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Aplicação de Ferramentas da Manutenção Preditiva na Análise de

Óleos Lubrificantes
Jorge Luiz Coutinho
contato.coutinhoeng@gmail.com

Leovaldo Leão
leovaldoleo@yahoo.com

Marcelo José de Paulo


marcelojd.paula@hotmail.com
Professor Francisco Reginaldo da Rosa
Coordenação do Curso de Engenharia Mecânica

Resumo
É possível acompanhar e monitorar o desempenho de suas máquinas e equipamento por meio da
análise de lubrificante, esse método da manutenção preditiva, permite identificar se o óleo está em
condição de uso e ainda identificar falhas precoces em equipamentos, elevando sua constância de
utilização, obtendo assim uma redução de custos operacionais. Neste trabalho será utilizado o método
de pesquisa científica e estudo de caso na análise de óleo de modo a potencializar o desempenho, a
confiabilidade e a disponibilidade física dos equipamentos, e assim realizar uma intervenção
programada, eliminando as chances de ocorrer uma parada de emergência para manutenção que
podem acarretar atrasos de projeto e prejuízos financeiros. O estudo de comportamento dos
componentes de um equipamento em predizer seu real estado, e análise de tendência mostra-se de
grande importância, pois permite obter informações técnicas e específicas para tomar possíveis
decisões, trazendo garantia, segurança e confiança nos processos industriais.

Palavras-chave: Análise. Óleo Lubrificante. Manutenção. Preditiva. Desempenho

1. Introdução
Em setores Industriais e agroindustriais, mais especificamente em empresas
que trabalham com partes móveis de grande porte, e ou com sistemas dinâmicos, a
análise de óleos lubrificantes está cada vez mais presente, empregada como uma
ferramenta indispensável no setor da manutenção. Buscando um bom rendimento dos
equipamentos, e para se obter essa performance é necessária uma manutenção bem
sustentável, incluindo nela investimentos em novas ferramentas. De acordo com a
ABNT, pode-se classificar a manutenção em corretiva e preventiva.
A manutenção corretiva é efetuada após a pane ou avaria. A manutenção
preventiva, por sua vez, subdivide em: Sistemática (Manutenção Produtiva), e
Condicional (Manutenção Preditiva). Na manutenção sistemática intervém-se em
intervalos fixos, baseando-se em uma expectativa de vida mínima dos componentes.
A manutenção preditiva é uma manutenção preventiva subordinada a um tipo de
acontecimento predeterminado tais como as informações dadas por um captor ou a
medida de um desgaste que revelam o estado de degradação de um bem (Xavier,
1998).
Todo o propósito do monitoramento da condição da máquina, como a análise
do óleo, é para permitir que se preveja o futuro. Produzir dados que apontem para os
problemas existentes e a gravidade destes problemas (Salvador, 2021).
Essa possibilidade de monitoramento e previsão de desgaste, dá a
oportunidade de agir antes de sua parada funcional, medidas indispensáveis para
preservar a vida útil do equipamento, reduzir custos com a troca desnecessária, além
da possibilidade de ocorrência de um impacto ambiental caso o óleo seja descartado
com suas características preservadas, se não refinado, onde se trabalha no processo
de purificação, assegurando seu destino e em alguns casos podendo ser reutilizado
para outros fins. A quebra não prevista se traduz por uma parada brusca, geralmente
levando a grandes prejuízos e perda de produtividade (LAGO, 2007).
Análise estas, importantes devido aos objetivos da lubrificação, sendo eles:
• Reduzir ruídos;
• Prevenir o aumento da temperatura;
• Diminuir o atrito entre as peças;
• Minimizar vibrações;
• Prevenir a oxidação ou a corrosão precoce;
• Evitar quebras prematuras;
• Regular a troca de calor entre componentes.

