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RESUMO
O presente artigo aborda o tema da guerra fiscal do ICMS como instrumento de oportunidade
tributária para as empresas, considerando o cenário jurídico e político que se instaurou no
país. O estudo aborda os problemas gerados aos contribuintes pela concessão exacerbada de
incentivos fiscais unilaterais pelos Estados, os impactos das declarações de
inconstitucionalidade proferidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), bem como os efeitos
da Lei Complementar 160/2017, regulamentada pelo Convênio ICMS 190/2017, no que tange
ao passado e ao futuro da guerra fiscal.
Palavras-chave: ICMS. Guerra fiscal. Planejamento Tributário. Incentivos fiscais.
ABSTRACT
This article refers to the so called ICMS tax war, as being an instrument of tax opportunity
for the companies, considering the current juditial and political environment in the country.
This study embrances the problems imposed to the taxpayers due to the overwhelming tax
incentives granted by the states, the impact caused by the decisions issued by the Brazilian
Supreme Court (STF), regarding constitutional matters and, also, the effects of the
Complementary Law nr.160/2017, ruled by ICMS ruling nr. 190/2017 that are related to both
the past and the future of the tax war.
Keywords: ICMS. Tax war. Tax planning. Tax incentives.
1 INTRODUÇÃO
A Constituição Federal atribuiu, em seu art. 155, inciso II, a competência aos Estados
e ao Distrito Federal para instituir o “Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Art. 2º – Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para as
quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do Distrito
Federal, sob a presidência de representantes do Governo federal.
[...]
§ 2º – A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados
representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de quatro
quintos, pelo menos, dos representantes presentes.
Desde o início da guerra fiscal até os dias de hoje, os contribuintes que se creditaram
do ICMS “contaminado” com referidos benefícios fiscais vêm sendo autuados pelos Estados
destinatários para a cobrança das diferenças do imposto não pago na etapa anterior, acrescidas
de juros e multa.
O fato é que embora a briga ocorra entre os entes políticos, a sanção é dada aos
contribuintes que recebem a mercadoria incentivada, mesmo nos casos de mera aquisição, em
que o destinatário tem relação comercial e não prescinde do conhecimento da situação fiscal e
tributária de seu fornecedor.
Essa sanção aos contribuintes destinatários vem da Lei Complementar n. 24/1975,
que, ao regulamentar a concessão dos benefícios fiscais, dispôs em seus artigos 1º e 8º:
Art. 1º – As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de
mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados
e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei.
concessão de benefícios fiscais unilaterais. Seria corrigir uma inconstitucionalidade com outra
inconstitucionalidade.
Isso porque os Estados gozam de instrumento constitucional adequado para questionar
os Estados, mediante Ação Direta de Inconstitucionalidade, conforme disposto no artigo 102,
inciso I, alínea “a” da Constituição Federal, e não via glosa de créditos do contribuinte, com
aplicação de juros e multa.
Neste sentido, vale reproduzir a ementa do acórdão proferido na Apelação nº
529.218.5/0-00, julgada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo1:
ICMS. Pretensão objetivando o reconhecimento do direito ao aproveitamento e
utilização integral dos créditos de ICMS oriundos de operações interestaduais de
compra e venda de gado bovino em pé e de carne bovina junto a contribuintes de
outras unidades da Federação, sem as restrições impostas pela Fazenda Estadual,
constantes do Comunicado CAT nº 36/2004 e do art. 36, § 3º da Lei 6.374/89 –
Procedência do pedido decretada corretamente em 1º grau – contribuinte que,
fundado em documentos formalmente em ordem, adquire mercadorias ou toma
serviços em outros Estados, não pode ter negado o direito ao crédito de ICMS
pela pessoa política que se julgue prejudicada, pois restrições normativas locais
não podem sobrepor-se ao princípio da não-cumulatividade insculpido no art.
155, § 2º, inciso I da CF – Reexame necessário e apelo da Fazenda Estadual não
providos. (grifo nosso).
O direito de crédito nasce, em verdade, com a incidência do ICMS na operação de
saída das mercadorias do estabelecimento dos fornecedores. Trata-se de fenômeno de teor
jurídico, que se consuma precisamente naquela operação anterior.
Até porque, em que pese a concessão ou não do benefício fiscal, o remetente das
mercadorias pode simplesmente deixar de recolher o imposto ao seu Estado, em
inadimplência total, cabendo a este Estado efetuar a cobrança do tributo devido. Todavia, tal
fato não tem o condão de impedir o direito ao crédito destacado na nota fiscal pelo
destinatário das mercadorias.
