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Analista Ambiental
As práticas e processos conhecidos como processos participativos de gestão pública oferecem aos cida-
dãos, organizações da sociedade civil e outros atores interessados a oportunidade de se envolver ativamente
no processo de tomada de decisões e na gestão de assuntos públicos. Essa abordagem tem como objetivo
aumentar a transparência, a responsabilidade, a inclusão e a legitimidade das políticas públicas e da adminis-
tração do governo. A seguir estão alguns exemplos de processos participativos de gestão pública:
— Conselhos de Gestão ou Conselhos e Comitês
Os governos locais e regionais frequentemente criam conselhos e comitês consultivos compostos por mem-
bros da comunidade. Esses comitês têm a capacidade de fornecer conselhos e sugestões sobre uma variedade
de temas, como saúde, educação, meio ambiente e desenvolvimento urbano.
— Orçamento Participativo
Este processo permite que os cidadãos participem e votem sobre projetos e prioridades orçamentárias em
nível municipal ou regional. Isso permite que as pessoas influenciem diretamente como os recursos públicos
são alocados.
— Parceria Entre Governo E Sociedade ou Parcerias Público-Privadas
Em alguns casos, o setor público pode trabalhar com entidades da sociedade civil e do setor privado para
desenvolver e implementar projetos e programas que são úteis para a comunidade.
– Audiências Públicas: são reuniões abertas ao público em que as pessoas podem dizer o que pensam e
acham sobre coisas como projetos de lei, regulamentos ou políticas públicas.
– Consultas e Participação Online: Com o avanço da tecnologia, muitas organizações governamentais ago-
ra permitem que os cidadãos participem online, fornecendo comentários e sugestões por meio de plataformas
digitais.
Esses processos visam envolver os cidadãos na formulação de políticas e avaliação de programas do go-
verno para garantir que as decisões sejam mais representativas e atendam às necessidades e interesses da
população. Processos participativos de gestão pública são fundamentais para fortalecer a democracia e cons-
truir uma governança mais responsável e eficaz.
Governo eletrônico
Governo Eletrônico
O Governo Eletrônico (também conhecido como Governo Digital), começou a ser utilizado na administração
pública brasileira por volta do ano de 1980, após a disseminação do e-commerce1 pelas organizações priva-
das, sempre associado às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).2
Segundo Diniz3, a evolução em relação ao uso das tecnologias no setor público brasileiro, passou por várias
fases, ele nos mostra quatro grandes períodos do uso de TIC no setor público, que são:
1) Pioneirismo (dos anos 1950 até meados dos anos 1960);
2) Centralização (de meados dos anos 1960 até o final dos anos 1970);
3) Terceirização (anos 1980); e
1 Comércio eletrônico ou e-commerce, é um tipo de comércio virtual, ou seja, não-presencial, são transa-
ções comerciais feitas especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, computado-
res, tablets e smartphones.
2 PALUDO, A.; Administração pública. 3ª ed.; Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
3 DINIZ, E. H. Uso do comércio eletrônico em órgãos do governo. Relatório 18/2000 NPP. Eaesp/FGV, maio
2000.
Dentre as causas determinantes da adoção estratégica e intensiva das TIC pelos governos, em processos
internos, prestação de serviços e informações, e no relacionamento com a sociedade, Diniz5 destaca:
- O uso intensivo das TIC aumentou pelos cidadãos, organizações privadas e não governamentais;
- A migração da informação baseada em papel para mídias eletrônicas e serviços online; e
- O avanço e universalização da infraestrutura pública de telecomunicações e da internet.
Outras causas estão associadas às forças provenientes do próprio movimento de reforma do Estado, da
modernização da gestão pública e da necessidade de maior eficiência do Governo.
4 Idem
5 DINIZ, E. H. Uso do comércio eletrônico em órgãos do governo. Relatório 18/2000 NPP. Eaesp/FGV, maio
2000.
6 AKUTSU, L.; PINHO J. A. G.; Sociedade da informação, accountability e democracia delegativa: investi-
gação em portais de governo no Brasil. 2002.
7 LORIGADOS, W. B.; LIMA, F. T. de; e SANCHEZ, A.; Administração Pública, Planejamento e Gestão. São
Paulo:1999.
8 DINIZ, E. H. Uso do comércio eletrônico em órgãos do governo. Relatório 18/2000 NPP. Eaesp/FGV, maio
2000.
→
Fatos Marcantes para Grupo de Trabalho - GTTI
Criação
implantação do GE Comitê Gestor Cege
→
Ao final do ano de 2001, já existiam mais de 1.300 serviços disponíveis pela internet no portal da Rede
Governo, bem como mais de 11 mil tipos de informação disponíveis. Em 2002, o número de serviços havia
crescido para aproximadamente 1.700, com cerca de 22 mil links de acesso direto a serviços e informações de
outros websites governamentais.10
Em setembro de 2002 publicou-se um relatório com as ações já realizadas, e com desafios e pretensões
futuras. Em 2003, a Secretaria Executiva do comitê passa para o Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, a cargo da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, o que garantiu o apoio técnico-admi-
nistrativo necessário ao funcionamento do Comitê.