O trabalho tem como objetivo empregar os conhecimentos adquiridos ao longo


do curso de Engenharia Mecânica, e o interesse de aprimorar, cada vez mais nossa
experiência, notamos a importância da análise de lubrificantes para obter uma melhor
eficiência dos equipamentos industriais.
Prevê-se com este trabalho, por meio de aprendizado prático pelo estudo de
caso, um aumento na eficiência dos equipamentos com a análise de lubrificantes na
manutenção preditiva, possibilitando um diagnóstico para estudo comportamental e
monitoramentos através dos dados coletados obtendo assim um histórico de cada
equipamento, para que se tome a ação necessária.
2. Metodologia
O trabalho desenvolvido com o tema de aplicação de ferramentas da
manutenção preditiva na análise de lubrificantes, será utilizado o método de pesquisa
científica e quanto sua natureza básica ou fundamental, que tem seu objetivo de
caráter descritivo. Quanto ao seu procedimento será realizado em estudo de caso.
O estudo de caso pode abranger análise de exame de registros, observação
de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra
técnica de pesquisa. Por sua flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa
de temas complexos para a construção de hipóteses ou reformulação do problema
(GIL, 2006). Assim o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo
conhecimento e sua meta é o saber. No ponto de vista da forma de abordagem, o
trabalho tem como objetivo relatar uma pesquisa qualitativa e quantitativa, visa a
descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis.
A forma mais comum de apresentação é o levantamento, em geral, realizado
mediante questionário ou observação sistemática, que oferece uma descrição da
situação no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de
coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos.
Qualitativa utiliza várias técnicas de dados, como a observação participante, história
ou relato de vida, entrevista e outros. Quantitativa é focada na mensuração de
fenômenos, envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação de testes
estatísticos (GIL, 2006).
O método por estudo de caso envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos, de maneira a se obter o seu amplo e detalhado conhecimento. O
estudo de caso pode abranger análise de exame de registros, observação de
acontecimentos, entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra
técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização,
um conjunto de organizações ou, até mesmo, uma situação. Por sua flexibilidade, é
sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos para a construção de
hipóteses ou reformulação do problema (GIL, 2006).
O equipamento utilizado como base para a análise dos fluidos lubrificantes
foram prensas mecânicas e hidráulicas de estampagem do setor automotivo.
Após restaurar o plano de manutenção preditiva o técnico responsável faz-se
a coleta de óleo, sendo esses:
● HYP GL - 4 10 W-30 Mobilfluid 424;
● HLP 68 - Mobil hidráulico AW 68 DTE 26;
● HLP 46 - Mobil DTE 25;
● GLP 150 - Mobilgear 600 XP 150.
É imprescindível que a amostra seja coletada na parte média do reservatório
livre de contaminações, após essa etapa o reservatório que contém o óleo lubrificante
é devidamente identificado e lacrado onde ele é enviado a uma empresa credenciada
para análise laboratorial (ferrografia e espectrofotometria). Essa análise é comparada
com um vasto banco de dados, com parâmetros já pré-definidos. Com o recebimento
dos dados pela empresa contratante, é realizado uma análise no histórico de
manutenção do equipamento, elaborando uma escala comparativa para fins de
registro e bom funcionamento do conjunto. Determinando os procedimentos
realizados no maquinário, caso seja necessária alguma intervenção.
Portanto, o tema será de suma importância para buscar mais conhecimentos
que possam fomentar melhor a escrita desse trabalho e sua fundamentação no
contexto das análises em mãos, devemos comparar as evoluções das características
dos lubrificantes através dos históricos de análises contidas nos gráficos. Com esse
procedimento, as empresas poderão tomar as ações necessárias economizando
tempo e recursos, afinal, são evitadas trocas desnecessárias de peças e componentes
que podem estar em bom estado, independentemente do tempo de uso. Com os
devidos cuidados, é perfeitamente possível que os equipamentos tenham uma vida
útil além daquela estipulada pelo fabricante.

3. Referencial Teórico
3.1 Manutenção Industrial
Com a constante evolução do setor industrial é imprescindível que a
manutenção aprimore novas ferramentas de trabalho em níveis cada vez maiores. O
trabalho proposto insere-se mais especificamente no campo de análise de óleos
lubrificantes e de pesquisa inserido na área técnica de Manutenção.
Para a elaboração do referencial teórico foi consultado teses de doutorados,
dissertações de mestrados, normas regulamentadoras, sites de internet, folhetos
técnicos, livros e o manual do maquinário em estudo, descrevendo os passos
fundamentais para a elaboração concreta do trabalho, bem como um entendimento
sólido do assunto abordado.
A manutenção tem procurado novos modos de pensar, técnicos e
administrativos, já que as novas exigências de mercado tornaram visíveis as
limitações dos atuais sistemas de gestão (MOUBRAY, 1996).
Que a manutenção é uma atividade, meio do processo produtivo que alicerça
segundo os conhecidos fabricantes de classe mundial, cujos produtos competem nos
mercados domésticos, bem como nos mercados que se localizam além de suas
próprias fronteiras (MIRSHAWKA, 1993).
Xavier (2003) considera bastante adequada a seguinte classificação em função
dos tipos de manutenção sendo bastante atualizado em relação à norma ABNT (NBR
5462-1994):
• A Manutenção Preventiva é realizada em intervalos pré-determinados ou
por critérios específicos, minimizando a probidade de falhas. Um dos
segredos de uma boa preventiva está na determinação dos intervalos de
tempo. Como, na dúvida, temos a tendência de sermos mais conservadores,
os intervalos normalmente são menores que o necessário, o que implica
paradas e troca de peças desnecessárias;
• A Manutenção Preditiva ocorre quando é feita de forma a prever (predizer)
a necessidade de uma manutenção, seja corretiva, seja preventiva. Ela tem
por objetivo se antecipar aos problemas por meio de embasamento estatístico
e agir pontualmente de forma técnica e perita. Quando a intervenção, fruto do
acompanhamento preditivo, é realizada, fazendo uma Manutenção Corretiva
Planejada. Esse tipo de manutenção é conhecido como CBM — CONDITION
BASED MAINTENANCE — ou manutenção baseada na condição. Essa
manutenção permite que os equipamentos operem por mais tempo e a
intervenção ocorre com base em dados e não em suposições;
• A Manutenção Preditiva ocorre quando é feita de forma a prever (predizer)
a necessidade de uma manutenção, seja corretiva, seja preventiva. Ela tem
por objetivo se antecipar aos problemas por meio de embasamento estatístico
e agir pontualmente de forma técnica e perita. Quando a intervenção, fruto do
acompanhamento preditivo, é realizada, fazendo uma Manutenção Corretiva
Planejada. Esse tipo de manutenção é conhecido como CBM — CONDITION
BASED MAINTENANCE — ou manutenção baseada na condição. Essa
manutenção permite que os equipamentos operem por mais tempo e a
intervenção ocorre com base em dados e não em suposições;
• A manutenção corretiva se refere à atuação para correção de falha ou do
desempenho menor que o esperado. É oriundo da palavra “corrigir”. Podendo
ser dividida em duas fases: manutenção corretiva planejada e emergencial.
De modo geral, uma de suas principais desvantagens é a parada inesperada
do equipamento.

