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Turma: 2
1. Introdução
Diante da evolução dos tempos modernos, as empresas buscam ampliar seus negócios e aumentar
seus lucros. Esse movimento é impulsionado pela necessidade de atrair investidores para financiar o
crescimento e a expansão de suas operações. Neste contexto, a contabilidade assume um papel
crucial, fornecendo demonstrações contábeis que são essenciais na apresentação de informações
pertinentes a possíveis investidores. Esses relatórios contábeis não apenas refletem a situação
financeira atual da empresa, mas também servem como base para a geração de indicadores
financeiros vitais. Estes indicadores são ferramentas decisivas na análise e na tomada de decisões
estratégicas, tanto para a gestão da empresa quanto para os investidores interessados em avaliar a
viabilidade e o potencial de crescimento do negócio (ASSAF NETO, 2010).
A utilização eficaz da contabilidade, com a observação rigorosa de todos os seus benefícios dentro de
uma organização, resulta em uma ferramenta poderosa para a análise econômico-financeira. A
habilidade de interpretar corretamente as demonstrações contábeis e os indicadores financeiros
derivados é um diferencial para qualquer empresa que almeja não apenas sobreviver, mas prosperar
no mercado competitivo atual. Essa interpretação precisa dos dados contábeis permite uma avaliação
mais acurada da saúde financeira da empresa, guiando decisões estratégicas e fornecendo
informações valiosas para atrair e manter investidores. É nesse ponto que a análise econômico-
financeira se torna uma peça chave para o sucesso empresarial no ambiente de negócios moderno
(CARVALHO; COSTA; GONÇALVES; LIMEIRA, 2010).
A análise financeira detalhada das informações contábeis da Magazine Luiza oferece um panorama
abrangente sobre a saúde financeira e as perspectivas futuras da empresa. Esta análise permite
questionar: Quais as perspectivas que podem ser traçadas a partir dos resultados financeiros obtidos?
A relevância deste questionamento reside na capacidade de discernir, a partir dos dados financeiros e
contábeis, as potencialidades e desafios enfrentados pela Magazine Luiza em um mercado varejista
dinâmico e competitivo. Avaliar estes resultados financeiros não apenas ilumina o caminho percorrido
pela empresa, mas também projeta cenários futuros, orientando estratégias de negócios e
investimentos. Uma compreensão aprofundada dos indicadores financeiros e sua interpretação
contextualizada é vital para prever tendências de mercado, avaliar a sustentabilidade do modelo de
negócios da empresa e identificar áreas de potencial melhoria e crescimento.
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O objetivo geral deste estudo é identificar desvios e propor mitigações para os resultados obtidos da
análise das informações contábeis da empresa Magazine Luiza. Este objetivo se desdobra em vários
objetivos específicos, cada um contribuindo para uma compreensão mais profunda e ação mais
efetiva. Primeiramente, busca-se compreender os conceitos envolvidos em cada indicador financeiro a
ser utilizado, garantindo que a análise seja fundamentada e precisa. Em seguida, é essencial analisar
as informações contábeis fornecidas pela empresa, identificando as causas e consequências dos
desvios encontrados.
Este conjunto de objetivos é vital para que a análise financeira não seja apenas um exercício de
observação, mas também uma ferramenta para ação estratégica. Através desta abordagem, o estudo
contribuirá para uma compreensão mais rica e detalhada da situação financeira da Magazine Luiza,
oferecendo caminhos para o fortalecimento e crescimento da empresa no contexto competitivo atual.
A análise financeira da empresa Magazine Luiza será conduzida através de uma metodologia
detalhada e sistemática, fundamentada em princípios contábeis e financeiros. Inicialmente, será
realizada uma compilação e exame das demonstrações financeiras publicadas pela empresa, incluindo
balanços patrimoniais, demonstrações de resultado e fluxos de caixa. Esta fase preliminar é essencial
para estabelecer um entendimento claro da posição financeira atual da empresa, fornecendo uma
base sólida para análises subsequentes.
