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07/10/2021

Resumo: Nesta edição, tratamos do modelo empresarial holding e seus aspectos societários e tributários, merecendo
destaque as hipóteses e formalidades de constituição desse tipo de sociedade. Destacamos também as
cautelas necessárias para cada tipo de atuação dessa espécie de empresa.

Origem: FEDERAL

Qualificações: Imposto de Renda

Número: 45/2019

Holding ­ Aspectos Societários e Tributários

Data de publicação: 05/11/2019

Data de alteração: 27/02/2020

SUMÁRIO

1. Descrição

2. Aspectos Legais

3. Definição de Sociedades Coligadas, Controladoras e Controladas

4. Formas de Holding

5. Funções que a Holding pode Desempenhar

6. Vantagens

7. Desvantagens

8. Holdings sem Controles Estruturados

9. Modelo de Societários Escolhido para Formação da Holding

10. Integralização de Capital Social

10.1. Por pessoa física

10.2. Pessoa jurídica

11. Tributação dos Resultados Apurados pela Holding

11.1. Lucro real, presumido ou arbitrado

11.2. Contratos de mútuo na holding

12. Lucros ou Dividendos Recebidos Correspondentes aos Resultados Apurados a Partir de 01/01/1996

13. Pagamento de Juros Sobre o Capital Próprio a Titular, Sócios ou Acionistas

14. Tributação no Lucro Real da Holding

15. CSLL E IRPJ ­ Holdings Tributadas Com Base na Estimativa e Pelo Lucro Presumido

16. Dissolução ou Encerramento da Holding

16.1. Liquidação ou continuidade da sociedade com base no Código Civil

16.2. Liquidação ou continuidade da sociedade com base na Lei nº 6.404/76

1. DESCRIÇÃO

O termo holding é de origem inglesa e tem como característica a participação no capital de outras sociedades. Geralmente não produz
nada e é criada para administrar, determinar os aspectos de racionalização e buscar a eficiência operacional e a melhoria no aspecto
econômico financeiro.

No Brasil, a holding veio acompanhada pela invasão das empresas multinacionais nos anos 60 e só recentemente despertou o interesse,
tanto do governo federal brasileiro como da iniciativa privada nacional.

A  holding apareceu em primeiro momento na Resolução do Banco Central nº 469, de 07/04/1978, quando o próprio governo brasileiro
passou a usar os benefícios daholding na formação da TELEBRÁS.

2. ASPECTOS LEGAIS

A Lei nº 6.404/76 veio colocá­la definitivamente como forma jurídica ao citar:

"Art. 2º ­ § 3º ­ A Companhia pode ter por objeto participar de outra sociedade; ainda que não prevista no estatuto, a participação é
facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar­se de incentivos fiscais".

O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as
modificações ocorridas durante o exercício.

A constituição de 1988 veio enfatizar a necessidade de organização e controle.

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O novo Código Civil enfatizou a participação societária em seus arts. 1.097 a 1.101, para as relações jurídicas necessárias.

3. DEFINIÇÃO DE SOCIEDADES COLIGADAS, CONTROLADORAS E CONTROLADAS

­  Sociedades Coligadas: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa (art. 243, § 1º, da Lei nº
6.404/76).

­ Sociedades Controladas: considera­se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores (art. 243, § 2º, da Lei nº 6.404/76).

­  Sociedades Controladoras: é a sociedade titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (art. 243, § 2º, da Lei nº 6.404/76).

Nota Editorial

1ª) De acordo com o § 3º do art. 243 da Lei nº 6.404/76 a companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e
controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
2ª) Considera­se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas
financeira ou operacional da investida, sem controlá­la.
3ª) É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá­la.

