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Lubrificação industrial
Mecânica
TÉCNICAS DE LUBRIFICAÇÃO
Técnicas de lubrificação
Técnicas de lubrificação
Equipe responsável
Sumário
Lubrificação industrial 04
Características dos Óleos Lubrificantes 19
Aditivos para Lubrificantes 28
Graxas 32
Classificação dos Lubrificantes 40
Métodos de Aplicação dos Lubrificantes 46
Armazenagem e Manuseio de Lubrificantes 70
Organização e controle da lubrificação 75
Bibliografia 98
Lubrificação industrial
1.1 Introdução
- Sólidos
- Líquidos
1.3 Petróleo
O petróleo é um líquido extraído da terra, de cor que varia entre o verde escuro, o
marrom e o preto. Sua fluidez também é muito variável.
O petróleo é formado basicamente por hidrocarbonetos , isto é, a combinação do
carbono com o hidrogênio. Sua composição química é:
- Carbono de 81 a 88%
- Hidrogênio de 10 a 14%
- Oxigênio de 0,01 a 1,2%
- Nitrogênio de 0,002 a 1,7%
- Enxofre de 0,01 a 5%
Origem
Refinação
Após passar pelos tratamentos citados, o óleo é chamado de mineral puro, e já pode
ser usado como base para os lubrificantes.
Em função da origem do petróleo cru, dividem-se os óleos minerais puros em três
categorias:
- Nafitênicos
- Parafínicos
- Mistos (aromáticos)
Nafitênicos - É obtido do petróleo rico em asfalto e praticamente não tem parafina.
Parafínicos - É obtido do petróleo rico em resíduo ceroso ( parafinas) e não contém
asfalto.
Misto (aromáticos) - É obtido do petróleo com resíduo asfálticos e parafínicos e não é
adequado à lubrificação.
Óleos graxos - Possuem como vantagem ter uma boa aderência às superfícies
metálicas, porém são caros, e não resistem a oxidação, tornam-se ácidos e
corrosivos com o uso. Podemos citar como exemplo de óleos graxos: óleos vegetais e
óleos animais.
Óleos vegetais - São óleos como de oliva, mamona, soja, girassol, milho,
algodão e babaçú.
Óleos compostos - São misturas de óleos minerais com óleos graxos. A proporção
de óleos graxos na mistura varia entre 1 a 25%. A finalidade da mistura é conferir ao
lubrificante maior oleosidade e mais facilidade para se emulsificar.
Aplicação: os óleos sintéticos são de aplicação muito rara, em razão de seu elevado
custo, e são utilizados nos casos em que outros tipos de substâncias não tem
atuação eficiente.
1.5 Atrito
Toda superfície, por mais polidas que seja, jamais fica perfeitamente lisa,
apresentando minúsculas reentrâncias. Por isso sempre que uma superfície se mover
em relação a outra superfície sólida, haverá uma força contrária a esse movimento.
Esta força chama-se atrito, ou resistência ao movimento.
Tipos de atrito
Atrito Sólido - Quando há contato de duas superfícies sólidas entre si. Pode ser
Atrito de Deslizamento, quando uma superfície se desloca diretamente em contato
com a outra; ou Atrito de Rolamento, quando o deslocamento se efetua através de
rotação de corpos cilíndricos ou esféricos, colocados entre as superfícies em
movimento. Como a área de contato é menor, o atrito é também bem menor.
Causas do atrito
Cisalhamento
Ocorre quando dois picos de duas superfície entram em contato entre si. O atrito é
provocado pela resistência à ruptura que possuem os picos.
Existem casos onde a dureza das duas superfícies é a mesma, então ocorre o
cisalhamento em ambas as partes.
Mas, quando as dureza das superfície são diferentes, ocorre o cisalhamento
predominante na superfície menos dura.
Cisalhamento
Adesão
Quando as superfície em contato apresentam microáreas, provocando o atrito. A
adesão é também chamada solda a frio e é a maior responsável pela resistência ao
movimento.