Ao final de 2003, mediante decreto, criaram-se oito Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, a saber:
1. Implementação do Software Livre;
9 DINIZ, E. H. Uso do comércio eletrônico em órgãos do governo. Relatório 18/2000 NPP. Eaesp/FGV, maio
2000
10 DINIZ, E. H. Uso do comércio eletrônico em órgãos do governo. Relatório 18/2000 NPP. Eaesp/FGV,
maio 2000
Accountability
Por sua vez, a accountability trata da prestação de contas, mas não apenas isso. A accountability possui
três planos:
1. Prestação de contas: irá refletir na transparência do governo com a população. Exemplo: o Relatório
de Gestão Fiscal, instituído pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF);
2. Responsabilização dos agentes: os agentes devem responsabilizar-se pela correta utilização dos
recursos. Exemplo: a Lei de Improbidade Administrativa (LIA), que instituiu mecanismos para punir maus ges-
tores;
3. Responsividade dos agentes: diz respeito à capacidade de resposta do poder público às demandas
sociais. Um governo responsivo buscará satisfazer as necessidades da população e colocar em prática as po-
líticas escolhidas pelos cidadãos.
Podemos ainda classificar a accountability em dois tipos:
1. Horizontal: não há hierarquia, pois corresponde a uma mútua fiscalização e controle existente entre os
poderes. Exemplos: prefeitura recebe recursos do governo e a CGU faz uma auditoria; atuação dos Tribunais
de Contas, do Ministério Público;
O CONTROLE SOCIAL11
O controle social pode ser entendido como a participação do cidadão na Gestão Pública, na fiscalização, no
monitoramento e no controle das ações da Administração Pública, ele trata-se de um importante mecanismo de
prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
A preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ainda maior, em razão da ex-
tensão territorial do país e da descentralização geográfica dos órgãos públicos integrantes dos diversos níveis
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). No caso destes, há que considerar, ainda, o seu
grande número. Por isso, a fiscalização da aplicação dos recursos públicos precisa ser feita com o apoio da
sociedade.
O controle social é um complemento indispensável ao controle institucional realizado pelos órgãos que fis-
calizam os recursos públicos. Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação
dos recursos públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de forma eficiente.
No entanto, para que os cidadãos possam desempenhar de maneira eficaz o controle social, é necessário
que sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos.
O Controle Social no Brasil12
Para se entender a evolução do controle social no Brasil, faz-se necessário mencionar aspectos ocorridos
na história recente do País, especialmente no processo de redemocratização posterior ao fim do regime militar.
Nesse sentido, a década de 80 é um marco importante, pois se caracterizou por um movimento intenso de
luta pela ampliação dos mecanismos institucionais de diálogo entre o Estado e os cidadãos. A Constituição de
1988, elaborada sob forte influência da sociedade civil por meio de emendas populares, definiu a descentrali-
zação e a participação popular como marcos no processo de elaboração das políticas públicas, especialmente
nas áreas de políticas sociais e urbanas.
Assim, a Constituição de 1988, também chamada de “Constituição Cidadã” por ser o texto constitucional
mais democrático que o País já possuiu, consagrou um contexto favorável à participação dos cidadãos nos
processos de tomada das decisões políticas essenciais ao bem-estar da população.
Entre essas iniciativas podemos citar a instituição dos conselhos de políticas públicas. Nesses conselhos os
cidadãos não só participam do processo de tomada de decisões da Administração Pública, mas, também, do
processo de fiscalização e de controle dos gastos públicos, bem como da avaliação dos resultados alcançados
pela ação governamental.
Portanto, o controle social é tema atual, de interesse tanto do Estado quanto da sociedade. Mais do que isso,
o controle social tornou-se atitude concreta em muitas instâncias. Há uma diversidade de iniciativas aconte-
cendo, seja no interior das instituições civis, seja nos organismos públicos, que procuram mostrar ao cidadão a
necessidade de zelar pelo que é de interesse comum, pelo que é de todos.
Mecanismos de exercício do Controle Social
O controle social pode ocorrer tanto no planejamento como na execução das ações do governo.
11 Controladoria Geral da União. Controle Social: Orientações aos cidadãos para participação na gestão
pública e exercício do controle social. Brasília, 2012.
12 Controladoria Geral da União. Controle Social: Orientações aos cidadãos para participação na gestão
pública e exercício do controle social. Brasília, 2012.
O PPA apresenta os critérios de ação e decisão que devem orientar os gestores públicos (Diretrizes); estipu-
la os resultados que se busca alcançar na gestão (Objetivos), inclusive expressando-os em números (Metas) e
delineia o conjunto de ações a serem implementadas (Programas).
O PPA também indica os meios para se atingir os objetivos de um programa, podendo assumir a forma de
projetos, atividades ou operações especiais (Ações). Projetos são trabalhos específicos, com prazo e produto
final. Atividades são operações de um trabalho continuado, a fim de manter ações já desenvolvidas.
Operações especiais são ações que, em tese, não contribuem para a manutenção das ações do governo,
como o pagamento de servidores inativos.
