.com/ (tem o
objetivo de vender customização, acessórios com a
impressão do QR Code e controle de consultas).

Existem centenas de geradores de QR Code disponíveis na


internet, e novos serviços surgem a cada mês. Alguns desaparecem por falta
de relevância, mas uma vez que o seu QR Code tenha sido criado, você não
precisa mais daqueles que criaram o código para você.
O Google, inclusive, lançou um gerador de QR Code gratuito,
mas que funciona apenas na plataforma de seu navegador proprietário – o
Chrome.
No momento da criação de um QR Code, existe a
possibilidade de se criar um QR Code estático ou dinâmico. Não se iluda...
ambos são efetivamente estáticos, não mudam. O que muda, e é aí que entra
a questão de estático ou dinâmico, é para onde o QR Code aponta!
• O QR Code dito estático aponta para uma página
na internet de propriedade e controle do próprio dono do
código. Isso significa que a página é fixa, em termos. Como
a página é de seu controle, você pode atualizá-la com a
informação que quiser. O QR Code na capa deste livro
aponta para a página www.moderattus.com. Esta página é
controlada pela equipe dos autores, que pode atualizá-la de
acordo com as suas necessidades a qualquer tempo.
• Já o QR Code denominado dinâmico é um
endereço fixo do gerador do QR Code, ao qual você precisa
se cadastrar e indicar para onde aquela página deve apontar.
Isso significa que o QR Code aponta para uma página que
será redirecionada para onde você quiser. Por exemplo, um
QR Code dinâmico teria um endereço do tipo
www.qr5730ksu7.net e você determinaria nesta página para
onde quer que o usuário seja redirecionado – talvez para a
página www.moderattus.com/001. A vantagem desta
metodologia é que, se você tiver uma campanha que muda
toda semana, pode deixar as páginas prontas, por exemplo, a
página /001, depois /002, /003, e assim por diante, e, a cada
semana, entrar no painel de controle de quem lhe vendeu o
serviço e informar para que página aquele link inicial deve
apontar.

A principal diferença destas duas opções é que a primeira é


gratuita e você altera a sua página conforme a necessidade; na segunda,
você cria uma série de páginas (já ficam prontas), vai redirecionando o link
do QR Code, paga pelo serviço e recebe um lindo relatório de acessos (data,
hora, quantidade). Essa informação também pode ser obtida através da
utilização das ferramentas disponibilizadas gratuitamente pelo Google
Analytics.
5.2. Customização do QR Code

Customizar um QR Code é definir detalhes exclusivos


de seu código, saindo do padrão preto e branco e perfeitamente “quadrado”.
Para exemplificar essa ideia, vamos usar alguns exemplos de campanhas
com códigos customizados.
A primeira é uma campanha da Mercedes, na qual o QR Code
é estilizado e lembra a estrela do logo da marca.

Campanha promocional da Mercedes dos Estados Unidos

Neste caso, temos vários elementos de customização: os


elementos quadrados nos cantos de registro, assim como os elementos
internos, foram transformados em figuras mais pontiagudas.
O QR Code precisa manter alguns elementos básicos para
assegurar a leitura. Estes elementos são:
• Contraste: as cores de fundo e do código devem ter
contraste suficiente para dar leitura adequada;
• Margem: o QR Code deve ter uma margem ao seu
redor para que imagens externas não interfiram no conteúdo de seus
diagramas;
• 3 pontos de referência: todo QR Code precisa ter os 3
pontos de referência para estabelecer o processo de leitura das informações
contidas no código. É como se fosse uma indicação de leitura da esquerda
para a direita e de cima para baixo (como quando lemos um livro).
Notamos também, no caso do QR Code do anúncio da
Mercedes, que o logo da empresa foi inserido no centro do código. Para que
isso seja possível, é necessário criar um QR Code com redundância. Isso
significa que as informações contidas no código são repetidas algumas
vezes, em mais de um lugar, para assegurar que o desenho não obstrua a
leitura correta da instrução completa e nada seja perdido.
Um exemplo mais elaborado dessa ideia são os QR Codes da
revista americana TIME. Para que essa arte – imagem que parece sair do
código – seja possível, é necessário que haja redundância. Muitos dos sites
que geram QR Codes normalmente cobram pelo diferencial de incluir o
logo do cliente no centro do código.

