Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PEMBROKE COLLINS
EDITORIAL BOARD
DIREITOS HUMANOS
JURIDICIDADE E EFETIVIDADE
HORIZONTES DO DIREITO
PÚBLICO
GRUP O M ULTIF O CO
Rio de Janeiro, 2019
PEMBROKE COLLINS
1191 E Newport Center Dr #103 - Deerfield Beach
FL 33442 - United States
info@pembrokecollins.com
www.pembrokecollins.com
No part of this book can be used or reproduced by any means without this Publisher's written permission.
FINANCING
This book was financed by the International Council for Higher Studies in Law (CAED-Jus), by the
International Council for Higher Studies in Education (CAEduca) and by Pembroke Collins.
All books are submitted to the peer view process in double blind format by the Publisher and, in the case
Collection, also by the Editors.
H811
398 p.
ISBN 979-8-88670-075-6
CDD 340
ARTIGOS 13
9
Jose Buzanello (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,
Brasil)
Klever Filpo (Universidade Católica de Petrópolis, Brasil)
Luciana Souza (Faculdade Milton Campos, Brasil)
Marcello Mello (Universidade Federal Fluminense, Brasil)
Maria do Carmo Rebouças dos Santos (Universidade Federal do Sul
da Bahia, Brasil)
Nikolas Rose (King’s College London, Reino Unido)
Oton Vasconcelos (Universidade de Pernambuco, Brasil)
Paula Arévalo Mutiz (Fundación Universitária Los Libertadores,
Colômbia)
Pedro Ivo Sousa (Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil)
Santiago Polop (Universidad Nacional de Río Cuarto, Argentina)
Siddharta Legale (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil)
Saul Tourinho Leal (Instituto Brasiliense de Direito Público, Brasil)
Sergio Salles (Universidade Católica de Petrópolis, Brasil)
Susanna Pozzolo (Università degli Studi di Brescia, Itália)
Thiago Pereira (Centro Universitário Lassale, Brasil)
Tiago Gagliano (Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Brasil)
Walkyria Chagas da Silva Santos (Universidade de Brasília, Brasil)
10
APRESENTAÇÃO — SOBRE O CAED-Jus
11
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
12
ARTIGOS
13
NORMAS TRIBUTÁRIAS
INDUTORAS E OS SEUS EFEITOS
COMPORTAMENTAIS NO DIREITO
TRIBUTÁRIO BRASILEIRO
Ketlin de Araújo Souza1
Gianfranco Faggin Mastro Andréa2
INTRODUÇÃO
15
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
16
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
17
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
18
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
2. ECONOMIA COMPORTAMENTAL
19
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
20
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
21
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
22
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
23
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
24
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
25
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
26
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
27
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
28
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
para novos benefícios fiscais concedidos por leis federais, como a Lei nº
13.707/2018.
Porém, ainda não há, hoje, mecanismos de controle consolidados
voltados à fiscalização dos benefícios fiscais concedidos pelo Poder Públi-
co, tampouco do cumprimento de seus objetivos para eventual e posterior
redesenho institucional de suas estruturas, ou mesmo de sua extinção,
verificado seu insucesso.
Como meio de compensar essa ausência de fiscalização, estão em tra-
mitação projetos de leis com intenção de criar mecanismos de controle
e eficiência da transparência dos benefícios fiscais em caráter nacional,
vinculando todos os entes federados, sendo eles o PL nº 561/2018 e o nº
41/2019, os quais intentam, então, a alteração da LRF para que nela conste
a instauração de critérios objetivos de implementação e acompanhamento
dos benefícios fiscais.
CONCLUSÃO
29
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
30
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
31
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
32
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
33
A (IM)POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO
DE CRITÉRIOS AMBIENTAIS NA
FASE DE HABILITAÇÃO NAS
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
BRASILEIRAS
Leonardo Carvalho Gusmão3
INTRODUÇÃO
34
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
35
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
36
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
1.2. FUNCIONALIDADES
37
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
38
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
Não se quer dizer, dessa forma, que seja preciso impor mudanças nos
valores, mas é inevitável perceber que as questões pertinentes ao meio am-
biente são urgentes e já estão inclusas nas rotinas empresariais. D’Oliveira
(2014, p. 114) enfatiza que o Poder Público tem a chance, com a aplicação
de contratações públicas ecológicas, de, diretamente, oferecer caminhos
para que as empresas se adaptem aos requisitos ambientais e de, indireta-
mente, levar o exemplo dado por uma empresa para as cadeias de produ-
ção e de consumo.
Assim, com vistas à proteção e ao equilíbrio ecológico do meio am-
biente, é prudente observar que a inclusão de critérios ambientais deve ser
efetuada nos termos da lei, além de ter relação com o objeto a ser licitado
e previsão em edital ou no caderno de encargos.
39
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
40
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
41
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
42
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
43
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
44
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
45
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
46
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÕES
47
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
48
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
49
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
50
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
51
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
52
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
(PPPS): UMA ANÁLISE DOS
PRINCIPAIS ELEMENTOS DOS
CONTRATOS DE CONCESSÃO DE
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Eduardo Lopes Machado4
INTRODUÇÃO
53
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
5 Art. 22, XXVII, da CRFB/88: “XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as em-
presas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;” (BRASIL,
1988).
54
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
6 Para Carvalho (2008, p. 806), “é no Reino Unido, portanto, onde se encontra o pioneirismo
na institucionalização jurídica dos arranjos na cooperação entre o setor público e privado
que culminaram no modelo de parcerias público-privadas já absorvido no ordenamento
jurídico brasileiro.”
7 Para Mello (2007, p. 753), “trata-se de instituto controvertido, forjado na Inglaterra, ao
tempo da sra. Thatcher, e acolhido entusiasticamente pelo Banco Mundial e pelo Fundo
Monetário Internacional no cardápio de recomendações aos subdesenvolvidos.”
55
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
56
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
2. MODALIDADES
57
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
58
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
59
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
60
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
61
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
62
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
6. CONTRAPRESTAÇÃO E GARANTIAS
6.1. CONTRAPRESTAÇÃO
63
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
6.3. GARANTIAS
64
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
p. 415). A lei das parcerias, em seu art. 8º, enumera cinco garantias que
poderão ser oferecidas pela Administração Pública, além de haver, ain-
da, a possibilidade de adoção de outros mecanismos admitidos em lei
(BRASIL, 2004).
A primeira dessas garantias é a vinculação de receitas, prevista no in-
ciso I do art. 8º. Esse inciso, no entanto, é causa de divergência doutriná-
ria: uma corrente entende que a vinculação de receitas não fere o preceito
constitucional (art. 167, IV, da Constituição Federal); outra entende que
o inciso em questão é indubitavelmente inconstitucional. Nesse ínterim,
Carvalho Filho (2009, p. 415) argumenta:
65
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
ou empresa estatal criada para essa finalidade (art. 8º, V); e outro mecanis-
mos admitidos em lei (art. 8º, VI) (BRASIL, 2004).
Vale destacar a opinião de Mello (2007, p. 767), que ressalta a incons-
titucionalidade das garantias previstas na lei das parcerias. Em relação aos
fundos (previstos no art. 8º, II, da Lei nº 11.079/2004) esse autor funda-
menta que:
66
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
67
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONSIDERAÇÕES FINAIS
68
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
69
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
70
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
71
A INCONSTITUCIONALIDADE DA
PRISÃO ESPECIAL PARA CIDADÃOS
QUE POSSUEM DIPLOMAS
UNIVERSITÁRIOS
Joseph Murta Chalhoub8
INTRODUÇÃO
72
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
das as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Assim, conceder um tratamento diferenciado a determinadas categorias
profissionais, ao que tudo indica, viola o princípio da igualdade e cria uma
situação oposta perante a lei.
Além disso, a prisão especial pode levar a uma situação de impunida-
de para aqueles que ocupam cargos públicos ou gozam de certa influência
na sociedade, uma vez que a alocação em locais mais dignos submete essa
minoria a condições mais favoráveis de cumprimento de pena, o que de-
veria ser um direito de todos os encarcerados.
Por essas razões, muitos especialistas argumentam que a medida é in-
constitucional e deve ser abolida, garantindo que todas as pessoas sejam
igualmente punidas perante a lei, principalmente diante de um mesmo
crime. Decerto que a decisão do STF é um passo dado rumo à isonomia,
no entanto, importa reconhecer que há ainda um longo caminho a ser
trilhado para que se chegue à tal igualdade.
O método de abordagem empregado foi o dedutivo, cujo desenvolvi-
mento se deu mediante revisão bibliográfica de livros, artigos e legislações
sobre o tema em análise. A revisão bibliográfica foi complementada por
uma pesquisa qualitativa documental realizada na jurisprudência perti-
nente à temática proposta.
73
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
se aplicam, nos ternos do § 1º do art. 283 “à infração a que não for isolada,
cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade”
(BRASIL, 1941).
Passa-se então à análise de como deve ocorrer o cumprimento da
pena de prisão, seja em condições especiais ou não.
74
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
75
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
76
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
77
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
pelo STF na ADI 1.127, a sala de Estado Maior pode ser perfeitamente
substituída: “tal como se dá em relação aos magistrados e membros do
MP, na hipótese de prisão provisória, por sala que assegure ao advogado
instalações condignas com seu grau”10. No entanto, não obstante a pre-
visão legal, a prisão especial sempre foi alvo de críticas no que concerne à
violação do princípio da igualdade.
Nesse sentido, no ano de 2015, o então procurador-geral da Repú-
blica (PGR) Rodrigo Janot propôs a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPF) n° 334, em oposição ao texto normati-
vo que criou a distinção em benefício dos cidadãos diplomados. Nessa
representação foi atacado diretamente o art. 295 do CPP, alegando ser
este dispositivo uma forma de “valorizar a clivagem sociocultural [...] e
de reafirmar a desigualdade, a falta de solidariedade e a discriminação que
caracterizam parte importante da estrutura social brasileira” (BRASIL,
2023). Essa ADPF foi julgada recentemente pelo STF (em 31 de março de
2023), conforme será visto a seguir.
10 BRASIL. Supremo Tribunal Federal – STF. Rcl 5.826 e Rcl 8.853 – Rel. Min. Dias Toffoli – j.
em 18.03.2015; no mesmo sentido: Rcl 16.011 e Rcl24.186 – esta última j. em 18.09.2016.
78
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
moral e psicológica seja preservada (desde que estas estejam em risco), não
havendo nenhuma justificativa plausível para beneficiar pessoas graduadas
em algum curso superior.
Em 2015, o então PGR Rodrigo Janot já havia alegado que o bene-
fício, previsto no CPP, “viola a conformação constitucional e os objeti-
vos fundamentais da República, o princípio da dignidade humana e o da
isonomia” (PORTELA; PORTELA, 2013). Para a Procuradoria Geral
da República, a prisão especial foi criada no ano de 1937, mais especifi-
camente no governo provisório de Getúlio Vargas, sendo, portanto, um
privilégio com origem em um contexto antidemocrático no qual era co-
mum a supressão de garantias fundamentais, o que maculava a igualdade
substancial entre os cidadãos.
Nesses termos, a ideia de prisão especial surgiu em uma época em
que poucas pessoas tinham acesso a formação superior no Brasil. Na
época de criação do CPP, a grande maioria das pessoas que tinha diplo-
mas de curso superior pertencia às classes abastadas da sociedade. Assim,
a previsão de um tratamento diferenciado a elas era entendida como uma
forma de preservar seu status e posição privilegiada na sociedade (D’AN-
GELO, 2023).
Com o tempo, a prisão especial ganhou a conotação de uma medida
discriminatória e elitista, tendo em vista que criava uma distinção entre
as pessoas que tinham ou não graduação em um curso superior, como
se elas fossem dignas de maior respeito que as demais. Portanto, pas-
sou a ser frequente o questionamento sobre o fato de se ter um diploma
ser suficiente para assegurar a uma pessoa um tratamento mais favorável
(MUNIZ, 2023).
Ademais, é fato que a aplicação da prisão especial, na prática, tam-
bém causava problemas. Isso porque as condições do sistema prisional
brasileiro são precárias e a previsão de prisão especial agravava ainda mais
essa precariedade, já que as celas especiais normalmente eram mais con-
fortáveis, gerando desigualdade e revolta entre demais presos. A medida
parecia reforçar o pensamento que predominou por muito tempo de que
algumas pessoas estão acima da lei e, portanto, merecem tratamento di-
ferenciado (D’ANGELO, 2023).
79
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
80
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÃO
81
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
82
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
83
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
84
A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA:
UMA BREVE ANÁLISE
Sabrina Durães Veloso Neto11
INTRODUÇÃO
85
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
86
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
87
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
88
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
89
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
90
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
91
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
92
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
93
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
94
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
95
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
96
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
97
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
98
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
99
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONSIDERAÇÕES FINAIS
100
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
101
ASPECTOS GERAIS DA
CONSTITUIÇÃO MEXICANA DE
1917: BASE DA CONSTRUÇÃO DO
CONSTITUCIONALISMO SOCIAL
LATINO-AMERICANO (ESTADO
SOCIAL)
Tiago Romano12
INTRODUÇÃO
102
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
103
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
104
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
105
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
4. CONCEITUAÇÃO DE CONSTITUCIONALISMO
SOCIAL
106
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
quando esta deveria ser mínima. Menciona-se que a burguesia, após sua
ascensão ao poder, buscou equiparar-se aos direitos e garantias que até
então somente a nobreza possuía e, o caminho a ser percorrido para isso
foi a busca por direitos políticos, através da postulação de normas e leis que
favoreciam sua classe em detrimento de outras camadas sociais.
As teorias contratualistas dos séculos XVII e XVIII deram azo à ideia
de direitos fundamentais garantidos aos cidadãos, como forma de enten-
der que eles necessitavam de maior tutela, defesa de seus direitos básicos
como vida, saúde, segurança etc. Assim, não cabia mais ao Estado tão so-
mente defender os interesses dos nobres e poderoso, pois as novas classes
sociais emergidas também necessitavam de sua atenção e proteção, inclu-
sive contra ele próprio, tampouco cabia disciplinar regras e obrigações ao
povo perante a ele, mas, sim, deveria garantir direitos ao cidadão contra
sua própria atuação como poder regulador. É nesse momento em que sur-
gem os direitos fundamentais de primeira dimensão.
Posteriormente, não se mostrava mais suficiente a mera criação de
direitos e garantias ao cidadão contra o Estado, de modo que a este cabia
movimentar-se, criando mecanismos de atuação prática, a fim de tutelar
os interesses do cidadão. Há, nesse aspecto, o que se chamou de direitos
de segunda dimensão, posto que não bastava uma ação negativa, de não
perseguir o cidadão, mas, sim, positiva, para efetivamente defendê-lo.
Na Inglaterra, no início do século XVIII, iniciou-se a industrializa-
ção. Com isso, houve aglomeração e criação das massas trabalhadoras a
fim de fomentar a expansão das indústrias, o que logo resultou e uma
mudança na relação de produção, que passou a ser industrial. Consequen-
temente, as indústrias começaram a reunir e a aglomerar trabalhadores,
de modo a modificar não apenas a produção de bens e serviços, como
também a forma como o trabalhador deveria ser tutelado.
Nesse momento, o constitucionalismo liberal já exercia certa influên-
cia e, aliado a esse pensamento, a Igreja Católica adotou uma ideia de
justiça social para garantir aos trabalhadores alguns direitos fundamentais
mínimos, que eram defendidos pelo Manifesto Comunista de 1948 e que
ganharam relevância após os efeitos da Primeira Guerra Mundial, impac-
tados pela ideologia defendida pela Revolução Russa de 1917.
107
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
108
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
109
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
110
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
111
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
112
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
113
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
114
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
115
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
116
A ECONOMIA COMPORTAMENTAL
NAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA
SUPERAR A CRISE DO ESTADO
NA ENTREGA DE SERVIÇOS E
RESULTADOS
Isabella Nunes Borges13
INTRODUÇÃO
117
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
118
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
119
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
120
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
121
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
122
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
123
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
1 24
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
125
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
126
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
127
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
128
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
129
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONCLUSÃO
130
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
131
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
132
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
133
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
134
LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS: O
DESAFIO NO MODELO BRASILEIRO
Yuri Alexander Nogueira Gomes Nascimento14
INTRODUÇÃO
135
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
136
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
137
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
138
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
139
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
140
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
141
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
142
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
143
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONSIDERAÇÕES FINAIS
144
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
145
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
146
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/04/03/medi-
da-provisoria-prorroga-prazo-de-adequacao-a-nova-lei-de-licita-
coes. Acesso em: 19 abr. 2023.
147
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
148
A ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES
E MECANISMOS ECONÔMICOS DE
APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO
LICITATÓRIO
Yuri Alexander Nogueira Gomes Nascimento15
INTRODUÇÃO
149
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
pecial sob a ótica de dois efeitos bastante gravosos dele decorrentes: a sele-
ção adversa e o risco moral. A partir daí, são analisadas as figuras do “scree-
ning” e do “signaling”, técnicas que consistem na revelação de informações
pelos contratados para fins de diminuição de assimetrias e aperfeiçoamen-
to das transações administrativas. Por fim, apresentam-se as conclusões
finais, pautadas nos conceitos anteriormente apontados, sumarizando as
perspectivas e os temas relevantes para futuros estudos na área.
1. DA ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES NO
PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
150
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
151
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
152
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
153
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
154
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
155
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
156
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
em seu art. 36, §3º, a lei permite que o desempenho pretérito do contrata-
do perante a Administração Pública seja considerado na pontuação técnica
quando do julgamento técnica e preço (BRASIL, 2020).
Essa perspectiva permite analisar os licitantes não apenas sob o critério
de “habilitado/não habilitado”, mas também sob um olhar de “adequado/
inadequado”. Portanto, se um licitante possui diversas advertências ou
outras sanções similares, a Administração pode minimizar o valor intrín-
seco de sua proposta e, ainda que eventualmente ela não possa inabilitá-lo
a participar da licitação, poderá assumir posturas mais ativas na fiscalização
e na prevenção de riscos dos contratos.
Outro mecanismo de combate à assimetria de informações tradicio-
nalmente utilizado pela Administração Pública é a qualificação técnica e
econômica dos licitantes. Por meio desse processo, os licitantes devem
comprovar sua capacidade técnica e financeira para executar o objeto do
contrato (CARNEIRO JÚRNIOR et al., 2015).
Esse critério serve como uma abertura das informações do licitante,
que deverá demonstrar suas qualidades intrínsecas, reduzindo a assime-
tria de informações e garantindo que apenas os licitantes que atendam aos
requisitos técnicos e financeiros sejam selecionados. Portanto, é um pro-
cesso fundamental para garantir que a administração pública selecione os
melhores licitantes e evite a seleção adversa e o risco moral (NÓBREGA,
2019), além de incentivar a concorrência saudável e garantir a transparên-
cia e a eficiência do processo licitatório. Todavia não é um procedimen-
to que passa ao largo de críticas, ante sua insuficiência de previsão legal
de instrumentos capazes de garantir sua função essencial de selecionar os
melhores licitantes (CARNEIRO JÚNIOR, 2020; NÓBREGA, 2019).
Apesar de relegada à última fase do procedimento licitatório atual, a
habilitação é um de seus momentos mais importantes, por ser nele que
a Administração Pública determina, efetivamente, quem será seu futuro
contratado, com todos os problemas daí inerentes.
Nesse ponto, poder-se-ia levantar o argumento de que o art. 37, inci-
so XXI, da Constituição Federal impõe à Administração Pública o dever
de exigir tão somente as qualificações necessárias à prestação ao contrato.
Porém o dispositivo constitucional deve ser analisado sob a ótica teleológi-
157
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
ca. A norma não visa impedir a seleção dos melhores licitantes, mas evitar
um direcionamento do procedimento licitatório.
Em outras palavras, a exigência de requisitos de qualificação técnica
e econômica devem ser maiores quanto mais relevante e complexo for
o contrato. Concomitantemente, deve o gestor assegurar-se de que não
sejam exigidas qualificações tão restritivas que impeçam a livre concor-
rência. Ainda assim, uma vez respeitada a livre concorrência, bem como
observado os princípios administrativos constitucionais, a imposição de
limitações à participação de determinados licitantes é elemento necessário
ao sucesso da licitação.
O principal ponto a se analisar é a relevância do contrato para a Admi-
nistração, pois um mesmo bem pode ser essencial em certo serviço públi-
co e acessório em outro, gerando condições de qualificação mais rigorosas
no primeiro e mais flexíveis no segundo. Por exemplo, a aquisição de ál-
cool em gel para os ambientes dos órgãos públicos em geral não pode ser
tão restritiva quanto aquela para ambientes hospitalares.
Assim, a análise mais aprofundada das condições de habilitação é item
tão ou mais necessário do que o tratamento do próprio preço do objeto
contratado. E, talvez, por esse motivo seja necessária a ampliação legal dos
documentos e características passíveis de exigência no processo licitatório
(CARNEIRO JÚNIOR, 2015).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
158
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
159
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
160
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
161
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
162
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
163
A CONSTITUCIONALIDADE DO
ENSINO DOMICILIAR NO BRASIL
DIANTE DOS PRINCÍPIOS DA
AUTONOMIA FAMILIAR E LIBERDADE
DE ENSINO
João Paulo Ferreira Silva16
INTRODUÇÃO
16 Graduado em Direito pela Faculdade Escritor Osman da Costa Lins (2022). Advogado na
área de Direito Privado, com ênfase em Direito de Família. Estagiou no Tribunal de Justiça de
Pernambuco. Aprovado em intercâmbio, estudou 6 meses no Canadá.
164
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
165
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
166
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
167
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
168
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
169
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
ciona, em seu § 1º, ser essa legislação responsável unicamente por dispor
sobre educação escolar.
Não obstante, faz-se necessário diferenciar o termo escolarização da
noção de educação, pois o primeiro se trata de questões educacionais ad-
ministradas de forma centralizada, isto é, do ensino desenvolvido por ins-
tituições formais como a escola, nas quais os alunos são submetidos a um
currículo previamente estabelecido por agentes estatais de forma homo-
gênea e com aplicação para todo o país (MOREIRA, 2017).
Por outro lado, na modalidade de ensino domiciliar os genitores, tu-
tores ou responsáveis têm mais liberdade para definir aquilo que acha-
rem ser essencial no aprendizado das crianças e adolescentes, os horários
de ensino mais adequados de acordo com a necessidade da criança, bem
como para ampliar os espaços de ensino para fora da sala de uma escola,
através da participação em cursos, contato com a Igreja, visitas a museus
(CARDOSO, 2016).
Assim, para os fins deste trabalho o ensino domiciliar pode ser defini-
do na ordem de ideias de Moreira (2017, p. 66):
170
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
171
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
172
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
173
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
1 74
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
175
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
176
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
177
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
178
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
179
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
180
A ALOCAÇÃO DE RISCOS NAS
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS: ANÁLISE
DA MATRIZ DE RISCO À LUZ DA LEI
Nº 14.133/2021
Érika Capella Fernandes Sfeir17
Jurema Maciel Saldanha18
Monique Previero de Souza19
Kelvin Nunes Pavaneli20
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 determina em seu art. 37, XXI que to-
dos os contratos administrativos devem ser precedidos de licitação pública.
Em nível infraconstitucional, a Lei nº 8.666/1993 tratou do procedimento
da licitação, seguida por outras leis específicas, como a Lei do Pregão e Lei
do Regime Diferenciado da Contratação. Contudo, em 2021, veio a Nova
Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021), a qual
181
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
182
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
183
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
Assim, a nova lei traz não apenas uma reforma do processo licitatório,
mas um novo sistema a ser assentado, segundo Rocha, Vanin e Figueiredo
(2021, p. 25):
184
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
185
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
Artigo 11
186
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
187
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
188
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
189
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
190
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÕES
191
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
192
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
193
O FENÔMENO DA MUTAÇÃO
CONSTITUCIONAL E SUAS
REPERCUSSÕES NO DIREITO21
Ricardo Ribeiro de Souza22
INTRODUÇÃO
194
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
domínio popular, ou seja, de todos aqueles que vivem sob o pálio da égide
da Constituição Federal. É por isso que na maioria das vezes, relevantes
os casos do Direito brasileiro que são julgados na corte superior, ocorre
incontinenti um grande clamor popular pelo qual as pessoas sofrem o fenô-
meno da mutação constitucional.
Indubitavelmente, diante de tal reverberação, tais casos podem eclo-
dir eventos entre outros fenômenos de grande alçada de natureza consti-
tucional ou social, como por exemplo o “Blacklash Constitucional” ou o
“Hiato Constitucional”.
Movimentos sociais, mídias e personalidades das mais diversas deba-
teram sobre a situação de julgados decorrentes em voga. Na grande maio-
ria, não se tem cognição jurídica sobre o fenômeno constitucional da her-
menêutica jurídica, da mutação constitucional, da mudança interpretativa
da norma, que na maioria das vezes são casos concretos que chegam ao
Supremo Tribunal Federal através de um “writ” constitucional, ou seja,
do próprio direito que está inerente ao homem. Logo após a mudança
interpretativa, aplica-se o efeito erga omnes no controle de constitucionali-
dade do poder difuso. O tema então passa a ser discutido por meses entre
as mídias e sociedade em geral.
O Direito está em constante evolução, a mutação constitucional se
apresenta como um dos instrumentos jurídicos capazes de assim contri-
buir com essa evolução jurídico-social, ocorrendo, assim, esse fenômeno
visa a ampliar e receber os desígnios da sociedade no todo. Em geral, a
mutação constitucional gera um grande reflexo não só no ordenamento
jurídico brasileiro, mas na sociedade brasileira em geral. É um fenômeno
complexo e inevitável no Direito Constitucional contemporâneo e ocorre
quando as normas constitucionais são alteradas de forma não formal (sem
alteração de texto), mas por meio da prática de mudanças na interpretação
que advém dos tribunais.
A mutação pode ser uma ferramenta para adaptar a Constituição às
mudanças sociais, bem como pode ser utilizada para contornar o processo
legislativo formal. Entretanto, é importante frisar a necessidade de ela ser
carreada por princípios sólidos e democráticos, para garantir que as mu-
danças constitucionais sejam legítimas e respeitem os valores fundamen-
tais da ordem constitucional.
195
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
196
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
1. ASPECTO HISTÓRICO
197
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
198
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
199
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
200
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
201
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
202
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
203
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
204
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
205
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
206
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
207
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONCLUSÃO
208
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
209
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
210
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
211
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
sinonimo=true&plural=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&-
sortBy=desc&isAdvanced=true. Acesso em: 21 fev. 2023.
212
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
213
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO
E LEGITIMIDADE DO PROCESSO
ELEITORAL EM SISTEMAS DE VOTO
OBRIGATÓRIO
Lucas de Souza Gimenes23
Alvaro Luiz Carvalho da Cunha Junior24
INTRODUÇÃO
214
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
215
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
216
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
217
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
218
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
219
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
220
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
Nessa linha, por não se tratar de um dever, o voto não poderia tor-
nar-se uma exigência de ninguém, seja do Estado ou de grupos políticos e
sociais, e uma vez que alguém pudesse exigi-lo do eleitor, perderia, então,
todos os seus atributos essenciais, não podendo mais configurar-se como
uma manifestação livre de vontade, e sim como uma obrigação (SAN-
TOS, 2009).
Gomes (2015) entende que o voto, enquanto um direito, precisa ser
exercido de forma autônoma pelo eleitor, e que o seu exercício compulsó-
rio o tornaria incompatível com os preceitos democráticos. Dessa manei-
ra, para o autor, o seu livre exercício seria a única forma de uma atuação
política plenamente consciente.
Mendonça (2004), a seu turno, analisa que o voto obrigatório cons-
titui-se na forma de uma obrigação forçada e, assim, ao ser imposto pelo
Estado, traduz-se como uma ofensa aos regimes democráticos por anular
totalmente a liberdade do eleitor.
Além disso, os defensores do voto facultativo comungam do argu-
mento de que tal modelo viabilizaria a participação de eleitores que se
mostrem conscientes e mobilizados com as questões políticas, ao invés de
movimentar uma massa que o faria apenas por obrigação. Inclusive, um
sistema de participação facultativo poderia originar uma realidade onde
o voto é entendido como uma conquista, e não como uma imposição do
Estado, o que poderia criar nos eleitores uma maior consciência sobre a
importância de sua participação (KAHN, 1992).
Soares (2004) observa que, nos casos em que há uma obrigatoriedade
do exercício de voto, é comum que o maior interesse de alguns eleitores
seja o de livrar-se da obrigação e das consequentes punições que possam
acontecer, levando-os a recorrer ao primeiro candidato ou partido político
dos quais tomarem conhecimento ou até mesmo optarem por votar em
branco ou nulo.
Nesse aspecto, Dantas (2007), ao analisar as disposições do texto
constitucional brasileiro, verifica que, no final, o que realmente influi no
resultado de uma eleição são os votos depositados diretamente em legen-
das e em seus candidatos, e não o número de eleitores que participam do
processo, visto que são ignorados os brancos e os nulos. Logo, ainda que
221
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
222
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
223
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
em muito se espera que exista uma limitação aos poderes estatais para que
possam restringir tais liberdades e até mesmo para que este imponha a
obrigatoriedade de realização de certas condutas, além de uma punição
para aqueles que, ainda assim, não agirem conforme se era esperado.
Parece uma tarefa árdua determinar se os governos que buscam es-
tabelecer a obrigatoriedade do exercício de voto estão ofendendo pres-
supostos constitucionais ou apenas estabelecendo uma espécie de “mal
necessário” para garantir a participação dos eleitores na vida política de seu
país, em nada se mostrando destoantes dos ideais democráticos.
Isso se dá em virtude de que, para alguns, o voto obrigatório é um
retrocesso constitucional nas nações que o adotam e não pode garantir
realmente que os participantes do processo eleitoral o fazem com plena
consciência de seus deveres e da importância da participação política.
Entretanto, como demonstrado, há aqueles que defendem que obri-
gatório seria apenas o dever de comparecimento à seção eleitoral, restando
resguardada a liberdade do eleitores de decidirem votar em algum candi-
dato ou até de não fazê-lo, através das opções de voto nulo e branco.
Soma-se a isso o fato de que o voto, enquanto obrigatório, parece
exercer uma função pedagógica, ao passo que educa os eleitores e os ins-
trui a participarem das eleições e demais votações até se criar a consciência
política necessária para que a participação ocorra de maneira autônoma e
genuína.
Logo, balizando-se pelos últimos argumentos, parece crível estabe-
lecer que a instituição de um sistema de voto obrigatório não diminui a
legitimidade das representações e tampouco a da participação dos eleitores
nos processos eleitorais, visto que ainda se encontrarão livres diante de
suas manifestações.
REFERÊNCIAS
2 24
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
225
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
226
O MOVIMENTO PENDULAR DO
FEDERALISMO BRASILEIRO:
CENTRALIZAÇÃO VERSUS
DESCENTRALIZAÇÃO
Lucienne M. T. Cwikler Szajnbok26
INTRODUÇÃO
227
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
228
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
229
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
27 Les membres de l’Etat fédéral ne sont pas souverains. Cela résulte indirectement, [...],
de ce que la souveraineté et appartient à l’État fédéral, et directement de ce fait que les
constitutions fédérales accordent toutes à l’Etat fédéral et non pas à ses membres le droit de
déterminer sa propre compétence, ce qui est le trait caractéristique de la souveraineté. Les
membres de l’Etat fédéral, n’étant pas souverains n’ont pas le caractère d’Etat, puisque la
souveraineté est l’élément essentiel de la notion d’Etat.
230
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
231
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
2. O FEDERALISMO NO BRASIL
232
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
233
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
234
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
Outro aspecto que merece ser citado diz respeito à repartição de com-
petências e de atribuições, na forma estabelecida pela Constituição, entre
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, fornecendo os alicerces ao
pacto federativo.
O pacto federativo corresponde justamente à “forma pela qual se for-
ma e se organiza o Estado Federal. Diz respeito à distribuição de compe-
tências entre a União, os Estados-membros e os Municípios” (OLIVEI-
RA, 2019, p. 87). Dito de outra forma, “o Estado Federal tem autonomia,
que é revelada através de uma repartição constitucional de competências,
como forma de manter o equilíbrio e o pacto federativo” (ARAÚJO,
1995. p. 42).
Relacionando competência e autonomia, sustenta-se que “a compe-
tência se reflete na autonomia política (eleição dos governantes) e admi-
nistrativa (cuidar de seus próprios interesses sem interferência de outra
esfera)” (OLIVEIRA, 2019, p. 90).
É dizer que, no sistema federativo, os entes subnacionais – Estados,
Distrito Federal e Municípios – possuem autonomia política, administra-
tiva, jurídica e financeira, sem que tais atributos impliquem em quebra ou
mácula ao princípio da unidade nacional. E, assim, a despeito da autono-
mia que lhes compete, as unidades subnacionais, imbuídas do caráter soli-
dário, atuam de forma cooperativa, mantendo intacta a unidade nacional.
235
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
28 El Brasil presenta um caso nítido de alternancia entre fases de gran poder de los estados
seguidas por etapas de fuerte centralismo político, para retornar posteriormente al modelo
federal. Se trata de um movimento pendular.
236
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
237
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONSIDERAÇÕES FINAIS
238
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
239
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
24 0
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
24 1
CONSENSUALIDADE NA
IMPROBIDADE: REFLEXÕES SOBRE
O ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO
CIVIL
Marcela Rodrigues Pavesi Lopes29
INTRODUÇÃO
24 2
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
24 3
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
24 4
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
24 5
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
30 Previsto no art. 5º, § 6º, da Lei nº 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública), confira-se:
Art. 5º - Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: I. o Ministério
Público; [...] § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compro-
misso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante combinações, que terá
eficácia de título executivo extrajudicial.
24 6
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
24 7
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
31 Nesse sentido, julgados do STJ: AgRg no HC 654.617/SP. Relator: Min. Rogerio Schietti
Cruz, Sexta Turma, julgado em 05 de outubro de 2021, DJe 11 de outubro de 2021; AgRg
no HC 504.074/SP. Relator: Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, julgado em 13
de agosto de 2019, DJe 23 de agosto de 2019; AgRg no AREsp n. 607.902/SP. Relator: Min.
Gurgel De Faria, Quinta Turma, julgado em 10 de dezembro de 2015, DJe 17 de fevereiro
de 2016.
32 Cf. redação do art. 17, caput, da LIA, com redação dada pela Lei nº 14.230/2021.
24 8
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
24 9
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
33 A autotutela, modelo mais primitivo, que compreende a utilização da força para alcançar
as próprias pretensões, somente pode ser utilizada se houver previsão expressa que abar-
que a conduta, como no caso da legítima defesa prevista no artigo 25 do Código Penal. Por
tal motivo, não será analisada no texto.
250
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
251
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
Pontua-se que nada impede que tais resultados sejam obtidos me-
diante intervenção de terceiro, ou seja, por mediação ou conciliação. Em
outras palavras, se por si só ou com a presença de outra pessoa para pro-
mover a dialeticidade pode ocorrer renúncia, submissão, desistência ou
transação.
Fixados tais conceitos, parte-se para a análise do local em que se inse-
re o ANPC no conjunto de métodos adequados de resolução de conflitos.
À primeira vista, surge a indagação: a nova modalidade de ajuste re-
presenta, de fato, resolução de conflito por meio de concordância entre as
partes? É que, a priori, não parece encerrar via de mão dupla, na medida
em que apenas admite a celebração de acordos quando existem elementos
para propositura de ação de improbidade, ou quando esta já está em curso.
Por outro lado, observa-se que no ANPC, tanto o MP quanto o in-
vestigado ou demandado renunciam à sua parcela de interesse a fim de ter
em retorno algum benefício. Para o Parquet também se afigura favorável a
efetividade. Mesmo que as sanções negociadas sejam em patamar inferior
ao que seria alcançado em eventual condenação, existe uma maior garan-
tia de cumprimento/pagamento e um controle superior sobre a forma de
satisfazer as cláusulas ajustadas.
Já para a parte, celebrar o acordo garante mais segurança e maior con-
trole sobre o resultado, ou seja, sobre os montantes de sanções a que se
sujeitará bem como à forma de cumprimento das cláusulas.
Além disso, a celeridade na resolução da demanda favorece ambos
os envolvidos. Conforme já destacado anteriormente, o prazo médio de
252
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
35 STF, Súmula 473: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por mo-
tivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.”
253
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
cidade (“os fatos nele alegados são condizentes com a realidade posta”),
contudo, a presunção não é de natureza absoluta, pois comporta prova em
contrário (MARINELA, 2015, p. 330). Assim, caso a própria Adminis-
tração Pública verifique que não procede a presunção atribuída a deter-
minado ato, não pode continuar advogando em favor dele e insistindo na
sua execução.
Transportando a técnica para a persecução da improbidade adminis-
trativa, esta caberá quando, após reanálise ou esclarecimento de dúvida
sobre matéria fática ou sobre aplicação do direito, conclua-se pela desca-
racterização do ato praticado como ímprobo. Verificado o “erro”, é dever
do MP corrigi-lo, sem que isso implique em qualquer tipo de exigência
que faça a outra parte renunciar a alguma parcela do próprio direito. Caso
tal ponto não fosse observado, configuraria afronta ao interesse público,
que “impõe aos agentes públicos uma correta aplicação do direito.” (MA-
DUREIRA, 2016, p. 351).
A outra modalidade apontada pelo autor é a transação, que possui
definição no artigo 840 do Código Civil: “É lícito aos interessados pre-
venirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.” Carlos
Roberto Gonçalves (2021, p. 1221) destaca que a principal característica
da transação, seu “elemento essencial”, é a “dupla concessão”, ou seja, a
imposição de que cada uma das partes desista de parte de seu direito.
Alerta-se, contudo, que por estar o Poder Público lidando com direi-
tos e interesses que não são próprios de si, mas sim da coletividade, não
pode dispor deles livremente. Para que seja possível transacionar, impõe-
-se a existência de lei expressa autorizativa, não sendo possível apoiar-se
na permissão genérica advinda da Constituição.
Seguindo o raciocínio de Vanice Regina Lírio do Vale (2011, p. 107),
tendo em vista que o gestor público é administrador dos bens e interesses
públicos, cujo titular é a sociedade, ele somente pode dispor deles nas
situações em que for autorizado pelo verdadeiro detentor, ou seja, se for
promulgada lei editada pelos representantes legislativos que expressam a
vontade daquela.
A exigência se justifica também para que possam ser estabelecidos
parâmetros mínimos e máximos, além de exercido controle sobre os acor-
254
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÃO
255
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
seja bem aplicado pelos operadores, pode trazer proveitosos frutos, não
somente no quesito patrimonial, mas também para aprimorar a visão da
sociedade sobre a relação entre corrupção e improbidade.
Da análise do texto inserido na LIA, percebe-se que houve o cuidado
em se dar considerável liberdade na negociação de cláusulas de penalida-
des, não tendo sido exigido patamar mínimo. Além disso, abriu-se a op-
ção de implementação de medidas de caráter eminentemente preventivo.
Demonstrou-se, no decorrer do presente estudo, que o ANPC
comporta concessões mútuas, eis que o MP desiste de obter condena-
ções em patamares mais elevados, enquanto a outra parte se submete
desde logo a cláusulas que podem atingir seu patrimônio, em troca de
uma resolução mais célere do conflito de improbidade e com maior efe-
tividade no resultado.
Apresentados os meios adequados de solução de conflitos aceitos
em nosso ordenamento jurídico, e especialmente os privilegiados pelo
CPC/15, foi possível enquadrar o ANPC, caso celebrado na forma pre-
vista pelo art. 17-B da LIA, como modalidade de autocomposição, da es-
pécie transação, justamente pela mutualidade de concessões e vantagens
decorrentes das negociações para cada uma das partes.
Seguindo o modelo de operacionalização de acordos por parte da Ad-
ministração Pública proposto por Cláudio Madureira, que aponta duas
formas de ajustes possíveis ao Poder Público (composição de litígios e
transação), evidenciou-se que o MP está autorizado a transacionar, por
meio do ANPC, quando entender que compor entendimento com o de-
mandado for mais vantajoso para o atingimento do interesse público do
que o ingresso ou a manutenção de ação de improbidade.
Por todo o exposto, o ANPC pode representar valoroso instrumen-
to para auxiliar na contenção da litigiosidade, reduzindo custos, tempo
de tramitação e aumentando a efetividade do combate à corrupção. Para
tanto, é imperioso que seja feito um esforço por parte dos operadores do
Direito, notadamente do MP, legitimados para atuar nos casos de impro-
bidade, a fim de ultrapassar a mentalidade adversarial e conseguir vislum-
brar as vantagens em vários aspectos que derivam da opção por solução
consensual de conflitos.
256
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
257
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
258
A POSSIBILIDADE DE
OFERECIMENTO DO ACORDO
DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
AOS PROCESSOS INSTAURADOS
ANTES DA VIGÊNCIA DO PACOTE
ANTICRIME
Felipe Argentino Ambrosio Alves36
INTRODUÇÃO
259
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
260
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
261
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
262
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
263
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
264
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
265
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
266
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
267
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
normas processuais penais podem ser divididas em duas espécies, quais se-
jam, (i) normas penais genuinamente processuais e (ii) normas processuais
materiais (mistas ou híbridas). Antes de defini-las, porém, é importante
conceituar as normas de Direito Penal.
O processualista Aury Lopes Júnior preleciona que norma de Direi-
to Penal (ou lei penal pura) é aquela que regula o poder punitivo estatal,
dispondo acerca do conteúdo material do processo (Direito Penal), isto é,
tipificação de delitos, pena máxima e mínima, regime de cumprimento
de pena etc. Dessarte, se mais benigna, retroagirá; se mais gravosa, será
irretroativa (LOPES JÚNIOR, 2020, p. 164-165).
No que tange às normas genuinamente processuais, são aquelas
“que cuidam dos procedimentos, atos processuais, técnicas do processo”
(LIMA, 2020, p. 92). Os ritos, a forma com que os atos processuais são
realizados, as perícias bem como o rol de testemunhas são exemplos dessas
normas (LOPES JÚNIOR, 2020, p. 165). Aqui, aplica-se a regra prevista
no artigo 2º do CPP.
Noutro giro, as normas processuais materiais (mistas ou híbridas) são
aquelas que possuem, simultaneamente, natureza de normas de Direito
Penal e Direito Processual Penal, ou seja, tratam, ao mesmo tempo, do ius
puniendi do Estado, do crime, da medida de segurança, da pena e dos efei-
tos da condenação (caráter penal); e do processo em si (caráter processual
penal) (LIMA, 2020, p. 92).
Nesse caso, “deve-se seguir o conteúdo normativo das primeiras. É
que a regra da irretroatividade da norma penal desfavorável ao acusado
deve prevalecer sobre os comandos de natureza processual. Se, porém, for
mais favorável, pode-se aplicar a lei desde logo” (PACELLI, 2020, p. 57).
Em outras palavras, quando um dispositivo legal, embora esteja inserido
em lei processual, dispõe sobre regra penal (de direito material), ser-lhe-
-ão aplicáveis os princípios da lei penal que veiculam a ultratividade e a
retroatividade da lei mais benigna (LIMA, 2020, p. 92).
Argumenta-se que, quando da análise da retroatividade da lei proces-
sual penal material mais benéfica ou a sua ultratividade, deve-se levar em
consideração os atos processuais ou aqueles que dizem respeito à tramita-
ção do processo, pois, procedendo desse modo, “fornece-se ao processo
268
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
269
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
270
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
271
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
272
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
mp.br/arquivos/File/GNCCRIM_-_ANALISE_LEI_ANTICRI-
ME_JANEIRO_2020.pdf. Acesso em: 10 abr. 2023.
273
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito Processual Penal. 17. ed. São Paulo:
Saraiva, 2020.
PACELLI, Eugênio. Curso de Processo Penal. 24. ed. São Paulo: Atlas,
2020.
2 74
MARCOS REGULATÓRIOS PARA
FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA
DE DEFESA BRASILEIRA
João Claudio Faria Machado41
INTRODUÇÃO
275
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
276
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
277
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
278
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
279
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
280
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
281
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
282
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
283
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONSIDERAÇÕES FINAIS
284
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
285
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
ato2011-2014/2011/decreto/d7438.htm#:~:text=DECRETO%20
N%C2%BA%207.438%2C%20DE%2011,Livro%2C%20e%20
d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em: 8
abr. 2023.
286
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
287
CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE, SISTEMA
DE FREIOS E CONTRAPESOS E A
JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA
Luiz Gustavo Santos Silva42
INTRODUÇÃO
288
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
deve ter autonomia para desempenhar suas funções, porém eles precisam
colaborar para assegurar a aplicação das leis.
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) é a entidade respon-
sável por garantir a harmonia entre os poderes. É o órgão máximo do
Poder Judiciário brasileiro e é responsável por julgar casos que envolvem
questões constitucionais, como direitos fundamentais, direitos humanos,
direitos políticos, direitos sociais, direitos econômicos e direitos culturais.
Ele também é responsável por casos relacionados a questões de competên-
cia entre os três poderes, bem como casos que envolvem a interpretação
da Constituição Federal, exemplo disso são as ADIs (ADI: Ação Direta de
Inconstitucionalidade), ADOs (Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão), ADCs (Ação Declaratória de Constitucionalidade) e ADPFs
(Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental).
A Constituição Federal de 1988 estabelece que os poderes da Repú-
blica Federativa do Brasil são independentes e harmônicos entre si. No
entanto, como é possível ver nas mídias 43, na prática, em alguns casos, há
uma interferência entre os eles, gerando conflitos.
Segundo informações veiculadas em diversos jornais44, algumas ações
julgadas pelo Supremo contra atos normativos do Executivo e Legislativo
causaram instabilidade entre os poderes, criando uma espécie de guerra
institucional, quem pode mais, quem manda mais, culminando no efei-
to backlash. O efeito backlash vem de um termo traduzido do inglês que
significa retaliação, uma espécie de reação contrária do poder Legislativo
contra uma decisão do poder Judiciário, por exemplo: a corte proíbe a
realização do evento da vaquejada, então o legislativo cria uma norma
autorizando esse mesmo evento, indo totalmente de encontro à decisão
proferida pela corte. Isso, além de causar uma insegurança jurídica, causa
também instabilidade entre os poderes.
Para assegurar a conformidade dos poderes com a Constituição e a
colaboração entre eles, existe o controle de constitucionalidade. Segun-
do Lenza (2021), “o controle de constitucionalidade é um mecanismo
289
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
2. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
290
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
291
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
292
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
5. JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA
293
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
Já em uma recente entrevista do ministro Luiz Fux, ele diz que “Polí-
tica se resolve no parlamento, não no Judiciário” e complementa dizendo
que “contra ações movidas no STF por pequenos partidos políticos que
‘perderam no parlamento’. No máximo, deveriam provocar o procura-
dor-geral da República”. Ou seja, buscando sempre ao máximo resolver
tudo dentro do poder legislativo, evitando ao máximo a judicialização.
Em suma, a judicialização da política é um fenômeno complexo e
embora possa trazer alguns benefícios, ela também pode levar a proble-
mas, como a burocratização e a interferência dos tribunais na política,
como bem veiculado nos jornais45.
O STF tem sido chamado a julgar questões políticas que deveriam ser
decididas pelo Congresso Nacional ou pelo Executivo. Essa judicialização
tem sido criticada por muitos congressistas e cidadãos, pois ela pode levar
a decisões que não refletem a vontade da maioria da população, citando
novamente a fala do ministro Luiz Fux46 em palestra dada: “Cada um no
seu quadrado”.
No entanto, a judicialização da política também tem seus aspectos
positivos. Ela pode ser utilizada para assegurar que as normas sejam apli-
cadas de maneira equitativa e que os direitos dos indivíduos sejam prote-
gidos. Além disso, ela pode ser empregada para garantir que as leis sejam
cumpridas de acordo com a Carta Magna (MENDES; BRANCO, 2013).
Barroso (2010) defende que o exercício da função judicial não pode
ser ilimitado, já que tal atividade não se exerce em vácuo normativo, mas
sim em uma sociedade democrática e em um Estado de Direito. ela tam-
bém pode resultar em julgamentos que não correspondam ao desejo da
maior parte da sociedade. Logo, é vital que o Supremo Tribunal Federal
seja utilizado de maneira responsável e que as decisões sejam proferidas
com base em princípios de justiça e equidade. (BARROSO, 2010).
Ademais, ocorre o fato de que os partidos políticos e os líderes polí-
ticos têm recorrido ao Poder Judiciário para solucionar questões políticas,
294
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
295
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
7. EFEITO BACKLASH
296
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo teve como objetivo apresentar aos leitores como funciona
o controle de constitucionalidade no Brasil, a história desse mecanismo, o
sistema de freios e contrapesos bem como o ativismo judicial.
297
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
298
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional. 39. ed. São
Paulo: Malheiros, 2016.
300
RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO POR OMISSÃO NO
EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA
Grasiela Grosselli48
INTRODUÇÃO
301
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
302
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
303
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
304
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
49 É a chamada Teoria da Imputação, criada para suprir o fato de que a pessoa jurídica,
como criação jurídica, não tem vontade própria, o que leva a lei a determinar que a vontade
do agente é imputada ao Estado (chamada imputação direta), as quais se confundem e for-
mam uma unidade. Assim o agente, nesta qualidade, é o próprio Estado manifestando sua
vontade (MARINELA, 2017).
305
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
306
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
307
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
308
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
50 Haverá omissão específica quando o Estado estiver na condição de garante (ou de guar-
dião) e por omissão sua cria situação propícia para a ocorrência do evento em situação em
que tinha o dever de agir para impedi-lo; a omissão estatal se erige em causa adequada de
não se evitar o dano. Em contrapartida, a omissão genérica tem lugar nas hipóteses em que
não se pode exigir do Estado uma atuação específica; quando a Administração tem apenas
o dever legal de agir em razão, por exemplo, do seu poder de polícia (ou de fiscalização),
e por sua omissão concorre para o resultado, caso em que deve prevalecer o princípio da
responsabilidade subjetiva (CAVALIERI FILHO, 2005).
309
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
310
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
311
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
3. O PODER DE POLÍCIA
312
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
51 “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os se-
guintes tributos: [...] II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte
ou postos a sua disposição;”
313
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
314
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
315
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
CONCLUSÕES
316
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
317
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
318
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
319
A OBRIGATORIEDADE DO
ESTADO NO FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS SEM REGISTRO
DA ANVISA (ANÁLISE DE TESES
FIRMADAS PELO STJ E STF)
Elaine Cristina Bezerra da Silva52
INTRODUÇÃO
320
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
321
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
322
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
323
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
3 24
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
325
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
326
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
327
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
328
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
329
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
330
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
331
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
332
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
Existe muita polêmica no que se refere aos debates sobre em que mo-
mento de fato se inicia a vida, existem divergência até pelos especialistas da
área médica, em especial, quando é averiguada a possibilidade de se per-
mitir, por exemplo, o aborto de forma livre e injustificada, ou até experi-
mentos com células-tronco. Todavia, como a própria constituição prevê,
a regra é, realmente, a proteção desse bem jurídico, até porque o diploma
civil resguarda a proteção dos direitos dos indivíduos desde a concepção.
Um grande exemplo para afirmar que há proteção da vida na legis-
lação pátria desde a concepção do ser humano é a possibilidade de pedir
os alimentos gravídicos, garantida na Lei nº 5478/1968, onde se privilegia
a integridade do feto, podendo, posteriormente, ao se averiguar o exame
de paternidade negativo, haver a desvinculação dessa pensão alimentícia.
Tal permissão legal vem justamente garantir a integridade e a dignida-
de do desenvolvimento daquele indivíduo que ainda se encontra em for-
ma de embrião ou feto. Ou seja, acontece a mitigação do direito daquele
suposto pai, para que se garanta o direito da parte mais vulnerável.
Saindo da esfera da legislação, podemos citar outras condutas estatais
que garantem a proteção desse direito. Como, por exemplo, as políticas
públicas, tanto objetivando garantir coisas que indiretamente estão liga-
das, até por uma questão de dignidade humana, como moradia, alimen-
tação, quanto com ações mais diretas com o bem protegido, como opções
que facilitam e garantem acessibilidade aos serviços de saúde e medicação.
É incontestável que a proteção do direito à vida do indivíduo é
essencial, pois, através dele é que surgem os demais. Tal proteção se
integra ao princípio da dignidade da pessoa humana, que protege to-
dos dos direitos básicos, ou seja, todos os direitos que são essenciais à
existência honrada e digna, sem interferências abusivas do Estado, com
condutas necessárias ao bom funcionamento dessas medidas garantido-
ras da sociedade.
O direito à vida abrange tudo o que seja necessário para garantir sua
existência e permanência e, dentre as necessidades, está a de promover a
333
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
334
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
335
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
336
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
337
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
338
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
339
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
Essa agência reguladora federal foi criada pela Lei nº 9782/1999, ve-
jamos:
340
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
341
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
53 REsp 1.657.156-RJ. Relator: Min. Benedito Gonçalves, Primeira Seção, por unanimidade,
julgado em 25 de abril de 2018, DJe 4 de maio de 2018 (Tema 106).
