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Comportamento (lob) em
Serviços Públicos Digitais
Conteudista/s
Gustavo Lunardelli Trevisan (conteudista, 2023).
Enap, 2023
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Módulo 1: Contextualização - A Era Digital e a Transformação Digital no
Serviço Público..................................................................................................... 6
3
Módulo 3: aplicação da IoB no contexto das organizações............................... 76
Nesse contexto, buscamos fornecer uma visão descomplicada acerca dos aspectos
fundamentais da Internet do Comportamento (IoB):
Bom estudo!
1
Contextualização - A Era Digital
e a Transformação Digital no
Serviço Público.
Unidade 1: O que é a Era Digital?
1.1 Contextualizando a Era Digital
1.2 Desenvolvimento da Era Digital
1.3 Era Digital e movimentos recentes
Ao final desta unidade, você será capaz de compreender e contextualizar os principais aspectos
e mudanças na Era Digital.
O termo Era Digital foi cunhado por Nicholas Negroponte em seu livro Being
Digital, publicado em 1995. No livro, o autor explora as mudanças na sociedade
resultantes da crescente adoção de tecnologias digitais e apresenta suas visões
sobre o futuro da comunicação, entretenimento e negócios.
O livro influenciou e ajudou a popularizar o termo Era Digital como uma forma de
descrever a época em que vivemos. Desde então, o termo se tornou amplamente
utilizado para se referir a esse período histórico de transformações e avanços
tecnológicos.
A Era Digital também tem sido um catalisador para a inovação em diversos setores,
como a saúde, o comércio, a educação e a indústria. Alguns dos principais avanços
incluem a possibilidade de se conectar e interagir com pessoas de todo o mundo
em tempo real, o acesso a uma quantidade sem precedentes de informações e
conhecimento, a automação de tarefas rotineiras, a personalização de experiências
e a criação de novos modelos de negócios.
Em sua trilogia A Era da Informação, publicada entre 1996 e 1998, Castells explorou
o impacto das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na sociedade
contemporânea. Ele argumentou que as TICs deram origem a uma nova forma de
organização social, baseada em redes de comunicação e informação, e que essa
mudança estava transformando as estruturas sociais, políticas e econômicas em
todo o mundo.
"A tecnologia não é determinante, mas sim uma condição necessária para a
transformação social. A forma como utilizamos as tecnologias é o que faz a diferença".
"A Era Digital representa uma mudança radical na forma como a informação é
produzida, distribuída e consumida. A tecnologia não é apenas uma ferramenta,
mas sim um meio de transformação social".
Todos os citados e outros autores contribuíram com suas percepções acerca da Era
Digital. No entanto, alguns desafios contextualizados ao tema ganharam relevância,
como o aumento da desigualdade digital, a ameaça à privacidade dos usuários e o
surgimento de novas formas de criminalidade, o cibercrime e, nos tempos atuais, a
utilização de fake news como estratégia de desinformação para manipulação de massas,
bem como a ampliação do abismo do letramento digital daqueles menos favorecidos.
Década de 1960:
Década de 1970:
Década de 1980:
Década de 1990:
Década de 2000:
Década de 2010:
Embora a linha cronológica esboce apenas uma visão geral, é possível perceber que o
desenvolvimento da Era Digital é um processo contínuo e dinâmico, que tem impactado
profundamente a vida das pessoas em todo o mundo e transformado diversos aspectos
da sociedade. A seguir traremos os desdobramentos mais recentes do tema.
Outro pensador importante nessa transição é o estatístico Nate Silver (2013), que
enfatiza o papel da análise de dados na tomada de decisões em áreas como esportes,
política e negócios. Silver argumenta que a análise de dados pode fornecer insights
valiosos que não podem ser obtidos por meio da intuição ou do senso comum.
Internet das Coisas (IoT): A IoT (do inglês Internet of Things) consiste em
dispositivos conectados à internet que permitem a coleta e troca de dados
entre si. Isso tem possibilitado a criação de soluções inteligentes para diversos
setores, como cidades inteligentes, casas conectadas e indústria 4.0.
CASTELLS, Manuel. A questão urbana. São Paulo: Paz e Terra, 2006, 3ª ed.
FREIRE, E.; BATISTA, S. S. S. Sociedade e Tecnologia na Era Digital. São Paulo: Érica, 2014.
JAVAID, M. et al. Internet of Behaviours (IoB) and its role in customer services. Sensors
international, v. 2, n. 100122, p. 100122, 2021.
MANYIKA, J. et al. Digital America: A tale of the haves and have-mores. [s.l.]
McKinsey & Company, 2015. Acesso em: 28 fev. 2023.
MAYER-SCHOENBERGER, V.; RAMGE, T. Access rules: Freeing data from big tech for
a better future. Berkeley, CA, UTILIZA: University of California Press, 2022.
MEZAIR, T. et al. Towards an Advanced Deep Learning for the Internet of Behaviors:
Application to connected vehicles. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n.
2, p. 1–18, 2023.
MORAIS, F. Transformação Digital: como a inovação digital pode ajudar seu negócio
nos próximos anos. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
NEGROPONTE, N. Being Digital. Nova Iorque, NY, UTILIZA: Alfred A. Knopf, 1995.