Campanha publicitária da TIME Magazine

Uma outra forma de customizar o QR Code é através de cores.


Sempre que houver contraste suficiente para a leitura da informação, não há
problema com as cores que são usadas para criar o código.
Capa da The New York Times Magazine com QR Code feito de balões

As customizações podem ser das mais variadas. Imagens por


fora do QR Code, o QR Code como parte de uma imagem maior, desenhos
e cores por dentro e por fora do código.
Exemplos de QR Codes coloridos – imagens retiradas da internet

Abaixo, temos um exemplo do QR Code que aponta para a


página da empresa ResolvJá. A imagem da esquerda é o código sem
redundância; a da direita tem redundância e inclui o logo da empresa no
centro. Note como a imagem da direita é mais “pontilhada”.
Estas opções permitem a leitura, levando o usuário para a
página da ResolvJá. O nível de redundância é determinado pela “instrução”
que uma imagem faz na estrutura do código. Por isso, sempre
recomendamos a leitura do código antes de aplicá-lo a uma campanha,
assegurando assim que ele esteja funcionando apropriadamente.
QR Code cedido pela empresa ResolvJá (www.resolvja.com.br)

Resultado da leitura do QR Code acima


5.3. Leitura do QR Code

Hoje, já existem vários programas de leitura de QR Codes.


Uma consulta rápida em qualquer buscador da internet traz centenas de
opções. Os leitores de QR Codes são aplicativos que ainda precisam ser
instalados nos smartphones e requerem uma câmera para a leitura. A
qualidade da câmera do smartphone também interfere na leitura dos QR
Codes. Felizmente, a cada ano essas câmeras melhoram sua qualidade e
desempenho.
A maioria desses leitores oferece funcionalidades muito
parecidas, tais como: histórico de todos os QR Codes já lidos para que você
possa retornar a qualquer momento; passam a sua lista de códigos lidos para
todos seus os dispositivos móveis; possibilidade de ativar as câmeras de
frente e de trás para leitura do código; definir um navegador padrão para
apresentação do resultado do QR Code; ler um QR Code de uma foto tirada
ou recebida; acender a luz para ler códigos em baixa luminosidade.

Os 10 principais leitores de QR Code no momento desta


publicação são:
• SCAN: é um leitor de QR Codes e de códigos de barras,
custa US$ 1,99 e está na posição de número 11 na categoria de
Utilidades*;
• QR CODE READER: é um leitor de QR Codes e
códigos de barras gratuito (versão gratuita do leitor anterior e está
na posição 16 na categoria de Utilidades*);
• QUICK SCAN: leitor gratuito que também oferece
funcionalidades básicas e de vários tipos de códigos
bidimensionais, na posição 26 na categoria de Utilidades*;
• RED LASER: segundo o jornal New York Times, é
“um dos 10 aplicativos que você precisa ter” – aplicativo gratuito
e está na posição 28 na categoria de Utilidades*;
• BAKODO: leitor gratuito de quase todos os códigos de
barras disponíveis e ocupa a posição 53 na categoria de
Utilidades*;
• QRAFTER: mais um aplicativo gratuito semelhante
aos outros. Esse desenvolvedor tem uma versão profissional que
permite ler e criar QR Codes. O aplicativo está na posição 53 da
categoria Produtividade*;
• QR Code Reader and Scanner: esse leitor, também
gratuito, ocupa a posição 84 na categoria de Utilidades*;
• SCANLIFE: esse leitor de QR Code chama a atenção
por buscar avaliações da internet do produto lido, é gratuito e
ocupa a posição 91 na categoria de Utilidades*;
• I-NIGMA: gratuito esse é um dos leitores mais antigos
e mais usados, que atende à maior gama de smartphones e
sistemas operacionais; ocupa a posição de 101 na categoria de
Utilidades*;
• CAMFIND: esse aplicativo gratuito tem uma
funcionalidade adicional à leitura de códigos de barras. Através
de uma imagem de qualquer objeto, o aplicativo tenta reconhecer
o produto e traz informações sobre o produto fotografado – ele
ocupa a posição 107 na categoria de Utilidades*.
* o ranking de classificação foi tirado da AppleStore, em agosto de 2014.