A LDO dispõe sobre as metas e prioridades para a Administração Pública, os critérios para a elaboração da
LOA, as alterações da legislação tributária e as formas de financiamento do orçamento. Dispõe ainda sobre
política salarial e concursos públicos e estabelece os percentuais de recursos que serão descentralizados para
os Poderes e Administração Indireta, como fundações, autarquias e sociedades de economia mista. Elege, a
partir do PPA, os programas e metas físicas a serem executados, sempre no exercício seguinte ao de sua ela-
boração. A LOA se ocupa de definir as fontes de arrecadação, estimar as receitas e prever as despesas para o
ano seguinte ao de sua elaboração.
Na LDO, igualmente, pode e deve participar da decisão que elege os programas a serem executados no
exercício seguinte, pois somente assim será garantida uma governança democrática, que melhor atenda às
necessidades da comunidade.
A sociedade deve também participar da deliberação que aloca os recursos públicos para a execução do
programa de trabalho do governo de sua unidade federativa.
A sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e
LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas casas legislativas.
Controle Social da execução das Despesas Públicas
Encerrada a fase de elaboração, apreciação, votação e aprovação das peças orçamentárias, inicia-se a fase
de execução. É o momento da realização dos fins públicos estabelecidos na Constituição. Por isso, a sociedade
deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto com os agentes públicos.
Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despesas não se realizem arbitraria-
mente. Essas regras estão contidas, principalmente, na Lei das Finanças Públicas, a Lei n.º4.320/1964, na Lei
das Licitações, a Lei n.º 8.666/1993 e na Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar n.º 101/2000.
A Lei n.º 8.666/1993 estabelece, por sua vez, que as despesas devem ser efetuadas, sem privilegiar um ou
outro fornecedor dos produtos, obras ou serviços. Isto é, o gestor público deve observar o princípio constitu-
cional da isonomia (igualdade de todos perante a lei). Por outro lado, deve sempre selecionar a proposta mais
vantajosa para a Administração, conjugando com razoabilidade os critérios de preço e técnica.
Assim, as obras, serviços, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pú-
blica, quando contratadas com terceiros, devem ser, em regra, precedidos de licitação, que deve ser processa-
da e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralida-
de, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Segundo a Lei n.º 4.320/1964, toda despesa efetuada na Administração Pública, de qualquer dos entes
federativos (União, estados, Distrito Federal e municípios) deve seguir três estágios: empenho, liquidação e
pagamento.
16 https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/97354/000919637.pdf?sequence=1
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/97354/000919637.pdf?sequence=1
O modelo segue a lógica do PDCA, que vem do inglês, Plan (Planejar), Do (Executar), Check (Verificar) e
Act (Agir).
A prática da administração voltada para os resultados tem como requisito uma gestão organizacional articu-
lada acerca de vários elementos que podem ser identificados em quatro principais dimensões17:
a) quadro estratégico responsável pela formulação da estratégia referente à meta da organização e os meios
necessários para alcançá-la;
b) delegação, habilitação e responsabilização;
c) concentração em resultados pela eliminação de controles inúteis;
d) implementação de um sistema de reporting e de comunicação.
A implementação de um quadro estratégico na administração pública requer o abandono da visão legalista.
No setor público, costuma-se cumprir metas orçamentárias preocupando-se sempre com o equilíbrio de recei-
tas e despesas. O enfoque nos resultados deve ser traduzido pela formulação de estratégias gerenciais que
permitam ao órgão público identificar a meta a ser atingida, bem como o caminho apropriado para o alcance da
meta traçada.
O quadro de gestão por resultados exige novos valores que possam catalisar o processo de obtenção de
resultados. A delegação implica a transferência de mais responsabilidades aos gestores, enquanto a habilitação
consiste em disponibilizar-lhes os meios necessários que possam facilitar o processo decisório, como a infor-
mação, a formação e a autoridade exigida.
É necessário que se estabeleçam alguns mecanismos de responsabilização para a habilitação do gestor
público, apontando os seguintes:
(a) objetivos esclarecidos para a conscientização de todos;
(b) definição de indicadores de rendimento para avaliar os resultados;
(c) implementação de sistemas de informações viáveis;
(d) elaboração de relatórios tempestivos de resultados.
Na busca da administração por resultados, deve-se abandonar o excesso de burocracia, eliminando-se
controles desnecessários que representam limitações ou barreiras para a obtenção de resultados oriundos de
decisões centralizadas. Assim, o processo de evidenciação e comunicação exigem o fornecimento e detalha-
mento de uma informação completa e útil.
Na base da administração por resultados, está o accountability (prestação de contas) que representa uma
etapa crucial na implementação deste modelo de gestão no processo gerencial da administração pública. A
adoção do modelo da administração por resultados requer uma mudança mais cultural do que estrutural.
Compromisso, responsabilidade e envolvimento constituem fatores que devem determinar o comportamento
do agente público frente à máquina administrativa pública, no sentido da busca por resultados concretos. A
conscientização sobre esses valores facilita o processo contínuo da perseguição de resultados no setor público.
