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Prática de Química
LABORATÓRIO QUÍMICO
Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser uma ciência
eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de Química. A experiência treina o
aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos de laboratório e permite a aplicação dos conceitos
teóricos aprendidos.
Não se entra num laboratório sem um objetivo específico, portanto é necessária uma
preparação prévia ao laboratório: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os princípios químicos
envolvidos nesta atividade?
Durante a realização dos experimentos é necessária anotações dos fenômenos observados,
das massas e volumes utilizados, tempo decorridos, condições iniciais e finais do sistema, portanto
um caderno deve ser usado especialmente para o laboratório. Este caderno de laboratório
possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório. Não confie em sua memória, tudo
deve ser anotado.
Após o experimento vem o trabalho de compilação das etapas anteriores através de um
relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita de cunho científico sobre o trabalho
laboratorial realizado.
Pré-laboratório
1. Estude os conceitos teóricos envolvidos, leia com atenção o roteiro da prática e tire todas as
dúvidas.
2. Obtenha as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes a serem utilizados.
Essas instruções são encontradas no rótulo do reagente.
AULA PRÁTICA
1. O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua
atenção e de seus colegas.
2. O cuidado e aplicação de medidas de segurança é responsabilidade de cada indivíduo; cada
um deve precaver-se contra perigos devido a seu próprio trabalho e ao dos outros. Consulte o
professor sempre que tiver dúvidas ou ocorrer algo inesperado ou anormal.
3. Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada sem a
prévia consulta ao professor.
4. Não cheire, toque ou prove qualquer reagente. Lembre-se que a contaminação ocorre por
inalação e/ou ingestão e/ou absorção pela pele. Não fume, coma ou beba no laboratório.
5. Nunca deixe o bico de Bunsen aceso quando não estiver usando. Não use substâncias
inflamáveis próximos a chama.
6. Trabalhe com cuidado com substâncias tóxicas e corrosivas, como ácidos, álcalis e solventes.
Todo material tóxico e/ou que exale vapor deve ser usado na capela.
7. Leia com atenção o rótulo do frasco de reagente antes de usá-lo para certificar-se que é o
frasco certo. Todo frasco contendo reagentes, amostras e soluções devem ser devidamente
etiquetados (identificação do material e do responsável e data).
8. Não contamine os reagentes, voltando o reagente não utilizado ao frasco original ou usando
espátulas e pipetas sujas ou molhadas.
9. Experimentos em andamento devem apresentar anotações indicando o procedimento em
caso de acidente. Não utilize material de vidro quebrado, rachado ou com defeito,
principalmente para aquecimento ou em sistemas com vácuo.
10. Enxugue e lave qualquer local onde cair reagente. Nunca jogue papéis, fósforo ou qualquer
sólido na pia.
Pós-laboratório
1. Lave todo o material logo após o término da experiência, pois conhecendo a natureza do resíduo
pode-se usar o processo adequado de limpeza.
2. Guarde todo o equipamento e vidraria. Guarde todos os frascos de reagentes, não os deixe nas
bancadas ou capelas. Desligue todos os aparelhos e lâmpadas e feche as torneiras de gás.
Técnicas de Volumetria
É necessário que qualquer pessoa que trabalhe em laboratórios de química analítica saiba
distinguir e usar convenientemente cada equipamento volumétrico, de modo a reduzir ao mínimo o
erro nas análises.
Em um laboratório são basicamente dois os tipos de frascos volumétricos disponíveis, a saber:
aqueles calibrados para conter um certo volume, o qual se transferido não o será totalmente (exibem a
sigla TC, to contain, gravada no vidro) e aqueles calibrados para transferir um determinado volume
(exibem a sigla TD, to deliver, gravada no vidro, dentro de certos limites de precisão.
Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas, na quase
totalidade dos casos, com provetas graduadas; as de modo muito grosseiro, com béqueres com
escala e as medidas volumétricas, chamadas precisas, com aparelhos volumétricos (Figuras 4a e 4b).
Aparelhos volumétricos: A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com
elevada precisão. Para efetuar tais medidas são empregados vários tipos de aparelhos, que podem
ser classificados em duas categorias:
A leitura de volume de líquidos claros deve ser feita pela parte inferior do menisco e a de líquidos
escuros pela parte superior, como mostra a Figura 4c, para que sejam evitados os erros de paralaxe.
Aparelhos Volumétricos
1. Balões volumétricos: Os balões volumétricos são balões de fundo chato e gargalo comprido,
calibrados para conter determinados volumes líquidos (Figura 4d).
Os balões volumétricos são providos de rolhas esmerilhadas de
vidro ou de polietileno. O traço de referência marcando o volume pelo
qual o balão volumétrico foi calibrado é gravado sobre a meia-altura do
gargalo (bulbo). A distância entre o traço de referência e a boca do
gargalo deve ser relativamente grande para permitir a fácil agitação do
líquido (a solução deve ser bem homogeneizada), depois de ser
completado o volume até a marca. O traço de referência é gravado sob
a forma de uma linha circular, tal que, por ocasião da observação, o
plano tangente à superfície inferior do menisco tem que coincidir com o
plano do círculo de referência. Os balões volumétricos são construídos
para conter volumes diversos; os mais usados são os de 50, 100, 200,
500, 1000, 2000 mL.
