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PROCESSO CONSTITUIÇÃO HOLDING

Emerson Pereira

Contador

Guanhães

2018
Sumário
1 A Constituição das empresas Holding como forma de controle Patrimonial ....... 2
1.1 Definição................................................................................................................. 2
1.2 Tipo Societário ...................................................................................................... 3
1.3 Integralização do Capital ..................................................................................... 3
1.4 Objeto Social ......................................................................................................... 3
1.5 Dissolução da Holding Patrimonial ................................................................... 3
2 Planejamento Tributário.............................................................................................. 4
2 1. Lucro Presumido ...................................................................................................... 4
2.2 IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica ............................................................ 4
2.3 CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ............................................ 5
2.4 PIS/PASEP e COFINS ................................................................................................ 5
2.5 Distribuição de Lucros ou Dividendos pela Holding .......................................... 5
3 Planejamento Sucessório com proteção Patrimonial ............................................... 6
3.1 Planejamento Sucessório ........................................................................................ 6
4 Conclusão .......................................................................................................................... 7
5 Referências ........................................................................................................................ 9
ANEXO ................................................................................................................................. 10
1 A Constituição das empresas Holding como forma de
controle Patrimonial

Uma Holding Patrimonial apresenta vantagens as pessoas físicas para fins de


planejamento tributário e sucessório (herança), em relação aos bens móveis e imóveis,
trazendo benefícios fundamentais para se evitar conflitos de interesse entre a família.

1.1 Definição

Holding é um tipo de empresa que pode ser constituída com o objetivo de concentrar
participações societárias e controlar outras empresas ou patrimônios a fim de
desenvolver planejamentos financeiros e estratégicos, além de reduzir custos e tributos.

No Brasil as empresas holding emergiram concomitantemente em 1.976 com a


publicação da Lei das S.A n° 6.404, atualmente conhecida como Sociedade por Ações.
"Art. 2° § 3°, A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda
que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto
social; ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.". E posteriormente, do Código Civil
Brasileiro de 2002 (Lei 10.406/2002).

Holding Patrimonial é uma espécie de sociedade que tem como objetivo ser proprietária
de um determinado patrimônio, é a mais importante e há mais necessária nos dias
atuais, tendo em vista a diminuição de impostos praticados com os meios da elisão
fiscal.

Para BERGAMINI (2009, p. 51):

trata-se da utilização da holding como forma de proteção patrimonial. Esta aplicação


decorre dos riscos e custos elevados de se ter um patrimônio substancial em nome de
pessoas físicas. Assim, cria-se uma pessoa jurídica controladora de patrimônio e
denominada Holding Patrimonial, em cujo nome constarão as expressões
“Empreendimentos”, “Participações” ou “Comercial Ltda.”. Esta empresa recebe todos
os bens de seus sócios, os quais passam a deter apenas quotas da empresa, sendo ela
normalmente constituída sob a forma de uma sociedade limitada.
1.2 Tipo Societário

De acordo com os domínios do Direito Empresarial Brasileiro, a forma mais atrativa para
a constituição da holding patrimonial é a sociedade por quotas de responsabilidade
limitada (Ltda.), uma vez que terceiros estranhos são impedidos de participar da
sociedade.

A holding patrimonial será indubitavelmente Sociedade Simples limitada (S/S Ltda.),


pois aí é que está à defesa do patrimônio que se objetiva. A holding sendo Sociedade
Simples limitada não estará sujeita a lei de falência ou recuperação judicial.

1.3 Integralização do Capital

Podem segundo a Legislação Federal, “as pessoas físicas integralizarem o capital pela
transferência de bens e direitos à empresa holding pelo valor declarado em sua
declaração anual de ajuste ou pelo valor de mercado.”. (art. 23, Lei n º 9.249/95). A
transferência de bens ou direitos a pessoas jurídicas, a título de integralização de
capital, configura alienação. Logo, estão sujeitas à apuração de ganho de capital. (I.N
n° 84/2001).