3.2 Lubrificação Industrial


A lubrificação industrial consiste na aplicação de lubrificantes entre
componentes que transmitem movimentos entre si, onde é formada uma fina película
protetora capaz de reduzir o atrito entre as superfícies diminuindo a depreciação de
máquinas e aumentando seu desempenho (ABECOM, 2021).
Existem seis métodos principais das técnicas de lubrificação:
• Lubrificação industrial com graxa – A diferença dos demais é que se
utiliza graxa e não óleo. É aplicada manualmente com uma espátula ou
pincel, porém o mais indicando é com uma bomba de acionamento manual,
mais conhecida como engraxadeira.
• Por sistema de licitação forçado – Utiliza uma bomba e apresenta dois
métodos: sistemas por perda ou por circulação. O óleo bombeado é
descarregado sobre as peças num sistema aberto. Como segundo método,
o óleo cai de volta num reservatório e volta a recircular pelo sistema.
• Lubrificação por imersão – As peças são imersas num banho de óleo, o
excedente lubrifica outras peças. Além de lubrificar, o óleo também resfria
a peça.
• Lubrificação por salpico - Método utilizado na lubrificação com ou sem
engrenagens.
• Lubrificação por capilaridade – Utiliza a ação de capilaridade de estopas,
almofadas ou pavios de material fibroso e lentamente depositado na peça
a ser lubrificada.
• Lubrificação por gravidade - Feita manualmente utilizando almotolias,
tipo de bomba com acionamento manual, comporta por um conjunto de
copo com agulha ou copo com conta-gotas. O lubrificante cai sobre o
componente pela ação da gravidade.

3.2.1 Lubrificantes
Os lubrificantes são classificados de acordo com seu estado físico: líquido,
semissólido, sólido e gasoso (CYRINO, 2015).
Lubrificantes líquidos são divididos em: minerais, graxos, compostos, aditivos
e sintéticos.
Minerais: são extraídos do petróleo e seus derivados recebem aditivos,
podendo ser parafínicos ou naftênicos.
Graxos: A graxa é um tipo de fluido pseudoplástico, composta por óleo básico,
aditivos e espessantes. É um dos componentes mais versáteis na lubrificação
industrial. Aplicável em ampla faixa de temperaturas, velocidades e cargas. Também
é mais resistente à ambientes com contaminantes.
Compostos: Esse tipo de óleo mistura os dois tipos, minerais e graxos A
vantagem é que se aproveitam as boas características dos dois óleos.
Aditivos: São os óleos comuns (graxos ou compostos) que recebem alguns
aditivos, substâncias químicas que adicionam ou potencializam algumas
propriedades.
Sintético / Semissintético: obtidos através de processos industriais
envolvendo formulações químicas de compostos orgânicos e inorgânicos.
• Lubrificantes semissólido (Graxa): Empregados em locais onde não é
possível utilizar óleo (suspensos). Existem dois tipos de graxas mineral e
sintéticas.
• Lubrificantes Sólidos: Pouco empregado na industrial, geralmente utilizado
em condições extremas, exemplo: talco, grafite e mica.
• Lubrificante Gasosos: Apresentam um alto custo de manutenção, por conta
disso são raramente empregados no setor industrial. Tem como vantagem
a propagação do lubrificante, tendo como exemplo o nitrogênio e hélio.
Cada um desses óleos apresenta diferentes propriedades físico-químicas,
como os níveis de viscosidade (resistência de escoamento), segundo Manutenir
(2004): “A viscosidade é definida como a resistência que um fluido oferece ao seu
próprio movimento, aspectos importantes que caracterizam um óleo lubrificante.
Quanto menor for sua viscosidade, maior será a sua capacidade de escoar (fluir).
Com um viscosímetro é possível obter os valores da viscosidade dos óleos,
onde é medido uma área percorrida pelo tempo de escoamento por meio de um tubo
capilar a uma dada temperatura constante.
3.3 Técnicas de análise do óleo:
A análise de óleo é uma das ferramentas mais importantes da manutenção
preditiva, por meio da mesma a equipe de manutenção identifica as causas e pode
antecipá-las. Segundo ALS-Tribology. Manutenção preditiva, 2016 entendemos que:
Empresas que apostam na análise de óleo só têm a ganhar em benefícios e
vantagens da ferramenta. Com ela, a vida útil dos componentes é ampliada,
o que reduz gastos com trocas de óleo desnecessárias, mão de obra em
manutenções não programadas e gastos com material de reposição. Uma
frota pode ter muitos benefícios com a análise de óleo. Realizada de forma
eficaz, a técnica evita paradas desnecessárias, aumentando a disponibilidade
dos equipamentos, além de antecipar situações de risco de falhas e reduzir
custos com manutenção e estoque.
Os principais tipos de análise de óleo são:
• Ferrografia: analisa as partículas encontradas em suspenção nos
lubrificantes para identificar as condições de desgaste dos componentes de
máquinas e equipamentos, conforme figura 1.