Os balões volumétricos são especialmente usados na preparação de soluções de concentração
conhecida.
Para se preparar uma solução em um balão volumétrico, transfere-se* ao mesmo, o soluto ou a
solução a ser diluída. Adiciona-se, a seguir, solvente até cerca de 3/4 da capacidade total do balão.
Misturam-se os componentes e deixa-se em repouso até atingir a temperatura ambiente, tendo-se o
cuidado de não segurar o balão pelo bulbo. Adiciona-se solvente até “acertar o menisco”, isto é, até o
nível do líquido coincidir com a marca no gargalo. As últimas porções do solvente devem ser
adicionadas com um conta-gotas, lentamente, e não devem ficar gotas presas no gargalo. O
ajustamento do menisco ao traço de referência deverá ser feito com a maior precisão possível.
Fecha-se bem o balão e vira-se o mesmo de cabeça para baixo, várias vezes, agitando-o, para
homogeneizar o seu conteúdo. Antes de ser usado, o balão volumétrico deve ser bem lavado com
detergente e bem enxaguado. Raramente eles precisam ser secos. Se for necessária a secagem, esta
deve ser feita com o balão emborcado de cabeça para baixo. A colocação de um tubo de vidro ligado
a uma trompa de vácuo dentro do balão pode ser feita para acelerar o processo de secagem.
b) Pipetas graduadas ou cilíndricas que servem para escoar volumes variáveis de líquidos (Fig. 4e-2).
• As pipetas volumétricas são constituídas por um tubo de vidro com um bulbo na parte central.
O traço de referência é gravado na parte do tubo acima do bulbo. A extremidade inferior é
afilada e o orifício deve ser ajustado de modo que o escoamento não se processe rápido
demais, o que faria com que pequenas diferenças de tempo de escoamento ocasionassem
erros apreciáveis. As pipetas volumétricas são construídas com as capacidades de 1, 2, 5, 10,
20, 50, 100 e 200 mL, sendo de uso mais freqüente as de 10, 25 e 50 mL.
ii) Pipetas com esgotamento parcial: contêm na parte superior uma faixa estreita que as diferencia
das pipetas de escoamento total. Não precisa ser assoprada (vide figura 4f- letra d).
3-Buretas
As buretas servem para dar escoamento a volumes variáveis de líquidos. São constituídas de
tubos de vidro uniformemente calibrados, graduados em 1mL e 0,1 mL. São providas de dispositivos,
torneiras de vidro ou polietileno entre o tubo graduado e sua ponta afilada, que permitem o fácil
controle de escoamento
• As buretas podem ser dispostas em suportes universais contendo mufas (Figura 4g).
• As buretas de uso mais constantes são as de 50 mL, graduadas em décimos de mL; também
são muito usadas as de 25 mL.
• Para o uso com soluções que possam sofrer o efeito da luz, são recomendadas buretas de
vidro castanho.
• As torneiras das buretas, quando forem de vidro, devem ser levemente lubrificadas para que
possam ser manipuladas com mais facilidade. Serve para este fim uma mistura de partes
iguais de vaselina e cera de abelhas; misturas especiais são encontradas no comércio.
bureta (acerto do zero) deve-se tomar o cuidado de eliminar todas as bolhas de ar que
possam existir.
Notas:
1. Se ainda não estiver habituado com uma titulação, é aconselhável preparar uma amostra extra.
Nenhum cuidado é tomado neste caso, já que sua função é a de determinar somente o valor
aproximado do ponto final da titulação. Este procedimento de sacrificar uma amostra freqüentemente
resulta em ganho no tempo total de análise.
2. Adições menores do que uma gota podem ser feitas permitindo que um pequeno volume de
titulante forme-se na ponta da bureta (na forma de uma gota suspensa) e então encosta-se a ponta na
parede interna do erlen. Esta gota é então combinada com o resto do líquido, como descreve a nota 3.
Este procedimento é chamado de técnica da meia-gota.
3. Ao invés de ser enxaguado perto do ponto final da titulação, o erlen pode ser inclinado e rodado de
forma que o líquido capture qualquer gota que fique aderida nas paredes internas do erlen.
Introdução: o carbonato de sódio é um padrão primário muito utilizado para padronização de soluções
ácidas. O seu peso molecular é de 106g/mol. O referido carbonato para fins analíticos contém
umidade, devendo ser dessecado por meio de aquecimento com o cuidado para que não haja
rompimento de suas ligações e produção de gás carbônico:
Procedimento
Pesar, com máxima exatidão, 5,3000g de carbonato de sódio anidro PA, previamente
dessecado a 200ºC, durante 1 hora. Transferir para um béquer e dissolver bem com água deionizada
e, em seguida, transferir para um balão de 1 litro, evitando qualquer perda, com inúmeras águas de
lavagens.
**Transferência quantitativa para frasco reagente: abrimos aqui um parênteses para fornecer
algumas informações a respeito das transferências de soluções prontas para frascos reagentes, já
que iremos muitas vezes, durante este curso, realizar tal procedimento.