SILVER, N. The signal and the noise: Why so many predictions fail-but some
don’t. [s.l.] Penguin Press, 2012.
TAPSCOTT, D. Growing up digital: Rise of the net generation. Nova Iorque, NY,
UTILIZA: McGraw-Hill, 1999.
The nine elements of digital transformation. Harvard business review, 12 jun. 2014.
TURKLE, S. Life on the screen: Identity in the age of the internet. Londres,
England: Phoenix, 1997.
WEILL, P. What’s your digital business model?: Six questions to help you build the
next-generation enterprise. Boston, MA, UTILIZA: Harvard Business Review Press, 2018.
ZHANG, T.; ZHANG, S.; JIA, W. Person reidentification based on adaptive relation
attention network in intelligent monitoring system for the IoB. IEEE transactions on
engineering management, p. 1–10, 2022.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de compreender a importância, pilares, benefícios
e desafios da Transformação Digital no serviço público.
Rachinger,
Rauter, Müller, Digitalization
Vorraber e and its
Digitalization and its influence on business model (2019,
Rachinger, influence on
innovation p 1144)
M., Rauter, business model
R., Müller, C., innovation
Vorraber, W., &
Building
dynamic
"um processo contínuo de renovação estratégica capabilities
Karl S.R. Warner, que utiliza avanços nas tecnologias digitais para for digital
Maximilian criar recursos que atualizam ou substituem transformation: (2019)
Wäger, o modelo de negócios, a abordagem de An ongoing
colaboração e a cultura de uma organização." process of
strategic
renewal
O quadro a seguir sintetiza os domínios. Vejamos cada um dos cinco temas para
compreendê-los um pouco melhor.
Vejamos a seguir.
Transformação Digital.
Fonte: Autor..
É válido observar que esses pilares não funcionam isoladamente, mas de forma
integrada, uma vez que a Transformação Digital também envolve além da adoção
de tecnologias avançadas, mudanças nos processos internos, capacitação dos
funcionários e melhoria da experiência do cliente. Pois, quando esses elementos
atuam juntos é possível alcançar uma transformação bem-sucedida.
A Transformação Digital pode trazer uma série de benefícios e impactos positivos para
o Serviço Público, mas é importante que sua implementação seja realizada de forma
planejada e responsável, levando em consideração os desafios e oportunidades
específicos de cada contexto.
Assim, é importante destacar que a Transformação Digital também pode ter impactos
negativos, como a exclusão digital e a perda de postos de trabalho que não sejam
adequados para a nova realidade. Portanto, é de entendimento estratégico que sua
implementação seja realizada de forma responsável, considerando os impactos
sociais e garantindo a inclusão de todos os cidadãos.
Com base no que foi discutido até o momento, podemos destacar algumas
tendências no contexto da Transformação Digital para organizações públicas e
privadas, elencadas a seguir:
Internet das Coisas (IoT): A IoT está permitindo uma maior conectividade e
coleta de dados em tempo real, tornando possível uma análise mais precisa
e rápida das condições ambientais, bem como a otimização de processos e
recursos.
• What's Your Digital Business Model?: Six Questions to Help You Build
the Next-Generation Enterprise (2018). Peter Weill e Stephanie
Woerner são autores deste livro que aborda a Transformação
Digital em empresas e apresenta seis perguntas-chave que
ajudam a construir modelos de negócios digitais eficazes.
Até breve!
CASTELLS, Manuel. A questão urbana. São Paulo: Paz e Terra, 2006, 3ª ed.
FREIRE, E.; BATISTA, S. S. S. Sociedade e Tecnologia na Era Digital. São Paulo: Érica, 2014.
JAVAID, M. et al. Internet of Behaviours (IoB) and its role in customer services. Sensors
international, v. 2, n. 100122, p. 100122, 2021.
MANYIKA, J. et al. Digital America: A tale of the haves and have-mores. [s.l.]
McKinsey & Company, 2015. Acesso em: 28 fev. 2023.
MAYER-SCHOENBERGER, V.; RAMGE, T. Access rules: Freeing data from big tech for
a better future. Berkeley, CA, UTILIZA: University of California Press, 2022.
MEZAIR, T. et al. Towards an Advanced Deep Learning for the Internet of Behaviors:
Application to connected vehicles. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n.
2, p. 1–18, 2023.
MORAIS, F. Transformação Digital: como a inovação digital pode ajudar seu negócio
nos próximos anos. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
NEGROPONTE, N. Being Digital. Nova Iorque, NY, UTILIZA: Alfred A. Knopf, 1995.
SILVER, N. The signal and the noise: Why so many predictions fail-but some
don’t. [s.l.] Penguin Press, 2012.
TAPSCOTT, D. Growing up digital: Rise of the net generation. Nova Iorque, NY,
UTILIZA: McGraw-Hill, 1999.
The nine elements of digital transformation. Harvard business review, 12 jun. 2014.
TURKLE, S. Life on the screen: Identity in the age of the internet. Londres,
England: Phoenix, 1997.