Figura 1: Análise por Ferrografia

Fonte: Disponível em: https://www.mmtec.com.br/ferrografia. Acesso em: 18 ago.2021

• Espectrometria: análise indicada para identificar as substâncias químicas


no lubrificante, contaminações, desgastes, bem como aditivos,
identificando os elementos químicos presentes. De acordo com figura 2.
Figura 2: Análise por Espectrometria

Fonte: – Disponível em: https://breathebrdotcom.wordpress.com/analise-de-nevoa-de-oleo-


por-espectrometria/ Acesso em: 18 ago.2021

• Análise de contaminações: Identifica a presença de substâncias que


podem contaminar o sistema. O óleo pode ser contaminado por causa do
desgaste do equipamento ou por reações químicas do lubrificante. A
contaminação causa várias falhas no sistema de óleo. Ela frequentemente
toma a forma de materiais insolúveis, como água, metais, partículas de
poeira, areia e borracha. As partículas menores (menos de 2 mícrons)
podem causar danos significativos. Estes são tipicamente sedimentos,
resina ou depósitos de oxidação, de acordo com a figura 3.

Figura 3: Análise de contaminações

Fonte: Salvador, 2021.

• Análise físico-química: avalia as condições do lubrificante pontualmente


ou em análises periódicas. Através dessas análises, conclui-se que todo o
processo de controle e gerenciamento da manutenção deve ater-se em
especial à utilização dos lubrificantes. Busca da qualidade durante a
aquisição, processos de estocagem e distribuição condizentes, análises
periódicas de desempenho, conforme figura 4.

Figura 4: Análise físico-química

Fonte: Disponível em: https://www.vibmaster.com.br/analise-de-oleo. Acesso em: 18 ago.2021.

4. Desenvolvimento, Resultados e Discussão


Este trabalho prático desenvolvido por meio de estudo de caso, com a
aplicação de ferramentas da manutenção preditiva na análise de lubrificantes, visa
atender o aumento na eficiência dos equipamentos com a análise de lubrificantes na
manutenção preditiva, possibilitando um diagnóstico para estudo comportamental e
monitoramentos através dos dados coletados obtendo assim um histórico de cada
equipamento, para que se tome a ação necessária.
Nesta sessão serão relatados os dados técnicos referente aos lubrificantes
descritos anteriormente. Serão apresentados os lubrificantes e sua característica no
enquadro deste trabalho.

4.1 Lubrificantes: dados técnicos e aplicações


4.1.1 óleo Mobilfluid 424
São recomendados pela ExxonMobil para aplicações em “n” transmissões
automotivas e industriais (Exxon Mobil Corporation, 2013). De acordo com as
propriedades dos lubrificantes da tabela 1.
Tabela 1: Propriedades típicas dos óleos Mobilfluid 424.

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

4.1.2 Mobil Hidráulico AW68 HLP Antidesgaste (AW)


São recomendáveis conforme Exxon Mobil Corporation (2013):
• Máquinas que contêm diversos componentes de diferentes ligas metálicas
em sua fabricação.
• Sistemas de bombas de engrenagem, de palheta, de pistão radial e axial,
aos quais se recomendam óleos hidráulicos antidesgaste.

De acordo com as propriedades dos lubrificantes da tabela 2.

Tabela 2: Propriedades típicas dos óleos Mobil AW68 HLP.

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).