Portanto, deduz-se que a dimensão comportamental é parte integrante da gestão por resultados e mostra-
-se como elemento essencial para o seu êxito. O estágio atual da sociedade moderna exige da administração
pública um foco nos resultados.
Assim, é preciso que ela responda às expectativas modernas, o que obriga a passagem pela gestão por
resultados. Com isso, passa-se a exigir dos gestores públicos não somente a prestarem contas, com o principal
objetivo de tornar públicos os relatórios descritivos de fatos gerenciais acontecidos, mas, sobretudo, a eviden-
ciarem um “income of accountability”.
Um modelo de administração centralizado nos resultados permite às organizações centrar constantemente
sua atenção no alcance de resultado. Para tanto devem mensurar seu desempenho de forma regular e objetiva.
Nesse modelo, destaca-se a necessidade de o gestor público apreender novos mecanismos e de adaptá-los,
para melhorar a sua eficácia administrativa.
17 http://www.anpad.org.br/admin/pdf/ENAPG360.pdf
18 https://ebap.online/ebap/index.php/ebap/viebap/paper/viewFile/587/173
19 http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/63/2012_EOR1733.pdf
Governança
Na iniciativa privada a governança corporativa representa o modo como as organizações são administradas
e controladas, e como interagem com as partes interessadas. Inclui políticas, regulamentos/instruções, proces-
sos, estratégia e cultura, e orienta-se pelos princípios da transparência, equidade, responsabilidade por resulta-
dos, cumprimento das normas e accountability. De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
o conselho de administração é o guardião do sistema de governança.
Governança pública, no entanto, é compreendida como a capacidade de governar, capacidade de decidir e
implementar políticas públicas que atendam às necessidades da população. Segundo Bresser-Pereira (1998),
“governança é a capacidade financeira e administrativa, em sentido amplo, de um governo implementar políti-
cas”.
A mudança que ocorre quando as normas, regras e procedimentos que regulam como as pessoas e as
organizações se comportam são conhecidas como mudanças institucionais. Desde o nível local até o global,
essas mudanças podem ocorrer de forma gradual ou abrupta e podem ocorrer em qualquer parte da sociedade.
As instituições são essenciais porque fornecem à sociedade estrutura e ordem. Elas definem as expecta-
tivas e os direitos dos indivíduos, e ajudam a garantir a coesão social. Pode ser necessário fazer mudanças
institucionais para adaptar a sociedade às novas circunstâncias ou para resolver problemas que já existem. A
seguir estão alguns dos vários fatores que podem levar a mudanças institucionais:
Reformas políticas: alterações nas leis, regulamentos e estruturas de governos e sistemas políticos para
melhorar a eficiência, a representatividade e a responsabilidade do governo.
Reformas econômicas: mudanças nas políticas econômicas e regulamentações para promover o cresci-
mento econômico, a estabilidade e a competitividade de um país.
Mudanças organizacionais: alterações na estrutura e nos processos de uma organização, seja ela pública
ou privada, para melhorar sua eficácia, eficiência e capacidade de atingir seus objetivos.
Reformas jurídicas: alterações nas leis e sistemas judiciais para garantir o acesso à justiça, proteger os
direitos individuais e coletivos e melhorar a aplicação da lei.
Mudanças culturais: mudanças nas normas sociais, valores e crenças de uma sociedade, que podem ocor-
rer ao longo do tempo e afetar a forma como as instituições funcionam.
As mudanças institucionais podem ser impulsionadas por fatores internos, como modernização, problemas
sistêmicos ou adaptação a novas circunstâncias, bem como fatores externos, como pressões econômicas, mu-
danças tecnológicas, movimentos sociais e acordos internacionais. Essas mudanças desempenham um papel
crucial na evolução e no desenvolvimento de uma sociedade, afetando a governança, a economia, a justiça e
a cultura. A forma como essas mudanças são planejadas, implementadas e monitoradas pode impactar signifi-
cativamente o futuro de uma sociedade.
Ainda neste tema, temos:
— Conselhos
Dentro do contexto das mudanças institucionais, um “Conselho” é uma estrutura organizacional que desem-
penha um papel importante em fornecer orientação, tomada de decisões, supervisão ou aconselhamento em
uma variedade de áreas, sejam elas governamentais, empresariais ou da sociedade civil. Os conselhos são
frequentemente compostos por membros especializados ou representantes de partes interessadas relevantes
e têm o propósito de influenciar as políticas, direcionar estratégias ou supervisionar ações.
Aqui estão alguns tipos comuns de conselhos dentro de diferentes contextos:
As políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo referem-se às ações, programas e decisões do go-
verno para abordar questões e desafios específicos que afetam a sociedade. Elas são formuladas e implemen-
tadas pelo Estado com o objetivo de promover o bem-estar social, melhorar a qualidade de vida da população
e atender às necessidades públicas. As políticas públicas abrangem uma ampla variedade de áreas, incluindo
educação, saúde, segurança, meio ambiente, habitação, desenvolvimento econômico, cultura e muitas outras.
No Brasil, as políticas públicas desempenham um papel fundamental na busca por uma sociedade mais
justa e equitativa. Algumas áreas de destaque incluem:
– Políticas de Saúde: o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece serviços de saúde gratuitos e universais
para a população brasileira.