4. FORMAS DE HOLDING

As empresas holdings são classificadas como:

a) Pura: aquela cujo objeto social é a participação acionária em outras empresas, tendo como fonte exclusiva de receitas
o recebimento de lucros e dividendos;

b) Mista: que, além de deter participação em outras empresas, opera industrial e comercialmente ou presta serviços às
empresas afiliadas e outras não pertencentes ao grupo;

c) Patrimonial: expressão utilizada para qualificar uma empresa que controla o patrimônio de uma ou mais pessoas
físicas, ou seja, ao invés das pessoas físicas possuírem bens em seus próprios nomes transferem para uma pessoa jurídica ­ a
controladora patrimonial, que geralmente se constitui na forma de uma sociedade limitada que, via de regra, tem a seguinte
denominação social (nome patronímico ou outro à escolha) "Empreendimentos ou Participações, Comercial Ltda.".

5. FUNÇÕES QUE A HOLDING PODE DESEMPENHAR

A holding pode desempenhar as seguintes funções:

a) tem a finalidade de manter majoritariamente ações de outras empresas, possibilitando, assim, o controle de grupos
empresariais e a concentração desses controles, evitando a pulverização acionária do grupo em consequência de sucessivas
alienações;

b) pode ter o poder de controle. Isso não significa ter a totalidade das ações ou quotas, mas sim em número e qualidade
suficiente para influir diretamente nas decisões. A holding, associada a um acordo societário, pode controlar um grupo sem ter
o controle societário propriamente dito;

c) pode ter o caráter de internacionalidade, isto é, manter ações de companhias que não estejam necessariamente no
mesmo país. Ela se mostra importante como "ponte" controladora de exportação, importação e investimentos estrangeiros;

d) não necessita operar comercialmente e não deve operar industrialmente. As empresas com esses tipos de atividades
são chamadas operativas e sua opção é voltada para fora, para o mercado. Essa é uma questão muito delicada e mal
resolvida em geral. Como a holding é manifestação de vontade, quase sempre de um fundador, os argumentos dessa escolha
são diversificados. Como veremos adiante, na escolha da forma societária essa decisão deve ser prudentemente tomada; e

e) pode manter minoritariamente ações de outras empresas com a finalidade de investimento ou de administração, por
meio de acordos societários, estabelecendo parcerias. Em alguns casos, as holdings são formadas simplesmente para
participar minoritariamente, recebendo dividendos sem intenção de gerir essas empresas. Os demais objetivos são somente
meio e não fim.

6. VANTAGENS

As vantagens da holding são:

a) a solução para as transferências necessárias e a maior longevidade do grupo societário;

b) consolidação do poder econômico de todos os componentes do grupo numa entidade representativa, tanto financeira

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como administrativamente;

c) maior integração dos processos produtivos, tanto no aspecto retrointegrativo como pró­integrativo;

d) racionalização dos custos operacionais pela estrutura da holding nos aspectos mais sofisticados da gestão:

d.1) o planejamento estratégico;

d.2) a manipulação financeira;

d.3) a atuação mercadológica; e

d.4) a seleção dos recursos humanos;

e) extensiva simplificação da estrutura administrativa e operacional dos componentes, controladas e afiliadas nos
campos de produção, administração e comercialização exclusivamente;

f) facilidade e dinamismo na manipulação de recursos entre os componentes do grupo e da holding;

g) centralização do processo decisório, baseado em uma estrutura de gestão profissional e de alto nível na holding;

h) elaboração e implantação de técnicas do planejamento estratégico nos componentes do grupo e na mesma holding;

i) centralização e execução dos planos táticos e operacionais nos componentes do grupo;

j) análise centralizada de projetos de expansão, horizontalização, verticalização, pró­integração, retrointegração,
transnacionalização e, eventualmente, a venda de componentes que mostram baixa performance econômica;

k) centralização do processo de compras de equipamentos pesados, instalações e contratação de projetos de construção
civil nos componentes do grupo;

l) seleção e qualificação dos recursos humanos para o grupo;

m) centralização de processamento de dados e consolidação dos processos contábeis do grupo na holding;

n) maior barganha na negociação e obtenção de recursos financeiros e melhor controle de aplicação de recursos líquidos
a curto, médio e longo prazos;

o) declaração do Imposto de Renda consolidadamente e benefícios na compensação de prejuízos de alguns componentes
do grupo;

p) padronização de processos de Organização & Métodos e sistemas de controles internos em todos os componentes do
grupo;