1.6 Tribologia
1.7 Desgaste
Tipos de desgastes:
1.8 Lubrificação
A lubrificação pode ser definida como o fenômeno da redução de atrito entre duas
superfícies em movimento relativo, por meio da introdução de uma substância entre
as mesmas. A principal função da lubrificação é possibilitar que o movimento se faça
com um mínimo de aquecimento, ruído e desgaste.
Tipos de lubrificação
Normalmente, com este tipo de lubrificação não se pode evitar um certo contato
metálico, e portanto desgaste, embora o seu uso seja corrente e prático por motivos
do projeto de máquina, carga, velocidade, etc. É de baixo custo operacional e de
instalação. É também conhecido pelo nome de lubrificação por perda total, pois o
lubrificante utilizado não é recuperado.
Lubrificação Fluída
Existem casos em que o movimento entre as superfícies é tão lento que não é
possível manter uma película entre o eixo e o casquilho, sendo então necessário
injetar lubrificante para manter uma película fluida e evitar o contato metálico entre as
superfícies. Esta condição se obtém nas superfícies em contato fortemente
pressionadas (elásticas), isto é, superfícies que trocam sua forma sob uma tensão
forte e voltam a sua forma original quando é cessada a tensão. Os rolamentos de
esfera são bons exemplos.
Exercícios
Responda:
1- Quais as teorias que procuram explicar a formação do petróleo?
R- A dos vegetais e dos animais.
Características dos
óleos lubrificantes
2.1 Introdução
2.2 Viscosidade
Escalas de viscosidades
Existem escalas físicas e escalas empíricas ou convencionais para medir a
viscosidade; as escalas convencionais recebem os nomes de seus autores: Saybolt,
Redwood e Engler.
Viscosidade cinemática
É definida como a razão entre a viscosidade absoluta (VA) e a densidade, ambas à
mesma temperatura. Na prática, a viscosidade é medida com o viscosímetro de
Ostwald.
A unidade usada stoke (cm2/s). Como um stoke é muito grande para o uso
convencional, usa-se o centistoke que é a centésima parte do stoke.
Viscosidade absoluta
É definida como a força (em dina) necessária para fazer deslocar uma superfície
plana de 1cm2 sobre outra, do mesmo tamanho, com velocidade de 1cm/s. Estando
as duas superfícies separadas por uma camada de fluido com 1cm de espessura.
A unidade usada poise (g/cm*s). Também nesse caso emprega-se a centésima parte
do poise (o centopoise).
Viscosidade convencional
A viscosidade convencional ou empírica é medida por meio dos seguintes
viscosímetros:
- Saybolt (usado na América do Norte)
Índice de viscosidade
O mais sensível recebeu o índice O (IV = 0); o menos sensível recebeu índice 100
(IV = 1 00). Foram tomadas por padrões as viscosidades medidas às temperaturas de
100 e 210ºF (37,8 e 99ºC) e mais recentemente a 40 e 100ºC.
Atualmente, é possível produzir óleos mais sensíveis à temperatura do que os
abrangidos pela referência IV = 0, e outros menos sensíveis do que os que figuram
com a referência IV = 1 00.
Portanto, encontramos no mercado óleos com IV abaixo de zero e outros com IV
acima de 100. Em resumo, a viscosidade de todos os óleos diminui com o aumento
da temperatura, mas a dos óleos com alto IV não varia tanto como a dos óleos que
têm baixo IV.
Interpretado do IV
Pelo fato de as temperaturas de serviço às quais os óleos estão sujeitos serei muito
variáveis, torna-se importante conhecer o IV. Esse valor é obtido por meio do catálogo
do fornecedor.
A altas temperaturas, a viscosidade de um óleo pode cair tanto que a película
lubrificante pode se romper, provocando um sério desgaste das peças pelo contato
de metal com metal. No caso oposto, a baixas temperaturas, o óleo pode tornar-se
tão viscoso que não consiga circular; ou, ainda, pode gerar forças que dificultem a
operação da máquina.
Portanto, óleos sujeitos a considerável variação de temperaturas devem ter alto IV. É
o caso dos automóveis, das máquinas-ferramentas e dos aviões.
2.3 Densidade
O ponto de névoa é importante somente nos casos onde a capilaridade é usada para
conduzir o lubrificantes às partes móveis.
número de neutralização.