WEILL, P. What’s your digital business model?: Six questions to help you build the
next-generation enterprise. Boston, MA, UTILIZA: Harvard Business Review Press, 2018.
ZHANG, T.; ZHANG, S.; JIA, W. Person reidentification based on adaptive relation
attention network in intelligent monitoring system for the IoB. IEEE transactions on
engineering management, p. 1–10, 2022.
Módulo
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de compreender os conceitos IoT e IoB em sua
essência, diferenciando em suas propostas e utilização.
O termo Internet of Things (IoT) foi cunhado em 1999 por Kevin Ashton, chefe do
Automatic ID Lab do MIT, em um discurso para ilustrar o potencial da tecnologia de
rastreamento RFID (HASSAN, 2018).
Embora o termo Internet das Coisas tenha sido trazido no somente no final da década
de 1990, o primeiro dispositivo que fazia o uso do conceito surgiu em 1982, onde
programadores da Carnegie Mellon conectaram máquinas de venda automática de
refrigerantes à uma rede de computadores, para que as pessoas pudessem verificar
se havia bebidas geladas antes de efetuar a compra, sendo considerado como um
dos primeiros dispositivos IoT.
Vale ponderar que o smartphone é apenas um dos dispositivos do dia a dia que
pode se conectar à IoT. Se considerados outros dispositivos, como os smartwatches,
assistentes pessoais, computadores, tablets, smart TVs e dispositivos wearables,
entre outros, chegaremos aos bilhões de dispositivos conectados, como observam
Salazar e Silvestre (2017).
Ainda, de acordo com a IDC, a receita do mercado global de IoT chegará a 1,1 trilhão
de dólares até 2025, com uma taxa de crescimento composta média anual de 11,4%,
da qual a participação de mercado da China aumentará para 25,9%, tornando seu
mercado de IoT o maior do mundo.
A Internet das Coisas (IoT) funciona por meio da conexão entre dispositivos
eletrônicos e objetos físicos à internet, permitindo a coleta e o compartilhamento
de dados em tempo real.
Acerca do seu fluxo, Sun et. al. (2022) descrevem-no em algumas etapas básicas,
conforme segue:
Workflow IoT .
Fonte: Sun et. al.(2022).
Para cada etapa do fluxo de trabalho da IoT, pode-se envolver uma série de
tecnologias e diferentes ferramentas, dependendo do tipo de dispositivo IoT, da
aplicação e do ambiente em que é utilizado.
O funcionamento da IoT começa com a coleta de dados pelos dispositivos IoT. Esses
dados podem ser enviados para a plataforma IoT, onde são armazenados e processados.
Os usuários podem interagir com a IoT por meio de aplicativos que permitem
monitorar o status dos dispositivos IoT e controlá-los remotamente. Por exemplo,
um aplicativo de controle de aparelho de ar condicionado, onde os usuários ajustam
a temperatura da casa de qualquer lugar do mundo utilizando um smartphone.
À medida que a tecnologia IoT evolui, espera-se que cada vez mais objetos físicos
sejam integrados à internet, criando um mundo cada vez mais conectado e inteligente.
A ideia técnica da IoT é “conectar tudo de acordo com a demanda”, uma vez que
todos os objetos estariam conectados à Internet por meio de dispositivos de
Essas são apenas algumas das possíveis aplicações da IoT no serviço público. A
tecnologia IoT pode e deve ser utilizada para melhoria da eficiência e qualidade dos
serviços públicos, além de promover a sustentabilidade e a transparência no setor.
Vale observar que desde o advento da Internet, os dados têm sido cruciais para
o processo de implementação de ações de Transformação Digital, dentre elas a
utilização da IoT. Nesse contexto, a IoT possibilita fornecer mais dados para coleta
e análise. Assim, quanto mais dados se tem, mais informações são possíveis de se
obter sobre o comportamento do usuário.
Vimos que o status de uso de dispositivos IoT e coleta de dados podem fornecer
informações valiosas sobre comportamento, e interesses relevantes daqueles que
geram os dados, como por exemplo suas preferências de hábitos.
Assim, aqueles que descobrirem a chave para compreendê-lo terão uma vantagem
significativa sobre os concorrentes em todos os setores de seu campo de atuação.
A Internet do Comportamento (IoB) foi descrita pela primeira vez em 2012 pelo
professor Göte Nyman, da Universidade de Helsinque. Motivado por uma falta
de compreensão do comportamento individual e dos padrões comportamentais,
concebeu um modelo conceitual que empregava as ideias da Internet das Coisas
(IoT), da ciência comportamental (psicologia) e análise de dados.
Acerca do conceito IoB, diferentes tipos de dados são relevantes, dentre os quais os
dados originados de redes sociais (Facebook, Twitter, LinkedIn, etc.), da IoT (leituras de
sensores, câmeras, etc.), hábitos de compra e gastos, metadados, geolocalização do
usuário e as ações que ocorrem em diferentes locais, interações com vendas e suporte
ao cliente e dados biométricos (características físicas, características faciais, etc.).
Quanto ao seu processo evolutivo, a linha do tempo IoB caminha em pararelo com a
IoT, uma vez que conceitualmente já se antevia as aplicações de dispositivos que se
utilizariam de dados de consumo e do comportamento humano para ações de serviços
ao cliente. A figura a seguir ilustra a linha do tempo do processo evolutivo da IoB.
Por exemplo, vincular sua imagem por meio de reconhecimento facial a uma
atividade de compra de uma passagem de trem. Em dezembro do mesmo ano,
Chrissy Kidd concebe uma representação acerca dos conceitos IoT e IoB, conforme
ilustra a figura a seguir.
A ilustração da Pirâmide IoB traz em sua base estrutural os conceitos IoT e IoB, sendo
o primeiro, a base da pirâmide, seguida da camada de informação, que representa
as etapas de coleta dados e sua conversão em informações.
A pirâmide refere-se à relação e as diferenças entre IoT e IoB. Pois, sendo IoT a
base da IoB, utiliza as estruturas IoT em seu fluxo de funcionamento e anexa outra
camada de análise, como por exemplo, os comportamentos humanos específicos,
no processo de transformar informações em conhecimento.
Por fim, a sabedoria, no topo seria obtida por meio da utilização de tecnologias mais
complexas, como Inteligência Artificial e aprendizado de máquina ou o conhecimento
básico da psicologia comportamental.
A Internet do Comportamento (IoB) funciona como uma extensão da IoT, por meio
da conexão entre uma rede de objetos físicos interconectados, que coletam e trocam
informações pela Internet, vinculando esses dados a comportamentos humanos
específicos. A figura a seguir ilustra o workflow da IoB.
Existem algumas características que a IoB deve conter, para que a eficácia e a
universalidade de sua aplicação possam ser garantidas. A figura a seguir sintetiza as
características IoB.
Conforme já mencionamos, a Gartner sugere a IoB como uma extensão da IoT, que
se concentra na captura, processamento e análise dos rastros digitais gerados por
usuários da internet. Assim, à medida que aumenta a coleta desses “dados de rastros
digitais”, inclusive dados que abrangem os mundos digital e físico, as informações
podem, por sua vez, influenciar o comportamento dos usuários.
As principais tarefas do IoB são executadas na camada de serviço, que inclui três
etapas principais: processamento semântico, análise de comportamento e previsão
do padrão de comportamento.
1 Quando bilhões de dados são coletados pela IoT, isso impõe uma carga de
tráfego pesada nos roteadores e gateways da IoT.
Portanto, o Aprendizado Federado pode lidar com essa situação de maneira eficaz,
implantando nós de borda em uma arquitetura de IoT.
No contexto dos Serviços Públicos, a IoT pode ser utilizada para coletar dados de
sensores em edifícios, ruas, estradas e outros ativos da cidade, permitindo que as
autoridades monitorem e gerenciem esses ativos de forma mais eficiente.
Por exemplo: sensores podem ser instalados em lâmpadas públicas para monitorar
o uso de energia, sensores de tráfego podem ajudar a gerenciar o fluxo de veículos
em uma cidade e sensores de qualidade do ar podem ser utilizados para avaliar a
poluição em áreas urbanas.
Um exemplo prático da aplicação conjunta de IoT e IoB nos serviços públicos é o uso
de sensores em áreas urbanas para detectar a presença de multidões e analisar
seu comportamento. Esses sensores fornecem informações importantes para os
planejadores urbanos, ajudando a entender como as pessoas se movimentam
em torno de uma cidade, quais áreas são mais movimentadas e quais serviços
públicos são mais utilizados.
No entanto, a IoB também levanta questões sobre a privacidade dos dados e a ética
na coleta e uso desses dados. É importante garantir que a coleta e o uso dos dados
sejam realizados de forma ética e transparente, com o consentimento dos indivíduos
envolvidos e a proteção adequada de seus dados pessoais.
AGUIAR-CASTILLO, L.; GUERRA, V.; RUFO, J.; RABADAN, J.; PEREZ-JIMENEZ, R. Survey
on Optical Wireless Communications-based services applied to the tourism industry:
Potentials and challenges. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 18, p. 6282, 2021.
DOI 10.3390/s21186282. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21186282.
INTERNET DAS COISAS. [s. d.]. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Disponível
em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/transformacaodigital/internet-
das-coisas. Acesso em: 16 mar. 2023.
JAVAID, Mohd; HALEEM, Abid; SINGH, Ravi Pratap; RAB, Shanay; SUMAN, Rajiv.
Internet of Behaviours (IoB) and its role in customer services. Sensors international,
v. 2, n. 100122, p. 100122, 2021. DOI 10.1016/j.sintl.2021.100122. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1016/j.sintl.2021.100122.
MEZAIR, T.; DJENOURI, Y.; BELHADI, A.; SRIVASTAVA, G.; LIN, J. C.-W. Towards an
Advanced Deep Learning for the Internet of Behaviors: Application to connected
vehicles. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–18, 2023. DOI
10.1145/3526192. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3526192.
PERWEJ, Y.; AHMED, M.; KERIM, B.; ALI, H. An extended review on internet of things
(IoT) and its promising applications. Communications on applied electronics, v.
7, n. 26, p. 8–22, 2019. DOI 10.5120/cae2019652812. Disponível em: http://dx.doi.
org/10.5120/cae2019652812.
ZHANG, G.; POSLAD, S.; RUI, X.; YU, G.; FAN, Y.; SONG, X.; LI, R. Using an Internet of
Behaviours to study how air pollution can affect people’s activities of daily living:
A case study of Beijing, China. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 16, p. 5569,
2021. DOI 10.3390/s21165569. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21165569.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de diferenciar os objetivos, benefícios e desafios
da utilização de IoB.
Algumas das áreas onde a IoB será aplicada incluem os setores da saúde, finanças,
varejo e segurança. Na saúde, por exemplo, a IoB pode ser utilizada para monitorar o
comportamento dos pacientes e fornecer feedback personalizado e recomendações
que os profissionais que atendem tenham um melhor prognóstico do paciente.
Na área financeira, a IoB pode ser utilizada para criar soluções de gerenciamento
financeiro personalizadas, como linha de crédito, com base no comportamento de
compra do usuário. Já na área de varejo, a IoB pode ser utilizada para personalizar
a experiência de compra do usuário com base em seus históricos de compras,
ofertando por meio de sistemas de recomendação de produtos e ou serviços, com
base no histórico de consumo do cliente.
A IoB busca compreender os dados coletados das atividades online dos usuários a
partir de uma perspectiva de psicologia comportamental, de como os dados podem
ser compreendidos a partir da psicologia humana e como esse entendimento poderá
ser aplicado para influenciar ou mudar o comportamento humano.
Ainda, no que refere aos fatores críticos, temos o dilema ético IoB, uma vez que a
falta de regulamentação acerca de sua utilização causa um problema de segurança
cibernética, pois temos uma legislação e regulamentos em descompasso ao
desenvolvimento tecnológico.
• "The Internet of Things: How Smart TVs, Smart Cars, Smart Homes, and Smart
Cities Are Changing the World" - Livro de Michael Miller, publicado em 2015,
que discute a conexão de dispositivos por meio da IoT e a coleta de dados
que pode gerar.
Essas são apenas algumas das pesquisas científicas recentes sobre IoB. À medida que a
área continua a evoluir, teremos o aporte de novas pesquisas e descobertas importantes.
AGUIAR-CASTILLO, L.; GUERRA, V.; RUFO, J.; RABADAN, J.; PEREZ-JIMENEZ, R. Survey
on Optical Wireless Communications-based services applied to the tourism industry:
Potentials and challenges. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 18, p. 6282, 2021.
DOI 10.3390/s21186282. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21186282.
INTERNET DAS COISAS. [s. d.]. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Disponível
em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/transformacaodigital/internet-
das-coisas. Acesso em: 16 mar. 2023.
JAVAID, Mohd; HALEEM, Abid; SINGH, Ravi Pratap; RAB, Shanay; SUMAN, Rajiv.
Internet of Behaviours (IoB) and its role in customer services. Sensors international,
v. 2, n. 100122, p. 100122, 2021. DOI 10.1016/j.sintl.2021.100122. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1016/j.sintl.2021.100122.
MEZAIR, T.; DJENOURI, Y.; BELHADI, A.; SRIVASTAVA, G.; LIN, J. C.-W. Towards an
Advanced Deep Learning for the Internet of Behaviors: Application to connected
vehicles. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–18, 2023. DOI
10.1145/3526192. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3526192.
PERWEJ, Y.; AHMED, M.; KERIM, B.; ALI, H. An extended review on internet of things
(IoT) and its promising applications. Communications on applied electronics, v.
7, n. 26, p. 8–22, 2019. DOI 10.5120/cae2019652812. Disponível em: http://dx.doi.
org/10.5120/cae2019652812.
ZHANG, G.; POSLAD, S.; RUI, X.; YU, G.; FAN, Y.; SONG, X.; LI, R. Using an Internet of
Behaviours to study how air pollution can affect people’s activities of daily living:
A case study of Beijing, China. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 16, p. 5569,
2021. DOI 10.3390/s21165569. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21165569.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os conceitos de serviços públicos
digitais e os modelos utilizados no Brasil e no mundo.
Na perspectiva dos ambientes informacionais digitais, para que esses serviços sejam
eficazes, é importante que contemplem alguns aspectos essenciais, como:
Esses são alguns dos aspectos essenciais que devem ser considerados na
implementação de serviços públicos digitais. Ao contemplar esses aspectos, é
possível garantir que esses serviços sejam bem-sucedidos e atendam às demandas
dos cidadãos e empresas de forma eficiente e transparente.
Cada Serviço Público Digital é avaliado de acordo com a sua conformidade com
a lista de parâmetros estabelecida. O grau de aderência aos parâmetros é o
critério que determina o nível de qualidade do serviço, que pode ser mínimo,
intermediário ou avançado.
Mas, qual seria a participação da IoB nesse contexto? A seguir veremos como a IoB
poderá contribuir para a oferta dos Serviços Públicos.
1.3 Como a IoB pode ser uma aliada para superar os desafios
no serviço público
A Internet das Coisas (IoB) pode ser uma grande aliada para os desafios no serviço público,
permitindo que o governo ofereça serviços mais eficientes, seguros e econômicos.