O ranking destes aplicativos é extremamente dinâmico. Uma


semana antes, o aplicativo i-nigma ocupava a posição 4 desse ranking. É
sempre bom olhar o ranking atual de sua loja de aplicativos, seja Apple
Store, Google Play ou outra qualquer.
Além desses aplicativos genéricos, houve um tempo
em que algumas empresas se aventuraram na criação do seu próprio
aplicativo de leitura de QR Codes para serem reconhecidas como o
“primeiro” aplicativo específico para alguma área, setor ou função. Essa
iniciativa hoje não faz o menor sentido do ponto de vista de investimento, já
que várias empresas lançam versões novas a cada mês e trazem novas
funcionalidades para estes leitores de códigos de barras, sejam os
tradicionais unidimensionais, bidimensionais ou até mesmo imagem de um
produto.
A GS1, organização que controla a numeração de códigos de
barras para produtos no mundo todo, também entrou na onda de aplicativos
de leitura de códigos de barras. A aplicação da GS1 é de grande valia, pois
permite ao consumidor ler um código de barras tradicional (EAN ou GTIN)
na embalagem de um produto e ter acesso a informações adicionais que o
fabricante deve cadastrar no sistema da GS1 no momento da criação do
código. A ideia é fantástica, pois disponibiliza uma base de códigos de
barras gigantesca já em uso para uma nova funcionalidade. O aplicativo da
GS1 chama-se InBAR e é gratuito.

Ícone do aplicativo InBAR da GS1 Brasil

Telas do aplicativo InBAR da GS1 Brasil


6. POR QUE DEVO USAR?

Não estranhe se escutar de muitas pessoas que o QR Code está


fadado a morrer. Isso está na mídia mais recentemente dizendo que o QR
Code não deve durar mais muitos anos. Existem manifestos contra o QR
Code, piadas sobre a inutilidade dos mesmos, e até pessoas expoentes no
mercado de tecnologia que já anunciaram a morte do código várias vezes. O
mais interessante é que algumas pessoas já estão se retratando e publicando
artigos sobre por que o QR Code não irá morrer tão cedo, como todos
imaginavam.
Uma coisa é fato: a conclusão de que o QR Code seria
descontinuado em poucos anos pela inutilidade de sua função no marketing
se deu, principalmente, pelo mau uso desta tecnologia pelos responsáveis de
marketing das empresas ou por eles contratados. Quando se lê um QR Code
em uma página de anúncio e o que se recebe de volta no celular é
exatamente essa mesma página, certamente que a percepção é de que a
tecnologia é totalmente inútil, já que não agregou valor algum ao
interessado pelo produto ou serviço anunciado.
Para ilustrar isso, imagine o anúncio de um filme de grande
interesse para você que tenha um QR Code dizendo “saiba mais”, mas,
quando você lê o código, o que aparece é a mesma imagem do cartaz.
Absolutamente inútil! Agora, se o QR Code apresentasse no seu celular o
trailer e as salas de cinema e horários no qual o filme está disponível,
certamente que você teria uma reação totalmente diferente.
Pôster de lançamento de filme com QR Code que dá acesso ao trailer

