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Atlântico Sul
Responsável Técnico: Bruno Klafke, Matrícula: 01510515, Área: Engenharia de Gestão de Ativos
Resultados Esperados:
✓ Promover o uso de ferramentas estatísticas para melhoria da estratégia dos ativos e para auxiliar na
construção do plano plurianual.
1. OBJETIVO
Estabelecer as metodologias de confiabilidade aplicáveis aos ativos de Metais Básicos para direcionar tomadas de
decisão sobre a confiabilidade dos ativo de Metais Básicos, atendendo aos pré-requisitos técnicos, de saúde e
segurança, operacional e custo.
2. APLICAÇÃO
Este documento aplica-se a todas as áreas de atuação da Engenharia de Usina, Mina e Logística das unidades de
Metais Básicos Atlântico Sul.
3. PÚBLICO ALVO
O referido documento é aplicado aos engenheiros e analistas envolvidos nos processos de confiabilidade das
unidades de Metais Básicos Atlântico Sul, fase Mina, Usina, Logística e áreas de apoio.
4. REFERÊNCIAS
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5. DEFINIÇÕES
BMSA: Diretoria de Operações de Metais Básicos do Atlântico Sul (Base Metals South Atlantic);
Classe de ativos: Grupo de equipamentos de mesmo fabricante e modelo que são utilizados para a mesma
finalidade (frota);
Confiabilidade: Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas,
durante um intervalo de tempo. O termo “confiabilidade” é usado como uma medida de desempenho de
confiabilidade (NBR 5462, 1994, p.03).
Disponibilidade: Capacidade de um item estar em condições de executar uma certa função em um dado instante
ou durante um intervalo de tempo determinado, levando-se em conta os aspectos combinados de sua
confiabilidade e suporte de manutenção, supondo que os recursos externos requeridos estejam assegurados
(NBR 5462, 1994, p.03).
ECA: Análise de criticidade dos equipamentos/ ativos (Equipment Criticality Analysis);
FMP: Fator de Manutenção Preventiva;
FTA: Failure Tree Analysis
HIRA: Hazard Identification and Risk Analysis;
LCCA: Análise do Custo de Ciclo de Vida dos Ativos (Life Cycle Cost Analysis);
LDA: Life data analysis
Mantenabilidade: Capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar suas funções
requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas
e mediante procedimentos e meios prescritos (NBR 5462, 1994, p.03).
MO: Mão-de-obra;
MTBF: Tempo médio entre as falhas (Mean Time Between Failures);
MTTR: Tempo médio para reparo (Mean Time To Repair);
RAM: Reliability, Availability and Mantainability
RS&DH: Refere-se aos impactos Reputacionais, Sociais e de Direitos Humanos;
SAP: Sistema integrado de gestão empresarial onde está contido o Sistema Informatizado de Manutenção (Módulo
SAP PM);
SSMA: Saúde, Segurança e Meio Ambiente;
6. METODOLOGIAS DE CONFIABILIDADE
Os estudos de confiabilidade quantitativa e qualitativa visam suportar a tomada de decisão do negócio no que tange
a gestão dos seus ativos, sendo alguns deles aplicados de maneira proativa às falhas e outros de maneira reativa.
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As demandas de estudos de análise quantitativa (LDA e RAM) podem ser originadas de diversas fontes, sendo
algumas delas as reuniões de análise de indicadores (FMDS, Perfil de Perdas, Análise de Falha) e solicitações de
áreas clientes ou normativas. É desejável que o solicitante formalize sua demanda através da abertura de uma ação
ou Plano de Ação no Stratws, indicando o problema e colocando o ponto da focal da área como responsável. Ao
abrir uma solicitação, o prazo pode ser indicado como uma data de necessidade, porém deve ser acordado
previamente com o responsável pelo estudo.
As ações decorrentes dos estudos mencionados neste documento devem ser registradas e acompanhadas no
Stratws. É importante ressaltar que todas ações que gerarem impactos relevantes devem ser avaliadas quanto a
sua abrangência para demais unidades e áreas da companhia que possuem operações similares.