q) centralização das atividades de marketing, pesquisas de mercado, publicidade e propaganda para apoiar as atividades
de comercialização dos componentes do grupo;

r) maior resultado de atividades de lobby com os governos em caso de necessidade de apoio político para certos projetos
do grupo;

s) manipulação e administração centralizada de assuntos de acionistas do grupo em caso de dissidência ou conflito entre
os interesses dos acionistas;

t) para solucionar problemas de sucessão administrativa, efetua­se treinamento de homens­chave, para melhorar o
desempenho, possibilitando melhor experiência;

u) tem o objetivo de solucionar problemas referentes à herança, substituindo em parte testamentária, para evitar
maiores contendas familiares. U.W.RASMUSEN ("Holding", Aduaneiras Editora, 1ª edição)

7. DESVANTAGENS

Como desvantagens da holding, temos:

a) eventuais conflitos com acionistas ou quotistas minoritários do grupo econômico que se oponham à consolidação de
poderes na holding e a sua participação minoritária no bolo da holding;

b) a centralização excessiva de poderes na holding, especialmente na imposição do planejamento estratégico e no setor
financeiro que pode incomodar os acionistas minoritários nas empresas afiliadas;

c) a inconveniência da publicação de balanços, ou seja, a disposição do disclosure no caso de a holdings e incorporada ao
modelo legal de uma sociedade anônima;

d) certas preocupações com a Lei nº 6.404/76 a respeito da distribuição obrigatória de dividendos (caso S/A);

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e) preocupação com a diferenciação de performance econômica dos diferentes componentes do grupo, tendo a holding
de, eventualmente, sustentar algumas coligadas com o lucro de outras. U.W.RASMUSEN ("Holding", Aduaneiras Editora, 1ª
edição).

8. HOLDINGS SEM CONTROLES ESTRUTURADOS

Nem sempre temos as pessoas físicas ou jurídicas controladoras, no comando das empresas, mas isso não deixa de se considerar uma
holding.

De acordo com o Novo Código Civil, hoje os administradores podem ser contratados para administrar a sociedade, e dessa forma podemos
fazer o mesmo com as holdings.

9. MODELO DE SOCIETÁRIOS ESCOLHIDO PARA FORMAÇÃO DA HOLDING

Em reunião ou assembleia será discutida a melhor escolha da formação de uma holding pelas pessoas físicas ou jurídicas controladoras,
que fazem parte do comando das empresas, e será necessário que se escolha o melhor tipo societário para constituir a sociedade holding de
direito:

a) controladora; e

b) operadora.

Dessa forma, devemos apreciar o planejamento executado para saber quais os benefícios que vamos obter.

De acordo com a forma societária do novo Código Civil e da Lei da S/A, podemos adotar:

a) Sociedade Anônima (Aberta), art. 1.088 do C.C. e art. 4º da Lei da S/A;

b) Sociedade Anônima (Fechada), art. 1.088 do C.C. e art. 4º da Lei da S/A;

c) Sociedade em Comandita por Ações, art. 1.090 do C.C. e art. 280 da Lei da S/A;

d) Sociedade Limitada, arts. 1.052 a 1.054 do C.C.

10. INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL

Observado o que dispõe o art. 7º da Lei nº 6.404/76, o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer
espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

10.1. Por pessoa física

As pessoas físicas poderão transferir a pessoas jurídicas, a título de integralização de capital, bens e direitos pelo valor constante da
respectiva declaração de bens ou pelo valor de mercado, conforme o art. 62 da Instrução Normativa SRF nº 11/96.

Se a entrega for feita pelo valor constante da declaração de bens, as pessoas físicas deverão lançar nessa declaração as ações ou quotas
subscritas pelo mesmo valor dos bens ou direitos transferidos, não se lhes aplicando as regras de distribuição disfarçada de lucros.

Se a transferência não for feita pelo valor constante da declaração de bens, a diferença a maior será tributável como ganho de capital,
conforme o art. 23 da Lei nº 9.532/97.