Esse é o grande desafio de marketing – fazer a conexão entre


as mídias analógica e digital relevante. Se você não conseguir fazer isso,
por favor, não use o QR Code. Deixe seus concorrentes frustrarem seus
consumidores ou deixe que eles engajem seus consumidores e o deixem
para trás!
Alguns pontos que podem mudar a vida do QR Code são:
1) Os dois principais sistemas operacionais de
smartphones ainda não têm versões com leitores de QR Code
nativas (que já vem com o aparelho, sem a necessidade de
instalação). Apesar do Passbook, uma pasta que contém os
cartões de embarque e que já vem pré-instalado nos
smartphones, a necessidade de instalar um leitor de QR Code no
seu celular ainda é um empecilho ou limitante para o
desenvolvimento e maior adesão a esta tecnologia;
2) Como já foi exemplificado antes, a experiência após
a leitura de um QR Code pode ser frustrante. Os profissionais
de marketing e comunicação ainda não entenderam como
engajar aqueles que se predispõem a ler o QR Code e que
seriam os grandes promotores dessa tecnologia;
3) Algumas empresas insistem em imprimir e colocar
seus QR Codes em locais sem sinal de internet, seja por falta de
wi-fi ou do 3G do próprio celular. Isso é uma grande frustração
e perda de tempo. Também já mencionamos os exemplos dos
QR Codes impressos na parte de trás dos assentos dos aviões;
4) Muitas empresas não abrem mão do espaço de
grande valor em uma embalagem para incluir mais um código
além do código de barras tradicional necessário para o caixa da
loja (UPC) e, por isso, o QR Code não ganha espaço nas
embalagens. Existe um caso emblemático: a Nestlé, lançou o
KitKat na Inglaterra com um QR Code que permitia ao
consumidor acessar a origem dos ingredientes – iniciativa que
veio dar uma resposta ao Greenpeace, que acusou a empresa de
comprar óleo de palma de desmatadores das florestas do sudeste
da Ásia e, com isso, contribuir para o extermínio dos
orangotangos que lá viviam. A iniciativa durou pouco. Hoje, já
não encontramos mais esses QR Codes nas embalagens do
KitKat inglês.
Apesar de todos esses pontos negativos ou visões da morte
dessa tecnologia, estamos em uma rota de mudança, em que o QR Code
será a conexão da mídia analógica com a mídia digital. As pessoas
conversam menos, se comunicam cada vez mais através de mensagens e
menos através de voz, e isso está totalmente alinhado com o potencial que o
QR Code traz.
Mais um caso emblemático na história do QR Code foi a
entrega do Orçamento Geral do Estado (Presupuestos Generales del Estado
– PGE) na Espanha, através de um QR Code. Um relatório extremamente
pesado, anteriormente entregue impresso na maioria dos países, foi
disponibilizado simbolicamente pelo governo espanhol através de um pen
drive acompanhado do QR Code, permitindo o acesso de todos os
interessados à página da internet com os detalhes do relatório.
Certamente, muitos descrentes do QR Code que nem tinham o
aplicativo instalado em seus smartphones se arrependeram profundamente.
Esse é um caso claro de que o conteúdo por trás do QR Code traz valor real
e efetivo para quem acessa a informação.

Entrega do Orçamento Geral do Estado, na Espanha, através de QR Code


6.1. Medições de Resultado de
Campanhas com QR Code

Como podemos medir o desempenho de uma campanha que


utiliza o QR Code? Será que isso é possível, já que é impossível controlar o
que os celulares das pessoas estão fazendo?
A realidade é que sim! Isso é possível e muito fácil. Inclusive,
a iniciativa da Microsoft de criar um tag proprietário era de entrar nesse
mercado de avaliação de medição de impacto das campanhas que se
utilizam de códigos bidimensionais, mas, infelizmente, isso estava muito à
frente do seu tempo e muito antes de o QR Code ser usado de maneira
massiva e consistente, além da concorrência de serviços mais baratos e
gratuitos.
Como vimos anteriormente, o QR Code pode trazer inúmeras
informações, o que significa que nem todos os tipos de códigos podem ser
monitorados. Quando falamos de tipos de QR Codes, falamos do tipo de
informação que ele traz. Algumas não permitem o monitoramento – como,
por exemplo, quando o QR Code traz um texto, uma mensagem
alfanumérica, os dados de um cartão de visita. Mas, com cuidado no
planejamento de uma ação, qualquer campanha de QR Code pode ser
monitorada.
Ilustração de controle de acesso à leitura de QR Code

Hoje, podemos medir o acesso a uma página da internet


através de ferramentas gratuitas, como o Google Analytics. Se o QR Code
apontar para uma página específica da internet, podemos capturar o número
de vezes que ela foi acessada através do código. Um ponto importante de
atenção é que essa página deve ser de acesso exclusivo via QR Code, senão
as medições podem ficar prejudicadas ou contaminadas com acessos de
origens diferentes. Esse seria um QR Code estático.
Alguns dos sites que criam o código oferecem serviços de
medição dos acessos via QR Code. Eles defendem a ideia do uso de um QR
Code dinâmico, que significa que você pode direcionar a consulta para uma
página da sua escolha. E, ao invés de mudar ou atualizar a sua página de
destino, dependendo da promoção, você tem as páginas prontas e muda o
direcionamento do leitor de QR Code para a página de interesse, ou
automaticamente, dependendo do dia da semana – em se tratando de
promoções diferentes para cada dia da semana.
O cupom da JJB Sports, varejo da Inglaterra, traz um QR Code
com um controle adicional de acessos. Esse cupom foi distribuído em uma
segunda-feira no jornal de distribuição gratuita nos trens de Londres.
Exemplo do resultado de campanha com QR Code dinâmico

Este é um exemplo de uma empresa que, além de oferecer para


criar o QR Code para o cliente, cria o que chamamos de QR Code dinâmico
e entrega um relatório de acesso à promoção realizada através da leitura do
código.