Este documento descreve as principais ferramentas aplicáveis aos ativos de Metais Básicos Atlântico Sul, o que não
impede que outras ferramentas possam ser aplicadas e utilizadas para a melhoria de performance e conformidade
em segurança, meio ambiente e custo dos ativos de Metais Básicos Atlântico Sul. Cita-se, por exemplo, a aplicação
das metodologias de RDA (Recurrent Event Data Analysis) e RGA (Reliability Growth Analysis) para análises de
eventos dependentes e não distribuídos identicamente, como sistemas reparáveis. Além disso, são descritos nos
itens 6.1 – 6.6 os principais objetivos de aplicação de cada uma dessas metodologias, o que não impede que elas
sejam implementadas para outros fins.
A seleção da ferramenta de confiabilidade que melhor adequa-se ao projeto/caso de estudo deverá ser de acordo
com o conhecimento técnico da equipe, a base de dados disponíveis, a disponibilidade de informações técnicas, os
prazos para conclusão dos trabalhos, os softwares disponíveis e ou abrangências do estudo
Consiste em analisar de forma lógica um item que falhou, identificar e analisar o mecanismo, a causa e as
consequências da falha e então encontrar a causa raiz para o devido tratamento. As análises de falhas podem ser
realizadas para falhas pontuais, sejam elas de rotina ou críticas, ou de forma sistematizada, como etapa
complementar ao processo de perfil de perdas.
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O processo de RAF de Metais Básicos é detalhado no PGS-003686 - Tratamento e Prevenção de Perdas - Metais
Básicos, e segue as diretrizes do PNR – 000005 - Confiabilidade – Análise de Falhas e Perfil de Perdas.
6.2. FMEA – Análise de Efeitos e Modos de Falha (Failure Mode and Effect Analysis)
O FMEA é um processo sistemático que identifica as formas como um equipamento ou sistema pode falhar (modos
de falha) e os efeitos da falha. O FMEA também identifica as possíveis causas de falhas e a probabilidade de falhas
serem detectadas antes que ocorram.
O processo de elaboração de FMEAs em Metais Básicos deve ser feito conforme o PGS-003987-BM-Análise de
Modo e Efeitos de Falha de Confiabilidade.
https://globalvale.sharepoint.com/sites/FMEA-BMSA/Shared%20Documents/General/01%20-
%20FMEAs%20Metais%20B%C3%A1sicos/01%20-%20Conclu%C3%ADdos
Para ativos novos ou que forem reclassificados como críticos, estabelece-se um prazo de no máximo 3 meses após
a criação no SAP ou da reclassificação, para a conclusão da elaboração do estudo de FMEA.
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O RCM é metodologia baseada na avaliação de forma estruturada das funções, falhas funcionais, modos de falhas
e suas consequências de um ativo ou sistema, suportado por uma lógica de decisão para a definição de uma
estratégia de manutenção eficiente com foco na preservação da função do sistema e não do ativo. Seu principal
objetivo é, portanto, a definição da uma estratégia de manutenção ótima que forneça níveis adequados de
operacionabilidade com níveis de risco aceitáveis, de uma maneira eficiente e financeiramente efetiva.
De acordo com a SAE JA1011, a qual descreve os critérios mínimos que um processo deve possuir para ser
chamado de “RCM”, uma análise de Manutenção Centrada em Confiabilidade deve responder às questões abaixo:
1. Quais são as funções e padrões de performance aceitáveis para o ativo no contexto de operação atual
(Função)?
2. De quais maneiras o ativo pode falhar em cumprir suas funções(Falhas funcionais) ?
3. O que causa cada falha funcional (Modos de Falha) ?
4. O que acontece quando cada falha acontece (Efeitos da falha) ?
5. Quais os impactos de cada falha (Consequência da falha) ?
6. O que poderia ser feito para predizer ou prevenir a ocorrência de cada falha (Atividades proativas e
intervalos) ?
7. O que fazer se uma atividade proativa não pode ser executada (Ações padrões) ?
Esse processo também é descrito no PGS-003987-BM-Análise de Modo e Efeitos de Falha de Confiabilidade, o qual
define a matriz de decisão a ser aplicada durante a análise do RCM.
https://globalvale.sharepoint.com/sites/FMEA-BMSA/Shared%20Documents/General/01%20-
%20FMEAs%20Metais%20B%C3%A1sicos/01%20-%20Conclu%C3%ADdos
Para ativos novos ou que forem reclassificados como críticos, estabelece-se um prazo de no máximo 3 meses após
a criação no SAP ou da reclassificação, para a conclusão da elaboração do estudo de RCM.
