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APET
• Impostos
• Taxas
• Contribuições de melhoria
• Empréstimos compulsórios
• Contribuições especiais (sociais, interventivas,
corporativas e custeio de iluminação pública)
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
“Competência tributária é a possibilidade de criar, in abstracto, tributos, descrevendo,
legislativamente, suas hipóteses de incidência, seus sujeitos ativos, seus sujeitos
passivos, suas bases de cálculo e suas alíquotas”.
I. indelegável
II. incaducável
III. inalterável
IV. irrenunciável
V. facultativa
VI. privativa
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE
TRIBUTAR
CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos E,
stados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
“Imunidade é qualidade da situação que não pode ser atingida pelo tributo, em razão de norma
constitucional que, à vista de alguma especificidade pessoal ou material dessa situação, deixou-
a fora do campo sobre que é autorizada a instituição do tributo.”
Norma jurídica de estrutura criada no plano constitucional que, ao discorrer sobre matéria
tributária, delimita a competência dos entes tributantes. Tem como escopo impedir a criação de
uma regra-matriz de incidência em relação a casos certos e determinados.
NÃO INCIDÊNCIA - São fatos ou matérias cujo acontecimento são estranhos, insuficientes ou
para realização da hipótese de incidência da regra jurídica tributária. NÃO HÁ SUBSUNÇÃO DE
FATO A NORMA.
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
1. adequado
2. tratamento tributário
3. ato cooperativo
4. praticado pelas sociedades cooperativas
Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
significa respeitar suas peculiares, tal como
disciplinado pela Lei 5.764/71, permitindo ou não
sua tributação conforme o caso.
“Art. 146. Cabe à lei complementar, III – estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre:
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas. (...) ”
esse
“Inexiste, no caso, ofensa ao artigo 146, III, ‘c’, da Constituição, porquanto
dispositivo constitucional não concedeu às cooperativas
imunidade tributária, razão por que, enquanto não for promulgada a lei
complementar a que ele alude, não se pode pretender que, com base na legislação
local mencionada no aresto recorrido, não possa o Estado-membro, que tem
competência concorrente em se tratando de direito tributário (artigo 24, I e § 3º, da
Carta Magna), dar às Cooperativas o tratamento que julgar adequado, até porque
tratamento adequado não significa necessariamente
tratamento privilegiado.”
(RE 141.800, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 30.10.97).
STF – tratamento tributário do ato cooperativo
#não se trata de IMUNIDADE/ISENÇÃO#
Art. 28. Destinação aos Fundos RESERVA e FATES, além de outros criados em AG.
Art. 29. O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados
pela sociedade, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições
estabelecidas no estatuto, ressalvado o disposto no artigo 4º, item I, desta Lei.
“Art. 85. As cooperativas agropecuárias e de pesca poderão adquirir produtos de não associados,
agricultores, pecuaristas ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento de
contratos ou suprir capacidade ociosa de instalações industriais das cooperativas que as possuem.”
“Art. 86. As cooperativas poderão oferecer bens e serviços a não associados, desde que tal
faculdade atenda aos objetivos sociais e estejam de conformidade com a presente lei.”
“Art. 87. Os resultados das operações das cooperativas com não associados, mencionados nos
artigos 85 e 86, serão levados à conta do "Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social" e
serão contabilizados em separado, de molde a permitir cálculo para incidência de
tributos.”
“Art. 88. Poderão as cooperativas participar de sociedades não cooperativas para melhor
atendimento dos próprios objetivos e de outros de caráter acessórios ou complementar.
“Art. 111. Serão considerados como renda tributável os resultados positivos obtidos pelas
cooperativas naz operações de que tratam os artigos 85, 86 e 88 da Lei.”
Lei Federal 5.764/71
“Art. 90. Qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados.”
“Os valores que ingressam na cooperativa, como os que provêm da venda de produção
dos cooperados, são valores que a estes (cooperados) pertencem, uma vez que a
sociedade, na função de mandatária, não tem disponibilidade, como renda, dos valores
que temporariamente detém. Ainda que se tolerasse um método de contabilização em que
tais ingressos fossem registrados como receitas próprias, teriam que ter como
contrapartidas outra conta de resultados, de idêntico valor, como obrigação para com
associados.
Ato-fim e ato-meio
Ato interno e ato externo
Ato próprio e ato impróprio
Ato principal e ato auxiliar
Ato típico e ato atípico
RE 598.085
“...
2. O art. 146, III, c, da CF/88, não confere imunidade tributária, não
outorga, por si só, direito subjetivo a isenções tributárias relativamente
aos atos cooperativos, nem estabelece hipótese de não incidência de
tributos, mas sim pressupõe a possibilidade de tributação do ato
cooperativo, dispondo que lei complementar estabelecerá a forma
adequada para tanto.
3. O tratamento tributário adequado ao ato cooperativo é uma questão
política, devendo ser resolvido na esfera adequada e competente, ou
seja, no Congresso Nacional.
...”
Posição do STF no RE 599.362 (tema 323)
Ementa RE
“...
3. Até que sobrevenha a lei complementar que definirá esse adequado tratamento, a
legislação ordinária relativa a cada espécie tributária deve, com relação a ele,
garantir a neutralidade e a transparência, evitando tratamento gravoso ou
prejudicial ao ato cooperativo e respeitando, ademais, as peculiaridades das
cooperativas com relação às demais sociedades de pessoas e de capitais.
4. A Lei nº 5.764/71 foi recepcionada pela Constituição de 1988 com natureza
de lei ordinária e o seu art. 79 apenas define o que é ato cooperativo, sem nada
referir quanto ao regime de tributação. Se essa definição repercutirá ou não na
materialidade de cada espécie tributária, só a análise da subsunção do fato na
norma de incidência específica, em cada caso concreto, dirá.
Posição do STF no RE 599.362 (tema 323)
“…
5. Na hipótese dos autos, a cooperativa de trabalho, na operação com terceiros –
contratação de serviços ou vendas de produtos - não surge como mera
intermediária de trabalhadores autônomos, mas, sim, como entidade autônoma,
com personalidade jurídica própria, distinta da dos trabalhadores associados.
6. Cooperativa é pessoa jurídica que, nas suas relações com terceiros, tem
faturamento, constituindo seus resultados positivos receita tributável.
…
9. É possível, senão necessário, estabelecerem-se diferenciações entre as
cooperativas, de acordo com as características de cada segmento do
cooperativismo e com a maior ou a menor necessidade de fomento dessa ou daquela
atividade econômica. O que não se admite são as diferenciações arbitrárias, o que
não ocorreu no caso concreto.
Posição do STF no RE 599.362 (tema 323)
“…
5. Como, nos autos do RE nº 672.215/CE, Rel. Min. Roberto Barroso, o
tema do adequado tratamento tributário do ato cooperativo será
retomado, a fim de se dirimir controvérsia acerca da cobrança de
contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, incidentes, também,
sobre outras materialidades, como o lucro, tendo como foco os conceitos
constitucionais de “ato cooperativo”, “receita de atividade
cooperativa” e “cooperado” e, ainda, a distinção entre “ato cooperado
típico” e “ato cooperado atípico.”
“O que se dever ter em mente é que os atos cooperativos típicos não são intuitu personae; não é
porque a cooperativa está no polo da relação que os torna atos típicos, mas sim porque o ato que
realiza, estão relacionados com a consecução dos seus objetivos sociais institucionais.”
...
“Quando se está diante de uma cooperativa de trabalho, o tipo de serviço prestado precisa ficar bem
evidenciado. Isso se vê claramente nas chamadas cooperativas de prestação de serviços profissionais,
as quais respondem pela captação e pela contratação impessoal dos serviços, para ulterior
distribuição entre os cooperados, que os executarão de forma individual e autônoma, de modo a
garantir oportunidade de trabalho e remunerabilidade a todos, como leciona o Professor HELENO
TAVEIRA TORRES (Regime Constitucional do Cooperativismo e a Exigência de Contribuições
Previdenciárias sobre as Cooperativas de Trabalho. RDIT, 1/101, jun/04). 9. Na operação com
terceiros – contratação de serviços ou vendas de produtos – a cooperativa não surge como mera
intermediária de trabalhadores autônomos, mas, sim, como entidade autônoma, com personalidade
jurídica própria, distinta da dos trabalhadores que se associaram.”
2. O estatuto social de uma cooperativa pressupõe o preenchimento de uma série de requisitos legais,
entre os quais o dever de delimitar a área de atuação e o objeto da sociedade. Ressalta-se, ainda, que
o referido documento deve ser submetido à aprovação do órgão competente, no caso, da Junta
Comercial do Estado de Minas Gerais.
3. Desse modo, a suposta previsão, no estatuto, de relações com terceiros não-cooperados que não
ensejam a incidência do ISS, deve ser objeto de análise, caso a caso.
Obs. –a redação precisa ser clara e precisa, não deixando dúvidas sobre o propósito da
cooperativa no interesse de seus cooperados.
Sistemas de tributação
PESSOA JURÍDICA
Regimes - LUCRO REAL, PRESUMIDO OU ARBITRADO (exceto Coop Créditos - REAL)
COOPERATIVAS DE CONSUMO – possibilidade de opção pelo SIMPLES (LC 123/06, art. 3º, §4º, VI)
Lei 9. 532/97
Art. 69. As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e fornecimento de bens
aos consumidores, sujeitam-se às mesmas normas de incidência dos impostos e contribuições de
competência da União, aplicáveis às demais pessoas jurídicas
Art. 194. As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto em legislação específica pagarão o imposto sobre a renda
calculado sobre os resultados positivos das operações e das atividades estranhas à sua finalidade, tais como (Lei
nº 5.764, de 1971, art. 85 ao art. 88 e art. 111; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º e art. 2º ):
I - de comercialização ou de industrialização, pelas cooperativas agropecuárias ou de pesca, de produtos adquiridos de não
associados, agricultores, pecuaristas ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou
para suprir capacidade ociosa de suas instalações industriais;
II - de fornecimento de bens ou serviços a não associados, para atender aos objetivos sociais; ou
III - de participação em sociedades não cooperativas, para atendimento aos próprios objetivos e de outros, de caráter
acessório ou complementar.
IRPJ e Cooperativas
Artigos 247 e 299 do RIR – dedução de despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou
operações exigidas pela atividade. RESULTADOS DOS ATOS NÃO COOPERATIVOS.
PIS
Art. 239, Art. 195, I “b” e § 12 da CF, LCs 7/70 e 8/70, Leis 9.715/95,
9.718/98, 10.637/03 e posteriores alterações
CONTRIBUINTES
Pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas pela
legislação do Imposto de Renda
REGIMES VIGENTES
§ 1o Para os fins do disposto no inciso II, a exclusão alcançará somente as receitas decorrentes da venda de
bens e mercadorias vinculados diretamente à atividade econômica desenvolvida pelo associado e que seja objeto
da cooperativa.
§ 2o Relativamente às operações referidas nos incisos I a V do caput:
I - a contribuição para o PIS/PASEP será determinada, também, de conformidade com o disposto no art. 13;
PIS FOLHA
II - serão contabilizadas destacadamente, pela cooperativa, e comprovadas mediante documentação hábil e
idônea, com a identificação do associado, do valor da operação, da espécie do bem ou mercadorias e
quantidades vendidas.
EXCLUSÃO DE SOBRAS, FUNDO DE RESERVA e FATES
Art. 1º As sociedades cooperativas também poderão excluir da base de cálculo da contribuição para o
PIS/PASEP e da COFINS, sem prejuízo do disposto no art. 15 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24
de agosto de 2001, as sobras apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício, antes da
destinação para a constituição do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência Técnica, Educacional
e Social, previstos no art. 28 da Lei no 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
§ 1o As sobras líquidas da destinação para constituição dos Fundos referidos no caput somente serão
computadas na receita bruta da atividade rural do cooperado quando a este creditadas, distribuídas
ou capitalizadas pela sociedade cooperativa de produção agropecuárias.
§ 2o Quanto às demais sociedades cooperativas, a exclusão de que trata o caput ficará limitada aos
valores destinados a formação dos Fundos nele previstos.
Créditos Presumidos
Cooperativas de produção agropecuária
• Arts 8º, 9º e 15 da Lei nº 10.925/04 – produtos de origem animal ou vegetal
destinados a alimentação humana;
• Arts. 33 e 34 da Lei nº 12.058/2009 – exportação;
• Art. 55 e 56 da Lei nº 12.350/2010 – exportação ;
• Lei n. 12.546/2011 (Reintegra);
• Lei n. 12.599/2012 (AFRMM);
• Lei n. 12.794/2013;
• Lei n. 12.839/2013 (cesta básica).
PIS FOLHA DE SALÁRIOS
Lei 9.876/99 - art. 22, IV, da lei 8.212/91 – contribuição de 15% - INCONSTITUCIONALIDADE
DECLARADA PELO STF - RE nº 595.838.
ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO No - 5, DE 25 DE MAIO DE 2015
• Item da Lista: 4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços
de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador
do plano mediante indicação do beneficiário.
• STF – INCIDÊNCIA - repercussão geral tema 581 – RE 651.703/PR (Min. Luiz Fux) –
ajustes na BC.
STJ
“a receita auferida sobre a diferença entre o valor recebido pelo contratante e o
que é repassado para os terceiros efetivamente prestadores dos serviços”
1ª TURMA, AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.288.850 – ES
2ª TURMA, RECURSO ESPECIAL Nº 1.137.234 - RS
ICMS
• Art. 155, II, da CF, e LC 87/96
IPI
• Art. 153, IV, da CF, E Dec. 7.212/10
Decisão do Tribunal:
“5. Não pode incidir o ICMS na circulação de mercadorias entre as
cooperativas ou entre a cooperativa e seus cooperados, desde que a
operação esteja ligada diretamente ao seu objetivo social e que esteja
ausente a intenção de lucros.”
ICMS e IPI
Regime da não-cumulatividade
Arts. 153, §3º, II e 155, §2º, I:
“Será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado nas anteriores.”
MUITO OBRIGADO!
rodrigo.forcenette@brasilsalomao.com.br
@rodrigoforcenette
Rodrigo Forcenette
www.brasilsalomao.com.br