Caso contrário, o princípio da não cumulatividade restaria completamente prejudicado,
de modo que, a cada operação, antes de se apropriar dos créditos, o adquirente teria de se
certificar de que o vendedor não gozava de benefício que importasse em crédito presumido do
imposto, por exemplo.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 03/05/2011, enfrentou a questão em um
processo que envolve a empresa Novo Mundo Móveis e Utilidades Ltda. e o Estado do Mato
1
Apelação nº 529.218.5/0-00 – Relator: Paulo Dimas Mascaretti – Data do julgamento: 10 de outubro de 2007 –
8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Grosso2, de modo que vale transcrever os trechos mais relevantes da ementa e do voto do
Exmo. Sr. Ministro Castro Meira:
TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS. OPERAÇÃO
INTERESTADUAL. CONCESSÃO DE CRÉDITO PRESUMIDO AO
FORNECEDOR NA ORIGEM. PRETENSÃO DO ESTADO DE DESTINO
DE LIMITAR O CREDITAMENTO DO IMPOSTO AO VALOR
EFETIVAMENTE PAGO NA ORIGEM. DESCONSIDERAÇÃO DO
BENEFÍCIO FISCAL CONCEDIDO. IMPOSSIBILIDADE.
COMPENSAÇÃO. LEI. AUTORIZAÇÃO. AUSÊNCIA.
1. O mandamus foi impetrado contra ato do Secretário de Estado da Fazenda, com
o objetivo de afastar a exigência do Fisco de, com base no Decreto Estadual
4.504/04, limitar o creditamento de ICMS, em decorrência de incentivos ou
benefícios fiscais concedidos pelo Estado de origem da mercadoria. Deve-se
destacar que a discussão travada na lide não diz respeito à regularidade do crédito
concedido na origem, mas à possibilidade de o ente estatal de destino obstar
diretamente esse creditamento, autuando o contribuinte que agiu de acordo com a
legislação do outro ente federativo.
[...]
5. Se outro Estado da Federação concede benefícios fiscais de ICMS sem a
observância das regras da LC 24/75 e sem autorização do CONFAZ, cabe ao
Estado lesado obter junto ao Supremo, por meio de ADIn, a declaração de
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo de outro Estado – como aliás foi
feito pelos Estados de São Paulo e Amazonas nos precedentes citados pela
Ministra Eliana Calmon – e não simplesmente autuar os contribuintes sediados
em seu território. Vide ainda: ADI 3312, Rel. Min. Eros Grau. DJ 09.03.07 e ADI
3389/MC, Rel. Min. Joaquim Barbosa. DJ 23.06.06.
Do voto, extrai-se:
[...] Assim, basta que o imposto tenha incidido na etapa anterior, ainda que não
tenha sido efetivamente recolhido, para que surja o direito ao crédito na etapa
seguinte, que somente não será creditado, ou será estornado, se houver isenção
ou não-incidência na entrada ou na saída da mercadoria do estabelecimento
comercial.
No caso, houve a incidência do imposto na etapa anterior, que não foi integralmente
recolhido por força de um crédito presumido concedido pelo Estado de origem ao
vendedor situado em seu território.
A hipótese de crédito presumido difere substancialmente dos casos de isenção
ou não-incidência, pois nessas situações não há, de fato, “imposto devido”, já que
não há incidência tributária.
Assim, constatado que o benefício fiscal concedido pelo Estado de origem não
altera o cálculo do imposto devido, mas, apenas, resulta em recolhimento a
menor em face da concessão de crédito presumido, deve ser autorizado o
creditamento do percentual de 12% do ICMS devido ao Estado destinatário.
[...]
Se outro Estado da Federação concede benefícios fiscais de ICMS sem a
observância das regras da LC 24/75 e sem autorização do CONFAZ, cabe ao Estado
lesado obter junto ao Supremo, por meio de ADIn, a declaração de
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo do Estado de onde se originam as
mercadorias – como aliás foi feito pelos Estados de São Paulo e Amazonas
2
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 31.714-MT (2010/0044507-3) – RELATOR: MINISTRO
CASTRO MEIRA – RECORRENTE: NOVO MUNDO MÓVEIS E UTILIDADES LTDA e RECORRIDO:
ESTADO DE MATO GROSSO – Data do julgamento: 07/10/2010.
nos precedentes citados pela Ministra Eliana Calmon – e não simplesmente autuar os
contribuintes sediados em seu território.