Os frascos utilizados para acondicionar as soluções preparadas são geralmente frascos de
vidro na cor âmbar providos ou não de “batoque” (uma proteção plástica colocada antes da tampa nos
frascos, para uma melhor vedação). O frasco deve ser previamente lavado com detergente e
enxaguado com água da torneira. Após, lava-se com pelo menos três porções de água deionizada o
interior do frasco.
- Transferindo uma solução padrão: se a solução do balão volumétrico que temos que
transferir for uma solução padrão, devemos contaminar o interior do frasco reagente com,
no mínimo, três porções da solução. Normalmente, gasta-se para tal, um volume de
solução correspondente ao que está no gargalo do balão.
- Transferindo uma solução a ser padronizada: se no balão houver uma solução que iremos
padronizar posteriormente, podemos transferir o conteúdo do balão com o frasco reagente
umidecido com água deionizada, sem que acarrete erros futuros, já que iremos padronizar
esta solução.
Ao final, devemos rotular o frasco reagente, indicando o nome da solução preparada, sua
concentração exata (solução padrão) ou aproximada (solução a ser padronizada), o nome do
preparador e a data em que foi produzida.
Padronização:
Com Pipeta volumétrica, pipetar 10mL de Na2CO3 0,05M, exatamente medidos, e transferir
para um frasco de erlenmeyer e acrescentar uma gota de alaranjado de metila. O alaranjado de metila
(conhecido também como metilorange) em meio alcalino fica com cor amarela e em meio ácido fica
com cor avermelhada. Colocar na bureta o HCl 0,1M a ser padronizado, tendo o cuidado de lavar a
bureta com porções de 5mL de HCl e não deixar bolhas de ar no bico da bureta. Gotejar o ácido no
erlenmeyer sob constante agitação. O HCl em contato com o carbonato vai nos dar a seguinte reação:
Gotejar HCl até que a coloração comece a desviar da inicial, o ponto de equivalência ainda
não foi alcançado. A presença de H2CO3 (ácido carbônico) na reação antecipa o ponto final, então
deve-se ferver a solução durante dois minutos com a finalidade de romper o ácido carbônico em H2O
e CO2.
Esfriar a solução em água corrente e continuar a titulação até que a coloração comece a
desviar para um alaranjado mais escuro. Anotar o volume de HCl gasto e repetir o procedimento por
mais duas vezes, no mínimo. Calcular a molaridade do HCl por intermédio da equação da diluição
usando a média aritmética dos valores mais próximos.
Determine a massa de NaOH necessária para preparar 250mL de solução 0,1M. Despeje o
conteúdo de NaOH pesado para um erlenmeyer contendo pequena quantidade de água deionizada e,
então, dissolva bem com o auxílio do bastão de vidro. Transferir quantitativamente a solução para
dentro de um balão de 250mL e completar à marca com água deionizada. Homogeneizar conforme
técnica descrita pelo professor. Após, transferir a solução para um frasco previamente limpo e rotular.
Padronização:
Com pipeta volumétrica, pipetar 10mL de solução padrão de HCl 0,1M preparada
anteriormente e transferir para um erlenmeyer limpo e acrescentar 3 gotas de fenolftaleína. A
fenolftaleína em meio ácido fica incolor, enquanto em meio alcalino adquire coloração rósea (solicite
explicação do professor para entender melhor). Titular o conteúdo do erlenmeyer, colocando o NaOH
na bureta. O ponto final é evidenciado pelo aparecimento de uma leve cor rósea persistente por mais
de 30 segundos. Caso seja obtida uma coloração muito forte, despreze a amostra. Anotar o volume de
NaOH gasto e calcular a molaridade da solução através da equação fundamental da análise
volumétrica (M1V1 = M2V2).
Questões
1) O que é solução padrão? Por que nem todas as soluções são padrões?
2) O que é padronização? Quando ela é necessária?
3) O que é padrão primário? Quais os requisitos para que uma substância seja um padrão primário?
Por que é preciso secá-lo antes de sua utilização?
4) Por que NaOH e HCl não são padrões primários?
5) O que é transferência quantitativa?
6) Quais dos equipamentos utilizados nestas práticas devem estar necessariamente seco: espátula,
recipiente de pesagem, balão volumétrico, bastão de vidro, funil, pipeta, erlenmeyer e bureta.
7) Quais são as fontes de erros no preparo e padronização de soluções?
Procedimento:
- Colocar com auxílio de uma pipeta volumétrica, 10 mL de vinagre em balão volumétrico de
100,0 mL e diluir até a marca com água deionizada;
- Retirar uma alíquota de 10,0 mL com uma pipeta calibrada e transferir para um
erlenmeyer de 125 mL;
- Adicionar aproximadamente 20 mL de água destilada no erlenmeyer;
- Adicionar 3 a 5 gotas do indicador fenolftaleína;
- Titular esta mistura com uma solução padrão de NaOH 0,1 mol/L contida numa bureta,
com agitação até a aparecimento de um leve róseo persistente na solução do erlenmeyer;
- Anote o volume gasto na titulação;
- Repetir o procedimento para outra alíquota de vinagre e calcular o teor médio de acido
acético no vinagre;
- Repita o mesmo procedimento para outras alíquotas de vinagre.