1.4 Objeto Social

Segundo a Lei das S.A n° 6.404/76, art. 2° dispõe que “pode ser objeto da companhia
qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons
costumes”. Basicamente a holding patrimonial exercerá o objeto social da seguinte
atividade: administrar os bens próprios e participações no capital de empresas de
qualquer ramo de atividades ou natureza jurídica.

1.5 Dissolução da Holding Patrimonial

Segundo o novo Código Civil Lei n° 10.406/2002 as condições de dissolução


da holding patrimonial, estão previstas nos artigos 1.033 ao 1.038. E na Lei das S.A n°
6.404/76 art. 206.
2 Planejamento Tributário

O planejamento tributário é reconhecido de acordo com as palavras do autor Borges


(2001, p. 60) traduz a que se destina o planejamento fiscal:

A figuras-nos correto conceituar o Planejamento Fiscal como uma técnica gerencial que
visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de
serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos tributários inseridos em cada
uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e
instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação, redução ou adiamento
do ônus fiscal.

2 1. Lucro Presumido

Conforme evidenciado, é permitido as pessoas físicas integralizarem os bens a pessoa


jurídica a título de integralização de capital. Diante disso a holding passará a receber
suas receitas oriundas de aluguel. A holding poderá optar pelo regime de tributação com
base no Lucro Presumido.

Lucro Presumido é recurso utilizado pelo FISCO para presumir o lucro de uma empresa
que não apresente contabilidade. É uma forma simplificada para apurar a base de
cálculo do IRPJ e da CSLL devidos trimestralmente, por períodos encerrados nos dias
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
(RIR/1.999, art. 516, § 4° e art. 856). Podem optar por as pessoas jurídicas que não
estejam obrigadas ao Lucro Real, aplicando um percentual sobre a receita bruta e
demais receitas.

2.2 IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica

Para calcular o IRPJ pelo lucro presumido aplica-se um percentual de 32% (trinta e dois
por cento) sobre a receita bruta, e sobre o valor da base de cálculo presumida
do IRPJ aplica-se o percentual de 15% (quinze por cento) conforme o art. 3° da Lei n°
9.249/1995 e art. 541 do Decreto RIR/1999. O imposto devido pode ser deduzido em
cada trimestre. (art. 526 do RIR/1.999).

Seguindo o disposto da Lei n° 9.249/1995 art. 3°, § 1° e do decreto RIR/1.999 art. 542
estabelece a parcela do , presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota
de 10% (dez por cento).

2.3 CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Para calcular a CSLL pelo lucro presumido, aplica-se um percentual de 32% (trinta e
dois por cento) sobre a receita bruta, e sobre o valor da base de cálculo presumida
da CSLL aplica-se o percentual de 9% (nove por cento).

De acordo com o disposto do Decreto RIR/1.999 art. 540 estabelece que “poderá ser
deduzido do imposto apurado o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que
integraram a base de cálculo, vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal.”. (Lei
nº. 9.532, de 1997, art. 10).

2.4 PIS/PASEP e COFINS

O PIS e o COFINS assumem a condição de tributos sujeitos ao regime cumulativo, ou


seja, não há o direito de crédito. A base de cálculo é o faturamento (receita bruta
operacional) (art. 3°, §, 2°, Lei n° 9.718/98).

Nesse regime cumulativo aplicam-se as seguintes alíquotas e o DARF:

PIS – 0,65% - DARF - 8109

COFINS – 3% - DARF – 2172

2.5 Distribuição de Lucros ou Dividendos pela Holding

Conforme os dispositivos legais, arts. 654,662 a666 do Decreto nº (RIR/1.999) e art. 9º,
inciso XVI, da Instrução Normativa SRF nº 15/2001, IN SRF nº 93/1997 e Ato
Declaratório Normativo Cosit nº 4/1996:

Não se sujeitam à tributação do imposto de renda os lucros e dividendos distribuídos,


pagos ou creditados por pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real ou pelo lucro
presumido, que tenham sido apurados contabilmente a partir de 1º 01.1996, inclusive
na redistribuição, quando recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, domiciliadas no
país ou residente ou domiciliada no exterior.
3 Planejamento Sucessório com proteção Patrimonial

3.1 Planejamento Sucessório

Entre as vantagens da constituição de uma holding patrimonial é o estudo do


planejamento sucessório, onde é possível com maior efetividade o controle do
patrimônio.

