GUIA DE ACOMPANHAMENTO DE AULA1

Manutenção Baseada na Confiabilidade –

MBC/RCM
Gestão da Manutenção
Marco Antônio Souza Brito e Wilson Pontes de Mello Filho
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IPOG – INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E GRADUAÇÃO

Todos os direitos quanto ao conteúdo desse material didático são reservados

aos autores.
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/// APRESENTAÇÃO

O maior desafio para as pessoas que estão envolvidas com a manutenção nas
indústrias hoje em dia não é apenas saber das técnicas utilizadas na
manutenção, mas decidir quais delas realmente são ou não são importantes para
determinado ativo. Se forem realizadas escolhas certas, é possível melhorar o
desempenho do ativo e ao mesmo tempo reduzir o custo de manutenção,
aumentando sua confiabilidade operacional. Por outro lado, se houverem más
escolhas, novos problemas são criados, enquanto, que aqueles que já existentes
tendem a piorar.
De acordo com a teoria da confiabilidade e da mantenabilidade, a manutenção
periódica ou preventiva tem a função de reduzir a incidência de falha no
equipamento. No entanto, se o período de manutenção for muito curto, tanto o
custo quanto a indisponibilidade aumentam, sem citar o fato de que a alta
frequência de determinadas atividades podem reduzir a confiabilidade do
sistema. Por outro lado, se o período de manutenção é muito longo, o alto
potencial de falha do equipamento irá resultar em perdas indevidas agravadas
pela perda do lucro cessante. Portanto, uma vez adotada a estratégia de realizar
a manutenção periódica, estabelecer um período de manutenção razoável é a
chave para a redução de custos mantendo a confiabilidade operacional. Porém,
qual a maneira correta de fazer isto? Se realizarmos uma pesquisa na literatura,
vários métodos são propostos para realizar cálculos de forma a encontrar um
ponto ótimo de manutenção. Aqui será abordado um destes métodos, o que
utiliza a análise de Weibull. (SILVEIRA, 2019)

Bons estudos!
Wilson Pontes de Mello Filho e Marco Antônio Souza Brito
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/// PROGRAMA DO MÓDULO

Terminologia, introdução à manutenção centrada na confiabilidade, origem,

paradigmas, tipos de falhas e consequências, falhas ocultas e seu tratamento,
quando manter e quando modificar o equipamento e/ou sistema, problemas
normais da manutenção tradicional. A visão da manutenção preventiva clássica
e da manutenção centrada na confiabilidade (RCM), funções, falhas funcionais,
modos de falha, efeitos de falhas, consequência da falha, políticas de
manutenção, fases de implantação da RCM – escolha do sistema, definição,
diagrama de blocos, análise das funções do sistema, FMEA, diagrama de
decisão, plano de manutenção com base na RCM. Estudo de caso, aplicação
prática da realização de análise de MBC. Seleção de “cases” com os
participantes do curso. Realização de análises de MBC.

/// OBJETIVO GERAL

Preparar os treinandos do curso MBA em Gestão da Manutenção em conceitos,

teoria e prática na Manutenção Centrada na Confiabilidade para melhoria do
desempenho organizacional e refinamento do processo de Gestão da
Manutenção, em particular com conceitos cientificamente embasados em fatos
e dados.

/// OBJETIVOS ESPECÍFICOS

▪ Apresentar o programa da disciplina;

▪ Descrever o histórico e introdução a Manutenção Baseada na
Confiabilidade;
▪ Mostrar efeitos da confiabilidade humana (HRA – Human Reability
Analysis);
▪ Apresentar os principais conceitos, ferramentas e métodos da
Manutenção Baseada na Confiabilidade;
▪ Aplicações práticas.
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Conheça como esse Guia de Acompanhamento de Aula foi organizado.