4.1.3 Mobil DTE 25
Sistemas contendo engrenagens e rolamentos.
São recomendáveis em:
• Máquinas que empregam uma ampla variedade de componentes de
metalurgia. Conforme norma DIN 51524-2: 2006-09
De acordo com as propriedades dos lubrificantes da tabela 3.

Tabela 3: Propriedades típicas dos óleos Mobil DTE 25.

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

4.1.4 Óleos série mobilgear 600 XP para engrenagens


São usados em uma ampla gama de aplicações industriais e marítimas,
especialmente em engrenagens de dentes retos, helicoidais, cônicas e sem-fim.
Abaixo, na tabela 4, apresentam-se as propriedades do óleo Série Mobilgear 600 XP.
Tabela 4: Propriedades dos óleos Mobilgear 600 XP.

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Com a apresentação das propriedades típicas dos quatros lubrificantes


abordados anteriormente. Tem-se como ponto de partida o referencial das
propriedades ideias de trabalho de cada fluido.

4.2 Resultados obtidos


Após recebimento dos laudos de análise dos óleos lubrificantes pela empresa
credenciada, é feita sua verificação com base em tabelas com dados de amostra e
gráficos, tomando como referência o comentário descrito pela empresa (COSAN –
Laboratório de Análises de Lubrificantes e Combustíveis). A fim de determinar qual a
melhor ação a ser tomada caso o equipamento necessite de uma intervenção imediata
ou acompanhamento e programação para manutenções futuras.
A seguir laudo apresentado pela empresa, após a análise das amostras
fornecidas pela contratante. Podendo apresentar os seguintes status:
• NORMAL - O lubrificando está em condições ideais de trabalho.
• ATENÇÃO - O lubrificando apresenta alguma contaminação, porém de
forma mínima, não sendo necessário nenhuma intervenção imediata.
• ALERTA – Tendo como estágio mais grave, sendo necessário ou não a
troca da carga do lubrificante, dependendo do seu percentual de
contaminação, sendo necessária intervenção de maneira imediata.
Esta análise, por tipo de óleo, pode ser observada no quadro 1 a seguir:

Quadro 1: Laudo após a análise das amostras fornecidas pela contratante.

Fonte: Autor (2021)

4.2.1 HYP GL-4 10 W-30 Mobilfluid 424


Comentário do laudo: Condição Normal.
A carga de óleo e o sistema representados por esta amostra estão em
condições de permanecer em serviço. Reforçamos a importância das boas práticas
de coleta e armazenagem do lubrificante para que as amostras coletadas sejam
representativas e demonstrem as reais condições de operação do sistema. Enviar
nova amostra para controle, de acordo com o plano atual de monitoramento.
Resultados obtidos sobre a composição do fluido descritos pela tabela 5 e
gráfico 1.

Tabela 5: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobilfluid 424


RESULTADO FÍSICO- QUÍMICOS
Data Coleta Método 24/jun/21
Reg. Amostra 618.997
Viscosidade 100ºC (cSt) ASTM D445-21 8,638
Oxidação (A/cm) POP 13 VER .05 0,9
ASTM D6304 - 16
Água-K. Fischer (%m)
PROCEDIMENTO
Água-Chapa Quente NBR 16358 - 09/2015 AUSENTE
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).
Gráfico 1: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobilfluid 424

Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.

A análise também contempla os elementos de desgaste do óleo Mobilfluid 424,


conforme tabela 6 e gráfico 2.

Tabela 6: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobilfluid 424

ELEMENTOS DE DESGASTE

Data Coleta Método 24/jun/21


Reg. Amostra 618.997
Fe (Ferro) (ppm) ASTM D5185 - 18 9,4
Cu (Cobre) (ppm) ASTM D5185 - 18 17
Al (Alumínio) (ppm) ASTM D5185 - 18 0
Cr (Cromo) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,73
Pb (Chumbo) (ppm) ASTM D5185 - 18 4,4
Sn (Estanho) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,17
Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.
Gráfico 2: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobilfluid 424

Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.

O item que demanda mais atenção da análise são os dados de elementos


contaminantes de acordo com a tabela 7 e gráfico 3. E dita qual será a ação que
deverá ser tomada pela equipe de manutenção.

Tabela 7: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobilfluid 424


ELEMENTOS CONTAMINANTES
Data Coleta Método 24/jun/21
Reg. Amostra 618.997
Si (Silício) (ppm) ASTM D5185 - 18 4,5
Na (Sódio) (ppm) ASTM D5185 - 18 10
K (Potássio) (ppm) ASTM D5185 - 18 9,4
Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.

Gráfico 3: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobilfluid 424

Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.


4.2.2 HLP 68 – Mobil hidráulico AW 68 DTE 26
Comentário do laudo: Condição Normal
A carga de óleo e o sistema representados por esta amostra estão em
condições de permanecer em serviço. Reforçamos a importância das boas práticas
de coleta e armazenagem do lubrificante para que as amostras coletadas sejam
representativas e demonstrem as reais condições de operação do sistema. Enviar
nova amostra para controle, de acordo com o plano atual de monitoramento.