A análise de dados de vida utiliza metodologias estatísticas para construir os modelos probabilísticos a partir dos
dados históricos de vida dos equipamentos. Os modelos são utilizados para descrever matematicamente a vida do
equipamento e realizar previsões extrapolando as informações em relação ao tempo. A análise consiste na utilização
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A base para o cálculo dos modelos deve, necessariamente, originar dos dados apontados nos sistemas
informatizados de manutenção e operação, sendo eles o SAP, GPV-M, PIMS e/ou Sistema de Despacho do Controle
Operacional de Mina. É recomendável conhecer fundamentos básicos de estatística aplicados à manutenção para
realizar e interpretar uma LDA. Caso necessário, existem no mercado treinamentos que podem ser realizados para
este fim.
O usuário pode escolher o software de sua preferência, sendo o Weibull++ o mais utilizado e recomendado a ser
utilizado atualmente.
É importante ressaltar que uma LDA não expira. As curvas resultantes do estudo serão válidas desde que não haja
importantes alterações no funcionamento do ativo como, por exemplo, melhorias no material aplicado ou alteração
significativa da sua estratégia de manutenção. Como referência, considera-se desejável que todas LDAs utilizadas
nos estudos estatísticos não passem mais de um ano sem atualizações, embora isso não seja obrigatório.
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Os resultados esperados de uma LDA são as curvas de probabilidade de ocorrência/duração do evento em análise
e a curva de sua taxa de falha ao longo do tempo. Com estas equações podemos entender melhor o comportamento
de falha do ativo, bem como a sua previsão de falha dentro de um período desejado.
Sendo assim, o principal produto de uma LDA é a previsão de falhas (probabilidade) de um determinado ativo ou
de ocorrência de um determinado modo de falha em um intervalo de tempo pré-definido. Uma variante dessa análise
é a análise de degradação, que envolve a medição e a extrapolação de dados de degradação, baseados em
medidas de degradação e informações da performance do ativo ao longo do tempo, para obter-se dados que podem
ser diretamente relacionados com uma suposta falha do ativo.
Outro produto oriundo de uma LDA é o cálculo do tempo ótimo de manutenção e de inspeção, que pode ser
utilizado para promover melhorias na estratégia de manutenção dos ativos e ser base para construção do plano
plurianual. Se aliada ao RCM esse tipo de análise se torna uma ferramenta altamente capaz de otimizar a estratégia
de manutenção de um ativo. Para calcular o tempo ótimo é necessário que o ativo tenha uma curva de confiabilidade
tenha uma taxa de falha crescente (não pode ser a exponencial ou a Weilbull com beta menor ou igual a 1) e deve-
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Pode-se aplicar a LDA, em conjunto com dados de ressuprimento e custo de sobressalentes, para a otimização da
gestão de sobressalentes críticos. A LDA fornece a probabilidade de falha para cada tempo de uso, o que em
conjunto com os dados de ressuprimento permite promover melhorias no processo ao se avaliar os riscos envolvidos
na quantidade de sobressalentes disponíveis.
Além dessas utilizações, as LDAs são aplicados nas simulações estatísticas citadas no item 6.5.
Para a aplicação das análises de LDA é necessário que haja um banco de dados confiável e proveniente de um
sistema informatizado de manutenção ou operação com uma quantidade mínima de eventos para o intervalo de
estudo.
Deve-se priorizar a realização de estudos de LDA para Ativos Críticos e ou de prioridade A, buscando o equilíbrio
entre as variáveis de risco, desempenho e custo. Tal priorização dar-se-á com a análise dos indicadores de
performance (MTBF) durante o período de 12 (doze) meses, utilizando-se de ferramentas estatísticas, identificando
os ativos que tiveram maior contribuição para o não atingimento do indicador (MTBF) ou para a melhoria continua
do processo de gestão de ativos.