Os seguintes precedentes da Suprema Corte apontam para a ADIn como o único
meio judicial de que deve valer-se o Estado lesado para obter a declaração de
inconstitucionalidade da lei de outro Estado que concede benefício fiscal do ICMS
sem autorização do CONFAZ:
ADIn proposta pelo Estado do Amazonas contra o Estado do Paraná
EMENTA: Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Caráter
normativo autônomo e abstrato dos dispositivos impugnados. Possibilidade de sua
submissão ao controle abstrato de constitucionalidade. Precedentes. 3. ICMS.
Guerra fiscal. Artigo 2º da Lei nº 10.689/1993 do Estado do Paraná. Dispositivo que
traduz permissão legal para que o Estado do Paraná, por meio de seu Poder
Executivo, desencadeie a denominada “guerra fiscal”, repelida por larga
jurisprudência deste Tribunal.
Precedentes. 4. Artigo 50, XXXII e XXXIII, e §§ 36, 37 e 38 do Decreto Estadual nº
5.141/2001. Ausência de convênio interestadual para a concessão de benefícios
fiscais.
Violação ao art. 155, § 2º, XII, g, da CF/88. A ausência de convênio interestadual
viola o art. 155, § 2º, incisos IV, V e VI, da CF. A Constituição é clara ao vedar aos
Estados e ao Distrito Federal a fixação de alíquotas internas em patamares inferiores
àquele instituído pelo Senado para a alíquota interestadual. Violação ao art. 152 da
CF/88, que constitui o princípio da não-diferenciação ou da uniformidade tributária,
que veda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência
ou destino. 5. Medida cautelar deferida. (ADI 3936 MC, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Tribunal Pleno, DJe de 09.11.2007)
[...]
Para consolidar ainda mais o entendimento sobre o assunto, transcrevemos trecho da
decisão monocrática da Ministra Ellen Gracie, do STF, na ação cautelar nº 2.611 MC/MG:
[...] 6. O que está em discussão, porém, não é propriamente a higidez do benefício
concedido pelo Estado de Goiás, mas a possibilidade de o Estado de Minas Gerais,
manu propria, anular os seus efeitos mediante glosa à apropriação de créditos
relativa a operações estaduais efetuadas a partir daquele Estado. Pode, o Estado de
Minas Gerais, indiscutivelmente, argüir a inconstitucionalidade do benefício fiscal
concedido pelo Estado de Goiás em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade,
sendo certo que este Supremo Tribunal tem conhecido e julgado diversas ações
envolvendo tais conflitos entre Estados, do que é exemplo a ADI-2548. Mas a
possibilidade de estabelecer a glosa, pura e simples, dos créditos apropriados em
operação interestadual em que efetivamente tenha sido calculada e destacada a
alíquota interestadual apresenta-se questionável em face da sistemática de tributação
interestadual e da não-cumulatividade constitucionalmente consagradas, atentando-
se para a orientação desta Corte, bem lembrada pela Requerente, no sentido de que
inconstitucionalidades não se compensação, conforme a ADIMC 2.377, cujo relator
foi o Min. Sepúlveda Pertence: “O propósito de retaliar preceito de outro Estado,
inquinado da mesma balda, não valida a retaliação: inconstitucionalidades não se
compensam” [...].
E ainda, transcrevemos ensinamento do Ilustre Professor Paulo de Barros Carvalho,
extraído do artigo “Guerra Fiscal e o princípio da Não-Cumulatividade no ICMS”, publicado
na Revista de Direito Tributário, v. 95, p. 7-22:
[...] o constituinte disciplinou a competência legislativa tributária, fazendo-o de
forma rígida e pormenorizada. Desenhou os exatos limites do campo tributável
atribuído a cada pessoa jurídica de direito público interno, determinando os fatos
3
Lei Complementar 160/2017
Art. 3º – O convênio de que trata o art. 1º desta Lei Complementar atenderá, no mínimo, às seguintes
condicionantes, a serem observadas pelas unidades federadas:
[...]
§ 7o As unidades federadas poderão estender a concessão das isenções, dos incentivos e dos benefícios fiscais ou
financeiro-fiscais referidos no § 2o deste artigo a outros contribuintes estabelecidos em seu território, sob as
mesmas condições e nos prazos-limites de fruição.
§ 8o As unidades federadas poderão aderir às isenções, aos incentivos e aos benefícios fiscais ou financeiro-
fiscais concedidos ou prorrogados por outra unidade federada da mesma região na forma do § 2 o, enquanto
vigentes.