-Políticas de Educação: o Brasil possui um sistema de ensino público e várias iniciativas para melhorar a
qualidade da educação, como o Programa Bolsa Família e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
- Políticas de Assistência Social: programas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada
(BPC) visam fornecer assistência financeira às famílias em situação de pobreza.
-Políticas de Meio Ambiente: o Brasil mantém políticas para a preservação da Amazônia e a promoção do
desenvolvimento sustentável.
-Políticas de Segurança Pública: políticas para lidar com a segurança e a redução da criminalidade nas
cidades.
-Políticas de Desenvolvimento Econômico: incluem medidas para estimular o crescimento econômico, atrair
investimentos e criar empregos.
O desenvolvimento, a implementação e o impacto das políticas públicas no Brasil estão sujeitos a debates
políticos, mudanças de governo e avaliações constantes. A eficácia das políticas públicas é um tema importante
na discussão sobre o progresso e o desenvolvimento do país, e essas políticas desempenham um papel essen-
cial na vida cotidiana dos cidadãos brasileiros.
Ainda neste tema, temos:
— Descentralização e Democracia
A descentralização e a democracia são conceitos interligados que desempenham um papel crucial na go-
vernança e na organização de um Estado. Ambos estão relacionados ao compartilhamento de poder, tomada
de decisões e à promoção da participação cidadã. Aqui está como esses dois conceitos se relacionam:
Descentralização
É o processo pelo qual o poder e a autoridade são transferidos do nível central de um governo para níveis
subnacionais, como estados, províncias, municípios ou regiões. Isso implica na delegação de autoridade, recur-
sos e responsabilidades para entidades locais ou regionais. A descentralização pode ser tanto política quanto
administrativa.
– Descentralização Política: envolve a transferência de poder de tomada de decisões para níveis subnacio-
nais, permitindo que as autoridades locais tenham mais autonomia nas políticas e programas que afetam sua
jurisdição.
– Descentralização Administrativa: envolve a transferência de responsabilidades de implementação e pres-
tação de serviços públicos para níveis locais ou regionais. Isso inclui, por exemplo, a administração de educa-
ção, saúde, segurança e infraestrutura a níveis mais próximos dos cidadãos.
O planejamento e a avaliação são componentes essenciais das políticas públicas no Estado brasileiro
contemporâneo. Eles ajudam a garantir que as ações do governo sejam eficazes, eficientes, transparentes e
atendam às necessidades da população.
Planejamento nas Políticas Públicas
É o processo pelo qual as autoridades governamentais, em colaboração com a sociedade civil e outros
stakeholders, definem metas, objetivos, estratégias e ações para abordar questões específicas e alcançar re-
sultados desejados.
Avaliação das Políticas Públicas
É o processo de analisar e avaliar criticamente as políticas públicas para determinar se elas estão sendo
eficazes e alcançando os resultados esperados. A avaliação é feita para garantir que as políticas sejam ajusta-
das e aprimoradas de acordo com as necessidades.
20 Prof.a Dra. Maria das Graças Rua. POLÍTICAS PÚBLICAS. Instituto de Gestão, Economia e Políticas
Públicas.
21 https://www.ipece.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/45/2021/07/NOTA_TECNICA_CAPP_01.pdf
O termo ESG22 tem sido usado para se referir a práticas empresariais e de investimento que se preocupam
com critérios de sustentabilidade – e não apenas com o lucro. A sigla vem do inglês “Environmental, Social and
Governance“, que em português pode ser traduzido como ambiental, social e governança. A adoção do ESG
representa uma verdadeira mudança de paradigma nas relações entre as empresas e seus investidores, já que
práticas tradicionalmente associadas à sustentabilidade passaram a ser consideradas como parte da estratégia
financeira das empresas.
O ESG é usado como uma espécie de métrica para nortear boas práticas de negócios. Alguns aspectos
observados quando se fala em ESG são os impactos ambientais e sociais da cadeia de negócios, as emissões
de carbono, a gestão dos resíduos e rejeitos oriundos de determinada atividade, questões trabalhistas e de
inclusão dos trabalhadores e a metodologia de contabilidade, dentre outras. Tudo isso ganha força dentro de
um contexto em que grandes empresas têm suas ações listadas em bolsas de valores e há cobrança por parte
de acionistas e fundos de investimentos por práticas que garantam a sobrevivência de uma empresa a longo
prazo.
A metodologia do ESG23 evoluiu para uma forma de investimento que alcança fatores de sustentabilidade
como maneiras de selecionar empresas que possuem modelos de negócios diferenciados. Ou seja, tem um
olhar abrangente sobre a forma de gestão, cultura organizacional e os riscos de uma empresa. Porque é um fa-
tor que vem modificando o tipo de avaliação dos investimentos por parte dos gestores de ativos e investidores.
Hoje em dia, os investidores pressionam para obter informações sobre o desempenho do ESG, já que estes
dados influenciam na tomada de decisão.
