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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Mestrado em Engenharia de Sistemas Industriais (2.ª edição)

ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE,
APLICADA NA SUBESTAÇÃO
ELÉTRICA DE POTÊNCIA DO UÍGE - II

Professores:
Luís Pires - Orientador
Jone Heitor – Co Orientador

Elaborado por: Stélvio Márcio Braga Quizola

RESUMO
OBJECTIVOS
OBJECTIVO GERAL:
 Propor metodologia para manutenção preventiva centrada em confiabilidade em função
das análises a probabilidade de ocorrências de falhas dos equipamentos da subestação
elétrica.
OBJECTIVO ESPECÍFICO:
 Identificar os métodos existentes para análisea probabilidade de ocorrências de falhas;
 Avaliar os fatores que incidem fluentemente sobre o desempenho dos operadores e dos
equipamentos;
 Calcular a probabilidade de ocorrências de falhas humanas na execução de
procedimentos de manobra dos equipamentos;
 Propôr ações que minimizem a probabilidade de ocorrências de falhas humanas e dos
equipamentos da subestação;
 Cálculo do investimento ou custo com a manuetenção preventiva;
 Avaliar o tempo de manutenção preventiva;
 Gestão da manutenção preventiva em termos de periocidade.

Além disso, o sistema deve racionalizar o uso de energia da equipe de trabalho, ou melhor
ainda, direcionar a mesma para que seja bem aproveitada. Em outras palavras, fazer com que
ela trabalhe de forma mais organizada e inteligente.
Sistema de Gestão da Manutenção engloba, em sua estrutura, um conjunto de atividades
estrategicamente desenvolvidas e integradas para direcionar a atuação da equipe, seguindo uma
lógica pró-ativa, ou seja, visando atuar na causa dos problemas, antecipando-se às quebras.
Estabelece e garante um fluxo lógico das informações desde a sua origem até a finalização da
execução do serviço. Objetiva a satisfação dos clientes através de um padrão ótimo de
prestação de serviços dentro dos recursos existentes.

METODOLOGIA CIENTÍFICOS UTILIZADO PARA DISSERTAÇÃO


Objectivo: Descritivo e exploratório;
Método: Hipotético e dedutivo;
Abordage: Qualitativa e quantitativa;
Finalidade: Aplicada;
Procedimentos: Bibliográfico, documental e estudo de caso.
Assim para a composição desse artigo foi realizada com apoio na técnica de revisão
bibliográfica, com pesquisa no Google acadêmico, na qual utilizou-se as palavras chaves:
Engenharia de confiabilidade, Subestação Elétrica, manutenção industrial. Nesse levantamento
foram selecionados 344 artigos, quando apenas utilizou-se 234 que levaram ao objectivo da
pesquisa. Foram pesquisados num período de 12 anos (2010 a 2022).
PALAVRA CHAVE: Engenharia de confiabilidade, Subestação Elétrica, manutenção
industrial

1- INTRODUÇÃO
Historicamente as primeiras considerações sobre confiabilidade humana foram realizadas
durante o período da Guerra Fria (1945 a 1989), quando os Estados Unidos monitoravam a
possibilidade de lançamento de mísseis russos contra os países-membros da Organização do
Tratado do Atlântico Norte – OTAN, (SPURGIN, 2010).
Sendo uma subestação elétrica um conjunto de equipamento de tranformação, medida e
manobra que serve para abaixar ou elevar parâmetros (tensão e corrente) para fornecimento de
energia elétrica de qualidade aos consumidores, há a necessidade deste mesmo fornecimento
ser regular ou contínuo. Para isto a manutenção (Manutenção Preventiva) centrada em
confiabilidade deve procurar cumprir com os seus objectivos.

A análise de confiabilidade tem aplicação em muitas áreas, tais como: análise de riscos,
identificação e descrição de acidentes potenciais dentro de um sistema, proteção ao meio
ambiente, otimização de manutenção e operação de equipamentos, dentre outros. A produção
em processos just-in-time e funcionamento de cadeias de fornecimento e suprimento, por
exemplo, são consequências do aprimoramento de redes de confiabilidade estabelecidas e
melhorias na previsão dessa confiabilidade (GOLOMSKI, 2001; RAUSAND; HOYLAND,
2004).

Devido às grandes perdas causadas por acidentes provocados por erros humanos, a análise da
confiabilidade humana tem despertado mais interesse e tem sido amplamente aplicada em
engenharia nuclear, segurança marítima, indústria petrolífera e aviação (ZHOU et al, 2017).
Os índices de confiabilidade de um sistema de potência, incluindo geração, transmissão e
distribuição, podem ser integrados para a estimativa do custo operacional do sistema e devem
ser úteis na análise de projetos e podem auxiliar no planeamento e definição dos arranjos e na
operação do sistema. As decisões podem estar baseadas nestes índices de confiabilidade. Estes
índices são importantes para:
 comparação entre os valores encontrados e os valores padronizados;
 comparação entre os arranjos;
 Alguns pontos fracos do arranjo podem ser detetados e por consequência corrigidos.