Até agora, nos concentramos nos lados positivos da IoB. No entanto, existem
algumas considerações relativas ao seu uso. Vejamos a seguir:
Com a IoB, seria possível adicionar mais dados, como histórico de navegação na
Internet, sendo possível um modelo de premiação para taxação de impostos para
motoristas que tivesse um padrão de comportamento desejável para a condução
segura de veículo.
A IoB pode ser uma poderosa aliada para superar os desafios no serviço público,
permitindo que os governos forneçam serviços mais eficientes, seguros e econômicos,
melhorando a qualidade de vida da população como um todo.
AGUIAR-CASTILLO, L.; GUERRA, V.; RUFO, J.; RABADAN, J.; PEREZ-JIMENEZ, R. Survey
on Optical Wireless Communications-based services applied to the tourism industry:
Potentials and challenges. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 18, p. 6282, 2021.
DOI 10.3390/s21186282. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21186282.
DE, Gerência. Kit de boas-vindas aos órgãos que aderirem à unificação de canais. [s. d.].
Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/governanca/ouvidoria/arquivos/
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DÍAZ, Diego; BOXWOOD, Clara. 2023. Uma abordagem crítica para os recursos de
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Acesso em: 16 mar. 2023.
INTERNET DAS COISAS. [s. d.]. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Disponível
em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/transformacaodigital/internet-
das-coisas. Acesso em: 16 mar. 2023.
MEZAIR, T.; DJENOURI, Y.; BELHADI, A.; SRIVASTAVA, G.; LIN, J. C.-W. Towards an
Advanced Deep Learning for the Internet of Behaviors: Application to connected
vehicles. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–18, 2023. DOI
10.1145/3526192. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3526192.
MISHRA, A. K.; SINGH, O.; KUMAR, A.; PUTHAL, D.; SHARMA, P. K.; PRADHAN, B. Hybrid
mode of operation schemes for P2P communication to analyze end-point individual
behaviour in IoT. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–23, 2023.
DOI 10.1145/3548686. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3548686.
MODELO DE CUSTOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. [s. d.]. Governo Digital. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/modelos-
de-custos-de-servicos-publico. Acesso em: 7 abr. 2023.
New Technology Study Findings Have Been Reported by Researchers at Jamia Millia
Islamia [Internet of Behaviours (IoB) and its role in customer services]." Journal of
Engineering, 23 Aug. 2021, p. 1350.
PADRÃO DIGITAL DE GOVERNO. [s. d.]. Padrão Digital de Governo. Disponível em:
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Acesso em: 7 abr. 2023.
ROSETH, Benjamin; REYES, Angela. Wait no more: Citizens, red tape, and digital
government: Caribbean edition. [S. l.]: Inter-American Development Bank, 2019.
ZHANG, G.; POSLAD, S.; RUI, X.; YU, G.; FAN, Y.; SONG, X.; LI, R. Using an Internet of
Behaviours to study how air pollution can affect people’s activities of daily living:
A case study of Beijing, China. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 16, p. 5569,
2021. DOI 10.3390/s21165569. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21165569.
Objetivo de aprendizagem
Segundo Afor e Sahana (2022), a IoB pode ser utilizada em uma variedade de
aplicativos que fornecem ajuda extremamente detalhada e individualizada aos
usuários devido à sua capacidade de fornecer insights para as pessoas.
AGUIAR-CASTILLO, L.; GUERRA, V.; RUFO, J.; RABADAN, J.; PEREZ-JIMENEZ, R. Survey
on Optical Wireless Communications-based services applied to the tourism industry:
Potentials and challenges. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 18, p. 6282, 2021.
DOI 10.3390/s21186282. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21186282.
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DHAYA, R.; KANTHAVEL, R. Internet of behaviours (IoB). [S. l.: s. n.], 2023.
DÍAZ, Diego; BOXWOOD, Clara. 2023. Uma abordagem crítica para os recursos de
previsão de aprendizado de máquina: criando uma biografia preditiva na era da
Internet do comportamento (IoB). In: Pau Alsina & Andrés Burbano (eds.). "Possíveis".
Artnodes, não. 31. UOC. Disponível em: https://doi.org/10.7238/artnodes.v0i31.
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2023. CNN Brasil. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/relogios-
inteligentes-sao-cada-vez-mais-uteis-para-a-saude/?fbclid=IwAR2VzjjEmd6icDE4hG
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das-coisas. Acesso em: 16 mar. 2023.
MEZAIR, T.; DJENOURI, Y.; BELHADI, A.; SRIVASTAVA, G.; LIN, J. C.-W. Towards an
Advanced Deep Learning for the Internet of Behaviors: Application to connected
vehicles. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–18, 2023. DOI
10.1145/3526192. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3526192.
MISHRA, A. K.; SINGH, O.; KUMAR, A.; PUTHAL, D.; SHARMA, P. K.; PRADHAN, B. Hybrid
mode of operation schemes for P2P communication to analyze end-point individual
behaviour in IoT. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–23, 2023.
DOI 10.1145/3548686. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3548686.
MODELO DE CUSTOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. [s. d.]. Governo Digital. Disponível em:
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/modelos-
de-custos-de-servicos-publico. Acesso em: 7 abr. 2023.