Questões:
Procedimento:
Transferir 25mL de um vinho branco seco para um erlenmeyer de 250mL. Adicionar 100mL de
água deionizada e 5 gotas de solução alcóolica de fenolftaleína a 1%. Titular com uma solução padrão
de NaOH 0,1M. O ponto final é indicado pela permanência de uma leve cor rósea por mais de 30
segundos.
Repetir o procedimento acima para o vinho tinto, com o cuidado de que o ponto final é
evidenciado pelo aparecimento de uma cor cinza-esverdeada.
A acidez titulável do vinho é normalmente expressa em ácido tartárico %(m/v); massa molar
do C2H4O2(COOH)2 = 150,09g/mol. Lembrar que o ácido tartárico tem dois hidrogênios tituláveis até a
viragem da fenolftaleína.
onde:
Vb é o volume, em mL, da solução de NaOH usada na titulação
CNaOH é a concentração da solução de NaOH, em mol/L.
Vam é o volume, em mL, da amostra titulada
Cálculos:
RETROTITULAÇÃO
À amostra é adicionado excesso (Va) de solução padrão de ácido (Ma), ocorrendo a seguinte
reação:
Mg(OH)2 + 2HCl → MgCl2 + 2H2O + HClexc
Procedimento:
Questões:
VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO
Para que o ponto final seja visualizado é preciso adicionar-se um excesso e titulante, tornando
necessária realização de um branco (Vb) que deve ser descontado do resultado da titulação da
amostra (Va).
A porcentagem de cloreto pode ser assim determinada:
VAg+ = Va - Vb ⇒ volume gasto na titulação do Cl-
neqCl- = neqAg+ ⇒ nCl- = nAg+
m Cl-/PM Cl- = MAg+ . V Ag+
% = (m Cl- . 100)/Vamostra
O método de Volhard é um procedimento indireto para determinação de íons que precipitam
com a prata. O excesso de prata é determinado por meio de titulação, com uma solução padrão de
tiocianato de potássio ou de amônio usando-se íons ferro(III) como indicador.
Pesar, com máxima exatidão, 2,1234g de AgNO3 P.A., previamente dessecado a 105ºC, por 1
hora, dissolver em água deionizada e avolumar em balão de 250mL. Transferir a solução para frasco
âmbar para evitar o contato com a luz (redução da prata).
Padronização:
Medir 5mL de solução padrão de cloreto de sódio 0,1000M e colocar em
erlenmeyer. Adicionar 10mL de água deionizada, 1mL de cromato de potássio 5% A solução que sobrar
como indicador e titular com a solução de nitrato de prata a ser padronizada na bureta deve ser
mediante bureta, sob constante agitação, até coloração vermelho-tijolo. A titulação acondicionada em
só deve prosseguir até este ponto, onde verificamos uma leve, mas nítida, mudança frasco para resíduos
de prata.
de coloração que deve permanecer após vigorosa agitação.
Prova em branco:
É o volume de água deionizada igual ao volume final da solução antes titulada, adicionam-se
1mL de cromato de potássio e 0,5g de carbonato de cálcio e titula-se com nitrato de prata até que a
coloração seja igual à da solução resultante da titulação com cloreto de sódio.
A correção pela prova em branco, que não será maior do que 0,03 a 0,10mL de nitrato de
prata que se subtrai do volume utilizado na titulação do cloreto de sódio. Repete-se a titulação com
outras duas porções de NaCl padrão. As titulações devem concordar em 0,1mL.
Questões:
1. Quais os requisitos para que uma reação possa ser empregada em volumetria de precipitação?
2. Escreva as reações envolvidas no procedimento para determinação de haletos que precipitam
com a prata usando o método de Mohr.
3. Por que se utiliza uma titulação em branco na titulação pelo método de Mohr?
4. Defina: precipitação, solubilidade, produto de solubilidade.
5. Uma solução contendo 0,205 g de NaCl e KCl gastou cerca de 30 mL de uma solução de AgNO3
0,10 mol/L para completa precipitação do íon cloreto. Calcule o teor de cada sal na mistura.
Cálculo:
mg/L CI- = (A-B) x M x 35453 A solução que sobrar
na bureta deve ser
10 acondicionada em O resíduo deverá ser filtrado em um funil
Onde: disponível em local indicado pelo
frasco para resíduos
professor.
A =mL gastos de Nitrato de Prata para a amostra. de prata.
B =mL gastos de Nitrato de Prata para a prova em branco.
M =Molaridade do Nitrato de Prata.
VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO:
Como o dicromato de potássio gera resíduo de alta toxidez ao meio ambiente, necessitando de
um tratamento específico, vamos realizar experimentos apenas dos dois primeiros métodos.
As aplicações do iodo como reagente redox são bastante extensas, principalmente porque:
o potencial padrão de redução do par I2/I- é intermediário, e além disso, pode agir como um agente
oxidante na forma de I2, ou como agente redutor na forma de I3-, e
(2) o E I0 / I − é praticamente independente da acidez do meio até pH<8.
2
I2 + 2é ⇔ 2I- E I0 / I − = 0,535V
2
indicando que o iodo é um oxidante moderado e o iodeto é um redutor relativamente fraco. O iodo é
quantitativamente reduzido a iodeto em meio neutro, por redutores moderadamente fortes, como
Sn(II), H2SO3, SO2, H2S e o iodeto é quantitativamente oxidado a iodo por oxidantes moderados ou
fortes, como H2O2, IO3-, IO4-, Cr2O72-, MnO4- e CIO-.
