Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIREITO
PEMBROKE COLLINS
EDITORIAL BOARD
DIREITOS HUMANOS
JURIDICIDADE
PENSANDOE EFETIVIDADE
SOCIEDADE,
CULTURA E DIREITO
GRUP O M ULTIF O C O
Rio de Janeiro, 2019
PEMBROKE COLLINS
1191 E Newport Center Dr #103 - Deerfield Beach
FL 33442 - United States
info@pembrokecollins.com
www.pembrokecollins.com
No part of this book can be used or reproduced by any means without this Publisher's written permission.
FINANCING
This book was financed by the International Council for Higher Studies in Law (CAED-Jus), by the
International Council for Higher Studies in Education (CAEduca) and by Pembroke Collins.
All books are submitted to the peer view process in double blind format by the Publisher and, in the case
Collection, also by the Editors.
P418
206 p.
ISBN 979-8-88670-023-7
CDD 340
RESUMOS 181
9
(Johann Wolfgang Goethe-Universität -
Gunter Frankenberg
Frankfurt am Main, Alemanha)
João Mendes (Universidade de Coimbra, Portugal)
(Universidade Federal do Estado do Rio de
Jose Buzanello
Janeiro, Brasil)
Klever Filpo (Universidade Católica de Petrópolis, Brasil)
Luciana Souza (Faculdade Milton Campos, Brasil)
Marcello Mello (Universidade Federal Fluminense, Brasil)
Maria do Carmo
(Universidade Federal do Sul da Bahia, Brasil)
Rebouças dos Santos
Nikolas Rose (King’s College London, Reino Unido)
Oton Vasconcelos (Universidade de Pernambuco, Brasil)
(Fundación Universitária Los Libertadores,
Paula Arévalo Mutiz
Colômbia)
Pedro Ivo Sousa (Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil)
(Universidad Nacional de Río Cuarto,
Santiago Polop
Argentina)
Siddharta Legale (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil)
Saul Tourinho Leal (Instituto Brasiliense de Direito Público, Brasil)
Sergio Salles (Universidade Católica de Petrópolis, Brasil)
Susanna Pozzolo (Università degli Studi di Brescia, Itália)
Thiago Pereira (Centro Universitário Lassale, Brasil)
(Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
Tiago Gagliano
Brasil)
Walkyria Chagas da Silva
(Universidade de Brasília, Brasil)
Santos
SOBRE O CAED-Jus
11
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
12
ARTIGOS - VISÕES
CONTEMPORÂNEAS SOBRE
SOCIEDADE E DIREITO
13
SOCIEDADE DE CONSUMO: A
ERA DOS INFLUENCIADORES
DIGITAIS E SUA EVENTUAL
RESPONSABILIZAÇÃO FRENTE
AO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR
Amanda Moulin Macatrozzo1
INTRODUÇÃO
15
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
16
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
17
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
18
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
mos analisar a influência disseminada pelas marcas e pela mídia através dos
meios de comunicação na aquisição exacerbada de bens e a necessidade de
proteção diante dessa nova organização social.
19
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
20
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
21
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
22
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
23
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
24
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
da atuação desses profissionais, por ser uma instituição privada não possui
poder coercitivo para impor suas recomendações.
Assim, ante a ausência de uma regulamentação específica no que se
refere ao tema, torna-se de suma importância uma atuação conjunta das
demais pessoas jurídicas do Direito Público, como Ministério Público e
PROCON, na busca efetiva do direito dos consumidores, além da aplica-
ção das medidas pertinentes à responsabilidade solidária, prevista no artigo
7º, parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor, em observância
ao princípio da boa-fé e solidariedade.
REFERÊNCIAS
26
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
27
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
riobibli/tcc/ANDRESSA%20MARIA%20VIEIRA%2 0SILVA.
pdf>. Acesso em: 22 fev. 2022.
