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|DCSAT – Departamento de Ciências da Saúde, Ambiente e Tecnologias

| Engenharia Informática

– LICENCIATURA EM ENGª INFORMÁTICA –

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS E BASE DE DADOS


ANO LETIVO 2021/2022
3º ANO – 2º SEMESTRE Data: 29/03/2022
Docente: Eng.ª Aldina Semedo
Email: Aldina.semo@us.edu.cv
Telefone: 9894207/9272256
Tema II

METODOLOGIAS E FERRAMENTAS PARA A REALIZAÇÃO


DE AUDITORIAS INFORMÁTICAS

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SUMÁRIO

 Organização dos recursos necessários;


 Formulação do plano de trabalho;
 Fases da auditoria;

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DECISÃO DE REALIZAR UMA AUDITORIA

 Necessidade de garantir a segurança dos  Auxiliar a organização a avaliar e validar o ciclo

computadores e seus sistemas; administrativo;

 Altos investimentos das organizações em  Garantia do alcance da qualidade dos sistemas

sistemas computadorizados; computadorizados;


PROCESSO DE DECISÃO AUDITORIA
PROCESSO DE AUDITORIA
• Elaboração de um plano para orientar a execução da auditoria;
Planeamento • Apresentar todas as atividades numa linha do tempo, o escopo, os processos,
departamentos ou produtos que serão auditados;
• Conhecer um pouco mais sobre o SGQ da empresa;
Preparação • Analise mais afundo a documentação do sistema;
• Check-list de verificação;

• Entrevista as pessoas;
Execução • É neste momento que serão registradas as não conformidades;

Encerramento e • Rever as áreas problemáticas;


• Determinar as recomendações para corrigir problemas de qualidade;
Follow-up • Elaborar o Relatório de Auditoria;

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ELEMENTOS PREPARATÓRIOS

 Política de segurança da informação;  Registo de ações passadas ;

 Documento com o escopo do sistema de  Registo das ações preventivas para não

segurança; conformidades ;

 Dados sobre o risco;

 Planos para tratamento dos riscos;


OBJETIVO E ÂMBITOS DA AUDITORIA
 São verificados: os padrões e políticas adotados pela organização, a operação sobre sistemas e dados, a

disponibilidade e a manutenção do ambiente computacional, a utilização dos recursos computacionais, a

gestão de banco de dados e de rede, os aspectos relacionados à segurança das informações (física, lógica e

ambiental), e continuidade dos serviços de informática – Plano de Contingência.

 Diminuir os riscos que os incidentes de segurança da informação possam representar para a organização. O

risco é medido por: SUA PROBABILIDADE SEU IMPACTO


ABRANGÊNCIA DE AUDITORIA
Área de Verificação – Delimita de modo preciso os temas da auditoria, em função da entidade a ser fiscalizada e
da natureza da auditoria.

 Objeto – é uma entidade ( completa ou não, pública ou privada), ou uma função dessa entidade.

 Período – Pode ser de um ano, um mês ou período de uma gestão.

 Natureza – Serão apresentados em seguida os tipos mais comuns, classificados sob os aspectos: órgão

fiscalizador, forma de abordagem do tema e tipo ou área envolvida.


METODOLOGIA DAS OPERAÇÕES AUDITORIA

Metodologia de Auditoria Interna COSO (The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission)

É um framework que auxilia no


Visa oferecer os mecanismos necessários
estabelecimento dos controles internos e para que os riscos envolvidos sejam
analisados com foco no principal objetivo
na gestão dos riscos organizacionais.
do processo.

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METODOLOGIA DAS OPERAÇÕES AUDITORIA
Características dos componentes COSO

 Ambiente interno;  Resposta a riscos;

 Fixação de objetivos;  Atividades de controle;

 Identificação de eventos;  Informação e comunicação;

 Avaliação de riscos;  Monitoramento.

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METODOLOGIA DAS OPERAÇÕES AUDITORIA

Metodologia de Auditoria Interna SOX – Lei Sarbanes Oxley (em inglês Sarbanes-Oxley Act)

Procura garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis, incluindo ainda regras

para a criação de comitês e comissões encarregados de supervisionar suas atividades e operações de

modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes ou ter meios de identificar quando

ocorrem, garantindo a transparência na gestão empresarial.


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ANÁLISE GERAL AUDITORIA NO AMBIENTE DE TI

 Abrange a análise do ambiente de informática em termos de estrutura orgânica, contratos de

software e hardware, normas técnicas e operacionais, custos, nível de utilização dos equipamentos

e planos de segurança e de contingência;

 Auditoria de sistemas em produção: abrange os procedimentos e resultados dos sistemas de

informação já implementados.
ANÁLISE GERAL AUDITORIA NO AMBIENTE DE TI

 Auditoria durante o desenvolvimento de sistemas: abrange todo o processo de construção de

sistemas de informação, desde a fase de levantamento do sistema a ser informatizado até o teste

e implantação (característica preventiva);

 Auditoria de eventos específicos: abrange a análise da causa, da consequência e da ação

corretiva cabível, de eventos localizados que não se encontram sob a auditoria, detectados por

outros órgãos e levados ao seu conhecimento (característica corretiva).


CONTROLES DE AUDITORIA
 É a fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos para que tais atividades, ou

produtos, não se desviem das normas preestabelecidas.

 Tipos de Controle:

 Preventivo - utlizado na prevenir erros, omissões ou atos fraudulentos.

 Detectivos – utlizado na detenção de erros, omissões ou atos fraudulentos e ainda relatar sua ocorrência

 Corretivos - utlizado na redução de impactos ou corrigir erros uma vez detetados.


Posicionamento do Auditor de Sistemas - Estrutura da organizacional

Presidente

Staff (apoio) Auditoria de


Sistemas

Diretoria Diretoria Diretoria Diretoria


Planejam. Financeira de Vendas de TI
ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS NECESSÁRIOS

 Estabelecer os objetivos e resultados;

 Definir um cronograma e um plano;

Garantir que seja um processo válido;


Gerir as ações e não conformidades;

Ajudar as pessoas;
Elaborar relatórios de Auditorias;
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Os procedimentos de auditoria devem permitir obter evidências suficientes e apropriadas:

 a suficiência corresponde à quantidade da evidência, influenciada pela materialidade, pelo risco

avaliado e pelo grau de confiança planeado;

 a evidência é apropriada se for pertinente e fiável tendo em vista suportar o juízo e conclusões de

auditoria
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Conceituação e disposições gerais

 Conceituação e Objetivos da Auditoria

 Papéis de Trabalho

 Fraude e Erro
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

 Normas de execução dos trabalhos  Procedimentos da Auditoria

 Planeamento da Auditoria  Amostragem

 Riscos da Auditoria  Processamento Eletrônico de Dados – PED


PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Normas relativamente ao relatório de auditoria
 O objetivo e a extensão dos trabalhos;  Eventuais limitações ao alcance dos

procedimentos de auditoria;
 A metodologia adotada;
 a descrição dos fatos constatados e as
 Os principais procedimentos de auditoria
evidências encontradas;
aplicados e sua extensão;
 As conclusões e as recomendações
 os riscos associados aos fatos constatados;
resultantes dos fatos constatados.
FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

Planeamento

 1º Passo: Conhecer o ambiente a ser auditado:


 Levantamento dos dados acerca do ambiente computacional (fluxo de processamento,
recursos humanos e materiais envolvidos, arquivos processados, relatórios e telas
produzidos).

 2ºPasso: Determinar os pontos de controle (processos críticos);


FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

Planeamento

 3ºPasso: Definição dos objetivos da auditoria:


 Técnicas a serem aplicadas.

 Prazos de execução.

 Custos de execução.

 Nível de tecnologia a ser utilizada.


FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

Planeamento

4º Passo: Estabelecimento de critérios para análise de risco

5º . Passo: Análise de Risco Avaliar para cada ponto de controle o grau de risco
apresentado para posterior hierarquização:

 Grau de Risco
 1 – Muito Fraco 2 – Fraco 3 – Regular 4 – Forte 5 – Muito forte
FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

 Definição da Equipe Conhecimentos específicos.

 1º passo: Escolher a equipe. Formação acadêmica.

 Perfil e histórico profissional. Línguas estrangeiras.


Disponibilidade para viagens, etc.
 Experiência na atividade.
FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

 Definição da Equipe Incluir novos procedimentos.

 2º. passo: Classificar trabalhos por visita.

 Programar a equipe. Orçar tempo e registrar o real.

 Gerar programas de trabalho.

 Selecionar procedimentos apropriados.


FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

 Definição da Equipe Efetuar supervisão para garantir a

 3º. passo: Execução dos trabalhos qualidade do trabalho e certificar que as

 Dividir as tarefas de acordo com a formação, tarefas foram feitas corretamente.

experiência e treinamento dos auditores.


FORMULAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

 Definição da Equipe 5º. passo: Avaliação da equipe

 4º. passo: Revisão dos papéis Avaliar o desempenho, elogiando os

 Verificar pendências e rever o papel de cada pontos fortes e auxiliando no

auditor para suprir as falhas encontradas. reconhecimento e superação de


fraquezas do auditor.
Ter um sistema de avaliação de
desempenho automatizado.
Planeamento da Auditoria
1 Preparação da Auditoria

2 Execução da Auditoria

3 Resultados das Auditoria

4 Acompanhamento Pós- auditoria


Planeamento da Auditoria

1 Objetivo e Campo de Aplicação. 4 Princípios da auditoria.

2 Referencias Normativas. 5 Gestão de um programa de auditoria.

3 Termos e Definições. 6 Atividades de auditoria.

Conforme a Norma NBR ISO 19011/02


Planeamento da Auditoria

6.1-Designando o líder da equipe da auditoria;

6 Atividades de auditoria. 6.2-Iniciando a auditoria ;

6.3-Realizando a análise crítica do Documento;

6.4-Preparação das atividades de auditoria;


Planeamento da Auditoria

Designando o líder da Selecionando a equipe da auditoria.


6.1 equipe da auditoria
Estabelecendo contato inicial com o
auditado.

Determinando a viabilidade da
auditoria;
Planeamento da Auditoria

6.2.1- Designando o líder da equipe da


auditoria.
6.2 Iniciando a auditoria
6.2.2- Definindo objetivos, escopo e critérios de
auditoria.

6.2.3- Determinando a viabilidade da


auditoria;
Planeamento da Auditoria

6.2.4- Selecionando a equipe da


auditoria.
6.2 Iniciando a auditoria
6.2.5- Estabelecendo contato inicial com
o auditado.
Planeamento da Auditoria

Analisar criticamente para determinar a


conformidade do sistema.
Uma visita preliminar ao local pode ser
Realizando a análise crítica do
6.3 realizada para se adquirir uma adequada
Documento
visão geral das informações disponíveis.

Informar ao cliente e analisar se convém que a


auditoria continue ou seja suspensa.
Planeamento da Auditoria

Um plano de auditoria que forneça a base para


um acordo entre o cliente da auditoria.
Preparação das atividades de
6.4 Equipe da auditoria e o auditado, relativo a
auditoria
realização da auditoria.

Plano facilite a programação e a coordenação


das atividades da auditoria;
Exemplo de uma Lista de Verificação
Lista de Verificação
Área: Produção (PD) Responsável: Paulo Roberto Entrevistado: Pedro António

Data:15/05/2020 Auditor: Aldina Semedo Pág.: 01/06

Referência Objeto de Auditoria Observações


ISO 9001 / 6.3 e PRQ-09, rev. 01, Verificar a definição dos equipamentos críticos de processo A definição não considera as utilidades (vapor e
item 5.3. para a qualidade e aprovação do plano de manutenção. ar). O plano RQ-03 de 10/06/05 não está
aprovado.
ISO 14001 / 4.4.6 e PRA-06, rev. Verificar a coerência entre os impactos ambientais
03, item 3.2. significativos e os equi-pamentos que recebem manutenção
preventiva e a aprovação e distribuição do plano de OK
manutenção.

OHSAS 18001 / 4.4.6 e PRS-10, Verificar como está estabelecida a interface entre a análise de Plano em modificação, não estando disponível a
rev. 00, itens 3.5 e 3.6. risco e os controles (medidas pró-ativas e rea-tivas) para a versão antiga (R-08 de 05/07/05).
manutenção.
Para a próxima aula:
• Um plano de auditoria
• Uma Lista de Verificação.
Muito obrigada!

“Poucas coisas custam tão pouco e confortam tanto como um


abraço, então abra os braços e abrace mais!.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ARIMA, Carlos Hideo; SANTOS, José Luiz e SCHMIDT, Paulo. Fundamentos de Auditoria de Sistemas. São Paulo:

ATLAS, 2006.

 DIAS, C. Segurança e Auditoria Da Tecnologia da Informação. Rio de janeiro: Axcel Books, 2000.

 Braz, Márcio Rodrigo, Auditoria de TI: O Guia de Sobrevivência – March 8, 2017

 IMONIANA, Joshua O. – Auditoria de Sistemas de Informação – São Paulo: Atlas, 2ª Edição, 2014.

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