Há dois modos analíticos na aplicação na química do iodo em titulações de oxi-redução. O
primeiro envolve o uso de solução padrão de iodo diretamente como titulante em meio levemente
ácidos ou levemente básicos. Esta técnica é classificada de método iodimétrico, também denominada
iodimetria. No segundo modo, o iodeto é utilizado como redutor, e o iodo liberado na reação
associada, é titulado em meio neutro ou levemente ácido com um redutor, usualmente uma solução
padronizada de tiossulfato de sódio. Tal técnica é classificada como método iodométrico ou
denominada iodometria. Os dois grupos de métodos
estão baseados (a) no fato de que o iodo na presença de iodeto produz o íon triiodeto.
[ I 3− ]
I 2 + I − ↔ I 3− K eq = = 710
[ I 2 ]I − ]
I 3− + 2e ⇔ 3I − E Io− / I − = 0,545V
3
Pelo fato do potencial de redução ser relativamente baixo, poucas substâncias são oxidadas
pelo iodo, daí a existência de poucos métodos iodimétricos. Por outro lado, muitas espécies são
capazes de oxidar o iodeto a iodo, resultando numa ampla variedade de métodos indiretos ou
iodométricos, onde a espécie de interesse é quantitativamente reduzida em excesso de solução de
iodeto liberando o eqüivalente em iodo, e esse é dosado por titulação com uma solução padrão de um
redutor. O método iodométrico é mais vantajoso porque o iodo é gerado in situ evitando perdas por
volatilização, pois o iodo é facilmente sublimável.
O tiossulfato de sódio é o redutor mais empregado como titulante no iodo gerado nas
metodologias iodométricas. Normalmente as soluções são preparadas a partir do sal pentahidratado,
Na2S2O3.5H2O (PF = 248,18g/mol), e devem ser posteriormente padronizadas, pois este sal não se
enquadra como um padrão primário. Normalmente as soluções devem ser preparadas com água
destilada previamente fervida para eliminar o CO 2 dissolvido e também prevenir a decomposição do
tiossulfato por bactérias. É de praxe adicionar algumas gotas de clorofórmio que funciona como um
eficiente preservativo. Além disso, cerca de no máximo 0,1g/L de Na2CO3 é adicionada para garantir
uma leve alcalinidade na solução, pois íon S2O32- se decompões em meio ácido, catalisado pela ação
da luz, liberando enxofre coloidal e conferindo uma turbidez na solução. Por outro lado, hidróxidos de
metais alcalinos, Na2CO3 > 0,1 g L-1 e bórax, não devem ser adicionados, pois tendem a acelerar a
decomposição sob ação do oxigênio atmosférico: S2O32- + 2O2 + H2O 2SO42- + 2H+ . Assim, a
solução deve ser armazenada em frasco escuro (âmbar) logo após a preparação.
Nas titulações iodimétricas e iodométricas, o amido é utilizado como indicador sensível, pois
forma um complexo com I2 de coloração azul intensa, e mesmo numa concentração de 10-5mol L-1, o
iodo pode ser detectado. O denominado amido solúvel é encontrado comercialmente e se dispersa
facilmente em água. Por outro lado, o complexo amido–I2 é relativamente pouco solúvel, e portanto,
nas titulações iodométricas o indicador deve ser adicionado na solução do analito um pouco antes do
ponto de eqüivalência, onde a concentração do iodo é baixa. Uma vez que o amido é susceptível ao
ataque por microorganismos, é recomendável preparar a solução no dia da análise. Normalmente
prepara-se solução de amido solúvel a 0,5 – 1,0%(m/v) e adiciona-se ácido bórico como preservativo,
para prolongar o tempo de vida útil.
Na seguinte prática será feita a dosagem de cloro-ativo numa amostra de alvejante a base de
hipoclorito de sódio ou cálcio, a famosa água sanitária, de uso doméstico e em lavanderias. No
tratamento de água de piscina, utiliza-se o hipoclorito de cálcio, Ca(OCl) 2 misturado com cloreto de
cálcio básico, CaCl2.Ca(OH)2.2H2O.
O constituinte ativo responsável pelo efeito alvejante e algicida, é o íon hipoclorito, o qual é
instável em meio ácido. Por exemplo, sob ação de ácido clorídrico, ocorre a liberação de cloro:
O cloro-ativo de uma solução alvejante é a quantidade de cloro que pode ser liberado sob
ação de ácido diluído, sendo expresso em %(m/v). No caso de amostras sólidas, em %(m/m).
Portanto, por análise química do conteúdo de hipoclorito, calcula-se por estequiometria a
concentração em termos da porcentagem de cloro-ativo da amostra, e vice-versa. Esta forma de
expressar o teor de hipoclorito já se tornou corriqueira e está normatizada como padrão de qualidade
de alvejantes a base de hipoclorito.
Questões:
Reação de oxi-redução
Estequiometria
Titulações redox
OH HO
HO O O O
O + 2H+ + 2e-
O OH
HO OH OH
OH
Ácido ascórbico Ácido deidroascórbico
Existem vários agentes oxidantes que podem ser empregados na determinação de vitamina
C, sendo que um dos mais simples é o iodo. O iodo é um agente oxidante moderado capaz de oxidar
quantitativamente apenas substância fortemente redutora.