Índice de Acidez Total (TAN) é a quantidade de base, expressa em miligramas de
hidróxido de potássio, necessária para neutralizar todos os componentes ácidos
presentes em uma grama da amostra.
2.9 Oxidação
Aditivos para
lubrificantes
3.1 Anti-oxidantes
3.5 Anti-espumantes
3.8 Anti-corrosivos
Graxas
4.1 Introdução
As graxas são compostos lubrificantes semi-sólidos constituídos por uma mistura de óleo,
aditivos e agentes engrossadores chamados sabões metálicos, à base de alumínio,
cálcio, sódio, lítio e bário. Elas são utilizadas onde o uso de óleos não é recomendado.
Agente espessante:
Lubrificante líquido:
O lubrificante líquido que compõem a graxa pode ser um óleo mineral ou um óleo
sintético. Tanto um como outro são empregados pelo fabricante tendo em vista o
desempenho esperado da graxa. Dessa forma ao usuário basta tomar os cuidados
com as especificações da graxa sem se preocupar com o óleo que a compõem.
Aditivos da graxa:
Como é difícil obter uma graxa com toda as qualidades desejadas pela simples
seleção do espessante e do óleo, incluem-se os aditivos.
Os mais importantes tipos de aditivos são:
- lnibidor de oxidação
- lnibidor de corrosão
- Agente de untuosidade
- Agente de adesividade
- Corante e odorífero
- Agente de extrema pressão
- lnibidor de oxidação:
É um produto químico da classe das aminas e dos fenóis. Sua presença é
indispensável em graxas para rolamentos e em outras graxas onde o período de
serviço é longo.
- Inibidor de corrosão:
São compostos químicos denominados cromato, dicromato, sulfonato orgânicos ou
sabão de chumbo.
A água praticamente não consegue remover esses compostos das superfícies
metálicas.
- Agente de untuosidade:
São gorduras e óleos vegetais com a função de melhorar o poder lubrificante das
graxas.
O agente de untuosidade é necessário em um pequeno número de graxas, visto que
a mistura óleo mineral e sabão, em geral já proporciona um alto poder lubrificante as
graxas.
- Agente adesividade:
Quando a necessidade requer uma graxa mais pegajosa são adicionados polímeros
orgânicos viscosos ou látex em solução aquosa.
- Corantes e odoríferos:
São produtos usados em geral com finalidades comerciais. Eles melhoram o aspecto
da graxa e permitem sua identificação pela cor ou cheiro.
As características mais importantes das graxas para uso industrial são determinadas
por ensaios. Esses ensaios são empíricos e definem os padrões de uso e
comercialização.
- consistência
- ponto de gota
- teor de óleo mineral
- teor de sabão
- teor de água
- Consistência
Consistência é a propriedade dos materiais pastosos e sólidos a fluir quando
submetidos a pressão. A consistência da graxa é determinada pelo ensaio segundo a
norma ASTM D217.
O ensaio consiste em fazer penetrar um cone padrão, durante cinco segundos, à
temperatura de 25º C, em uma amostra de graxa. A penetração é medida em
décimos de milímetros e o aparelho chama-se penetrômetro.
A seguir é apresentado o aparelho penetrômetro.
Classificação da consistência
Esta classificação foi estabelecida pela NLGI (National Lubrificating Grease Institute)
e não leva em conta a composição nem as propriedades das graxas, isto é, considera
apenas a consistência.
A tabela a seguir mostra os graus NLGI em função da penetração.
00 400 a 430
0 355 a 385
1 310 a 340
2 265 a 295
3 220 a 250
4 175 a 205
5 130 a 160
6 85 a 115
- Ponto de gota
É a temperatura na qual uma graxa torna-se suficientemente fluida para gotejar. Essa
temperatura é determinada por meio de um dispositivo especial segundo a norma
ASTM D566.
A seguir é apresentado o dispositivo para medir o ponto de gota.
As graxas apresentam ponto de gota variável em função dos seus componentes. Mas
de modo geral, elas podem ser classificadas conforme a tabela seguinte.
- Teor de sabão
De modo análogo ao teor de óleo mineral, a porcentagem de sabão é um dado de
muita importância para a produção da graxa.