Por fim, a análise será concluída com uma avaliação crítica dos resultados, identificando desvios
significativos e propondo estratégias de mitigação. Este estágio envolve uma interpretação detalhada
dos dados, correlacionando os resultados financeiros com eventos e decisões empresariais. O objetivo
é fornecer recomendações concretas para melhorar a gestão financeira e direcionar a tomada de
decisões estratégicas na Magazine Luiza, alinhando os resultados da análise com os objetivos de
negócio da empresa.
2. Análise horizontal
A análise horizontal do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
da Magazine Luiza para os anos de 2019 e 2020 revela informações valiosas sobre o desempenho
financeiro da empresa. Vamos analisar esses resultados em tabelas detalhadas, seguidas de uma
discussão sobre o que eles representam.
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Caixa e Equivalentes de Caixa 180.799 1.281.569 608,84%
Aplicações Financeiras 4.446.143 1.220.095 -72,56%
Contas a Receber 2.769.649 3.460.711 24,95%
Estoques 3.509.334 5.459.037 55,56%
Tributos a Recuperar 777.929 594.782 -23,54%
Outros Ativos Circulantes 473.161 2.783.289 488,23%
Ativo Não Circulante 6.454.802 7.497.347 16,15%
Ativo Realizável a Longo Prazo 1.491.070 1.585.551 6,34%
Investimentos 1.240.664 1.705.072 37,43%
Imobilizado 3.196.199 3.613.297 13,05%
Intangível 526.869 593.427 12,63%
Passivo Total 18.611.817 22.296.830 19,80%
Passivo Circulante 7.203.042 11.512.179 59,82%
Obrigações Sociais e Trabalhistas 309.007 294.314 -4,75%
Fornecedores 5.413.546 7.679.861 41,86%
Obrigações Fiscais 307.695 331.113 7,61%
Empréstimos e Financiamentos Circulante 8.192 1.666.243 20.239,88%
Outras Obrigações 1.164.602 1.540.648 32,29%
Passivo Não Circulante 3.843.838 3.459.364 -10,00%
Empréstimos e Financiamentos Não Circulante 838.862 17.725 -97,89%
Arrendamento Mercantil 1.893.790 2.156.522 13,87%
Tributos Diferidos 3.725 0 -100,00%
Provisões Fiscais, Trabalhistas e Cíveis 767.938 998.250 29,99%
Lucros e Receitas a Apropriar 339.523 286.867 -15,51%
Patrimônio Líquido 7.564.937 7.325.287 -3,17%
Capital Social Realizado 5.952.282 5.952.282 0,00%
Reservas de Capital 198.730 -213.037 -207,20%
Reservas de Lucros 1.410.757 1.574.891 11,63%
Outros Resultados Abrangentes 3.168 11.151 251,99%
A análise horizontal do Balanço Patrimonial da Magazine Luiza revela insights significativos sobre a
evolução financeira da empresa entre 2019 e 2020. Um dos destaques mais notáveis é o aumento
substancial de 608,84% em Caixa e Equivalentes de Caixa, que pode ser atribuído a uma gestão de
liquidez mais eficiente ou a um aumento no capital de giro. Este aumento sugere que a empresa está
em uma posição mais robusta para gerenciar suas operações diárias e possíveis investimentos. Por
outro lado, a redução de 72,56% em Aplicações Financeiras pode indicar realocações de
investimentos para outras áreas mais produtivas ou necessidade de liquidez para operações correntes.
Além disso, o crescimento de 55,56% nos Estoques pode refletir uma expansão nas linhas de
produtos ou um acúmulo antecipado de estoque para atender a demanda futura.
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da dívida, especialmente se a empresa enfrentar desafios em gerar fluxos de caixa suficientes para
cobrir os novos compromissos financeiros. Por outro lado, a redução de 3,17% no Patrimônio Líquido
pode ser reflexo de dividendos pagos ou ajustes nos resultados acumulados. Essa diminuição, embora
relativamente pequena, merece atenção, pois indica uma redução na riqueza dos acionistas. A
capacidade da Magazine Luiza de sustentar seu crescimento e ao mesmo tempo gerenciar
eficientemente suas obrigações financeiras será crucial para o sucesso futuro e a sustentabilidade
financeira da empresa.
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dos custos operacionais e do custo das mercadorias vendidas para melhorar sua rentabilidade e
sustentar um crescimento saudável a longo prazo.