28
PUBLICIDADE E O MITO DA
BELEZA: DA MÍSTICA FEMININA AO
FEMVERTISING
Nathália Zampieri Antunes2
Isabel Christine Silva de Gregori3
INTRODUÇÃO
29
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
30
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
31
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
32
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
33
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
34
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
35
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
36
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
37
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
38
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
39
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
40
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
41
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
42
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
43
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
REFERÊNCIAS
44
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
45
ACELERAÇÃO SOCIAL MODERNA
E SOCIEDADE DO DESEMPENHO:
REDIMENSIONAMENTO DA
PERCEPÇÃO DE DURAÇÃO
RAZOÁVEL DO PROCESSO E CAUSA
DE ESGOTAMENTO FÍSICO E MENTAL
DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO
Matusalém Jobson Bezerra Dantas4
INTRODUÇÃO
46
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
5 A exigência social não é por duração razoável do processo, mas por celeridade mesmo. É
uma sociedade ansiosa, uma sociedade de e com “pressa”.
47
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
48
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
pela primeira vez em 250 anos, pais já não têm esperança, de modo
amplo, de que as coisas serão melhores para seus filhos do que fo-
ram para eles. Bem ao contrário: eles esperam que as coisas não
sejam tão ruins, que as crises não se tornem tão graves, que os
padrões alcançados possam ser, até certo ponto, mantidos.
49
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
6 Hannah Arendt, em seu livro Entre o passado e o futuro, identifica essa crise da autoridade
e o rompimento da base fundamental e histórica que ela provoca para a sustentação social
(2016).
50
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
7 Esse narcisismo chega, inclusive, à religiosidade. Cada vez mais as pessoas se desapegam
dos padrões bíblicos para ter um Cristianismo para chamar de seu. Creem no que lhes inte-
ressa, no que lhes convém. Não se submetem aos padrões preestabelecidos, porque isso é
contrário à sociedade do desempenho, baseada na individualidade e na liberdade. A Igreja
que agrada essas pessoas é a do discurso narcisista: “você é obra de Deus”, “a onde quer
que seus pés pisem abençoada será a terra”, “O melhor de Deus está por vir em sua vida”
etc. Não gostam do discurso do pecado, do Céu e do Inferno.
51
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
52
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
53
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
8 E o complicado é que as pessoas que entram em contato com o Judiciário e não ficam
satisfeitas com o atendimento pedem para falar com o chefe de secretaria ou com o juiz.
O problema é que a sociedade ansiosa, que exige respostas rápidas, acaba demandando
excessivamente por audiências, o que acaba impedindo que os servidores e os juízes produ-
zam mais rápido, já que investem parte do tempo com atendimentos.
54
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
Para evitar que processos tidos pelo legislador como mais “sensíveis”
ficassem sem tramitação adequada, editam-se legislações com fixação de
prioridades legais. A pretensão é a de que se dê preferência a esses pro-
cessos na tramitação judicial. Na prática, não funciona. A quantidade de
processos com prioridade legal de tramitação supera a capacidade de res-
posta, implicando em descumprimento judicial e cobrança de respeito ao
comando normativo pelo jurisdicionado e seu advogado. Basta o exemplo
da prioridade de tramitação para pessoas acima de sessenta anos ou porta-
dora de doença grave. Isso significa, numa Vara Federal Previdenciária, a
quase totalidade dos processos em tramitação com o regime de prioridade.
Os processos em que se discute concessão de leitos em Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), bem como os de medicamentos, também são
prioritários. Os processos em que há pedido de desbloqueio de bens in-
disponibilizados, ocorridos através do Sistema de Busca de Ativos do Po-
der Judiciário (SISBAJUD), do Sistema Online de Restrição de Veículos
(RENAJUD), da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB)
e do Sistema de Tramitação de Ofícios entre o Poder Judiciário e a Sera-
sa Experian (SERASAJUD)9, são tidos como prioridade, não obstante
ocorram diuturnamente nas varas judiciais.
Há ainda os processos de prioridade legal/judiciário, como mandado
de segurança, habeas corpus, habeas data, improbidade administrativa, ação
civil pública etc. Ou seja, parte considerável dos processos em tramitação
nas Varas pertence ao regime de prioridade. Trata-se de legislação sim-
bólica, de cunho mais conotativo do que denotativo, com normatividade
latente, para usar conceito dado por Marcelo Neves (2007), mas que tem
o efeito de permitir a cobrança pela sociedade, o que causa maior pressão
nos servidores e juízes.
Para além disso, há pressão advinda do CNJ para cumprimento de
metas. Há pressão dos tribunais para que as metas sejam efetivamente
cumpridas. Os juízes recebem a cobrança pelos números e repassam a co-
brança aos servidores, os quais são cobrados por si mesmos também pela
performance e pela eficiência.