Para o uso das graxas é muito mais significativo conhecer o metal que foi feito o
sabão, pois esta informação indica as propriedades gerais da graxa.
- Teor de água
É o percentual de água presente na graxa e auxilia na seleção do produto. A graxa de
cálcio costumam ter de 1 a 3% de água. Essa água age como estabilizante, isto é,
permite que o sabão e o óleo fiquem juntos.
Graxa à base de alumínio: macia; quase sempre filamentosa; resistente à água; boa
estabilidade estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperaturas de até 71°C.
É utilizada em mancais de rolamento de baixa velocidade e em chassis.
Graxa à base de cálcio: vaselinada; resistente à água; boa estabilidade estrutural
quando em uso; deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode trabalhar em
temperaturas de até 77°C. É aplicada em chassis e em bombas d’água.
Graxa à base de sódio: geralmente fibrosa; em geral não resiste à água; boa
estabilidade estrutural quando em uso. Pode trabalhar em ambientes com
Vantagens:
- Devido a sua consistência, a graxa forma uma camada protetora na peça lubrificada,
isolando-a de corpos estranhos.
- Alto índice de adesividade.
- Viabiliza o uso de mancais selados.
Desvantagens:
- Menor dissipação de calor.
- Menor resistência a oxidação.
- Maior atrito.
Classificação dos
Lubrificantes
5.1 Introdução
Os lubrificantes são classificados de acordo com o tipo de utilização a que se
destinam, bem como pela sua viscosidade.
Deve-se ficar atento quanto as seguintes classificações:
Os números que indicam cada grau ISO representam o ponto médio de uma faixa de
viscosidade compreendida entre 10% abaixo e 10% acima desses valores. Por
exemplo, um lubrificante designado pelo grau ISO 100 tem uma viscosidade
cinemática a 40ºC na faixa de 90 cSt a 110 cSt.
• para óleos de motor – SAE – OW, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W, 20, 30, 40, 50 e 60.
• para óleos de transmissão – SAE – 70W, 75W, 80W, 85W, 90,140 e 250.
Exercícios
Responda.
1 - O que é viscosidade?
R- E a resistência de um fluido ao escoamento, isto quer dizer
que quanto mais espesso é o fluido maior é a sua viscosidade.
2 - Explique o que índice de viscosidade:
R- é um valor empírico que estabelece uma relação entre a variação que sua viscosidade sofre com a
alteração da temperatura, e as variações idênticas de dois óleos padrões.
Métodos de aplicação
dos lubrificantes
6.1 Introdução
Nesse sistema, o lubrificante não pode ser utilizado novamente. Por isso, usa-se a
expressão perda total, ao contrário do que ocorre no sistema selado, em que o
lubrificante pode ser reaproveitado várias vezes.
No sistema de perda total são empregados os seguintes dispositivos: almotolia, copo
graxeiro, pistola graxeira, pistola de óleo, pincel, espátula, copo conta-gotas, copo
com vareta, copo com mecha (tipo sifão), copo com mecha (tipo tampão), lubrificador
mecânico.
Almotolia:
Pode ser do tipo comum ou do tipo bomba. Ambas devem ser mantidas limpas e com
os bicos desobstruídos.
Na lubrificação por almotolia, é importante que os pontos de lubrificação sejam
mantidos limpos e protegidos sempre que possível.
Copo graxeiro:
O copo graxeiro pode ser manual ou automático. O copo manual faz a graxa chegar
ao ponto de aplicação por meio do rosqueamento da tampa ou do êmbolo. O copo
automático usa a pressão de uma mola para a aplicação, evitando a atenção
freqüente do operador.
Além do reenchimento e da limpeza, pouca atenção é requerida por esses copos.
Porém, podem ocorrer problemas por falta de lubrificação, se o mancal aquecer a
ponto de provocar o escorrimento livre da graxa.
Dessa maneira, ela vaza pelas extremidades do mancal e o copo se esvazia
rapidamente.
Pistola graxeira:
A aplicação de graxa com pistola graxeira é simples quando se usam pistolas com
acionamento manual. Entretanto, a aplicação torna-se complexa quando se usa ar
comprimido ou bombas elétricas para forçar a entrada de graxa nos mancais.