De acordo com o Código Civil, art. 1.784, “aberta à sucessão, a herança transmite-se,
desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.”. O referido Código Civil
estabelece em seu art. 1.845, “são herdeiros necessários os descendentes, os
ascendentes e o cônjuge.”. E o art. 1.846 do C.C, “pertence aos herdeiros necessários,
de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.”.

Através do planejamento sucessório é possível planejar a distribuição dos bens em vida,


ocasionando economia de custos póstumos e redução de impostos e desgastes nos
relacionamentos entre cônjuges, filhos e etc. Todos os herdeiros são sócios
da holding quando constituída, a morte causa apenas danos sentimentais e não danos
patrimoniais.

Sendo assim, outra face do planejamento sucessório, tem como objetivo a economia ao
fazer a doação em antecipação de legítima, conforme o art. 121 do RIR/1.999, ou seja,
fazer a entrega antecipada aos herdeiros necessários após a morte.

Vantagens da Holding Patrimonial em relação aos Inventários

Eventos Holding Patrimonial Inventários

1 -Tributação da Herança e 4% 4%
Doação

2 -Tempo do Inventário 30 dias média 5 anos em


média

3-Tributação dos 11,33% 27,50%


Rendimentos

4-Tributação da venda de 5,93% 15%


Bens Imóveis

5-Sucessão conforme novo Cônjuge não é Cônjuge é


Código Civil herdeiro. herdeiro.
para casamentos com
comunhão parcial de bens
Pode-se afirmar que o patrimônio está sob a proteção da holding e terá por finalidade a
medida de prevenção mediante a antecipação de legítima onde é permitido os bens das
pessoas físicas ser integralizado como capital a pessoas jurídicas, e ter o retorno do
capital sob a forma de lucros ou dividendos sem ônus de tributação.

Entretanto, a constituição na maioria dos casos da holding vem sendo adotado


à sociedade limitada e com a denominação geralmente em nome patronímico e traz as
expressões “Empreendimentos”, “Participações” ou “Comercial Ltda.”. Dentre as
vantagens apresentadas estão à redução da carga tributária realizada através do
planejamento tributário e a herança por intermédio do planejamento sucessório.

Indiscutivelmente Holding é um tema moderno e muito vantajoso, pois é permitido pela


legislação, atua como uma unidade estratégica de negócios, controle de patrimônio e é
sem dúvidas um futuro promissor.

4 Conclusão

Os negócios familiares que deram certo, seja pessoa física ou jurídica, necessitam de
um bom planejamento sucessório visando à proteção patrimonial. Nesse ramo, existem
casos em que a sucessão já foi iniciada do ponto de vista prático, no dia a dia, com a
iniciação dos filhos mais afeitos, enquanto os outros permanecem de fora; casos em
que os patriarcas pensam em iniciar, mas não sabem como; e por último, casos em que
os envolvidos sequer pensaram a respeito.

O que se percebe é que não há nenhuma preocupação em relação às formalidades


necessárias no tocante à estrutura societária, regras de sucessão e os aspectos de
proteção patrimonial ao considerarmos o conjunto de patrimônio da sociedade e das
pessoas físicas.

Embora não exista um modelo pronto, uma receita a ser seguida, cabe destaque um
dos principais mecanismos para esse tipo de organização. Trata-se da utilização de uma
sociedade tipo holding, imbatível para concentrar os aspectos de planejamento, controle
e solução de conflitos.

Justificada não só pelos benefícios que podem ser percebidos, a essência da holding
está na sucessão do patrimônio comum entre os herdeiros que historicamente sempre
estiveram no centro das discussões familiares, culminando na dissolução de famílias,
perda dos laços afetivos, agravado pela influência de agregados como genros, noras,
cunhados, dentre outros.