9 Todos os convênios do Poder Judiciário com órgãos públicos para facilitar o intercâmbio
de comunicações.
55
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
10 E olhe que a tecnologia retirou dos servidores bastante atividade burocrática, como pe-
gar os processos físicos no protocolo, autuar processos, tirar cópia de petições e decisões,
acompanhar publicação do diário oficial, carga de processo físico para advogados, além de
localizar processos “perdidos” na Secretaria, o que frequentemente “tomava” um tempo
considerável.
56
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
57
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
58
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
Por muitos anos, o bom advogado era o que brigava pelo seu cliente.
Esse verbo “brigar” vem carregado de unilateralismo, de falar sem ouvir,
de pouco se preocupar com o outro, de focar cegamente na vitória, pouco
importando o meio utilizado. Há a necessidade de evoluir o pensamento.
É preciso buscar experiências de ressonância. Ressonância, para Hartmut
Rosa (2019, p. XL),
CONCLUSÃO
59
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
60
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
61
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
HOLMES JR., Oliver Wendell. The common law. New York: Dover,
1991.
62
CONSIDERAÇÕES REFLEXIVAS
ACERCA DA TEORIA DE JUSTIÇA
EM MARX
Edna Raquel Rodrigues Santos Hogemann11
INTRODUÇÃO
63
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
cionados, pelos quais “A igual prestação de trabalho cabe igual salário, isto
é, cabe igual participação no produto do trabalho” e “De cada um segundo
sua capacidade, e a cada um segundo as suas necessidades”.
Tal elaboração tem como base as visões contidas nos trabalhos de al-
guns estudiosos a respeito do assunto “marxismo e justiça social” à luz da
crítica do pensamento liberal e do positivismo jurídico, ainda que sem a
pretensão de ter por esgotado assunto assaz relevante, mormente nesses
tempos demarcados por tanta injustiça e visões mais que truncadas a res-
peito do tema.
O estudo proposto parece relevante, considerando a urgência em ver-
ticalizar um estudo acerca de teorias da justiça para além das tradicionais
discussões que evocam o anacronismo de autores, cujo pensamento mere-
ce ser resgatado, para além da visão estritamente racionalista e dogmática,
desde um ponto de vista jurídico ainda dogmático.
64
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
65
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
66
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
67
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
uma situação social de isonomia, em que não teria vez, a título exemplar,
uma ideia de hierarquia em termos de justiça que contivesse privilégios
estamentais. Oportuno ponderar que esse autor promove a ligação entre a
noção de troca e a de justiça.
No entanto, a conclusão alcançada por Nietzsche a partir de suas
considerações revela-se muito distinta da de Marx. A sua genealogia se
propõe não somente à promoção de uma denúncia do esquecimento da
gênese das ações justas, que por isso levam a crer se originárias de uma
razão pura, sem apresentar qualquer traço de contaminação com o mundo
real. É o que se deduz de trechos como: “Quão pouco moral pareceria o
mundo sem o esquecimento! Um poeta poderia dizer que Deus instalou
o esquecimento como guardião na soleira do templo da dignidade huma-
na.” (NIETZSCHE, 2005, p. 66).
68
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
Vale apontar que Nozick (2011, p. 206) propõe uma palavra de ordem
baseada num raciocínio com bastante similaridade ao equivalente marxis-
ta (embora em sentido contrário), tal qual: “De cada um, conforme es-
colherem; para cada um, conforme forem escolhidos.”. Isso porque, para
este autor, em sentido oposto à construção marxiana a concepção do que
é justo decorre objetivamente do respeito ao direito natural do sujeito de
decidir livremente o que fazer com os bens que lhe são pertencentes, da
forma que bem entender, sem ser obrigado a se sujeitar a qualquer espécie
de interferência alheia à sua vontade.
Por outro lado, impende conferir o destaque à elaboração da teoria da
justiça de Rawls, desde sua concepção contratualista, discorrendo sobre o
primeiro estágio do procedimento, ao qual se denomina posição original,
bem como sobre a condição precípua de que as pessoas na posição original
estejam sob um véu de ignorância (total ausência de consciência estratégi-
ca sobre o resultado das decisões que serão tomadas); até a concepção dos
princípios de justiça que resultarão ao final deste procedimento de decisão
coletiva na sociedade, evidenciando a importância do princípio da liber-
dade máxima, ligado às liberdades fundamentais das pessoas e à liberdade
de consciência e de pensamento.