A análise volumétrica na qual o iodo é empregado como titulante chama-se iodimetria ou
titulação iodométrica direta.
A semi-reação de redução do iodo é a seguinte:
I2 + I- I3- K = 7,68.102
Procedimento:
Utiliza-se o sal penta hidratado para a produção da solução de tiossulfato de sódio
(Na2S2O3.5H2O). Dissolvem-se 24,9g de tiossulfato hidratado e puro e 0,2g de Carbonato de sódio
anidro (Na2CO3 é utilizado para evitar precipitação do enxofre) em 1 litro de água previamente fervida,
deixa-se decantar por 24h e padroniza-se.
Padronização:
Adicionam-se 100mL de água em 25mL de solução padrão de KMnO4 0,1N e mistura-se com
solução de iodeto de potássio (2g de KI dissolvidos completamente em 30mL de água e 100mL de
H2SO4 a 20%).
Goteja-se a solução de Na2S2O3 a ser padronizada na solução de KMnO 4 padrão, adiciona-se
1mL da solução de amido 1% e titula-se até desaparecer a cor azul.
Esta operação devera ser feita em local escuro e em temperatura de solução menor do que 30ºC.
Procedimento:
Pesam-se aproximadamente 1,9g de iodo puro em um vidro de relógio e transfere-se para um
béquer de 250mL contendo 5g de iodeto de potássio dissolvido em 25mL de água. Agita-se
cuidadosamente para dissolver todo o iodo. Se necessário, pode-se colocar mais um pouco de água.
Transfere-se todo o conteúdo do béquer para um balão volumétrico de 250mL, completa-se até a
marca com água deionizada e homogeneíza-se. Após, transfere-se todo o conteúdo do balão para
frasco âmbar de 500mL.
Padronização:
A padronização pode ser feita titulando-se 25mL de solução padrão de Tiossulfato de sódio
0,1mol/L contra a solução 0,03mol/L de iodo. Os 25mL de tiossulfato são transferidos com o auxílio de
uma pipeta volumétrica para um erlenmeyer de 125mL. Adiciona-se 1mL de solução de amido 1% ao
erlenmeyer como indicador e titula-se até o aparecimento da cor azul.
O O
O iodo por ser um oxidante de poder moderado, como já discutimos, oxida o ácido ascórbico
somente até o ácido dehidroascórbico. A reação básica envolvida na reação é:
Lembrar que a vitamina C é rapidamente oxidada pelo próprio oxigênio dissolvido na solução.
Assim, as amostras devem ser analisadas o mais rápido possível depois de dissolvidas.
O frasco de titulação deve ser fechado com papel alumínio durante a titulação para evitar a
absorção de oxigênio adicional do ar. A pequena oxidaçào causada pelo oxigênio já dissolvido na
soluçào não é significante, mas a gitação contínua em um erlenmeyer aberto pode absorver uma
quantidade suficiente de oxigênio para causar um erro significativo na determinação.
Procedimento:
PERMANGANOMETRIA
Cuidados: a água deionizada contém traços de substâncias redutoras, que reagem como
KMnO4 para formar dióxido de manganês hidratado. É necessário eliminar essas substâncias
oxidáveis para preparar uma solução estável de permanganato porque o dióxido de manganês
finamente dividido provoca a autodecomposição do permanganato. Essa eliminação se consegue
fervendo a solução, por 1 hora, esfriando-a e eliminando o MnO2 por filtração.
Procedimento:
Dissolver cerca de 0,8g de permanganato de potássio PA, em 150mL de água deionizada e
aquecer à fervura, mantendo a temperatura entre 60 e 70ºC, durante 60 minutos. Deixa-se a solução
resfriar por 2 ou 3 dias à temperatura ambiente. Filtrar com funil de vidro sinterizado. Transferir o
filtrado para um balão de 250mL e completar até a marca com água deionizada. Homogeneizar e
transferir o conteúdo para um frasco âmbar de 500mL, protegendo a solução contra evaporação,
poeira, vapores redutores e conservá-lo em local escuro após o uso.
Padronização:
Pesar, com precisão de 0,1mg, de 0,1200 a 0,1500g de oxalato de sódio puro e seco entre
105 e 110ºC, colocar num erlenmeyer de 250mL, dissolver em 50mL de água deionizada, adicionar
30mL de ácido sulfúrico 1M e aquecer de 80 a 90ºC. Titular com permanganato 0,1, gota-a-gota,
agitando constantemente, até aparecimento da cor rósea persistente por 30 segundos.
A temperatura da solução não deve ser inferior a 60ºC no ponto final.
Onde:
m é a massa de oxalato de sódio de que se partiu para a titulação;
VKMnO4 é o volume consumido de permanganato.
Procedimento:
Pipetar 10mL de amostra de água oxigenada e transferir para balão volumétrico de 100mL.
Completar o volume do balão com água deionizada até a marca. Desta solução pipetar uma alíquota
de 10mL (com a pipeta limpa) para um erlenmeyer de 250mL e adicionar 80mL de água deionizada e
10mL de ácido sulfúrico 3mol/L. Titular com o padrão de KMnO4 0,1N até leve róseo permanente.