Por outro lado, as companhias que já fazem esse tipo de trabalho saem na frente, pois já se adequaram a
este nova realidade e consequentemente tornam-se mais mais atrativas perante ao mercado, além de desper-
tarem o interesse de profissionais que desejam atuar em empresas que tenham um propósito relacionado a
este tipo de governança.
Cada um desses critérios24: Governança Ambiental, Social e Corporativa têm um significado mais profundo,
com diretrizes próprias que dependem do contexto e particularidade do setor em análise, mas de forma geral
costumam ser avaliados os seguintes aspectos
Ambiental - O critério ambiental inclui exigências nesse campo, como:
A gestão de resíduos;
A política de desmatamento (caso aplicável);
O uso de fontes de energia renováveis pela empresa;
O posicionamento da empresa em relação à questões de mudanças climáticas;
Os processos dedicados a reduzir ou eliminar a poluição do ar ou da água decorrentes de suas operações;
A logística reversa de produtos;
A política de negociação com fornecedores (se negocia com empresas participantes do Fair Trade, ou que
usam insumos orgânicos ou mesmo que possuem certificações ambientais);
Além disso, o critério ambiental pode também se estender ao controle exercido pela empresa em terras que
possui, se há ações para melhorar e preservar a biodiversidade, por exemplo.
22 ecycle.com.br/esg/
23 https://sgssustentabilidade.com.br/esg-governanca-ambiental-social-e-corporativa/
24 https://www.totvs.com/blog/business-perfomance/esg/
O Ciclo Orçamentário é uma sequência de fases ou etapas que deve ser cumprida como parte do processo
orçamentário, que corresponde à elaboração, apreciação legislativa, execução e acompanhamento, controle e
avaliação, quando, então, se inicia o ciclo seguinte. Corresponde ao período de tempo em que se processam
as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a avaliação final.
O Sistema Orçamentário Brasileiro é composto de três elementos básicos, conforme disposto na Constitui-
ção Federal de 1988 em seu Art.165:
Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I- Plano Plurianual – PPA
II- Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
III- Lei Orçamentária Anual – LOA
O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio
prazo da administração pública. Cabe à LDO, anualmente, enunciar as políticas públicas e respectivas priorida-
des para o exercício seguinte. Já a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação
das despesas para o exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar no PPA as ações que receberão priorida-
de no exercício seguinte torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um plano de médio-prazo do governo,
e a LOA, que é o instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício a que se refere.27
Plano Plurianual - PPA28
O PPA é uma das três leis em sentido formal (lei ordinária) que compõem o sistema orçamentário brasilei-
ro. Estabelece de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Vigora por quatro anos, sendo elaborado no primeiro ano do mandato presidencial, abrangendo até o primeiro
ano do mandato seguinte.
É uma Lei de Iniciativa do Poder Executivo, em que estão quantificados, especificados e qualificados os
custos de cada projeto de duração plurianual ou continuada e funciona como um instrumento de planejamento
estratégico das ações do Governo.
O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no art. 165 da Constituição Federal, destinado a organi-
zar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos da República
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição serão elaborados em con-
sonância com o PPA. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser ini-
ciado sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presiden-
cial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro
e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
27 http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/cidadao/entenda/cursopo/planejamento.html
28 http://www.planejamento.gov.br/servicos/faq/planejamento-governamental/plano-plurianual-ppa/o-que-
-eacute-o-ppa
1º 2º 3º 4º
A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:
As autoridades governamentais usam um sistema organizado conhecido como ciclo de planejamento go-
vernamental para criar, implementar e acompanhar políticas e programas públicos ao longo do tempo. É um
método contínuo que envolve várias fases, permitindo que o governo determine objetivos, aloque recursos,
realize ações e avalie os resultados. Normalmente, o ciclo de planejamento do governo é composto por quatro
fases principais:
Formulação
Atualmente, o governo identifica problemas, oportunidades e desafios para serem abordados por meio de
políticas públicas. As consultas com as partes interessadas, incluindo a sociedade civil, bem como a coleta e
análise de dados estão incluídas nessa categoria. Os seguintes componentes são definidos durante o processo
de formulação:
Metas e Objetivos: os objetivos globais do governo.
Estratégias: estratégias comuns para alcançar os objetivos.
Recursos: distribuição de recursos materiais, monetários e humanos
Legislação: se for necessário, a formulação pode resultar na criação de leis ou regulamentos.
Aplicação
As políticas e programas são implementados após sua formulação. Isso inclui a realização de tarefas espe-
cíficas especificadas durante a fase de formulação, a distribuição de recursos, a definição de responsabilidades
e o acompanhamento contínuo para garantir a execução eficaz.
Avaliação
A avaliação ocorre durante e após a implementação. Ela visa verificar se os programas e políticas estão
atendendo aos seus objetivos e se estão funcionando de acordo com as expectativas. As categorias de avalia-
ção mais significativas incluem:
Avaliação de Processo: avalia a implementação para garantir que as atividades sejam executadas de acor-
do com o planejado.
Avaliação de Resultados: avalia se os resultados esperados foram alcançados.
Avaliação de Impacto: avalia o impacto direto das políticas e programas na população e na sociedade.