Existem cinco passos essenciais para se estabelecer o processo de avaliação de subestações:


1. Descrição física do problema: consiste em especificar os componentes assim como suas
taxas, impedâncias e conexões dentro do sistema. Os modos de falha, taxas de reparo e
estatísticas de reparo e manutenção, bem como o tempo de manutenção e de reparo de cada um
dos elementos. Além disso, identificar os terminais de fonte e saída.
2. Critério de Desempenho: Especificar o critério de desempenho para operação de estado de
sucesso do sistema. O critério pode ser, por exemplo, de continuidade do circuito ou ainda de
análise de fluxo.
3. Meta de Confiança: Estabelecer um nível satisfatório de performance do sistema. Este nível
pode, em termos numéricos, medir o intervalo de tempo entre eventos que ocasionem um
cenário falhado. Ou até mesmo uma unidade de tempo que leve o sistema a infringir o critério
de performance.
4. Modos de Falha e Análise de Efeito: Decidir a sequência de eventos de falha e o nível de
contingência a ser investigado. Determinar o efeito de determinado evento de falha sobre o
sistema de proteção e a ação para interrupção, determinar se o critério de performance foi
violado, se sim, quais as medidas cabíveis a serem tomadas para retornar o sistema ao estado de
sucesso. Registrar o efeito de um evento de falha nos terminais afetados, ou seja, registrar o
modo de falha, a probabilidade do evento e a sua duração, criando com isso um banco de dados
para utilização posterior.
5. Efeitos da Falha e Sumário: preparar uma lista de eventos de falha que impliquem na
violação do critério de performance, bem como a frequência e a duração destes eventos.

2- PROCESSO METODOLÓGICO
A metodologia é uma ferramenta de gerenciamento, pois pela árvore de decisão holística do
Apêndice A é apresentada de maneira estruturada todos os valores de probabilidade de erros
humanos possíveis, com os níveis de qualidade dos fatores de desempenho correspondentes.
Além disso, indica claramente quais parâmetros podem ser alterados para aumento da
confiabilidade. Assim, os gestores da empresa podem tomar decisões assertivas, investindo
recursos na melhoria dos níveis de qualidade de fatores de desempenho críticos para aumento
da confiabilidade humana na execução de determinados procedimentos (NOROOZI et al.,
2013).
Manutenção, para as organizações, possui a função estratégica de garantir a confiabilidade
buscada com a disponibilidade projetada para os processos. Enquanto um serviço, a
conformidade da execução dos serviços de manutenção é o resultado dos recursos envolvidos,
da capacidade técnica, de logística, dos meios, do planeamento, do controlo das condições de
trabalho e do ambiente - Rui Paulo Dias Moniz (2010).
Partimos do cenário mundial onde a internacionalização dos mercados exige que as empresas
se tomem cada vez mais competitivas, na constante busca de melhorias que se igualem ou
mesmo superem os benchmarks mundiais. Segundo CAMPOS (1992, p.2l ), "o primeiro grande
problema de uma empresa é não ser competitiva internacionalmente. A meta mais imediata de
uma empresa é a sua sobrevivência à competição internacional". Seguindo o fluxo natural do
planeamento estratégico, a empresa volta a atenção para o seu interior analisando suas forças e
fraquezas, permitindo determinar as estratégias internas como um meio de estabelecimento do
propósito organizacional em termos de objetivos de longo prazo, programas de ação e
prioridades de alocação de recursos.

Os denominados pilares do Sistema de Implantação e Gestão da Manutenção são os 5S's, o


fluxo organizado de informações, a manutenção planejada, a padronização, os colaboradores
capacitados e motivados, a determinação de indicadores e metas e o aplicativo. A partir dos
pilares foi desenvolvida a Estrutura o Sistema Gerencial em forma de diagrama de árvore,
contendo todas as tarefas necessárias a sua implantação.

Para estimar confiabilidade e suas medidas é preciso ter informações no decorrer do tempo a
respeito das falhas e suas causas, tempo de operação médio de cada equipamento e demais
indicadores que permitam mapear o seu modo de funcionamento. Para tratar os dados
coletados, é preciso estabelecer formas sistemáticas de coleta e análise, a fim de obter
parâmetros de desempenho e possibilitar futuras melhorias.
A prática da pesquisa aplicada concretiza-se por um estudo de caso de carácter quantitativo.
Um estudo de caso busca investigar um caso em particular com a possibilidade de abordagem
mais detalhada, preservando-se suas características reais (GIL, 1996; YIN, 2001). Os estudos
de casos não apresentam roteiros rígidos de como deve ser desenvolvida a pesquisa, mas é
possível distinguir quatro etapas principais: 1- delimitação da unidade, 2- coleta de dados, 3-
análise e interpretação de dados e 4- elaboração de relatório conclusivo (GIL, 1996).

