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Órgão Consultivo
Categoria: Informações em Processos de Consulta
Número: 028/2023 – CDCR/SUCOR
Data da Aprovação: 31-01-2023
Assunto: Vendas presenciais
Base de Cálculo
Diferencial Alíquota
Operações Interestaduais/Consumidor Final/Não Contribuinte do
Imposto
Substituição Tributária-Autopeças
Nota Explicativa :
Nota: " Os documentos contidos nesta base de dados têm caráter meramente informativo. Somente os
textos publicados no Diário Oficial estão aptos à produção de efeitos legais."
Texto
INFORMAÇÃO N° 028/2023 – CDCR/SUCOR
..., pessoa jurídica de direito privado, estabelecida na Rua ..., nº ..., ..., em ..../MT,
inscrita no CNPJ sob o n° ... e no Cadastro de Contribuintes deste Estado sob o n° ....,
formulou consulta sobre o tratamento tributário aplicável às vendas presenciais de
bens para consumidor final não contribuinte e contribuinte do ICMS, estabelecido em
outro Estado, considerando o preconizado no Convênio ICMS 93/2015 e no Decreto nº
381/2015.
Neste contexto, a consulente expõe que efetua vendas de peças e acessórios para
veículos automotores, que são utilizados exclusivamente para uso e consumo dos
adquirentes, pessoas (físicas e jurídicas) de outros Estados que estão prestando
serviços na cidade, sendo que as peças são usadas na manutenção da sua frota, no
entanto, a nota fiscal é emitida (NF-e ou NFC-e) com os dados do destinatário em
outra Unidade da Federação, configurando, assim, uma venda interestadual, mesmo
que a venda seja efetuada no balcão da loja.
É a consulta.
Além disso, cumpre mencionar que os produtos citados pela consulente (peças e
acessórios para veículos automotores), portanto, autopeças, via de regra, estão
submetidos ao regime de substituição tributária, conforme o previsto no Anexo X do
RICMS.
Em outras palavras, ressalta que em seu entendimento a operação não estaria sujeita
à substituição tributária, tendo em vista o encerramento da cadeia tributária
(considerando que o destinatário é contribuinte, mas adquire para consumo final).
(...)
II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
De forma que, para que haja o compartilhamento do ICMS entre os Estados, de acordo
com o estabelecido na referida Emenda Constitucional, deve haver a entrega
(tradição) efetiva da mercadoria no território do Estado de domicílio do
adquirente, sendo que, no caso do consumidor final ser contribuinte do ICMS, cabe ao
destinatário recolher ao Estado de destino, o imposto correspondente à diferença entre
a alíquota interna do Estado de destino e a alíquota interestadual, nos termos do inciso
VIII, alínea "a" do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal (na redação dada pela
Emenda Constitucional nº 87/2015).
Veja que no caso descrito, a dúvida se relaciona a uma venda efetuada com a entrega
da mercadoria neste Estado, para contribuinte de outro Estado, o que poderia ser
classificada como uma operação interestadual. No entanto, como amplamente
discorrido, havendo a entrega e consumo da mercadoria neste Estado, ainda que o
destinatário seja contribuinte em outra unidade da Federação, a operação realizada é
considerada uma operação interna. Portanto, não há que se falar em apuração e
pagamento de ICMS-ST em favor do Estado destinatário. Nem tampouco em
diferencial de alíquotas, conforme previsto na EC 87/2015.
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Por fim, registra que não produzirá os efeitos legais previstos no artigo 1.002 e no
parágrafo único do artigo 1.005 do RICMS a consulta respondida sobre matéria que
esteja enquadrada em qualquer das situações previstas nos incisos do caput do artigo
1.008 do mesmo Regulamento.
Assinala-se que esta resposta não se enquadra nas hipóteses das alíneas do inciso I
do § 2° do artigo 995 do RICMS, conforme redação dada pelo Decreto n° 1.076, de 24
de agosto de 2021, logo, não se submete à análise da Câmara Técnica pertinente.
DE ACORDO.
APROVADA.
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