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Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG

Unidade Acadêmica UEMG Abaeté


Curso de Administração

Lorrany Fernanda Mendes

ILÍCITO TRIBUTÁRIO
``O que é? Quais as consequências para as
empresas? ´´

Abaeté/MG
2022
Lorrany Fernanda Mendes

ILÍCITO TRIBUTÁRIO
``O que é? Quais as consequências para as
empresas? ´´

Trabalho apresentado ao curso de


Administração da Universidade do
Estado de Minas Gerais (UEMG),
unidade acadêmica de Abaeté como
atividade avaliativa da disciplina de
Direito e Legislação Tributária.

Profª: Poliana

Abaeté/MG
2022
DESENVOLVIMENTO

O tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela


se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada (CTM, Lei 5172/66, art.3°).
➢ ``Que não constitua sanção de ato ilícito´´: ao contrário da multa, o tributo não
é penalidade.
A ideia de infração ou ilícito relaciona-se com o não cumprimento de determinadas
prestações. Por infração tributária ou ilícito tributário, entende-se todo e qualquer
comportamento, omissivo ou comissivo, que represente desatendimento de deveres
jurídicos previstos em normas que cuidem da tributação. O ilícito tributário condiz com
a relação de o contribuinte causar forte impacto na descapitalização do Estado, na
medida em que tem previsão de recebimento frustrada pela atitude daquele que nega
o recolhimento.
O ilícito tributário pode envolver três espécies:
➢ Infração tributária: é decorrente da inobservância da legislação tributária, como
ocorre com o pagamento incorreto do tributo.

➢ Infração tributária e penal: irá ocorrer quando o contribuinte vem a burlar a


legislação com o objetivo de não pagar o tributo. O fisco irá apurar o tributo e
aplicar a`` penalidade´´ cabível, mas também haverá crime, como por exemplo,
de sonegação fiscal.

➢ Infração penal: haverá apenas infração penal quando o fato praticado implicar
apenas violação à lei penal, como do fiscal que exige tributo que sabe indevido
(art.316 do CP).

Os procedimentos que inobservam os deveres jurídicos tributários podem ser


examinados à luz de variadas classificações. Entre elas, das mais usadas por seu
sentido prático, está à divisão que cogita das infrações à obrigação tributária e
daquelas que violam simples deveres instrumentais ou formais.
➢ Elisão: Condutas lícitas que objetivam impedir o nascimento da obrigação
tributária.
➢ Evasão: Condutas ilícitas tipificadas na Lei 8.137/90, que a doutrina divide três
espécies: sonegação, fraude e conluio.
➢ Sonegação: Visa impedir ou retardar o conhecimento pela autoridade tributária
do fato gerador. Ex: nota calçada.
➢ Fraude. Ex: abuso de forma jurídica. Tratar como leasing (arrendamento) o que
seria uma compra e venda para evitar o pagamento do ITBI ou do IR.

Concluo que ajuste ilícito entre as partes para evitar o pagamento do tributo. Ex
Médico oferece desconto na consulta mediante pagamento em dinheiro e sem recibo.
Um outro exemplo: um microempresário que deixa de recolher o ICMS no valor
de dez mil reais por mês não pode ser equiparado a uma grande empresa que não
recolhe um milhão de reais mensais, pois o prejuízo materializado é deveras distinto.
Neste pensar, portanto, a norma elaborada exige tirocínio e exatidão, mormente se o
delito vier associado a outro e pretender demonstrar conotação profissional, de crime
de organização, donde a prisão cautelar ou de ordem preventiva teria curso para se
evitar destruição de informes, documentos e quaisquer subsídios imprescindíveis à
denúncia. Elaborado este plano de visão a respeito da legislação que sinaliza
incidência para cada tipo específico de tributação no campo concentrado,
fundamental desenvolver o tema e ao encontro de soluções que definam melhor a
capacidade do contribuinte e os comportamentos reputados ilícitos.
Cumpre ressaltar que tributo, nos termos do art. 3º do CTN, é apenas o vínculo
jurídico do primeiro exemplo (vender mercadoria). O segundo exemplo contempla
uma hipótese de aplicação de penalidade pecuniária em virtude do não cumprimento
do dever instrumental de emitir nota fiscal. Nada obstante isso, ambos são, segundo
o que prescreve o Código Tributário Nacional, créditos tributários.
O art. 139 do Código Tributário Nacional prescreve que:
“Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza
desta”.
Nota-se que, nos termos deste dispositivo, o crédito tributário tem como origem a
chamada obrigação principal. Resta-nos, então, saber o que o Código Tributário
Nacional considera obrigação principal.
Vê-se, então, que o Código Tributário Nacional considera crédito tributário tanto
o crédito oriundo de evento lícito como o decorrente da aplicação de penalidade
pecuniária pelo descumprimento de obrigações tributárias (ilícitos). Nesse sentido, as
sanções pecuniárias aplicadas aos contribuintes pelo não pagamento de tributo ou
pelo descumprimento de deveres instrumentais são obrigações que, na sistemática
do Código Tributário Nacional, se enquadram nas chamadas obrigações principais.
REFERÊNCIAS

Direito tributário II aula 12. Slideplayer.com.br, 2013. Disponível em:


https://slideplayer.com.br/amp/1592781/
Acesso em: 13/12/22.

Infração tributária, ilícito penal tributário e a Responsabilidade Trubutária do


Agente. Jusbrasil, 2014.
Disponível em: https://lucasfaria2.jusbrasil.com.br/artigos/187830246/infracao-
tributaria-ilicito-penal-tributario-e-a-responsabilidade-tributaria-do-agente
Acesso em: 13/12/22.

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