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FECHAMENTO DE BALANÇO ©
Autor: Paulo Henrique Teixeira
SUMÁRIO
I – LUCRO REAL
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4. ESTOQUES
4.1 Análise nas contas de estoque
4.2 AVALIAÇÃO DAS MERCADORIAS P/ REVENDA E MATÉRIAS-PRIMAS
4.2.1 Custo Médio
4.2.2 PEPS
4.2.3 Custo arbitrado de Mercadorias e Matérias Primas
4.3 AVALIAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
4.3.1 Custo integrado e coordenado com o restante da escrituração contábil
4.3.2 Custo Padrão
4.3.3 Custo Arbitrado
6. ATIVO INVESTIMENTOS
6.1 Investimentos relevantes em Coligadas/Controladas
6.2 Investimentos não relevantes
7. ATIVO IMOBILIZADO
7.1 Considerações gerais e taxas de depreciação
7.2 Bens usados – à taxa maior de depreciação
7.3 Depreciação acelerada contábil (em função dos turnos)
7.4 Depreciação acelerada – 100% - para benfeitorias e máquinas que aumentem a produtividade
da empresa
7.5 Diferimento da tributação na alienação de bens do ativo permanente
7.6 Bens de pequenos valores
7.7 Reavaliação de bens
7.8 Ajuste de Avaliação Patrimonial
7.9 Depreciação acelerada Indústrias que fabricam bens de capital
7.10 Depreciação acelerada fabricantes de veículos e autopeças
7.11 Depreciação Acelerada incentivada – créditos CSLL, PIS E COFINS – na aquisição de
máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos
7A – ATIVO INTANGÍVEL
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8. ATIVO DIFERIDO
8.1 Considerações Gerais
9. PASSIVO CIRCULANTE
9.1 FORNECEDORES
9.1.1 Revisão nas contas de fornecedores
9.1.2 Notas fiscais não contabilizadas - dedução do IRPJ e CSSL
9.1.3 Notas fiscais emitidas no exercício seguinte e a sua dedutibilidade no Balanço
9.1.4 Encargos financeiros lançados indevidamente nas contas de fornecedores - dedutibilidade
9.2 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
9.2.1 Juros e atualização monetária – dedutibilidade pelo regime de competência
9.2.2 IOF
9.2.3 Contabilização de variações monetárias passivas – redução do lucro tributável
9.3 TRIBUTOS NÃO RECOLHIDOS ATÉ A DATA DO BALANÇO
9.3.1 Tributos não contabilizados – dedução do lucro tributável
9.3.2 Juros e multas de mora sobre tributos não pagos – redução do IRPJ e CSSL
9.3.3 Dedutibilidade das Multas e juros de mora por atraso do IRPJ e CSSL
9.4 PARCELAMENTOS DE TRIBUTOS
9.4.1 Juros sobre parcelamentos - regime de competência
9.4.2 Dedutibilidade dos tributos, multas e juros parcelados e não contabilizados
9.5 CONTAS A PAGAR
9.5.1 Obrigações contabilizadas pelo regime de caixa e dedutíveis pelo regime de competência
no balanço
1.Água, luz, telefone
2. Seguros de vida, acidentes e outros pagos mensalmente
3. Seguros de cargas e transportes de mercadorias
4. Despesas de Leasing
5. Aluguel a pagar
6. Notas fiscais emitidas no início do ano posterior, mas referentes a serviços do ano do
encerramento do balanço
7. Notas fiscais referentes ao encerramento do balanço, mas pagas e contabilizadas no mês
seguinte ao encerramento do balanço
8. Outras despesas referentes ao exercício que devem ser apropriadas pelo regime de
competência e pagas no exercício seguinte
9. Comissão a pagar a representantes comerciais, desde que líquida e certa
10. Comissões a pagar sobre vendas com cartão de crédito (taxa cartão de crédito e juros
antecipação cartão de créditos).
9.5.2 Consórcios Contemplados a pagar – dedução dos valores ativados e variações monetárias
9.6 JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
9.7 PROVISÕES TRABALHISTAS E ENCARGOS DEDUTÍVEIS
9.7.1 Provisão de férias e encargos
9.7.2 Provisão de 13º salário e encargos sociais
9.7.3 Participação dos trabalhadores nos lucros
9.7.4 Reclamatórias trabalhistas
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13. RECEITAS
13.1 Receita Operacional Bruta
13.2 Conferência das Receitas com os livros fiscais
13.3 Vale pedágio
13.4 Receitas de contratos com entidades governamentais - diferimento do lucro
13.5 Receitas de contratos a longo prazo
14.CUSTOS E DESPESAS
14.1 CUSTOS
14.1.1Custo de produção = (MP + MO + GGF)
14.1.2 Diferença entre custos e despesas
14.1.3 Análise nas contas de Custos
14.1.4 Revisão nas contas de Custos
14.2 DESPESAS
14.2.1 Classificação das despesas
14.2.2 Revisão nas contas de despesas
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II – LUCRO PRESUMIDO
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26.2 Qual é a base legal para distribuir o lucro presumido com base no Balanço Contábil?
26.3 Pode ser distribuído o lucro presumido antes do encerramento do balanço?
26.4 Incide o INSS sobre a distribuição antecipada de lucros?
26.5 Distribuição de lucros ou dividendos por pessoa jurídica em débito para com a Fazenda
Nacional
IV – LUCRO ARBITRADO
V – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
SIGLAS UTILIZADAS:
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INTRODUÇÃO
Por isso, a contabilidade deve expressar a realidade das transações empresariais, registrar
adequadamente os atos e fatos da empresa, com a finalidade de se firmar prova a favor da
empresa.
Por experiência, como auditor independente, empresas vêm recolhendo tributos a maior, por não
observarem as normas e princípios contábeis. Não olham a Contabilidade como ciência, com o
intuito de interpretá-la juntamente com as outras ciências, mas sim mais uma exigência
burocrática legal desapercebida entre os empresários e os próprios profissionais da área.
Toda a ciência tem seus princípios, também chamados de postulados ou convenções, funcionam
como pilares ou norteadores que direcionam a interpretação. Então como a Contabilidade é uma
ciência, entendê-los é fundamental para a adequação das Demonstrações Contábeis, abaixo
citamos os mais usuais:
a) Postulado Contábil da Entidade: define a entidade contábil, dando, a esta vida e personalidade
própria. A Entidade (empresa) não se confunde com a pessoa física do sócio (pessoas distintas).
b) Postulado Contábil da Continuidade: determina que a entidade é um empreendimento em
andamento, com intenção de existência indefinida, ou por tempo de duração indeterminado,
devendo sobreviver aos seus próprios fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua
potencialidade de gerar benefícios futuros (lucros), e não pela sua capacidade imediata de ser útil
somente à entidade.
c) Princípio do Custo como Base de Valor: sua aplicação é importante para a Contabilidade na
medida em que ele descarta a possibilidade do uso de valores subjetivos para o registro dos bens,
estabelecendo que seja utilizado o valor que a entidade sacrificou no momento de sua aquisição.
d) Princípio da Realização da Receita e Confrontação da Despesa: determina o momento em que
a receita deve ser considerada como realizada para compor o resultado do exercício social. Da
mesma forma, determina que a despesa que foi necessária à obtenção daquela receita seja
igualmente confrontada na apuração do resultado.
e) Princípio do Denominador Comum Monetário: estabelece que a Contabilidade seja processada
em uma única moeda (R$), oferecendo maior consistência aos registros e maior confiabilidade às
informações constantes nos relatórios contábeis.
f) Princípio da Competência: estabelece que as receitas e as despesas devem ser atribuídas aos
períodos de sua ocorrência, independentemente de recebimento e pagamento. A receita ou a
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despesas deve ser contabilizada no momento em que ela foi incorrida (aconteceu) e não quando
foi recebida ou paga, respectivamente.
g) Convenção da Objetividade: o profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidade de
forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou
qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros devem estar baseados,
sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência do fato administrativo.
g) Convenção da Consistência: os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das
informações consistentes, para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários.
h) Convenção do Conservadorismo (ou da prudência): é preferível ter expectativa de prejuízo e a
entidade apresentar resultados positivos, ou seja, se houver duas opções igualmente válidas deve-
se optar sempre por aquela que acusa um menor valor para os ativos e para as receitas e o maior
valor para os passivos e para as despesas.
Leis e Normas
a) Lei 6.404/76
Todo o sistema contábil e de fechamento de balanço brasileiro são obrigatórios, pois constam na
Lei 6.404/76 e deve ser observado pelas empresas.
1) no ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:
- Ativo Circulante;
- Ativo Não Circulante, este composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
Base: MP 449/2008, art. 36, convalidada pelo art. 37, da Lei 11.941/2009, que alterou o art. 178
da Lei 6.404/76.
- Passivo Circulante;
- Passivo Não-Circulante e
- Patrimônio Líquido, este dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Base: MP 449/2008, art. 36, convalidada pelo art. 37 da Lei 11.941/2009, que alterou o art. 178
da Lei 6.404/76.
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- Passivo Circulante;
- Passivo Exigível a Longo Prazo;
- Resultados de Exercícios Futuros;
- Patrimônio Líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Demonstrativo gráfico:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
De acordo com o art. 178, da Lei 6.404/76, no balanço, as contas serão classificadas segundo os
elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
No ATIVO, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos
nelas registrados, nos seguintes grupos:
I - ativo circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008, convalidada pelo art. 37
da Lei 11.941/2009)
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II - ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008, convalidada pelo art. 37 da Lei
11.941/2009)
a) passivo circulante;
b) passivo não circulante;
b) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.
Como dispõe o art. 179 da Lei 6.404/76, as contas do ATIVO serão classificadas do seguinte
modo:
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social,
a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Consoante art. 180 da Lei 6.404/76 as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para
aquisição de direitos do ativo não-circulante, serão classificadas:
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social,
a classificação no circulante ou não circulante terá por base o prazo desse ciclo.
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a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado;
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda
no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a
margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo,
decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na
ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro
instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros
de natureza, prazo e risco similares; ou
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de
instrumentos financeiros.
A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada
periodicamente nas contas de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.
A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados
no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de
mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
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Demonstração do Resultado
O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa
e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará,
distintamente, o ativo e o passivo (art. 1.188).
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Para acessar a íntegra desta norma, baixe para seu computador o arquivo respectivo em
https://guiatributario.files.wordpress.com/2018/11/regulamento-do-imposto-de-renda-20181.pdf.
A opção pelo lucro real anual, lucro real trimestral ou lucro presumido será manifestado pelo
pagamento da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante DARF, sendo que a legislação não
permite mudar a forma de tributação durante o ano-calendário (art.13, Lei 9.718/1998).
Por isso, é fundamental uma análise detalhada de qual é a melhor forma de tributação, antes do
pagamento da 1ª quota do Imposto, pois se a empresa optou pelo lucro real (anual ou trimestral)
não poderá modificar no ano-calendário para o lucro presumido e vice-versa.
Lembrando que a opção de tributação feita para o Imposto de Renda deve ser a mesma para a
Contribuição Social sobre o Lucro.
Estão obrigadas a apurar o lucro real, conforme art. 14 da Lei 9.718/98, as seguintes empresas:
a) cuja receita total, no ano calendário anterior, seja superior ao limite anual de receita bruta, ou
proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de instituições financeiras ou equiparadas;
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganho de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção
ou redução do imposto;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenha efetuado pagamento mensal pelo regime de
estimativa, inclusive mediante balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto;
f) cuja atividade seja de “factoring”.
As demais empresas que não se enquadrarem em nenhuma das situações acima previstas podem
optar pelo lucro presumido, caso for a melhor alternativa.
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Assim se a empresa teve prejuízos fiscais em anos anteriores de R$ 150.000,00 e no ano apurou
lucro de R$ 110.000,00, poderá compensar apenas 30% do lucro deste ano - ou seja compensa
apenas R$ 33.000,00 do prejuízo fiscal anterior - devendo pagar IRPJ e CSSL sobre R$
77.000,00 (110.000,00 - 33.000,00).
A empresa que optar por esse regime de lucro real deverá a cada trimestre do ano (31/mar.,
30/jun., 30/set. e 31/dez.) levantar balanço acumulado no período trimestral e definitivamente
apurar o Imposto de Renda e a Contribuição Social.
Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a menos vantajosa devido ao fato de que
empresa fica limitada em compensar os prejuízos fiscais dentro do próprio ano em 30% do seu
lucro. Exemplo:
Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do prejuízo dentro do próprio
ano seria automática, pois pelo lucro real anual o resultado é apurado acumuladamente dentro do
exercício (janeiro a dezembro), sendo o resultado tributável do ano calendário igual a zero,
inexistindo o pagamento de IRPJ e CSSL.
O único benefício que o Lucro Real Trimestral em relação ao Lucro Real Anual proporciona é
quando a empresa tem lucro em todos os trimestres do ano, assim paga o imposto de renda e a
contribuição social a cada trimestre e tem a opção em dividi-los em 03 quotas iguais, sendo cada
quota superior a R$ 1.000,00, acrescidas pela variação da SELIC (art. 5º da Lei 9.430/96).
Porém é muito arriscado prever que a empresa terá lucro fiscal em todos os trimestres do
exercício.
O lucro Real Anual será apurado no período compreendido de janeiro a dezembro de cada ano,
sendo que a empresa, MENSALMENTE, terá que pagar ou demonstrar que não há imposto de
renda e a contribuição social sobre o lucro calculado por estimativa, optando pelas seguintes
alternativas:
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Com base no resultado do somatório de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês,
acrescidos do ganho de capital e demais receitas. Os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta
variam de acordo com a atividade da pessoa jurídica e constam no artigo 15 da Lei nº 9.249/95:
Observação: As demais receitas (juros auferidos, descontos obtidos, etc.) e ganhos de capital
comporão a base de cálculo sem qualquer redução (100% do valor apurado).
Para fins de cálculo da contribuição social s/ o lucro por estimativa deverá somar o percentual
sobre a receita bruta do mês, acrescidos do ganho de capital e demais receitas, variando os
percentuais de acordo com as seguintes atividades:
Observação: As demais receitas (juros auferidos, descontos obtidos, etc.) e ganhos de capital
comporão a base de cálculo sem qualquer redução (100% do valor apurado).
b.1) Redução
A redução ocorre quando a empresa, em um determinado mês, demonstra que o valor apurado do
imposto menos o valor já pago durante o período acumulado é inferior ao cálculo pela estimativa
como base na receita, como citado no item “a”.
Exemplo:
-Valor do Imposto devido com base nos percentuais aplicado sobre a Receita no mês de junho=
R$ 30.000,00
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-Valor do Imposto apurado com base no balancete acumulado de jan. a jun. = R$ 40.000,00
-Valor do imposto pago, retido ou compensado de jan a jun. = R$ 25.000,00
-Saldo a pagar no mês de junho (40.000,00- 25.000,00) = R$ 15.000,00
-Se a optar pelo balancete de redução haverá um desembolso de apenas R$ 15.000,00, ao invés
de R$ 30.000,00.
No mês de junho, a forma mais viável é a opção pelo pagamento com base no balancete de
redução de janeiro a junho, apesar de apurar 40.000,00 de imposto, serão deduzidos os impostos
já pagos, retidos ou compensados nos respectivos meses (25.000,00), restando saldo a pagar de
apenas R$ 15.000,00. Sendo que o recolhimento com base na receita bruta custaria para a
empresa R$ 30.000,00, pois os valores pagos nos meses anteriores não podem ser deduzidos, por
não comporem a base de cálculo do mês. Esse estudo deve ser feito a cada mês do ano, levando
em conta também a possibilidade de suspensão do imposto que será visto no item seguinte.
Observação:
O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser também adotado
para a Contribuição Social sobre o Lucro, por isso deve ser analisada a melhor alternativa
calculando os dois tributos.
O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário.
b.2) Suspensão
Observação:
O mesmo critério adotado para o cálculo do Imposto de Renda deverá ser adotado para a
Contribuição Social sobre o Lucro, por isso deve ser analisada a melhor alternativa
calculando os dois tributos.
O balancete utilizado para suspender ou reduzir deverá ser transcrito no Livro Diário.
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A apuração pelo Lucro Real Anual, apesar de ter mais detalhes e ser mais trabalhosa, compensa
pela vantagem tributária em relação ao Lucro Real Trimestral.
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado de conformidade com o
Regulamento.
A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder ao valor resultante da multiplicação
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração,
sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento).
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela
aplicação da alíquota geral de 15%.
Exemplo:
A contribuição social sobre o lucro (CSLL), apurada pelo lucro real anual se dá por duas opções:
a) com base no faturamento mensal da empresa acrescidas das demais receitas (estimativa);
b) com base em balanços/balancetes de suspensão ou redução acumulados mensalmente,
devendo a opção ser a mesma opção do IRPJ.
1.6.1 Apuração Anual da CSLL, com recolhimentos mensais sobre a base de cálculo
estimada
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Exemplos:
O percentual acima será acrescido pela totalidade (100%) das demais receitas:
Exemplo:
A mesma forma de tributação adotada, pela pessoa jurídica, para fins de apuração do imposto de
renda, deve ser adotada para fins de apuração da CSLL.
Assim, a pessoa jurídica que levantou balanço ou balancete para suspender ou reduzir o
pagamento do imposto de renda, em determinado mês do ano-calendário, deve apurar a base de
cálculo da CSLL sobre o resultado do período apurado nesse mesmo balanço, ajustada pelas
adições determinadas, pelas exclusões permitidas e pelas compensações de base de cálculo
negativa da CSLL, observados os limites definidos na legislação pertinente.
Os valores das estimativas mensais deverão ser informados na Declaração de Débitos e Créditos
Tributários - DCTF, observados os códigos respectivos.
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Da mesma forma, eventual saldo de imposto de renda a pagar apurado no ajuste anual em 31 de
dezembro de cada ano deverá ser informado na DCTF.
O Ativo Circulante é composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no
prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo,
estoques e despesas antecipadas.
Ocorrendo a mudança de regime tributário, do Simples ou lucro presumido para lucro real, a
pessoa jurídica que não manteve escrituração contábil fica obrigada a realizar levantamento
patrimonial no dia 1o de janeiro seguinte ao do último período-base em que foi tributada pelo
lucro presumido, a fim de proceder a balanço de abertura e iniciar a escrituração contábil.
Exemplo:
No passivo deverão ser arroladas todas as obrigações e no patrimônio líquido o capital registrado
e a diferença (devedora ou credora) do ativo menos o passivo exigível e capital social.
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Este levantamento pode resultar, na prática, uma ótima oportunidade de planejamento fiscal.
Vejamos como:
Os ajustes exemplificados não geram receita tributável no ano anterior, quando a empresa estava
no Lucro Presumido, mas podem gerar despesas ou custos dedutíveis, no ano subsequente,
quando a empresa optou pelo Lucro Real (economia de IRPJ e CSLL até 34% do valor
contabilizado).
Os saldos contábeis devem ser conciliados com os boletins de caixa. Sendo que as divergências
apuradas deverão ser conciliadas. Analisar todos os documentos constantes dos boletins de caixa
referente ao mês de dezembro ou de alguns dias do mês, conforme a necessidade.
Os saldos dos bancos constantes no balancete contábil deverão estar em conformidade com os
extratos bancários e/ou conciliações apresentadas pela empresa.
As pendências de longa data nas conciliações bancárias precisam confrontadas com relatórios de
outros setores;
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Proceder o ajuste, de modo que a empresa observe o regime de competência. Esse procedimento
fará com que a empresa pague menos IRPJ e CSSL.
Os saldos contábeis das aplicações financeiras deverão estar conferidos com os referidos extratos
de aplicações financeiras.
Conciliar com os respectivos extratos, se está sendo contabilizado o IRRF sobre rendimentos
das aplicações financeiras, na conta de Impostos a Recuperar, o qual será reduzido do IRPJ.
Como se trata de imposto de renda retido que será deduzido do IRPJ.
a) Renda Fixa
Os rendimentos das aplicações financeiras de Renda Fixa devem ser apropriados até 31 de
dezembro, pois seus rendimentos são considerados líquidos e certos.
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Esses rendimentos devem ser apropriados “pro-rata tempore“, segundo o regime de competência,
ou seja, conforme o número de dias até a data do término do Balanço. Um exemplo: juros pré-
fixados (CDB), com vencimento em 28.01.20X8. Se o CDB foi aplicado em 29.12.20X8,
somente 2/30 da receita deve ser apropriada ao resultado de 20X7.
Exemplo:
b) Renda variável
Na data do balanço, 31.12.20X1, não é considerado líquido nem certo o ganho, pois a qualquer
momento pode ocorrer desvalorização da aplicação em função da indexação a um título de
rendimento variável. O rendimento deve apenas ser mensurado por ocasião do resgate. Assim, se
difere da renda fixa, pois naquela o rendimento já é definitivamente estipulado.
Exemplos:
Pelo exposto, as aplicações em renda variável, constantes no balanço de 31.12.20X1, não devem
ter seus rendimentos contabilizados até àquela data, e sim, na data do efetivo resgate.
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No Ativo Realizável a Curto Prazo registra-se os direitos a receber no prazo de até 12 (doze)
meses, representados pelas seguintes contas Duplicatas a Receber, Impostos a Recuperar e outros
Créditos.