A posição de Rawls sobre bens públicos, sistema de mercado, es-
trutura básica ideal da sociedade e benefícios econômicos entre gerações
opor-se-ão às posições neoliberais de Hayek e Nozick, ambos alinhados
a uma concepção liberal mais ortodoxa, centrada no individualismo e no
predomínio das regras determinadas pelo próprio mercado.
Sobre as posições de Rawls a respeito da justiça, eis as considerações
promanadas do jurista Wojciech Sadurski (1983) quando ilustra a ideia da
razão pública na discussão a respeito das concepções de justiça:
69
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
afetados) podem aceitar com boas razões como apropriadas para re-
gular o assunto em questão [...] passam este limiar”. Talvez a melhor
articulação da RP (muito alinhada com a ideia de Rawls) foi dada
por Charles Larmore, que afirmou o postulado fundamental do libe-
ralismo político dizendo que “princípios políticos básicos deveriam
ser adequadamente aceitáveis para aqueles a quem deve vincular”.
70
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
71
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
72
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 7. ed. São Paulo: Martins Fon-
tes, 2006.
73
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
74
DÉFICIT DEMOCRÁTICO EUROPEU
PELO VIÉS SOCIOLÓGICO
Yago Teodoro Aiub Calixto12
INTRODUÇÃO
75
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
76
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
77
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
78
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
80
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
81
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
82
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
83
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
84
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
85
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
86
A POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE
URGÊNCIA DA LEI MARIA DA PENHA
ÀS MULHERES TRANSSEXUAIS
Mateus da Veiga Scherer13
INTRODUÇÃO
87
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
88
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
89
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
90
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
91
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
92
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
93
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
94
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
95
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
96
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
97
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
98
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
99
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
REFERÊNCIAS
100
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
101
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
102
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
103
A SOCIEDADE DE RISCO E A
RESPONSABILIDADE CIVIL DA
RELAÇÃO MÉDICO-HOSPITALAR:
COMO O COMPLIANCE PODE SER
UM INSTRUMENTO REDUTOR DO
RISCO
Julia Tolomeotti Ferrarini14
INTRODUÇÃO
104
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
105
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
106
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
15 Zygmunt Bauman entende a sociedade contemporânea como a “[…] que aparece sob
o nome de última sociedade moderna ou pós-moderna, a sociedade da ‘segunda moder-
nidade’ de Ulrich Beck ou, como prefiro chamá-la, a ‘sociedade da modernidade fluida’.”
(BAUMAN, 2001, p. 31).
107
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
108
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
109
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
Vale rememorar que o risco surgiu como uma nova forma de distri-
buição na sociedade de escassez, modernizada, substituindo a distribuição
de riquezas. Em vista disso, analisa-se a aplicação desse conceito na temá-
tica do presente trabalho, qual seja na responsabilidade civil que surge na
relação médico-hospitalar.
Acontece que quando há a intersecção entre a responsabilidade civil
do médico e a do estabelecimento hospitalar é preciso entender que o mé-
dico está prestando os seus serviços no estabelecimento, ou seja, compõe
o quadro clínico daquele hospital e, portanto, deve ser responsabilizado
de igual forma. Entretanto, após toda a fase de instrução probatória de um
processo judicial, a qual tem como tema a discussão da responsabilidade
civil de cada uma das partes dessa relação (médico e estabelecimento hos-
pitalar), o médico responda de forma subjetiva.
Nesse sentido, no julgamento de um Agravo Regimento no Agra-
vo em Recurso Especial, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que
aos atos técnicos defeituosos praticados, vinculados de alguma forma ao
hospital, respondem os médicos solidariamente à instituição hospitalar e
o profissional responsável quando apurada a sua culpa profissional (BRA-
SIL. Superior Tribunal de Justiça, 2016).
Além do mais, neste mesmo caso o hospital é responsabilizado indi-
retamente por ato de terceiro, cuja culpa deve ser comprovada pela vítima
110
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
111
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
112
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
16 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Justiça em Números 2021. Brasília: CNJ, 2021, p. 277.
113
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
114
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
BECK, Ulrich. Sociedade de risco. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2011.
116
A PRESERVAÇÃO DA AUTONOMIA
DO DIREITO DIANTE DA
CRIATIVIDADE JURISDICIONAL
Daniella Gomes Reis Peixoto17
INTRODUÇÃO
117
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
1. PROBLEMATIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO
CRIATIVO DOS JUÍZES
118
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
119
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
120
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
121
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
122
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
123
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
1 24
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
125
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
126
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
127
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONCLUSÃO
128
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
mia do Direito. Mas esse caráter criativo pode, por vezes, conduzir a
um sentido oposto e levá-lo para um caminho de protagonismo judicial
através de condutas ativistas e uma “politização” do juiz, o que ameaça
a ordem democrática.
Por conta disso, é fundamental entender os limites e os compromissos
assumidos pela jurisdição para que ela cumpra legitimamente a sua fina-
lidade. Entender a complexa função interpretativa não como um simples
exercício de subsunção, mas como um ato que, dentro de uma intersub-
jetividade, revela o sentido contido na norma e com importante responsa-
bilidade na criação do Direito é o caminho para se proteger de solipsismos
e julgamentos arbitrários.
Ademais, com a institucionalização de conteúdos morais o sistema
jurídico passou a orientar-se também por princípios que trazem uma
carga axiológica ao Direito, permitindo uma atuação jurisdicional me-
nos engessada, porém sem desprezar a retidão aos anseios jurídicos. Essa
cooriginariedade do Direito e da moral, portanto, vai em sentido oposto
à arbitrariedade, pois se fundamenta justamente na racionalidade dos pre-
ceitos constitucionais.
Necessita-se de um olhar atento não apenas ao Direito positivado,
ao conteúdo semântico das normas, mas também à interpretação do
Direito pelos magistrados. O processo criativo não se encontra limi-
tado pela subjetividade judicial, mas pela coerência com os limites e
mandamentos incorporados pelo sistema jurídico. E este sistema que
se pretende legítimo não se apresenta apenas como uma disposição
simbólica e sem força normativa, longe disso, é o parâmetro funda-
mental para a criação do Direito.
REFERÊNCIAS
129
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
130
AS RELAÇÕES DE PODER E A
LEGITIMIDADE REPRESENTATIVA
LEGISLATIVA
Arthur Bezerra de Souza Junior18
Ronaldo de Oliveira Jarnyk19
INTRODUÇÃO
131
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
132
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
133
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
tica de força física para a prática espiritual se tal valor exercer maior
influência sobre esse grupo. Assim, o detentor do exercício do poder,
no caso citado acima, deixaria de ser um militar e passaria a ser um
sacerdote, já que o valor religioso tem preponderância no valor social
para este grupo.
Pode-se depreender, neste caso, que para que um grupo confira o
exercício do poder a uma determinada pessoa ou colegiado, é necessário
que haja legitimidade confiada pelos comandados ao comandante. Bo-
bbio (1998, p. 675) define legitimidade fracionando em dois conceitos,
um genérico e outro específico. O significado genérico, para o pensador
italiano, trata-se daquele que é imbuído de racionalidade e justiça e, assim,
garante legitimidade de uma ação ou atitude. Em contrapartida, o sentido
específico de legitimidade refere-se à linguagem política, um atributo do
Estado de assegurar, de forma consensual por parte representativa da po-
pulação, o dever de obedecê-lo sem que, para isso, tenha que se valer do
uso da força.
Assim, no caso acima, a legitimidade posta neste ponto é a de
significado genérico. Já o significado específico definido por Bobbio,
identificado pela estrutura e pela atuação do Estado, será aprofundado
adiante, quando abordada a legitimidade representativa na esfera do
Poder Legislativo.
Em complemento ao que foi exposto até aqui, cabe a citação de Rei-
naldo Dias (2013, p. 31) em referência ao pensamento do sociólogo Par-
sons, a qual diz:
134
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
135
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
136
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
137
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
138
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
139
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
140
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
141
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
142
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
tar com menos de oito e mais de setenta deputados. Ora, o fato é que ao
relacionar o voto recebido por cada representante frente ao total da popu-
lação do estado, verificar-se-á que um estado com “[…] quatrocentos mil
habitantes terá apenas oito representantes, enquanto um de trinta milhões
terá apenas setenta, o que significa um Deputado para cada cinquenta mil
habitantes para o primeiro e um para quatrocentos e vinte e oito mil e qui-
nhentos e setenta para o segundo.” (SILVA, 2014, p. 515). Com esse exem-
plo, é nítido não estar diante de um regime proporcional, mas estritamente
desproporcional, no qual a Câmara dos Deputados não se traduz em um
espelho fiel à demografia do povo, revelando um déficit representativo.