As engraxadeiras possuem uma mola que atua numa esfera. Dessa forma, fica
vedado o escape de graxa e a entrada de sujeiras. A graxa entra sob pressão e força
a esfera para trás. Assim, vence a força da mola. Ao cessar a entrada de graxa, a
vedação é restabelecida.
Pistola de óleo:
Pincel:
Espátula:
Destina-se à aplicação de graxa, composições betuminosas, composições para
estampagem e outros produtos muito viscosos.
Copo conta-gotas:
É um dispositivo que permite aplicar lubrificante na quantidade e em períodos
desejados.
Exige atenção constante na verificação do nível de óleo, do reenchimento e
regulagem do número de gotas por minuto.
Nesse dispositivo, a mecha é feita com fios de lã ou arame fino, e se ajusta no tubo
de descarga.
O tubo e a mecha não estão ligados ao reservatório de óleo. Em serviço, devido aos
movimentos bruscos do mancal, o óleo é arremessado para cima e alimenta o tubo.
Esse dispositivo é usado em partes de máquinas com movimentos bruscos, como
bielas de grandes bombas e de prensas.
Lubrificador mecânico
Existem lubrificadores mecânicos que dispensam água e arame no visor. Nesse caso,
a partir do visor, o óleo é distribuído por gravidade.
Os lubrificantes mecânicos têm largo emprego em compressores alternativos,
motores de combustão interna, cilindros de máquinas a vapor e mancais em geral.
Exercícios
O nível de óleo no cárter não deve ser muito baixo, caso contrário ele não atinge o nível
das partes a serem lubrificadas. Se isso acontecer, as partes não se resfriam e ocorre
aquecimento excessivo do óleo, além de desgaste e ruídos. Por outro lado, se o nível
do óleo for muito elevado, haverá aumento inútil de resistência ao movimento. A
turbulência excessiva provocará aumento de temperatura e maior possibilidade de
perda de lubrificante nos mancais.
Por não haver perdas, após certo tempo é necessário trocar o óleo, uma vez que os
aditivos perdem sua eficiência.
Vamos ver, a seguir, os principais sistemas de aplicação com reaproveitamento do
lubrificante.
Nesse sistema, o lubrificante fica num recipiente que, em geral, é a própria carcaça
da máquina. As partes a serem lubrificadas mergulham total ou parcialmente no óleo.
A seguir, o excesso de óleo colhido no banho é distribuído para outras partes. Para
isso, existem ranhuras e coletores que formam uma rede de distribuição.
A lubrificação por banho é muito usada em caixas de engrenagens.
Nesse sistema, o óleo fica num reservatório, abaixo do mancal. Ao redor do eixo do
mancal repousa um anel com diâmetro maior que o do eixo e com a parte inferior
mergulhada no óleo.
Devido ao movimento do eixo, o anel também gira e transporta o óleo até um canal de
distribuição. Pode-se usar uma corrente no lugar do anel. O banho com anel é muito
usado em motores elétricos, bombas e compressores.
Óleos muito viscosos são inadequados a esse sistema porque prendem o anel.
É um sistema que substitui o anel do sistema anterior por um colar fixo ao eixo do
mancal. É adequado a lubrificantes viscosos e em serviços com alta velocidade
O banho com almofada é um sistema que está caindo em desuso. Em seu lugar estão
sendo colocados mancais de rolamento.
Esse lubrificador pulveriza o óleo em uma fina camada, distribuída através de uma
tubulação. Quando a névoa chega ao ponto de aplicação, com o auxílio de conexões
adequadas, o lubrificante pode ser expelido nas seguintes formas:
Esse lubrificador pode ser ligado a linhas de ar comprimido. Seu consumo é de 300 a
600 litros de ar por hora e de 0,25 a 1cm3 de óleo por hora.
Lubrificador hidrostático:
Sistema centralizado:
Exercícios
Armazenagem e
manuseio de lubrificantes
Talha: serve para mover os Empilhadeira: é utilizada na Tanque: é utilizado para a limpeza
tambores de lubrificantes e estocagem dos tambores. do equipamento de lubrificação.
pode ser manual ou elétrica.
