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ICMS
O ICMS é um imposto estadual previsto no art. 155, II, da CF/88 e na LC nº 87/96
(conhecida como Lei Kandir):
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior;
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(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
(...)
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
(...)
XII - cabe à lei complementar:
(...)
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Essas deliberações são formalizadas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.
Com isso, passou a existir expressa determinação legal no sentido de que os benefícios fiscais
de ICMS são subvenções de investimento (§ 4º) de modo que, se atendidas as condições
previstas no art. 30 da Lei nº 12.973/2014, eles não devem ser computados no lucro real, para
fins de apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL.
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Qual era o entendimento do STJ antes dessa alteração legislativa?
O STJ dizia que:
Crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
STJ. 1ª Seção. EREsp 1.517.492-PR, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. Acd. Min.
Regina Helena Costa, julgado em 08/11/2017 (Info 618).
O crédito presumido de ICMS, por representar, indiretamente, um lucro para a pessoa jurídica,
deverá ser incluído na base de cálculo do IRPJ e da CSLL?
NÃO. Não se pode considerar o crédito presumido como lucro da empresa, para fins de tributação
do IRPJ e da CSLL, sob pena de admitirmos a possibilidade de a União retirar, por via oblíqua, o
incentivo fiscal que o Estado-membro, no exercício de sua competência tributária, outorgou. Essa
interpretação faria com que houvesse o esvaziamento ou a redução do incentivo fiscal que foi
legitimamente outorgado pelo Estado-membro. Isso porque se, por um lado, a empresa pagaria
menos ICMS, por outro, teria que pagar mais IRPJ e CSLL.
A concessão de incentivo por Estado-membro, observados os requisitos legais, configura, portanto,
instrumento legítimo de política fiscal para materialização dessa autonomia consagrada pelo modelo
federativo. Nesse caminho, a tributação pela União de valores correspondentes a incentivo fiscal
estimula competição indireta com o Estado-membro, em desapreço à cooperação e à igualdade,
pedras de toque da Federação.
Vale lembrar que, à semelhança do que foi dito sobre base de cálculo do IRPJ e da
CSLL, o STF assentou a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de
cálculo do PIS e da COFINS, ao julgar, em regime de repercussão geral, o RE n.
574.706/PR. Entendeu o Plenário da Corte que o valor de ICMS não se incorpora
ao patrimônio do contribuinte, constituindo mero ingresso de caixa, cujo destino final
é os cofres públicos.
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não compõe a base
de cálculo para a incidência da contribuição para o PIS e da COFINS.
STF. Plenário. RE 574706/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 15/3/2017
(repercussão geral) (Info 857).
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subvenção para investimento, não tem o condão de alterar o entendimento de que
a tributação federal do crédito presumido de ICMS representa violação do princípio
federativo.
STJ. 1ª Seção. EREsp 1.517.492-PR, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. Acd. Min.
Regina Helena Costa, julgado em 08/11/2017 (Info 618).
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Segundo definição do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 6.099/74, o arrendamento mercantil
constitui “negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e
pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento
de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio
desta.”
A Lei nº 6.099/74 dispõe sobre o tratamento tributário das operações de arrendamento
mercantil.
Opções do arrendatário:
Ao final do leasing, o arrendatário terá três opções:
• renovar a locação, prorrogando o contrato;
• não renovar a locação, encerrando o contrato;
• pagar o valor residual e, com isso, comprar o bem alugado.
Exemplo:
“A” faz um contrato de leasing com a empresa “B” para arrendamento de um veículo 0km pelo
prazo de cinco anos. Logo, “A” pagará todos os meses um valor a título de aluguel e poderá usar
o carro. A principal diferença para uma locação comum é que “A”, ao final do prazo do contrato,
poderá pagar o valor residual e ficar definitivamente com o automóvel.
Obs.: é comum, na prática, que o contrato já estabeleça que o valor residual será diluído nas
prestações do aluguel. Assim, o contrato prevê que o arrendatário já declara que deseja comprar
o bem e, todos os meses, junto ao valor do aluguel, ocorre também o pagamento do valor
residual de forma parcelada. Como dito, isso é extremamente frequente, especialmente no caso
de leasing financeiro. No entanto, nem sempre isso ocorre.