Regras para proteger os bens e determinar o bom andamento da sucessão, de acordo


com a vontade das partes, também são necessárias.
Dessa forma, a sociedade a partir dos conceitos de holding familiar se apresenta como
uma alternativa capaz de concentrar parte ou totalidade de bens de uma mesma família,
e, acaba por ser um importante instrumento de planejamento sucessório e tributário,
pois além de permitir o estabelecimento de normas de sucessão por meio da pessoa
jurídica, facilita a gestão dos bens, além de permitir significativas vantagens tributárias.

Cláusulas de restrição de direito visando à proteção do patrimônio podem ser utilizadas,


tais como aquelas que determinam as regras de administração na ausência do fundador,
regras de divisão de quotas, de antecipação da legítima, de doação com reserva de uso
e frutos, de incomunicabilidade, impenhorabilidade, inalienabilidade que protegem o
patrimônio dos sucessores em relação a terceiros, entre outras.

Instalada a holding, pode se dizer que o patrimônio passará a gozar de uma proteção
maior se comparado à titularidade direta das pessoas físicas, considerando as inúmeras
situações de responsabilidade solidária em relação às empresas das quais os mesmos
por ventura participem, ou até mesmo por questões de sua vida pessoal que possam
acabar por provocar medidas como penhora, arresto de bens etc.

Do ponto de vista tributário, o benefício mais comum, dentre aqueles que utilizam a
holding familiar para separar as propriedades do negócio, está em alugar imóveis para
a empresa operacional da família, ao passo que tributa esses rendimentos pelo lucro
presumido a razão de 11,33% (sem adicional), e cria uma despesa dedutível na
empresa lucrativa tributada pelo lucro real à razão de 34%.

No entanto, dentre os benefícios trazidos pela holding familiar, o principal deles é evitar
o inventário. Além de ser um processo moroso e quase sempre conflitante entre os
familiares, confere altos custos tributários e profissionais para os herdeiros, podendo
representar até 23% do valor econômico do patrimônio.

Comparado a holding familiar, os custos com inventário são quase todos sucumbidos
conforme demonstrado no quadro, abaixo.
5 Referências

BERGAMINI, Adolpho. A Constituição da empresa denominada Holding Patrimonial


como forma de redução da carga tributária da pessoa física, planejamento sucessório e
retorno de capital sob a forma de lucros e dividendos, sem tributação.

BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário. 6° edição. São Paulo: Atlas,


2001.

ECONET. Estudo sobre constituição de empresas. Disponíveis:


<http://www.econeteditora.com.br/index.asp?url=inicial.php > Acesso: 22/03/2018.
ANEXO

ANEXO
CONTRATO SOCIAL HOLDING (Limitada)

Sócio A, nacionalidade, estado civil (se casado informar o regime de casamento),


nascido em _____ (data de nascimento), profissão, portador do RG n°_____, inscrito no
CPF/MF n°_______, residente e domiciliado sito a rua _________, Bairro, Cidade,
Estado - CEP: _______, e

Sócio B, nacionalidade, estado civil (se casado, informar o regime de casamento),


nascido em _____ (data de nascimento), profissão, portador do RG n°_____, inscrito no
CPF/MF n°_______, residente e domiciliado sito a rua _________, Bairro, Cidade,
Estado - CEP: _______, pelo presente instrumento, constituem entre si uma sociedade
limitada, mediante as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - Da Denominação Social e Sede

A sociedade adotará o nome empresarial de _________ LTDA, com sede na Rua


_______, Bairro, Cidade, Estado - CEP, e terá duração por prazo indeterminado,
iniciando suas atividades em ______________.

CLÁUSULA SEGUNDA - Do Objeto Social

A sociedade tem por objeto ____________________.

Exemplo: Gestão em Participações Societárias (Holding Pura);


Administração de Imóveis Próprios e Aluguel ou Compra e Venda de
Imóveis Próprios (Holding Mista).

CLÁUSULA TERCEIRA - Do Capital Social

O capital social é de R$ _______, representada por ________ quotas no valor de R$


_________ cada uma, totalmente subscritas e integralizadas, neste ato, em moeda
corrente do País, e assim distribuídas:

Sócios da Empresa Quotas Percentual


Sócio A Indicar o percentual
Sócio B Indicar o percentual
Total 00000 100%

Ou, o capital social da sociedade será de R$ __________ representada por ________


quotas no valor de R$ _________ cada uma, sendo integralizada no ato o valor de R$
__________, o restante será devidamente integralizado, no prazo de _______.