Questões:
Pesar ½ lâmina de barbear com precisão de 0,1mg. Anotar a massa e dissolver a lâmina com
20mL de H2SO4 3mol/L em béquer de 50mL, com o auxílio de aquecimento em uma chapa. Durante a
dissolução da lâmina, o béquer deverá estar tapado com um vidro de relógio para evitar que haja
perda de vapores.
Deixar esfriar a solução formada e filtrar direto para dentro de um balão de 100mL. Efetuar
várias lavagens com água deionizada, respeitando o volume do balão e, em seguida, homogeneizar.
Retirar uma alíquota de 10mL da solução, transferir para erlenmeyer de 125mL e adicionar 30mL de
água deionizada. Titular com KMnO4 0,1 padrão até leve róseo persistente. Repetir o processo por
mais duas vezes no mínimo.
Obs.: a pipeta volumétrica dever ser ambientada bem como a bureta com as respectivas soluções.
Cálculos:
Considerando “n” como número de mol, temos:
VKMnO4 . [KMnO4] = n KMnO4 para 10mL de solução
n KMnO4 5n Fe2+
1mol Fe 55,8g
n mol Fe2+ Xg
Y = % Fe na lâmina
Resultados:
Nº de mol de KMnO4
Nº de mol de Fe2+
Massa de ferro na solução
% ferro na lâmina
VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO
O EDTA na forma de ácido ou sal dissódico pode ser obtido em alto grau de pureza, podendo
ser usado como padrão primário, porém, se necessário pode ser padronizado contra solução padrão
de zinco.
A solução aquosa de EDTA apresenta as espécies H4Y, H3Y-, H2Y2-, HY3- e Y4-, sendo que a
forma predominante depende do pH. O EDTA é um ácido fraco para o qual pK1 = 2,0; pK2 = 2,7; pK3 =
6,2; pK4= 10,3.. Estes valores demonstram claramente que os dois primeiros prótons são mais
facilmente ionizáveis do que os outros dois restantes. Este reagente possui uma grande versatilidade
que provém da sua potência como agente complexante e da disponibilidade de numerosos
indicadores íon-metal, cada um efetivo em um intervalo limitado de pH.
A espécie complexante é Y4-,,portanto é necessário um ajuste de pH, a fim de obter uma
constante de formação condicional (K’) favorável para o íon metálico em questão.
K’= Kabs.α 4
onde α 4 é a fração da espécie Y4- em dado pH, e Kabs á a constante de formação absoluta do
complexo formado por EDTA e o íon metálico.
Introdução: O EDTA forma um complexo com quase todos os íons metálicos com carga
positiva maior do que uma unidade, e mesmo metais alcalinos, como sódio e lítio. Os complexos são
formados estequiometricamente e em quase todos os casos quase que instantaneamente. É
interessante considerar a estabilidade dos complexos com o pH do meio, já que o EDTA pode
complexar o íon H+. Os complexos com metais bivalentes são estáveis em meio amoniacal, mas
tendem a ionizar em meio ácido. O EDTA pode ser obtido na forma do ácido propriamente dito ou na
forma de sal dissódico dihidratado. As duas formas possuem alta massa molar, mas o sal dissódico
tem a vantagem de ser mais facilmente solúvel em água. Algumas aplicações importantes do EDTA
são as determinações de dureza de água, de cálcio em leite e magnésio em calcário.
Procedimento:
Pesar 1,8612g (até ± 0,1mg) de sal dissódico (designado por Na2H14N2O8.2H2O), seco a 70-
80ºc por duas horas numa estufa. As duas moléculas de água de hidratação permanecem intactas
nestas condições de secagem.
Transfere-se quantitativamente a amostra pesada para um balão volumétrico de 250mL.
Adiciona-se cerca de 200mL de água deionizada, agita-se até dissolver totalmente o sal e depois dilui-
se até a marca. Esta solução deve preferencialmente ser armazenada em frasco plástico e pode,
nestas condições ser considerada um padrão primário. A partir da massa pesada, calcula-se a
concentração exata da solução de EDTA em mol/L.
Massa molar do EDTA: 372,24g
Dissolver 65g de NH4Cl em água, adicionar 570mL de uma solução de NH3 concentrado e diluir para 1
litro. Este tampão é melhor armazenado em frasco de polietileno para evitar a passagem de íons
metálicos do vidro para a solução tampão.
Principio do método
O processo consiste na titulação da dureza com uma solução padrão de ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA), que forma íons complexos muito estáveis com o cálcio e magnésio
ou outros íons responsáveis pela dureza. Ao adicionar o Negro de Eriocromo T à uma amostra que
tenha dureza, formar-se-á um íon complexo fraco de cor violeta. Durante a titulação, todos os íons que
dão dureza são complexados pelo EDTA, rompendo-se a ligação com o Negro de Eriocromo T, em
função do EDTA formar um comlexo mais estável com os íons causadores da dureza. Este
mecanismo libera aos poucos o Negro de Eriocromo e, no fim da reação, verifica-se a troca da cor
para o azul. O meio é fortemente tamponado, pois em pH’s mais baixos o EDTA é protonado em vez
de complexar com o cálcio e o magnésio.