ICMS e leasing
Em regra, o ICMS não incide sobre as operações de arrendamento mercantil de coisas móveis.
Isso porque, para a ocorrência do fato gerador do ICMS, é necessária a efetiva circulação da
mercadoria, com a necessária transferência da sua titularidade. No leasing não ocorre a
transferência da titularidade.
Exceção: haverá incidência de ICMS no leasing caso a sua natureza fique descaracterizada.
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Ocorre quando uma empresa situada no Brasil celebra contrato de leasing com um arrendador
para trazer ao país um bem fabricado no exterior.
Vale destacar, nesse sentido, tese de repercussão geral firmada pelo STF:
Não incide o ICMS na operação de arrendamento mercantil internacional, salvo na
hipótese de antecipação da opção de compra, quando configurada a transferência
da titularidade do bem
Cuidado para não confundir essa tese do STJ com o enunciado da seguinte súmula:
Súmula 155-STJ: O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para
uso próprio.
3) As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias
adquiridas como insumos em operações interestaduais (Recurso Repetitivo – Tema 261)
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Súmula 432-STJ: As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar
ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operações interestaduais.
De acordo com o regime constitucional, ISS e ICMS são excludentes: incide um ou outro sobre a
prestação de serviço (art. 155, II, § 2º, IX, b, e art. 156, III, da CF/88).
Assim, a LC nº 116/2003 delimita a competência tributária do Município para
incidência do ISS sobre os serviços de construção civil realizados mediante
empreitada ou subempreitada:
7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,
pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e
equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).
Quanto à exceção prevista nesse item 7.02, quanto ao fornecimento de mercadorias produzidas
pelo prestador de serviços fora do local da prestação de serviços, serão especificados os valores
dos serviços – sobre os quais incide ISS – e das mercadorias fornecidas – sobre as quais incide
ICMS.
No mesmo sentido de que as empresas de construção civil, quando adquirem bens necessários
ao desenvolvimento de sua atividade-fim, não são contribuintes do ICMS, temos a seguinte
súmula:
Súmula 167-STJ: O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil,
preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas a caminhões, é prestação
de serviço, sujeitando-se apenas à incidência do ISS.
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4) As atividades de panificação e de congelamento de produtos perecíveis realizadas por
supermercados não configuram processo de industrialização de alimentos, razão pela qual
não existe direito ao crédito do ICMS recolhido em relação à energia elétrica consumida na
realização de tais atividades.
De acordo com o art. 33, II, “b”, da LC nº 87/96, o contribuinte tem direito ao creditamento de
ICMS pago na entrada da energia elétrica consumida no estabelecimento comercial, se
comprovar ter utilizado essa energia elétrica “no processo de industrialização”.
Ocorre que a “panificação” e as atividades de “rotisseria e restaurante”, “açougue e
peixaria” e “frios e laticínios”, desenvolvidas pelos supermercados, não são
consideradas operações de industrialização conforme previsto no art. 5º, I, “a”, do
Regulamento do IPI:
Art. 5º Não se considera industrialização:
I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de
apresentação:
a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias,
padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda
direta a consumidor;
(...)
Como o contribuinte não tem como comprovar que houve processo de industrialização em que
se utilizou a energia elétrica, não tem direito ao creditamento de ICMS recolhido em relação à
energia elétrica consumida na realização de tais atividades.
REGRA:
• Se o serviço prestado estiver na lista anexa da LC 116/2003: haverá pagamento apenas de ISS.
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• Se o serviço prestado não estiver na lista anexa da LC 116/2003: haverá pagamento apenas de
ICMS.
EXCEÇÃO:
Existem algumas operações mistas nas quais a LC 116/2003 prevê que sobre elas
deverão incidir tanto o ISS (sobre o serviço prestado) como também o ICMS (sobre
a circulação de mercadorias). É o que preconiza o art. 1º, § 2º da LC:
Art. 1º (...)
§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela
mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva
fornecimento de mercadorias.
Tendo isso em vista, há incidência de ICMS (e não ISS) sobre tais atividades, já que
a legislação de regência as incluiu como hipótese de incidência do ICMS:
Decreto-Lei 406/68:
Art 1º O impôsto sôbre operações relativas à circulação de mercadorias tem como
fato gerador:
(...)