Parágrafo primeiro - A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas quotas,


haja vista a total integralização do Capital Social, conforme artigo 1.052 da Lei
10.406/2002.

CLÁUSULA QUARTA - Da Administração e Uso da Empresa


A administração da sociedade será exercida pelo sócio ___________, sendo-lhe
vedado delegar seu poder de administração e gerência a pessoas estranhas aos
quadros sociais.

Parágrafo primeiro - A sociedade será representada ativa e passivamente, judicial e


extrajudicialmente, isoladamente pelo sócio administrador, sendo-lhe vedado o uso da
denominação social em avais, abonos, fianças e outras obrigações de mero favor,
estranhos aos interesses sociais. Nesta vedação não se inclui a prestação de garantias
e obrigações a empresas da qual a sociedade participe, direta ou indiretamente,
podendo, ainda, alienar, caucionar ou onerar bens sociais, emitir títulos de créditos,
transigir, assinar cheques e renunciar a direitos quando do interesse da sociedade,
contrair empréstimos e financiamentos, avalizar, endossar, bem como assinar todo e
qualquer documento, contrato ou papel que implique em responsabilidade da
sociedade, seja público ou particular.

Nesta cláusula demonstrar os poderes do administrador da Holding


LTDA, para o caso específico.

Parágrafo segunda - É lícito aos administradores constituir procuradores, em nome da


sociedade, especificando nos instrumentos os atos e operações que poderão praticar e
a duração do mandato, exceto mandato judicial que poderá ser por prazo indeterminado.

Parágrafo terceiro - Os administradores, receberão, mensalmente, pró-labore a ser a


partir do mês em que as atividades operacionais da sociedade comportarem a referida
retirada, mediante aprovação pela maioria simples das quotas representativas do capital
social.

Parágrafo quarto - A nomeação ou destituição de novos administradores, bem como a


fixação da remuneração correspondente, será decidida em assembleia de sócios,
mediante aprovação pela maioria simples das quotas representativas do capital social.

Parágrafo quinto - Os administradores ora nomeados declaram, sob as penas da lei, e


para atendimento do parágrafo 1° do artigo 1.011 da Lei 10.406/2002, que não estão
condenados por nenhum crime cuja pena vede a administração de sociedades.

Parágrafo sexto - Todos os documentos, atos e contratos que envolvam


responsabilidade para a sociedade, inclusive movimentação de fundos, emissão de
cheques, aceite e avais em títulos cambiários, outorga de procurações em nome de
sociedade, serão assinados isoladamente, pelos administradores, e as deliberações
serão de comum acordo.

CLÁUSULA QUINTA - Do Balanço e Prestação de contas

Ao término de cada exercício social, em 31 de dezembro, o (s) administrador (es)


prestará (ao) contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do
inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, sendo os lucros
ou prejuízos distribuídos ou suportados pelos sócios na proporção de suas quotas de
capital.
Parágrafo primeiro - Poderão ser retidos parte ou todo o lucro, para manutenção e
reforço do capital de giro e de investimento, conforme deliberação da maioria
representativa do capital social.

Parágrafo segunda - Os lucros apurados em balancetes intermediários poderão ser


distribuídos aos sócios, sendo compensados com que houver sido apurado por ocasião
do encerramento do exercício.

Parágrafo terceiro - Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os


sócios deliberarão sobre as contas e designarão administradores quando for o caso.

Exemplos de Cláusulas Facultativas

CLÁUSULA SEXTA - Alienação da sociedade

Os sócios não poderão alienar ou ceder parte ou a totalidade de suas quotas de capital
a pessoas estranhas, sem antes oferecê-las aos outros sócios, que em igualdade de
condições, terão o direito de preferência na aquisição das mesmas, na proporção
resultante de sua participação no capital social.