Os resultados da avaliação permitem que o governo altere suas políticas e programas para melhorar o de-
sempenho.
O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento de planejamento de médio prazo para estabelecer objetivos,
metas e orientações para um período de quatro anos. É uma ferramenta crucial nos governos federal, estadual
e municipal, sendo desenvolvida anualmente para cada mandato, tipicamente começando no segundo ano de
um mandato presidencial, legislativo ou municipal e terminando no primeiro ano do próximo mandato.
Portanto, o PPA 2024-2027 se refere ao planejamento que abrangerá o período de 2024 a 2027.
— Modelo De Planejamento
Embora o PPA siga diretrizes gerais de planejamento estratégico, ele possui características específicas que
o diferenciam de outros modelos de planejamento. Aqui estão alguns aspectos chave do modelo de planeja-
mento do PPA 2024-2027:
Plurianual: o PPA cobre quatro anos, como o próprio nome sugere, permitindo ao governo planejar ações
de médio prazo.
Orientação Estratégica: o PPA identifica áreas prioritárias, objetivos e diretrizes gerais para estabelecer a
visão estratégica do governo para o período.
Programas e Ações: o PPA descreve os programas e ações que o governo pretende implementar para atin-
gir os objetivos definidos. Cada programa contém metas e ações específicas para cada setor de atividade do
governo.
Alocação de Recursos: o PPA inclui uma previsão de recursos para cada programa e ação, mostrando como
os recursos públicos serão distribuídos ao longo do tempo.
Participação e Controle Social: a participação da sociedade civil e dos órgãos de controle é necessária no
processo de elaboração do PPA. Isso aumenta a transparência e a responsabilidade do governo.
Portanto, o modelo de planejamento do PPA 2024-2027 é especificamente adaptado para o contexto do go-
verno federal brasileiro e se concentra em diretrizes e ações de médio prazo, com ênfase na responsabilidade,
transparência e avaliação contínua do desempenho.
— Mega Objetivos
Os Mega Objetivos no Plano Plurianual (PPA) são orientações estratégicas de alto nível que representam
os principais desafios e metas que o governo federal brasileiro pretende alcançar dentro de um determinado
período de planejamento. Eles são uma parte fundamental do PPA e servem como uma referência para orientar
as políticas e ações do governo ao longo de um ciclo de quatro anos. Formulados com base nas prioridades
governamentais e nas necessidades do país, eles são amplos, abrangendo áreas chave do governo e refletindo
os compromissos de campanha do governo eleito.
2. anulação de dotações classificadas com “RP 1” e “RP 2” até o limite de vinte por cento;
4. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964; e
6. operações de crédito realizadas por meio da emissão de títulos de responsabilidade do Tesouro Nacional;
c) às transferências aos fundos constitucionais de financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste,
observado o disposto na Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, com recursos provenientes de:
2. reserva de contingência, à conta de receitas que tenham vinculação constitucional ou legal, observado o
disposto no § 3º do art. 13 da Lei nº 14.436, de 2022 - Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023;
3. excesso de arrecadação ou superavit financeiro de recursos relativos a fontes que tenham vinculação
constitucional ou legal; e
4. anulação de dotações classificadas com “RP 0”, “RP 1” e “RP 2” até o limite de vinte por cento;
d) à ação “0605 - Ressarcimento ao Gestor do Fundo Nacional de Desestatização (Lei nº 9.491, de 1997)”,
por meio da utilização de recursos provenientes de:
1. anulação de dotações, limitada a vinte por cento do valor do subtítulo objeto da anulação;
3. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964; e
3. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964; e
4. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964;
b) às despesas abrangidas pela subfunção “Defesa Civil”, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Re-
gional, por meio da utilização de recursos provenientes de anulação de:
1. anulação de dotações, limitada a trinta por cento do valor do subtítulo objeto da anulação; e
3. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964;
g) às ações e aos serviços públicos de saúde identificados com “IU 6”, por meio de anulação de dotações
destinadas a essas despesas;
h) à ação “218Y - Despesas Judiciais da União, de suas Autarquias e Fundações Públicas”, no âmbito da
Advocacia-Geral da União, por meio da utilização de recursos provenientes de anulação de dotações, limitada
a vinte por cento do valor do subtítulo objeto da anulação;
i) a cada subtítulo, exceto nas hipóteses em que possa ser suplementado com fundamento no disposto
nas demais alíneas deste inciso, até o limite de vinte por cento do valor do subtítulo, por meio da utilização de
recursos provenientes de:
1. anulação de dotações, limitada a vinte por cento do valor do subtítulo objeto da anulação;
2. anulação de dotações até o limite de vinte por cento do subtítulo objeto de cancelamento;
3. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964;
1. anulação de dotações;
3. superavit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, observado o disposto no inciso
I do § 1º e no § 2º do art. 43 da Lei nº 4.320, de 1964; e
2. estiver relacionado à transferência aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de recursos que
tenham vinculação constitucional ou legal; e
II – os limites individualizados aplicáveis às despesas primárias, de que tratam os incisos I a V do caput do
art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, em observância ao disposto no § 5º do referido
artigo e no inciso II do art. 51 da Lei nº 14.436, de 2022 - Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023, quando:
a) não aumentar o montante das dotações de despesas primárias sujeitas aos referidos limites; ou
b) na hipótese de aumento do referido montante, as dotações resultantes da alteração observarem os limi-
tes de que tratam os incisos I a V do caput do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, con-
forme demonstrado no relatório de avaliação de receitas e despesas primárias, elaborado em cumprimento ao
disposto no art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, e na Lei nº 14.436,
de 2022 - Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023.