III - o fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em restaurantes,
bares, cafés e estabelecimentos similares.
A base de cálculo do ICMS será o valor total da operação, ou seja: não se separa o valor do
serviço do valor das mercadorias fornecidas para fins de tributação. Haverá incidência do ICMS
sobre os valores atribuídos a título de bebidas e alimentação e a título do serviço prestado, para
fins de praticabilidade da tributação.
Assim, o STJ entende que o ICMS incide sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em
bares, restaurantes e estabelecimentos congêneres, cuja base de cálculo compreende o valor
total das operações realizadas, inclusive aquelas correspondentes à prestação de serviço.
6) Não incide ICMS sobre a prestação de serviços conexos ao de comunicação por meio da
telefonia móvel por assumirem o caráter de atividade meio e não constituírem efetivamente
serviço de comunicação (transmissão de informação de qualquer natureza), este sim, passível
de incidência de ICMS.
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Serviços de comunicação
Um dos fatos geradores do ICMS são os serviços de comunicação. Veja o que
afirma a LC 87/96 sobre esse fato gerador:
Art. 2º O imposto incide sobre:
(...)
III — prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive
a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a
ampliação de comunicação de qualquer natureza;
Desse modo, o ICMS será cobrado da empresa quando há a prestação onerosa de serviços de
comunicação.
Poderá haver cobrança de ICMS quando a empresa de telefonia prestar esses serviços
acessórios aos serviços de comunicação?
NÃO. Não incide ICMS sobre a prestação de serviços acessórios aos serviços de comunicação.
Segundo entendimento consolidado do STJ e do STF, a prestação de serviços conexos ao de
comunicação (que são preparatórios, acessórios ou intermediários da comunicação) não se
confunde com a prestação da atividade fim — processo de transmissão (emissão ou recepção)
de informações de qualquer natureza —, esta sim, passível de incidência do ICMS.
Desse modo, apesar de alguns desses serviços conexos serem essenciais à efetiva prestação do
serviço de comunicação e admitirem a cobrança de tarifa pela prestadora do serviço
(concessionária de serviço público), por assumirem o caráter de atividade meio, não constituem,
efetivamente, serviços de comunicação, razão pela qual não é possível a incidência do ICMS (STJ.
1ª Seção. REsp 1.176.753/RJ, Rel. para acórdão Min. Mauro Campbell Marques, DJe de
19/12/2012).
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Bonificação
A bonificação é uma modalidade de desconto que consiste na entrega de uma maior quantidade
de produto vendido em vez de conceder uma redução do valor da venda. Dessa forma, há
benefício ao vendedor das mercadorias porque, apesar da redução do preço médio de cada
produto, não isso implica redução no valor do negócio.
Desconto incondicional
Desconto incondicional é aquele concedido pelo vendedor, no momento da compra,
independentemente de qualquer atitude do comprador.
O desconto condicional, como o próprio nome sugere, é aquele no qual só é concedido porque
o comprador adotou determinado comportamento exigido para aquele benefício. Ex: subvenção
concedida pelo Governo Federal às concessionárias de energia para redução do valor cobrado
junto aos consumidores de baixa renda (CASTRO Eduardo M. L Rodrigues. ICMS. 3ª ed., Salvador:
Juspodivm, 2019, p. 154)
No mesmo sentido, o STJ entende que não incide ICMS na operação em que a mercadoria é dada
em bonificação porque não é preenchido o critério material de incidência do imposto, por
ausência de circulação econômica da mercadoria (STJ. 1ª Seção. REsp 1.111.156/SP, Rel. Min.
Humberto Martins, DJE 22/10/2009).
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Uma farmácia oferece produtos em bonificação aos seus clientes fidelizados. Ex: “troque seus
pontos por produtos”.
Nesse caso, a farmácia é substituta tributária do ICMS: recolhe antecipadamente o imposto que
será devido apenas quando o produto chegar ao consumidor final. A farmácia poderá recuperar
o montante do ICMS pago pelos produtos que ofereceu em bonificação aos seus clientes, uma
vez que a base de cálculo do imposto deve ficar adstrita aos valores efetivamente auferidos em
decorrência da comercialização das mercadorias realizadas pela empresa?