A simulação é um método matemático para estimar dados e projeções futuras. Através dela pode-se estimar diversas
informações sobre o sistema, tais como sua disponibilidade, sua produção, a criticidade de seus equipamentos no
contexto da disponibilidade e operação, dentre outras. Chama-se este produto de análise RAM - (Confiabilidade,
Disponibilidade e Mantenabilidade).
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6.5.1.Como fazer
Para que os cenários de ciclo de vida do sistema possam ser criados, é necessário informar ao BlockSim alguns
detalhes básicos de lógica do sistema. Para tal, um diagrama de blocos de confiabilidade deve ser preparado para
identificar os principais elementos do sistema e suas relações, por exemplo, em série, em paralelo, stand-by, de
configurações complexas etc. Desta forma, as principais etapas para construção de uma simulação são:
Na simulação, tempos de falha aleatórios da distribuição de falha de cada componente são gerados. Estes tempos
de falhas são então combinados de acordo com a maneira na qual os componentes são dispostos no sistema
(série/paralelo). Os resultados globais são analisados a fim de se determinar o comportamento de todo o sistema.
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Os principais indicadores que são utilizados para avaliar este desempenho são:
• Disponibilidade do sistema no tempo analisado e suas parcelas (ex: 1 Ano, com visão mensal);
• Resultados de produção e indisponibilidade de cada item representado;
• RS FCI (Índice de Criticidade de Falha), que mostra a porcentagem de vezes em que o componente causou falha
no sistema;
• RS DTCI (Índice de Criticidade de Indisponibilidade), que mensura a porcentagem de vezes em que o componente
causou indisponibilidade do sistema.
Dessa maneira é possível identificar gargalos do processo/equipamento, analisar diferentes cenários, verificar
redundâncias e políticas de manutenção.
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Para a aplicação das análises RAM é necessário que haja um banco de dados confiável e proveniente de um sistema
informatizado de manutenção ou operação com uma quantidade mínima de eventos para o intervalo de estudo,
dados de manutenção preventiva (duração e periodicidade) e dados de custos.
Para os ativos de usina, a análise RAM deve ser executada anualmente em cada unidade operacional de Metais
Básicos Atlântico Sul priorizando a área, subprocesso, linha ou equipamento com maior impacto para os indicadores
de performance (MTBF) nos 12 meses anteriores.
Para os ativos de mina a análise RAM deverá ser feita anualmente para as frotas de prioridade A que tiveram maior
descolamento de performance do ano anterior em relação ao orçado (MTBF), salvo casos em que houveram
acidentes ou situações anormais de falha. Deve-se priorizar e selecionar os ativos dessas frotas para a análise,
sendo a priorização pelo mesmo método, ou seja, pela análise dos indicadores de performance (MTBF) durante o
período de 12 (doze) meses, utilizando-se de ferramentas estatísticas, identificando os ativos que tiveram maior
contribuição para o não atingimento do indicador (MTBF) ou para a melhoria continua do processo de gestão de
ativos. Pode-se priorizar, além disso, subsistemas ou até componentes do equipamento, também pela análise dos
indicadores de performance em 12 meses.
A metodologia de Gestão de Custos do Ciclo de Vida dos Ativos Físicos (LCC – Life Cycle Cost) consiste no processo
utilizado para projetar fluxos de receitas e despesas aplicados à um projeto/ativo/sistema/componente levando em
consideração todo o seu ciclo de vida, comparando cenários específicos em uma base de tempo comum (exemplo
presente ou futuro), apresentando valores destas alternativas para a tomada de decisão. O objetivo de uma análise
de LCC é escolher a melhor aproximação de uma série de alternativas para que o menor custo de longo prazo seja
atingido.
O processo de LCC de Metais Básicos é detalhado nos documentos PGS-004395 - Metodologia de implantação do
LCC (Life Cycle Cost Analysis) – BMSA e PGS-004533 - Asset Life Cycle Costing (LCC) – Whole-Life Cost.
6.7. Capacitação
É desejável que os profissionais que conduzem os projetos de Confiabilidade sejam treinados nas metodologias
citadas abaixo de acordo com o mapa de desenvolvimento e em conformidade às diretrizes do Anexo 03 do PNR-
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7. REGISTROS ASSOCIADOS
N/A
8. RESPONSABILIDADES
9. ANEXOS
N/A
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