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REVISÃO TRIBUTÁRIA
CONCEITO DE DIREITO
Direito é o conjunto de princípios e normas que regulam
coercitivamente a vida social e qualificam situações para
discipliná-las normativamente.
Princípios – Grandes fundamentos que prevalecem sobre
todas as normas.
Normas – São as regras de comportamento, compostas
pelos elementos: hipótese, sanção. Como exemplo de
hipótese temos o fato de receber a renda; e como
exemplo de sanção o ato de pagar o IR.
COERCITIVO – Caráter coativo = poder do Estado de
aplicar a sanção, até pela força, se necessário.
O direito pode ser classificado em público e privado.
Público – Titular do Direito é o Estado, é de natureza
coletiva, a norma é compulsória (obrigação de dar, fazer).
Privado – Direito do particular, é de natureza individual, a
norma é permissiva, permite fazer mas não obriga.
Para que o Estado possa realizar suas próprias ações
utiliza o Direito Público para a obtenção de recursos
financeiros. Dessa forma exerce a atividade financeira
buscando origens, gerindo e aplicando de acordo com a
Lei.
CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
É o ramo do Direito Público que rege as relações jurídicas
entre o Estado e os particulares. É o conjunto de
princípios e normas jurídicas relativas à instituição e
arrecadação de tributos.
TRIBUTOS
O CTN, nos artigos 3º a 5º define o conceito de tributo, é
a prestação pecuniária em moeda ou valor que nela possa
se expressar, resumindo, é um pagamento em moeda,
forma normal de extinção da obrigação tributária. Ou
seja, o Estado determina em lei o que o contribuinte deve
recolher e o mesmo está obrigado a efetuar o
pagamento, em moeda ou valor equivalente.
São espécies de tributos:
IMPOSTOS – independem de atividade estatal em relação
ao contribuinte, conforme art. 16 do CTN.
TAXAS – Tem como fato gerador o exercício regular do
poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de
serviço público, específico e divisível, conforme art. 77 e
78 do CTN.
A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idêntico ao imposto, nem ser calculado em função do
capital das empresas. Ou seja, as taxas pressupõem uma
atividade estatal, prestada àquele contribuinte que a
paga. Exemplos: taxa para emissão de passaporte, alvará,
porte de arma, taxa de socorro, etc.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – Conforme art. 81 e 82 do
CTN, contribuições de melhoria somente podem ser
cobradas em virtude de obra pública.
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES – O art. 149 da CF estabelece
que somente a União poderá instituir contribuições
sociais, de intervenção do domínio econômico e de
interesse das categorias. Como contribuições sociais
temos: CSLL, INSS, Cofins. De intervenção do domínio
econômico a CIDE. De interesse das categorias são
destinadas a custear os serviços dos órgãos responsáveis,
EX: CRC, OAB, CRM, etc.
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – O art. 148 da CF dispõe
sobre empréstimos compulsórios, eles só podem ser
instituídos por lei complementar para atender despesas
extraordinárias decorrentes de calamidades públicas,
guerra externa ou sua eminência, e no caso de
investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional.
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DOS TRIBUTOS
São elementos fundamentais:
FATO GERADOR – É a concretização da hipótese de
incidência, podendo gerar uma obrigação principal,
pagamento de tributo, ou uma obrigação acessória,
escrituração de livros fiscais. Suas definições estão
dispostas nos art. 114 e 115 do CTN.
CONTRIBUINTE OU RESPONSÁVEL – Contribuinte é o
sujeito passivo das obrigações. Contribuinte é a pessoa
escolhida para responder pela obrigação tributária. Ele
não arca com o ônus tributário, age como arrecadador e
depositário para o Fisco.
SUJEITO ATIVO – Pessoa jurídica de direito público apta a
exigir o cumprimento da obrigação.
SUJEITO PASSIVO – É a pessoa natural ou jurídica,
obrigada em função da legislação.
São elementos complementares do tributo:
BASE DE CÁLCULO – É o montante sobre o qual se apura o
tributo.
ALÍQUOTA – É um fator definido em lei, aplicado sobre a
base de cálculo para apurar o valor devido do tributo.
PRAZO – É a data limite para cumprimento, tanto da
obrigação principal, pagamento, quanto acessória,
entrega de coisa.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Crédito é o direito que o sujeito ativo tem de exigir do
sujeito passivo uma determinada prestação, isso decorre
da realização do fato gerador.
LANÇAMENTO – Conforme art. 142 do CTN, a constituição
do crédito tributário se dá pelo lançamento.
DIRETO OU DE OFÍCIO – Todos atos são efetuados pela
autoridade administrativa, sem intervenção do
contribuinte. Exemplo: IPTU, IPVA, Contribuição de
Melhoria.
POR DECLARAÇÃO – O lançamento é feito com a
colaboração do contribuinte, este presta informações e a
autoridade administrativa aplica a legislação tributária,
calcula o valor devido e notifica o contribuinte para que
efetue o pagamento do crédito. Exemplo: ISS.
HOMOLOGAÇÃO OU AUTOLANÇAMENTO – É feito pelo
contribuinte ou responsável, e o pagamento ocorre antes
do início de qualquer procedimento por parte da
autoridade administrativa. Ou seja, o contribuinte fica no
aguardo da confirmação de seus atos por parte da
autoridade.