Não, a farmácia não poderá recuperar o ICMS, neste caso.
O STJ entende que, embora as mercadorias dadas em forma de bônus não integrem a base de
cálculo do tributo, considera-se devido o ICMS (ICMS-ST) no regime de substituição tributária,
já que não se pode presumir a perpetuação da bonificação na cadeia de circulação no sentido
de beneficiar igualmente o consumidor final. Na hipótese de bonificação - concessão de mais
mercadorias pelo mesmo preço -, há favorecimento tão somente ao partícipe imediato da cadeia
de circulação (próximo contribuinte na cadeia), a não ser que a bonificação seja estendida a toda
a cadeia até atingir o consumidor final, o que demandaria prova da repercussão. O mesmo se
pode dizer da existência do desconto incondicionado na operação por conta do próprio
substituto (REsp 993.409-MG, DJe 21/5/2008. REsp 1.167.564-MG, Rel. Min. Eliana Calmon,
julgado em 5/8/2010).
Em síntese, quando não há regime de substituição tributária, não se incluem na base de cálculo
do ICMS nas mercadorias dadas em bonificação e nos descontos incondicionais. Sob o regime
de substituição tributária, há incidência do ICMS (ICMS-ST) em tais operações.
8) O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo constante da nota fiscal (Súmula n. 395/STJ)
A “venda a prazo” é uma espécie de compra e venda na qual o vendedor oferece ao comprador
o pagamento parcelado do produto, acrescendo-lhe um plus ao preço final. Esse acréscimo
integra o valor da operação de compra e venda, sendo lançado na nota fiscal. Por isso o valor
“cheio” desta operação constitui a base de cálculo do ICMS, na qual se incorpora, assim, o preço
“normal” da mercadoria (preço de venda à vista) e o acréscimo decorrente do parcelamento na
venda a prazo. Assim, o ICMS deve incidir sobre o valor real da operação descrito na nota fiscal
de venda do produto ao consumidor.
9) Incide ICMS sobre o valor total da operação (preço de venda à vista, acrescido do valor
referente ao parcelamento), quando a venda a prazo for realizada sem a intermediação de
instituição financeira.
A “venda financiada” e a “venda a prazo” são figuras distintas para fins tributários.
A “venda a prazo”, descrita na tese anterior, ocorre sem a intermediação de instituição
financeira e incide ICMS (STJ. 1ª Seção. REsp 1.106.462/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
23/9/2009).
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Já na “venda financiada”, há intermediação de instituição financeira e incidem outros
acréscimos ao valor da compra, tais como a taxa de administração cobrada pelas
administradoras, bem como encargos relativos ao custo da defasagem de tempo entre a
circulação da mercadoria e o efetivo recebimento dos valores, devendo ser excluídos da base
de cálculo do ICMS.
Ocorre quando o adquirente combina com o Ocorre quando o adquirente, não tendo
vendedor de comprar o bem de forma como pagar à vista, contrata um
parcelada, pagando as prestações para o financiamento para a compra, recebe um
vendedor. empréstimo, paga o vendedor e fica pagando
o mútuo realizado.
Neste caso, o vendedor cobra mais caro por
estar vendendo o produto a prazo.
A base de cálculo do ICMS na venda a prazo A base de cálculo do ICMS será o preço da
será o preço “normal” da mercadoria (preço mercadoria (preço da operação) sem incluir o
de venda à vista) mais os eventuais valor do financiamento.
acréscimos decorrentes do parcelamento.
O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo Incide ICMS sobre o valor do preço de venda
constante da nota fiscal (Súmula 395 do STJ). à vista, sem acréscimo do valor referente ao
parcelamento, quando a venda a prazo for
realizada com a intermediação de instituição
financeira.
10) É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal
posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da compra e venda.
