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ASSUNTOS DIVERSOS
Boletim Imposto de Renda n° 02 - 2ª Quinzena. Publicado em: 20/01/2020
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
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21/06/2023, 10:13 Assuntos Diversos - Aluguéis - Comparativos dos Valores Recebidos por Pessoa Jurídica e Pessoa Física
ALUGUÉIS
Comparativo dos Valores Recebidos por Pessoa Jurídica e Pessoa Física
Roteiro
1. Introdução
2. Aluguel Auferido por Pessoa Jurídica
2.1. Receita Operacional
2.1.1. IRPJ
2.1.2. CSLL
2.1.3. PIS/Pasep e COFINS
2.2. Demais Receitas
2.3. Encargos Financeiros
2.3.1. IRPJ e CSLL
2.3.2. PIS/Pasep e COFINS
2.4. Simples Nacional
3. Aluguel Auferido por Pessoa Física
3.1. Deduções
4. Quadro Comparativo
4.1. Tributação Lucro Presumido - Receita Operacional
4.2. Tributação Lucro Presumido - Demais Receitas
4.3. Tributação Pessoa Física
1. Introdução
A presente matéria tem por finalidade, abordar a tributação do aluguel, quando for auferido por pessoa jurídica tributado pelo regime cumulativo e quando
auferido por pessoa física, analisando a diferença de tributação nesses dois casos.
Sobre estes valores haverá a incidência do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), das contribuições
para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS).
2.1.1. IRPJ
Sobre a receita obtida, aplica-se a presunção de 32% e alíquota de 15%, sujeito ao adicional de 10% sobre parcela do lucro presumido que exceder o valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
Para o cálculo do IRPJ, configura como a receita bruta das empresas além do valor percebido a título de aluguel, todas as demais verbas recebidas do
locatário a qualquer título, como multas, juros, taxas de água e condomínio, IPTU, entre outras, por se tratar de receita operacional própria da atividade
empresarial. (Lei n° 9.249/95, artigos 3° e 15, § 1°, inciso III, alínea “a”; Lei n° 9.250/95, artigo 40; Lei n° 9.249/95, artigo 3°, § 1°; Solução de Consulta n°
72/2012 da Região Fiscal, item 7 do relatório complementar)
Ressalta-se que para esta atividade a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) apresenta a previsão de aplicar a presunção reduzida de 16%, caso seja
exclusivamente prestadora de serviço e que a receita bruta seja de até R$ 120.000,00. Caso a pessoa jurídica tenha utilizado o percentual de 16% para o
pagamento mensal do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao
pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a cada mês transcorrido.
A diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorrer o excesso; e quando for paga até o prazo previsto, a diferença
apurada será recolhida sem acréscimos. (Lei n° 9.250/95, artigo 40; Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 215, §§ 12 e 13)
Se exercer atividades diversificadas, independentemente do montante da receita bruta anual, deverá utilizar o percentual de presunção correspondente a
cada atividade, sem qualquer redução. (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 215, § 2°)
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2.1.2. CSLL
Aplica-se o percentual de presunção de 32% e alíquota de 9% para CSLL quando se tratar de administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
direitos de qualquer natureza. (Lei n° 9.249/95, artigo 20; Lei n° 9.430/96, artigo 28; Lei n° 7.689/88, artigo 3°, inciso III)
Para a CSLL, não há previsão expressa em legislação, nem entendimento externado por meio de Solução de Consulta que determine que os juros e multas
auferidos serão tributados como Receita Bruta.
Contudo, devido não ter sido pacificado pela RFB a tributação para as empresas do lucro presumido, sugere-se neste caso, que o contribuinte formule
questionamento diretamente para a RFB por meio de Solução de Consulta. Para auxiliar o contribuinte nesse processo sugerimos o Boletim 04/2016 -
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - Solução de Consulta.
Portanto, para o PIS/Pasep a tributação ocorrerá mediante a aplicação da alíquota de 0,65% sobre a receita auferida ao aluguel de imóveis próprios. (Lei n°
9.715/98, artigo 8°, inciso I)
Para a COFINS, a tributação será sobre a alíquota básica de 3% sobre a receita auferida referente ao aluguel de imóveis próprios. (Lei n° 9.718/98, artigo 8°)
Ressalta-se que para o PIS/Pasep e COFINS, também não há previsão expressa em legislação, nem entendimento externado por meio de Solução de
Consulta que determine que os juros e multas auferidos serão tributados como Receita Bruta.