3.1.1 Revisões nas contas de duplicatas a receber para evitar a contabilização a maior de
receitas
A conta de duplicatas a receber deve estar conciliada com o relatório de contas a receber. A cada
período ou fechamento de balanço é imprescindível solicitar ao financeiro da empresa a posição
das duplicatas a receber naquela data (31.12.20X1), esse procedimento evita erros contábeis, por
exemplo, o lançamento a maior de Receitas que proporciona o pagamento a maior de tributos
(PIS, COFINS, IRPJ, CSSL, ICMS, Simples e outros).
A grande dificuldade na análise desta conta ocorre quando a empresa não emite a cada final de
mês o Relatório de Contas a Receber e ainda é feito o registro apenas em uma conta contábil.
A chance de ocorrer erros é enorme (receita contabilizada a maior, recebimento ou fatura não
contabilizada, etc.), não há possibilidade de efetuar qualquer análise.
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Fechamento de Balanço © - 26
Para dirimir a dúvida sobre a contabilização a maior ou a menor das Receitas pode-se confrontar
a Receita constante no balancete com os Livros de saída de Mercadorias ou Produtos (ICMS/IPI)
e de Serviços (ISS), atendo-se aos grupos:
Observar que muitas operações de saídas não são receitas, exemplos: simples remessa,
devolução de compras, transferências, venda do imobilizado, retorno, doação, amostra, etc.
De certa forma, não há a certeza de que a conta cliente esteja correta, porém, pelo procedimento
acima, afasta-se a hipótese de serem contabilizadas receitas a maior.
3.1.2 Duplicatas e outros créditos que podem ser baixados como perdas e reduzir o lucro
tributável
Análise importante é relativa aos créditos (tais como duplicatas a receber, cheques em cobrança,
notas promissórias, etc.) não recebidos podem ser baixados como perda (despesa dedutível) para
efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL.
Poderão ser registrados como perda os créditos decorrentes de operações com pessoas ou
empresas não ligadas, conforme artigos 9º a 12 da Lei 9.430/1996.
REGRAS GERAIS
a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais), por operação, vencidos há mais de seis meses,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais), por
operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos
judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e
c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais), vencidos há mais de um ano, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
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Nota: a concordata foi substituída pela recuperação judicial na nova lei de falências (Lei
11.101/2005). Entretanto, não há alterações de procedimentos para dedução dos créditos não
garantidos.
CONTABILIZAÇÃO
O registro contábil das perdas será efetuado a débito de conta de resultado e a crédito:
a) da conta que registra o crédito, quando este não tiver garantia e seu valor for de até R$
15.000,00, por operação, e estiver vencido há mais de seis meses, independentemente de
iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
Exemplo:
a) Registro das duplicatas vencidas há mais de 6 meses, sem garantia, dentro do limite de valor.
A baixa é direta à conta de duplicatas a receber:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
31/12/X1 Perdas no Recebimento Vlr dupl. 521, vcto 29/11/X0 não recebida
de Duplicatas- do cliente YZ 25.000,00
Despesas
31/12/X1 (-) Créditos Incobráveis Vlr baixa dupl. 521, vcto 29/11/X0 não
(conta Redutora de recebida do cliente YZ 25.000,00
Duplicatas a Receber)
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Fechamento de Balanço © - 28
Os valores registrados na conta redutora dos créditos poderão ser baixados definitivamente da
escrituração contábil, a partir do momento em que se completar cinco anos do vencimento do
crédito sem que o mesmo tenha sido liquidado pelo devedor.
Apropriar as comissões sobre vendas por cartões de crédito e outras despesas. Tais taxas devem
ser contabilizadas, por ocasião da venda, e não somente por ocasião da liberação (crédito) do
valor na conta corrente da empresa.
Uma das contas merecedoras de atenção especial é relativa aos cartões de crédito a receber.
Prática comum no comércio varejista, o parcelamento das compras com cartão, sem juros ao
consumidor, em 2, 3, 5, 10 ou mais parcelas exige a análise de valor presente destas contas.
O ajuste deverá ser procedido considerando a taxa média de desconto para tais operações. O
BACEN, em seu site, divulga uma relação de taxas médias das instituições financeiras.
O cálculo será aplicado sobre o valor a receber e exponenciado segundo o prazo de recebimento.
Exemplo:
Taxa aplicável (taxa aleatória, verificar no site do BACEN a taxa mais próxima da data de 31 de
dezembro, aplicável à operação): 1,84% ao mês.
Fator de ajuste:
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Fechamento de Balanço © - 29
(1 + (1,84%))^3 = 1,056
Então temos:
valor futuro dos créditos: R$ 10.000,00
dividido por fator de ajuste a valor presente: 1,056
igual a: valor presente dos recebimentos de cartão: R$ 9.467,71.
A diferença entre o valor contábil e o valor presente (R$ 10.000,00 – R$ 9.467,71 = R$ 532,29)
constituirá ajuste a valor presente, debitando-se uma conta de resultado e creditando-se uma
conta retificadora do ativo ajustado:
Nota: para fins de apuração do IRPJ e CSLL, tais ajustes não são dedutíveis na apuração da base
de cálculo dos respectivos tributos. Também a reversão ao resultado não se constituirá receita
tributável. Sugere-se manter controle de tais saldos, para fins de correta aplicação das normas do
IRPJ e CSLL.
Os empréstimos e outras transações devem estar suportados por contratos e outros documentos
hábeis.
O setor de Financeiro e o de Contabilidade devem cobrar dos setores envolvidos a emissão das
notas fiscais no exercício e não no exercício seguinte. Ou imediatamente no mês seguinte do
fechamento do balanço, desde que conste na nota fiscal que o serviço ou despesa se refere ao
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Fechamento de Balanço © - 30
mês e ano anterior. Exemplo: 200 almoços referentes ao mês de Dez/X1 (data de emissão da nota
fiscal: 10/01/20X2).
Consequentemente a nota fiscal pode ser contabilizada no mês de dezembro de 20X1, mês de
competência do serviço prestado. Assim, ocasionando economia de IRPJ e CSSL.
Também, ocorre situação em que o funcionário não prestou contas, até o final de
dezembro/20X1, do dinheiro adiantado referente aos gastos das viagens.
É aconselhável, além de acertos periódicos, que a gerência adote o procedimento em que todos
os adiantamentos deverão ser prestados contas até a data de 31.12, para que não fique pendência
alguma no encerramento do exercício. A pendência significa despesa não apropriada no
exercício e por esse motivo há desembolso tributário.
As empresas recebem muitos cheques, para pagamento à vista ou pré-datados, os quais não
podem ser descontados por falta de fundos. Esses cheques podem ser baixados como perda,
obedecendo a prazos e critérios de dedutibilidade das duplicatas a receber, constante no item
3.1.2. O mesmo ocorre com notas promissórias vencidas e não recebidas.
Para a consistência contábil do lançamento é recomendado fazer relação dos cheques, fotocopiá-
los (pela fotocópia é possível identificar a data de emissão do cheque e o carimbo bancário que o
mesmo foi para a compensação, porém foi devolvido), bem como efetuar o lançamento
individualizado dos cheques na Contabilidade. Para fins de contagem do prazo para dedução
como perda, deve-se verificar a data de emissão do cheque.
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As despesas do exercício seguinte (ou despesas antecipadas) serão apresentadas no balanço pelas
importâncias aplicadas, diminuídas das apropriações efetuadas no período, de forma a obedecer
ao regime de competência.
A apropriação das despesas relacionadas neste grupo deve ser feita ao resultado do período a que
corresponderem e não ao período em que foram pagas, mediante controles auxiliares, com as
informações relativas aos valores pagos e às parcelas a serem apropriadas.
À opção do contribuinte, as variações cambiais ocorridas serão tributáveis, para fins de apuração
do PIS, COFINS, IR e CSLL, a partir de sua realização, retroativamente a 01.01.1999.
Poderá ser excluída a parcela das receitas financeiras decorrentes da variação monetária dos
direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, submetida à
tributação, segundo o regime de competência, relativa a períodos compreendidos no ano-
calendário de 1999 em diante, excedente ao valor da variação monetária efetivamente realizada,
ainda que a operação correspondente já tenha sido liquidada.
Contabilização:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Exclusão no Lalur:
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Além de diminuir o IRPJ e a CSSL, o valor não recebido deverá ser excluído também da base de
cálculo do PIS e da COFINS.
No exercício, em que o valor for efetuado o pagamento, a variação cambial ativa deve ser
adicionada ao lucro real.
Quando um crédito não é atualização por vários anos, pode gerar Imposto de Renda e CSSL no
período em que foi atualizado. Isso ocorre, por exemplo, com a taxa Selic, que atualiza os
tributos Federais.
A empresa tem um crédito de Imposto de Renda a recuperar referente ao ano de 20X5, e no ano
de 20X9 precisa atualizá-lo para compensar, não tendo sido atualizado nos anos anteriores. No
entanto, no ano-calendário de 20x9, está com lucro contábil e qualquer lançamento nas contas de
resultados a título de receita gera IRPJ e CSSL.
Porém se no ano de 20X5 houve prejuízo fiscal, poderão ser feitos os seguintes lançamentos:
1) Atualização 20X6
Contabilidade:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
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Fechamento de Balanço © - 33
Através destes lançamentos contábeis não haverá a incidência de Imposto de Renda e nem
CSSL, devendo apenas ajustar prejuízo fiscal de cada ano no Livro LALUR (Livro de Apuração
do Lucro Real).
Os valores são ajustados pelo regime de competência, em cada período a que se referem,
utilizando-se o LALUR, não é necessário alterar os registros contábeis dos referidos períodos.
Lalur:
2) Atualização de 20X9:
Contabilidade:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Apenas sobre o valor da atualização pela SELIC relativo ao ano de 20X9 haverá a incidência do
Imposto de Renda e da CSSL.
Essa conferência deve ser minuciosa, valor por valor, pois esses valores serão deduzidos do
Imposto a Pagar, e não existindo o referido crédito a empresa será autuada.
Ocorrem situações em que o IRRF não é contabilizado e nem deduzido do Imposto a pagar,
também, em outros casos o IRRF é indevidamente contabilizado como despesa da empresa.
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Fechamento de Balanço © - 34
As observações acima também são válidas para o PIS, a COFINS e a CSSL retida na fonte.
Conferir o cálculo da atualização pela SELIC dos tributos federais de anos anteriores ou pagos a
maior.
Além de analisar se os tributos federais estão sendo atualizados pela SELIC, deve ser verificado
se os tributos federais pagos a maior ou crédito de anos anteriores estão sendo compensados,
independentemente de sua espécie, bem como conferir se as compensações estão corretas,
através do preenchimento adequado da PERDCOMP, observando o seguinte:
O saldo negativo do IRPJ e CSSL (valores pagos a maior que o devido) bem como o PIS,
COFINS, IPI, ITR e demais tributos federais administrados pela RFB poderão ser compensados
com tributos federais de diferentes espécies, mediante Declaração de Compensação
(PER/DCOMP), via internet.
Essa compensação é automática, cabendo a Receita Federal posterior verificação para constatar a
existência do crédito compensado.
O saldo negativo do IRPJ e CSLL, pagos a maior por ocasião da suspensão ou redução do
balanço/balancete referente ao ano relativo ao fechamento do balanço, podem ser compensados
com os mesmos ou com outros tributos a partir do mês de janeiro do ano seguinte, mediante
PER/DCOMP - Ato Declaratório SRF 3/2000.
Os tributos pagos indevidamente podem ser compensados a partir do dia do pagamento indevido.
Nota: eventual saldo credor do IPI poderá ser compensado com IRPJ, CSLL, PIS e COFINS a
pagar.
A atualização pela SELIC dos tributos pagos a maior ou indevidamente é calculada a partir da
data em que o tributo foi pago a maior (PIS, COFINS, IRRF, IPI, ITR).
A atualização do IRPJ e da CSSL pagos a maior deverá ser efetuado a partir do dia seguinte ao
do encerramento do trimestre (31/mar., 30/jun./, 30/set. e 31/dez.) quando a opção for pelo lucro
real trimestral ou a partir do dia seguinte ao encerramento anual (31/dez.) quando a opção for
pelo Lucro Real Anual.
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Fechamento de Balanço © - 35
Contabilidade:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Confrontar o saldo contábil do IPI com o Livro de Apuração do IPI e respectivas conciliações.
4. ESTOQUES
Representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da entidade.
Exemplo: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias.
A conta de estoque deve estar conferindo obrigatoriamente com o total da posição do Inventário
a cada trimestre (Lucro Real Trimestral) ou fechamento anual do balanço (Lucro Real Anual,
Lucro Presumido e Simples).
Se a empresa apura o Imposto de Renda anual com suspensão ou redução, mês a mês deve
manter um relatório de estoque não sendo necessário o registro no Livro de Inventário, porém ao
final do exercício – 31.12, deverá manter registrado o Livro de Inventário, o qual deve estar em
conformidade com as respectivas contas de estoque na contabilidade.
A empresa deve atentar para o preço unitário de cada mercadoria ou produto, podendo avaliar as
mercadorias compradas para revenda pelo valor das últimas aquisições menos o ICMS.
No caso de fabricação de produtos a matéria-prima pode ser avaliada pelo preço das últimas
aquisições menos o ICMS e IPI, os produtos acabados avaliados por 70% do maior preço de
venda (sem deduzir o ICMS) e os produtos em elaboração avaliados por 56% do maior preço de
venda (sem deduzir o ICMS).
O estoque pode ser avaliado com base em registros contábeis, o chamado preço médio das
últimas aquisições menos os impostos recuperáveis (PEPS e Custo Padrão).
As contas de estoque estão ligadas diretamente como Custo de Mercadoria Vendidas, Custo de
Produtos Produzidos e de Serviços Prestados.
Assim, quanto maior o valor registrado no estoque (superavaliação) maior será o lucro,
consequentemente maior será o IRPJ e CSLL a pagar; e quanto menor o valor registrado no
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Fechamento de Balanço © - 36
estoque (subavaliação) menor será o lucro e por consequência menor o IRPJ e CSLL, os quais
são calculados em função do lucro.
O Custo médio, para as mercadorias revendidas e matérias primas, o qual será determinado pelo
registro permanente de estoques, sendo que não fazem parte do custo de aquisição os impostos
recuperáveis, os quais a empresa tem o direito ao crédito (ICMS, IPI, PIS, COFINS), sendo
acrescido o seguro e o transporte.
Obs.: na indústria o IPI é recuperável, porém em uma empresa que revende mercadoria o IPI não
é recuperável, devendo ser parte integrante do custo da empresa.
O PN CST 6/1979 dispõe que as saídas podem registradas unicamente no fim de cada mês, desde
que avaliadas ao preço médio que, sem considerar o lançamento de baixa, se verificar naquele
mês.
Exemplo:
Observe-se que, a cada entrada, o custo médio variou, mas a baixa (saída) foi efetivada num
único lote, alterando desta forma o Custo da Mercadoria Vendida. Porém, pode ser adotado o
sistema que calcule diariamente o custo da baixa.
4.2.2 PEPS
Se a empresa não mantiver o registro permanente de estoque poderá avaliar o estoque das
mercadorias e matérias-primas pelo preço das últimas aquisições menos os impostos
recuperáveis - ICMS, IPI, PIS e COFINS-, também chamado de PEPS.
PEPS - o primeiro que entra é o primeiro que sai. Também conhecido como FIFO (sigla, em
inglês, de “first in, first out”).
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Fechamento de Balanço © - 37
Este método é admitido pela legislação fiscal (item 2.2 do PN CST 6/1979).
Vamos exemplificar, utilizando a mesma movimentação que apresentamos no custo médio. Pelo
PEPS, a avaliação do CMV ficaria:
Como se observa na movimentação acima, os estoques finais pelo método PEPS foram de R$
1.900,00 (se fosse pelo custo médio o estoque final seria de R$ 1.709,09).
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Fechamento de Balanço © - 38
A empresa poderá também avaliar o estoque pelo custo arbitrado, no qual as mercadorias serão
avaliadas em 70% do maior preço de vendas desse produto no período-base, não sendo permitida
a exclusão do ICMS.
Exemplo:
Valor do maior preço de venda – conforme nota fiscal - R$ 88,00, por unidade.
Cálculo:
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a cinco por cento do custo total
dos produtos vendidos no período de apuração anterior, poderá ser registrada diretamente como
custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º).
Nota: para fins contábeis, é necessário separar, por contas distintas, os respectivos gastos, a fim
de determinar a composição dos custos de produção.
A Mão-de-Obra Direta (MO) é representada pelos salários devidos ao pessoal que trabalha
diretamente no produto.
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Fechamento de Balanço © - 39
Como exemplo, podemos citar os materiais indiretos, a mão de obra de supervisão, aluguéis e
arrendamento mercantil dos bens de produção, o seguro do estabelecimento industrial, as
depreciações das máquinas industriais, energia elétrica, manutenção dos bens, vigilância,
limpeza, etc.
Uma equação bastante simples que visualiza o custo de produção unitário, poderia ser assim
obtida:
Evidentemente que, para situações reais, haverá necessidade de cálculos e rateios relativos ás
linhas de produção e aos diversos produtos fabricados, acrescido dos estoques em elaboração
anteriores e descontados os estoques em elaboração atual, etc.
Os produtos em fabricação e acabados serão avaliados pelo custo de produção, sendo observado
a exigência de contabilidade de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração
contábil.
O custo-padrão é um custo pré-atribuído, tomado como base para o registro da produção antes da
determinação do custo efetivo.
1. Prefixação de seu valor, com base no histórico ou em metas a serem perseguidas pela
empresa;
2. Pode ser utilizado pela contabilidade, desde que se ajuste, periodicamente, suas variações para
acompanhar seu valor efetivo real (pelo método do custo por absorção).
3. Permite maior facilidade de apuração de balancetes, sendo muito utilizado nas empresas que
precisam grande agilidade de dados contábeis.
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Fechamento de Balanço © - 40
Também o Parecer Normativo CST nº 6/79, exige que se faça o ajuste periódico na contabilidade
entre o método de custeio padrão e custeio integral, como descrito no item 3.5:
“3.5. No caso em que a empresa apure custos com base em padrões pré-estabelecidos
(custo-padrão), como instrumento de controle de gestão, deverá cuidar no sentido de que
o padrão incorpore todos os elementos constitutivos atrás referidos, e que a avaliação
final dos estoques (imputações dos padrões mais ou menos as variações de custos) não
discrepe da que seria obtida com o emprego do custo real. Particularmente, a
distribuição das variações entre os produtos (em processo e acabados) em estoque e o
custo dos produtos vendidos deve ser feito a intervalos não superiores a três meses ou
em intervalo de maior duração, desde que não expedido qualquer um dos prazos
seguintes: (1) o exercício social; (2) o ciclo usual de produção, entendido como tal o
tempo normalmente despendido no processo industrial do produto avaliado. Essas
variações, aliás, haverão que ser identificadas a nível de item final de estoque, para
permitir verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos sobre a
valoração dos inventários.”
Custo Custo
Unitário Padrão
Materiais Quant. Unid. R$ R$
cimento 0,5 sc 18,00 9,00
areia 0,2 m3 7,00 1,40
ferro 4,2mm 1,0 barra 10,00 10,00
ferro 6,0 mm 1,0 barra 20,00 20,00
pedra 0,2 m3 7,00 1,40
Subtotal 41,80
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Fechamento de Balanço © - 41
Subtotal 21,00
Os cálculos deverão ser feitos, no caso da fabricação de pré-moldados, pelo Engenheiro Civil,
demonstrados em forma de laudos (planilhas demonstrativas), assinados e revisados
trimestralmente.
Não havendo significativa modificação de um trimestre para o outro, poderá ser feita nova
avaliação no máximo a cada término de exercício social, conforme item 3.5, do Parecer
Normativo CST nº 6/79.
Depois de apurado o Custo Padrão, para fins de avaliação e movimentação do estoque poderá ser
adotado o Custo Médio ou o PEPS.
1) Os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-
primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos
acabados;
2) Os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de
apuração.
Para aplicação do disposto no item 2, o valor dos produtos acabados deverá ser determinado
tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de ICMS.
Exemplo:
A Placa de concreto pré-fabricado 1,5m x 2,0m é vendida por R$ 150,00 a unidade, estando
inserido nesse preço 10% do IPI, no valor de R$ 15,00. O cálculo do estoque pelo arbitramento
do custo será:
Observação: somente o IPI será deduzido do preço praticado do produto. Os demais impostos,
como o ICMS, serão mantidos na base de cálculo do custo arbitrado
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Fechamento de Balanço © - 42
Exemplo:
Produto em elaboração
Valor do preço de venda 150,00
(-) IPI 15,00
Base de cálculo 135,00
Percentual de arbitramento 70%
Valor do custo arbitrado 94,50
Percentual do arbitramento
Produto em elaboração 80%
Valor custo arbitrado 75,60
O Ativo Não Circulante é composto pelos direitos que serão recebidos após o término do
exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses.
Exemplo: notas promissórias e créditos a receber (+12 meses), empréstimos a sócios e depósitos
judiciais para garantia em juízo.
Independentemente do prazo, ainda, são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº
6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos a acionistas, empréstimos
às coligadas, empréstimos à controladas, etc.
Nas contas do Não Circulante (Realizável a Longo Prazo), deve-se verificar se os saldos estão
suportados por documentos hábeis e planilhas de controle dos créditos.
Exemplo: se o pagamento do contrato de mútuo está suportado por recibo, contrato etc., bem
assim, em planilhas de apropriação de encargos financeiros.
Somente quando estiver efetivamente assegurada a sua obtenção ou recuperação é que devem ser
reconhecidos.
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Fechamento de Balanço © - 43
Para fins tributários, esta mesma situação viabiliza que as receitas futuras que dependem de
resultado incerto somente venham a ser reconhecidas por ocasião de sua efetiva disponibilização
econômica ou jurídica (art. 43 do CTN).
Como exemplo: a obtenção de juros sobre depósitos judiciais em garantia de instância, enquanto
não definitiva a lide em favor do depositante os valores não deverão ser contabilizados como
receita, evitando assim, o recolhimento do PIS, COFINS, IRPJ e CSSL.
A correta contabilização de incentivos fiscais permite que se obtenha economia fiscal (além do
benefício já utilizado). Isto porque as subvenções para investimento, inclusive mediante isenção
ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de
empreendimentos econômicos e as doações feitas pelo poder público não serão computadas na
determinação do lucro real, desde que seja registrada em reserva de lucros a que se refere o art.
195-A da Lei 6.404/1976.
Na hipótese de utilização para absorção de prejuízos, a pessoa jurídica deverá recompor a reserva
à medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes.
Exemplo:
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Fechamento de Balanço © - 44
Muitas empresas detêm, em sua contabilidade, contas que geram despesas tributárias.
São contas que podem estar sendo atualizadas (variação monetária e juros) sem base que suporte
o registro.
Uma receita financeira/ano de R$ 10.000,00 pode ter um custo tributário de até R$ 3.865,00/ano
(IRPJ, CSL, PIS e COFINS) – considerando-se uma empresa tributada pelo lucro real.
Muitas destas contas são heranças de balanços anteriores. A maioria delas não tem respaldo
(documentação) contábil.
Nesta hipótese, é cabível a baixa, por inexistência de documentação suporte. Inexistindo o ativo,
inexiste a receita financeira, e também o custo tributário. Recomenda-se documentar a baixa com
laudo de perito contábil, indicando a inexistência da documentação pertinente.
Contabilidade:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Para fins tributários a legislação divide o mercado em duas espécies: mercado de renda fixa e
mercado de renda variável.
São também tributados como aplicações financeiras de renda fixa os rendimentos auferidos:
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Fechamento de Balanço © - 45
- pela entrega de recursos a pessoa jurídica, sob qualquer forma e a qualquer título,
independentemente de a fonte pagadora ser ou não instituição autorizada a funcionar pelo Banco
Central do Brasil;
- nas operações de mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica
e pessoa física.
a) 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de até 180
(cento e oitenta) dias;
b) 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias até 360
(trezentos e sessenta) dias;
c) 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de 361
(trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias;
d) 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte) dias.
No caso de mútuo entre pessoas jurídicas, a incidência do imposto na fonte ocorre inclusive
quando a operação for realizada entre empresas controladoras, controladas, coligadas e
interligadas.
Nas operações de mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e
pessoa física em que o prazo de pagamento seja indeterminado, a alíquota do imposto sobre a
renda na fonte é de 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento).
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Fechamento de Balanço © - 46
d) a instituição ou entidade que, embora não seja fonte pagadora original, faça o
pagamento dos rendimentos ao beneficiário final.
Incidência de IOF
O IOF incide sobre as operações de crédito realizadas por instituições financeiras, por empresas
de factoring e entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física.
O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação,
ou sua colocação à disposição do interessado e é incidente sobre o saldo devedor diário apurado
no último dia de cada mês.
O ativo não circulante será composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível, deixando de existir a anterior classificação “ativo permanente” (que
vigorava até 04.12.2008).
Graficamente:
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
6.1 INVESTIMENTOS
Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo
principal da entidade.
Exemplos: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras empresas, participação
em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras de arte.
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Fechamento de Balanço © - 47
REGRAS DE AVALIAÇÃO
Por força da Lei 11.638/2007, que alterou o art. 248 da Lei 6.404/1976 , a partir de 01.01.2008, a
obrigatoriedade de avaliar pelo método da equivalência patrimonial atinge os investimentos
em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com
20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
1. A empresa “A” tem 80% do capital social da empresa “B”, sendo um investimento
relevante;
2. No Balanço da empresa “A” deve constar o resultado da participação na empresa “B”, a
chamada equivalência Patrimonial;
3. O cálculo é efetuado sobre o valor do Patrimônio Líquido da empresa “B” (patrimônio
líquido = Capital Social + Reservas + Lucros/prejuízos acumulados);
4. Após apurado o Resultado do ano na empresa “B”, o Patrimônio Líquido é de R$
1.000.000,00;
5. Calcula-se 80% de 1.000.000,00 = 800.000,00. Esse é o valor da participação na empresa
“B”;
6. Então, se na empresa “A”, havia um saldo de R$ 600.000,00, deverá ser feito um ajuste
de R$ 200.000,00, para que o saldo feche com os R$ 800.000,00;
7. O valor de R$ 200.000,00 é chamado de resultado da equivalência patrimonial, sobre o
qual não haverá incidência de IRPJ nem CSLL, será excluído do lucro real, através do
LALUR.
O resultado não deverá ser refletido no Balanço se o Investimento não for relevante ou se o valor
do Patrimônio Líquido da empresa investida (em nosso exemplo a empresa “B”) apresentar o
Patrimônio Líquido Negativo.
Por força da Lei 11.638/2007, que alterou o art. 248 da Lei 6.404/1976, a partir de 01.01.2008,
não estão obrigados em avaliar pelo método da equivalência patrimonial que atinge os
investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que
participe com percentual INFERIOR a 20% (vinte por cento) do capital votante, em
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Fechamento de Balanço © - 48
controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle
comum.
Esses valores deverão permanecer com os saldos originais dos investimentos, quaisquer
lançamentos de ajuste, por ocasião de equivalência patrimonial, serão tributados pelo IRPJ e pela
CSSL.
7. ATIVO IMOBILIZADO
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Fechamento de Balanço © - 49
Exemplo: normalmente utiliza-se a taxa de 20% ao ano para caminhões, no entanto a taxa de
depreciação da maioria dos caminhões é de 25% (neste caso reflete também no recolhimento do
PIS e da COFINS, já que a legislação permite o crédito sobre depreciação dos bens do ativo
imobilizado).
Edificações – 4% ao ano
Instalações – 10% ao ano
Móveis e Utensílios – 10% ao ano
Máquinas e Equipamentos – 10% ao ano
Ferramentas – 15% ao ano
Veículos – 20% ao ano
Caminhões – de 20% a 25%
Equipamentos de Informática – 20% ao ano
Equipamentos de Comunicação – 20% ao ano
Sendo a Contabilidade uma ciência que controla o Patrimônio das empresas, faz-se necessário,
no mínimo, uma relação com todos os bens da empresa (em forma de planilha), com o valor
original de aquisição, sua depreciação e saldo residual, bem como, uma cópia dos respectivos
documentos de aquisição.
Não é exigida essa comprovação se forem usadas taxas inferiores àquelas prescritas na legislação
tributária.
A taxa de depreciação de bens usados, para fins de apuração do custo ou despesa operacional das
empresas tributadas pelo lucro real é calculada considerando como prazo de vida útil o maior
dentre:
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Fechamento de Balanço © - 50
Exemplo:
Caminhão de carga, cuja vida útil é de 4 anos, se adquirido após 3 anos de fabricação, poderá ser
depreciado em 2 anos, aplicando-se a taxa de 50% ao ano.
Em relação aos bens móveis, poderão ser adotados, em função do número de horas diárias de
operação, os seguintes coeficientes de depreciação acelerada (Lei 3.470/58, art. 69):
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Fechamento de Balanço © - 51
Exemplo:
- Gastos incorridos em instalações fixas: R$ 1.000.000,00, em dezembro/20X3;
- Valor depreciado no período de apuração: R$ 3.333,33 (taxa de 4% ao ano proporcional ao
número de meses no ano) = (1.000.000 x 4%) : 12 x 1;
- Saldo não depreciado: (R$ 1.000.000,00 - R$ 3.333,33) = R$ 996.666,67
- Valor a ser excluído do lucro real = R$ 996.666,67
Contabilidade:
O lançamento contábil da depreciação deve ser feito juntamente com os outros bens, conforme
sistema de depreciação ou planilhas alternativas, abaixo apenas está se exemplificando a
contabilização:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
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Fechamento de Balanço © - 52
Como verificamos acima, o lucro foi reduzido de R$ 1.035.000,00, para R$ 38.333,33, uma
economia no ano de 20X8 de aproximadamente R$ 249.166,66 de IRPJ (996.666,67 x 25%).
Esse valor será adicionado ao IRPJ à medida que os bens forem sendo depreciados, a empresa
tem até 25 anos para devolver os tributos ao governo (no caso de benfeitorias 4% ao ano, em 25
anos está totalmente depreciada, no caso de máquinas a taxa é de 10% ao ano, em 10 anos está
totalmente depreciada e assim por diante). Porém cada ano o Contador poderá estudar novas
formas de economia tributária.
Mês a mês deverá ser adicionada ao IRPJ e à CSSL a parcela contabilizada como despesa de
depreciação referente ao bem já utilizado integralmente incentivo fiscal, ou seja, a contabilidade
da empresa não sofre alterações, o incentivo é aproveitado (excluído do Lucro Real) via Lalur e
as adições referente a depreciação são adicionadas à medida que vão incorrendo.
O cálculo é o seguinte:
Valor total do bem R$ 1.000.000,00 x 4% (taxa de depreciação anual) = 40.000,00
O valor do saldo excluído deverá ser controlado na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real
(LALUR) e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração
posterior, pelo valor da depreciação normal que venha a ser contabilizada como despesa
operacional.
Exemplo:
Valor excluído na Parte A do LALUR em 20X8: R$ 996.666,67
Depreciação dos gastos incorridos incentivados em 20X7: R$ 40.000,00
Valor a ser adicionado na Parte B do LALUR em 20X7: R$ 40.000,00
Controle do Saldo na Parte B do LALUR:
Saldo final em 20X8: R$ 996.666,67
Valor adicionado em 20X9 na Parte A: R$ 40.000,00
Saldo final em 20X9: R$ 996.666,67 – R$ 40.000,00 = R$ 956.666,67, como verificamos
abaixo:
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Fechamento de Balanço © - 53
Para fins da dedução, os gastos deverão ser controlados contabilmente em contas específicas,
individualizadas por projeto realizado.
Exemplo:
Projeto de inovação tecnológica do Produto XYZ:
Aquisição de 1 máquina no valor de R$ 250.000,00:
Nas vendas do ativo permanente para recebimento do preço, todo ou e parte, após o término do
ano-calendário seguinte ao da contratação, o contribuinte poderá, para efeito de determinar o
lucro real, reconhecer o lucro na proporção da parcela do preço recebida em cada período de
apuração.
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Fechamento de Balanço © - 54
Para o diferimento da tributação a empresa deverá se enquadrar nas duas situações seguintes:
Nota: o novo valor e a ampliação da dedução poderão ocorrer a partir de 01.01.2014 para os
contribuintes que optarem pela aplicação, em 2014, das novas regras contábeis e fiscais
estipuladas pela MP 627/2013 (convertida na Lei 12.973/2014), conforme desprende-se do inciso
I, § 1, art. 98 e "caput" da referida MP (correspondentes ao inciso I, § 1 do artigo 119 da Lei
12.973/2014).
Assim, ao invés de imobilizar o bem (Débito a Ativo Imobilizado), efetua-se o lançamento a uma
conta de resultado, reduzindo o montante tributável, no caso de empresa tributada pelo Lucro
Real, com redução do IRPJ e CSL devidos.
Contabilidade:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
A Lei 6.404/76 (também chamada Lei das S/A), em seu artigo 8º, admite a possibilidade de se
avaliarem os ativos de uma companhia pelo seu valor de mercado, chamando isto de reavaliação.
O valor da reavaliação do ativo imobilizado é a diferença entre o valor líquido contábil do bem e
o valor de mercado, com base em laudo técnico elaborado por três peritos ou entidade
especializada.
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Fechamento de Balanço © - 55
A partir de 01.01.2008, a Reserva de Reavaliação foi extinta, por força da Lei 11.638/2007.
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização
ou estornados até o final do exercício social de 2008.
Um dos casos em que essa regra se aplica é quando houver operação de incorporação, fusão ou
cisão vinculada a uma efetiva alienação de controle que tenha sido realizada entre partes
independentes, ou seja, sociedades que não façam parte de um mesmo grupo econômico.
Os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente da fusão ou cisão devem ser
ajustados aos valores de mercado e a contrapartida desses ajustes será realizada em uma conta do
patrimônio líquido, denominada “Ajustes de Avaliação Patrimonial”, que pode apresentar saldo
devedor (negativo) ou credor (positivo), dependendo do caso.
Nos termos da nova legislação, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo,
em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. Este procedimento ocorre enquanto tais
valores não são computados no resultado do exercício em obediência ao regime de competência.
Para efeito de apuração do imposto de renda, as pessoas jurídicas fabricantes de bens de capital,
sem prejuízo da depreciação normal, terão direito à depreciação acelerada, calculada pela
aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por 4 (quatro), das
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos entre 1º de maio de 2008
e 31 de dezembro de 2010, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo
industrial do adquirente.
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Fechamento de Balanço © - 56
A depreciação acelerada constituirá exclusão do lucro líquido para fins de determinação do lucro
real e será escriturada no livro fiscal de apuração do lucro real (LALUR).
A partir do período de apuração em que for atingido o limite da depreciação integral (100% do
bem adquirido), o valor da depreciação normal, registrado na escrituração comercial, será
adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real (LALUR).
A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação
acelerada previstos no art. 69 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958.
Via de regra a sociedade utiliza a taxa de 10% de depreciação anual, prevista para máquinas,
aparelhos, equipamentos e instrumentos em geral, por meio da contabilidade e ainda exclui via
LALUR a taxa de 40% anual sobre o valor do bem.
A depreciação acelerada constituirá exclusão do lucro líquido para fins de determinação do lucro
real e será escriturada no livro fiscal de apuração do lucro real (LALUR).
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Fechamento de Balanço © - 57
A partir do período de apuração em que for atingido o custo total do bem, o valor da depreciação
normal, registrado na escrituração comercial, será adicionado ao lucro líquido para efeito de
determinação do lucro real (LALUR).
A depreciação acelerada deverá ser calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação
acelerada previstos no art. 69 da Lei no 3.470, de 28 de novembro de 1958.
Via de regra a sociedade utiliza a taxa de 10% de depreciação anual, prevista para máquinas,
aparelhos, equipamentos e instrumentos em geral, por meio da contabilidade e ainda exclui via
LALUR a taxa de 40% anual sobre o valor do bem.
A Lei 11.051/2004 criou o desconto de crédito na apuração da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL e da Contribuição para o PIS e COFINS não-cumulativas.
Os referidos benefícios aplicam-se tão somente às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real.
a) Desconto na CSLL
As pessoas jurídicas, tributadas com base no lucro real, poderão utilizar crédito relativo à
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de 25% por cento sobre a
depreciação contábil de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados
em ato do Poder Executivo, adquiridos entre 1 de outubro de 2004 e 31 de dezembro de 2010
(data fixada pelo art. 10 da Lei 11.774/2008), destinados ao ativo imobilizado e empregados em
processo industrial do adquirente.
Os bens alvo do referido incentivo são aqueles relacionados nos Decretos 4.955/2004, e
5.173/2004, conforme Decreto 5.222/2004.
Exemplo:
Depreciação de máquinas – valor contabilizado R$ 1.000,00
Crédito da CSLL = R$ 1.000,00 x 25% = R$ 250,00
CSLL apurada: R$ 2.000,00
CSLL a recolher: R$ 2.000,00 – R$ 250,00 = R$ 1.750,00
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Fechamento de Balanço © - 58
1. Limite
A utilização do crédito está limitada ao saldo da CSLL a pagar não gerando a parcela excedente,
em qualquer hipótese, direito à restituição, compensação, ressarcimento ou aproveitamento em
períodos de apuração posteriores.
Exemplo:
a) Crédito da CSLL R$ 500,00
b) CSLL apurada no mesmo período do crédito da CSLL acima: R$ 300,00
Neste exemplo, o crédito da CSLL será de R$ 300,00, pois é o menor valor entre o crédito (a) e a
CSLL apurada (b).
2. Estimativa mensal
Será admitida a utilização do crédito no pagamento mensal por estimativa.
O crédito a ser efetivamente utilizado está limitado à CSLL apurada no encerramento do período
de apuração.
3. Vedação
É vedada a utilização do crédito da CSLL, tanto na apuração anual ou trimestral quanto no
pagamento por estimativa, na hipótese de a pessoa jurídica não compensar base de cálculo
negativa de períodos anteriores existente ou o fizer em valor inferior ao admitido na legislação.
5. Reversão
A partir do ano-calendário subsequente ao término do período de gozo do benefício, deverá ser
adicionado à CSLL devida o valor utilizado a título de crédito em função dos anos-calendário de
gozo do benefício e do regime de apuração da CSLL.
A parcela a ser adicionada será devida pelo seu valor integral, ainda que a pessoa jurídica apure,
no período, base de cálculo negativa da CSLL.
Exemplo 1:
Dedução de créditos da CSLL de 20X4 a 20X8, relativo a máquina incentivada: R$ 25.000,00.
Número de anos de gozo do benefício: 5 (considerando-se que houve fruição do desconto em
todos os anos)
Valor da reversão: R$ 25.000,00 : 5 = R$ 5.000,00/ano.
Por ocasião da apuração da CSLL devida no primeiro período do ano de 20X9, apurou-se CSLL
devida de R$ 1.000,00.
Então, a CSLL a pagar será de:
R$ 5.000,00 (adição da CSLL no período) mais R$ 1.000,00 (CSLL devida no período de
apuração) = R$ 6.000,00.
Exemplo 2:
Dedução de créditos da CSLL de 20X4 a 20X8, relativo a máquina incentivada: R$ 10.000,00
Número de anos de gozo do benefício: 5 (considerando-se que houve fruição do desconto em
todos os anos)
Valor da reversão: R$ 10.000,00 : 5 = R$ 2.000,00/ano.
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Fechamento de Balanço © - 59
Por ocasião da apuração da CSLL devida no primeiro período do ano de 20X9, apurou-se base
de cálculo negativa da CSLL.
Então, a CSLL a pagar será de:
R$ 2.000,00 (adição da CSLL no período) mais R$ 0 - zero (CSLL devida no período de
apuração, por existência de base de cálculo negativa) = R$ 2.000,00.
Exemplo:
Custo de aquisição do bem incentivado, adquirido em 04.10.2004: R$ 100.000,00
Cálculo da parcela mensal:
Para o PIS: R$ 100.000,00 x 1/24 x 1,65% = R$ 68,75
Para a COFINS: R$ 100.000,00 x 1/24 x 7,6% = R$ 316,67.
Mensalmente deve ser contabilizada a amortização desses bens, em conta redutora específica.
TRANSFERÊNCIA
Exemplo:
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Fechamento de Balanço © - 60
Transferência relativa aos saldos das contas “Marcas e Patentes”, no valor de R$ 100.000,00 e
respectiva amortização acumulada de R$ 40.000,00, existentes nas contas do imobilizado, em
01.01.2008:
D – Marcas e Patentes (Ativo Intangível)
C – Marcas e Patentes (Ativo Imobilizado)
R$ 100.000,00
AVALIAÇÃO
Os direitos classificados no intangível devem ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização, feita em função do prazo legal ou
contratual de uso dos direitos ou em razão da sua vida útil econômica, deles o que for menor.
O fundo de comércio e outros valores intangíveis adquiridos são avaliados pelo valor
transacionado, deduzido das respectivas amortizações, calculadas com base na estimativa de sua
utilidade econômica. (NBC 4.2.7.3.)
Marcas e Patentes
Nessa conta são registrados os ativos intangíveis, ou seja, os gastos com registro de marca,
nome, invenções próprias ou contratos de uso de marcas e patentes de terceiros.
Fundo de Comércio
8. ATIVO DIFERIDO
A MP 449/2008, em seu art. 36, de 03.12.2008, convalidada pelo art. 37 da Lei 11.941/2009,
modificou a composição dos grupos patrimoniais, e estabeleceu que o ativo não circulante será
composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível, não
citando o diferido. Portanto, este subgrupo deixa de existir.
Saldos em 31.12.2008
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Fechamento de Balanço © - 61
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder
ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua
completa amortização.
Base: art. 299-A da Lei 6.404/1976 (incluído pela MP 449/2008, art. 37, convalidada pelo art. 37
da Lei 11.941/2009).
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Fechamento de Balanço © - 62
9. PASSIVO CIRCULANTE
Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12
(doze) meses. Ex. fornecedores, empréstimos e financiamentos salários a pagar, provisão para
férias, Obrigações Sociais, Obrigações Fiscais e Tributárias.
9.1 FORNECEDORES
As contas de Fornecedores devem fechar com o relatório das contas a pagar emitido pelo setor
financeiro. Possíveis divergências serão apontadas em formulário de conciliação de contas.
Dessa forma, o setor financeiro deverá emitir, a cada final de mês, relatório constando os
fornecedores em aberto (não pagos), para que, posteriormente, seja confrontado com os saldos
constantes na Contabilidade.
Até mesmo, as aquisições a prazo, que envolvem fornecedores, se não contabilizadas pelo
regime de competência, acarretarão no pagamento a maior ou antecipado de IRPJ, CSSL, PIS,
COFINS, IPI e ICMS. Principalmente IRPJ e CSSL, pois pode ocorrer que, em um exercício, a
empresa tenha lucro e no seguinte prejuízo. De nada adiantará o lançamento de despesas no
período em que houver prejuízo.
Para que a empresa tenha convicção que os saldos contábeis dos fornecedores estejam corretos,
sendo que inexiste o relatório do setor de contas a pagar, naquela data, alternativamente podem
ser feitos os seguintes procedimentos:
Por amostragem, selecionar os fornecedores mais representativos: verificar a liquidação
subsequente, isto é, se as duplicatas constantes no Balanço de 31.12, estão sendo pagas
nos meses subsequentes ao encerramento do Balanço.
Verificar se os saldos contábeis estão respaldados pelas respectivas notas fiscais dos
fornecedores. Atentar aos fornecedores pendentes de pagamento de longa data,
questionar o motivo da pendência e se realmente existe a dívida.
A análise nesta conta deve ser efetuada no sentido de verificar se nos meses de janeiro e
fevereiro do ano subsequente, constam notas fiscais de fornecedores pagas nesses meses, mas
emitidas em novembro ou dezembro do ano anterior. Essa verificação pode ser feita nos
documentos de pagamentos bancários, o movimento de caixa e livros fiscais.
As notas fiscais emitidas em novembro e dezembro, mesmo que pagas em janeiro ou fevereiro
do ano subsequente, deverão ser apropriadas pela data que foram incorridas, neste caso, na data
de emissão da nota fiscal. Além de adequar as demonstrações financeiras, há uma economia
tributária, pois não se paga IRPJ e nem CSSL sobre os valores contabilizados no período devido
(competência).
Essa situação é comum nas empresas e sempre dá ganho tributário para a empresa.
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Fechamento de Balanço © - 63
Contabilidade:
-Notas fiscais de combustível e outras despesas pagas em jan./X2, sendo a data de emissão em
dez/X1:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Normalmente são notas fiscais de pequenos valores, mas somadas representam valores
consideráveis. A empresa apresenta lucro fiscal e deve pagar IRPJ e CSSL, qualquer valor
contabilizado pelo regime de competência trará economia tributária.
São pequenos detalhes em uma ou outra conta, que somados, evitarão o desembolso
desnecessário de tributos.
A Contabilidade Tributária deve ter a visão e a direção de pagar a quantia correta de tributos,
evitando o desperdício: pagamentos a maior ou pagamentos a menor.
Na maioria das vezes as prestadoras de serviços, emitem notas fiscais no início do mês seguinte
referente serviços realizados no mês anterior.
Essas notas fiscais emitidas no mês seguinte ao da realização dos serviços podem ser
contabilizadas pelo regime de competência, no período em que foi incorrida ou realizada a
despesa, prova disso é o contrato firmado entre as partes, bem como a descrição que a nota fiscal
se refere ao trabalho executado no mês contratado: dezembro/20X1, mesmo que as notas sejam
emitidas no mês de janeiro ou fevereiro de 20X2.
Contabilidade:
Serviços executados em dez/X1 no valor de R$ 30.000,00, no entanto a empresa fornecedora do
serviço emitiu a nota fiscal apenas no início de jan/X2.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
A contabilização deve ser efetuada no mês em que foi realizado o serviço apesar da nota fiscal
ter sido emitida no mês seguinte pelos seguintes fundamentos:
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Fechamento de Balanço © - 64
Surge a seguinte situação: esta despesa não será “aproveitada” no ano seguinte? Cada ano é uma
história a parte, pode ser que no ano seguinte a empresa tenha prejuízo e assim por diante. O
Contador deve se concentrar no fechamento do Balanço corrente com o objetivo de economizar
tributo deste ano.
A empresa deve ficar atenta às situações e solicitar ao fornecedor que emita a nota fiscal no mês
da realização dos serviços.
Em muitos casos, principalmente quando a conta de fornecedores não é conciliada, são lançados
pagamentos de juros e outras despesas contra a conta de fornecedores, sendo que o correto é a
apropriação como despesa financeira.
A incorreção mais comum nestas contas se refere aos juros e atualizações monetárias de
empréstimos que são contabilizados quando pagos e não proporcional aos dias transcorridos no
mês. Para isso, verificar se os empréstimos e financiamentos estão atualizados pelos índices de
juros e atualizações constante dos contratos, normalmente empresas pagam tributos por não
corrigirem adequadamente seus saldos (os juros e atualizações)
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Fechamento de Balanço © - 65
Normalmente ocorre que as empresas não calculam a variação monetária e os juros sobre suas
obrigações, contabilizando os mesmos somente por ocasião do pagamento, pelo fato de acharem
o cálculo complicado.
No entanto basta manter uma planilha em Excel e alimentar a taxa de juros e a variação mensal
do índice de atualização.
O simples fato de manter os empréstimos financeiros atualizados gera uma economia tributária
de IRPJ, CSSL.
Contabilidade:
Como exemplo, contabilizamos de uma só vez em dezembro, porém deve ser contabilizado mês
a mês, até para evitar o pagamento a maior do IR e CSLL estimativa mensal.
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Fechamento de Balanço © - 66
Longo P.
9.2.2 IOF
O IOF deve ser contabilizado como despesa financeira na data da assinatura do contrato, pois
mesmo que a empresa antecipe o pagamento do contrato não haverá o desconto respectivo na
dívida. O IOF é definitivo, sendo que a Instituição Financeira deverá recolhê-lo no terceiro dia
útil da semana seguinte da liberação.
Os valores não são muito representativos, mas para quem vai desembolsar 34% de IRPJ e CSSL,
faz diferença.
Contabilidade:
Como no exemplo acima, a empresa teve uma despesa de R$ 1.510,00, referente IOF, mesmo
que diluído entre as parcelas, a contabilização é na data da liberação do contrato.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
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Fechamento de Balanço © - 67
Os tributos até 31.12 devem ser registrados na contabilidade, mesmo que não pagos. O registro
deve ter como base o faturamento, o lucro da empresa e os tributos retidos de terceiros e não
recolhidos. Exemplo: PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, IRPJ, CSSL, IOF.
Essas obrigações deverão ser contabilizadas no mês a que se referem, mesmo que pagas no mês
seguinte. Exemplo: O PIS referente ao mês de julho, deve ser contabilizado no mês de julho
(regime de competência) e não no mês de agosto, quando do seu pagamento.
Mesmo os tributos não pagos devem ser contabilizados pelo seu valor original, pelo regime de
competência, bem assim os juros e multas, à medida que forem incorrendo. Exemplo: No mês de
julho, contabiliza-se R$ 1.000,00, referente PIS. No entanto não é pago no dia de seu
vencimento. Em 31 de agosto, contabilizar os juros de 1% e a multa de 0,33% ao proporcional
aos dias de atraso até no limite de 20%. E assim, mensalmente contabilizar os juros pela variação
da taxa Selic.
Esses valores, mesmo que não pagos, são dedutíveis para fins de IRPJ e CSSL, porém se não
contabilizados, a empresa acaba arcando carga tributária indevida.
Lembrando que os tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, conforme art. 151 do CTN, pelo
motivo de discussão judicial ou administrativa com relação ao pagamento ou não do tributo, seja
por depósito judicial, medida liminar em mandado de segurança e em recurso administrativo (1ª,
2ª ou 3ª Instâncias), serão indedutíveis para fins de apuração do IRPJ e da CSSL, devendo ser
adicionador ao Lucro Real e à Contribuição Social (Lei nº 8.981, de 1995, art. 41, § 1º).
Os tributos a pagar, em dia, devem conferir com os pagamentos no mês seguinte, os tributos a
pagar, em atraso, devem ser relacionados em planilhas a parte para contabilização dos juros e
multas e posterior conferência com os saldos contábeis. Lembrando, ainda, que os tributos em
atraso deverão estar em conformidade com os declarados nas respectivas declarações (SPED-
Fiscal):
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Fechamento de Balanço © - 68
Os saldos devem estar conciliados, mediante composição de saldos, bem assim verificar o
pagamento subsequente dos tributos consignados no Balanço.
De acordo com o art. 41, da Lei 8.981/1995, os tributos são dedutíveis, na determinação do lucro
real, segundo o regime de competência.
O ISS, ICMS, PIS, COFINS, IPI, INSS, FGTS, IPTU, dentre outros, devem ser contabilizados
segundo o regime de competência, mesmo que não pagos, sendo dedutíveis para fins de apuração
do IRPJ e da CSSL.
Somente o IRPJ e a CSSL, não é dedutível, para efeito da determinação do lucro real e base de
cálculo da CSSL. (Parágrafo 2º, artigo 41 da Lei nº 8981/95 e Artigo 1º da Lei nº 9.316/96), no
entanto devem ser contabilizados.
Também não é permitida por Lei (Parágrafo 1º, do artigo 41 da Lei nº 8981/95) a dedução da
base de cálculo da CSSL e IRPJ os tributos com exigibilidade suspensa, ou seja, aqueles que
estão sendo questionados administrativamente (impugnação do auto de infração) ou
judicialmente.
Os tributos acima citados e devidos pela empresa devem ser contabilizados para deduzirem o
lucro real e a base de cálculo da Contribuição Social pelo Regime de Competência.
Contabilidade:
Contabilização da COFINS não recolhida, até 31.12.20X9, referente competência jan/X9.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
9.3.2 Juros e multas de mora sobre tributos não pagos – redução do IRPJ e CSSL
Além de contabilizar o tributo não recolhido, conforme descrito acima, a empresa deverá ainda
contabilizar os respectivos juros e multas de mora.
A multa de mora é dedutível na apuração do lucro real do exercício em que foi incorrida, mesmo
paga no exercício subsequente. Idem para os juros incidentes sobre tributos não recolhidos no
prazo legal.
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Fechamento de Balanço © - 69
Tais encargos são dedutíveis no período em que foram incorridos e não no período de seu efetivo
pagamento, prevalecendo o regime de competência.
Não confundir as MULTAS POR INFRAÇÃO FISCAL (multa de ofício punitiva, aplicada pela
fiscalização, através de auto de infração) - a qual é indedutível para fins de IRPJ e CSLL - com
MULTAS DE MORA (multa sobre atraso no recolhimento de tributos) a qual é dedutível.
Assim, os juros SELIC e a multa de mora sobre tributos ainda não pagos podem ser
contabilizadas mês a mês conforme vão incorrendo. Esse procedimento traz economia sobre o
pagamento do IRPJ e CSSL.
Contabilidade:
Multas
31/12/X9 Despesas Tributárias – Valor multa sobre Cofins referente
Multas competência jan/X9 4.480,00
31/12/X9 Cofins a Recolher – Valor multa sobre Cofins referente
Passivo Circulante competência jan/X9 4.480,00
Juros
31/12/X9 Despesas Tributárias – Valor juros sobre Cofins referente
Juros competência jan/08 – fev. a dez/X9 3.519,04
31/12/X9 Cofins a Recolher – Valor juros sobre Cofins referente
Passivo Circulante competência jan/08 – fev. a dez/X9 3.519,04
9.3.3 Dedutibilidade das multas e juros de mora por atraso do IRPJ e CSLL
A provisão do IRPJ e a provisão CSLL não são dedutíveis para efeito da determinação do lucro
real e base de cálculo da CSLL. (Parágrafo 2º, artigo 41 da Lei 8.981/1995 e Artigo 1º da Lei
9.316/1996).
Porém os juros e a multa de mora incorridos ou pagos por atraso são dedutíveis. Isto significa
mesmo que o IRPJ e CSLL não estejam pagos, a multa de até 20% e os juros Selic deverão ser
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Fechamento de Balanço © - 70
contabilizados conforme incorridos, sendo dedutíveis para fins de apuração do Imposto de Renda
e da Contribuição Social sobre o Lucro, conforme exposição nos itens 9.3.1 e 9.3.2.
Contabilidade:
IRPJ a pagar em 31/01/X9, no valor de R$ 100.000,00, porém ainda não pago até a data de
31/12/X9, terá 20% de multa mais juros Selic de 13,07% (soma da Selic de fev/X9 a nov/X9 +
1% referente o mês de dez/X8, apenas como exemplo), sendo:
-Multa – 100.000,00 x 20% = 20.000,00
-Juros – 100,000,00 x 13,07% = 13.070,00
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Multas
31/12/X9 Despesas Tributárias – Valor multa sobre IRPJ referente vcto em
Multas 31/01/X9 20.000,00
31/12/X9 IRPJ a recolher – Valor multa sobre IRPJ referente vcto em
Passivo Circulante 31/01/X9 20.000,00
Juros
31/12/X9 Despesas Tributárias – Valor juros sobre IRPJ referente vcto em
Juros 31/01/X9 13.070,00
31/12/X9 IRPJ a Recolher – Valor juros sobre IRPJ referente vcto em
Passivo Circulante 31/01/X9 13.070,00
A empresa deve manter o controle e a contabilização mensal dos juros incidentes sobre o
parcelamento de tributos, pois os mesmos são dedutíveis pelo regime de competência. A
atualização trará a empresa economia de IRPJ e CSSL.
Contabilidade:
Juros
31/08/X9 Despesas Tributárias – Valor juros Selic sobre Parcelamento de
Juros Tributos. 3.984,00
31/08/X9 Parcelamento Tributos – Valor juros Selic sobre Parcelamento de
Passivo Circulante/ Tributos. 3.984,00
Exigível a Longo Prazo
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Fechamento de Balanço © - 71
Outro ponto a ser observado, a empresa poderá contabilizar o parcelamento fiscal como despesa
dedutível na data em que realizou o parcelamento, ou seja, a empresa que por qualquer motivo
não contabilizou os tributos, multas e juros parcelados no período em que os mesmos incorreram
, para fins tributários, pode contabilizá-los como despesas no mês em que oficializou o
parcelamento junto ao órgão público competente. Sendo o próprio parcelamento comprovante
hábil da despesa contabilizada, por ser o parcelamento de tributos uma confissão de dívida de
determinado tributo ainda não declarado ou declarado e não pago.
Neste caso o Regime de Competência passa a ser a data da emissão do Parcelamento, o qual é
caracterizado como Confissão de Dívidas.
Observar que as MULTAS POR INFRAÇÃO FISCAL (oriundas de multa de ofício, por
autuação fiscal, aplicadas pelo fiscal) são indedutíveis para o IRPJ e CSSL. Já a MULTA de
MORA (por atraso do tributo) é perfeitamente dedutível.
Contabilidade:
Exemplo 01:
Em 10/07/X9, a empresa efetuou parcelamento de COFINS, referente a anos anteriores, no valor
de R$ 239.315,12, os quais não estão contabilizado no seu Passivo. Esse valor poderá ser
contabilizado como despesa dedutível em 10/07/X9, motivo pelo qual o parcelamento é uma
confissão de dívidas, sendo a data da aprovação do requerimento de parcelamento a data hábil
para contabilização.
Exemplo:
Valor original: 112.355,00
Valor da multa de mora: 44.471,00
Valor dos juros: 82.489,12
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Exemplo 02:
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Fechamento de Balanço © - 72
Exemplo 03:
Em 10/07/X8, a empresa foi autuada pela Receita Federal e efetuou parcelamento de COFINS,
referente aos anos anteriores, no valor de R$ 279.110,37, o qual não está contabilizado no seu
Passivo. Esse valor poderá ser contabilizado como despesa dedutível em 10/07/X9, motivo pelo
qual o parcelamento é uma confissão de dívidas, sendo a data do requerimento aprovado a data
hábil para contabilização, EXCETO AS MULTAS DE OFICIO, APLICADAS PELA
FISCALIZAÇÃO, QUE SÃO INDEDUTÍVEIS.
Neste exemplo, cabe adição na parte A do LALUR, pela mula multa de ofício, por autuação
fiscal, aplicadas pelo fisco, no valor de R$ 84.266,25:
Lalur:
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Fechamento de Balanço © - 73
Neste grupo de contas são analisadas as despesas incorridas no mês, que devem ser
contabilizadas pelo Regime e Competência, devendo ser registradas, no mês ou ano seguinte,
pelo Regime de Caixa (pagamento). São contas, que isoladamente não são expressivas, mas
somadas podem representar uma boa economia de IRPJ e CSSL.
Por exemplo, se a empresa estiver apurando lucro, cada R$ 1,00 contabilizado como despesa
pode gerar uma economia de R$ 0,25 a R$ 0,34, sem considerar o efeito de eventuais créditos do
PIS e da Cofins não cumulativos. Por isso a importância do Contador verificar conta por conta.
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4. Despesas de Leasing
Obs.: o exemplo da contabilização refere-se apenas a despesa do Leasing, sendo que o residual pago para a
aquisição do bem deve ser contabilizado na conta do Ativo Permanente.
5. Aluguel a pagar
6. Notas fiscais emitidas no início do ano, mas referentes a serviços do ano anterior ao encerramento do
balanço.
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Essas notas fiscais emitidas no mês seguinte ao da realização dos serviços podem ser
contabilizadas pelo regime de competência, no período em que foi incorrida ou realizada a
despesa, prova disso é o contrato firmado entre as partes, bem como a descrição que a nota fiscal
se refere ao trabalho executado no mês contratado: dezembro/X9, mesmo que as notas sejam
emitidas no mês de janeiro ou fevereiro de 10.
Normalmente são pequenas despesas feitas no final do ano e pagas no início do ano subsequente,
são contabilizadas no ano subsequente.
Esses valores, mesmo de monta pequena devem ser contabilizados no balanço encerrado em
31.12, com consequente economia tributária.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Como são valores menores, a contabilização desses valores pode ser feita em uma única conta,
pois em janeiro do ano subsequente, conforme o pagamento, serão baixados.
8. Outras despesas referentes ao exercício que devem ser apropriadas pelo regime de
competência e pagas no exercício seguinte
Neste item podem ser considerados os acertos de viagens, combustíveis, despesas de veículos e
outros, pagos no ano seguinte ao do encerramento do balanço, porém a nota fiscal foi emitida em
dezembro/X9.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Notas fiscais ref despesas de viagens pagas em jan/10, mas as mesmas foram
emitidas em dez/X9
31/12/X9 Despesas de viagens - Vlr nfs. Combustível/ hospedagem/
Despesas restaurante a pagar cfe relatório de
viagens nº 100/X9 1.350,00
31/12/X9 Outras Contas a Pagar Vlr nfs. Combustível/ hospedagem/
-Contas a Pagar – PC restaurante a pagar cfe relatório de
viagens nº 100/X9 1.350,00
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Fechamento de Balanço © - 76
10. Comissões a pagar sobre vendas com cartão de crédito (taxa cartão de crédito e juros
antecipação cartão de créditos).
Essas taxas podem ser contabilizadas na data da venda das mercadorias, mediante o relatório das
vendas por cartão de crédito, independentemente da data do repasse, pois a comissão do cartão
de crédito é devida em função da venda independente do prazo do repasse do numerário.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Comentários:
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Fechamento de Balanço © - 77
O objetivo do exposto até aqui é construir um raciocínio tributário de forma a escolher a melhor
e mais segura opção de economia de tributos para a empresa.
Isto posto, nos permite comentar que o Contador deve julgar se é necessário ou não adotar certos
procedimentos citados neste trabalho. Por exemplo: se a empresa estiver com prejuízo fiscal no
exercício não é interessante (do ponto de vista tributário) realizar os lançamentos contábeis
descritos, pois aumentará o prejuízo fiscal, e este está limitado sua compensação a 30% do lucro
do exercício. Assim, ao contabilizar o gasto no ano seguinte estará aproveitando a totalidade da
despesa, sem criar problemas com o fisco federal, pois o fisco não poderá desconsiderar (glosar)
uma fatura de energia elétrica, emitida em 05/01/10, referente dez/X9 e contabilizada em X9,
devido à existência da fatura com data de emissão no ano de 2010, tão pouco poderá tornar a
despesa indedutível se for contabilizada pelo Regime de Competência em X9.
Outro fator importante, é o de que cada lançamento contábil necessita ter consistência
documental, seja contratual ou legal.
Exemplos:
A contabilização das comissões de cartão de crédito deve estar suportada por relatório
individualizado das vendas, sobre o qual é aplicado o índice de comissão contratado com
a Administradora do Cartão de Crédito, comprovando que o valor é devido na
competência contabilizada. O lançamento contábil pode ser global por administradora de
cartão, com base em relatório discriminativo. Qualquer valor contabilizado no Passivo
sem que se possa mensurar que o valor é devido na data, torna-se uma provisão: um valor
que depende de efeitos futuros para ser realizar, incerto; e deverá ser adicionado ao IRPJ
e à CSSL, conforme art. 13, da Lei 9.249/95.
O valor dos tributos, multas e juros devem estar discriminados em uma planilha,
compondo competência por competência em atraso, suas respectivas multas e juros, para
comprovar, a qualquer tempo, à uma fiscalização que os valores são devidos conforme a
lei determina e que as bases estão compostas e declaradas na DCTF, DIPJ, Gia, Gfip, etc.
O valor da fatura de energia elétrica contabilizada em dez/X1 deve estar em
conformidade com o valor pago, nada impede que sejam feitos ajustes no mês seguinte
para adequar o saldo contábil, desde que não representativos. Por exemplo, o valor da
fatura é de R$ 1.000,00, no entanto foi contabilizado R$ 1.100,00, realiza-se um ajuste de
R$ 100,00. Diferentemente quando contabiliza R$ 10.000,00, no ano anterior e o valor
correto é R$ 2.000,00, certamente em uma fiscalização o valor será glosado.
Por ocasião da aquisição do bem adquirido por Consórcio, há necessidade de registrar o custo
total na conta própria desse bem, no subgrupo ativo imobilizado, bem como os ajustes
decorrentes do (a):
Total dos pagamentos realizados (inclusive lance, se for o caso), dando-se baixa na conta
transitória em que foram registrados inicialmente.
Dívida assumida, calculada pela multiplicação do valor atual da parcela mensal pelo
número de parcelas restantes, a qual será registrada em conta (s) do passivo circulante e
exigível a longo prazo, se for o caso.
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Fechamento de Balanço © - 78
Portanto, para fins de apuração do resultado contábil, é interessante que estes registros sejam
feitos imediatamente por ocasião do recebimento do bem, para permitir a dedução como despesa
financeira do ajuste de valor das parcelas vincendas.
Exemplo:
Valor de veículo adquirido mediante consórcio: R$ 50.000,00
Valor das quotas já pagas (registradas no ativo) R$ 20.000,00
Ajuste contábil:
Os acréscimos no saldo a pagar que ocorrerem no futuro por mudanças no preço do bem, serão
considerados como despesas de variações monetárias, visto que se referem à atualização
monetária de obrigações em função de índices contratados.
c) Efeitos fiscais
As empresas poderão deduzir, para efeitos de apuração do lucro real e da base de cálculo da
contribuição social sobre o lucro, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular,
sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do
patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP
(Lei 9.249/95, art. 9º) e condicionado à existência de lucros, computados antes da dedução dos
juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao valor de
duas vezes os juros a serem pagos ou creditados
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Fechamento de Balanço © - 79
Imposto de Renda: retêm-se 15% dos sócios, mas deduz-se integralmente como despesa
financeira o valor dos juros (dentro dos limites e condições fixados), podendo reduzir até 25% de
IRPJ. A diferença pode resultar em menor IRPJ de até 10% sobre o valor pago/creditado dos
juros.
Nota: a tributação, para os sócios (pessoas físicas) é exclusiva na fonte (§ 3o art. 9 da Lei
9249/95).
CSLL: pode deduzir-se até 100% do valor pago/creditado, dentro dos limites e condições
fixados, podendo economizar até 9% do valor.
Em síntese: a utilização deste planejamento poderá resultar numa economia de até 19% do valor
pago/creditado.
Exemplo de Cálculo:
Demonstrativo do Cálculo:
Total das Contas do Patrimônio Líquido 4.850.000,00
(-) Reserva de Incentivos Fiscais (vide subtópico (500.000,00)
seguinte, a partir de 01.01.2024)
= Base de Cálculo 4.350.000,00
Limite de Dedutibilidade
Maior valor de:
Ou
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Fechamento de Balanço © - 80
Como verificado no exemplo, a base de cálculo dos Juros s/ Capital Próprio é o Patrimônio
Líquido da empresa ajustado, conforme determinações legais (veja sinopse a seguir).
A Partir de 2024
A partir de 01.01.2024, por força da Lei 14.789/2023, que alterou o art. 9º da Lei 9.249/1995, a
base de cálculo para fins de crédito de juros TJLP compreenderá somente as seguintes contas ou
grupos do Patrimônio Líquido:
A Lei 12.973/2014, ao dar nova redação ao artigo 9º da Lei 9.249/1995, estabeleceu que, a
partir de 2015, com vigência até 31.12.2023 (por força de nova alteração dada ao artigo
pela Lei 14.789/2023) , para fins de dedutibilidade e cálculo dos juros sobre o capital próprio,
para fins de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro, seriam consideradas
exclusivamente as seguintes contas do patrimônio líquido:
- Capital Social;
- Reservas de Capital;
- Reservas de Lucros;
- Prejuízos Acumulados.
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Fechamento de Balanço © - 81
Limite
O montante dos juros remuneratórios do patrimônio líquido passível de dedução para efeitos de
determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social limita-se ao maior dos
seguintes valores:
I – 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da dedução desses
juros; ou
II – 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados e reserva de lucros,
sem computar o resultado do período em curso.
Para os efeitos do limite referido no item I, o lucro líquido do exercício será aquele após a
dedução da contribuição social sobre o lucro líquido e antes da dedução da provisão para o
imposto de renda, sem computar, porém, os juros sobre o patrimônio líquido.
Vantagem Tributária
A empresa recolhe 15% IRRF sobre o valor dos juros e pode deduzir como despesa do lucro real
(observados os limites e restrições anteriormente especificados).
No exemplo a empresa tinha um lucro de R$ 600.000,00, com a contabilização dos juros passou
a ter um lucro de apenas R$ 78.000,00.
* Neste cálculo utilizamos a alíquota máxima de 25% do IRPJ, não considerando que a alíquota
do IRPJ é de 15% para o Lucro Real Anual de até R$ 240.000,00.
Observe-se que há tributação reflexa para as pessoas jurídicas sócias que percebem o
rendimento. A empresa que recebe os juros sobre capital próprio deverá contabilizar o valor
destinado (recebido ou não) como receita financeira e se recuperar do Imposto de Renda Retido
na Fonte.
Se o sócio for pessoa física o rendimento será consideração como exclusivo na fonte, não sendo
tributado novamente.
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Fechamento de Balanço © - 82
Antes da opção pelos juros sobre capital próprio deve-se estudar a viabilidade tributária
considerando a tributação reflexa do sócio (pessoa jurídica).
Contabilização:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
As contas devem estar conciliadas com o relatório de provisão de férias e 13º salários. B
Caso a empresa não possua o relatório da provisão de férias, a provisão certamente diminuirá o
IRPJ e a CSSL a pagar, o Contador deverá solicitar que o Setor de Pessoal elabore uma planilha
contendo os dados e requisitos da provisão de férias a ser contabilizada.
A provisão de férias é dedutível como custo ou despesa operacional, na apuração do Lucro Real
(tanto para o IRPJ como para a CSL). Também são dedutíveis os encargos calculados sobre a
provisão do 13 º Salário, tais como: FGTS (8,5%), INSS ( empresa (20% +SAT (3%) + terceiros
( 5,8%) + percentual de aposentadoria especial caso houver).
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Fechamento de Balanço © - 83
Total
4.702,08 1.567,36 6.269,43 1.805,60 532,90 8.607,93
Contabilização:
Neste exemplo, foi considerado que a empresa não havia efetuada a provisão de férias
anteriormente.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Contabilização:
A Provisão de férias deve ser contabilizada mês a mês, sempre ajustando o saldo do mês em
relação ao saldo do mês anterior. Neste exemplo, estamos demonstrando a contabilização de
Dez/X9, considerando que o saldo anterior é o de 30/09/X8.
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Fechamento de Balanço © - 84
Observação: o saldo contábil deve ser o mesmo valor constante no relatório de férias a pagar,
caso o setor de Pessoal não forneça o relatório da provisão de férias, alternativamente o Contador
poderá elaborar planilha de provisão de férias com base no salário de cada funcionário e o
número de meses a que tem direito, considerando os encargos de INSS e FGTS.
A provisão de 13º Salário é dedutível como custo ou despesa operacional, na apuração do Lucro
Real (tanto para o IRPJ como para a CSLL). Também são dedutíveis os encargos calculados
sobre a provisão de 13 º Salário, tais como: FGTS (8,5%), INSS (empresa: 20% + SAT (3%) +
terceiros (5,8%) + percentual de aposentadoria especial caso houver).
Por lei o 13º salário deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, então dificilmente
estará provisionado nos saldos do balanço de 31 de dezembro, exceto quando não pago no
período determinado pela Lei.
No entanto, o lançamento contábil, mês a mês, da provisão do 13º Salário e dos encargos evitará
que a empresa antecipe IRPJ e CSSL indevidamente, podendo a empresa reduzir e suspender o
pagamento dos tributos em um determinado mês, pelo balancete de redução ou suspensão. O
mesmo ocorre com a empresa que optou pelo lucro real trimestral, e em cada trimestre
contabilizou a provisão do 13º salário.
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Fechamento de Balanço © - 85
Contabilização:
Neste exemplo, foi considerado que a empresa não havia efetuada a provisão de 13º salário
anteriormente.
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
Para fins de provisão de 13º salário devem ser observadas as mesmas considerações
mencionadas no item da Provisão de férias, lembrando que em 31/12 não haverá saldo de
provisão de 13º salário, devido ao fato que o 13º salário deve ser pago até 20/12 de cada ano,
conforme determina a legislação trabalhista.
A empresa que adota a participação dos trabalhadores nos lucros, quando distribuída de acordo
com a Lei 10.101/2000, não se sujeita à incidência de INSS e FGTS ou qualquer outra verba
trabalhista.
Outro detalhe é que a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as participações
atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, dentro do próprio exercício de sua
constituição.
Assim, não há necessidade que a participação esteja “paga” para que seja dedutível, podendo ser
contabilizada nos balancetes ou balanço, segundo o regime de competência.
Exemplo:
Balancete de 31.12.X9
Lucro Líquido do Período: R$ 1.200.000,00
Participação dos Trabalhadores no Lucro Líquido: 9%
Valor contabilizável como despesa operacional: R$ 108.000,00
Lançamento:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
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Fechamento de Balanço © - 86
Obs.: Manter relatório com o nome dos funcionários e valor que cada um vai receber relativo à
distribuição de lucros.
Contabilização:
Data Conta Contábil Histórico Débito Crédito
- Passivo Circulante;
- Passivo Não Circulante e
- Patrimônio Líquido, este dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Base: MP 449/2008, art. 36, convalidada pelo art. 37 da Lei 11.941/2009, que alterou o art. 178
da Lei 6.404/76.
Demonstrativo gráfico:
ATIVO PASSIVO
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Fechamento de Balanço © - 87
CIRCULANTE CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Passivo Não Circulante: representa as obrigações com prazo de vencimento após 12 (doze)
meses, vencíveis a partir da data do encerramento do exercício social.
As contas do Passivo Não Circulante devem ser verificadas com relação aos documentos
suportes de movimentação no ano, a classificação superior a 12 meses após encerramento do
balanço e planilhas subsidiárias.
Nos contratos com vencimento a longo prazo, devem ser reclassificadas para o Passivo
Circulante as parcelas a vencer no período de 12 meses após o encerramento do balanço de
31.12.
Dessa forma, um contrato com saldo de R$ 360.000,00, em 31.12, restando 36 parcelas a vencer,
nos próximos 36 meses, será classificado da seguinte forma:
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Fechamento de Balanço © - 88
Tratamento idêntico deve ser adotado para as demais contas, como exemplo os parcelamentos de
tributos a longo prazo, os empréstimos a terceiros a longo prazo.
Dessa forma, os juros e variações monetárias dos contratos a longo prazo são dedutíveis
conforme forem incorrendo. Da mesma forma os juros e variações sobre parcelamentos
tributários.
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Fechamento de Balanço © - 89
11.1 CONSIDERAÇÕES
A MP 449/2008, em seu art. 36, convalidada pelo art. 37 da Lei 11.941/2009, modificou a
composição dos grupos patrimoniais constante no art. 178 da Lei 6.404/76, e estabeleceu que o
passivo será composto pelo passivo circulante, passivo não-circulante e patrimônio líquido, não
citando o resultado dos exercícios futuros. Portanto, este subgrupo deixou de existir.
O artigo 181 da Lei 6.406/76, dispunha que seriam classificadas como resultados de exercício
futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
a) faturamento antecipado
O faturamento antecipado ocorre quando uma empresa vendedora emite nota fiscal e fatura de
uma mercadoria (ou serviços) que ainda não produziu ou não adquiriu de seu fornecedor (para
revenda).
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Fechamento de Balanço © - 90
se antes da ocorrência desse evento houver recebimento por conta da operação, contabilmente, o
valor recebido deve ser classificado em conta do passivo circulante, pois reflete a obrigação da
empresa para com o seu cliente.
O faturamento antecipado existe porque, para fins de cobrança bancária (duplicata), a empresa
fornecedora é obrigada a emitir a fatura (nota fiscal).
Exemplo:
Fornecimento de uma torre com faturamento antecipado, para fins de cobrança bancária, no valor
de R$ 300.000,00. Faturamento em novembro/20x0. Os materiais serão adquiridos e entregues
somente em janeiro/20x1. Momento da apropriação da receita: janeiro/20x1.
Contabilização:
Em nov./20x0
D. Clientes - Contas a Receber (Ativo Circulante)
C. Receitas Diferidas (Passivo Circulante) – Vendas de Mercadorias
R$ 300.000,00
Em jan/20x1
b) Venda futura
A venda futura ocorre quando a empresa vende mercadoria já produzida ou adquirida, mas que,
por conveniência ou interesse do comprador, continua em poder da vendedora, transformando-se
esta em mera depositária da mercadoria vendida.
No caso de venda para entrega futura, isto é, quando a mercadoria vendida é colocada à
disposição do comprador, mas, por conveniência deste, permanece em poder do vendedor, aí
sim, cabe o reconhecimento da receita da venda e do respectivo custo no momento em que foi
emitida a nota fiscal.
Contabilização:
Em nov./20x0
D. Clientes - Contas a Receber (Ativo Circulante)
C. Venda de Mercadorias (Conta de Resultado)
R$ 300.000,00
Portanto, a distinção básica que se faz entre essas duas operações reside no fato de a empresa
vendedora possuir ou não a mercadoria (ou serviços) objeto da compra e venda em seu ativo
(estoques) ou a comando executório (serviços em andamento).
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Fechamento de Balanço © - 91
Contas: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,
ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
As contas do Patrimônio Líquido devem refletir o capital social de acordo com o contrato social
e alterações, e as movimentações das demais contas, inclusive lucros/prejuízos acumulados.
Para examinar as movimentações ocorridas nas contas do Patrimônio Líquido, analisa-se o razão
contábil do início até o final do exercício.
Verificar se o Capital Social da empresa está em conformidade com a última alteração contratual
do exercício.
As contas do Patrimônio Líquido devem refletir o capital social de acordo com o contrato social
e alterações, as realizações das reservas de reavaliação motivadas por vendas e depreciações de
bens reavaliados e se as movimentações das demais contas, inclusive lucros/prejuízos
acumulados estão corretos.
a) Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos
sócios ou acionistas.
b) Reservas
b1) Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente, pela
entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da alienação
de partes beneficiárias, entre outras. De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº
6.404/76, serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:
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Fechamento de Balanço © - 92
b2) Reservas de Lucros: são reservas originados dos lucros e destinadas para reinvestimento na
empresa. Exemplo: Na Assembleia dos acionistas ou no próprio contrato social os sócios (ou
acionistas) determinam que X por cento do lucro da empresa, não será distribuído aos sócios e
deverá permanecer como uma reserva para a aplicação na atividade da empresa (reserva para
compra de imobilizado com o objetivo de não descapitalizar a empresa).
As reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade
específica.
Os lucros retidos com finalidade específica e classificados nesta conta são transferidos da conta
de "Lucros ou Prejuízos Acumulados".
Reserva Legal;
Reserva Estatutária;
Reserva para Contingências;
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva de Lucros para Expansão;
Reserva de Incentivos Fiscais.
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007 (que incluiu o artigo 195-A à Lei 6.404), a
assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de
incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório.
A partir de 01.01.2008, por força por força da Lei 11.638/2007, o saldo das reservas de lucros,
exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o
capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na
integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
b3) Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela empresa, quando
ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista. A diferença para a Reserva de
Lucros, acima mencionada, é a de que os Lucros Acumulados estão à disposição dos sócios para
distribuição ou não e a Reserva de Lucros já foi destinada a permanecer na empresa e não poderá
ser distribuída, salvo nova deliberação da assembleia ou dos sócios.
Até 31.12.2009, o plano de contas apresentava as duas contas: Lucros Acumulados (credora) e
Prejuízos Acumulados (devedora), mas na realidade o saldo era mantido em uma só conta, ou
seja, na conta de Lucros Acumulados ou na conta de Prejuízos Acumulados.
O saldo devedor - prejuízos acumulados, representa o saldo dos resultados negativos da empresa
e não absorvidos por reservas anteriormente existentes e que deverá ser compensado com lucros
a serem auferidos futuramente.
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Fechamento de Balanço © - 93
Com o advento da Lei 11.638/2007, a partir de 01.01.2008 foi extinta a nomenclatura "Lucros
Acumulados", assim esta conta deverá ser composta apenas pelo saldo dos prejuízos acumulados
apurados, após as compensações com as reservas citadas.
Isto não significa, entretanto, que a conta “Lucros Acumulados” deixou de existir. Porém, essa
conta possui natureza absolutamente transitória, e será utilizada para servir de contrapartida às
reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro.
Exemplo:
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, a divisão do patrimônio líquido será:
capital social,
reservas de capital,
ajustes de avaliação patrimonial,
reservas de lucros,
ações em tesouraria
prejuízos acumulados.
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Fechamento de Balanço © - 94
13. RECEITAS
Compreende a receita bruta das vendas de bens e serviços prestados em operações realizadas
pela empresa.
Na receita bruta não se incluem (Lei 8.981/95, art. 31, parágrafo único):
1. as vendas canceladas; (devoluções)
2. os descontos incondicionais concedidos (constantes na nota fiscal de venda dos bens ou da
fatura de serviços e não dependentes de evento posterior à emissão desses documentos)
3. os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais
o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário.
Os impostos não cumulativos citados no item “3” correspondem ao IPI e ao ICMS quando
cobrados como substituição tributária.
Desta forma, para que se possa aplicar o conceito legal de Receita Operacional Bruta, é
recomendável que a empresa que contabiliza o IPI e o ICMS como Receita de Vendas, o faça em
conta de “Faturamento Bruto” e não em “Receita de Venda de Produtos”, ficando assim o plano
de contas da empresa:
Faturamento Bruto
(-) IPI Faturado
(-) ICMS Substituição Tributária
(=) Receita Bruta de Vendas e Serviços
A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela
incidentes (exceto IPI e ICMS substituição tributária), que são registrados em contas devedoras.
Desta forma, os valores dos impostos incidentes sobre as vendas, tais como: ISS, ICMS, PIS,
COFINS, serão diminuídos da receita bruta.
As receitas devem ser conciliadas com o livro de apuração do ICMS, IPI ou do ISS, para evitar
lançamentos a maior ou a menor, com consequências tributárias. Até porque em uma fiscalização
a empresa deve apresentar os livros, os quais não podem divergir da contabilidade.
Para confirmar se os saldos das contas de Receitas estão corretas, deve-se confrontar a Receita
constante no balancete com os Livros de saída de Mercadorias ou Produtos (ICMS/IPI) e de
Serviços (ISS), atendo-se aos grupos:
Observar que muitos códigos de saídas não são receitas. Exemplos: simples remessa, devolução
de compras, transferências, simples remessa, venda do imobilizado, retorno, doação, amostra,
etc.
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Fechamento de Balanço © - 95
Esse é o principal exame, nesse grupo de contas, que deve ser efetuado para não deixar dúvidas
sobre os saldos das contas de receitas.
As contas de devoluções de vendas e vendas canceladas devem ser conferidas com o Livro de
Entrada de Mercadorias, no qual consta código específico.
Lembrar que o IPI destacado e faturado nas notas fiscais não é computado na base de cálculo
para recolhimento de tributos.
A correta contabilização do Vale Pedágio, instituído pela Lei 10.209/2001, pode permitir uma
redução de custos tributários no frete, tanto para a empresa contratante como para o
transportador da carga.
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Fechamento de Balanço © - 96
O valor integrante do lucro líquido do exercício, incluindo as variações monetárias e multas, que
não tiver sido realizado e que seja decorrente de contratos a longo prazo com entidades
governamentais, a preço predeterminado, poderá ser objeto de diferimento.
a) com base na relação entre os custos incorridos no período de apuração e o custo total estimado
da execução da empreitada ou da produção; ou
b) com base em laudo técnico de profissional habilitado, segundo a natureza da empreitada ou
dos bens ou serviços, que certifique a percentagem executada em função do progresso físico da
empreitada ou produção.
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Fechamento de Balanço © - 97
Portanto, observe-se que o contribuinte poderá optar por um dos dois critérios. Naturalmente,
fará a adoção do critério que resultar menor valor tributável, para fins de IRPJ, CSL, PIS,
COFINS e ISS.
A receita do período-base deve ser reconhecida de acordo com o andamento da obra, pela
aplicação, sobre o preço pré-fixado, do percentual que indica o estágio em que se encontra a
produção do bem ou serviço na data do balanço.
Exemplificando:
14.1 CUSTOS
A contabilidade de custos pode ser definida como um conjunto de registros específicos, baseados
em escrituração regular (contábil) e apoiada por elementos de suporte (planilhas, rateios,
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Fechamento de Balanço © - 98
cálculos, controles) utilizados para identificar, mensurar e informar os custos das vendas de
produtos, mercadorias e serviços.
1. Permitir a avaliação dos estoques, para atendimento das legislações comercial e fiscal;
2. Apurar o custo dos produtos/serviços vendidos (no caso das empresas comerciais, o custo
das mercadorias vendidas);
3. Dar suporte á tomada de decisões gerenciais no tocante a fixação do preço de venda;
4. Atender a necessidade de controles e informações específicas (como para o atendimento
à legislação fiscal).
5. Embasar orçamentos e projeções financeiras.
A Mão-de-Obra Direta (MO) é representada pelos salários devidos ao pessoal que trabalha
diretamente no produto.
Como exemplo, podemos citar os materiais indiretos, a mão de obra de supervisão, aluguéis e
arrendamento mercantil dos bens de produção, o seguro do estabelecimento industrial, as
depreciações das máquinas industriais, energia elétrica, manutenção dos bens, vigilância,
limpeza, etc.
Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros
procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e
compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em
condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na
prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer
outra forma.
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Fechamento de Balanço © - 99
Exemplos:
Comissão de representante sobre as vendas efetuadas.
Folha de pagamento do pessoal administrativo (contabilidade, finanças, vendas)
As contas de custos estão ligadas diretamente com as contas de estoques, conforme o critério
utilizado para avaliar os estoques aumenta ou diminui o CPV, CSP ou o CMV.
Exemplo:
Código
Conta Conta Saldos
Débito Crédito
1) 1ª hipótese
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Fechamento de Balanço © - 100
Cálculo:
Custo unitário = R$ 32.400,00 : 1000 = R$ 32,40
Estoque = R$ 32,40 x 85 unidades = R$ 2.754,00
D- Estoque de produtos
C- Custos – ((-)transf. p/ estoques) 2.754,00
O CPV - Custo de produtos vendidos permanece com o saldo de R$ 29.646,00. Igual a 915
unidades x R$ 32,40 = R$ 29.646,00. Também é o saldo da conta depois da transferência para o
estoque = R$ 32.400,00 – R$ 2.754,00.
2) 2ª hipótese
A empresa, apesar de contabilizar todos os custos, não apura o custo integrado e coordenado com
a contabilidade e apresentou estoque dos seguintes itens:
100 unidades de produtos acabados;
30 unidades de produto em processo;
17 unidades de matéria–prima.
Preço de venda do produto R$ 112,00 por unidade;
Preço de aquisição por unidade da matéria-prima: R$ 15,00 (já deduzida o ICMS e demais
impostos não cumulativos)
Cálculos:
a) Produto acabado
Contabilização:
D – Estoque de Produtos acabados
C – Custos – ((-)transf. p/ estoques) 7.840,00
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Fechamento de Balanço © - 101
Contabilização:
D – Estoque de Produtos em elaboração
C – Custos – ((-)transf. p/ estoques) 1.881,60
c) Matéria- Prima
Matéria-prima: 17 x R$ 15,00*
Matéria-prima: R$ 255,00
* matéria-prima pode ser calcula pelo preço das últimas aquisições menos os impostos não
cumulativos.
Contabilização:
D – Estoque de Matérias-primas
C – Custos – ((-)transf. p/ estoques) 255,00
Então, após as transferências para o grupo de Estoque, o Custo dos Produtos que era de R$
32.400,00, conforme o balancete acima, ficou com o custo de R$ 22.423,40 (R$ 32.400,00 –
7.840,00 -1.881,60 – 255,00).
Exemplo:
Receitas Valores R$
Receita de Produtos 3.500.000,00
Receita de Mercadorias 500.000,00
Receita de Exportações Produtos 1.000.000,00
Total das Receitas 5.000.000,00
Deduções da Receita
(-) IPI 400.000,00
(-) ICMS 500.000,00
(-) PIS 26.000,00
(-) COFINS 110.000,00
(-) Devoluções 100.000,00
(-) Vendas canceladas 15.000,00
Total das Deduções 1.151.000,00
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Fechamento de Balanço © - 102
Custos
CPV 1.735.000,00
CMV 245.000,00
Total 1.980.000,00
Fórmula:
Ao calcular esse índice, pode-se comparar mês a mês a variação do custo em função da Receita
Líquida (Receita Bruta - impostos - devoluções). No mês em que houver divergências
significativas, deve ser averiguado o motivo da distorção.
Por exemplo, em um determinado mês o CPV/CMV aumenta para 80% da Receita Líquida,
sendo que a média é em torno de 52%, deve ser investigada a situação.
14.2 DESPESAS
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Fechamento de Balanço © - 103
Nesse grupo são incluídos os juros, os descontos e a atualização monetária pré-fixada, além de
outros tipos de receitas ou despesas, bem como aquelas decorrentes de aplicações financeiras.
- variação cambial incorrida pela atualização periódica de obrigações ou créditos a serem pagos
ou recebidos em moeda estrangeira;
- atualização monetária que registra as atualizações sobre obrigações ou créditos sujeitos à
cláusula de atualização monetária.
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Fechamento de Balanço © - 104
Nessas contas devem ser registrados os valores relativos à Contribuição Social Sobre o Lucro e
do Imposto de Renda devido sobre o resultado ajustado de adições e exclusões ao Lucro Real:
- a título de Imposto de Renda sobre o lucro calcular uma alíquota de 15% sobre o resultado e
ajustes, acrescido de um adicional de Imposto de Renda de 10%, quando o lucro tributário
ultrapassar a R$ 240.000,00;
- a título de Contribuição Social, calcular a uma alíquota de 9% sobre o resultado contábil
ajustado.
Selecionar as contas mais relevantes de despesas e pelo razão contábil (o qual pode ser
visualizada na tela do computador) para analisar alguns documentos que julgar necessário.
Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro
líquido, são vedadas as seguintes deduções:
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Fechamento de Balanço © - 105
- multas de trânsito;
- pagamentos por mera liberalidade;
- multas de ofício cobradas nas autuações fiscais.
O artigo 10 da Lei 9.249/1995 dispõe que os lucros ou dividendos calculados com base nos
resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas
jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos à
incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda
do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliada no País ou no exterior.
A pessoa jurídica poderá distribuir lucros antecipadamente aos seus sócios antes do
encerramento do exercício social. Para isto deverá levantar balanços intermediários, semestrais
ou em períodos menores, com previsão contratual (para as sociedades limitadas) ou estatutária
(para as sociedades anônimas), observado o disposto no art. 204 da Lei 6.404/1976.
Assim, entendemos que a pessoa jurídica optante pelo lucro real poderá distribuir lucros aos seus
sócios antes do encerramento do exercício com isenção do Imposto de Renda na Fonte, devendo,
no entanto, levantar balanço intermediário com previsão contratual ou estatutária e desde que
tenha apurado lucro contábil suficiente para a distribuição.
Não cumprindo estas condições, será tributado pelo IR Fonte, mediante aplicação da tabela
progressiva vigente no mês do pagamento.
Resumo: Para a empresa distribuir antecipadamente o lucro, sem tributação pelo imposto de
renda, deverá constar previsão de distribuição antecipada de lucros aos sócios no seu contrato
social – mantendo-se balancetes mensais transcritos no Livro Diário, que comprovem que
realmente foi apurado lucro suficiente para a aludida distribuição.
Pela redação do Regulamento, referente o inciso II, § 5º do artigo 201, do Decreto 3.048/1999, ,
são tributáveis os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação
de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração decorrente do
trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não
apurado por meio de demonstração de resultado do exercício.
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Fechamento de Balanço © - 106
Desta forma, as empresas devem adotar o cuidado de prever, em seus respectivos contratos
sociais, que a sociedade vai apurar a demonstração de resultado do exercício contábil
mensalmente (ou trimestralmente, ou em períodos menores que 12 meses).
Em resumo:
Para não incidir INSS sobre o lucro distribuído pelas empresas em geral aos respectivos sócios, a
título de lucros do próprio exercício, não integra a remuneração para efeito de contribuição
previdenciária (20%), desde que seja com base na escrituração contábil e que conste no contrato
social cláusula que fixe a apuração e distribuição de lucros em períodos menores que 12 meses,
sendo tais demonstrações (balanço e resultado) transcritas no livro diário.
O art. 17 da Lei 11.051/2004, procedeu a alteração no art. 32 da lei nº 4.357/64, dispõe que as
pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não garantido, para com a União e suas
autarquias de Previdência e Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, taxa ou
contribuição, no prazo legal, não poderão:
a) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; ou
b) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotista, bem como a seus diretores e
demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos;
Multa
A inobservância desta regra importa em multa que será imposta:
a) às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou remunerações, em
montante igual a 50% (cinquenta por cento) das quantias distribuídas ou pagas
indevidamente; e
b) aos diretores e demais membros da administração superior que receberem as
importâncias indevidas, em montante igual a 50% (cinquenta por cento) dessas
importâncias.
De qualquer forma a multa fica limitada, respectivamente, a 50% (cinquenta por cento)
do valor total do débito não garantido da pessoa jurídica.
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Fechamento de Balanço © - 107
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração (apurado contabilmente) ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento (Decreto-lei
1.598/77, art. 6).
Descrição Valor R$
1. Prejuízo Contábil apurado na escrituração (100.000,00)
2. Adições ao Lucro Real – Despesas Não Dedutíveis 10.000,00
3. Exclusões ao Lucro Real – Equivalência Patrimonial Credora 50.000,00
4. Prejuízo Fiscal no Período (1 + 2 – 3) (140.000,00)
Compensações
Desta forma, quando a pessoa jurídica obtiver lucro real, este poderá ser “abatido” com eventuais
prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores.
Entretanto, a compensação de tais prejuízos é limitada a 30% (trinta por cento) do lucro real
antes da compensação.
Exemplo:
Descrição Valor R$
1. Lucro Real em 31.12.20x1, antes da Compensação de Prejuízos 100.000,00
2. Prejuízos Fiscais Compensáveis 80.000,00
3. Prejuízos Fiscais que poderão ser utilizados, para compensação com o Lucro
Real de 31.12.20x1 (1 x 30%) 30.000,00
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Fechamento de Balanço © - 108
O saldo de prejuízos não operacionais de que trata o art. 31 da Lei 9.065/1995, existente em 31
de dezembro de 2013, para os optantes conforme o art. 75 da Lei 12.973/2014, ou em 31 de
dezembro de 2014, para os não optantes, somente poderá ser compensado com os lucros a que se
refere o art. 43 da Lei 12.973/2014, observado o limite previsto (30% do lucro).
Até 31.12.2014, para efeito de compensação dos prejuízos não operacionais em períodos-base
futuros, a pessoa jurídica que apurar prejuízo fiscal em algum período-base iniciado a partir de
1996, deverá verificar se ele provém, no todo ou em parte, de resultados negativos não
operacionais.
Nota: a partir de 01.01.2015 o dispositivo que restringia esta dedução foi revogado pelo
inciso VI do art. 117 da Lei 12.973/2014, sendo substituído pelas novas regras contidas no art.
43 da respectiva lei.
Considera-se resultado não operacional a diferença, positiva ou negativa, entre o valor pelo qual
o bem ou direito do ativo não circulante (imobilizados e investimentos) houver sido alienado e o
seu valor contábil.
Nota: Não se considera, para fins de limitação na compensação, as perdas não operacionais
decorrentes de baixa de bens ou direitos do Ativo Não Circulante, em função de terem se tornado
imprestáveis, obsoletos ou em desuso, mesmo que posteriormente venham a ser alienados como
sucata.
Caso sejam apurados, cumulativamente, resultados não operacionais negativos e prejuízo fiscal,
se procederá à seguinte segregação:
a) se o prejuízo fiscal for maior, todo o resultado não operacional negativo será considerado
prejuízo fiscal não operacional e a parcela excedente será considerada prejuízo fiscal das
atividades operacionais;
b) se todo o resultado não operacional negativo for maior ou igual ao prejuízo fiscal, todo o
prejuízo fiscal será considerado não operacional.
O disposto no inciso IV do caput do artigo 187 da Lei 6.404/1976, com a redação dada pela Lei
11.941/2009, não altera o tratamento dos resultados operacionais e não operacionais para fins de
apuração e compensação de prejuízos fiscais.
Exemplos:
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Fechamento de Balanço © - 109
O prejuízo não operacional assim apurado deverá ser controlado em folha específica na parte B
do LALUR, separado do prejuízo fiscal das demais atividades, e só poderá ser compensado em
período-base subsequente onde for apurado resultado não operacional positivo, até o valor deste.
Na apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) não se aplica a
segregação dos prejuízos operacionais e não operacionais.
A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar prejuízos
fiscais da sucedida (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33).
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus próprios prejuízos,
proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido (Decreto-Lei 2.341/87, art. 33,
parágrafo único).
Nestes casos, em hipótese alguma, a sucessora pode levar para o seu LALUR prejuízos fiscais
apurados na empresa sucedida.
Assim, os prejuízos fiscais que não puderem ser compensados na apuração do lucro real relativo
ao evento, não mais poderão ser aproveitados, exceto no caso de cisão parcial. Nessa forma de
reestruturação de empresas, a pessoa jurídica cindida parcialmente pode continuar a compensar
seus próprios prejuízos, proporcionalmente à parte remanescente do patrimônio líquido.
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Fechamento de Balanço © - 110
A pessoa jurídica tributada pelo lucro real, com prejuízo fiscal a compensar, que venha a optar
pelo lucro presumido em período (s) posterior (es), poderá efetuar a compensação desse prejuízo
caso retorne ao lucro real.
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Fechamento de Balanço © - 111
17.1.1 PARTE "A" - é a parte onde irão discriminados os ajustes, por data, ao Lucro Real,
como: despesas indedutíveis, valores excluídos, e a respectiva Demonstração do Lucro Real.
Exemplo:
PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO Pág. 15
EXERCÍCIO
DATA H I S T Ó R I C O ADIÇÕES EXCLUSÕES
NATUREZA DOS AJUSTES
05.03.XX Multas registradas Livro Diário, fl. 108 6.438,47
31.05.XX Multas registradas Livro Diário, fl. 115 612,39
29.06.XX Multas registradas Livro Diário, fl. 129 510,68
18.09.XX Multas registradas Livro Diário, fl. 137 5.938,92 13.500,46
30.12.XX Dividendos recebidos registrados Livro Diário, fl. 130 1.744,00
EXCLUSÕES:
DIVIDENDOS 1.744,00
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Fechamento de Balanço © - 112
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS:
31 de Dezembro de 2XXX,
17.1.2. PARTE "B" - incluem-se os valores que afetarão o Lucro Real de períodos-base futuros,
como, por exemplo: Prejuízos a Compensar, Depreciação Acelerada Incentivada, Lucro
Inflacionário Acumulado até 31.12.1995, etc.
Exemplo:
PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTES DO Pág. 35
LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
CONTA: PREJUÍZO FISCAL ANO CALENDÁRIO 2015
DATA HISTÓRICO Para efeitos de Correção Controle de Valores
Monetária
Mês de Valor Co Débito Crédito Valor D/
Ref. a ef. Corrigido C
Corrigi
r
31.12.2X Prejuízo Fiscal n/ano, cfe. 12.15 * * 23.310,20 23.310,20 C
XX Página 05 - Parte A, d/livro
31.12.2X Compensação Prejuízo 12.XX
XX com lucro de 2XXX 8.027,23 15.282,97 C
Nota: os campos com asterisco (*) não são mais preenchidos a partir de 31.12.1995, data da
extinção da correção monetária.
A atualização dos valores referidos até 31.12.1995 será efetuada tomando-se por base o valor da
UFIR vigente em 1° de janeiro de 1996 – R$ 0.8287 (Lei 9249/95, art. 6, parágrafo único).
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Fechamento de Balanço © - 113
Assim, uma empresa que apurou um lucro contábil de R$ 100.000,00, mas contabilizou despesas
não aceitas como redutoras para fins fiscais de R$ 20.000,00, deverá ajustar o lucro contábil, via
Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), uma vez que este lucro não pode e não deve ser
alterado contabilmente.
Desta forma procede-se a adição ao lucro contábil de R$ 20.000,00, na Parte "A" do LALUR, o
que produz, na prática, um efeito de anulação da despesa contabilizada. Este ajuste mantém o
lucro contábil em R$ 100.000,00, porém, para fins fiscais o aumentará para R$ 120.000,00, valor
equivalente ao que representaria o lucro contábil, caso não tivessem sido contabilizadas as
despesas não dedutíveis.
É de notar que não há, neste caso, nenhuma necessidade de controle a ser efetuado na Parte "B"
do LALUR, pois a despesa é indedutível. O controle na Parte "B" far-se-ia necessário se a
dedutibilidade fosse vinculada a um evento futuro, como por exemplo, de despesas com a
constituição de provisões, que são dedutíveis apenas quando o fato provisionado ocorrer. Nesta
última hipótese, a despesa seria adicionada e anotada na Parte "B" do LALUR, para ser excluída,
quando efetivamente a perda provisionada se materializasse.
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Na determinação do lucro real, poderão ser excluídos do lucro líquido do período de apuração
(Decreto-Lei 1.598/77, art. 6, § 3º):
Os valores cuja dedução seja autorizada pelo Regulamento e que não tenham sido
computados na apuração do lucro líquido do período de apuração;
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Adiante uma lista dos principais valores a serem excluídos, desde que atendido as
particularidades da legislação que regem cada assunto:
Para o controle das despesas consideradas indedutíveis, podem ser criadas contas contábeis
específicas, exemplo: multas de trânsito, provisões indedutíveis, etc.
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Esse procedimento facilitará o trabalho das adições e exclusões no final do exercício, até porque
se as despesas não estiverem agrupadas por contas é necessário individualizar e identificá-las no
Lalur, ao invés de apenas citar o nome contábil e o código da conta.
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1 - os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação da CSLL e que não tenham sido
deduzidos na apuração do lucro líquido.
1. Livro Diário
Admite-se a escrituração resumida no Diário, por totais que não excedam ao período de um mês,
desde que utilizados livros auxiliares para registro individuado e conservados os documentos que
permitam sua perfeita verificação.
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Fechamento de Balanço © - 119
A autenticação dos livros contábeis digitais será comprovada pelo recibo de entrega emitido
pelo SPED.
2. Livro Razão
A pessoa jurídica, além dos livros de contabilidade previstos em leis e regulamentos, deverá
possuir os seguintes livros:
Livro Registro de Inventário, registrado na Junta Comercial ou substituí-lo por outro
meio de controle previsto na legislação estadual.
Livro registro de entradas (compras), registrado na Junta Comercial ou substituí-lo por
outro meio de controle previsto na legislação estadual.
Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, não é necessário o registro deste livro
(acima comentado).
Livro registro permanente de estoque, para as pessoas jurídicas que exercerem
atividades de compra, venda, incorporação e construção de imóveis, loteamento ou
desmembramento de terrenos para venda;
Livro Movimentação de Combustíveis, a ser escriturado diariamente pelo posto
revendedor.
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As pessoas jurídicas que utilizarem sistemas de processamento eletrônico de dados para registrar
negócios e atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de
natureza contábil ou fiscal ficam obrigadas a manter à disposição da Secretaria da Receita
Federal do Brasil do Ministério da Fazenda os arquivos digitais e os sistemas, pelo prazo
decadencial previsto.
O contribuinte que optar pelo lucro Real deverá manter escriturado o Livro Diário com as
respectivas demonstrações financeiras, Livro Razão, Livro de Inventário, Livro de Apuração do
Lucro Real – Lalur, arquivos e documentos da Contabilidade dos últimos 05 anos, senão poderá
ter seu lucro arbitrado.
Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas, calculadas sobre a
totalidade ou diferença de imposto (Lei nº 9.430, de 1996, art. 44):
a) ICMS e IPI
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Fechamento de Balanço © - 121
b) ISS
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Prazo de Entrega
A partir de 2016, a ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de
maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração (anteriormente, o prazo era
junho).
Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deverá ser
entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até
o último dia útil do mês subsequente ao do evento.
Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a
abril, o prazo de entrega será até o último dia útil do mês de maio do ano de ocorrência.
Notas:
A obrigatoriedade de entrega da ECD não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas
jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-
calendário anterior ao do evento.
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Fechamento de Balanço © - 123
O saldo credor de caixa (caixa negativo) é indício lógico de falta de escrituração de receitas.
O chamado "passivo fictício" tem seu fundamento na seguinte lógica: pagam-se, por exemplo,
duplicatas a fornecedores com dinheiro do "caixa dois". Como não há saldo de caixa (contábil)
suficiente, não se procede a baixa porque ocorreria o “estouro do caixa” contábil (saldo credor de
caixa). Desta forma, mantém-se o passivo pendente de registro, embora pago, baixando-o
quando o caixa contábil apresenta condições.
A forma de identificar o passivo fictício mais comumente encontrado nas empresas é comparar o
saldo da conta fornecedores, existente na data do balanço, com as duplicatas representativas
deste saldo. Pela análise da data da quitação verifica-se a ocorrência ou não de passivo fictício,
ou seja, as duplicatas quitadas antes do balanço, ainda pendentes contabilmente, representam
passivo fictício.
A presunção de omissão de receita, neste caso, tem seu fundamento na ideia de que o “caixa
dois”, suprido por receita omitida da contabilidade, vem abastecer o caixa contábil, quando este
necessita de recursos. Assim, simula-se um suprimento do caixa, cuja origem estaria na pessoa
do sócio.
Quando algum sócio assim proceder, é importante que estes recursos sejam perfeitamente
identificáveis, especialmente quanto à origem. Recomenda-se repassar o dinheiro emprestado
para a empresa por cheque ou transferência eletrônica de fundos. Assim, fica inquestionável a
origem e a efetividade do suprimento de caixa, via operação bancária.
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Verificada por indícios a omissão de receita, a autoridade tributária poderá, para efeito de
determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto, arbitrar a receita do
contribuinte, tomando por base as receitas, apuradas em procedimento fiscal, correspondentes ao
movimento diário das vendas, da prestação de serviços e de quaisquer outras operações.
Entende este autor que as disposições são muito frágeis para sustentar um lançamento em razão
da grande quantidade de fatores que podem deturpar a amostragem colhida no curto espaço de
tempo previsto no parágrafo 1° do art. 284. Por exemplo, se a amostragem for utilizada no
comércio, às vésperas do Natal, dia das mães, etc. em que o movimento comercial é
significativamente maior do que nos demais dias.
A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de levantamento por espécie de
quantidade de matérias-primas e produtos intermediários utilizados no processo produtivo da
pessoa jurídica.
A diferença de controle quantitativo ocorre quando o controle de estoques (se houver) acusar
diferenças. Por exemplo: comprou-se 100 unidades da mercadoria Y, vendeu-se 40, mas no
estoque estão apenas 10. A diferença tributável é de 100 - 40 - 10 = 50.
Mas é importante frisar que, nos estabelecimentos industriais, sempre há alguma perda de
material ou refugo, que poderá distorcer esta análise (vide artigo 291 deste Regulamento).
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Fechamento de Balanço © - 125
jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem
dos recursos utilizados nessas operações.
Nota: a situação mais comum é a existência de contas bancárias não contabilizadas, em nome da
pessoa jurídica. Como não estão registrados, os valores de depósitos ou créditos nas respectivas
contas dificilmente podem ter sua origem comprovada. Daí a presunção de omissão de receita.
A dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a 4% (quatro por
cento), do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional).
Exemplo:
Além disso, a dedução fica limitada a 4% do imposto devido (também sem a inclusão do
adicional), se for pleiteada em conjunto com o incentivo relativo a Programas de
Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário (PDTI/PDTA).
A participação do trabalhador no PAT é limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto da
refeição.
A Lei 11.051/2004 criou o desconto de crédito na apuração da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido - CSLL e da Contribuição para o PIS e COFINS não-cumulativas.
Os referidos benefícios aplicam-se tão somente às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real.
a) Desconto na CSLL
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Fechamento de Balanço © - 126
As pessoas jurídicas, tributadas com base no lucro real, poderão utilizar crédito relativo à
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à razão de 25% por cento sobre a
depreciação contábil de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados
em ato do Poder Executivo, adquiridos entre 1o de outubro de 2004 e 31 de dezembro de 2010
(data fixada pelo art. 10 da Lei 11.774/2008), destinados ao ativo imobilizado e empregados em
processo industrial do adquirente.
Os bens alvo do referido incentivo são aqueles relacionados nos Decretos 4.955/2004, e
5.173/2004, conforme Decreto 5.222/2004.
Exemplo:
Depreciação de máquinas – valor contabilizado R$ 1.000,00
Crédito da CSLL = R$ 1.000,00 x 25% = R$ 250,00
CSLL apurada: R$ 2.000,00
CSLL a recolher: R$ 2.000,00 – R$ 250,00 = R$ 1.750,00
1. Limite
A utilização do crédito está limitada ao saldo da CSLL a pagar não gerando a parcela excedente,
em qualquer hipótese, direito à restituição, compensação, ressarcimento ou aproveitamento em
períodos de apuração posteriores.
Exemplo:
a) Crédito da CSLL R$ 500,00
b) CSLL apurada no mesmo período do crédito da CSLL acima: R$ 300,00
Neste exemplo, o crédito da CSLL será de R$ 300,00, pois é o menor valor entre o crédito (a) e a
CSLL apurada (b).
2. Estimativa mensal
Será admitida a utilização do crédito no pagamento mensal por estimativa.
O crédito a ser efetivamente utilizado está limitado à CSLL apurada no encerramento do período
de apuração.
3. Vedação
É vedada a utilização do crédito da CSLL, tanto na apuração anual ou trimestral quanto no
pagamento por estimativa, na hipótese de a pessoa jurídica não compensar base de cálculo
negativa de períodos anteriores existente ou o fizer em valor inferior ao admitido na legislação.
5. Reversão
A partir do ano-calendário subsequente ao término do período de gozo do benefício, deverá ser
adicionado à CSLL devida o valor utilizado a título de crédito em função dos anos-calendário de
gozo do benefício e do regime de apuração da CSLL.
A parcela a ser adicionada será devida pelo seu valor integral, ainda que a pessoa jurídica apure,
no período, base de cálculo negativa da CSLL.
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Fechamento de Balanço © - 127
Exemplo 1:
Dedução de créditos da CSLL de 2004 a 2008, relativo a máquina incentivada: R$ 25.000,00.
Número de anos de gozo do benefício: 5 (considerando-se que houve fruição do desconto em
todos os anos)
Valor da reversão: R$ 25.000,00 : 5 = R$ 5.000,00/ano.
Por ocasião da apuração da CSLL devida no primeiro período do ano de 2009, apurou-se CSLL
devida de R$ 1.000,00.
Então, a CSLL a pagar será de:
R$ 5.000,00 (adição da CSLL no período) mais R$ 1.000,00 (CSLL devida no período de
apuração) = R$ 6.000,00.
Exemplo 2:
Dedução de créditos da CSLL de 2004 a 2008, relativo a máquina incentivada: R$ 10.000,00
Número de anos de gozo do benefício: 5 (considerando-se que houve fruição do desconto em
todos os anos)
Valor da reversão: R$ 10.000,00 : 5 = R$ 2.000,00/ano.
Por ocasião da apuração da CSLL devida no primeiro período do ano de 2009, apurou-se base de
cálculo negativa da CSLL.
Então, a CSLL a pagar será de:
R$ 2.000,00 (adição da CSLL no período) mais R$ 0 - zero (CSLL devida no período de
apuração, por existência de base de cálculo negativa) = R$ 2.000,00.
Exemplo:
Custo de aquisição do bem incentivado, adquirido em 04.10.2004: R$ 100.000,00
Cálculo da parcela mensal:
Para o PIS: R$ 100.000,00 x 1/24 x 1,65% = R$ 68,75
Para a COFINS: R$ 100.000,00 x 1/24 x 7,6% = R$ 316,67.
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Fechamento de Balanço © - 128
LUCRO PRESUMIDO
A opção pelo Lucro Real Anual, Lucro Real Trimestral ou Lucro Presumido será manifestado
pelo pagamento da 1ª quota de qualquer um dos regimes, mediante DARF, sendo que a
legislação não permite mudar a forma de tributação durante o ano-calendário (art.13, Lei
9.718/98).
Por isso, é de extrema importância fazer uma análise detalhada de qual é a melhor forma de
tributação, antes do pagamento da 1ª quota do Imposto, pois se a empresa optou pelo Lucro Real
(anual ou trimestral) não poderá modificar no ano-calendário para o Lucro Presumido e vice-
versa. Lembrando que a opção feita para o Imposto de Renda deve ser a mesma para a
Contribuição Social sobre o Lucro.
Para realizar a opção pelo lucro presumido deve ser feito um estudo detalhado sobre a
lucratividade, sendo que o lucro da atividade da empresa deve ser seguramente maior que o
Lucro Presumido pela legislação.
A empresa deve ficar atenta que os ganhos de capital, receita financeira, descontos obtidos e
demais receitas não tem redução do percentual da base de cálculo, devendo ser calculado o
Imposto de Renda sobre a totalidade.
A opção pelo Lucro Presumido se dá mediante o pagamento da DARF, código Lucro Presumido,
sendo que durante o ano-calendário não pode alterar a opção para o Lucro Real (art.13, Lei
9.718/98). Assim, mesmo que a empresa tenha prejuízo na sua atividade deve pagar o IRPJ e a
CSSL nos quatro trimestres do ano em que optou pelo presumido.
Outro fator importante para discernir qual a melhor opção de tributação, se é pelo lucro real ou
pelo presumido, é o pagamento das contribuições para o PIS e a COFINS.
Se a pessoa jurídica optar pelo lucro presumido, permanece recolhendo os percentuais de 0,65%
-PIS e 3,0% - COFINS, conforme art. 8º da Lei 10.637/2002 e art. 10 da Lei 10.833/2003.
Se, no entanto, a pessoa jurídica optar pelo lucro real, deverá recolher o PIS e a COFINS, às
alíquotas de 1,65% e 7,60%, destarte aproveitam os créditos na aquisição das mercadorias e
serviços, o chamado de PIS e COFINS não cumulativos, conforme determinam as leis
10.637/2002 e 10.833/2003.
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Fechamento de Balanço © - 129
Ocorre, na maioria das vezes, devido a restrição de créditos imposta pela Receita Federal, houve
aumento na tributação dos respectivos tributos, elevando significativamente o recolhimento pelo
regime não cumulativo.
Conforme a atividade empresarial, mesmo sendo mais vantajosa a opção pelo lucro real, esta
opção fica inviabilizada pelo aumento do PIS e COFINS. Entretanto não é regra, e sim mais um
fator a ser estudado para verificar a melhor forma de economizar tributos.
A base de cálculo do Imposto de Renda das empresas tributadas pelo Lucro Presumido, em cada
trimestre (31/mar.,30/jun., 30/set. e 31/dez.), será determinada mediante a aplicação dos
percentuais fixados no art. 15 da Lei 9.249/95, de acordo com a atividade da pessoa jurídica,
sobre a receita bruta auferida no trimestre, sendo o resultado acrescido de outras receitas,
rendimentos e ganho de capital (art. 25, Lei 4.930/96). O Imposto retido na fonte será
considerado como antecipação do devido no trimestre.
Os coeficientes fixados pelo art.15 da Lei nº 9.249/95 para a aplicação sobre a receita bruta da
atividade são:
Observação: As demais receitas (juros aplicações financeiras, descontos obtidos, etc.) e ganhos
de capital comporão a base de cálculo sem qualquer redução (100% do valor).
Exemplo 1:
Uma empresa comercial teve as seguintes receitas com a revenda de mercadorias e rendimentos
de juros e descontos obtidos:
Mês/ano Valor R$
Janeiro 30.000,00
Fevereiro 80.000,00
Março 90.000,00
TOTAL RECEITA BRUTA 1o TRIMESTRE 200.000,00
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Fechamento de Balanço © - 130
Os valores correspondentes aos demais resultados e ganhos de capital, assim considerados (os
itens abaixo serão acrescidos em 100% ao valor da base de cálculo do lucro presumido):
6. A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica.
7. Os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia
(Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e
contribuições a serem restituídos ou compensados;
8. As variações monetárias ativas.
9. Dos rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e de
renda variável.
10. Dos juros sobre o capital próprio auferidos.
11. Dos valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no
recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em
período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro
real, ou que se refiram ao período no qual não tenha se submetido a esse regime de
tributação.
12. As multas ou qualquer outra vantagem recebida ou creditada, ainda que a título de
indenização, em virtude de rescisão de contrato.
13. O saldo dos valores cuja tributação tenha sido diferida de períodos de apuração anteriores
(Lei nº 9.430 de 1996, art. 54).
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Fechamento de Balanço © - 131
Exemplo:
A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre o Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, apurado de conformidade com o
Regulamento.
Adicional
O adicional de que trata este item será pago juntamente com o imposto de renda apurado pela
aplicação da alíquota geral de 15%.
Exemplo:
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Fechamento de Balanço © - 132
Adicional IR 13.050,00
Total Imposto Renda a Pagar 41.625,00
As empresas que optarem pelo pagamento do IRPJ – Lucro Presumido deverão também pagar a
CSLL pelo mesmo critério (art. 28 Lei 9.430/1996).
4. 12% da receita bruta da venda de mercadorias e/ou prestação de serviços (art. 20 lei nº
9.249/95), exceto em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01.09.2003 para
empresas de serviços (veja tópico mais adiante).
5. Ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de bens do ativo permanente e de
aplicações em ouro não caracterizado como ativo financeiro.
6. Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações
financeiras de renda variável (ações, swap, etc.).
7. Demais receitas e resultados positivos não abrangidos anteriormente (como juros e
descontos obtidos, aluguéis, etc.), inclusive juros remuneratórios do capital próprio,
recebido pela empresa da qual seja sócia ou acionista.
A partir de 01.09.2003, por força do art. 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL,
devida pelas pessoas jurídicas optantes pela sistemática de recolhimento mensal (estimativa)
corresponderá a:
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Fechamento de Balanço © - 133
Exemplo:
Para confirmar se os saldos das contas de Receitas estão corretas, deve-se confrontar a Receita
constante no balancete com os Livros de saída de Mercadorias ou Produtos (ICMS/IPI) e de
Serviços (ISS), atendo-se aos grupos:
Observar que muitos códigos de saídas não são receitas = exemplos: simples remessa, devolução
de compras, transferências, simples remessa, venda do imobilizado, retorno, doação, amostra,
etc.
Esse é o principal exame, nesse grupo de contas, que deve ser efetuado para não deixar dúvidas
sobre os saldos das contas de receitas.
As contas de devoluções de vendas e vendas canceladas devem ser conferidas com o Livro de
Entrada de Mercadorias, no qual consta código específico.
Lembrar que o IPI destacado e faturado nas notas fiscais não é computado na base de cálculo
para recolhimento de tributos.
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Fechamento de Balanço © - 134
Não integram a receita bruta para fins da base de cálculo do Lucro Presumido, conforme Lei n°
8.541/92, art. 14, § 4°; Lei 8.981/95, art. 31; Lei 9.718/98, art. 3º) os seguintes itens:
Exemplo:
24.3 Demais Receitas que não compõem a base de cálculo do Lucro Presumido
Reversões de Provisões
Equivalência Patrimonial
Valores recuperados
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Fechamento de Balanço © - 135
Assim por exemplo, o tributo pago a maior ou indevidamente no período em que a empresa
optou Lucro Presumido, não é computado na base de cálculo do Imposto de Renda e da
Contribuição Social, calculados pelo presumido, por ocasião a recuperação do crédito.
Vale pedágio
Também, o vale pedágio não é considerado receita operacional ou rendimento tributável (art. 2
da Lei 10.209/2001).
a) recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas, e cujas perdas não
tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em períodos anteriores;
b) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas, desde que o valor provisionado
não tenha sido deduzido na apuração do lucro real dos períodos anteriores, ou que se refiram ao
período no qual a pessoa jurídica não tenha se submetido a esse regime de tributação (Lei nº
9.430, de 1996, art. 53);
c) os lucros e dividendos recebidos decorrentes de participações societárias, caso refiram-se a
períodos em que os mesmos sejam isentos de imposto de renda.
A tributação somente por ocasião do recebimento da receita está sujeita às seguintes condições:
As empresas optantes pela sistemática do Lucro Presumido podem pagar o Imposto de Renda,
Contribuição Social sobre o Lucro, PIS e COFINS, reconhecendo as receitas pelo regime de
caixa. Estas orientações também são válidas para empresas optantes pelo SIMPLES.
Isto significa, uma empresa comercial, em 20/dezembro, conforme nota fiscal 1.245, vendeu uma
mercadoria de R$ 10.000,00 em 10 parcelas mensais, com vencimento da 1ª parcela em
20/janeiro do ano subsequente e a última em 20/outubro do ano subsequente, calculará da
seguinte forma os impostos federais:
Valor
Data de Recebido COFINS
Recebimento R$ PIS R$ R$ IRPJ R$ CSLL R$
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Fechamento de Balanço © - 136
Para a empresa que iria desembolsar R$ 593,00* até janeiro do ano subsequente, mesmo antes de
receber a primeira parcela de seu cliente, se optar pelo lucro presumido - regime de caixa, terá
uma folga de caixa para pagar os tributos.
* 0,65% (PIS) + 3,0% (COFINS) + 1,20% (IRPJ) + 1,08% (CSLL) = 5,93% sobre o total do
faturamento: 10.000,00 X 5,93% = 593,00.
É a sistemática onde se apura a base de cálculo dos impostos pelas receitas efetivamente
recebidas.
Condições:
1. A emissão da nota fiscal seja feita por ocasião da entrega do bem ou da conclusão do serviço;
2. Registrar no Livro Caixa, a nota fiscal individualmente a cada recebimento;
3. Na contabilidade, registrar em conta específica os recebimentos, a cada nota fiscal.
Os recebimentos deverão ser controlados na conta duplicatas a receber ou clientes. Dessa forma,
a base para a tributação serão os recebimentos constantes nessas contas e não nas contas de
Receitas.
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Fechamento de Balanço © - 137
Exemplo:
O PIS, a COFINS, a CSLL e o IRPJ serão apurados com base no recebimento constante na conta
de clientes ou duplicatas a receber, independentemente do faturamento.
A duplicata não recebida não sofre tributação. Serão calculados os respectivos tributos apenas
por ocasião da data do recebimento da respectiva duplicata.
A tributação da duplicata não recebida ocorrerá, somente se a empresa, no exercício seguinte,
resolve optar pelo Lucro Real, deverá oferecer à tributação no mês de dezembro do exercício
anterior todas as receitas ainda não recebidas e iniciar o Lucro Real com a tributação pelo regime
de competência, conforme Instrução Normativa SRF 345/2003.
O artigo 10 da Lei nº 9.249/95 dispõe que os lucros ou dividendos calculados com base nos
resultados apurados à partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas
jurídicas tributadas com base no Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, não ficarão sujeitos à
incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda
do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliada no País ou no exterior.
É possível a pessoa jurídica tributada com base no Lucro Presumido distribuir lucros ou
dividendos de resultados apurados através de escrituração contábil, ainda que por conta de
período-base não encerrado.
Com isso, a pessoa jurídica poderá, por exemplo, levantar balanços mensais, trimestrais e anuais
e distribuir o resultado, mesmo sendo maior que o índice de presunção menos os impostos.
26.1 Qual a diferença entre distribuir o Lucro Presumido com base na Contabilidade
Regular e no Livro Caixa?
A regra geral para distribuição do lucro aos sócios ou acionais, quando a empresa mantém
apenas a escrituração do livro caixa, é o próprio lucro presumido, porém deduzidos dos impostos
federais. Como exemplo:
Faturamento do período : 10.000.000,00
Percentual de presunção 8%
Base de cálculo Lucro presumido 800.000,00
(-) PIS e COFINS – 3,65% - s/ faturamento (365.000,00)
(-) IRPJ – 15% s/ o lucro (120.000,00)
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26.2 Qual é a base para distribuir o lucro presumido com base no Balanço Contábil?
Pode ser distribuído o lucro por conta de período-base não encerrado, desde que não exceda ao
valor apurado com base na escrituração.
A distribuição antecipada do lucro, com base no lucro presumido, deve estar amparada em
balanços ou balancetes levantados com base na Contabilidade.
Dessa forma, recomenda-se que o balancete utilizado para a distribuição de lucros seja transcrito
no Livro Diário. Ou melhor, transcrever o balanço ou balancete mês a mês no Livro Diário, o
qual salvaguardará a empresa em futuras fiscalizações.
Pela redação do Regulamento da Previdência Social, inciso II, § 5º do artigo 201, do Decreto
3.048/1999, são tributáveis os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de
antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração
decorrente do trabalho e a proveniente do capital social ou tratar-se de adiantamento de resultado
ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício.
Desta forma, as empresas devem adotar o cuidado de prever, em seus respectivos contratos
sociais, que a sociedade vai apurar a demonstração de resultado do exercício contábil
mensalmente (ou trimestralmente, ou em períodos menores que 12 meses).
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Em resumo:
Para não incidir INSS sobre o lucro distribuído pelas empresas em geral aos respectivos sócios, a
título de lucros do próprio exercício, não integra a remuneração para efeito de contribuição
previdenciária (20%), desde que seja com base na escrituração contábil e que conste no contrato
social cláusula que fixe a apuração e distribuição de lucros em períodos menores que 12 meses,
sendo tais demonstrações (balanço e resultado) transcritas no livro diário.
26.5 Distribuição de lucros ou dividendos por pessoa jurídica em débito para com a
Fazenda Nacional
O art. 17 da Lei 11.051/2004, procedeu alteração no art. 32 da Lei nº 4.357/64 - dispõe que as
pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não garantido, para com a União e suas
autarquias de Previdência e Assistência Social, por falta de recolhimento de imposto, taxa ou
contribuição, no prazo legal, não poderão:
De qualquer forma a multa fica limitada, respectivamente, a 50% (cinquenta por cento) do valor
total do débito não garantido da pessoa jurídica.
PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO
O Lucro Presumido tem base de cálculo diferenciada, para fins de tributação pelo IR. A
diferença é grande: pode ir de 1,6% a 38,4% sobre a receita.
Exemplo:
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Uma empresa que efetua serviços de acabamento industrial, que estava tributando sobre uma
base presumida de 32% da receita, poderá viabilizar as operações de modo a enquadrá-las como
industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante (base do IRPJ de apenas 8%).
Neste caso poderá economizar até R$ 6.000,00 em cada R$ 100.000,00 faturados.
Como saber qual o enquadramento correto para sua empresa? Como poderei pagar pelo menor
enquadramento possível?
Basta você analisar as espécies de suas atividades, enquadrando-os com a seguinte tabela:
No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada
atividade o respectivo percentual.
Observação:
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Agências de propaganda
O percentual a ser aplicado sobre a receita bruta para apuração da base de cálculo do Lucro
Presumido na atividade de prestação de serviço de construção civil é de 32% quando houver
emprego unicamente de mão-de-obra, ou de 8% (oito por cento) quando houver emprego de
materiais. Como emprego de materiais, entende-se o uso de materiais que serão incorporados à
obra, perdendo a qualidade de bens móveis.
Poderá ser aplicado na determinação do Lucro Presumido o percentual reduzido de dezesseis por
cento sobre a receita bruta relativa aos serviços de desenvolvimento e consultoria na área de
informática (com exceção dos serviços de projeto e produção, instalação e suporte de softwares
aplicativos tecnológicos de engenharia, arquitetura e agronomia), por não se tratar de prestação
de serviços de profissão legalmente regulamentada., desde que a pessoa jurídica seja
exclusivamente prestadora de serviços e sua receita bruta anual seja inferior a R$ 120.000,00.
Hemodiálise
Para fins de determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda, apurado com base no
Lucro Presumido, pode ser aplicado o percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta
relativa à atividade de prestação de serviços de hemodiálise e diálise peritonial.
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Pela atual legislação, sobre as exportações de bens e serviços há a tributação sobre o lucro da
empresa: IRPJ e CSSL. Quando a empresa adota o Lucro Presumido por considerar a melhor
forma de tributação se depara com dois problemas nas exportações:
Esses problemas podem ser minimizados, se o contribuinte adotar regime de caixa para apuração
das receitas tributáveis pelo Lucro Presumido na forma do artigo 13 da Lei nº 9.718/98.
No regime de caixa, as receitas são tributáveis somente quando recebidas, de modo que o valor
da receita tributável corresponderá sempre ao valor que ingressa de forma definitiva ao
patrimônio da empresa, não mais sujeito aos efeitos decorrentes da flutuação da taxa de câmbio.
Dessa forma, para o contribuinte do IRPJ e CSLL com base no Lucro Presumido a data do
embarque das mercadorias passa a ser irrelevante. O valor recebido, esse sim, é o valor da receita
tributável sobre o qual serão aplicados os percentuais previstos na legislação.
Operações de Industrialização
Para fins de apuração das bases de cálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), consideram-se industrialização as
operações definidas no art. 4º do Decreto nº 4.544/2002, observadas as disposições do art. 5º c/c
o art. 7º do referido decreto.
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Limite de Isenção
A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da
Lei 9.249/1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta
total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples
Nacional no período, relativo ao IRPJ.
Limite de Isenção
A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da
Lei 9.249/1995, sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta
total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples
Nacional no período, relativo ao IRPJ.
O limite de isenção não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e
evidenciar lucro superior àquele limite.
Isto evidencia uma vantagem inequívoca da manutenção da escrita contábil, cabendo aos
contabilistas alertarem seus clientes sobre esta vantagem, providenciando o levantamento
patrimonial (balanço de abertura) e início da escrituração.
Exemplo:
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A opção pelo lucro arbitrado, pode ser utilizada para regularizar a escrita contábil e fiscal da
empresa. Por exemplo, em um determinado ano a contabilidade da empresa está inconsistente,
com saldos incorretos, passivos inexistentes, ativos irreais, bem como a documentação suporte é
imprestável. Seria viável no ano corrente optar pelo Lucro Arbitrado (auto-arbitramento) e no
ano seguinte proceder ao balanço de abertura, com os saldos corretos e a empresa poderá tomar
todos os cuidados possíveis com a Contabilidade.
O auto-arbitramento se caracteriza no fato da empresa, por exemplo, não apresentar a
escrituração fiscal e nem o Livro Caixa do período à fiscalização, é uma opção do contribuinte.
O único encargo tributário que terá a maior do que o Lucro Presumido é o de que a base de
cálculo do Imposto de Renda terá um acréscimo de 20%. No cálculo da contribuição social sobre
o lucro não haverá alteração.
Exemplo:
30.1 Qual é a diferença entre o fisco arbitrar o lucro da empresa e a própria empresa
arbitrar o seu lucro?
A base de cálculo e a aplicação dos percentuais sobre a receita são os mesmos. O arbitramento
da receita aplicado pela fiscalização incide a multa de 75% a 150%, sobre a totalidade ou
diferença do imposto, conforme art. 44, da Lei nº 9.430, de 1996. Enquanto que o arbitramento
da receita efetuado, pela própria empresa, não tem a incidência das respectivas multas, apenas a
multa de mora de até 20%, por ocasião do pagamento em atraso do tributo.
30.2 Auto-arbitramento do lucro quando a empresa é optante pelo lucro real e o lucro
arbitrado é opção mais econômica
O lucro arbitrado é aplicável quando o contribuinte, obrigado a manter escrituração pelo lucro
real, não o faz, sujeitando-se às regras de tributação específicas.
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Fechamento de Balanço © - 145
Importa ressaltar que o contribuinte pode optar pelo arbitramento, nos trimestres que não
manteve escrituração regular.
Esta possibilidade poderá ser interessante para fins de planejamento fiscal, no (s) trimestre (s) em
que o contribuinte tiver um lucro operacional que justifique a opção.
Exemplo:
Um contribuinte, sujeito às regras do lucro real, apurou no trimestre janeiro-março um lucro real
de R$ 1.000.000,00 sobre uma receita total da atividade de R$ 8.000.000,00. Considera-se que
não houve ganho de capital (venda de bens do imobilizado, etc.) no período ou deduções de
incentivos fiscais. Sua atividade é comercial. A tributação será:
Há de se considerar, também, que no lucro arbitrado o PIS terá alíquota de 0,65%, conforme art.
8, II, da Lei 10.637/2002, ao invés de 1,65%., bem como a COFINS é calculada à alíquota de
3,00%, conforme art. 10, II, da Lei 10.833/2003. Ambas as contribuições não têm direito ao
crédito nas aquisições.
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Fechamento de Balanço © - 146
No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada
atividade o respectivo percentual.
Para o cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, do percentual sobre a receita, aplica-se a
alíquota de 15% + adicional de 10% sobre o lucro superior a R$ 240.000,00 anuais ou R$
20.000,00 mensais.
Exemplo:
Dados Valores
Atividade – Serviços
Faturamento anual 1.000.000,00
Alíquota do Arbitramento 38,4%
Valor do lucro arbitrado 384.000,00
Alíquota IRPJ 15%
Valor IRPJ 57.600,00
Adicional (384.000,00- 240.000,00) x 10% 14.400,00
Total IRPJ 71.000,00
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Fechamento de Balanço © - 147
de transporte; 32%
Intermediação de negócios; 32%
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e 32%
direitos de qualquer natureza
Factoring 32%
Receitas Financeiras, Ganho de Capital outras receitas 100%
Operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de 38,4%
títulos de crédito realizadas por Empresa Simples de Crédito (ESC)
– Lei Complementar 167/2019
Para o cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, do percentual sobre a receita,
aplica-se a alíquota de 9%.
Exemplo:
Dados Valores
Atividade – Serviços
Faturamento anual 1.000.000,00
Alíquota do Arbitramento 32,00%
Valor da base de Cálculo da CSLL 320.000,00
Alíquota CSLL 9%
Valor CSLL 28.800,00
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A Lei 6.404/1976, estabeleceu, em seu art. 176, que ao fim de cada exercício social a diretoria
fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras:
1. Balanço Patrimonial;
2. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
3. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
4. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e
5. se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Consolidação
Além dos aprimoramentos no método de avaliação dos investimentos, a lei exige que,
complementarmente às demonstrações financeiras normais, sejam apresentadas demonstrações
financeiras consolidadas da investidora com suas controladas.
A consolidação será compulsória para as Companhias Abertas que tiverem mais de 30% do seu
patrimônio líquido representado pelos investimentos em controladas. A lei define as normas
básicas doe consolidação que incluem a necessidade de eliminação dos saldos e transações
intercompanhias, dos lucros ou prejuízos remanescentes nos ativos, a exclusão das partes
minoritárias e outros.
A consolidação foi uma das principais inovações da lei atual, já que não era obrigatória até então
e apenas algumas raras empresas a publicavam.
COMPANHIAS ABERTAS
A CVM divulgou orientações quanto a aspectos relevantes a serem observados na elaboração das
Demonstrações Contábeis das companhias abertas para o exercício social encerrado em
31/12/2020.
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Fechamento de Balanço © - 149
De acordo com o artigo 176, § 1º da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício
anterior.
Exemplo:
Débito Crédito
Apuração do Resultado do Exercício 1.406.122,00
ICMS sobre Vendas 120.000,00
PIS e COFINS sobre Vendas 54.750,00
Custo das Mercadorias Vendidas 720.000,00
Folha de Pagamento 155.000,00
Encargos Sociais e Trabalhistas 60.450,00
Despesas Financeiras 79.000,00
Despesas Tributárias 54.000,00
Aluguel e Manutenção 50.000,00
Despesas de Veículos 40.000,00
Despesas de Escritório 19.000,00
Provisão para Imposto de Renda 34.770,00
Provisão para Contribuição Social 19.152,00
O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferida para a conta de
“Lucros ou Prejuízos Acumulados”. No exemplo acima, o lançamento seria:
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Fechamento de Balanço © - 150
Após essas operações, estão encerradas as contas de resultado, restando somente as contas
patrimoniais.
Destinação do Resultado
Observe-se, ainda, que por determinação contratual, legal ou estatutária, podem ser necessárias a
formação de reservas de lucros específicas, como para as Sociedades Anônimas, que devem
constituir a Reserva Legal (5% sobre o lucro líquido do exercício – nas condições do art. 193 da
Lei das S/A). Neste caso, o lançamento seria:
Na hipótese de ocorrer prejuízo no exercício, tal valor deve ser transferido para reservas de
lucros existentes. Se tais não existirem, ou forem insuficientes, o valor não compensado deverá
ser mantido em conta de “Prejuízos Acumulados”, até sua futura absorção por lucros ou mesmo
pela redução do Capital Social.
Exemplo:
Após ter efetuado todos os lançamentos de encerramento do exercício, no livro diário, devem ser
transcritos também o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício, além da
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, com a data e assinatura dos administradores e
do responsável pela contabilidade, com respectivo CRC.
Por meio da Portaria ME 12.071/2021 as empresas de capital fechado (sem ações na bolsa) que
tenham receita bruta anual de até R$ 78 milhões por ano podem publicar balanços e demais atos
societários na Central de Balanços do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), sem
obrigatoriedade de publicá-los em jornais.
Publicações Resumidas
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Fechamento de Balanço © - 151
O Parecer de Orientação CVM 39/2021 possibilita forma especial para a publicação das
demonstrações financeiras resumidas em jornais impressos, com vigência a partir de 1º de
janeiro de 2022.
Todas as demonstrações financeiras resumidas devem ser elaboradas a partir dos números
auditados das demonstrações financeiras completas, que devem estar devidamente divulgadas em
endereço eletrônico claramente referenciado na publicação resumida.
O artigo 187 da Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações) determina sobre a elaboração da
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.
CONTEÚDO
- a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o
lucro bruto;
- o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
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Fechamento de Balanço © - 152
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
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Fechamento de Balanço © - 153
De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei 6.404/1976, adiante transcrito, a companhia poderá, à
sua opção, incluir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados nas demonstrações das
mutações do patrimônio líquido.
Deve-se lembrar que a referida demonstração é também obrigatória para as sociedades limitadas
e outros tipos de empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda.
De acordo com a Lei da S/A (Lei 6.404/1976), o lucro líquido do exercício não deve estar
influenciado por efeitos que pertençam a exercícios anteriores, ou seja, deverão transitar pelo
balanço de resultados somente os valores que competem ao respectivo período.
Reversões de Reservas
Correspondem às alterações ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a reversão
de valores para a conta Lucros Acumulados, em virtude daqueles valores não serem mais
utilizados.
São as apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais, tais como:
reserva legal, reserva estatutária, reserva de lucros a realizar, reserva para contingências.
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Fechamento de Balanço © - 154
Até 31.12.2007, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) era obrigatória
para as companhias abertas e para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do
balanço patrimonial, superior a R$ 1.000.000,00 (limite este atualizado pela Lei nº 9.457/97), e
indicava as modificações na posição financeira da companhia.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a ser obrigatória para todas as sociedades de
capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Conforme art. 188 da Lei 6.404/1976, a Demonstração dos Fluxos de Caixa deverá conter no
mínimo:
1) das operações;
2) dos financiamentos;
3) dos investimentos;
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A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no
caixa durante o período e o resultado desse fluxo.
Dentre as transações realizadas pela empresa, algumas não afetam o caixa, isto é, não há encaixe
e nem desencaixe de dinheiro, como por exemplo: - Depreciação, amortização e exaustão; -
Provisão para devedores duvidosos; - Acréscimo ou diminuições de investimentos avaliados pelo
método de equivalência patrimonial, sem significar que houve vendas ou novas aquisições.
O fluxo de caixa é parte das demonstrações contábeis publicadas pelas empresas. Basicamente, o
relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:
I - Atividades Operacionais;
II - Atividades de Investimento;
III - Atividades de Financiamento.
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Método Direto
De acordo com o método direto, as informações sobre as principais classes de entradas e saídas de
caixa podem ser obtidas:
2) ajustando as vendas, os custos das vendas e outros itens da demonstração do resultado referentes
a:
(a) mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a
pagar;
(b) outros itens que não envolvem caixa; e
(c) outros itens cujos efeitos no caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das atividades de
financiamento e de investimento.
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Fechamento de Balanço © - 157
A seguir apresenta-se um outro modelo simplificado de DFC pelo método direto, baseado no
modelo FAS, ou seja, fazendo uma segregação dos tipos de atividades:
1. Das Atividades Operacionais
(+) Recebimentos de Clientes e outros
(-) Pagamentos a Fornecedores
(-) Pagamentos a Funcionários
(-) Recolhimentos ao Governo
(-) Pagamentos a Credores Diversos
2. Das Atividades de Investimentos
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
(-) Aquisição de Ativo Não Circulante
(+) Recebimento de Dividendos
3. Das Atividades de Financiamentos
(+) Novos Empréstimos
(-) Amortização de Empréstimos
(+) Emissão de Debêntures
(+) Integralização de Capital
(-) Pagamento de Dividendos
4. Aumento/Diminuição nas Disponibilidades
Método Indireto
O Método Indireto é aquele pelo qual os recursos provenientes das atividades operacionais são
demonstrados a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado,
porém sem afetar o caixa da empresa.
O Método Indireto é feito com base nos ajustes do lucro líquido do exercício que se encontra na
Demonstração de Resultado.
Primeiro passo: Os itens operacionais que não usaram dinheiro, mas foram deduzidos como
despesas devem ser acrescentados de volta ao lucro do exercício, como é o caso da depreciação.
Segundo passo: As alterações ocorridas no Capital Circulante Líquido (AC e PC) também
devem ser ajustadas, porque estão relacionadas com as atividades operacionais.
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Fechamento de Balanço © - 158
(*) – Esse valor também pode ser apresentado no fluxo de caixa das atividades operacionais.
OUTRO EXEMPLO:
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Fechamento de Balanço © - 159
Quando há um aumento nos ativos circulantes (estoques, contas a receber), o raciocínio é que foi
usado dinheiro do caixa, para comprar estoques ou conceder crédito a clientes. De maneira
inversa, se os estoques ou clientes diminuírem é porque a empresa está tendo receita ou
recebimento de clientes.
Os aumentos do Passivo Circulante têm o efeito oposto sobre o caixa. Quando os fornecedores
concedem créditos, o caixa é liberado para outras atividades. Quando a empresa diminui a conta
de fornecedores, é que ela está usando caixa para solver compromissos.
Todos estes ajustes fazem parte das atividades operacionais. As demais atividades de
investimento e de financiamento serão elaboradas nos mesmos moldes do Método Direto,
usando-se para tanto os dados do Balanço Patrimonial.
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais
como:
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Deve-se utilizar um papel de trabalho, utilizando uma coluna para cada uma das contas do
patrimônio da empresa e abrindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou
transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de
razão dessas contas.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma coordenada.
Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na linha correspondente a
essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de capital pelo valor do aumento e, na
mesma linha, as reduções nas contas de reservas e lucros utilizadas no aumento de capital pelos
valores correspondentes.
Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença
entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado
recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.
A DVA é de publicação obrigatória para as sociedades de capital aberto, por força da Lei
11.638/2007, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2008. O
Pronunciamento Técnico CPC 09 trata dos detalhamentos relativos à DVA.
A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado é calculada a partir da
diferença entre o valor de sua produção e o dos bens produzidos por terceiros utilizados no
processo de produção da empresa.
A atual e a potencial aplicação do valor adicionado mostram o aspecto econômico e social que o
seu conceito envolve:
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Fechamento de Balanço © - 161
O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão
global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo
resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
O valor adicionado constitui-se da receita de venda deduzida dos custos dos recursos adquiridos
de terceiros. É, portanto, o quanto a entidade contribuiu para a formação do Produto Interno
Bruto (PIB) do país.
A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui
desse modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de
elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a
geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.
- Empresas em Geral
- Instituições Financeiras Bancárias e
- Seguradoras.
ACRÉSCIMOS DE INFORMAÇÕES
Além das informações contidas nos grupos relacionados no modelo acima, a entidade deve
acrescentar ou detalhar outras linhas na Demonstração do Valor Adicionado quando o montante
e a natureza de um item ou o somatório de itens similares forem de tal magnitude que a
apresentação em separado ajuda na apresentação mais adequada da Demonstração do Valor
Adicionado.
CONCLUSÃO
Pode-se verificar a utilização do critério de cálculo do valor adicionado com base nas vendas, o
que torna mais simples a elaboração da DVA e mais fácil seu entendimento, uma vez que, assim,
o valor adicionado fica relacionado com os princípios contábeis utilizados nas demonstrações
contábeis tradicionais, possibilitando sua conciliação com a demonstração do resultado.
Parte-se, desse modo, das receitas brutas e subtrai-se o valor dos bens adquiridos de terceiros que
foram incorporados ao produto final alienado ou serviço prestado, para que se conheça o valor
efetivamente gerado pela companhia.
Deve-se destacar, ainda, que a depreciação de ativos avaliados pelo custo de aquisição deve ser
subtraída do valor adicionado bruto para se calcular o valor adicionado líquido, não devendo ser
classificados tais valores como retenções do lucro do período.
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Fechamento de Balanço © - 162
"As demonstrações serão complementadas por Notas Explicativas e outros quadros analíticos
ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício".
O art. 37 da Lei 11.941/2009 alterou o § 5º, do art. 176 da Lei das S/A, mencionando, sem
esgotar o assunto, as bases gerais e as normas a serem inclusas nas demonstrações financeiras, as
quais deverão indicar:
A Lei das S/A estabeleceu os casos que deverão ser mencionados em Notas Explicativas; no
entanto, essa menção representa o conceito básico a ser seguido pelas empresas, podendo haver
situações em que sejam necessárias Notas Explicativas adicionais, além das já previstas pela Lei
das S/A.
CIAS. ABERTAS
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Fechamento de Balanço © - 163
Apesar de não prevista pela Lei Societária, pela CVM ou qualquer outro órgão profissional, as
empresas têm divulgado de forma usual, como a primeira das Notas Explicativas com o título
"Operações" ou "Contexto Operacional" cujo conteúdo faz menção ao ramo de atividade
explorado, base de operação e mercado que atua e qual o estágio do empreendimento se estiver
em implantação ou se estiver em expansão.
Tais informações são importantes para que os analistas e demais usuários das demonstrações
financeiras possam melhor avaliar a situação da empresa e os seus resultados, bem como julgar
da razoabilidade de índices de rentabilidade e liquidez.
CIA. EXEMPLO
CURITIBA – PR
a) Apuração do Resultado
As receitas, despesas e provisões são escrituradas pelo regime de competência,
observando-se o critério “pró-rata-dia”.
As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate. As
operações com taxas pós-fixadas estão atualizadas até a data do balanço.
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Fechamento de Balanço © - 164
c) Adiantamento a fornecedores
Estão demonstrados pelo valor nominal do desembolso.
d) Despesas antecipadas
Referem-se, basicamente, a prêmios de seguros a apropriar e estão demonstradas
pelos valores despendidos, deduzidas das parcelas apropriadas até a data do
balanço pelo critério pro-rata-temporis.
e) Imobilizado
Está demonstrado ao custo de aquisição, ajustado por depreciações acumuladas,
calculadas pelo método linear, às taxas estabelecidas em função do tempo de
vida útil, fixado por espécie de bens, conforme segue:
f) Passivo Circulante
As obrigações e encargos são apresentados pelos valores conhecidos ou
calculáveis, acrescidos, quando aplicáveis, das correspondentes atualizações
incorridas.
h) Provisão de Férias
Está constituída em montante suficiente para fazer frente às obrigações com
funcionários, por conta de férias vencidas e proporcionais, acrescida dos
correspondentes encargos sociais.
NOTA 4. IMOBILIZADO
A seguir, demonstramos as contas que compõem esta rubrica:
Descrição R$
Móveis/Utensílios/Equipamentos 15.000
Sistema de Comunicação 26.000
Equipamentos de Processamento de Dados 60.000
Veículos 1.000
Depreciação acumulada ( 28.000)
Totais 75.000
NOTA 5. INTANGÍVEIS
A seguir, demonstramos as contas que compõem esta rubrica:
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Descrição R$
Marcas 40.000
Patentes Industriais 100.000
Amortização Acumulada (12.000)
Totais 128.000
I – OBRIGAÇÕES:
a) instituições financeiras
Valor do principal: R$ 1.000.000
Juros de: 6% a.a. acima da TJLP
Vencimento inicial: 15/out./2XX0
Vencimento final: 15/jul./2XX7
b) Tributos e Contribuições em Demandas Judiciais:
Referem-se aos créditos tributários do COFINS, compensados com as
contribuições devidas, os quais estão sendo discutidos judicialmente.
II – GARANTIAS
Descrição R$
As ações preferenciais, que não tem direito ao voto na Assembleia Geral, gozam de
prioridade no reembolso de capital, sem prêmio, outrossim, é assegurado às ações
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Destacamos, a seguir, a posição dos principais seguros mantidos pela empresa na data de
encerramento do exercício social:
Desta forma, a assinatura das demonstrações contábeis fica vinculada à entrega da Carta de
Responsabilidade da Administração.
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O documento digital e sua reprodução terão o mesmo valor probatório do documento original
para fins de prova perante a autoridade administrativa em procedimentos de fiscalização,
observados os critérios de integridade e autenticidade estabelecidos pelo art. 2º-A da Lei
12.682/2012, e pelo art. 1º da Medida Provisória 2.200-2/2001.
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