(Súmula 509 do STJ) (Recurso Repetitivo - Tema 272)
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Imagine a seguinte situação hipotética:
A distribuidora “A” comprou diversas mercadorias da empresa “X” e depois as
revendeu. Por força do princípio da não-cumulatividade, a distribuidora “A” registrou
como crédito o valor que a empresa “X” teria pago de ICMS ao vender-lhe as
mercadorias. Esse crédito foi utilizado pela distribuidora para abater o valor de ICMS
que teria que pagar ao revender as mercadorias. Ocorre que, posteriormente, as
notas fiscais emitidas pela empresa “X” (vendedora) foram declaradas inidôneas
pela Receita estadual. Diante disso, o Fisco, com base no art. 23 da LC nº 87/96,
cobrou o valor que a distribuidora “A” utilizou como crédito decorrente da aquisição
das mercadorias. Veja o dispositivo legal:
Art. 23. O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto,
reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual
tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da
documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos
na legislação.
11) Sob a égide do Convênio ICMS nº 66/88 (antes, portanto, da entrada em vigor da Lei
Complementar nº 87/96) não havia direito do contribuinte ao crédito de ICMS recolhido
quando pago em razão de operações de consumo de energia elétrica. (Recurso Repetitivo -
Tema 170)
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Em verdade, a própria CF/88 catalogou a energia elétrica como mercadoria para fins de ICMS
(art. 155, § 2º, X, “b”e § 3º).
No entanto, antes da edição da LC 87/96, o tratamento era diferente. Não havia previsão legal
de tal creditamento.
Val lembrar que a CF/88 exige a edição de lei complementar para regular a não-cumulatividade
do ICMS. Diz o art. 155, § 2, I, da CF/88 que o ICMS "será não cumulativo, compensando-se o
que foi devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços
com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal",
complementando o seu inciso XII, que "cabe à lei complementar (...) c) disciplinar o regime de
compensação do imposto". Conclui o art. 146 que cabe à lei complementar "III – estabelecer
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normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: ". b) obrigação,
lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários".
Editada a LC nº 87/96, o STJ decidiu foi que não há retroatividade desta nem das suas alterações:
As operações de consumo de energia elétrica não geravam direito a creditamento
do ICMS, sob a égide do Convênio ICMS 66/88, considerando-se a irretroatividade
da Lei Complementar 87/96, que, em sua redação original, autorizava o
aproveitamento imediato de crédito de ICMS decorrente da aquisição de energia
elétrica usada ou consumida no estabelecimento (o que restou alterado pelas Leis
Complementares 102/2000, 114/2002 e 122/2006)" (REsp 977.090/ES, Rel.
Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 18/12/2009).
12) Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para
outro estabelecimento do mesmo contribuinte. (Recurso Repetitivo - Tema 259)
Como visto em tese anterior, a circulação de mercadorias é um dos fatos geradores do ICMS.
A circulação de mercadorias prevista no art. 155 da CF/88 é a circulação jurídica, que exige
efetivo ato de mercancia, para o qual concorrem a finalidade de obtenção de lucro e a
transferência de titularidade, a qual, por sua vez, pressupõe a transferência de uma pessoa para
outra da posse ou da propriedade da mercadoria.
Assim, algumas vezes haverá circulação física da mercadoria, mas não haverá circulação jurídica
(transferência da propriedade). Nesses casos, não se pode falar em ocorrência do fato gerador
do ICMS. É o caso, por exemplo, de uma empresa que realiza um comodato de mercadorias.
Haverá circulação física, mas não jurídica, de forma que não haverá fato gerador de ICMS. Nesse
sentido é a Súmula 573 do STF: Não constitui fato gerador do imposto de circulação de
mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato.
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Súmula 166-STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de
mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.
13) Ainda que, em tese, o deslocamento de bens do ativo imobilizado e de material de uso e
consumo entre estabelecimentos de uma mesma instituição financeira não configure hipótese
de incidência do ICMS, compete ao Fisco Estadual averiguar a veracidade da aludida operação,
sobressaindo a razoabilidade e proporcionalidade da norma jurídica que tão-somente exige
que os bens da pessoa jurídica sejam acompanhados das respectivas notas fiscais. (Recurso
Repetitivo – Tema 367)
2) O crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo da contribuição para o programa
de integração social - PIS e da contribuição para o financiamento da seguridade social -
COFINS.
Repercussão geral reconhecida pelo STF no RE 835818 (Tema 843).
