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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAI CIMATEC

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE MANUTENÇÃO

IMPLEMENTAÇÃO DE BANCO DE DADOS PARA AQUISIÇÃO DE SOFTWARE


DE MANUTENÇÃO

Keven Silva Figueredo


Wesley Pimentel Teixeira
Marinilda Lima Souza

Resumo: No cenário desafiador da gestão de manutenção, este estudo visa


implementar um banco de dados por meio de planilhas, oferecendo uma solução
preliminar para a geração de indicadores. Demonstramos a implementação prática em
uma empresa iniciante, destacando a flexibilidade e as suas limitações. Os resultados
indicam que, ao comparar uma empresa sem controle de manutenções com outra que
utiliza métodos mesmo que por meio de planilhas, facilita a integração de um software
de gerenciamento de manutenção. Essa abordagem simplifica a implementação,
alinhando-se melhor com a cultura da empresa e seus colaboradores, destacando a
importância do histórico de controle para a transição bem-sucedida. Este estudo
contribui para a compreensão do processo de transição em organizações, oferecendo
insights valiosos para otimizar a gestão de manutenção.

Palavras-chave: Gestão da Manutenção, Banco de dados, Planilhas, Indicadores de


Manutenção, Implementação Prática.

____________________________
Keven Silva Figueredo: Engenheiro Eletricista, AREA 1, kevenfigueredo2014@gmail.com
Wesley Pimentel Teixeira: Engenheiro Mecatrônico, UniFTC, wteixeira2018@gmail.com
Marinildade Lima Souza

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1 Introdução

No universo desafiador da gestão de manutenção, onde a eficiência na


preservação de ativos é vital para a continuidade operacional das organizações, a
busca por soluções eficazes torna-se crucial. Este estudo propõe uma resposta
preliminar a esse desafio, concentrando-se na implementação de um banco de dados
por meio de planilhas. A escolha dessa abordagem visa atender às necessidades de
empresas, especialmente as iniciantes, que enfrentam obstáculos ao estabelecer
práticas formais de gestão de manutenção.

Seguindo um contexto operacional, a gestão eficiente de manutenção é


essencial para garantir a disponibilidade e o desempenho otimizado de equipamentos
e instalações. No entanto, muitas empresas, especialmente as que se encontram em
estágios iniciais de desenvolvimento, deparam-se com desafios ao adotar sistemas
mais avançados de gerenciamento de manutenção, seja por limitações financeiras ou
resistência à mudança. Diante dessa realidade, a implementação de um banco de
dados utilizando planilhas surge como uma solução de entrada econômica, adaptável
e acessível.

O desafio fundamental abordado por esta pesquisa reside na lacuna entre a


crescente necessidade de um controle estruturado de manutenção e as barreiras que
impedem a adoção de soluções mais avançadas. A falta de uma abordagem
sistemática para a gestão de manutenção pode resultar em ineficiências operacionais,
aumento de custos e impactos negativos na competitividade. Assim, este estudo visa
analisar como a implementação de um banco de dados utilizando planilhas pode ser
uma resposta eficaz para empresas que enfrentam tais desafios.

A metodologia adotada nesta pesquisa envolve a implementação prática do


banco de dados em uma empresa iniciante. Utilizando planilhas eletrônicas, sendo
registradas as informações cruciais sobre as atividades de manutenção. Logo após, a
escolha criteriosa de indicadores, como taxa de falhas e tempo médio entre falhas,
para que possa fornecer insights fundamentais para a análise comparativa posterior.
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Os resultados esperados desta pesquisa incluem a demonstração da
flexibilidade e das limitações da implementação prática do banco de dados em
planilhas, bem como insights sobre como essa abordagem pode facilitar a integração
de um software de gerenciamento de manutenção. Esta análise comparativa,
especialmente quando confrontada com empresas que não possuem nenhum controle
formal, permitirá uma compreensão mais profunda das possibilidades e desafios
associados a diferentes estágios de maturidade na gestão de manutenção.

Esta introdução visa estabelecer uma base sólida para as seções


subsequentes, proporcionando ao leitor uma visão abrangente e conectada do
escopo, justificativa e metodologia deste estudo.