10.2. Pessoa jurídica

A avaliação dos bens será feita por três peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembleia geral dos subscritores,
convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando­se em primeira convocação com a presença de subscritores que
representem metade, pelo menos, do capital social e em segunda convocação com qualquer número (art. 8º da Lei nº 6.404/76).

A partir de 01/01/2000, a contrapartida da reavaliação de quaisquer bens da pessoa jurídica somente poderá ser computada em conta de
resultado ou na determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido quando ocorrer à efetiva realização
do bem reavaliado (arts. 4º e 12 da Lei nº 9.959/00).

11. TRIBUTAÇÃO DOS RESULTADOS APURADOS PELA HOLDING

A tributação da holding deve observar as mesmas normas de apuração e recolhimento aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

11.1. Lucro Real, presumido ou arbitrado

N a  holding o resultado é sempre advindo de participações em outras sociedades, vindo sempre na forma de lucros, dividendos ou
resultados positivos de avaliados pela equivalência patrimonial. A partir do mês de janeiro de 1996, os valores pagos ou creditados pelas
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos à incidência do Imposto de Renda na fonte,
nem integrarão a base de cálculo do Imposto de Renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior. Quanto aos
anos anteriores, os resultados são tributados conforme o art. 10 da Lei nº 9.249/95.

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11.2. Contratos de mútuo na holding

Dentro das holdings os contratos de mútuo são muito utilizados.

Na tributação do período de 1999 até 31/12/2004, dos rendimentos auferidos nesses contratos aplicava­se a alíquota de 20%, e o valor
era recolhido na fonte, descontado diretamente dos rendimentos auferidos pelo mutuante.

Com o advento do art. 1º da Lei nº 11.033/04, na tributação dos rendimentos auferidos nos contratos de mútuo, passaram a ser aplicadas
as alíquotas de acordo com o prazo contratado na operação.

Nas aplicações existentes em 31/12/2004, os rendimentos produzidos até essa data serão tributados pela legislação que estava em vigor
até aquela data (art. 5º da Lei nº 9.779/99); continuando com o mesmo contrato de aplicação, os rendimentos, a partir do dia 01/01/2005,
passaram a atender o art. 1º da Lei nº 11.033/05.
Nota Editorial

1ª) No Manual de Procedimentos foi publicada matéria com o título "Contrato de Mútuo ­ Aspectos Gerais e Tributação".
2ª) O prazo para efeito da nova legislação passa a ser contado a partir de 01/07/2004, nos casos de aplicações efetuadas até a data da
publicação da Lei nº 11.033/04.

12. LUCROS OU DIVIDENDOS RECEBIDOS CORRESPONDENTES AOS RESULTADOS APURADOS A PARTIR DE
01/01/1996

Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não integrarão a base de cálculo do imposto da pessoa jurídica beneficiária (art. 10,
parágrafo único, da Lei nº 9.249/95).

No caso de quotas ou ações distribuídas em decorrência de aumento de capital por incorporação de lucros apurados a partir do mês de
janeiro de 1996, ou de reservas constituídas com esses lucros, o custo de aquisição será igual à parcela do lucro ou reserva capitalizado, que
corresponder ao sócio ou acionista (art. 10 da Lei nº 9.249/95).

13. PAGAMENTO DE JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO A TITULAR, SÓCIOS OU ACIONISTAS

As pessoas jurídicas em geral, inclusive as holdings, podem efetuar o crédito ou o pagamento dos juros sobre o capital próprio, sendo
considerado dedutível para fins de IRPJ ou CSSL, observando as normas estabelecidas no art. 355 do Decreto nº 9.580/18 ­ RIR/18.

Considera­se creditado, individualizadamente, o valor dos juros sobre o capital próprio, quando a despesa for registrada, na escrituração
contábil da pessoa jurídica, em contrapartida a conta ou subconta de seu passivo exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou
acionista da sociedade ou do titular da empresa individual. A utilização do valor creditado, líquido do imposto incidente na fonte, para
integralização de aumento de capital na empresa, não prejudica o direito à dedutibilidade da despesa, tanto para efeito do lucro real quanto da
base de cálculo da contribuição social sobe o lucro líquido (art. 1º da Instrução Normativa nº 41/98).

Os juros sobre o capital social estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda na Fonte, à alíquota de 15%, na data do pagamento ou
crédito, os quais terão o seguinte tratamento no beneficiário (art. 355 do Decreto nº 9.580/18 ­ RIR/18).

Sujeitam­se à incidência do imposto na fonte à alíquota de 25% os juros pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos por fonte
situada do país a beneficiário residente ou domiciliado em país com tributação favorecida, que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota
máxima inferior a 20% (arts. 744 a 749, todos do Decreto nº 9.580/18 ­ RIR/18).

14. TRIBUTAÇÃO NO LUCRO REAL DA HOLDING

A tributação da holding, no Lucro Real para fim de CSLL, IRPJ, PIS/PASEP e COFINS ficam sujeitas às mesmas normas de apuração de
pagamento estabelecidas às demais pessoas jurídicas.

Tributo Alíquota

Imposto de Renda 15%

Adicional do Imposto de Renda (se houver) 10%

CSLL 9%

PIS/PASEP 1,65%

COFINS 7,60%

Arquivo gerado em 07/10/2021 Página 5 de 7
07/10/2021

15. CSLL E IRPJ ­HOLDINGS TRIBUTADAS COM BASE NA ESTIMATIVA E PELO LUCRO PRESUMIDO

As holdings tributadas mensalmente por estimativa ou trimestralmente pelo Lucro Presumido deverão apurar sua tributação, observando as
regras dos arts. 219 a 227 e 587 a 589, do Decreto nº 9.580/18 ­ RIR/18.

A tributação pelo Lucro Presumido fica sujeita à aplicação do percentual de 32%, sobre a base de cálculo, quando a receita bruta tratar de
locação que compõe o objeto social da holding, bem como os ganhos de capitais, os rendimentos das aplicações financeiras de renda fixa e o
resultado positivo da renda variável e demais receitas auferidas.

Lembramos ainda que os rendimentos de participações societárias e os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e variável,
quando tributados na fonte, submetem a tributação em separado.

Tributo Base x Alíquota

Imposto de Renda 32% x 15%

Adicional do Imposto de Renda (se houver) 32% x 10%

CSLL 32% x 9%

PIS/PASEP (Lucro Presumido) 0,65%

COFINS (Lucro Presumido) 3%

PIS/PASEP (Lucro Real) 1,65%

Cofins (Lucro Real) 7,60%

16. DISSOLUÇÃO OU ENCERRAMENTO DA HOLDING

Dissolve­se a sociedade quando ocorrerem às previsões do art. 1.033 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil) e dos arts. 206 a 219 da Lei nº
6.404/76.

16.1. Liquidação ou continuidade da sociedade com base no Código Civil

A reunião ou a assembleia de sócio deverão votar os seguintes itens:

a) vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em
liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;

b) consenso unânime dos sócios;

c) deliberação dos sócios por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;

d) falta de pluralidade de sócio, não reconstituída no prazo de 180 dias;

e) extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar;

f) sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios;

g) anulada a sua constituição;

h) exaurido o fim social ou verificada a sua inexequibilidade;

i) previsão direta no contrato de cláusula de dissolução, a serem verificadas judicialmente quando contestadas.

16.2. Liquidação ou continuidade da sociedade com base na Lei nº 6.404/76

Deverão decidir todos os itens na assembleia:

a) pelo término de duração;

b) casos previstos no estatuto;

c) por deliberação de assembleia geral (art. 136, X);

d) pela existência de um único acionista (art. 251);

Arquivo gerado em 07/10/2021 Página 6 de 7
07/10/2021

e) pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar;

f) por decisão judicial;

g) anulação de constituição, por ação proposta por qualquer acionista;

h) quando não puder comprovar o seu fim, por ação proposta por acionistas que representem 5% ou mais do capital
social;

i) em caso de falência, na forma da lei;

j) por decisão de autoridade administrativa competente, nos casos e na forma previstos em lei especial.

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