Tabela 8: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobil AW 68 DTE 26

RESULTADO FÍSICO- QUÍMICOS

Data Coleta Método 06/nov/18 24/jun/21


Reg. Amostra 432.394 618.966
Viscosidade 40ºC (cSt) ASTM D445-21 67,92 67,58
Oxidação (A/cm) POP 13 VER .05 1 1,3
ASTM D6304 - 16
Água-K. Fischer (%m)
PROCEDIMENTO C
Água-Chapa Quente NBR 16358 - 03/2015 AUSENTE AUSENTE
Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.

Gráfico 4: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobil AW 68 DTE 26

Fonte: Exxon Mobil Corporation 2013.

A análise também contempla os elementos de desgaste do óleo Mobil AW 68


DTE 26, conforme tabela 9 e gráfico 5.
Tabela 9: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobil AW 68 DTE 26

ELEMENTOS DE DESGASTE

Data Coleta Método 06/nov/18 24/jun/21


Reg. Amostra 432.394 618.966
Fe (Ferro) (ppm) ASTM D5185 - 18 1,6 1,3
Cu (Cobre) (ppm) ASTM D5185 - 18 1,5 1,9
Al (Alumínio) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,25 0,29
Cr (Cromo) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,0062 0,17
Pb (Chumbo) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,19 1,4
Sn (Estanho) (ppm) ASTM D5185 - 18 0 0,17
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 5: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobil AW 68 DTE 26

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

O item que demanda mais atenção da análise são os dados de elementos


contaminantes de acordo com a tabela 10 e gráfico 6. E dita qual será a ação que
deverá ser tomada pela equipe de manutenção.
Tabela 10: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobil AW 68 DTE 26.

ELEMENTOS CONTAMINANTES

Data Coleta Método 06/nov/18 24/jun/21


Reg. Amostra 432.394 618.966
Si (Silício) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,47 0,48
Cont. de Part. > 4 μm ISSO 4406:2021 16 22
Cont. de Part. > 6 μm ISSO 4406:2021 14 17
Cont. de Part. > 14 μm ISSO 4406:2021 9 11
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 6: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobil AW 68 DTE 26.

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

4.2.3 HLP 46 – Mobil DTE 25


Comentário do laudo: Atenção
O teor de Ferro está moderadamente elevado quando comparado a aplicações
similares. Avaliar tendências progressivas nas próximas análises. A carga de óleo
pode permanecer em uso e o equipamento pode continuar em operação sob atenção.
Tabela 11: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobil Mobil DTE 25
RESULTADO FÍSICO- QUÍMICOS
Data Coleta Método 31/out/16 19/mai/17 08/mar/18 22/abr/19 06/nov/19 02/out/20
Reg. Amostra 281.069 318.353 377.419 464.958 506.885 569.440
Viscosidade ASTM
46,32 46 46,31 46,91 46,98 47,74
40ºC (cSt) D445-21
Oxidação POP 13
0,2 0,32 0,5 0,7 4 1,8
(A/cm) VER .05
Água-K. ASTM
Fischer (%m) D6304 - 16
Água-Chapa NBR 16358
Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente
Quente - 03/2015
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 7: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobil Mobil DTE 25

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

A análise também contempla os elementos de desgaste do óleo Mobil DTE 25,


conforme tabela 12 e gráfico 8.
Tabela 12: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobil DTE 25

ELEMENTOS DE DESGASTE

31/out/1
Data Coleta Método 19/mai/17 08/mar/18 22/abr/19 06/nov/19 02/out/20
6
Reg.
Amostra 281.069 318.353 377.419 464.958 506.885 569.440
(ppm)
ASTM D5185 -
Fe (Ferro) 51,13 69,76 70 98 81 41
18
ASTM D5185 -
Cu (Cobre) 12,85 16,76 20 17 16 9,4
18
Al ASTM D5185 -
1,34 2,46 2,6 1,4 0,94 0,37
(Alumínio) 18
ASTM D5185 -
Cr (Cromo) 0,16 0,28 0,54 0,33 0 0,16
18
Pb ASTM D5185 -
5,69 7,53 9,3 20 16 5
(Chumbo) 18
Sn ASTM D5185 -
0,57 0,03 0,67 0,35 0,2 0
(Estanho) 18
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 8: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobil DTE 25

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).


O item que demanda mais atenção da análise são os dados de elementos
contaminantes de acordo com a tabela 13 e gráfico 9. E dita qual será a ação que
deverá ser tomada pela equipe de manutenção.

Tabela 19: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobil DTE 25.