2. Desenvolvimento

O estudo de caso foi conduzido em uma planta industrial dedicada à produção


de componentes eletrônicos. No foco da análise, encontravam-se as torres de
resfriamento utilizadas para controlar a temperatura em processos críticos de
fabricação. Estas torres de resfriamento são parte essencial do sistema de
resfriamento de água utilizado na refrigeração de equipamentos sensíveis ao calor,
como máquinas de solda e fornos industriais.

Figura 1: Google Imagens

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O estudo foi motivado por uma série de ocorrências que impactavam diretamente
na eficiência operacional da planta industrial. A planta enfrentava problemas
frequentes de variações de temperatura em equipamentos críticos, resultando em
defeitos na produção e aumentando os custos de manutenção. A falta de um sistema
de controle efetivo para as torres de resfriamento dificultava a previsibilidade e a
otimização do processo de resfriamento.

2.1. Metodologia

A metodologia adotada neste estudo inclui a implementação de um plano de


manutenção para as torres de resfriamento da planta industrial. O plano de
manutenção é uma ferramenta crucial para a gestão eficiente dos ativos,
proporcionando uma abordagem sistemática para a realização de atividades de
manutenção de forma programada e proativa. A importância desse plano reside na
capacidade de maximizar a disponibilidade operacional, prolongar a vida útil dos
equipamentos e reduzir custos associados a falhas não programadas.

2.1.1. Plano de Manutenção

O plano de manutenção para as torres de resfriamento pode abranger atividades


como inspeções regulares, limpeza de componentes, verificação de vazamentos,
substituição de peças desgastadas e análise de fluidos de resfriamento. A
periodicidade dessas atividades é determinada com base na criticidade dos
componentes, nas condições operacionais e nas recomendações do fabricante. Logo,
para elaborar um plano de manutenção devemos seguir as seguintes etapas:

1. Identificação dos Equipamentos e Componentes:

Nesta etapa, é crucial listar de maneira abrangente todos os equipamentos e


componentes que serão abordados no plano de manutenção. Essa identificação é
fundamental para garantir que nenhuma parte crítica seja negligenciada durante o
processo de manutenção.
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2. Definição das Atividades de Manutenção:

Uma vez que os equipamentos e componentes estão identificados, a próxima


etapa é determinar as atividades de manutenção necessárias para cada um deles.
Isso pode incluir inspeções visuais, medições de desempenho, limpezas periódicas,
verificação de vazamentos e substituição de peças desgastadas. Cada atividade deve
ser claramente definida, indicando o que precisa ser feito e em que condições.

3. Criação de Calendário de Manutenção:

Com as atividades de manutenção definidas, é hora de criar um calendário que


programará essas ações ao longo do ano. O calendário deve levar em consideração
a periodicidade de cada atividade e as condições sazonais ou operacionais que
possam influenciar a programação. Isso permite uma distribuição equitativa das
tarefas ao longo do tempo, evitando sobrecargas em determinados períodos.

4. Registro de Dados:

A planilha em Excel deve incluir campos para o registro de dados relevantes


sobre cada atividade de manutenção. Isso pode envolver a criação de colunas para
datas de intervenção, tipo de manutenção realizada, peças substituídas, condições
operacionais e quaisquer observações importantes.

5. Indicadores de Desempenho:

Integrar indicadores de desempenho à planilha permite avaliar a eficácia das


atividades de manutenção. Para as torres de resfriamento, indicadores podem incluir
a eficiência do resfriamento, consumo energético, e o número de falhas após a
implementação do plano. A análise desses indicadores ao longo do tempo oferece
insights valiosos sobre a eficácia do plano de manutenção, permitindo ajustes
conforme necessário para otimizar o desempenho operacional.

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A utilização de uma planilha em Excel permite uma fácil atualização do plano de
manutenção, adaptação a mudanças nas condições operacionais e a geração de
relatórios simples. Além disso, a visualização clara do calendário de manutenção
facilita o acompanhamento das atividades programadas e a antecipação de potenciais
problemas.