New Technology Study Findings Have Been Reported by Researchers at Jamia Millia
Islamia [Internet of Behaviours (IoB) and its role in customer services]." Journal of
Engineering, 23 Aug. 2021, p. 1350.
PADRÃO DIGITAL DE GOVERNO. [s. d.]. Padrão Digital de Governo. Disponível em:
https://www.gov.br/ds/home. Acesso em: 7 abr. 2023.
PESQUISA COM USUÁRIOS. [s. d.]. Governo Digital. Disponível em: https://www.gov.
br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/pesquisa-com-usuarios.
Acesso em: 7 abr. 2023.
ROSETH, Benjamin; REYES, Angela. Wait no more: Citizens, red tape, and digital
government: Caribbean edition. [S. l.]: Inter-American Development Bank, 2019.
ZHANG, G.; POSLAD, S.; RUI, X.; YU, G.; FAN, Y.; SONG, X.; LI, R. Using an Internet of
Behaviours to study how air pollution can affect people’s activities of daily living:
A case study of Beijing, China. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 16, p. 5569,
2021. DOI 10.3390/s21165569. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21165569.
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar as Boas Práticas para implementação
de IoB em Organizações públicas e privadas.
IoB é uma tecnologia avançada que tem um enorme potencial futuro. Muitos estudos
foram realizados para os aplicativos e escopo futuro da Internet do Comportamento.
Além disso, os pesquisadores têm se dedicado sobre vários setores onde o conceito
desempenha um papel principal. A IoB, quando combinada com a IoT, pode contribuir
no processo de compreensão do comportamento do usuário.
Os desafios IoB não se limitam aos processos de coletar, armazenar, utilizar dados e
monitorar o nível de acesso dos conteúdos dispostos em suas bases de dados e, portanto,
todas as organizações devem estar atentas às responsabilidades em como utilizá-lo.
Outro ponto de preocupação para muitos está na questão legal da IoB. Como ainda é uma
das tendências tecnológicas emergentes, não há um entendimento jurídico unificado e
único que regule o uso da tecnologia e suas implicações éticas. Muito provavelmente,
precisaremos desenvolver instrumentos legais internacionais, normas e códigos éticos
para evitar as consequências desastrosas do uso indevido da tecnologia.
Hoje o conceito de IoB combina muitas fontes dos rastros digitais, que são dados
individuais que refletem a atividade das pessoas. Essas fontes incluem:
Esse é o diferencial que define todo o conceito IoB. Hoje é possível vislumbrar os
caminhos que o conceito seguirá para adentrar em toda sociedade. Por meio da
IoB, a customização de produtos e serviços é feita de acordo com as necessidades,
demandas e desejos dos consumidores individuais. A personalização de serviços
e/ou produtos acabará por resultar no aumento da satisfação, contentamento,
deleite e deleite do cliente.
O uso desses selos e níveis ajuda a garantir que apenas usuários autorizados tenham
acesso às informações mais críticas. Para isso, é necessário mapear os níveis e selos
para determinar como as contas dos usuários serão recebidas no sistema integrado
de selo de confiabilidade (bronze, prata e ouro), determinando níveis de segurança
diferentes e demandando coletas de dados distintas. Quanto maior a segurança
da validação dos dados do usuário, em bases da Justiça Eleitoral ou via certificado
digital, por exemplo, maior o nível da conta.
Vale ponderar que de acordo com a plataforma, o perfil de conta não implica na
coleta de dados sensíveis do cidadão, no entanto, funcionaria como um indicador
para o gerenciamento de acesso a todas as funcionalidades da plataforma. Assim,
de acordo com os perfis de conta, na identidade bronze, é possível fazer assinaturas
simples, acessar serviços como a inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e
obter a Carteira de Trabalho Digital.
A Prata é quando o usuário faz o reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br para
conferência da sua foto nas bases da Carteira de Habilitação pela Secretaria Nacional
de Trânsito ou realiza a validação dos seus dados via internet banking de um banco
credenciado. Nesse nível é possível, por exemplo, ter a declaração do Imposto de
Renda pré-preenchida automaticamente.
IoB e Sustentabilidade
As questões ambientais e de sustentabilidade estão entre os desafios que
a humanidade vem enfrentando nas últimas décadas. Por serem tratados
em nível governamental, requerem a implementação de tecnologias de
Personalização maximizada
A personalização é a chave para a eficácia do Serviço. As pessoas gostam de se
sentir especiais e serem ouvidas. Essa abordagem já aplicada no sistema do
Gov.br ajuda a conquistar e manter a fidelidade dos usuários. Em que pese, os
Sistemas de Recomendações são a parte mais importante da personalização.
Assim como a Netflix, Spotify, Youtube, Facebook utilizam ativamente
is algoritmos preditivos de aprendizado de máquina para nos fornecer
sugestões, os Serviços Públicos também devem se atentar a funcionalidade.
Com a IoB, esses serviços podem saber se você está de mau humor para animá-
lo ou ajudá-lo a encontrar as informações com base no seu histórico de busca.