Essa confirmação é chamada de homologação, podendo
esta ser: expressa – a autoridade notifica que está de
acordo; tácita – conforme art. 150, §4º, do CTN, após
decorridos cinco anos da realização do fato gerador, a
administração deve se manifestar. Após esse prazo
considera-se homologado e extinto o crédito tributário.
ARBITRAMENTO – Caso o contribuinte tenha prestado
informações falsas, inidôneas, agir com dolo, estará
sujeito à revisão do lançamento e ao arbitramento, nas
condições e nos limites estabelecidos pela legislação do
IR.
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE – Há hipóteses em que o
agente administrativo não pode requerer o pagamento
do tributo pois sua exigência está suspensa, conforme
dispõe CTN , art. 151, incisos I a VI: moratória – dilação do
prazo de pagamento; depósito judicial por recurso;
liminar; parcelamento. Nesse período o cumprimento da
obrigação principal está suspenso, mas da obrigação
acessória não.
EXTINÇÃO – É quando o sujeito passivo já não possui
obrigações para com o sujeito ativo. O caminho normal se
dá pelos pagamentos, compensações, transações, etc.
RENÚNCIA FISCAL
ISENÇÃO – É o não alcance da incidência tributária de
determinada PF ou PJ, somente pode ser concedida ou
editada em lei. Seguem suas formas:
Condicionada – A lei estabelece uma série de exigências a
serem atendidas pelo contribuinte.
Incondicionada – É prevista em lei hipóteses sem exigir
qualquer condição.
Prazo certo – determina o prazo do benefício.
Prazo indeterminado – não fixa o prazo, ela pode ser
revogada a qualquer momento.
Importante
Na Prática
“CAPÍTULO I
Na Prática
Ementa(s)
Assunto: Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social - Cofins
Período de apuração: 31/01/2010 a 31/12/2013
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. VALIDADE.
PROPÓSITO NEGOCIAL. A validade do planejamento
tributário é aferida após verificação de adequação
da conduta no campo da licitude ou da ilicitude.
Assim, a opção negocial do contribuinte no
desempenho de suas atividades, quando não
integrar qualquer hipótese de ilicitude, ou seja,
implicando a ausência de subsunção do fato à norma
tributária ou acarretando o enquadramento à norma
tributária que prescreva exigências menos onerosas,
é perfeitamente lícita e não susceptível de
desconsideração pela autoridade administrativa para
fins de tributação. Todavia, estará o contribuinte no
campo da ilicitude se demonstrada a ausência de
propósito negocial.
SIMULAÇÃO. CONCEITO. Considera-se simulação
quando a vontade declarada no negócio jurídico não
se coaduna com a realidade do negócio firmado,
hipótese em que o Fisco deve alcançar o negócio
jurídico que se dissimulou, para proceder à devida
tributação.
FRAUDE. MULTA QUALIFICADA. A aplicação da multa
qualificada pressupõe o comprovado intuito de
fraude, nos exatos termos dos arts. 71, 72 e 73 da Lei
n° 4.502/1964, que é o doloespecíficoda
condutapraticada.A não convalidação de
planejamento tributário, por si só, não justifica a
qualificação da multa, pois a discussão sobre
desqualificação do planejamento tributário é
matéria diversa e tem base em premissas jurídicas
distintas daquelas que devem equacionar a
aplicabilidade da multa qualificada. Logo, mesmo
que o planejamento fiscal não possa ser
convalidado, a qualificação da multa apenas se
impõe, se preenchidos os seus próprios requisitos.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. INTERESSE COMUM.
Cabe a atribuição de responsabilidade solidária
àqueles que tiverem interesse comum na situação
que constitua o fato jurídico tributário, nos termos
do art. 124, I, do CTN.
JUROS DE MORA SOBRE MULTA DE OFÍCIO. A
obrigação tributária principal compreende tributo e
multa de ofício proporcional. Sobre o crédito
tributário constituído, incluindo a multa de ofício,
incidem juros de mora, devidos à taxa Selic.
ALÍQUOTA
Para operações internas, ou seja, dentro do RS, o
percentual aplicável sobre a BC, 12% no RS a partir de
01/04/21, para a maioria de produtos, sendo
determinada de acordo com a essencialidade do produto.
• 30% - serviço de comunicação;
• 25% - armas, bebidas alcoólicas, cigarros,
embarcações, perfumaria, cosméticos, etc;
• 22% - cerveja;
• 20% - energia elétrica de via pública;
• 12% - demais mercadorias;
Para alguns produtos temos o adicional de 2% (dois por
cento) até 31/12/2025, destinado ao AMPARA/RS,
devendo este ser recolhido em guia a parte do ICMS
Normal:
EXCEÇÕES
São operações em que, mesmo havendo a circulação de
mercadorias, sua incidência se enquadra em hipóteses de
exceção à regra de incidir. Vejamos quais são as
situações:
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
O imposto é não cumulativo, compensando o que for
devido em cada operação com o montante cobrado
anteriormente, pelo RS ou por outra Unidade da
Federação. Os artigos 30 e 31 do RICMS/RS dispõe sobre
o direito ao Crédito Fiscal.
Onde:
CT = Crédito Tributário
DF = Débito Fiscal, apurado nas saídas com aplicação da
alíquota sobre a base de cálculo.
CF = Crédito Fiscal, que equivale ao débito fiscal da
operação anterior, vindo destacado no documento que
respalde a operação.