Exemplo do resultado de campanha com QR Code dinâmico


7. QUANTO CUSTA?

A esta altura, já deve ter dado para perceber que o custo para
fazer um QR Code para ser colocado em uma impressão ou em um site é
ZERO. Não tem custo algum! Talvez para fazer uma customização mais
diferenciada possa haver algum custo, mas não superior a R$ 100.
Caso você mesmo queira acompanhar as leituras do seu QR
Code, precisará apontá-lo para uma página na internet sob seu controle.
Desse modo, será possível utilizar a ferramenta gratuita que é o Google
Analytics, que informa a origem e a quantidade de acessos. Se preferir uma
solução específica em uma plataforma de terceiros, através do uso de um
QR Code dinâmico, você poderá incorrer em um custo mensal de até R$
100.
Como já vimos, os custos são relativamente baixos. QR Code é
uma opção bastante democrática, permitindo a qualquer organização
empreender nesta área. O custo maior pode estar na campanha para divulgar
a promoção, a leitura do QR Code e a impressão de materiais com o código.
Mas, como toda novidade, é importante conhecer o público alvo, considerar
que nem todos sabem o que é um QR Code e, quanto mais clara for a
mensagem de como usar essa ferramenta, maior o sucesso da iniciativa.
Tabela comparativa de opções de aplicação do QR Code

O maior custo de desenvolvimento de uma campanha com o


QR Code é gastar dinheiro sem a possibilidade de gerar resultados por má
aplicação do conceito, como ilustra o exemplo abaixo. Um anúncio de
lançamento de um imóvel que apresenta um QR Code, mas, quando você lê
o código, recebe uma resposta no seu smartphone absolutamente idêntica ao
anúncio.

Anúncio de lançamento de imóvel com QR Code no Estadão


Resultado de busca do QR Code do anúncio de lançamento de imóvel no Estadão

O dinheiro mal gasto é o maior custo que alguém pode incorrer


quando usar o QR Code para conectar uma mensagem analógica com a
digital, sem contar na perda de credibilidade.
Em contrapartida a um exemplo que não demonstra cuidado
com os fatores chaves de sucesso da aplicação do QR Code na
comunicação, temos outra empresa que há mais de um ano aplica QR Codes
em seus anúncios publicados em jornais de grande circulação e segue
fazendo, gastando um espaço caro ocupando uma imagem do produto de
venda por um QR Code. Isso é uma clara indicação de que uma aplicação
correta gera resultados que justificam a campanha em atividade
semanalmente por mais de um ano.
O exemplo a seguir utiliza um QR Code com endereço
dinâmico, controlando os acessos de cada anúncio:

Anúncio de imóvel à venda com QR Code no Estadão


Tela de leitura do QR Code com a indicação do link para a página de resultado

Exemplo de algumas telas do resultado da consulta do QR Code completando as informações do


anúncio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tecnologia disponibilizada pelo QR Code certamente tem


grande potencial. O sucesso de cada um nesta área depende exclusivamente
da forma de aplicação, agregando valor e engajando ou afastando o
consumidor dessa modalidade.
As interações das novas gerações está cada vez mais digital.
Ninguém mais consegue chamar um táxi levantando o braço ou da forma
romântica hollywoodiana – assoviando. Hoje, um táxi é chamado por
aplicativos (com muito mais segurança do que se pego aleatoriamente na
rua), muito mais seguro também para o taxista. Muitas informações hoje
são obtidas através da internet, uma reserva no restaurante é feita através de
outro aplicativo e as conversas não são mais individuais, mas coletivas,
através de grupos no Facebook ou WhatsApp e outros aplicativos de mídia
social. Isso é uma clara indicação de que o QR Code é a conexão entre o
mundo analógico com o digital sem a necessidade de interagir com outras
pessoas.
O volume de QR Codes escaneado é crescente, da
ordem de 20% ano a ano. O Brasil está entre os 10 países com o maior
número de consultas de QR Codes. A cada minuto, 181 códigos são
consultados no mundo. Dois terços das pessoas que consultam QR Codes
têm menos de 44 anos.20
Mobile Barcode Trend Report, da Scanlife