Unidade 1: Introdução à Manutenção Baseada na Confiabilidade – MBC;

Unidade 2: Análise da confiabilidade, modos de falha e ativos;

Unidade 3: Confiabilidade Humana, Análise da Árvore de Falhas (AAF/FTA) e

Modos de Falha e Efeitos (AMFE/FMEA);

Unidade 4: Avaliação de risco no FMEA e exercícios práticos de aplicação de

RCM/MBC.
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/// PROFESSORES DO MÓDULO

Wilson Pontes de Mello Filho - Engenheiro Eletricista, PUC/RJ; Mestre em

Engenharia, PUC/RJ; MBA Estratégia, UFRJ; Doutor em Engenharia, Carnegie
Mellon University/PA/USA; Professor e Executivo; Especialista em Manutenção
e Qualidade.
Carreira desenvolvida nas áreas de Engenharia, Tecnologia e Gestão, ocupando
cargos estratégicos e de operação. Experiência em gestão de contratos/projetos,
sistemas de energia, certificado em ITIL, CobiT e NBR 27002. Como engenheiro
atuei na: Marinha do Brasil, Halliburton, Schlumberger. Executivo em projetos na
Coca-Cola, Hewlett-Packard, IBM, Vivo (GVT), Praxair (White Martins e
Chanceler) e em hospitais. Como docente e executivo nas Faculdades: FGV,
UFRJ, Alfa, UniEvangélica, FNG, Anhanguera, Universo, Pitágoras. Professor
de pós-graduação do IPOG, PUC/RJ/GO, CEEN, FGV e UFRJ nas áreas de:
manutenção, energia, segurança e qualidade. Hoje atua como executivo na área
de saúde, gerindo contratos terceirizados e utilizando tecnologia para realização
de exames e distribuição de laudos médicos em telemedicina.

Marco Antônio Souza Brito - Engenheiro de Segurança do Trabalho e

Mecânico; Administrador de Empresas - Mackenzie – FGV-SP – FAAP;
Certificações Internacionais: CMSE® - Certified Machinery Safety Expert – TÜV
NORD -Alemanha; ICML-International Council for Machinery Lubrication – MLT
I e MLT II ; MLA I; ABENDI SNQC ATM EX-001 [Atmosfera explosiva] e Master
Trainee PNL.
Experiência docente em Pós-graduação Gestão da Manutenção IPOG;
Engenharia de Segurança de Sistemas nas Universidades Valeparaibana de
Ensino [S. José dos Campos -SP e Sta. Cecilia - Santos].
Consultor com mais de 43 anos de experiência em Gestão da Manutenção e
Ativos Físicos, Gestão de Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Gestão de
Riscos e Técnicas de Avaliação de Riscos, Auditor Líder da ISO 9000:2008,
análise de falhas, Perícias Técnicas e Judiciais, Implantações das NRs do
SEPRT 12, 13, 20, 26, 33, 35, laudos técnicos para licenças operacionais. Nas
empresas BRASKEM, ALCOA, GERDAU, SOCOCO, Grupo Carlos Lira, Grupo
Olho D’Agua, Grupo Soares Oliveira, BIOSEV, CONFAB, TRW, KHD –
HUMBOLDT WEDAG, A. ARAUJO S.A. Engenharia e Montagens, COSINOR –
Cia. Siderúrgica do Nordeste.
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Membro da CONPEJ - Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República

Federativa do Brasil, com especializações em Perícia Judicial, Grafotécnica,
Documentoscopia [Falsidade Documental], Perito Judicial cadastrado no
TJPI/CPTEC, Cadastro Nacional Justiça do Trabalho CSJT Resolução nº
247/2019. Pós-graduando IPOG Perícia de Imagens e Documentos Digitais.
Fundador, Conselheiro e ex-Diretor das Associações ABRAMAN, ABS, ABENDI;
membro da ABRAMAN, ABENDI, ABRAFAC, Membership ASME, STAB, QSP,
Rotary Club, CONPEJ, SBCF e ABRAPE-PI.
Atual Representante Regional Nordeste da ABENDI (PE+PB+PI); Representante
Regional Norte/Nordeste da ABRAMAN e Diretor da TEROTEC Serviços de
Engenharia, Assessoria e Consultoria Empresarial EIRELI.
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À MANUTENÇÃO BASEADA NA

CONFIABILIDADE - MBC

OBJETIVOS DA UNIDADE 1

Evolução histórica das técnicas de manutenção; introdução à manutenção

centrada em confiabilidade; tipos de falhas na indústria e em serviços; novas
tecnologias de mercado; manutenção, programação e práticas; apresentação e
técnica de uso das curvas de falha; curva Performance X Falha, confiabilidade
de equipamentos e processos.