Para que o crédito possa ser registrado é necessário que
esteja destacado em documento fiscal hábil, emitido por
contribuinte em situação regular perante o Fisco.
Todos elementos necessários para identificação do
Crédito Tributário devem estar previstos em lei.
CONTRIBUINTE
É considerado contribuinte quem pratica o fato gerador,
porém em alguns casos a legislação prevê que outro
sujeito seja responsável pelo recolhimento do mesmo.
APURAÇÃO DO ICMS
A apuração do ICMS é realizada mensalmente. São
verificadas todas notas fiscais emitidas pela empresa,
bem como as notas emitidas contra a empresa, que sejam
de regulamentação pelo Fisco Estadual. E porque falar
assim? Pois temos nesse conjunto notas de produto,
mercadoria, transporte, energia, telecom, serviços
tributados pelo ICMS, remessas, enfim, uma série de
operações e modelos de documentos diferentes.
A vantagem da apuração do ICMS é que os documentos já
foram conferidos e validados em outras etapas do
processo fiscal (vamos falar sobre essas etapas em outra
aula)
O responsável pela apuração vai assegurar que os
tributos destacados e creditados nas operações de
entradas, foram devidamente registrados, pelo resumo
do CFOP no Registro de Apuração do ICMS e IPI, bem
como os tributos destacados nas operações de saída,
foram devidamente registrados no livro.
Porém não é somente essa tarefa que é realizada, é
necessário verificar e lançar os montantes cujo destaque
não se identifica a cada documento, que valores são
esses?
Adicional referente a algum fundo (no RS temos
adicional de 2% (dois por cento) em operações com
algumas mercadorias, chamado de AMPARA;
ICMS Substituição Tributária, tanto em operações de
entrada quanto operações de saída, atentando para
o cálculo, código das guias de recolhimento geradas,
registro;
ICMS Diferencial de Alíquota, incidente nas
operações de aquisição interestadual de material de
uso e consumo ou ativo imobilizado, atentando para
o cálculo (diferença da alíquota interna praticada
com aquele item, para a alíquota interestadual
praticada na nota), código das guias de recolhimento
geradas, registro (este temporariamente não
aplicável uma vez que a alíquota interna foi reduzida
para 12%, não havendo diferença de alíquota interna
para interestadual);
Partilha, é a parcela do ICMS incidente nas
operações de saída interestadual, destinada a não
contribuinte, que a partir de 2019 o recolhimento
deve ser efetuado 100% para o Estado de destino da
mercadoria, atentando para o cálculo, código das
guias de recolhimento geradas, registro;
Temos ainda as apurações extrafiscais: incentivos,
benefícios, regimes especiais. Cujo cálculo segue
regra específica da legislação que suporta a
operação, devem ser indicados os documentos que
atendem os pré requisitos bem como obrigações
acessórias a eles atrelados (alguns exigem emissão
de nota fiscal, informações específicas em livro fiscal,
etc), atentando para o cálculo, registro;
CIAP, é a apuração do Crédito de ICMS sobre o Ativo
Permanente. A legislação assegura que a empresa
pode se apropriar do crédito do ICMS sobre as
aquisições de ativo permanente, em 48 (quarenta e
oito) meses. É necessário efetuar o lançamento com
CFOP de aquisição de ativo imobilizado, controlar
item a item no CIAP, calcular mensalmente 1/48
avos do ICMS, e apropriar sobre esse valor a
proporção de saídas tributadas no período (calcula-
se as saídas tributadas sobre o total de saídas,
levando em consideração algumas especificações da
legislação), atentando para o cálculo, registro;
Além dos itens acima, o responsável pela apuração deve
acompanhar e atentar para a evolução da carga tributária
por CFOP. Como exemplo trago as aquisições
interestaduais, sabemos que as alíquotas podem ser de
4% (quatro por centro) nas aquisições de produtos
predominantemente importados, ou 12% (doze por
cento) nas aquisições de produtos predominantemente
nacionais. Analisando a média histórica da empresa,
qualquer variação que fuja a normalidade, deve ser
tratada como anomalia e deve ser investigada. Assim
como as operações de saída, deve-se acompanhar a
evolução e qualquer discrepância da normalidade, a fim
de evitar questionamentos e fiscalizações desnecessárias.
E caso seja identificada uma operação em desacordo,
conseguimos regularizar?
Vamos por partes...
Se a operação de entrada está em desacordo:
Porque o fornecedor destacou indevidamente uma
base de cálculo, alíquota ou valor do tributo maior
ao permitido pela legislação? É de responsabilidade
do destinatário estar atento a legislação e ao que ela
lhe permite se creditar, dessa forma o contribuinte
está limitado a se aproveitar do autorizado, e
havendo “sobra” do valor destacado em documento
fiscal, não deve se aproveitar. E caso a nota já tenha
sido lançada? É recomendada a correção do
lançamento, por isso as etapas de lançamento,
conferência, geração dos livros fiscais, apuração dos
tributos.
E caso o fornecedor não tenha destacado o ICMS na
nota fiscal? O adquirente pode solicitar uma nota
complementar onde o fornecedor irá destacar o
imposto, indicar a nota referenciada (nota de origem
da operação).
Se o que está em desacordo são outros dados é
possível a emissão de carta de correção para o ajuste
das informações.
Importante lembrar que dependendo do modelo de
documento não temos as possibilidades acima
descritas. Por exemplo: nota modelo 21 (nota fiscal
de serviço de telecomunicação) não tem
disciplinadas as possibilidades de nota
complementar ou carta de correção. Nessa
circunstância o fornecedor deve ser informado para
providenciar a substituição do documento com as
devidas informações/valores.
Se a operação de saída está em desacordo:
Porque o emitente destacou indevidamente uma
base de cálculo, alíquota ou valor do tributo maior
ao permitido pela legislação? É sua responsabilidade
conferir as notas emitidas antes da circulação da
mercadoria, sendo possível fazer uso do
cancelamento da nota para emissão da nota correta.
E se já tiver saído a mercadoria/produto e tiverem
identificado posteriormente? Deve-se contatar o
cliente para que o mesmo, através do MD-e
desconheça a operação, para que possam emitir
uma nota própria de devolução (dando entrada nos
itens), revertendo a operação, para emitir uma nova
nota de saída.
E se o cliente já tiver dado entrada? Deve-se
contatar o cliente para que o mesmo emita uma
nota de devolução, para que possam dar entrada
nessa nota de devolução, revertendo a operação,
para emitir uma nova nota de saída.
E caso o emitente não tenha destacado o ICMS na
nota fiscal? Pode ser emitida uma nota
complementar onde será destacado o imposto,
indicando a nota referenciada (nota de origem da
operação).
Se o que está em desacordo são outros dados é
possível a emissão de carta de correção para o ajuste
das informações.
Da mesma forma que as notas de entrada, essa
observação cabe também para as notas fiscais de
saída, dependendo do modelo de documento não
temos as possibilidades de complemento ou carta de
correção. acima descritas. Por exemplo: nota modelo
6 (nota fiscal / conta de energia elétrica) não tem
disciplinadas as possibilidades de nota
complementar ou carta de correção. Nessa
circunstância é necessário providenciar a
substituição do documento com as devidas
informações/valores, através do cancelamento, uma
vez que o documento fiscal nesse modelo não está
enquadrado no prazo de 24h para o cancelamento, a
partir da emissão.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Segue abaixo o rol de obrigações acessórias pertinentes
ao ICMS:
Livro de Entrada: onde são registradas todas notas
de entrada recepcionadas pela empresa, com as
seguintes informações: data de entrada, espécie de
documento, série, número do documento, data de
emissão, emitente da nota, UF do emitente, valor
contábil, CFOP, incidência do ICMS e IPI, base de
cálculo/valor da operação, alíquota, imposto
creditado, observação;
Livro de Saída: onde são registradas todas notas de
saída emitidas pela empresa, com as seguintes
informações: espécie de documento, série, número
do documento, data de emissão, UF do destinatário,
valor contábil, CFOP, incidência do ICMS e IPI, base
de cálculo, alíquota, imposto debitado, isentas,
outras, observação;
Registro de Apuração: esse livro consolida por CFOP
as operações transacionadas pela empresa no mês
de competência, com as seguintes informações:
CFOP, valor contábil, base de cálculo, valor do
imposto, isentas ou não tributadas, outras;
Fiscalmente falando, temos outros livros, porém esses
três são os mais usuais, mas seguem os demais para
conhecimento e entendimento da finalidade:
Registro de Inventário: destina-se a arrolar, pelos
seus valores e com especificações que permitam sua
perfeita identificação, as mercadorias, as matérias-
primas, os produtos intermediários, os materiais de
embalagem, os produtos manufaturados e os
produtos em fabricação, existentes em cada
estabelecimento do contribuinte na data do balanço
e por ocasião de transferência ou baixa do
estabelecimento;
Registro de Controle da Produção e do Estoque:
destina-se à escrituração dos documentos fiscais e
dos documentos de uso interno do estabelecimento,
correspondentes às entradas, às saídas e
fornecimentos, à produção, bem como das
quantidades referentes aos estoques de
mercadorias;
Registro de Utilização de Documentos Fiscais e
Termos de Ocorrências – RUDFTO: destina-se à
escrituração das entradas de documentos fiscais
referidos no art. 8º, exceto Cupom Fiscal emitido por
ECF, confeccionados por estabelecimentos gráficos
ou pelo próprio contribuinte usuário do documento
fiscal respectivo, bem como à lavratura, pela
Fiscalização de Tributos Estaduais, de termos de
ocorrências;
Controle de ICMS sobre Ativo Permanente: Nesse
livro são controlados os ativos permanentes, bem
como sua apropriação mensal, sua utilização, e os
créditos referentes aos mesmos. A apropriação é de
1/48 avos, sendo um avo por mês, e proporcional às
saídas tributadas. Há dois modelos mais utilizados
dos livros, o modelo C onde os registros são
englobados, e o modelo D, onde os registros são
individuais;
Importante ressaltar que esses livros são geradores de
informações para a GIA, a EFD ICMS/IPI bem como para a
EFD Contribuições, ou seja, é necessário assegurar os
registros adequados para o cumprimento das obrigações
acessórias.
Além dos livros fiscais temos outras obrigações
acessórias, quais sejam:
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): Nota Fiscal Eletrônica é
um documento de existência apenas digital, com o
intuito de documentar, para fins fiscais, uma
operação de circulação de mercadorias ou uma
prestação de serviços. Sua validade jurídica é
garantida pela assinatura digital e pela recepção,
pelo Fisco, antes da ocorrência do fato gerador;
Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA): A GIA
- Guia de Informação e Apuração do ICMS tem como
finalidade demonstrar o imposto apurado pelo
contribuinte, em cada período de apuração, assim
como apresentar outras informações de interesse
econômico-fiscal. Tal declaração nada mais é do que
um reflexo do Livro Registro de Apuração do ICMS,
contendo informações agrupadas das operações e
prestações realizadas pelo contribuinte no período
de referência, bem como outros créditos e débitos
que influenciaram na apuração do imposto;
Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS/IPI): A
Escrituração Fiscal Digital - EFD compõe-se da
totalidade das informações econômico-fiscais e
contábeis, em meio digital, necessárias à apuração
dos impostos referentes às operações e prestações
praticadas pelo contribuinte, bem como outras de
interesse das administrações tributárias das
unidades federadas e da Secretaria da Receita
Federal do Brasil - RFB. Essas informações referem-
se aos dados correspondentes ao período
compreendido entre o primeiro e o último dia do
mês, considerando-se uma série de informações
fiscais e econômicas da empresa;
RISCOS
Primeiramente é importante lembrar que todas essas
obrigações acessórias se cruzam, cadastros de
participantes, dados fiscais, montantes, informações
sobre incidência dos tributos. O valor constante de ICMS
destacado em uma NF-e emitida, deve ser idêntico ao
informado nessa mesma nota na EFD ICMS/IPI. O valor de
determinado CFOP indicado no Registro de Apuração
deve ser idêntico ao informado na GIA.
BASE LEGAL
CF; CTN; Lei Complementar 87/96, Lei Estadual nº
8820/89; Decreto nº 37.699/97
EXEMPLO
Uma indústria vende um televisor para uma loja varejista
por R$ 800,00. Considerando que a base de cálculo é o
valor da operação e a alíquota aplicável na operação é de
12%, teremos um Débito Fiscal, nessa venda, de R$ 96,00.
Quando a loja receber o televisor e der entrada em sua
unidade, deverá registrar o crédito de R$ 96,00.
ALÍQUOTA
É o percentual aplicável sobre a BC, definido na TIPI, varia
de acordo com o produto.
EXCEÇÕES
São operações em que, mesmo havendo a
industrialização de produtos, sua incidência se enquadra
em hipóteses de exceção à regra de incidir. Vejamos quais
são as situações:
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
O IPI é um imposto não cumulativo, ou seja, do imposto
devido em cada etapa pode ser deduzido o valor pago na
operação anterior.
É assegurado o direito ao crédito destacado em
documento fiscal hábil, emitido por contribuinte em
situação regular com o Fisco, na aquisição de insumos
(matéria-prima, produto intermediário e embalagens)
empregados na industrialização de produtos tributados
destinados à venda. O direito ao crédito está
condicionado ao registro nos livros.
Após transcorridos cinco anos da data de emissão do
documento, extingue-se o direito ao crédito.
Os importadores tem direito ao crédito de IPI pago no
momento do desembaraço aduaneiro, desde que a
mercadoria esteja acompanhada de documento fiscal
hábil e que a saída do mesmo seja tributada.
O Crédito Tributário do IPI é calculado como o do ICMS,
ou seja, é a diferença dos débitos apurados no período,
descontados os créditos apurados nas notas de entrada,
resultando a diferença que se devedora, deve ser
recolhido aos cofres públicos, e se credora, é
transportada para períodos subsequentes para
aproveitamento posterior.
CONTRIBUINTE
São contribuintes do IPI o industrializador ou quem a ele
se equiparar
APURAÇÃO DO IPI
A apuração do IPI é realizada mensalmente. São
verificadas todas notas fiscais emitidas pela empresa,
bem como as notas emitidas contra a empresa, que
tenham incorrido na incidência do IPI. Cabe lembrar que
o Imposto Sobre Produtos industrializados incidirá nas
operações de vendas de produtos que se enquadram no
conceito de industrialização do Regulamento do IPI.
No caso das notas de entrada a área fiscal deve atentar
para o CFOP, que deve estar condizente com a situação
tributária e o destaque do imposto no documento fiscal.
Cabe reforçar que o cálculo do IPI depende da NCM do
item, então na conferência dos documentos lançados e
emitidos é importante verificar essa informação, e a
alíquota indicada.
Dessa forma, teremos no mesmo resumo de CFOP
tributações diferentes devido a classificação da NCM.
Com relação às operações de saída, a área fiscal deve
assegurar que a empresa realiza alguma das operações
previstas no Regulamento do IPI, para assegurar o
enquadramento e incidência do tributo. Até porque, o IPI
compõe a base de cálculo do ICMS, majorando o valor do
tributo, ou seja, uma vez que o mesmo seja destacado
indevidamente, aumenta o valor do ICMS incidente.
Nos deparamos nas operações com IPI com circunstâncias
simulares às do ICMS. E caso seja identificada uma
operação em desacordo, conseguimos regularizar? Sim,
as mesmas correções realizadas para fins de ICMS podem
ser feitas para fins de IPI.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Os contribuintes do IPI possuem como obrigações
acessórias os mesmos Livros Fiscais de ICMS: entrada,
saída, apuração; e ainda EFD ICMS/IPI e DCTF;
RISCOS
Primeiramente é importante lembrar que todas essas
obrigações acessórias se cruzam, cadastros de
participantes, dados fiscais, montantes, informações
sobre incidência dos tributos. O valor constante de IPI
destacado em uma NF-e emitida, deve ser idêntico ao
informado nessa mesma nota na EFD ICMS/IPI. O valor de
determinado CFOP indicado no Registro de Apuração
deve ser idêntico ao informado no resumo da EFD
ICMS/IPI.
BASE LEGAL
CF; CTN; Decreto nº 7.212/10
EXEMPLO
A contabilização do IPI ocorre da mesma forma que o
ICMS. Nas entradas, o estoque é contabilizado líquido do
imposto, uma vez que é recuperável.
Exemplo:
Total dos produtos: R$ 1.000,00
IPI de 10%: R$ 100,00
Total da nota: R$ 1.100,00
Exemplo:
Total dos produtos: R$ 7.000,00
IPI de 5%: R$ 350,00
Total da nota: R$ 7.350,00
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
EFD Contribuições – Escrituração Fiscal Digital
Contribuições; DCTF;
REGIME DE TRIBUTAÇÃO NÃO CUMULATIVO
CONCEITO
Constituído em 2002, através da Lei nº 10.637 para o PIS
e em 2003 a Lei nº 10.833 para Cofins, foi instituído o
regime Não Cumulativo das Contribuições e sua
sistemática segue o raciocínio do IPI e ICMS, ou seja, a
empresa se credita na entrada de materiais e se debita na
saída.
O Regime Não Cumulativo é obrigatório para empresas
optantes pelo Lucro Real, para fins de tributação do
IRPJ/CSLL.
CONTRIBUINTES
São as pessoas jurídicas que apuram o imposto de renda
com base no lucro real, exceto:
bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos
de desenvolvimento, agências de fomento, caixas
econômicas;
sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, e
sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários;
empresas de arrendamento mercantil;
cooperativas de crédito;
empresas de seguros privados e de capitalização,
agentes autônomos de seguros privados e de
crédito;
entidades de previdência complementar privada,
abertas e fechadas (sendo irrelevante a forma de
constituição);
associações de poupança e empréstimo;
pessoas jurídicas que tenham por objeto a
securitização de créditos: imobiliários, nos termos da
Lei nº 9.514, de 1997; financeiros, observada
regulamentação editada pelo Conselho Monetário
Nacional; ou agrícolas, conforme ato do Conselho
Monetário Nacional;
operadoras de planos de assistência à saúde;
empresas particulares que exploram serviços de
vigilância e de transporte de valores, referidas na Lei
nº 7.102, de 1983;
sociedades cooperativas, exceto as de produção
agropecuária e as de consumo.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo é a totalidade das receitas auferidas no
mês, independente da sua denominação ou classificação
contábil, que compreende a receita bruta e todas as
demais receitas auferidas.
ALÍQUOTA
As alíquotas das Contribuições no Regime Não
Cumulativo são de 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco
centésimos por cento) para o PIS e de 7,6% (sete inteiros
e seis décimos por cento) para a Cofins.
Há uma lista de produtos com tributação diferenciada,
concentrada e alíquotas diferentes, identificadas pela
NCM, uma vez que essas contribuições seguem o
Princípio da Essencialidade, ou seja, quanto mais
essencial o produto, menor sua tributação.
EXCEÇÃO À REGRA
Continuam sujeitas ao regime de apuração cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins as receitas
decorrentes de diversas operações, vamos exemplificar
algumas:
CRÉDITOS
Os créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins,
regra geral devem ser determinados mediante a aplicação
dos percentuais de 1,65% e 7,6%, respectivamente, sobre
os valores:
PERÍODO DE APURAÇÃO
A apuração das Contribuições é feita mensalmente, mas a
incidência ocorre a cada operação com produtos
tributados.
EXEMPLO
A empresa ABC no ano de 2021 adotou o Regime de
Tributação pelo Lucro Real, consequentemente sua
tributação de PIS e Cofins passou a ser Não Cumulativa.
No mês adquiriu insumos tributados totalizando R$
100.000,00.
Esses mesmos insumos foram industrializados esse
produto comercializado a R$ 200.000,00.
Como fica a apuração das Contribuições?
CRÉDITOS
PIS = 100.000,00 X 1,65% = 1.650,00
COFINS = 100.000,00 X 7,6% = 7.600,00
DÉBITOS
PIS = 200.000,00 X 1,65% = 3.300,00
COFINS = 200.000,00 X 7,6% = 15.200,00
REGIME CUMULATIVO
CONCEITO
O Regime Cumulativo foi instituído junto às
Contribuições. Era único até a instituição do Regime Não
Cumulativo.
São contribuintes pelo sistema Cumulativo as empresas
não obrigadas à tributação pelo Lucro Real para IRPJ e
CSLL.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo é o faturamento mensal, que
compreende a receita bruta da empresa.
Não integram a base de cálculo das contribuições os
valores referentes:
ao IPI;
ao ICMS, somente quando destacado em nota fiscal
e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos
serviços na condição de substituto tributário;
a receitas imunes, isentas e não alcançadas pela
incidência das contribuições, ou sujeitas à alíquota 0
(zero).
Sem prejuízo das exclusões específicas, que dependem do
ramo de atividade da empresa, para efeito da apuração
da base de cálculo das contribuições podem ser excluídos
da receita, quando a tenham integrado, uma listagem
extensa de valores, seguem alguns exemplos, mais
corriqueiros:
vendas canceladas;
devoluções de vendas, na hipótese do regime de
apuração cumulativa;
descontos incondicionais concedidos;
reversões de provisões, que não representem
ingresso de novas receitas;
recuperações de créditos baixados como perdas, que
não representem ingresso de novas receitas;
venda de bens classificados no ativo não circulante;
ALÍQUOTA
As alíquotas das Contribuições no Regime Não
Cumulativo são de 0,65% (sessenta e cinco centésimos
por cento) para o PIS e de 3,0% (três por cento) para a
Cofins.
PERÍODO DE APURAÇÃO
A apuração das Contribuições é feita mensalmente, mas a
incidência ocorre a cada operação com produtos
tributados.
EXEMPLO
Vamos exemplificar o cálculo considerando uma empresa
de prestação de serviços, com faturamento no mês de
fevereiro de 2021 de R$ 180.000,00.
PIS = 180.000,00 X 0,65% = 1.170,00
COFINS = 180.000,00 X 3% = 5.400,00
LEGISLAÇÃO
Constituição Federal;
Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172/66;
Lei nº 9.718/98;
Decreto nº 4.524/02;
PIS/COFINS IMPORTAÇÃO
CONCEITO
As Contribuições para o PIS e a Cofins sobre a importação
foram instituídos pela Lei 10.865/04, incidindo nas
importações de produtos estrangeiros. São de
competência da União. Os importadores são os
contribuintes dos tributos, responsáveis pelo
recolhimento.
FATO GERADOR
Importações de produtos, bens e serviços sofrem
incidência das Contribuições, conforme art. 3º, da Lei
10.865/04.
BASE DE CÁLCULO
O art. 7º da mesma lei estabelece a base de cálculo das
contribuições:
• Na importação de bens: o valor aduaneiro. A IN
327/03 inclui despesas ao valor aduaneiro: custo de
transporte até o local do embarque; gastos
referentes a carga; manuseio; acomodação do bem;
custo do seguro;
• Na importação de serviços: o valor pago, creditado,
entregue ou remetido para o exterior, antes da
retenção do IR, acrescido do ISS e das próprias
contribuições;
ALÍQUOTA
As alíquotas vigentes para importações de bens são:
2,10% (dois inteiros e um centésimos por cento) para o
PIS e 9,65% (nove inteiros e sessenta e cinco centésimos
por cento) para Cofins.
As alíquotas vigentes para importação de serviços são:
1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por
cento) para o PIS e 7,6% (sete inteiros e sessenta
centésimos por cento) para a Cofins, variando de acordo
com o produto.
EXCEÇÃO À REGRA
Gozam de isenção das Contribuições sobre as
importações as seguintes entidades:
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
suas autarquias e fundações instituídas e mantidas
pelo poder público;
pelas Missões Diplomáticas e Repartições Consulares
de caráter permanente e pelos respectivos
integrantes;
pelas representações de organismos internacionais
de caráter permanente, inclusive os de âmbito
regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos
respectivos integrantes;
E ainda as hipóteses abaixo arroladas:
amostras e remessas postais internacionais, sem
valor comercial;
remessas postais e encomendas aéreas
internacionais, destinadas a pessoa física;
bagagem de viajantes procedentes do exterior e
bens importados a que se apliquem os regimes de
tributação simplificada ou especial;
bens adquiridos em loja franca no País;
bens trazidos do exterior, no comércio característico
das cidades situadas nas fronteiras terrestres,
destinados à subsistência da unidade familiar de
residentes nas cidades fronteiriças brasileiras;
bens importados sob o regime aduaneiro especial de
drawback, na modalidade de isenção;
objetos de arte, classificados nas posições 97.01,
97.02, 97.03 e 97.06 da NCM, recebidos em doação,
por museus instituídos e mantidos pelo poder
público ou por outras entidades culturais
reconhecidas como de utilidade pública; e
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
e suas partes e peças de reposição, acessórios,
matérias-primas e produtos intermediários,
importados por instituições científicas e tecnológicas
e por cientistas e pesquisadores, conforme o
disposto na Lei nº 8.010, de 29 de março de 1990.
CONCEITO
Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica (IRPJ) e
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) são
tributos incidentes sobre o lucro das pessoas jurídicas ou
empresas individuais.
Ele Incide sobre o lucro contábil determinado as regras
estabelecidas pela legislação tributária.
Existem três sistemáticas para a determinação do lucro
legal das pessoas jurídicas, mas vamos analisar somente
duas.
CONTRIBUINTES
São contribuintes as pessoas jurídicas de direito privado,
inclusive empresas públicas e sociedade de economia
mista. Empresas com filiais, sucursais ou representação
no país das Pessoas Jurídicas com sede no exterior.
Comitentes domiciliados no exterior, quando os
resultados das operações realizadas por seus mandatários
ou comissários no País.
Empresas individuais, sociedades cooperativas,
sociedades em conta de participação, sociedades de fato.
Estão abrigados na exceção como não contribuintes do
IRPJ: condomínios edilícios e consórcios de empresas.
ENTIDADES ISENTAS
Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e
científico e as associações civis, sem fins lucrativos.
ENTIDADES IMUNES
Templos de qualquer culto, instituição de educação sem
fins lucrativos, entidades de assistência social, sem fins
lucrativos.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
ECF – Escrituração Contábil Fiscal – entregue anualmente
REGIME DE TRIBUTAÇÃO - LUCRO REAL
CONCEITO
É o resultado líquido apurado na escrituração comercial,
ajustado pelas adições, exclusões e compensações
admitidas ou impostas pela legislação tributária.
