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Unidade I

DIREITO TRIBUTÁRIO

Prof. Luiz Rezende


Objetivos da disciplina

 Promover uma visão de conceitos básicos


do direito tributário.
 Identificar oportunidades com o conhecimento do
ordenamento jurídico e do Sistema Tributário Nacional.
 Capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas.
Sistema jurídico tributário

No que consiste o sistema jurídico tributário?


 O sistema jurídico tributário consiste no conjunto de normas
hierarquizadas, formado por princípios e regras que
têm por fim cuidar direta e indiretamente da instituição,
arrecadação e fiscalização de tributos.
 Características: rígido, uno e complexo.
Finalidade do Estado

Nação politicamente organizada e articulada sobre quatro


elementos essenciais:
 povo;
 território;
 soberania;
 finalidade.

A razão de ser do Estado é promover o bem comum: sociedade


justa, erradicar pobreza, garantir desenvolvimento, prestar
serviços de saúde, educação, segurança, dentre outros.
Finalidade do Estado

Para implementar sua finalidade de promover o bem comum,


o Estado precisa de recursos, de receita pública que pode ser
classificada em:
 receita pública originária: aquela decorrente da exploração
do patrimônio do Estado;
 receita pública derivada: cuja origem é o patrimônio do
particular, do cidadão, decorrente da exigência de tributos.
Direito financeiro e tributário

 O direito financeiro consiste no conjunto de princípios


e normas que rege a arrecadação, a gestão patrimonial
e os dispêndios efetuados pelo Estado no desempenho
de suas funções.
 O direito tributário estuda as relações jurídicas entre o Estado
(fisco) e os particulares (contribuintes) no que concerne ao
âmbito da instituição, arrecadação, fiscalização e extinção
do tributo.
Natureza jurídica do direito tributário

 É um ramo do direito público: regula as relações do Estado


com particulares.
 As obrigações tributárias, portanto, decorrem de previsão
legal, e não da vontade do particular.
 Há subordinação do particular ao que está previsto
na lei tributária.
Direitos que se relacionam com o tributário

 Direito constitucional.
 Direito civil: fornece normas que auxiliam no entendimento
do direito tributário.
 Direito judiciário ou processual: na presença de litígios
de direito tributário na justiça.
 Direito penal.
Fontes do direito tributário

 Fontes materiais: exprimem situações ou fatos tributários que


inspiram o legislador a regulamentar, por exemplo:
a renda, a transmissão da propriedade, os serviços etc.
 Fontes formais: são as regras ou normas jurídicas, as quais
são dotadas de forma legislativa, podendo estas ser primárias
ou secundárias.
Fontes formais primárias

1. Constituição Federal: é a maior fonte formal do direito


tributário; dedica a este ramo:
a) os princípios gerais;
b) os princípios específicos que limitam o poder de tributar;
c) as competências tributárias;
d) a repartição das receitas tributárias.

2. Emendas constitucionais.
Fontes formais primárias

3. Lei complementar: integra a eficácia da norma


constitucional.
Art. 146 da CF: cabe à lei complementar: dispor sobre
conflitos de competências em matéria tributária, entre a
União, os Estados, o DF e os Municípios; regular as limitações
constitucionais ao poder de tributar; estabelecer normas gerais
em matéria de legislação tributária [...]” (CTN).
 Impostos residuais; empréstimos compulsórios, IGF.
 Quórum de aprovação (art. 69 CF).
Fontes formais primárias

4. Lei ordinária: a lei ordinária é elaborada pelos poderes


legislativos das unidades políticas (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) de conformidade com a competência
material outorgada pelo constituinte.
 Quórum de aprovação (art. 47 CF).
5. Decreto legislativo
 Os tratados, convenções e atos internacionais.
 Congresso Nacional: dispõe sobre os efeitos da
medida provisória rejeitada, quando de sua vigência
temporária.
Fontes formais primárias

6. Medida Provisória: art. 62, da CF: em caso de relevância e


urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional.
 § 2º: medida provisória que implique instituição ou majoração
de impostos, exceto II, IE, IPI, IOF, impostos extraordinários
por motivo de guerra – só produzirá efeitos no exercício
financeiro seguinte, isto se houver sido convertida em lei
até o último dia do ano em que foi editada.
Fontes formais primárias

