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Emerson Pereira
Contador
Guanhães
2018
Sumário
1 A Constituição das empresas Holding como forma de controle Patrimonial ....... 2
1.1 Definição................................................................................................................. 2
1.2 Tipo Societário ...................................................................................................... 3
1.3 Integralização do Capital ..................................................................................... 3
1.4 Objeto Social ......................................................................................................... 3
1.5 Dissolução da Holding Patrimonial ................................................................... 3
2 Planejamento Tributário.............................................................................................. 4
2 1. Lucro Presumido ...................................................................................................... 4
2.2 IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica ............................................................ 4
2.3 CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ............................................ 5
2.4 PIS/PASEP e COFINS ................................................................................................ 5
2.5 Distribuição de Lucros ou Dividendos pela Holding .......................................... 5
3 Planejamento Sucessório com proteção Patrimonial ............................................... 6
3.1 Planejamento Sucessório ........................................................................................ 6
4 Conclusão .......................................................................................................................... 7
5 Referências ........................................................................................................................ 9
ANEXO ................................................................................................................................. 10
1 A Constituição das empresas Holding como forma de
controle Patrimonial
1.1 Definição
Holding é um tipo de empresa que pode ser constituída com o objetivo de concentrar
participações societárias e controlar outras empresas ou patrimônios a fim de
desenvolver planejamentos financeiros e estratégicos, além de reduzir custos e tributos.
Holding Patrimonial é uma espécie de sociedade que tem como objetivo ser proprietária
de um determinado patrimônio, é a mais importante e há mais necessária nos dias
atuais, tendo em vista a diminuição de impostos praticados com os meios da elisão
fiscal.
De acordo com os domínios do Direito Empresarial Brasileiro, a forma mais atrativa para
a constituição da holding patrimonial é a sociedade por quotas de responsabilidade
limitada (Ltda.), uma vez que terceiros estranhos são impedidos de participar da
sociedade.
Podem segundo a Legislação Federal, “as pessoas físicas integralizarem o capital pela
transferência de bens e direitos à empresa holding pelo valor declarado em sua
declaração anual de ajuste ou pelo valor de mercado.”. (art. 23, Lei n º 9.249/95). A
transferência de bens ou direitos a pessoas jurídicas, a título de integralização de
capital, configura alienação. Logo, estão sujeitas à apuração de ganho de capital. (I.N
n° 84/2001).
Segundo a Lei das S.A n° 6.404/76, art. 2° dispõe que “pode ser objeto da companhia
qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons
costumes”. Basicamente a holding patrimonial exercerá o objeto social da seguinte
atividade: administrar os bens próprios e participações no capital de empresas de
qualquer ramo de atividades ou natureza jurídica.
A figuras-nos correto conceituar o Planejamento Fiscal como uma técnica gerencial que
visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de
serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos tributários inseridos em cada
uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e
instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação, redução ou adiamento
do ônus fiscal.
2 1. Lucro Presumido
Lucro Presumido é recurso utilizado pelo FISCO para presumir o lucro de uma empresa
que não apresente contabilidade. É uma forma simplificada para apurar a base de
cálculo do IRPJ e da CSLL devidos trimestralmente, por períodos encerrados nos dias
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
(RIR/1.999, art. 516, § 4° e art. 856). Podem optar por as pessoas jurídicas que não
estejam obrigadas ao Lucro Real, aplicando um percentual sobre a receita bruta e
demais receitas.
Para calcular o IRPJ pelo lucro presumido aplica-se um percentual de 32% (trinta e dois
por cento) sobre a receita bruta, e sobre o valor da base de cálculo presumida
do IRPJ aplica-se o percentual de 15% (quinze por cento) conforme o art. 3° da Lei n°
9.249/1995 e art. 541 do Decreto RIR/1999. O imposto devido pode ser deduzido em
cada trimestre. (art. 526 do RIR/1.999).
Seguindo o disposto da Lei n° 9.249/1995 art. 3°, § 1° e do decreto RIR/1.999 art. 542
estabelece a parcela do , presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota
de 10% (dez por cento).
Para calcular a CSLL pelo lucro presumido, aplica-se um percentual de 32% (trinta e
dois por cento) sobre a receita bruta, e sobre o valor da base de cálculo presumida
da CSLL aplica-se o percentual de 9% (nove por cento).
De acordo com o disposto do Decreto RIR/1.999 art. 540 estabelece que “poderá ser
deduzido do imposto apurado o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que
integraram a base de cálculo, vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal.”. (Lei
nº. 9.532, de 1997, art. 10).
Conforme os dispositivos legais, arts. 654,662 a666 do Decreto nº (RIR/1.999) e art. 9º,
inciso XVI, da Instrução Normativa SRF nº 15/2001, IN SRF nº 93/1997 e Ato
Declaratório Normativo Cosit nº 4/1996:
De acordo com o Código Civil, art. 1.784, “aberta à sucessão, a herança transmite-se,
desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.”. O referido Código Civil
estabelece em seu art. 1.845, “são herdeiros necessários os descendentes, os
ascendentes e o cônjuge.”. E o art. 1.846 do C.C, “pertence aos herdeiros necessários,
de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.”.