Tal previsão legal acaba por solucionar outro tema que há muito se discute perante o
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), eis que a Receita Federal do Brasil,
por meio de Soluções de Consulta, entende que os incentivos fiscais do ICMS deveriam ser
classificados como subvenção para o custeio, o que não excluiria a tributação pelo IRPJ e
CSLL, por se destinarem a despesas ordinárias.
Por fim, é prevista ainda a possibilidade de reinstituição dos benefícios fiscais pelo
período de até 15 anos, a depender do seu tipo, desde que haja publicação dos respectivos atos
concessivos.
Como se vê, a presente solução legislativa foi bastante produtiva e de certa forma
cumpriu com a função a que foi proposta, especialmente do ponto de vista de convalidação do
passado. Porém, o futuro da guerra fiscal ainda permanece incerto, na medida em que se perde
a oportunidade de enfrentar pontos que seriam essenciais para a diminuição do impacto da
guerra fiscal ao longo do tempo, como se pretendia com a redução gradativa das alíquotas,
mas que foi rechaçada pela maioria dos Estados.
Após todo o histórico da guerra fiscal de ICMS, que envolve desde questões legais,
jurídicas e até políticas, cabe agora avaliar se de fato estamos diante de uma grande
oportunidade tributária para o mundo empresarial.
Como dito inicialmente, o empresário se vê numa encruzilhada ao tratar do tema
“guerra fiscal”: (i) se adere aos incentivos fiscais concedidos pelos Estados e aguarda por um
desfecho favorável no âmbito jurídico e/ou uma solução política, ou se (ii) se mantém na
operação sem incentivos fiscais e perde competitividade em relação aos seus concorrentes.
É fato que aqueles que aderiram aos incentivos fiscais, hoje se veem em situação de
vantagem em relação àqueles que não o fizeram. Primeiro, porque conseguiram preços mais
competitivos no mercado; segundo, porque entre a instituição da lei concessiva e a declaração
de inconstitucionalidade pelo STF levam-se anos a se ter uma decisão; e, terceiro, porque o
efeito da declaração da inconstitucionalidade da lei se dá apenas a partir da data do
julgamento da ADI – efeitos ex nunc.
Ainda que assim não fosse, o assunto ganhou uma proporção e importância tão grande
no mundo empresarial, que a saída por uma solução política era o meio mais acertado e
eficiente de minimizar os impactos para todos os atores da guerra fiscal.
Hoje, com a vigência da Lei Complementar 160/2017, que prevê a convalidação dos
créditos de ICMS tomados no passado pelo estabelecimento destinatário e a remissão da
diferença do ICMS devida pelo estabelecimento do remetente, vê-se que a discussão jurídica e
política de anos valeu a pena.
Aqueles que optaram por ser mais conservadores e não se utilizaram dos benefícios
fiscais do ICMS hoje se sentem prejudicados por não terem praticado preços melhores e
correm atrás de uma nova oportunidade nos termos da Lei Complementar 160/2017.
Este cenário, infelizmente, contribui para estimular a guerra fiscal.
O tema da guerra fiscal, por pior que seja, é uma realidade no nosso país e gera
prejuízos para todos, inclusive nós, cidadãos que pagamos tributos e não temos como nos
manifestar quanto ao direcionamento desses valores.
Portanto, é de se concluir que passados cerca de trinta anos de discussão da guerra
fiscal, não temos como ignorar o fato de que a briga instaurada favoreceu aqueles empresários
que foram mais arrojados e decidiram enfrentar o nosso complexo arcabouço jurídico, na
tentativa de serem mais competitivos e buscarem uma economia tributária.
Infelizmente, se constata uma reversão de valores: o que era para ser visto como um
estímulo a novos empreendimentos e atrair investimentos no desenvolvimento das regiões
menos favorecidas, para se buscar um equilíbrio econômico, passou a ser uma saída de
economia tributária para os empresários.
Entretanto, apesar de ser uma forma de economia tributária, acaba por aumentar as
desigualdades e provoca a concorrência desleal entre as empresas, retardando o
desenvolvimento do país.
De tudo o que fora exposto neste artigo, podemos extrair as seguintes considerações:
1. A concessão de incentivos fiscais pelos Estados é uma garantia constitucional que
tem como objetivo incentivar os investimentos nas regiões menos favorecidas e
promover o equilíbrio no país.
2. Nos últimos trinta anos os Estados passaram a conceder excessivamente incentivos
fiscais sem aprovação do Confaz, resultando em inúmeras desigualdades e
promovendo a concorrência desleal entre as empresas, de forma a afrontar a
neutralidade tributária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS