Você está na página 1de 7

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR.

A relação jurídico-tributária não é meramente uma relação de poder, pois é limitada e


disciplinada pelo direito. Em face da interferência que o poder de tributar gera sobre o direito
de propriedade, o legislador constituinte originário resolveu traçar as principais diretrizes e
limitações ao exercício de tal poder diretamente na Constituição Federal.

As limitações constitucionais ao poder de tributar se efetivam por meio de: a) princípios


constitucionais tributários; b) imunidades tributárias; c) competências tributárias.

As limitações ao poder de tributar previstas nos artigos 150 a 152 da CF caso se constituem em
instrumento de proteção aos direitos fundamentais ou organização da federação são
consideradas cláusulas pétreas.

Art. 60. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda


tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado: II - o voto direto,
secreto, universal e periódico. III – a separação dos Poderes. IV - os
direitos e garantias individuais.

As Emendas Constitucionais que ampliarem garantias individuais do contribuinte são válidas; já


aquelas que diminuírem, criarem exceções ou de qualquer forma enfraquecerem tais garantias
são inconstitucionais.

PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS

Função dos Princípios: Conferem validade às normas jurídicas e funcionam como vetores
interpretativos que dão coerência ao sistema jurídico.

PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA.

O princípio da solidariedade é o princípio justificador da atividade tributária do Estado. Entre


as funções do Estado está aquela relativa à viabilização dos direitos e garantias individuais,
coletivos e sociais a todos os seus cidadãos, direitos estes como educação, saúde, moradia,
lazer, trabalho e seguridade social.

Para que o Estado possa implementar estas funções, ele necessita de recursos, que em sua
grande maioria, são arrecadados através dos tributos. É neste aspecto que reside o princípio
da solidariedade.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do


Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

PRINCÍPIO DA PRATICABILIDADE

As leis tributárias devem ser exequíveis de modo que o Fisco disponha de mecanismos que
reduzam o inadimplemento e a sonegação, bem como facilitem a cobrança e a fiscalização.
(Paulsen). (Exemplo: substituição tributária, presunções legais).

EC 132/2023
Artigo 145 § 3º O Sistema Tributário Nacional deve observar os princípios da simplicidade, da
transparência, da justiça tributária, da cooperação e da defesa do meio ambiente. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 132, de 2023)

§ 4º As alterações na legislação tributária buscarão atenuar efeitos regressivos.


PRINCIPIOS ENQUANTO LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR. A seção II do Capítulo - Do
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL estatui as principais limitações ao exercício do poder de
tributar, mas não necessariamente todas. (rol não exaustivo). Exemplo. Artigo 5º XXXIV.
(direito de petição). Artigo 5º LV (ampla defesa e contraditório).

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - RESERVA LEGAL - TIPICIDADE FECHADA - CONSENTIMENTO.


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.

PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos
rendimentos, titulos ou direitos;

Exemplo: Pessoas físicas que se encontram em situações distintas devem ser tratadas de
maneira diferenciada na medida em que se diferenciam. Exemplos: Deduções do IR.
(educação, dependentes, saúde).

Eventual tratamento tributário diferenciado deve guardar relação de pertinência


constitucional com a razão diferencial. (motivo da atitude discriminatória).

Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme
em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência
em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
socioeconômico entre as diferentes regiões do País;

PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ou MÍNIMO VITAL

Artigo 145 da CF. § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

CONTRIBUIÇÃO DO CIDADÃO PARA O CUSTEIO DAS DESPESAS PUBLICAS.

CAPACIDADE ECONOMICA (BASES TRIBUTÁVEIS) X CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (QUANTO


PODE CONTRIBUIR - MONTANTE TRIBUTÁVEL)

O mínimo vital (dignidade da pessoa humana) e a vedação ao confisco (direito de propriedade)


são os limites dentro dos quais gravitará a tributável capacidade contributiva.

Capacidade contributiva absoluta (capacidade econômica): evento eleito pelo legislador como
apto a concorrer com as despesas públicas.

Capacidade contributiva relativa: possibilidade de contribuir na medida das possibilidades


individualmente consideradas.
O uso da tributação extrafiscal promoverá uma derrogação ainda que parcial do princípio da
capacidade contributiva.

Em que pese a expressão “impostos” (tributo que não exige contraprestação pelo Estado), o
STF já o considerou aplicável (princípio da capacidade contributiva) em relação às taxas e as
contribuições especiais.

A expressão “sempre que possível” depende da possibilidade técnica.

PROGRESSIVIDADE: Técnica de incidência de alíquotas variadas cujo aumento se dá à medida


que se aumente a base de cálculo. Temos progressividade fiscal e a extrafiscal. A CF autoriza a
progressividade para o IR (artigo 153 § 2º inciso I) para o ITR (artigo 153 § 4º inciso I) e o IPTU
(inciso I do § 1º do artigo 156 da CF e artigo 182); ITCMD (artigo 156 § 1º VI).

PROPROCIONALIDADE. Técnica que consiste na aplicação de uma alíquota única sobre uma
base tributável variável. Tal técnica pode ocasionar o fenômeno da regressividade.

IMPOSTOS REAIS = PROGRESSIVIDADE X PROPORCIONALIDADE.

SELETIVIDADE: Forma de concretização do postulado da capacidade contributiva em certos


tributos indiretos. Técnica de incidência de alíquotas que variam na razão direta da
superfluidade do bem. Esta constitucionalmente prevista de forma facultativa para o ICMS
(artigo 155 § 2º inciso III da CF) e obrigatória para o IPI (artigo 153 § 3º inciso I da CF). Noel
artigo 153 VIII da CF. (EC 132 – início em 2027).

NÃO SURPRESA.

Estado deve dar um prazo razoável para que o contribuinte encontre soluções que a Economia
oferece e reorganize seu orçamento a fim de fazer frente à carga tributária futura.

A não-surpresa traz como corolários os princípios da irretroatividade, da anterioridade e o da


noventena.

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;

Avoca a análise da eficácia da lei tributária (Princípio da eficácia diferida) em contraponto ao


da vigência da lei tributária.

A expressão exercício financeiro deve ser entendida como ano fiscal (ano civil – 1º janeiro a 31
de dezembro) conforme artigo 34 da Lei nº 4.320/64.

Princípio existe para proteger o contribuinte. Não se aplica. (1) Redução do tributo. (2)
Alteração de data de pagamento (Súmula Vinculante nº 50 do STF); (3) ou atualização
monetária do tributo.

O princípio da anterioridade somente diz respeito a tributo e não a infrações.

O princípio da anterioridade não se confunde com o princípio da anualidade tributária o qual


foi suprimido do texto constitucional.
Exceções ao Princípio da Anterioridade.
Artigo 150 § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso
III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e
154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts.
155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)

Artigo 195 § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão


ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que
as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art.
150, III, "b".

A redução e o restabelecimento das alíquotas do ICMS monofásico incidente sobre


combustiveis e lubrificantes a serem definidos em lei complementar (art. 155, § 4º, IV, da CF).

A redução e o restabelecimento das alíquotas da CIDE-combustiveis. Artigo 177 § 4º I b

PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL – NOVENTENA

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003).

Com o advento da EC/42, a anterioridade e a noventena passaram a ser cumulativamente


exigíveis. Instituído ou majorado tributo, a respectiva cobrança só poder ser realizada após o
transcorrer de, no mínimo, noventa dias da data da publicação da lei instituidora/majoradora
(91 º dia a contar da data da publicação, inclusive) e desde que já atingido o início do exercício
subsequente).

EXCEÇÕES A NOVENTENA.
Artigo 150 § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II,
IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I,
II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.

ANTERIORIDADE/NOVENTENA E AS MEDIDAS PROVISÓRIAS.

Se o tributo foi instituído ou majorado por medidas provisórias o STF entende que se não
houve alterações relevantes no texto das reedições, o prazo deve ser contado da edição da
medida provisória. Se houver mudança substancial no texto da medida provisória quando de
sua conversão em lei, o prazo deve começar a contar da publicação da lei de conversão.

REGRA DA MP (NECESSIDADE OU NÃO DA CONVERSÃO).

Artigo 62 da CF. § 2º Medida provisória que implique instituição ou


majoração de impostos, exceto os previstos nos artigos. 153, I, II, IV, V, e
154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
ANTERIORIDADE/NOVENTENA E A REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS.

RE 1081193: Com efeito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, firmada a partir do


julgamento da ADI 2.325-MC, considera que, em regra, o princípio da anterioridade é aplicável
à revogação ou diminuição de benefício fiscal, tendo em vista que elas geram a elevação da
carga tributária por via indireta.

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início


da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

OBJETIVO: Segurança Jurídica. Impedir a tributação de fatos que no momento da sua


ocorrência não estavam sujeitos à incidência tributária. Garantir que a tributação já verificada
é definitiva, não podendo ser objeto de majoração por legislação posterior. Artigo 5º XXXVI da
CF. (a lei não prejudicará o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada).

CASOS DE RETROATIVIDADE PREVISTOS NO

CTN. NORMAS EXPRESSAMENTE

INTERPRETATIVAS

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a


aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
Interpretação autêntica é possível. Não interessa a autodenominação pois
não pode introduzir disposições novas. Não pode inovar no mundo jurídico.

PENALIDADE MAIS FAVORÁVEL QUE A VIGENTE À ÉPOCA DA PRÁTICA DO ATO.