ELEMENTOS CONTAMINANTES

31/out/1 19/mai/1 08/mar/1 22/abr/1 06/nov/1 02/out/2


Data Coleta Método
6 7 8 9 9 0
Reg. Amostra 281.069 318.353 377.419 464.958 506.885 569.440
ASTM
Si (Silício) (ppm) 1,46 1,63 1,6 3,4 1 1,3
D5185 - 18
Cont. de Part. > ISSO
17 20 16 17 20 18
4 μm 4406:2021
Cont. de Part. > ISSO
15 15 15 15 17 16
6 μm 4406:2021
Cont. de Part. > ISSO
15 9 11 12 15 13
14 μm 4406:2021
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 9: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobil DTE 25.

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).


4.2.4 GLP 150 – Mobilgear 600 XP 150
Comentário do laudo: Alerta
Silício: A presença de silício é normalmente atribuída à contaminação externa
na forma de sílica da poeira, podendo assim ser abrasivo. O silício pode também ser
originário das pastas de selagens, porém, neste caso, não tem poder abrasivo. A
abrasão pode aumentar a geração de elementos de desgastes. Recomendamos a
verificação dos filtros e respiros do sistema.
O teor de contaminantes não condena a carga de óleo, mas pode acelerar a
degradação de suas propriedades e favorecer o desgaste do equipamento. Após
alguma ação, recomendamos o envio de uma nova amostra de acordo com o plano
atual de monitoramento.

Tabela 14: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobilgear 600 XP 150


RESULTADO FÍSICO- QUÍMICOS
Data Coleta Método 06/nov/18 24/jun/21
Reg. Amostra 432.397 618.952
Viscosidade 40ºC (cSt) ASTM D445-21 144,6 139,4
Oxidação (A/cm) POP 13 VER .05 0,9 0,0
ASTM D6304 - 16
Água-K. Fischer (%m)
PROCEDIMENTO C
Água-Chapa Quente NBR 16358 - 03/2015 AUSENTE AUSENTE
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 10: Resultados Físico-Químicos do óleo Mobilgear 600 XP 150

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).


A análise também contempla os elementos de desgaste do óleo Mobilgear 600
XP 150, conforme tabela 15 e gráfico 11.

Tabela 15: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobilgear 600 XP 150.


ELEMENTOS DE DESGASTE
Data Coleta Método 06/nov/18 24/jun/21
Reg. Amostra 432.397 618.952
Fe (Ferro) (ppm) ASTM D5185 - 18 32 10
Cu (Cobre) (ppm) ASTM D5185 - 18 79 31
Al (Alumínio) (ppm) ASTM D5185 - 18 2,4 0,40
Cr (Cromo) (ppm) ASTM D5185 - 18 0,52 0,0
Pb (Chumbo) (ppm) ASTM D5185 - 18 7,0 1,3
Sn (Estanho) (ppm) ASTM D5185 - 18 1,2 0,0
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 11: Resultados Elementos de desgaste do óleo Mobilgear 600 XP

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

O item que demanda mais atenção da análise são os dados de elementos


contaminantes de acordo com a tabela 16 e gráfico 12. E dita qual será a ação que
deverá ser tomada pela equipe de manutenção.
Tabela 16: Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobilgear 600 XP

ELEMENTOS CONTAMINANTES
Data Coleta Método 06/nov/18 24/jun/21
Reg. Amostra 432.397 618.952
Si (Silício) (ppm) ASTM D5185 - 18 67 34
Na (Sódio) (ppm) ASTM D5185 - 18 2,2 1,9
K (Potássio) (ppm) ASTM D5185 - 18 1,3 0,0
Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Gráfico 12 - Resultados Elementos Contaminantes do óleo Mobilgear 600 XP

Fonte: Exxon Mobil Corporation (2013).

Com base nos laudos de análise apresentados acima, observa-se que os óleos
lubrificantes: HYP GL-4 10 W-30 Mobilfluid 424 e HLP 68 – Mobil hidráulico AW 68
DTE 26 ainda estavam em condições ideais de trabalho no equipamento, conforme
manual do fabricante.
O fluido HLP 68 – Mobil hidráulico AW 68 DTE 26 apresentava um alerta de atenção,
que demandava intervenções em locais específicos e pré-determinados.
Já o fluido GLP 150 – Mobilgear 600 XP 150 apresentou uma observação de
“Alerta” que demanda intervenções mais drásticas ao equipamento em questão.
A imagem a seguir demonstra o filtro de sucção na parte interna do reservatório,
contaminado por sílica da poeira, elemento normalmente abrasivo. Validando a
precisão do laudo fornecido pele empresa.
Figura 5: Limalhas no filtro de sucção do reservatório

Fonte: Autor (2021)