7. Resoluções do Senado
 Alíquotas mínimas e máximas de determinados impostos.
 Alíquotas interestaduais do ICMS e de exportação de
mercadorias para o exterior.
Fontes formais secundárias

 Decretos e regulamentos – expedidos pelo chefe do Executivo


(presidente, governador e prefeito);
 Instruções ministeriais: art. 87, II, CF.
 Circulares, ordens de serviço e outros – são emitidos pelos
chefes de departamentos; mesma finalidade.
 Normas complementares – art. 100, CTN – são aquelas, por
exemplo, expedidas pelos departamentos administrativos
dos poderes públicos. Têm por finalidade estabelecer
entendimentos ou procedimentos acerca de matéria tributária.
Interatividade

Dentre as fontes citadas abaixo, qual delas não cria obrigações


aos contribuintes?
a) Lei ordinária.
b) Lei complementar.
c) Medida provisória.
d) Emenda constitucional.
e) Fontes materiais.
Resposta

Dentre as fontes citadas abaixo, qual delas não cria obrigações


aos contribuintes?
a) Lei ordinária.
b) Lei complementar.
c) Medida provisória.
d) Emenda constitucional.
e) Fontes materiais.
Vigência, eficácia e aplicação da legislação tributária

 Vigência: data a existência da lei tributária e o momento a


partir do qual passará a produzir efeitos.
 Eficácia da lei: é a capacidade de irradiar efeitos jurídicos nos
casos práticos.
 Aplicação da lei: passa a irradiar seus efeitos jurídicos em
virtude da superveniência de um fato tributário, gerador da
obrigação principal ou acessória.
Vigência das normas quanto ao tempo

A partir de quando a lei entra em vigor?

a) A própria lei pode apontar a data em que entra em vigor.


b) A lei pode determinar que entra em vigor a partir da
publicação.
c) Se nada falar, entende-se que entra em vigor 45 dias após
sua publicação – Vacatio legis (art.1º da LINDB).
Vigência das normas quanto ao espaço

Onde a lei tributaria será aplicada?


 Território nacional, sejam brasileiros ou estrangeiros.
 Território de Estados e Municípios conforme a competência
constitucional.
Princípios tributários

a) Capacidade econômica: art. 145, § 1º, CF:


Art. 145, § 1º: “sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte [...]”.
 Impostos, taxas etc.
 Impostos reais X pessoais.
Princípios tributários

b) Princípio da legalidade tributária – art. 150, I, CF.


 Art. 150, CF: sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios:
I. exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça.
 Exceção: alíquotas dos impostos de caráter extrafiscal
(decreto).
 Exceção: MP – urgência.
Princípios tributários

c) Princípio da isonomia ou igualdade tributária – art. 150, II, CF.


É vedado:
II. instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
encontrem em situações equivalentes, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função [...].
Princípios tributários

d) Princípio da irretroatividade – art. 150, III-a;


CF – art. 105, CTN.
É vedado cobrar tributos:
 em relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência da
lei que os houver instituído ou majorado.
Exceções: art. 106, CTN – a lei retroagirá para fins de:
 interpretação;
 extinguir ou reduzir a penalidade de situações jurídicas
pendentes de decisão judicial definitiva.
Princípios tributários

e) Princípio da anterioridade genérica – art. 150, III-b.


III. É vedado cobrar tributos:
 no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou.
 Exceções: IPI, IOF, II, IE – art. 153, I, II, IV, V; impostos
extraordinários – art. 148, I e 154, II.
Princípios tributários

f) Anterioridade nonagesinal – art. 150, III-c.


 É vedado cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da
data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou, observado o disposto na alínea “b”.
 Exceção à anterioridade nonagesinal: todos os já citados,
excluindo o IPI e incluindo o IR e com relação à base de
cálculo do IPTU e do IPVA.
Princípios tributários

g) Princípio do não confisco – art. 150, IV, CF.


 É vedado utilizar tributo com efeito de confisco.
h) Princípio da não cumulatividade.
 Esse princípio é aplicado ao IPI – art. 153, § 3º, II; ao ICMS –
art. 155, § 2º, I; e também à COFINS – art. 195, § 12º, CF.
 Deve-se compensar o que for devido em cada operação com o
que foi pago nas etapas anteriores da produção.
Princípios tributários

i) Uniformidade geográfica – art. 151, I, CF.


É vedado à União:
I. instituir tributo que não seja uniforme em todo território
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação
a Estado, ao DF ou ao Município, em detrimento de outro,
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a
promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico
entre as diferentes regiões do país.
Competência tributária

 Competência tributária: faculdade de criar tributos.


CF
 O ente federativo poderá criar o tributo por meio de um
instrumento legislativo próprio, descrevendo todos os
elementos necessários para seu cálculo, sua cobrança,
fiscalização, ou seja, determinando o sujeito passivo
e ativo da relação, sua base de cálculo e sua alíquota.
Critérios para a partilha das competências

 Quando há prestação estatal.


Quando não há prestação estatal
 As competências poderão ser:
a) privativas;
a) comuns: taxas e contribuições de melhoria;
b) residual – União – impostos não previstos;
c) extraordinária da União.
* Diferença entre competência e capacidade tributária.
Cabe à União:

Art. 153, CF:


 II;
 IE;
 IR;
 IPI;
 IOF;
 ITR;
 IGF;
 empréstimos compulsórios;
 contribuições especiais.
Cabe aos Estados/DF:

Art. 155, CF:


 ITCMD;
 ICMS;
 IPVA.
Cabe aos Municípios/DF:

Art. 156, CF:


 IPTU;
 ITBI;
 ISS.
Interatividade

O que significa o princípio da anterioridade genérica?


a) Significa que não haverá bitributação com relação a alguns
produtos selecionados.
b) Significa que haverá bitributação com relação
a alguns produtos selecionados.
c) Significa que a alíquota poderá variar de acordo
com o produto.
d) Significa que todos os agentes da obrigação tributária
devem ser selecionados pela lei para agirem.
e) Significa que uma lei publicada somente terá eficácia
no próximo exercício financeiro.
Resposta

O que significa o princípio da anterioridade genérica?


a) Significa que não haverá bitributação com relação a alguns
produtos selecionados.
b) Significa que haverá bitributação com relação
a alguns produtos selecionados.
c) Significa que a alíquota poderá variar de acordo
com o produto.
d) Significa que todos os agentes da obrigação tributária
devem ser selecionados pela lei para agirem.
e) Significa que uma lei publicada somente terá eficácia
no próximo exercício financeiro.
Tributo

 Art. 3º, CTN: toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
Prestação:
 pecuniária;
 compulsória;
 que não constitua sanção de ato ilícito;
 instituída por lei;
 cobrada mediante atividade plenamente vinculada.
Classificação

a) Quanto à competência impositiva:


 federais;
 estaduais;
 municipais;
 distritais.
b) Quanto à vinculação da atividade do Estado:
 vinculados;
 não vinculados.
c) Quanto à função:
 fiscais;
 extrafiscais;
 parafiscais.
Impostos: são tributos cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de atividade
estatal relativa ao contribuinte

Classificados:
 impostos diretos e indiretos;
 impostos reais – IPVA, IPTU;
 impostos pessoais – IRPF;
 impostos cumulativos – IOF, ITBI;
 impostos não cumulativos – ICMS;
 impostos proporcionais – alíquota única;
 impostos progressivos – IRPF, IPTU.
Taxas

 Definição: as taxas cobradas pela União, Estados, DF e


Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia
ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Fato gerador:
 exercício do poder de polícia;
 utilização, efetiva ou potencial, de serviço público, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Taxas

Taxa de polícia
Atividade da administração que limita ou disciplina as
atividades dos particulares em razão do interesse público.
 Preventivas – ex.: alvarás.
 Fiscalizadoras – ex.: inspeções.
 Repressivas – ex.: multas.
Taxas de serviço
 Compulsória – ex.: taxa de lixo.
 Base de cálculo: custo do serviço.
Contribuição de melhoria

 Fato gerador: é instituída para fazer face ao custo de obra


pública de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e tendo como limite individual
o acréscimo de valor de que a obra resultar a cada imóvel
beneficiado.
 Obra pública.
 Valorização do imóvel.
Empréstimos compulsórios

 Art. 148, CF: a União, mediante lei complementar, poderá


instituir empréstimos compulsórios:
I. para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II. no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional.
 Competência.
 Vinculados.
Contribuições especiais

1. Contribuições de seguridade social


 Finalidade de financiar a seguridade social.
 Empregador: PIS/COFINS (fatura); CSLL (lucro); contribuição
sobre a folha (custo).
2. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE)
 Finalidade extrafiscal; vinculado.
3. Contribuições de interesse de categorias profissionais ou
econômicas
* Finalidade parafiscal: custear as organizações
profissionais.
Ex.: OAB, CREA, Sindipeças etc.
Obrigação tributária

 Conceito: é uma relação jurídica através da qual o Estado


poderá exigir do contribuinte a prestação pecuniária contida
na lei.
 O sujeito passivo, quando concretizar o fato gerador previsto
em lei, fica obrigado a cumprir a prestação tributária.
Espécies:

a) Obrigação principal – surge com a ocorrência do fato gerador.


 Objeto: pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
* Obrigação de dar de natureza patrimonial.
b) Obrigação acessória: objeto obrigação de fazer ou não fazer;
estas facilitam a fiscalização do fisco.
 Art. 113, § 3º, CTN – o descumprimento da obrigação acessória
converte-a em principal relativa à penalidade pecuniária.
Fato gerador

 São situações definidas em lei como necessárias e suficientes


à sua ocorrência.
 A obrigação tributária nasce com a ocorrência deste.
 Diferenciar hipótese de incidência e fato gerador
(fato gerador in abstrato/concreto).
Elementos da obrigação tributária

 Sujeito passivo: é a pessoa obrigada ao pagamento do tributo


ou penalidade pecuniária. Pode ser:
a) contribuinte: aquele que efetivamente realizou o fato gerador;
b) responsável: não realizou a ação, mas está ligado com esta de
forma indireta e é nomeado por lei a fazer o recolhimento do
tributo aos cofres públicos.
 Exemplo: empregador – INSS, IR.
Elementos da obrigação tributária

 Sujeito ativo – pessoa jurídica de direito público que recebeu


competência tributária da CF para instituir tributos.
 Base de cálculo – realidade quantificável sobre a qual incidirá
a alíquota.
 Alíquotas – percentuais.
Interatividade

São tributos, exceto:


a) imposto.
b) taxas.
c) pedágios.
d) contribuição de melhoria.
e) contribuições sociais.
Resposta

São tributos, exceto:


a) imposto.
b) taxas.
c) pedágios.
d) contribuição de melhoria.
e) contribuições sociais.
Crédito tributário

 Definição: o crédito decorre da obrigação e tem a mesma


natureza desta. É a quantia líquida devida a título de tributo.
 Crédito: o crédito tributário somente passa a existir com
o lançamento, que consiste em um ato feito pela
Administração Pública.
 O crédito tributário é a materialização pecuniária da obrigação
tributária.
Lançamento

 Consiste num procedimento administrativo da Administração


Pública. Por meio dele irá se verificar a ocorrência do fato
gerador, identificar o sujeito passivo, apontar o crédito
tributário e, quando necessário, aplicar a penalidade cabível.
 Notificação.
Espécies de lançamento

Modalidades
a) Lançamento Ex officio ou direto: neste, o fisco já possui
todas as informações necessárias para constituir o crédito
(IPTU).
b) Lançamento por declaração (misto): o sujeito passivo presta
informações e depois o fisco faz o lançamento (II após o
passageiro ter declarado os bens que trouxe).
Espécies de lançamento

c) Lançamento por homologação: o sujeito passivo presta as


informações e apura o valor do tributo devido, inclusive
fazendo o pagamento. Posteriormente, a Fazenda faz a
verificação do procedimento realizado pelo contribuinte
e esta poderá homologar ou fazer lançamento do crédito
faltante (IR, ISS, ICMS).
Suspensão do crédito tributário

 Constituído o crédito e notificado o contribuinte para pagar,


o tributo está pronto para ser exigido. Porém, a lei prevê
algumas causas que podem suspender a exigibilidade deste.
São elas:
Situações
a) Moratória – é a prorrogação do prazo ou outorga de novo
prazo para o cumprimento da obrigação.
 Geral ou de caráter individual.
Suspensão do crédito tributário

b) Depósito integral do valor do tributo: caso de discussão


administrativa ou judicial.
c) Apresentação de recursos administrativos.
d) Concessão de liminar em ações judiciais ou mandado de
segurança: o contribuinte entra com ação própria para
discutir a cobrança de determinado tributo, podendo
conseguir uma liminar para suspender a exigibilidade
do crédito tributário.
e) Parcelamento.
Extinção do crédito tributário

 É o final da relação entre fisco e contribuinte. Gera certidão


negativa de créditos fiscais.
Espécies
a) Pagamento
 Modo do pagamento: em moeda corrente ou equivalentes cujo
valor nela possa se exprimir.
Consignação em pagamento nos seguintes casos:

 Recusa do recebimento ou subordinação deste ao pagamento


de outro tributo ou penalidade, ou ao cumprimento de
obrigação acessória (art. 164, I do CTN).
* Subordinação do recebimento ao cumprimento de
exigências administrativas sem fundamento legal
(art. 164, II do CTN).
* Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito
público de tributo idêntico sobre mesmo fato gerador
(art. 164, III do CTN).
Remissão

 É uma medida de política fiscal semelhante à moratória,


que confere o perdão ao débito tributário por meio de lei.
 A remissão se dará por meio de despacho fundamentado
de autoridade administrativa competente, de acordo
com a situação exposta na lei.
Compensação

 É o encontro de contas do fisco e do contribuinte quando


forem credor e devedor um do outro.
Requisitos:
a) a lei autorizadora tem de ser específica e da pessoa política
tributante;
b) as partes devem ser as mesmas e seus créditos devem ser
líquidos e certos.
Transação

 É um acordo celebrado, com base em lei, entre o fisco e o


contribuinte pelo qual as partes, mediante concessões
recíprocas, põem fim a um litígio judicial.
 A lei indicará a autoridade competente para autorizar a
transação em cada caso.
Decadência do direito de lançar
tributos: se dá em cinco anos

 A decadência ocorre quando o fisco não apura, por intermédio


do lançamento, depois de nascida a obrigação, o crédito
tributário. Assim, dito de forma simples e direta, decadência
é o prazo para o fisco lançar, apurar ou determinar o crédito
tributário.
Prescrição

 A prescrição da ação de cobrança do crédito tributário


devidamente formalizado pelo lançamento prescreve em
cinco anos contados da data da sua constituição definitiva
(da mora do contribuinte, isto é, 30 dias após a notificação
do lançamento).
Exclusão do crédito tributário: são situações em que
não se permite a constituição do crédito tributário

1. Isenção: a dispensa, por expressa disposição legal, do


tributo devido, pressupondo a ocorrência do fato gerador e o
nascimento da obrigação tributária.
 A isenção pode ser concedida em caráter geral ou em
cada caso, por despacho da autoridade administrativa,
em requerimento com o qual o interessado faça prova do
preenchimento das condições e do cumprimento dos
requisitos previstos em lei ou contrato para concessão.
 Diferença: imunidade e isenção.
2. Anistia: é a exclusão do crédito tributário relativo a
penalidades pecuniárias.
 Pela anistia, o legislador extingue a punibilidade do sujeito
passivo, infrator da legislação tributária, impedindo a
constituição do crédito tributário.
A anistia pode ser concedida:
a) em caráter geral;
b) limitadamente – despacho.
Interatividade

Em que consiste a remissão do crédito tributário?


a) Em extinção do CT pelo perdão do crédito tributário.
b) Em extinção do CT por meio do pagamento em dinheiro.
c) Em extinção do CT por meio da consignação em pagamento.
d) Em exclusão do CT pelo perdão do crédito tributário.
e) Em exclusão do CT por meio do pagamento em dinheiro.
Resposta

Em que consiste a remissão do crédito tributário?


a) Em extinção do CT pelo perdão do crédito tributário.
b) Em extinção do CT por meio do pagamento em dinheiro.
c) Em extinção do CT por meio da consignação em pagamento.
d) Em exclusão do CT pelo perdão do crédito tributário.
e) Em exclusão do CT por meio do pagamento em dinheiro.
ATÉ A PRÓXIMA!

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