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de


defini- lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a
qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c)
quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao
tempo da sua prática.

Infração = Penalidade MULTA (moratória ou punitiva).

Não definitivamente julgado. Abrange a esfera administrativa e judicial. São atos que não mais
comportam apreciação judicial. Exemplo: Na execução fiscal quando realizada a arrematação,
adjudicação ou remição. Extinção do processo nos termos do artigo 924do CPC.

Matéria de Lei Complementar.

NORMA FORMAL APLICÁVEL AO LANÇAMENTO

SÚMULA 584 STF

Fato gerador instantâneo: a cada ocorrência do FG nasce a obrigação tributária.

Fato gerador continuado: situações que perduram no tempo.

Fato gerador complexo: fatos sucessivos que ao final de determinado período de tempo, são
integrados.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

IV - Utilizar tributo com efeito de confisco;

O poder de tributar conferido pela Constituição aos entes políticos deve ser exercido de forma
razoável e moderada sem que a tributação tenha por efeito impedir o exercício de atividades
lícitas, dificultar o suprimento de suas necessidades vitais básicas ou comprometer seu direito
a uma existência digna bem como o direito de propriedade. (Princípio da razoabilidade ou
proporcionalidade da carga tributária).

Segundo o STF, os parâmetros para se verificar o confisco são: a) identificação do efeito


confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, ou seja, não se deve
analisar o tributo individualmente; b) Configura-se o caráter confiscatório de determinado
tributo, sempre que o efeito cumulativo — resultante das múltiplas incidências tributárias
estabelecidas pela mesma entidade estatal afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o
patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte.

Apesar de o texto literal do art. 150, IV constitucional anunciar o não-confisco como princípio a
ser aplicado aos tributos, a restrição para parte da doutrina também é aplicável às multas
tributárias. (STF - 100%).

Não há que se confundir possibilidade de aplicação de pena de perdimento com tributo


confiscatório. O tributo não é sanção por ato ilícito (CTN, art. 3º). A pena de perdimento tem
como a própria designação demonstra, caráter punitivo. (art. 5º, XLVI, b).

Para o STF, no caso das taxas se caracteriza o confisco quando se o valor da taxa ultrapassar o
custo do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte, dando causa, assim, a uma
situação de onerosidade excessiva, que descaracterize essa relação de equivalência entre os
fatores referidos (o custo real do serviço, de um lado, e o valor exigido do contribuinte, de
outro).

Existem casos em que a CF admite a tributação exacerbada com finalidade extrafiscal e


seletiva. Exemplos: IPI, ITR (artigo 150, § 4º Inciso I da CF) e o IPTU. (artigo 182 § 4º inciso II da
CF). Crítica na Doutrina. Sanção.

Perspectiva Estática: (Direito à propriedade).

Perspectiva Dinâmica: (Circulação de produtos/mercadorias, doação, transferência, ingresso,


transmissão de bens).

PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:

V - Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais


ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público;

Princípio da liberdade de tráfego. Aplicável aos entes federados.


Objetivo do legislador constituinte foi evitar que os entes políticos criassem tributos incidentes
sobre a passagem de pessoas e bens nos seus territórios, salvo as exceções previstas no texto
constitucional. A hipótese de incidência não pode ser a transposição da divisa.

ADI 800: O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder
Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de
1988, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua
instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita.

PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou
a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a
promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do
País;

Exceção. Artigo 3º da CF. A concessão dos incentivos fiscais reside em um juízo de


conveniência e oportunidade de que gozam as autoridades fiscais na implementação de suas
políticas fiscais e econômicas e a análise do seu mérito escapa ao Poder Judiciário.

PRINCÍPIO DA ISÔNOMICA TRIBUTAÇÃO DA RENDA NOS TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA E NOS


VENCIMENTOS DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Art. 151. É vedado à União: II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;

PROIBIÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

Art. 151. É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios.

As isenções devem ser concedidas pelo poder legislativo do ente político com a competência
de tributar, SALVO SE A CF PERMITIR DE FORMA DIVERSA. (Artigo 156 3º II da CF – Isenção
de ISS serviços destinados ao exterior, conforme Lei Complementar).

Segundo o STF a União nos tratados internacionais pode conceder isenções de quaisquer
tributos. (RE 229.096/RS).

O CTN no artigo 152 I “b” prevê caso de moratória heterônoma.

PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO BASEADA NA PROCEDÊNCIA OU DESTINO

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou
destino.

Os entes políticos não podem criar preferências entre si.

A procedência e o destino de bens e serviços não poderão servir para a manipulação de


alíquotas e da base de cálculo pelos legisladores dos Estados, Municípios e do DF

Você também pode gostar