CLÁUSULA SÉTIMA - Da Retirada

O sócio que desejar retirar-se da sociedade deverá comunicar sua intenção aos demais
sócios, por escrito, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias. Nesse caso, os
seus haveres serão apurados, em um balanço levantado na ocasião, e pagos em 60
(sessenta) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira 30 (trinta) dias
após o seu afastamento.

Parágrafo único - O sócio retirante, após quitar todas as suas obrigações com a pessoa
jurídica da qual foi integrante, sendo estas decorrentes de seu período de participação
na sociedade, fica livre e desembaraçado de quaisquer responsabilidades posteriores a
data de averbação de sua saída.

CLÁUSULA OITAVA - Do Falecimento

O falecimento de qualquer dos sócios não acarretará a extinção da sociedade. Nesta


hipótese, o (s) sócio (s) remanescente (s) pagará (ão) aos herdeiros do falecido a sua
quota de capital e a parte dos lucros que deverão ser apurados em balanço especial, na
data do evento, nas mesmas condições da cláusula anterior; ou

Em decorrência do falecimento de um dos sócios não haverá a dissolução da sociedade,


nesta hipótese os herdeiros do “de cujus”, assumiram suas quotas de capital, direitos, e
deveres perante a sociedade.

CLÁUSULA NONA - Da Deliberação Social


As alterações do presente contrato social, bem como as decisões sociais, dependem da
aprovação da maioria simples do capital social, salvo aquelas que impliquem mudança
no contrato social, cujas decisões deverão ser do consentimento de três quartos do
capital social.

Parágrafo primeiro - As decisões de sócios serão tomadas em reuniões e


especificadas em termo próprio, assinado pelos presentes.

Parágrafo segundo - As reuniões serão realizadas todo quinto dia útil do mês, às 15
horas, na sede social, independentemente de convocação prévia ou demais
formalidades.

Poderá ser inserida a melhor data e horário convencionado pelos


sócios.

Parágrafo terceiro - Reuniões extraordinárias poderão ser convocadas por qualquer


dos administradores ou titulares de mais de 1/5 (um quinto) do capital social
integralizado, mediante fundamento e comunicação escrita, com prova de seu
recebimento. (Código Civil, artigo 1.073, I)

Parágrafo quarto - Dispensam-se as formalidades de convocação quando todos os


sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem
do dia.

Parágrafo quinto - A reunião ou a assembleia tornam-se dispensáveis quando todos


os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria que seria objeto delas.

Parágrafo sexto - As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato


vinculam todos os sócios, ainda que ausentes ou dissidentes.

CLÁUSULA DÉCIMA - Da Exclusão

É admissível a exclusão de sócio, desde que por justa causa, considerando-se como tal
uma ou mais entre as seguintes hipóteses: falta grave no cumprimento de suas
obrigações, incapacidade superveniente, declaração de falência do sócio ou que tenha
tido suas quotas liquidadas por credor em processo de execução.

Parágrafo único - Aplicam-se a exclusão o pagamento de haveres na forma e prazos


estipulados na cláusula 8.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - Da Dissolução

Em caso de dissolução da sociedade, será procedida a devida liquidação e o patrimônio


será dividido entre os mesmos, proporcionalmente às cotas de capital.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - Regência Supletiva


Os casos omissos neste contrato serão regidos pela Lei 6.404/1976 (Lei das S/A) com
as alterações posteriores, e demais disposições legais aplicáveis.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – Desimpedimento

Os sócios declaram que não estão incursos em quaisquer penalidades ou vedação legal
que os impeçam de exercer a atividade mercantil.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - Das Filiais e Outras Dependência

Por deliberação dos sócios, a sociedade poderá abrir, manter, transferir e extinguir filiais,
em qualquer ponto do território nacional, observadas, as prescrições legais vigentes.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - Do Foro

Os sócios elegem o foro e comarca de ______, Estado de _____, para dirimir quaisquer
questões oriundas do presente contrato.

E assim, por estarem justos e contratados, assinam o presente contrato social em ____
vias de igual teor, na presença das testemunhas abaixo assinadas.

Cidade, dia/mês e ano.

_____________________________
Sócio A

_____________________________
Sócio B

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