Contudo, conforme já mencionado no tópico 2.1.2 desta matéria, sugerimos a formulação de questionamento diretamente para a RFB.
Isto posto, nos casos em que a empresa esteja auferindo essa receita esporadicamente, tal valor será acrescido à base de cálculo do IRPJ (e do adicional, se
houver) e da CSLL, no mês em que forem auferidos (Instrução Normativa n° 1.700/2017, artigo 39).
Cabe destacar, quando os valores não se enquadram no conceito de receita bruta, para o regime cumulativo não estará sujeito a tributação do PIS/Pasep e
da COFINS (Lei n° 9.718/98, artigos 2° e 3°).
Os encargos de mora decorrentes de receita inadimplida devem ser oferecidos à tributação pelo IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e COFINS pela pessoa jurídica
tributada pelo lucro presumido.
a) IRPJ: 15% de principal + 10% de adicional quando a base de cálculo do imposto exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número
de meses do respectivo período de apuração; (Lei n° 9.249/95, artigo 3° e § 1°)
a) multa de mora: o valor pertinente a multa de mora, como possui classificação de "Outras Receitas" não deve ser submetido à tributação das contribuições
no regime cumulativo, pois não se enquadra no conceito de faturamento definido no artigo 3° da Lei n° 9.718/98.
b) juros de mora: por se tratar de receita financeira e oriunda do exercício das atividades empresariais, deverá ser tributada sob as alíquotas de 0,65% e 3%,
respectivamente para PIS/Pasep e COFINS, de acordo com o artigo 738, § 1° da Instrução Normativa RFB n° 1.911/2019. A referida Instrução Normativa
possui vigência a partir de 15.10.2019, sendo passível a discussão quanto os efeitos de uma norma complementar frente à Lei Ordinária, que, por sua vez,
não prevê a tributação de outras receitas, ou receitas financeiras, no regime cumulativo das contribuições, tendo em vista a especificidade da base de cálculo
prevista na legislação de referência (Lei n° 9.718/98, artigo 3°; Decreto-Lei n° 1.598/77, artigo 12).
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Nas situações em que a empresa já está constituída e aufira receita decorrente do aluguel de imóveis próprios, deverá proceder com a comunicação de
exclusão do Simples Nacional até o último dia útil do mês subsequente ao de ocorrência da vedação, produzindo efeitos a partir do primeiro dia deste
mesmo mês subsequente (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 30, inciso II; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 81, inciso II, alínea “c”).
Entretanto, é permitido às empresas do Simples Nacional realizar o aluguel de imóveis próprios quando estes se referirem a prestação de serviços tributados
pelo ISS (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 17, inciso XV; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 15, inciso XXIII).
São permitidos aqueles que tenham a finalidade de exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas,
estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza (Lei Complementar n° 123/2006, artigo 17, inciso XV; artigo 18, § 4°, inciso III; Resolução CGSN n° 140/2018, artigo 25, § 1°, alínea “l”).
Na hipótese em que o contribuinte (pessoa física), estar recebendo valores de outra pessoa física, está sujeito ao recolhimento mensal obrigatório através do
carnê-leão.
Os rendimentos de aluguéis recebidos de pessoa jurídica não estão sujeitos ao pagamento do carnê-leão, pois nessa condição a responsabilidade do
recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) compete a fonte pagadora pessoa jurídica. O imposto será calculado mediante a utilização de
tabela progressiva mensal. Na determinação da base de cálculo, poderão ser deduzidas do rendimento bruto: as importâncias pagas a título de pensão
alimentícia, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais, ou por
escritura pública; a quantia de R$ 189,59 por dependente, por mês; a contribuição para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios (Manual do imposto sobre a Renda Retido na Fonte (MAFON) 2019, página 63).
3.1. Deduções
Do valor do aluguel recebido, podem ser deduzidas, quando o encargo tiver sido exclusivamente do locador (pessoa física), as quantias relativas a:
d) despesas de condomínio.
Portanto, quando proprietário, for o responsável por arcar com as despesas que incidem sobre o imóvel, tais como: IPTU, taxa de lixo, comissão paga a
intermediadores dos contratos de locação, poderá deduzir tais despesas do valor recebido. (Solução de Consulta Cosit n° 116/2019).
4. Quadro Comparativo
Alíquota 15% 9%
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Alíquota 15% 9%
Descrição IRPF
Valor R$ 8.250,00
Portanto, feita a análise, conforme os dados apresentados acima, a menor carga tributária se evidencia quando a pessoa jurídica tributada pelo regime
cumulativo oferece a tributação como receita bruta.
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