3. Análise vertical
De forma similar ao que foi feito para a análise horizontal, será feita a seguir a análise vertical das
nfromações conta´beis da empresa Magazine Luiza, conforme poode ser observado a seguir:
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líquidos e de curto prazo. Especificamente, o crescimento acentuado na proporção de Caixa e
Equivalentes de Caixa, de 0,97% para 5,75%, sugere uma estratégia de aumento de liquidez ou uma
reserva de caixa maior para enfrentar incertezas ou investimentos futuros. Por outro lado, observa-se
uma redução na proporção de Aplicações Financeiras, de 23,89% para 5,47%, o que pode indicar
uma realocação de recursos para operações mais líquidas ou para outras áreas de investimento com
maior retorno potencial.
A análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) da Magazine Luiza nos anos de
2019 e 2020 oferece insights valiosos sobre as mudanças na estrutura de custos e rentabilidade da
empresa. Em 2019, a empresa registrou um Resultado Bruto que representava 27,19% da receita
total, enquanto em 2020, essa proporção caiu para 24,72%. Essa redução no Resultado Bruto, como
percentagem da receita total, pode ser atribuída ao aumento do Custo dos Bens e/ou Serviços
Vendidos, que subiu de -72,81% em 2019 para -75,28% em 2020. Essa tendência sugere um
aumento relativo nos custos em relação às vendas, o que pode ser resultado de preços mais altos de
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insumos, custos de produção ou uma mudança no mix de produtos vendidos. A gestão eficiente
desses custos é crucial para a manutenção da margem de lucro.
Inicialmente, observa-se uma queda no índice de Liquidez Corrente, de 1.69 em 2019 para 1.29 em
2020. Este índice reflete a capacidade da empresa de cobrir suas obrigações de curto prazo com seus
ativos mais líquidos. Embora ainda acima de 1.0, indicando uma capacidade adequada de pagamento
das dívidas de curto prazo, a tendência de queda é um sinal de que a Magazine Luiza deve estar
atenta à gestão do capital de giro para manter ou melhorar essa capacidade.
Além disso, o índice de Liquidez Seca, que fornece uma visão mais conservadora ao excluir os
estoques, também apresentou uma redução significativa, passando de 1.20 em 2019 para 0.81 em
2020. Essa diminuição sugere que, desconsiderando os estoques, a empresa tem enfrentado desafios
em manter uma boa margem de segurança para cobrir seus passivos de curto prazo. Essa situação
pode indicar a necessidade de melhorias na gestão de estoques ou na obtenção de liquidez através de
outras fontes. Ademais, a Liquidez Imediata, que foca nos ativos mais líquidos como caixa e
equivalentes, teve uma redução acentuada, o que aponta para uma menor disponibilidade de caixa
para cobrir passivos imediatos. Por fim, a queda no índice de Liquidez Geral, que considera tanto
ativos circulantes quanto realizáveis a longo prazo, de 1.24 para 1.09, sugere desafios potenciais no
longo prazo para cumprir obrigações financeiras, ressaltando a importância de uma estratégia
financeira sólida para assegurar a sustentabilidade e o crescimento da empresa.
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Os valores a seguir são percentuais e representam a relação entre os diferentes elementos do balanço
patrimonial da Magazine Luiza nos anos de 2019 e 2020.
O Grau de Endividamento, que mede a proporção de dívidas de curto prazo no total do passivo,
aumentou de 2019 para 2020, indicando que a empresa passou a utilizar mais dívidas de curto prazo
em sua estrutura de capital. Essa mudança pode refletir uma estratégia de financiamento de curto
prazo para aproveitar oportunidades de mercado ou para cobrir necessidades de capital de giro. O
Grau de Endividamento Global, que inclui tanto as dívidas de curto quanto de longo prazo, também
aumentou, sugerindo que a Magazine Luiza tem uma parcela maior de suas fontes de recursos
financiadas por terceiros em 2020 em relação ao total de seus ativos. Isso pode afetar a autonomia
da empresa e sua capacidade de investir e expandir sem depender de financiamentos externos.