Ao final dos estudos, você deverá ser capaz de:

Reconhecer a evolução histórica e o estado atual das técnicas de manutenção.
Conhecer a técnica de manutenção centrada na confiabilidade e os tipos de falha
na indústria e em serviços. Entender a utilização de curvas de falha e de
performance X falha.

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UNIDADE 2 – ANÁLISE DA CONFIABILIDADE, MODOS DE

FALHA E ATIVOS

OBJETIVOS DA UNIDADE 2

Tipos de manutenção e seus gatilhos. Definição e diferenciação de falha

potencial e falha funcional. Apresentação da relação de confiabilidade e das
normas. Histórico e aplicação da confiabilidade. Modos de falha, tipos de
manutenção e diagrama de decisão. Matriz de criticidade de ativos.

Ao final dos estudos, você deverá ser capaz de:

Avaliar e selecionar tipos de gatilhos para manutenção. Reconhecer e diferenciar
falha funcional e potencial. Entender os modos de falha e os diagramas de
decisão. Compreender e aplicar a matriz de criticidade de ativos.

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UNIDADE 3 – CONFIABILIDADE HUMANA, ANÁLISE DA

ÁRVORE DE FALHAS (AAF/FTA) E MODOS DE FALHA E
EFEITOS (AMFE/FMEA)

OBJETIVOS DA UNIDADE 3

Análise da confiabilidade humana. Método de análise da causa raiz. Análise da

árvore de falhas – FTA. Análise dos modos de falha e efeitos – FMEA. Seleção
das atividades aplicáveis. Etapas para execução do FMEA.

Ao final dos estudos, você deverá ser capaz de:

Reconhecer os fatores relacionados a confiabilidade humana. Aplicar métodos

de análise buscando causa raiz. Criar e desenvolver análise da árvore de falhas
– FTA e análise dos modos de falha e efeitos – FMEA. Cumprir e fazer as etapas
de um FMEA.

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UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO DE RISCO NO FMEA E EXERCÍCIOS

PRÁTICOS DE APLICAÇÃO DE RCM/MBC.

OBJETIVOS DA UNIDADE 4

Análise e cálculo de risco do FMEA. Eficiência Global do Equipamento (Overall

Equipment Effectiveness – OEE) aplicada ao FMEA. Etapas e execução do
FMEA. Exercício RCM/MCC.

Ao final dos estudos, você deverá ser capaz de:

Calcular os fatores de risco do FMEA. Ordenar ativos conforme a eficiência

global do equipamento (OEE). Construir FMEAs.

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/// PARA FINALIZAR

O aumento da confiabilidade dos sistemas e equipamentos tornou-se um atributo

necessário e obrigatório nas empresas que objetivam atender os usuários de
seus produtos/serviços com influência direta na percepção da qualidade.

A gestão da manutenção é estratégia de apoio efetivo para conseguir a

excelência empresarial e contribuir com criatividade, flexibilidade, velocidade,
cultura da mudança, competência e trabalho em equipe. Os fatores de sucesso
da gestão da manutenção são diretamente impactados sobre como os ativos são
gerenciados, de como o estoque está sendo gerenciado e se o plano de
manutenção de cada equipamento está sendo cumprido.

Estudou-se que o gatilho da manutenção preventiva é a falha total (funcional) do

equipamento ou sistema. Demonstrou-se que a adoção de gatilhos utilizando
evidência de falha funcional são mais indicados para elevar a confiabilidade de
equipamentos e sistemas. A manutenção baseada na confiabilidade (MBC),
objetiva identificar o desempenho requerido pelo equipamento no seu contexto
operacional. Inicialmente, identifica-se os modos de falhas e suas causas
possíveis, para assim detalhar os efeitos e consequências dessa falha. A
confiabilidade do ativo é desenvolvida a partir da probabilidade ou chances de
uma máquina ou equipamento trabalhar conforme se espera, em um
determinado tempo, considerando suas condições de uso definidas. A
metodologia MBC/RCM, permite identificar quais consequências são
decorrentes no quesito de segurança, disponibilidade ou custo. O resultado é o
aumento da disponibilidade e consequente aumento de produção.

Wilson Pontes de Mello Filho e Marco Antônio de Souza Brito

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/// REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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