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4) É legítima a inclusão da subvenção econômica instituída pela Lei n. 10.604/2002 na base de
cálculo do ICMS sobre a energia elétrica, uma vez que se enquadra no conceito do termo "valor
da operação", à luz do disposto nos arts. 12, XII, e 13, VII e § 1°, da Lei Complementar n.
87/1996.
10) O Estado de Minas Gerais por meio do Decreto n. 27.281, de 27.08.1987, que ratificou o
Convênio n. 29, de 18.08.1987, revogou expressamente a isenção do ICMS ao peixe seco e
salgado nacional, assim, em consequência, finda a isenção do produto nacional, encerra-se,
igualmente, no Estado, o benefício concedido ao bacalhau importado de país signatário do
GATT, não sendo aplicável o entendimento firmado pelo REsp 871.760/BA, julgado sob o
regime dos recursos repetitivos.
11) A isenção do ICMS para pescados no âmbito do Estado de Pernambuco foi extinta em
13.3.1997 pelo Decreto estadual n. 19.631, que efetivou a revogação autorizada pelo Convênio
ICMS 102/1995, de modo que, a partir de então, não há falar em benefício fiscal em favor do
similar importado de país signatário do GATT para referida unidade da federação.
12) Os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na base de cálculo
do ICMS. (Súmula n. 457/STJ) (Recurso Repetitivo - Tema 144)
13) O valor pago pelo consumidor final a título de seguro de garantia estendida não integra a
base de cálculo do ICMS incidente sobre a operação de compra e venda de mercadoria.
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1) O fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, incidente
sobre mercadoria importada, é o desembaraço aduaneiro (art. 46, I, do Código
Tributário Nacional - CTN), sendo irrelevante se o bem é adquirido a título de
compra e venda ou de arrendamento, incidindo o tributo sobre a base de
cálculo proporcional nos casos de ingresso do bem em caráter temporário no
território nacional, nos termos do art. 79 da Lei n. 9.430/1996.
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9) É legítima a aplicação das alíquotas previstas na Resolução da Comissão
de Incentivo à Exportação - CIEX 02/1979, para fins de cálculo do crédito-
prêmio do IPI.
4) A revisão do lançamento tributário pode ser exercida nas hipóteses do art. 149 do CTN,
desde que observado o prazo decadencial para a constituição do crédito tributário.
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11) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não implica o cancelamento do
arrolamento de bens previsto nos § § 8º e 9º do art. 64 da Lei n. 9.532/97.
14) O disposto no art. 170-A do CTN aplica-se também a indébitos tributários decorrentes de
vício de inconstitucionalidade. (Recurso Repetitivo - Tema 346)
15) A compensação de débitos tributários com precatórios vencidos, não pagos e adquiridos
de terceiro, só é possível, à luz do art. 170 do CTN, quando houver lei específica autorizadora.
16) A extinção do crédito tributário por meio de compensação está sujeita à condição
resolutória da sua homologação.
Jurisprudência em Teses do STJ
EDIÇÃO N. 64: IMPOSTOS MUNICIPAIS II - ISS
2) O ISS é espécie tributária que pode se caracterizar como tributo direto ou indireto, sendo
necessário avaliar se seu valor é repassado ou não ao preço cobrado pelo serviço. (Recurso
Repetitivo - Tema 398)
4) Incide ISSQN e não ICMS nas hipóteses em que são desenvolvidas operações mistas de
fornecimento de mercadorias e prestação de serviço, desde que este esteja expressamente
previsto na listagem anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 116/2003.
6) O benefício da alíquota fixa do Imposto sobre Serviços estabelecida no art. 9º, §§ 1º e 3º,
do DL n. 406/68 somente é concedido às sociedades uni ou pluripessoais integradas por
profissionais que atuam com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial.
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8) As sociedades simples constituídas sob a forma societária limitada fazem jus ao benefício
da tributação por alíquota fixa desde que os seus sócios prestem serviços de forma pessoal e
sem caráter empresarial.
9) Não incide ISS sobre os serviços de rebocagem na vigência do Decreto-Lei n. 406/68, tanto
por ausência de expressa previsão legal (art. 108, §1º, do CTN), como por não ser serviço
congênere ao de atracação.