Quando olhamos para o Endividamento sobre o Patrimônio Líquido, vemos um grande salto de 2019
para 2020, o que indica que a empresa assumiu mais dívidas em relação ao patrimônio líquido dos
acionistas. Isso pode sugerir um risco maior para os investidores, pois um alto grau de alavancagem
financeira pode resultar em maior volatilidade nos retornos. A Composição das Exigibilidades e o
Capital de Terceiros sobre o Passivo Total confirmam essa tendência, mostrando que a empresa está
mais alavancada e dependente de capital de terceiros.
O aumento no indicador de Passivo Circulante sobre o Patrimônio Líquido sugere que a empresa pode
enfrentar pressões no curto prazo para cumprir suas obrigações financeiras, enquanto o Exigível de
Longo Prazo sobre o Patrimônio Líquido se manteve mais estável, indicando uma gestão mais
controlada das dívidas de longo prazo. A Imobilização do Patrimônio Líquido e a Imobilização de
Recursos Permanentes aumentaram, indicando que uma maior proporção do patrimônio líquido está
sendo utilizada para financiar o ativo não circulante, o que pode limitar a flexibilidade financeira da
empresa para responder a mudanças no ambiente de negócios.
De maneira geral, os indicadores de 2020 refletem uma estrutura de capital com maior
endividamento, o que pode representar tanto uma estratégia agressiva de crescimento quanto um
sinal de cautela para a sustentabilidade financeira a longo prazo. A gestão financeira e a capacidade
da Magazine Luiza de gerar fluxo de caixa operacional são críticas para manter a saúde financeira
diante desse cenário.
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5. Cálculo da lucratividade
Abaixo está a tabela com os valores dos indicadores de Margem de Lucratividade para os anos de
2019 e 2020:
A Margem de Lucratividade Bruta (MLB) da Magazine Luiza sofreu uma redução de 27.19% em 2019
para 24.72% em 2020. Isso indica que, embora a empresa tenha aumentado sua receita de vendas, o
custo dos bens ou serviços vendidos aumentou a um ritmo mais rápido, resultando em uma menor
proporção de lucro bruto em relação à receita total. A redução na margem bruta pode ser um sinal de
pressões de custos no mercado ou de mudanças no mix de vendas em favor de produtos com menor
margem.
Quanto à Margem de Lucratividade Operacional (MLO), houve uma diminuição mais acentuada de
6.93% para 2.70% entre 2019 e 2020. Isso reflete uma compressão significativa na capacidade da
empresa de transformar vendas em lucro operacional. Esse declínio pode ser atribuído a um aumento
nas despesas operacionais que não foi totalmente compensado pelo crescimento da receita, o que
pode sugerir a necessidade de revisão e otimização dos gastos operacionais e da estratégia de preços.
Por fim, a Margem de Lucratividade Líquida (MLL), que mede o lucro líquido em relação à receita
líquida de vendas, também diminuiu de 4.99% para 1.50%. Essa queda expressiva na rentabilidade
líquida pode ser devida a uma combinação de aumento dos custos de vendas, despesas operacionais
e potencialmente outros fatores não operacionais, como despesas financeiras e impostos. A redução
da margem líquida é um sinal de alerta, pois indica que uma menor fração da receita está sendo
retida como lucro, o que pode impactar negativamente o valor gerado para os acionistas e a
capacidade de investimento da empresa. A Magazine Luiza precisará abordar proativamente essas
questões para melhorar a eficiência operacional e fortalecer sua posição financeira.
6. Cálculo da rentabilidade
Abaixo estão os resultados dos cálculos dos indicadores financeiros para os anos de 2019 e 2020 da
Magazine Luiza:
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Ao analisar os resultados, percebe-se uma tendência de queda nos indicadores de rentabilidade da
Magazine Luiza de 2019 para 2020. A Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido (RPL) teve uma
redução pela metade, passando de 12.19% para 5.35%, o que indica que a empresa se tornou menos
eficiente em gerar lucro líquido a partir do capital dos acionistas. Isso pode ser uma preocupação para
os investidores, pois reflete diretamente na rentabilidade dos seus investimentos. O Retorno sobre o
Investimento (RSI), que mostra a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de seus
investimentos, também apresentou uma queda significativa de 103.36% para 41.32%. Isso pode
indicar que os investimentos da empresa não estão performando como esperado ou que os custos
associados a esses investimentos aumentaram.