§ 2º O ato de abertura de crédito suplementar conterá, sempre que necessário, anexo específico com can-
celamentos compensatórios de dotações destinadas a despesas primárias, como forma de garantir a compati-
bilidade com a meta de resultado primário e com os limites individualizados, conforme previsto no § 1º.
2. programações constantes desta Lei, hipótese em que os recursos de cada emenda do autor integralmen-
te anulada deverão suplementar único subtítulo; e
d) não ocorra redução do montante das dotações destinadas nesta Lei e em seus créditos adicionais, por
autor, a ações e serviços públicos de saúde; e
II – que envolvam o cancelamento de despesas classificadas com “RP 6” e “RP 8”, desde que, cumulativa-
mente:
a) haja solicitação ou concordância do autor da emenda;
b) os recursos sejam destinados à suplementação de dotações correspondentes a outras emendas do autor
ou programações constantes desta Lei, sem a exigência de que haja anulação integral da emenda do autor;
c) não ocorra redução do montante das dotações destinadas nesta Lei e em seus créditos adicionais, por
autor, a ações e serviços públicos de saúde.
§ 8º Após os remanejamentos efetuados de acordo com o disposto no § 7º, a execução orçamentária man-
terá a identificação das emendas e dos autores, exceto nas hipóteses de remanejamento de “RP 8” e “RP 9” em
que a solicitação ou concordância do autor preveja outro identificador de resultado primário na programação de
destino, quando não se aplicarão as exigências previstas na alínea “b” do inciso II do § 7º.
§ 9º Nos termos do disposto no § 6º deste artigo, nos subtítulos que contenham somente despesas classifi-
cadas na forma prevista na alínea “c” do inciso II do § 4º do art. 7º da Lei nº 14.436, de 2022 - Lei de Diretrizes
Orçamentárias para 2023, poderão ser incluídas e suplementadas dotações com “RP 2”, observadas as condi-
ções e os limites estabelecidos neste artigo para a suplementação de dotações classificadas com “RP 2”.
O processo de formulação das Políticas Públicas, também chamado de ciclo das Políticas Públicas, apre-
senta diversas fases, que você aprende no infográfico a seguir:
Exercícios
1. O que caracteriza os processos participativos de gestão pública e qual é o seu principal objetivo?
(A) São processos de tomada de decisões exclusivamente realizados por funcionários públicos para garantir
eficiência na gestão.
(B) São processos que envolvem apenas o setor privado na elaboração de políticas públicas.
(C) São métodos que promovem a participação ativa dos cidadãos e de organizações da sociedade civil na
tomada de decisões governamentais, visando tornar a gestão pública mais transparente, inclusiva e res-
ponsável.
(D) São reuniões de alto escalão entre líderes governamentais, excluindo a participação da sociedade civil.
7. (UNIRIO - Administrador - UNIRIO) “A governabilidade refere-se ao poder político em si, que deve ser
legítimo e contar com o apoio da população e de seus representantes.”
Nesse sentido, governabilidade significa:
(A) governar de acordo com as leis.
(B) direito de agir em nome do Estado.
9. Qual é o papel das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) na promoção do
bem-estar social?
(A) Elas são agências reguladoras que monitoram a conformidade das organizações com as leis de interes-
se público.
(B) Elas prestam serviços públicos diretamente aos cidadãos, como saúde e educação.
(C) Elas promovem a eficiência e a qualidade dos serviços públicos e da sociedade, atuando em áreas como
assistência social, cultura, educação e saúde.
(D) Elas são instituições governamentais responsáveis por regulamentar as organizações da sociedade
civil.
11. Qual é o principal objetivo das políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo?
(A) Manter o poder do governo central sobre todas as decisões políticas.
(B) Promover o bem-estar social, melhorar a qualidade de vida da população e abordar desafios específicos
que afetam a sociedade.
(C) Reduzir a participação cidadã nas tomadas de decisão governamentais.
(D) Controlar as ações dos atores sociais na sociedade.
20. Qual é a finalidade principal do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 no contexto do governo federal bra-
sileiro?
(A) Definir os resultados eleitorais de um ciclo de quatro anos.
(B) Estabelecer objetivos e diretrizes estratégicas para o governo ao longo de um período de quatro anos.
(C) Alocação imediata de recursos orçamentários para projetos de infraestrutura.
(D) Avaliação de resultados de políticas públicas.
1 C
2 C
3 C
4 E
5 C
6 B
7 D
8 C
9 C
10 C
11 B
12 B
13 B
14 B
15 B
16 C
17 C
18 A
19 C
20 B