Ao adotar essa abordagem, a empresa pode beneficiar-se da organização


estruturada das atividades de manutenção, contribuindo para a confiabilidade e
eficiência operacional das torres de resfriamento
(retirar TAG)

Figura 2: Próprio Autor (2023)

Na imagem acima pode-se observar um plano de manutenção simples gerado


a partir do excel, porém nele possuímos tudo que a organização precisa para gerar
um banco de dados:

1. TAG - Nomenclatura dada ao equipamento;


2. SISTEMA - O sistema que este equipamento está inserido;
3. ATENDE - O que este equipamento atende;
4. PERÍODO - A periodicidade que as manutenções devem ser realizadas;
5. MANUTENÇÃO REALIZADA - Aqui deve ser colocado o número da semana que a
manutenção foi realizada;
6. MANUTENÇÃO PROGRAMADA - Aqui deve ser inserido o número da semana que está
programado essa manutenção;
7. DATA EXECUÇÃO - A data que foi executada a manutenção;
8. DATA PROGRAMADA - A data que foi programada a manutenção;
9. REALIZAR MANUTENÇÃO - Esta coluna está automatica, onde definirá se a manutenção
está “OK”, “Manutenção Próxima” ou se já passou do prazo e precisa “Realizar Manutenção”;
10. EXECUTANTE - Aqui deve ser adicionado o nome do executante da manutenção;
11. OBSERVAÇÃO MANUTENÇÃO ATUAL - Aqui deve ser inserido as observações que o
executante informou após a manutenção.
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2.1.2. Relatório de Manutenção

A gestão eficiente de torres de resfriamento requer uma abordagem


sistemática, e o Relatório de Manutenção (RDM) desempenha um papel central nesse
processo. Sua importância é multifacetada, proporcionando uma visão histórica,
ferramenta de análise de desempenho e base para decisões informadas.

Para torres de resfriamento, o RDM serve como um registro detalhado de todas


as intervenções de manutenção. Isso é essencial para compreender a evolução do
estado da torre ao longo do tempo, destacando padrões recorrentes de falhas,
desempenho ou degradação dos componentes. A avaliação da eficiência operacional
é crítica, registrando dados como eficiência do resfriamento pós-manutenção e
contribuindo para ajustes contínuos.

Figura 3: Próprio Autor (2023)


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2.3 CONTROLE DE MANUTENÇÃO

3 – Conclusões (Considerações Finais)


Para a Conclusão: É o momento da expressão do autor do trabalho. É abordado
se a proposta do trabalho foi atingida, se a metodologia aplicada foi adequada para
o objetivo do trabalho, se o objetivo do trabalho foi aplicado e já apresenta
resultados e quais são e se não foi aplicado, porque e qual a recomendação.

REFERÊNCIAS (ABNT NBR 6023:2018)


As REFERENCIAS devem ser elaboradas em espaço simples, alinhadas à
margem esquerda do texto e separadas entre si por uma linha em branco de espaço
simples.
REFERENCIAS utilizadas no trabalho: tipos de formatos normatizados.

KARDEC, A e LAFRAIA, J.R., Gestão Estratégica e Confiabilidade. Rio de


Janeiro, Qualitymark, 2009

AGUIAR, Andre Andrade de: Avaliação da macrobiótica bucal em pacientes sob


uso crónico de penicilina e benzina. 2009. Tese (Doutorado em Cardiologia) -
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
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Para documentos disponibilizados em meios eletrônicos

BAVARESCO, Agenir, BARBOSA, Evandro, ETCHEVERRY, Katia Martin (org).


Projetos de Filosofia. Porto Alegre: EDIPUCRS. E-book. Disponível em:
http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/projetosdefilosofia.pdf.Acesso em: 21 ago. 2011.

Para documentos disponibilizados em meios eletrônicos: vídeos

BOOK. [S.I.s.n.], 2010. 1 vídeo (3 min.). Publicado pelo canal Leerestrademoda.


www.youtube.com/watch?v=iwPj0qgvfls. Acesso em: 25 ago. 2011.

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