Os desequilíbrios representativos e de interesses perpassam uma va-
loração cultural, por vezes oculta pelas cortinas dos bons valores, mas que
acabam por se escancarar na prática legislativa, conforme explicita Fernan-
do Henrique:
143
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
144
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
145
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
146
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal. 56. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2020.
(Coleção Saraiva de Legislação).
147
DA SOCIEDADE DISCIPLINAR E DE
CONTROLE PARA A SOCIEDADE
ALGORÍTMICA
Renato Zanolla Montefusco20
Jamile Gonçalves Calissi21
INTRODUÇÃO
148
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
149
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
150
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
2. SOCIEDADE DISCIPLINAR
151
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
152
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
Sob o condão dos argumentos acima insculpidos, uma vez que res-
taram observadas elucubrações acerca do “nascimento” da sociedade dis-
ciplinar, do seu apogeu e declínio, será observada a seguir a sociedade de
controle.
3. SOCIEDADE DE CONTROLE
154
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
155
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
156
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
157
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
158
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
159
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
160
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
161
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
4. SOCIEDADE ALGORÍTMICA
162
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
163
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
164
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
165
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
166
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
167
O DIREITO CONTEMPORÂNEO DAS
FAMÍLIAS: A ESTRUTURAÇÃO DE
NÚCLEO FAMILIAR POR MEIO DO
PROCESSO DE ADOÇÃO POR CASAIS
HOMOAFETIVOS
Willian Lopes Amorim22
INTRODUÇÃO
168
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
era composta por varão (marido), com o dever de zelar por uma ou mais
esposas e demais membros da unidade familiar, sendo os poderes da famí-
lia concentrados exclusivamente nas mãos do marido, tanto em relação à
esposa, quanto aos filhos (NADER, 2016, n. p.).
Após a Revolução Industrial, a complexidade das relações e a possibi-
lidade de formações distintas do núcleo familiar começam a crescer. Essa
mudança levou à evolução do próprio conceito, pois as questões relaciona-
das ao casamento e à reprodução perdem seu poder e aproximam, cada vez
mais, a ideia de vínculo afetuoso como principal fator para a constituição
de uma unidade familiar.
No Brasil, a influência religiosa, que vigorou até a promulgação da
Constituição Federal de 1988, centralizou o conceito de “família” exclu-
sivamente no casamento. Logo, os que não formalizavam matrimônio não
eram reconhecidos pela Igreja, o que implicava na perda de legitimidade
perante a sociedade. Qualquer outro modo de vida em comum, consti-
tuído de uma união de convivência amorosa entre homem e mulher sem
que houvesse as formalidades do casamento, era considerado uma for-
ma ilegítima de constituição de vínculo familiar (DIAS, 2009, p. 46). A
união advinda do casamento, em sua história, nem sempre foi concebida
também pelo casamento civil, de forma que o casamento religioso era o
instituto que dava status de “família” para o casamento.
Outra questão importante é a de que o casamento, inicialmente, era
uma sociedade indissolúvel, sendo a sacralização do mesmo e a tentativa
de sua manutenção responsáveis pelo entendimento de única estrutura de
convívio lícita e digna de aceitação, fazendo com que outros tipos de rela-
cionamentos fossem condenados à invisibilidade (DIAS, 2009, p. 39-68).
Entretanto, hoje a formação familiar sob ótica constitucional vigente
foca na afetividade e descentraliza a esfera de pater familias, heterossexuali-
dade e monogamia, de forma que passa a promover a dignidade da pessoa
humana como um dos seus fundamentos (FIÚZA, 2006, n. p.).
1. FAMÍLIA MODERNA
169
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
2. ADOÇÃO HOMOAFETIVA
171
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
172
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
173
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
1 74
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
3. POSICIONAMENTO DO STF
CONCLUSÃO
175
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
adoção por casais homoafetivos, hoje está cada vez mais normal o interesse
desses casais pela construção de vínculo familiar.