Os conteúdos mais acessados via QR Code são informações


sobre produtos, vídeos, CRM, downloads de aplicativos e comércio
eletrônico; e as categorias mais populares em consulta destes códigos são:
• Supermercados;
• Saúde e Beleza;
• Livros;
• Brinquedos e Vídeo Games;
• Filmes.
As estatísticas comprovam o crescimento desta ferramenta, e,
com o tempo e desenvolvimento de aplicativos mais elaborados para a vida
social digital, as relações de menor importância, como compras e consulta à
informação, serão realizadas sem a intervenção humana. Talvez exista uma
migração a códigos de radiofrequência (RFID), mas, pelo custo, essa
conversão será menos provável e, no topo das soluções de conexão entre o
analógico e o digital, estará o QR Code.
Obrigado pelo seu interesse – comece já o seu projeto!
BIBLIOGRAFIA / REFERÊNCIAS

1 US Interactive Marketing Forecast, 2011 To 2016


(http://www.siliconcloud.com/Portals/55887/docs/Interactive%20Marketing
%20Forecast%202011%20to%202016.pdf)

2 (http://fsindical-rs.org.br/noticias/anatel-presta-esclarecimentos-na-cpi-
da-telefonia.html)

3 (http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/02/celulares-com-
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4 (http://www.google.com/patents/US2612994)

5 (http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
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6 (http://blogs.estadao.com.br/link/vendas-de-smartphones-no-brasil-
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7 (http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
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8 (http://pt.slideshare.net/mmalatam/mma-nielsen-mobile-report-brasil-q1-
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9 World Air Transport Statistics - International Air Transport Association
(http://www.iata.org)

10 http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/restaurante-inclui-qr-
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11 http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/qr-code-comestivel-
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12 http://usatoday30.usatoday.com/money/industries/food/story/2012-07-
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13 (
http://www.washingtonpost.com/blogs/innovations/wp/2013/11/20/arlingto
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technology-belong-in-cemeteries/)

14 (http://www.grabmal.info/)

15 http://www.allaboutpins.com/blog/adding-a-qr-bar-code-to-a-custom-
challenge-coin/

16 http://www.otempo.com.br/capa/economia/mercado-pet-
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17 http://www.mundodastribos.com/coleira-com-qr-code-como-
funciona.html

18 http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/nova-carteira-de-
identidade-de-sp-promete-ser-mais-segura

19 http://www.bbc.com/news/uk-england-leicestershire-18594155

20 http://www.scanlife.com/trend-reports/q3-2013
CRÉDITOS DE IMAGENS

Créditos listados na ordem em que aparecem no texto:

QR Code na placa de imóvel à venda – foto dos autores


QR Code no sushi -
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/restaurante-inclui-qr-codes-
em-seus-pratos-japoneses
QR Code cheeseburguer japonês Mc Donald’s -
http://theponderingprimate.blogspot.com.br/2006/05/mcdonalds-uses-2d-
codes-on.html
QR Code Fast Shop -
http://www.brainstorm9.com.br/1564/diversos/fast-shop-veicula-anuncio-
com-qr-code/
QR Code no jornal A TARDE, de Salvador -
http://shopinfo.wordpress.com/2011/02/24/qr-code-utilize-a-camera-de-seu-
celular-para-acessar-todo-o-conteudo-destes-codigos-de-barras-em-2d/
QR CODE Claro -
http://shopinfo.files.wordpress.com/2011/02/jornal-pos.jpg
QR CODE Nova Schin –
http://photo.kaywa.com/roger/detail/1741
Primeiro bar no Japão a aceitar pedidos através do QR Code –
foto cedida por Sonia S. Morita Marcello da Silva
Placa em avenida de Tóquio com explicação sobre espécie de
árvore – foto cedida por Sonia S. Morita Marcello da Silva
Rotulagem de fruta em supermercado no Japão - http://2d-
code.co.uk/fresh-produce-qr-code/
Charge da tatuagem -
http://www.pinterest.com/pin/506092076846007447/
Figura da Patente do “Bulls Eye” –
http://www.google.com/patents/US2612994
Primeiro produto com código UPC lido -
http://www.mobeam.com/the-barcode-turns-40/
Esquema do código UPC – arte dos autores
Primeiro código de barras bidimensional – Code 49 -
http://www.intermec.com/
Estrutura do QR Code – arte dos autores
Loja de material de construção de autosserviço – foto dos
autores
Etiqueta de encomenda recebida pelo autor – foto dos autores
Cartão de embarque recebido no celular do autor – foto dos
autores
Imagem do Selo de Rastreabilidade cedida pela Safe Trace S/A
– www.safetrace.com.br
Imagem do Resultado da consulta de Rastreabilidade cedida
pela Safe Trace S/A – www.safetrace.com.br
Biscoitos com QR Code da empresa alemã Qkies -
http://www.cnet.com/news/sweet-qkies-are-edible-qr-codes/
Cupcakes com QR Code -
http://www.fastcodesign.com/1589519/friday-fun-qr-code-cupcakes
Exemplo da aplicação do QR Code em vinhos -
http://www.wiz.pt/portfolio/destaques/sandeman_qrcode
QR Code no verso da embalagem do chocolate meio amargo
Mu-Mu - http://abicabnews.blogspot.com.br/2011/07/vonpar-lanca-
primeiro-chocolate-com.html
QR Code com material complementar à aula -
http://www.pb.com/smb/qr-codes/gallery/smart-idea-guide/education
Utilização do QR Code pela biblioteca da FEA-USP -
http://bibliotecafea.com/2011/08/31/novas-aquisicoes-biblioteca-feausp-qr-
code-como-usar/
Campanha de Madri, na Espanha, para identificar e ajudar
portadores de Alzheimer -
http://www.madrid.es/portales/munimadrid/es/Inicio/Ayuntamiento/Medios-
de-Comunicacion/Notas-de-prensa/Programa-piloto-Codigo-QR-para-
enfermos-de-Alzheimer?
vgnextfmt=default&vgnextoid=86211f4865d88410VgnVCM2000000c205a
0aRCRD&vgnextchannel=6091317d3d2a7010VgnVCM100000dc0ca8c0R
CRD
Rastreamento de medicamentos com aplicação de DataMatrix
(Código 2D) - http://www.gironews.com/farma-cosmeticos/anvisa-define-
sistema-para-rastrear-remedios-12445/
Tabela periódica em QR Code -
https://www.flickr.com/photos/periodicvideos/5915143448/sizes/o/in/photo
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Nova carteira de identidade do Estado de São Paulo -


http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-novo-rg-promete-reduzir-
fraudes-e-auxiliar-na-identificacao-de-
criminosos,cf009b9c7a704410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html
QR Code em lápide -
http://www.washingtonpost.com/blogs/innovations/wp/2013/11/20/arlingto
n-national-cemetery-debated-allowing-qr-codes-on-tombstones-does-
technology-belong-in-cemeteries/
Crachá com QR Code – http://www.signalinc.com/tag/digital-
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QR Code no carro de entrega do Subway -
http://www.coastallitho.com/?jx=fp_73
Moeda comemorativa da Casa da Moeda Real Holandesa,
2011 - http://www.dvice.com/archives/2011/06/first_coins_wit.php
QR Code moeda NYPD -
http://www.allaboutpins.com/blog/adding-a-qr-bar-code-to-a-custom-
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Corte de cabelo com QR Code -
http://www.sponsorpitch.com/articles/2725
Food truck em Austin, nos Estados Unidos -
http://austinfoodcarts.com/2012/02/23/yume-burger/
Cardápio do food truck com QR Code -
http://wtfqrcodes.com/post/19629639445/hungry-need-to-eat-something-
now-well-then-1
QR Code em jóias -
https://www.etsy.com/pt/listing/180384609/qr-bar-code-necklace-sterling-
silver?ref=market
QR Code em tatuagem - http://www.geekytattoos.com/