4.3 Discussão
Interpretando a fundo o laudo de análise recebido da empresa: COSAN –
Laboratório de Análises de Lubrificantes e Combustíveis. Mais especificamente os
fluidos: HYP GL-4 10 W-30 Mobilfluid 424 e HLP 68 – Mobil hidráulico AW 68 DTE 26,
apresentaram que a carga dos lubrificantes está em condições ideais de trabalho, não
apresentando nenhuma contaminação que posso interferir em suas propriedades.
Com isso, não foi necessária nenhuma intervenção no equipamento de forma
imediata. Contudo o acompanhamento e monitoramento são imprescindíveis,
seguindo sempre as recomendações do plano de manutenção (preventiva) conforme
manual do fabricante.
Já o Fluído HLP 46 – Mobil DTE 25, apresentou um alerta de atenção,
demandando uma imediação mais minuciosa da equipe de manutenção. Foi
constatado presença de teor de ferro no fluido, em quantidade moderadamente
elevada comparado com seu estado inicial. Porém esse percentual elevado não
prejudica as condições de trabalho do maquinário. Não sendo necessário a
substituição da carga do lubrificante. Seguido é realizado o monitoramento e análise
de vibrações nas partes moveis do elemento de transmissão, sendo elas:
Engrenagens, virabrequim, bombas, rolamentos entre outros. A fim de encontrar
alguns desgastes prematuros e intervir de maneira imediata (preditiva) impedindo a
parada inesperada do equipamento.
E por último o fluido GLP 150 – Mobilgear 600 XP 150, apresentou uma
notificação de “ALERTA”. Descrevendo que o fluido está contaminado. O elemento
contaminante encontrado foi o silício, que, como comentado anteriormente, é
normalmente atribuída à contaminação externa na forma de sílica da poeira, podendo
assim ser abrasivo. O silício pode também ser originário das pastas de selagens,
nesse caso não tendo poder abrasivo. A abrasão tem como consequência o aumento
da geração de elementos de desgastes nos elementos. Foi tomada uma ação física
de imediato, realizado a verificação dos filtros e respiros do sistema onde pode estar
havendo o depósito de sílica que acarretou a contaminação do fluido. Foi constatado
a necessidade de substituição e em seguida foi realizada a troca desses elementos
por parte da equipe de manutenção.
Todos os fluidos listados anteriormente demandam o envio de uma nova
amostra para a COSAN (Laboratório de Análises de Lubrificantes e Combustíveis)
empresa credenciada responsável pelo laudo de análise dos lubrificantes, que será
fornecido para a equipe de controle de manutenção de acordo com o plano de
monitoramento, geralmente sendo a cada seis meses.

Conclusão
O desenvolvimento deste trabalho permitiu desenvolver a análise de óleo onde
é possível melhorar o monitoramento da preservação de equipamentos. Apenas a cor
do óleo lubrificante não indica contaminação, o que torna a análise do óleo essencial
para investigar o real estado do óleo lubrificante. Além disso, permite o estudo dos
principais contaminantes dos óleos lubrificantes. Em termos de máquinas, é
importante monitorar a manutenção e o estado real do equipamento.
Dentro de um plano de manutenção a análise do óleo mostra-se sua
importância, com base na preditiva, geralmente não realizada pela empresa,
colocando em risco a eficiência dos fluidos e o desempenho da máquina, o que pode
gerar perdas financeiras e de produção. Caso a análise de lubrificante continue
elevando os índices de contaminantes, interferindo em suas propriedades, o mesmo
deverá ser substituído. Sendo necessário analisar as partes móveis, verificando se
possuem algum tipo de desgaste que prejudiquem o seu funcionamento, o que faz
com que a vida útil do lubrificante permaneça inalterado até que seja substituído.
O desenvolvimento desse trabalho foi te extrema importância, com a
apresentação da ferramenta de manutenção e exemplificando a vasta área de atuação
da engenharia mecânica. Foi demonstrando suas diversas ferramentas com o intuito
de tornar cada vez mais previsível alguma falha que possa ocorrer no equipamento,
tornado possível a elaboração de um plano de ação incisivo.
Por meio da análise de lubrificantes é possível ter um resultado extraído da
análise dos instrumentos de prova oferecidos, com a demonstração de uma verdade
daquele fato, contrariando o manual do fabricante que pré-determinava sua vida útil,
reduzindo custos e aumentando a eficiência do equipamento.
O trabalho mostrou-se essencial a partir do estudo de comportamento dos
componentes de um equipamento em predizer o real estado por meio de gráficos e
análise de tendencia mostrando informações técnicas e especificas para tomar
possíveis decisões, e trouxe garantia e segurança e confiança dentro de um parque
industrial.
A partir desse trabalho é possível desenvolver pesquisas buscando o
aprimoramento das propriedades dos lubrificantes com o propósito de prever de
maneira mais clara e objetiva as intervenções que sejam necessárias para manter o
bom funcionamento do equipamento. Outro fator que demanda atenção é a análise de
vibrações sendo que, em conjunto com a análise de lubrificante aumentará a precisão
de diagnóstico de causa de desgaste.

Referências Bibliográficas
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