11) O valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente ao
ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de
incidência do PIS e da COFINS. (Recurso Repetitivo - Tema 634)
A matéria referente à inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da Cofins teve repercussão geral reconhecida pelo
STF nos autos do RE 592.616/RS (Tema 118).
12) É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS sobre
operações de locação de bens móveis dissociadas da prestação de serviços. (Súmula
Vinculante n. 31/STF)
13) É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista anexa ao DL
n. 406/1968 e à LC n. 56/1987. (Súmula n. 424/STJ) (Julgado sob o rito do art. 543-C do CPC/73
- Tema 132)
14) Não se aplica à prestação de serviços de registros públicos cartorários e notariais o regime
especial de alíquota fixa do ISS previsto no § 1º do art. 9º do DL n. 406/1968.
15) A competência para o recolhimento do ISS nas hipóteses de construção civil é do município
onde a obra foi realizada, independentemente do serviço ter sido prestado antes ou após a
edição da LC n. 116/03. (Recurso Repetitivo - Tema 198)
16) O custo dos materiais empregados na construção civil pode ser deduzido da base de cálculo
do Imposto sobre Serviços.
17) O ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço prestado por
sociedade empresária de trabalho temporário for de intermediação, devendo, entretanto,
englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela
contratados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra. (Recurso Repetitivo - Tema 403)
18) Não incide ISS sobre o serviço de provedor de acesso à internet, por ausência de previsão
legal.
19) Incide ISS sobre a intermediação de negócios na Bolsa de Mercadorias e Futuro - BM&F,
cuja atividade é voltada para a comercialização de mercadorias.
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1) As receitas provenientes das operações de locação de bens móveis caracterizam-se como
faturamento, razão pela qual integram a base de cálculo do PIS e da COFINS. (Recurso
Repetitivo - Tema 196) (Súmula n. 423/STJ)
2) As receitas obtidas com a locação de imóveis próprios das pessoas jurídicas integram o
conceito de faturamento como base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS, ainda
que tal atividade não constitua o objeto social da empresa.
3) Não são dedutíveis da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS o valor destinado
aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio - JCP, na vigência da Lei n. 10.637/2002
e da Lei n. 10.833/2003. (Recurso Repetitivo - Tema 454)
4) Não incide PIS/COFINS sobre os JCP recebido durante a vigência da Lei n. 9.718/98 até a
edição das Leis 10.637/02 (cujo art. 1º entrou em vigor a partir de 01.12.2002) e 10.833/03,
tal como no caso dos autos, que se refere apenas ao período compreendido entre 01.03.1999
e 30.09.2002. (Recurso Repetitivo - Tema 455)
7) O conceito de insumo para fins de creditamento de PIS e COFINS diz respeito aos bens e
serviços essenciais à realização da atividade fim da empresa.
O conceito de insumo deve ser aferido, no caso concreto, à luz dos critérios de essencialidade ou relevância,
considerando-se a imprescindibilidade ou a importância de terminado item - bem ou serviço - para o desenvolvimento
da atividade econômica desempenhada pelo contribuinte (STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1747154/SE, Rel. Min.
Francisco Falcão, julgado em 22/04/2020).
12) O crédito presumido referente ao ICMS não tem natureza de receita ou faturamento, razão
pela qual não pode ser incluído na base de cálculo do PIS e da COFINS.
A matéria é objeto do RE 835818 (Tema 843), que teve a repercussão geral reconhecida.
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obra temporária (regidas pela Lei n. 6.019/1974 e pelo Decreto n. 73.841/1974), a título de
pagamento de salários e encargos sociais dos trabalhadores temporários. (Recurso Repetitivo
- Tema 279)
15) A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n. 1.212/1995, era o faturamento ocorrido no
sexto mês anterior ao do fato gerador. (Súmula n. 468/STJ)
17) O valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente ao
ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de
incidência do PIS e da COFINS. (Recurso Repetitivo Tema 634)
1) É legítima a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano - IPTU sobre imóveis situados
em área de expansão urbana, ainda que não dotada dos melhoramentos previstos no art. 32,
§ 1º, do CTN.
Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como urbanizável ou
de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
2) O cessionário de direito uso de imóvel público não é contribuinte do IPTU, pois detém a
posse mediante relação de natureza pessoal, sem animus domini.
Superada.
Incide o IPTU considerado bem público cedido a pessoa jurídica de direito privado, sendo esta a devedora (STF. RE
601720, Relator(a) p/ Acórdão Min. Marco Aurélio, julgado em 19/04/2017).
O STJ curvou-se a esse entendimento do STF:
(...) O Plenário da Corte Constitucional, no RE n. 601.720/RJ, com repercussão geral reconhecida, ao apreciar o Tema
n. 437 - Reconhecimento de imunidade tributária recíproca a empresa privada ocupante de bem público -, assentou
a tese de que "incide o IPTU considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de
direito privado, devedora do tributo". 2. Hipótese em que a concessionária de uso de bem público é empresa que
exerce no imóvel em questão atividade econômica (comércio de veículos e peças), ostentando, assim, a condição de
devedora do IPTU. 3. Agravo regimental provido (STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1192012/RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria,
julgado em 20/02/2018).
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5) É defeso ao município atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice
oficial de correção monetária. (Súmula n. 160/STJ)
10) A publicação oficial da planta de valores imobiliários é obrigatória para fins de apuração
da base de cálculo do IPTU.
Assim, a mera afixação da Planta de Valores no átrio da sede do município não supre a mencionada exigência (STJ. 2ª
Turma. REsp 1645832/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 07/03/2017).
11) Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que
comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial (art. 15 do DL 57/1966). (Recurso Repetitivo - Tema 174)
12) O ônus de provar que o imóvel não está afetado à destinação institucional da autarquia
ou da fundação recai sobre o ente tributante que pretende afastar a imunidade.
13) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o
valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.
(Súmula Vinculante n. 52)
15) A previsão expressa no edital acerca da existência de débitos de IPTU sobre o imóvel
arrematado transfere ao arrematante a responsabilidade pela sua quitação, o que não
acarreta ofensa ao parágrafo único do art. 130 do CTN.
16) Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU. (Súmula n. 399/STJ)
(Recurso Repetitivo - Tema 122)
18) O fato gerador do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI é a transmissão do
domínio do bem, não incidindo o tributo sobre a promessa de compra e venda na medida que
se trata de contrato preliminar que poderá ou não se concretizar em contrato definitivo, este
sim ensejador da cobrança do aludido tributo.
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19) O valor venal do imóvel apurado para fins de IPTU não coincide, necessariamente, com
aquele adotado para lançamento do ITBI.
20) O valor venal do imóvel para efeito de definição da base de cálculo do ITBI, no caso de
alienação judicial, é o montante alcançado em hasta pública.
3) Por força da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei n. 7.713/88, na
redação anterior à que lhe foi dada pela Lei n. 9.250/95, é indevida a cobrança
de imposto de renda sobre o valor da complementação de aposentadoria e o
do resgate de contribuições correspondentes a recolhimentos para entidade
de previdência privada ocorridos no período de 01/01/1989 a 31/12/1995.
Súmula 556-STJ: É indevida a incidência de imposto de renda sobre o valor da
complementação de aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em
relação ao resgate de contribuições recolhidas para referidas entidades
patrocinadoras no período de 1º/1/1989 a 31/12/1995, em razão da isenção
concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei nº 7.713/1988, na redação anterior à que lhe foi
dada pela Lei nº 9.250/1995.
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7) Incide imposto de renda sobre os valores recebidos a título de
complementação temporária de aposentadoria.
11) Não incide imposto de renda sobre a verba paga a título de indenização
por rompimento do contrato de trabalho no período de estabilidade provisória.
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15) O termo inicial da isenção do imposto de renda prevista no art. 6º da Lei n.
7.713/88 deve ser fixado na data em que a moléstia grave foi comprovada
através de diagnóstico médico, e não a partir da emissão do laudo oficial.
16) É taxativo o rol de moléstias graves previstas no art. 6º, XIV, da Lei n.
7.713/88 que dá direito à isenção do imposto de renda sobre os proventos
decorrentes de aposentadoria ou reforma.
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