QR Code no copo de cerveja Guinness - http://drink-


brands.com/drinks/alcoholic-drink/guinness-gets-innovative-with-qr-code-
glass/
QR Code em fachada de edifício -
http://www.crackunit.com/2007/08/30/why-i-like-this-qr-code-poster/
Medalha de identificação de pet e informações contidas no QR
Code - http://www.mundodastribos.com/coleira-com-qr-code-como-
funciona.html
QR Code com identificação pessoal e informações de saúde -
http://www.geekalerts.com/myid-band/
QR Code no encosto de cabeça -
http://www.exhibitoronline.com/topics/article.asp?ID=1610
QR Code em calçada do Rio de Janeiro, Brasil – foto dos
autores
Embalagem com instrução de leitura do QR Code – foto dos
autores
DataMatrix do site da Moderattus.com – imagem dos autores
Microsoft Tags –
http://www.lvse.com/article/20130820_2848.html
MaxiCode – imagem dos autores
Shotcode - http://www.dotpod.com.ar/shotcode-codigo-barras-
circulares-celulares/
Beetagg - http://www.blumen-sigrist.ch/blumensigrist/
Exemplos de códigos bidimensionais - www.geeek.org
Exemplos de ícones das principais aplicações do QR Code -
http://goqr.me/
Campanha promocional da Mercedes dos Estados Unidos -
http://www.designerpunch.com/content/30-imaginative-qr-codes
Campanha publicitária da TIME Magazine -
http://qrmedia.us/2011/08/
Capa da The New York Times Magazine com QR Code feito
de balões - http://2d-code.co.uk/nyt-balloon-qr-code-cover/
Entrega do Orçamento Geral do Estado, na Espanha, através
de QR Code -
http://www.elmundo.es/elmundo/2012/04/03/espana/1333412237.html
Exemplo do resultado de campanha com QR Code dinâmico -
http://2d-code.co.uk/qr-code-discount-coupons/
Mobile Barcode Trend Report, da Scanlife -
http://www.scanlife.com/trend-reports/q3-2013
APÊNDICE

Bar Code & Label Layout - Federal Express Corporation -


(http://images.fedex.com/us/solutions/ppe/FedEx_Ground_Label_Layout_S
pecification.pdf)
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SOBRE OS AUTORES

Thomas Eckschmidt
Engenheiro pela Escola Politécnica da USP, com Executive MBA
pela BSP e Seminário de Negócios em Harvard;
Especialista na implantação de sistemas alternativos (negociação e
mediação) de solução de disputas B2B para mais de 20 empresas
multinacionais com operações globais com impacto de mais de
US$ 2 bilhões;
Atuou em grandes empresas de consultoria internacional,
atendendo a clientes em mais de 20 países durante 10 anos;
Empresário de sucesso com mais de 10 prêmios recebidos, entre
eles, Empreendedor do Ano pela PEGN, Empresário do Ano pelo
Estadão PME, Empresa Sustentável pelo Estadão PME;
Autor de 4 livros publicados em português, inglês e espanhol,
palestrante internacional e de TEDx;
Cofundador do Movimento Capitalismo Consciente Brasil;
Membro de conselhos administrativos e consultivos de empresas de
grande porte no Brasil;
Vice-presidente e cofundador da primeira câmara arbitral online da
América Latina (CLAMARB).

Silvia S. Morita
Engenheira pela Escola Politécnica da USP;
Formada em Nutrição pela UNIP entre os melhores da turma,
recebendo uma premiação do Banco Santander pelo desempenho
acadêmico;
Pós-graduação em Administração e Negócios, com especialização
em Marketing, pela UNIP;
Cursou o programa de Trazabilidad Alimentaria da Universidade
de Salamanca, na Espanha;
Atuou na área de identificação, rastreabilidade e segurança do
alimento participando de diversos prêmios nestas áreas;
Coautora do livro Mel Rastreado: transformando o setor apícola
(2012);
Palestrante na área de identificação de alimentos, rastreabilidade e
segurança do alimento;
Primeira nutricionista a apresentar a Rastreabilidade de Alimentos
em congresso de nutrição (Conbran 2012);
Fundadora da empresa Moderattus – Comunicação Gerando
Resultados (www.moderattus.com).

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