De um lado, é possível por meio da coleta dos “rastros digitais”, identificar criminosos e
prevenir crimes. Pesquisadores de políticas já discutem se os assistentes de voz podem
ser considerados testemunhas de crimes. No entanto, a apropriação de dados sem o
devido consentimento de seu gerador significa uma violação da confidencialidade dos
dados e privacidade.
No futuro, a IoB irá explorar a experiência do consumidor com uma acurácia cada vez
mais precisa e criará outros pontos de contato para permitir um entendimento cada vez
mais preciso de suas necessidades e anseios.
Para a análise de mercado, IoB será o cerne da análise e gestão de dados dos usuários.
Também poderá ser utilizada para melhorar a segurança de locais públicos e fornecer
possibilidades de desenvolvimento de novos produtos e serviços até o momento
impensados, reduzindo os custos de monitoramento da indústria, bem como fornecendo
uma segmentação de produtos e serviços de forma mais personalizada para proporcionar
uma experiência de consumo (CX).
2 - Coleta dos dados - Os dados podem ser adquiridos de diversas fontes, desde
dados de Dispositivos IoT, dados de acessos aos ambientes informacionais digitais,
demanda, desempenho, indicadores de desempenho, avaliações (pesquisas de
satisfação), chatbot, formulário/e-mail e callcenter.
É válido observar que o processo de coleta e tratamento de dados deverá ter uma
finalidade explícita ao usuário, e essa deverá ser compatível, necessária, de livre acesso
e transparente, em obediência aos preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
AGUIAR-CASTILLO, L.; GUERRA, V.; RUFO, J.; RABADAN, J.; PEREZ-JIMENEZ, R. Survey
on Optical Wireless Communications-based services applied to the tourism industry:
Potentials and challenges. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 18, p. 6282, 2021.
DOI 10.3390/s21186282. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21186282.
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DHAYA, R.; KANTHAVEL, R. Internet of behaviours (IoB). [S. l.: s. n.], 2023.
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Objetivo de aprendizagem
Identificar as ferramentas e indicadores aplicados à IoB que podem ser utilizados nos
serviços públicos digitais.
Big Data Analytics - Ferramentas de análise de big data podem ser utilizadas
para processar e analisar os dados coletados, permitindo identificar padrões
e insights sobre o comportamento humano.
Pesquisa com usuários - Projetos de pesquisa com usuários buscam entender como
as pessoas se sentem ao usar um produto, sistema ou serviço público digital. Eles
podem testar protótipos, analisar soluções existentes ou investigar as necessidades
dos usuários. As pesquisas podem usar metodologias quantitativas, qualitativas e
interativas, presenciais ou virtuais, dependendo da necessidade do serviço e dos
usuários. Essas investigações podem ser feitas de maneira ágil, com baixo custo e
sem afetar o cronograma de desenvolvimento das soluções.
Os passos são:
• Definição de responsáveis.
Essas alterações visam proteger a privacidade dos cidadãos brasileiros e dar mais
transparência e governança na administração pública federal.
AGUIAR-CASTILLO, L.; GUERRA, V.; RUFO, J.; RABADAN, J.; PEREZ-JIMENEZ, R. Survey
on Optical Wireless Communications-based services applied to the tourism industry:
Potentials and challenges. Sensors (Basel, Switzerland), v. 21, n. 18, p. 6282, 2021.
DOI 10.3390/s21186282. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/s21186282.
DE, Gerência. Kit de boas-vindas aos órgãos que aderirem à unificação de canais. [s. d.].
Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/governanca/ouvidoria/arquivos/
documentos/apresentacao-kit-govbr-inpi-canaidigitais.pdf. Acesso em: 19 mar. 2023.
DHAYA, R.; KANTHAVEL, R. Internet of behaviours (IoB). [S. l.: s. n.], 2023.
DÍAZ, Diego; BOXWOOD, Clara. 2023. Uma abordagem crítica para os recursos de
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Artnodes, não. 31. UOC. Disponível em: https://doi.org/10.7238/artnodes.v0i31.
405249. Acesso em: 07 mar. 2023.
ESTADO, Agência. Relógios inteligentes são cada vez mais úteis para a saúde. 12 mar.
2023. CNN Brasil. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/relogios-
inteligentes-sao-cada-vez-mais-uteis-para-a-saude/?fbclid=IwAR2VzjjEmd6icDE4hG
5q3KnBhgQyjHi9IxJ5xVhoiO1JAPstMIpEjL1zLAA. Acesso em: 7 abr. 2023.
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www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.332-de-28-de-abril-de-2020-254430358.
Acesso em: 16 mar. 2023.
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10.1145/3526192. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3526192.
MISHRA, A. K.; SINGH, O.; KUMAR, A.; PUTHAL, D.; SHARMA, P. K.; PRADHAN, B. Hybrid
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behaviour in IoT. ACM transactions on sensor networks, v. 19, n. 2, p. 1–23, 2023.
DOI 10.1145/3548686. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1145/3548686.
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https://www.gov.br/governodigital/pt-br/transformacao-digital/ferramentas/modelos-
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PADRÃO DIGITAL DE GOVERNO. [s. d.]. Padrão Digital de Governo. Disponível em:
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