342
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
343
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
344
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
345
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
346
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
347
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
348
O INTERESSE PÚBLICO NOS
PEQUENOS NEGÓCIOS
Josué Edson Leite55
Sabrina Durães Veloso Neto56
Graciete Afonso Prioto de Castro57
Dalton Max Fernandes de Oliveira 58
INTRODUÇÃO
55 Doutor em Direito pela PUC-MG. Mestre em Direito Público pela Universidade FUMEC.
Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Montes Claros.
56 Doutorando em Direito pela PUC-MG. Mestra em Direito Público pela Universidade FU-
MEC. Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Montes Claros.
57 Especialista em Direito pela Universidade de Franca. Graduado em Direito pela Univer-
sidade Paulista.
58 Mestre em Direito pela UniFG. Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Mon-
tes Claros.
349
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
350
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
351
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
59 Esses obstáculos não estão relacionados por ordem de importância na afetação aos pe-
quenos negócios por época dos levantamentos.
352
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
353
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
354
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
355
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
356
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
62 O artigo 58 da CLT foi alterado com o acréscimo de parágrafo estabelecendo que “po-
derão ser fixados, para as micro e pequenas empresas, por meio de acordo ou convenção
coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a
forma e a natureza da remuneração”. A jurisprudência do TST é majoritária quanto ao não
reconhecimento de acordo e/ou convenção coletiva que busca este benefício para empre-
sas que não estejam configuradas como micro e pequenas empresas.
63 Tem sido frequente o comparecimento de profissionais da contabilidade como prepostos
de micro e pequenas empresas demandadas junto à Justiça do Trabalho.
357
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
64 Uma das formas de incentivo aos pequenos negócios se faz com as atividades de micro-
crédito, bastante difundido em todo o país e que facilita empréstimos de pequenos valores
a pessoas que não possuem acesso ao sistema financeiro.
65 O artigo 1º da Lei Complementar nº 105/2001 determina que “as instituições financeiras
conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados.
358
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
359
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
tiver. Isto implica que eventualmente uma certidão negativa de débito fiscal
vencida poderá ser apresentada nesta situação ficando o interessado, caso
saia vencedor no certame, na obrigação de entregar a comprovação da regu-
laridade fiscal no prazo de 2 dias úteis. Este prazo tem como marco inicial a
declaração, por parte da Comissão de Licitação de que foi o vencedor.
Esses privilégios identificam o interesse público dos pequenos negó-
cios e faz com que o Poder Público, um adquirente em potencial de bens e
serviços, possa dar o maior e melhor exemplo de prestígio a esta categoria
empreendedora.
O acesso ao mercado é reforçado ainda pela tributação diferencia-
da à empresa que adquira, junto às micro e pequenas empresas, produtos
destinados ao comércio internacional. É uma forma de fazer com que o
mercado, voltado para a exportação, descubra, valorize e seja incentivado
a dedicar maior atenção aos empreendedores envolvidos na exploração dos
pequenos negócios.
360
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
66 Existindo veto por parte de 50 % dos credores quirografários o Juiz não poderá deferir
esse privilégio.
361
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
362
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
363
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
-mpedetalhe59,a7de8d63b1152710VgnVCM1000004c00210aR-
CRD. Acesso em: 3 mar. 2023.
364
O PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE
PODERES E O REGIME JURÍDICO
EXTRAORDINÁRIO DA CRISE:
A ADOÇÃO DE MEDIDAS E
OBRIGAÇÕES VIA DECRETOS
E ATOS REGULAMENTARES EM
INOBSERVÂNCIA AO DEVIDO
PROCESSO LEGISLATIVO E SUA
EXTENSÃO NO CENÁRIO PÓS-
PANDEMIA
Larissa de Moura Guerra Almeida67
INTRODUÇÃO
67 Doutoranda e Mestre em Direito Público pela PUC-MG. Bolsista CAPES PROEX/Taxa, Bra-
sil (Financing Code 001). Pesquisadora em Grupos de Pesquisa, linha “Constitucionalismo
Democrático”, PPGD PUC-MG. Advogada e Professora.
365
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
366
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
367
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
368
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
369
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
370
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
371
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
372
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
gerais e abstratas para a explicitação das leis, também são meios de for-
malização do poder regulamentar. Os decretos são considerados atos de
regulamentação de primeiro grau; os outros atos que a ele se subordinem
e que os regulamentem, evidentemente com maior detalhamento, podem
ser qualificados como atos de regulamentação de segundo grau.
Embora, o poder regulamentar, expresso por atos de regulamentação
de primeiro grau, seja formalizado por meio de decretos, existem situa-
ções especiais em que a lei indicará, para sua regulamentação, ato de for-
malização diversa, embora idêntico seja seu conteúdo normativo e com-
plementar. Ocorre que, conforme a concepção instituída pela separação
de poderes, o legislador não pode, fora dos casos expressos na Constitui-
ção, delegar aos órgãos administrativos a competência legífona. Por con-
seguinte, o poder regulamentar legítimo não pode simular o exercício da
função de legislar decorrente de indevida delegação do Poder Legislativo,
delegação essa que seria, na verdade, inaceitável renúncia à função que a
Constituição lhe outorgou.
É vedado ao Poder Executivo exorbitar suas atribuições no exercício
da competência regulamentar, vindo a legislar normas primárias – que
pressupõem um devido processo legislativo, cuja competência nomotética
pertence ao Parlamento. Contudo, em virtude da crescente complexidade
das atividades técnicas da Administração, passou a aceitar-se nos sistemas
normativos, originariamente na França, o fenômeno da deslegalização,
pelo qual a competência para regular certas matérias se transfere da lei
para outras fontes normativas por autorização do próprio legislador: a pro-
dução da norma primária sai do domínio da lei para o domínio do ato
regulamentar.
A separação dos poderes vem se reformatando, na medida em que o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário cada vez mais exercem atribuições
que destoam da sua postura clássica. Mas, ainda que admitida a existência
de uma interpenetração das funções estatais, em que uma exerce indiscri-
minadamente atributos das outras, é temerário permitir o desequilíbrio
na harmonia e interdependência entre os poderes. E, o recente cenário vi-
venciado de uma pandemia, exacerbou uma realidade já antes enfrentada
pelos governos quanto à imediaticidade de respostas às demandas constan-
373
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
3 74
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
375
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
376
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
377
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
378
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÕES
379
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
380
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
REFERÊNCIAS
381
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
382
RESUMOS
383
COMPLIANCE NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA E SUA APLICABILIDADE
COMO FERRAMENTA DE COMBATE
ÀS FRALDES E À CORRUPÇÃO
Dejanair Alves Amorim68
Maria Alyne dos Santos Silva69
Rosy Anny Camilo Da Silva Araújo70
Samila Sousa e Silva71
INTRODUÇÃO
385
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
386
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
METODOLOGIA
387
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
RESULTADOS E DISCUSSÃO
388
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
389
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS DAS
CAIXAS DE ASSISTÊNCIA DOS
ADVOGADOS
Matheus Chebli de Abreu72
Pedro Treviso Rubio73
Gustavo Rodrigues Sousa74
INTRODUÇÃO
390
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
RESULTADOS
391
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
392
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
393
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
DISCUSSÃO
394
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
CONCLUSÕES
395
H O R I Z O N T E S D O D I R E I TO P Ú B L I C O
REFERÊNCIAS
396
ARTHUR BEZERRA DE SOUZA JUNIOR, FERNANDA CLÁUDIA ARAÚJO DA SILVA,
GABRIEL VINÍCIUS CARMONA GONÇALVES (ORGS.)
397