A Rentabilidade do Ativo (RA), que mede a eficiência da empresa em utilizar seus ativos para gerar
lucro, diminuiu de 4.95% para 1.76%, sugerindo uma menor eficiência operacional na conversão de
ativos em lucro líquido. A Capitalização, que reflete o grau de investimento em ativos não circulantes,
mostrou um aumento de 100.00% para 107.47%. Esse aumento pode ser interpretado como um
maior investimento em ativos de longo prazo, o que poderia indicar um foco em crescimento futuro
ou em ativos que trarão benefícios a longo prazo.
Essas mudanças nos indicadores financeiros podem sinalizar a necessidade de uma análise mais
aprofundada dos investimentos da empresa e da estratégia de gestão de custos para melhorar a
rentabilidade e o retorno para os acionistas. A queda nos índices de rentabilidade pode também
refletir desafios externos, como mudanças nas condições de mercado ou aumento da concorrência,
que afetaram o desempenho financeiro da Magazine Luiza em 2020
A análise vertical do Balanço Patrimonial mostra que houve um aumento na proporção do Ativo
Circulante e uma redução no Patrimônio Líquido de 2019 para 2020, indicando uma potencial liquidez
de curto prazo em detrimento da riqueza dos acionistas. Na Demonstração do Resultado do Exercício,
a margem bruta diminuiu, sugerindo pressões nos custos ou alterações no mix de vendas. A análise
horizontal complementa essas descobertas, revelando um crescimento significativo no Ativo Total,
impulsionado principalmente pelo Ativo Circulante, e um aumento no Passivo Circulante, indicando
uma maior dependência de financiamento de curto prazo.
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Os indicadores de estrutura de capital destacam um aumento no endividamento, com o Grau de
Endividamento e o Grau de Endividamento Global mostrando que a empresa está mais alavancada. O
Endividamento sobre o Patrimônio Líquido também aumentou substancialmente, indicando maior risco
para os acionistas e potencial vulnerabilidade financeira.
As margens de lucratividade sofreram um declínio de 2019 para 2020. A Margem Bruta, Operacional e
Líquida diminuíram, apontando para um controle menos eficaz sobre os custos e despesas ou para
uma estratégia de vendas que pode ter priorizado o crescimento da receita em detrimento da
rentabilidade. A análise dos indicadores de rentabilidade reforça essa interpretação: a Rentabilidade
sobre o Patrimônio Líquido (RPL) e a Rentabilidade do Ativo (RA) diminuíram, refletindo uma eficiência
reduzida na geração de lucro a partir do investimento dos acionistas e do uso dos ativos.
A Magazine Luiza enfrentou desafios significativos entre 2019 e 2020. Apesar de um aumento na
receita de vendas, o crescimento dos custos e despesas operacionais superou o crescimento da
receita, comprimindo as margens de lucro. O aumento da liquidez corrente pode ser visto como um
sinal positivo para a gestão de obrigações de curto prazo, mas a deterioração nos indicadores de
liquidez imediata e seca sugere que a empresa pode ter dificuldades em responder rapidamente a
obrigações financeiras imprevistas sem comprometer seus estoques ou outros ativos.
A estrutura de capital da empresa tornou-se mais dependente de dívidas, o que implica uma
estratégia agressiva de alavancagem que pode ser tanto uma alavanca para o crescimento quanto
uma fonte de vulnerabilidade. A sustentabilidade financeira a longo prazo da Magazine Luiza
dependerá de sua capacidade de otimizar a gestão de custos, melhorar as margens de lucro e gerar
um retorno adequado sobre os investimentos feitos.
Por fim, é imperativo que a Magazine Luiza aborde proativamente as questões identificadas nesta
análise para melhorar sua eficiência operacional, fortalecer sua posição financeira e criar valor para
seus acionistas. A empresa precisará equilibrar o crescimento, a rentabilidade e a solidez financeira
para assegurar sucesso contínuo em um mercado competitivo.
Referências bibliográficas
ASSAF NETO, A.. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. São Paulo:
Atlas, 2010.
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