Sendo assim, outra face do planejamento sucessório, tem como objetivo a economia ao
fazer a doação em antecipação de legítima, conforme o art. 121 do RIR/1.999, ou seja,
fazer a entrega antecipada aos herdeiros necessários após a morte.
1 -Tributação da Herança e 4% 4%
Doação
4 Conclusão
Os negócios familiares que deram certo, seja pessoa física ou jurídica, necessitam de
um bom planejamento sucessório visando à proteção patrimonial. Nesse ramo, existem
casos em que a sucessão já foi iniciada do ponto de vista prático, no dia a dia, com a
iniciação dos filhos mais afeitos, enquanto os outros permanecem de fora; casos em
que os patriarcas pensam em iniciar, mas não sabem como; e por último, casos em que
os envolvidos sequer pensaram a respeito.
Embora não exista um modelo pronto, uma receita a ser seguida, cabe destaque um
dos principais mecanismos para esse tipo de organização. Trata-se da utilização de uma
sociedade tipo holding, imbatível para concentrar os aspectos de planejamento, controle
e solução de conflitos.
Justificada não só pelos benefícios que podem ser percebidos, a essência da holding
está na sucessão do patrimônio comum entre os herdeiros que historicamente sempre
estiveram no centro das discussões familiares, culminando na dissolução de famílias,
perda dos laços afetivos, agravado pela influência de agregados como genros, noras,
cunhados, dentre outros.
Instalada a holding, pode se dizer que o patrimônio passará a gozar de uma proteção
maior se comparado à titularidade direta das pessoas físicas, considerando as inúmeras
situações de responsabilidade solidária em relação às empresas das quais os mesmos
por ventura participem, ou até mesmo por questões de sua vida pessoal que possam
acabar por provocar medidas como penhora, arresto de bens etc.
Do ponto de vista tributário, o benefício mais comum, dentre aqueles que utilizam a
holding familiar para separar as propriedades do negócio, está em alugar imóveis para
a empresa operacional da família, ao passo que tributa esses rendimentos pelo lucro
presumido a razão de 11,33% (sem adicional), e cria uma despesa dedutível na
empresa lucrativa tributada pelo lucro real à razão de 34%.
No entanto, dentre os benefícios trazidos pela holding familiar, o principal deles é evitar
o inventário. Além de ser um processo moroso e quase sempre conflitante entre os
familiares, confere altos custos tributários e profissionais para os herdeiros, podendo
representar até 23% do valor econômico do patrimônio.
Comparado a holding familiar, os custos com inventário são quase todos sucumbidos
conforme demonstrado no quadro, abaixo.
5 Referências
ANEXO
CONTRATO SOCIAL HOLDING (Limitada)
Os sócios não poderão alienar ou ceder parte ou a totalidade de suas quotas de capital
a pessoas estranhas, sem antes oferecê-las aos outros sócios, que em igualdade de
condições, terão o direito de preferência na aquisição das mesmas, na proporção
resultante de sua participação no capital social.
O sócio que desejar retirar-se da sociedade deverá comunicar sua intenção aos demais
sócios, por escrito, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias. Nesse caso, os
seus haveres serão apurados, em um balanço levantado na ocasião, e pagos em 60
(sessenta) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira 30 (trinta) dias
após o seu afastamento.
Parágrafo único - O sócio retirante, após quitar todas as suas obrigações com a pessoa
jurídica da qual foi integrante, sendo estas decorrentes de seu período de participação
na sociedade, fica livre e desembaraçado de quaisquer responsabilidades posteriores a
data de averbação de sua saída.
Parágrafo segundo - As reuniões serão realizadas todo quinto dia útil do mês, às 15
horas, na sede social, independentemente de convocação prévia ou demais
formalidades.
É admissível a exclusão de sócio, desde que por justa causa, considerando-se como tal
uma ou mais entre as seguintes hipóteses: falta grave no cumprimento de suas
obrigações, incapacidade superveniente, declaração de falência do sócio ou que tenha
tido suas quotas liquidadas por credor em processo de execução.
Os sócios declaram que não estão incursos em quaisquer penalidades ou vedação legal
que os impeçam de exercer a atividade mercantil.
Por deliberação dos sócios, a sociedade poderá abrir, manter, transferir e extinguir filiais,
em qualquer ponto do território nacional, observadas, as prescrições legais vigentes.
Os sócios elegem o foro e comarca de ______, Estado de _____, para dirimir quaisquer
questões oriundas do presente contrato.
E assim, por estarem justos e contratados, assinam o presente contrato social em ____
vias de igual teor, na presença das testemunhas abaixo assinadas.
_____________________________
Sócio A
_____________________________
Sócio B