Obviamente essas lutas alcançaram seus objetivos, e hoje, por exem-
plo, ninguém mais fica espantado em saber que há mulheres divorciadas,
chefes de família e mães solteiras. Uma grande evolução dos conceitos
familiares, a qual envolve as lutas diárias, por mais simples que sejam, em
compreender o significado de base familiar e buscar diariamente pelos di-
reitos de qualquer pessoa, o que faz com que esses novos núcleos familiares
sejam vistos como uma grande demonstração de carinho e afeto a todos
os envolvidos e com que essas crianças e adolescentes tenham os devidos
cuidados que realmente merecem.
Concorda-se que o termo família foi expandido, de forma a não ser
mais necessário que duas pessoas, homem e mulher, tenham que se unir
em matrimônio para formar uma família. Ainda nesta questão, o Direi-
to Civil trouxe diante da sociedade formas de conceito de família como
imagem de aliança estável existente mesmo que ela não tenha casamento
formal.
Ter uma família monoparental é quando apenas um dos dois, pai
ou mãe, convive e cria os filhos, sejam eles filhos biológicos ou ado-
tivos. A família afetiva do mesmo sexo também é conceituada como
a união de duas pessoas que pretendem se unir em uma relação dura-
doura através de laços afetivos, e devem ser reconhecidas e protegidas
de modo a obterem todos os direitos e obrigações independentemente
da orientação sexual.
Neste trabalho procurou-se demonstrar a contribuição através de ju-
risprudência e doutrina sobre evolução e filiação homoafetiva; foi analisa-
do também a real finalidade de que a adoção, nos moldes do Código Civil
de 1916, dá a um casal sem filho a possibilidade de criação de uma criança
ou adolescente como filho.
Desta maneira, não há como impedir que os casais homoafetivos ado-
tem conjuntamente uma criança ou adolescente. Através da jurisprudên-
cia, os brasileiros provam que os homossexuais têm os direitos a seu favor,
com base nos princípios da dignidade humana e da isonomia. Deixar de
proteger tal direito seria uma grave discriminação na orientação sexual
dos casais homoafetivos interessados em adotar.
176
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
177
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
178
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
179
RESUMOS
181
O DESCOMPASSO EXISTENTE ENTRE
O DIREITO PENAL BRASILEIRO E O
TRATAMENTO DOS PSICOPATAS
HOMICIDAS
Karina Ramos Perez Martins23
INTRODUÇÃO
183
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
184
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
185
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
REFERÊNCIAS
GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. 13. ed. Rio de
Janeiro: Impetus, 2011.
186
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
187
ANÁLISE DOS SUJEITOS DA TEORIA
PATERNALISTA
Leila Gomes Gaya24
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
188
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
189
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
190
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
METODOLOGIA
RESULTADO E DISCUSSÃO
191
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
192
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
193
APLICABILIDADE DA TEORIA
DA SOCIEDADE ABERTA DE
INTÉRPRETES DE PETER HABERLE
DIANTE DA ASCENSÃO DAS REDES
SOCIAIS
Daniella Gomes Reis Peixoto25
INTRODUÇÃO
194
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Todo aquele que vive no contexto regulado por uma norma e que
vive com este contexto é, indireta ou, até mesmo diretamente, um
intérprete dessa norma. O destinatário da norma é participante ati-
vo, muito mais ativo do que se pode supor tradicionalmente, do
processo hermenêutico. Como não são apenas os intérpretes jurí-
dicos da Constituição que vivem a norma, não detêm eles o mono-
pólio da interpretação da Constituição. (HABERLE, 1997, p. 15).
195
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
196
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
197
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONCLUSÕES
198
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
199
RESPONSABILIDADE SOCIAL COMO
CAMINHO DE EFETIVAÇÃO PARA O
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA
EMPRESA
Camila Corrêa Teixeira26
Jéssica Holandini Costa27
Samanta Carolina Magalhães Quaresma28
Carina Leal Nassar29
INTRODUÇÃO
200
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
201
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
203
P E N S A N D O S O C I E D A D E , C U LT U R A E D I R E I TO
CONCLUSÕES
204
CLAUDIA LIMA MONTEIRO, NARA RÚBIA ZARDIN, GUTIANNA MICHELLE DE OLIVEIRA DIAS (ORGS.)
REFERÊNCIAS
205