Procedimento:
Transferir uma alíquota de 50mL de amostra para um erlenmeyer de 250mL, adicionar 1mL
de solução tampão pH 10 e, a seguir, 5gotas do indicador Negro de Eriocromo T. O tampão deve ser
adicionado antes do indicador de modo que pequenas quantidades de ferro presentes na amostra
precipitem na forma de hidróxido de ferro, impedindo sua reação com o indicador. Titula-se a alíquota
com EDTA 0,02mol/L até a mudança de cor de vermelho-vinho para azul puro.
A reação, e consequentemente a mudança de cor, é lenta próximo do ponto final, e por esta
razão o titulante deve ser adicionado gota a gota e com vigorosa agitação.
Calcular a dureza da água e dar o resultado na forma de CaCO 3, para cada alíquota
analisada, sendo a massa molar do CaCO3 igual a 100,09g/mol.
Cálculo:
mg/L CaCO3 = [EDTA] . VEDTA (mL) . 100,09
0,05
Questões:
1. Observe a tabela:
Classificação da água conforme sua dureza, em mg/L CaCO3
0 – 75mg/L Mole (soft)
75 – 150mg/L Moderada
150 – 300mg/L Dura (hard)
Acima de 350mg/L Muito dura
De acordo com a tabela, responda qual seria a classificação da água analisada durante o
experimento?
Bibliografia:
Apêndice 1:
Soluções de limpeza
Se construídos com vidro, estes aparelhos não são atacados por ácidos (exceto ácido
fluorídrico) ou soluções diluídas de detergente, a não ser após um contato muito prolongado ou se o
solvente for evaporado.
Utiliza-se geralmente como soluções de limpeza solução detergente a 1-2%, solução
sulfocrômica ou solução de etanolato de sódio ou potássio.
Em muitos casos, dependendo do estado em que se encontra o material volumétrico, é
suficiente o uso da solução de detergente (às vezes ligeiramente aquecida). A alternativa seguinte é o
emprego (cuidadoso) da solução sulfocrômica (dicromato de sódio ou potássio dissolvido em ácido
sulfúrico). De um modo geral, o tempo de contato desta solução com o vidro não precisa ser longo,
mas deve-se observar a cor da sulfocrômica antes do seu uso, pois se for verde é sinal que sua
eficiência será muito pequena (presença de íons Cr3+) e por isso não deve ser utilizada.
O etanolato de sódio ou potássio deve ser usado somente em casos extremos porque ataca
rapidamente o equipamento volumétrico. O tempo de contato do etanolato não deve ultrapassar 60
segundos. Se esta solução de limpeza for usada deve-se, depois de enxaguar algumas vezes o
equipamento volumétrico, usar uma solução de HCl diluída para neutralizar qualquer traço de
substância alcalina e, em seguida, lavá-lo novamente com água. Deve-se evitar ao máximo o uso
repetitivo de alcoolato na limpeza do material volumétrico.
O material volumétrico é dado limpo ao se verificar que a água destilada escorre
uniformemente pelas suas paredes internas.
Apêndice 2:
O volume ocupado por uma dada massa de líquido varia com a temperatura, assim como
varia também o recipiente no qual está colocado o líquido, durante a medida. Entretanto, a maioria
dos equipamentos de medida de volume são feitos de vidro, o qual felizmente tem pequeno
coeficiente de expansão. Consequentemente, as variações no volume em função da temperatura de
um recipiente de vidro não precisam ser consideradas em trabalhos comuns em química analítica.
O coeficiente de expansão para soluções aquosas diluídas (aproximadamente 0,025% / oC) é tal que
uma variação de 5oC tem efeito considerável na confiabilidade da medida volumétrica.
As medidas volumétricas devem tomar como referência alguma temperatura padrão; este
ponto de referência é geralmente 20oC. A temperatura ambiente da maioria dos laboratórios fica
suficientemente perto de 20oC de modo que não há necessidade de se efetuar correções das medidas
de volume. No entanto, o coeficiente de expansão para líquidos orgânicos podem requerer correções
para diferenças de temperatura de 1oC ou até menos.
Toda a vidraria volumétrica deve estar rigorosamente limpa antes da calibração ( o teste do
filme homogêneo de água deve ser feito). Buretas e pipetas não precisam estar secas, mas os balões
volumétricos devem ser drenados e secos a temperatura ambiente. A água usada para a calibração
deve estar em equilíbrio térmico com o ambiente. Esta condição é melhor estabelecida se um frasco
grande com a água a ser usada for mantido no ambiente com antecedência, anotando sua
temperatura a intervalos freqüentes, e aguardando até que não haja mais variações de temperatura.
Frascos comuns de pesagem ou mesmo pequenos erlens podem ser usados como receptores
para o líquido de calibração.
Determine primeiramente a massa do recipiente vazio, até a casa dos miligramas. Transfira
uma porção de água (equilibrada com a temperatura ambiente) para o frasco receptor (erlen) com a
pipeta e pese novamente com precisão em miligramas. Calcule a massa de água por diferença entre
estas duas massas obtidas. Calcule o volume dispensado da pipeta, usando as tabelas fixadas nos
balcões do laboratório para correções. Repita a calibração várias vezes. Calcule o volume médio.