Em virtude da grande proporção das falhas humanas em relação ao número equivalente de


falhas, de fornecimento de energia elétrica e do histórico de falhas humanas ocorridas num
período de seis (06) anos no sistema elétrico da Subestação Uíge - 2, a análise da confiabilidade
humana é relevante para o setor elétrico para o aumento da confiabilidade e mitigação da
ocorrência de corte de fornecimento de energia aos consumidores.
Existem vários tipos de papéis de probabilidade, normal associados às principais distribuições
de probabilidade (normal, exponencial, lognormal, weibull, etc). O modelo proposto utiliza
duas distribuições de Weibull, com dois e três parâmetros, e uma distribuição exponencial. A
distribuição de Weibull com dois parâmetros tem por objectivo representar os modos de falha
prematuras: a distribuição de Weibull com três parâmetros busca capturar os modos de falha
por desgaste; a distribuição exponencial mede a ocorrência de falhas aleatórias decorrentes de
uso operacional de um produto. Considera-se que falhas prematuras e por desgaste ocorram
sequentemente, enquanto falhas aleatórias corram de forma concorrente às falhas prematuras e
por desgaste tão logo seja colocado em operação GILBERTO TAVARES DOS SANTOS
(2008)
Definir as medidas de confiabilidade função densidade de probabilidade, função distribuição,
função confiabilidade, tempo médio até a ocorrência de uma falha (MTTF – mean time to
failure) e função de risco e propor estimadores para os parâmetros relacionados a essas medidas
de confiabilidade.
Mas por que priorizar a área de manutenção? São diversos os motivos: a necessidade de uma
manutenção dos equipamentos e instalações mais eficazes pelo aumento da mecanização da
produção; pela maior complexidade dos equipamentos diante do progresso tecnológico;
controle de volume e prazos de produção em níveis mais elevados; maior exigência quanto a
qualidade dos produtos, entre outras, são algumas das justificativas para o desenvolvimento do
sistema nesse campo.

2.1- Sistema de Gestão da Manutenção

Sistema de Gestão da Manutenção engloba, em sua estrutura, um conjunto de atividades


estrategicamente desenvolvidas e integradas para direcionar a atuação da equipe, seguindo uma
lógica pró-ativa, ou seja, visando atuar na causa dos problemas, antecipando-se às quebras.
Estabelece e garante um fluxo lógico das informações desde a sua origem até a finalização da
execução do serviço. Objetiva a satisfação dos clientes através de um padrão ótimo de
prestação de serviços dentro dos recursos existentes.

3- CONCLUSÃO
A análise de confiabilidade de um sistema será sempre fundamental em um conjunto de
suposições e condições limitantes. Há que se saber (1) quais partes do sistema serão incluídas
na análise, (2) quais são os objectivos das análises, pois diferentes objectivos podem requerer
diferentes abordagens, (3) quais interfaces serão utilizadas, (4) que nível de detalhes é exigido,
(5) quais fatores de stress devem ser considerados na análise (sabotagem, terremotos, greves,
etc,), e (6) quais são as condições ambientais de actuação do sistema (RAUSAND;HOYLAND,
2004).
Dessa forma, a análise de confiabilidade pode ser vista como uma ferramenta que auxilia o
produtor a tomar decisões de maneira orientada. As decisões podem ser técnicas (científicas) e
não técnicas (estratégias ou gerenciais)(BLISCHKE; MURTHY, 2000).

4- BILIOGRAFIA
[1] Tales Marques de Brito, “Metodologia da Manutenção Centrada em Confiabilidade”, 2006;
[2] Ricardo Guimarães Ferreira de Souza, “Desenvolvimento de Sistema de Implantação e
Gestão de Manutenção”, 1999;
[3] Gilberto Tavares dos Santos, “Modelo de confiabilidade associando dados de garantia e
Pós-garantia a três comportamentos de falhas”, 2008, Porto Alegre;
[4] Rui Paulo Dias Muniz, “Requisitos de mantenabilidade na execução dos serviços de
manutenção”, 2010, Porto Alegre;
[5] Johnnattann Pimenta Guedes, “Análise da confiabilidade humana na operação de uma
subestação do sistema elétrico de potência”, 2017, Porto Alegre;
[6] Roberto Arnt Tarrago, “Confiabilidade de subestação de transmissão de energia com
aplicação de equipamentos de manobra não convencionais”, 2019, Porto Alegre;
[7] H. P. Amorim, Jr., L. A. M. C. Domingues e E. F. A. Lisboa, “Avaliação da confiabilidade
de subestação”, SENDI 2017, Centro de Pesquisa de Energia Elétrica – CEPEL.

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