Equipamento para retirada de Enchedores de pistola de Pistolas portáteis para graxa: são
graxa: a graxa, devido a sua graxa: são úteis para evitar usadas para lubrificação de grupos
consistência, exige a remoção da contaminações, podendo ser de equipamentos e podem ser a ar
tampa e instalação de um manuais ou a ar comprimido. comprimido ou elétricas.
equipamento especial à base de
ar comprimido, que a mantém
comprimida contra a base do
tambor mediante uma chapa.
Organização e
controle da lubrificação
8.1 Introdução
Nessa fase executa-se uma espécie de inventário dos equipamentos de cada setor
da empresa. Isso é feito elaborando-se fichas individuais para cada equipamento.
Nessas fichas devem constar:
- nome do equipamento
- número de identificação
- localização
- partes a lubrificar
- capacidade dos depósitos
- métodos de aplicação
- freqüência de aplicação
- serviços (limpeza, troca de filtros, etc.)
- lubrificantes recomendados e seus códigos
No verso dessas fichas, deve ser colocado um esquema do equipamento com a
indicação dos pontos a lubrificar. Esse esquema serve para tirar dúvidas do
lubrificador e auxiliar a programação. As fichas devem ser feitas em duplicata, ficando
uma no setor de lubrificação e outra, protegida por envelope plástico, fixada à
máquina.
A ficha fixada à máquina serve de orientação ao lubrificador.
As figuras 8.1 e 8.2 a seguir mostram um exemplo preenchido da ficha de
lubrificação.
8.4 Programação
Roteiro de lubrificação
Calendário de serviços
Codificação DIN
A norma DIN 51502 estabelece os códigos quanto ao lubrificante deixando à livre
escolha o código para a ocasião de aplicar (freqüência).
A tabela 8.1 mostra os lubrificantes industriais mais comuns e sua codificação DIN.
Codificação convencional
É uma codificarão com boa aceitação entre as empresas. Consiste no uso de figuras
geométricas para indicar a freqüência de aplicação do lubrificante, e no uso de cores
para indicar a finalidade ou o tipo de lubrificante (Quadro 8.1).
A codificação convencional pode ser melhorada com a inclusão de símbolos
numéricos para indicar o produto a ser usado.
Os números podem ser usados também para indicar freqüências que não constam
entre as figuras.
Controle
- serviços
- consumo
- estoque
A figura 8.9 apresenta uma ficha para controlar estoques contendo os itens mínimos.
As informações sobre o ressuprimento servem para que o próprio almoxarife inicie o
processamento de novos pedidos. Além disso, elas indicam se as chegadas estão
ocorrendo na hora certa.
Recomendações
Precauções
Caso haja contato com os olhos, estes devem ser lavados com um jato abundante de
água, até a remoção total do produto.
A fim de evitar ingestão, devem-se manter os alimentos afastados dos produtos de
petróleo e lavar as mãos antes das refeições.
Esse procedimento é para evitar a falsa amostragem. Essa ocorre quando o óleo
está em repouso e alguns contaminantes se concentram no fundo ou na superfície
do depósito.
As amostras de graxa devem ser retiradas com espátulas de metal ou plástico.
Quando da retirada de graxa, deve-se tomar cuidado para que sua estrutura não
sofra alteração.
Os frascos devem ser lavados com solvente de petróleo, secos e em seguida lavados
com o produto a ser amestrado.
Note-se que a gasolina não deve ser usada para a lavagem, pois pode deixar
resíduos de chumbo.
Quantidade de amostras
A quantidade das amostras deve ser conseguida junto ao laboratório por(-m, como
regra geral, temos:
- um litro, para amostras de óleo;
- 1/2 quilo, para amostras de graxas.
Exercícios
10. Quais são os cuidados que devem ser tomados quando for necessário retirar uma
amostra de lubrificante
As amostras devem ser retiradas com instrumentos muito bem limpos e
acondicionadas em recipientes apropriados.
Bibliografia
Lubrificantes e lubrificação
Carlos R. S. Moura e Ronald P. Carreteiro
Editora – MAKRON Books
Fundamentos da lubrificação
Mobil Oil do Brasil