Algumas pessoas jurídicas estão automaticamente
obrigadas à apuração pelo Lucro Real, quais sejam:
Atividades de banco;
Lucros oriundos do exterior;
Autorizadas a usufruir benefícios fiscais de isenção
ou redução do imposto;
Que tenham efetuado pagamento mensal por
estimativa;
Que explorem atividade de serviço de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, etc;
Atividade de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio;
Empresas imobiliárias enquanto não concluídas
operações imobiliárias de custo orçado;
Sociedades de Propósito Específico optantes pelo
SIMPLES;
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo é o faturamento, compreendendo a
totalidade de receitas, mas a partir desse valor fazemos o
seguinte cálculo:
Lucro Contábil
( + ) Ajustes fiscais positivos (adições)
( - ) Ajustes fiscais negativos (exclusões)
( = ) Lucro real ou prejuízo fiscal do período
Como o Lucro Real é determinado a partir do lucro
líquido, a ele são adicionados e excluídos valores de
acordo com a legislação, segue a seguir esclarecimentos.
ADIÇÕES
Serão adicionados ao lucro líquido:
Custos, despesas, encargos, perdas, provisões,
participações e quaisquer outros valores deduzidos
na apuração do lucro líquido que, de acordo com a
legislação tributária, não sejam dedutíveis na
determinação do lucro real (por exemplo: resultados
negativos de equivalência patrimonial, custos e
despesas não dedutíveis);
Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer
outros valores não incluídos na apuração do lucro
líquido que, de acordo com a legislação tributária,
devam ser computados na determinação do lucro
real (por exemplo: ajustes decorrentes da aplicação
dos métodos dos preços de transferência; lucros
auferidos por controladas e coligadas domiciliadas
no exterior);
EXCLUSÕES
Serão excluídos do lucro líquido:
Os valores cuja dedução seja autorizada pela
legislação tributária e que não tenham sido
computados na apuração do lucro líquido do período
de apuração (por exemplo: depreciação acelerada
incentivada);
Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer
outros valores incluídos na apuração do lucro líquido
que, de acordo com a legislação tributária, não
sejam, computados na determinação do lucro real
(por exemplo: resultados positivos de equivalência
patrimonial, dividendos);
Poderão ser compensados, total ou parcialmente, os
prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores,
desde que, observado limite legal, de até 30% (trinta por
cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e
exclusões.
ALÍQUOTA
A alíquota do Imposto de Renda a ser aplicado sobre a
base de cálculo é de 15%, independente da forma de
apuração.
Sobre a parcela do lucro (base de cálculo) que exceder o
montante de R$ 20mil por mês do período de apuração,
em qualquer forma de apuração, estará sujeita a
incidência do adicional do IR de 10% sobre este
montante.
A alíquota da Contribuição Social a ser aplicado sobre a
base de cálculo é de 9%, independente da forma de
apuração.
PERÍODO DE APURAÇÃO
A apuração do IRPJ pelo lucro real deve ser realizada
trimestralmente, em cota única, ou em três parcelas
iguais e sucessivas, mas pode ser apurado mensalmente e
recolhido por estimativa, nessa hipótese, ao final do
exercício se faz uma apuração anual, ajustando os valores
caso necessário.
EXEMPLO
A empresa ABC iniciou suas atividades em 2020 e optou
pelo lucro real anual. Em dezembro de 2020 apurou lucro
líquido de R$ 300.000,00, porém dentro deste montante
estão incluídos valores de multas ambientais, no valor de
R$ 30.000,00 e receita de dividendos no valor de R$
10.000,00.
Como fica a apuração do Lucro Real nesse caso?
LUCRO ANTES DO IR E DA CS: 300.000,00
( + ) ADIÇÕES: 30.000,00
( - ) EXCLUSÕES: (10.000,00)
BASE DE CÁLCULO: 320.000,00
IRPJ = 320.000,00 X 15% = 48.000,00
ADICIONAL DE IRPJ: 320.000,00 – 240.000,00 =
80.000,00 X 10% = 8.000,00
CSLL: 320.000,00 X 9% = 28.800,00
LEGISLAÇÃO
Constituição Federal;
Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172/66
Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº
9.580/18;
REGIME DE TRIBUTAÇÃO - LUCRO PRESUMIDO
CONCEITO
É o lucro determinado através da aplicação de um
percentual sobre os valores auferidos pela pessoa
jurídica.
Os percentuais de presunção são previstos
expressamente em lei, e variam de acordo com a
atividade da empresa.
Não se estende a todas as empresas, algumas são
obrigadas à tributação pelo Lucro Real: instituições
financeiras, que aufiram lucros ou rendimentos do
exterior ou que usufrua de benefício ou incentivo fiscal,
entre outras; que tenham receita bruta total acima de R$
78 milhões no ano calendário anterior; que recebam
rendimentos do exterior (que não sejam decorrentes da
exportação de bens e serviços).
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo é o faturamento, entendido como a
receita bruta, podendo deduzir os valores relativos: às
vendas canceladas, descontos concedidos
incondicionalmente e impostos não cumulativos
incidentes sobre a venda, destacados nas notas (IPI e
ICMS-ST).
Os percentuais de presunção são os seguintes para IRPJ:
Atividades em geral 8%
Revenda de combustíveis 1,6%
Serviços de transporte 16%
(exceto de carga)
Serviço de transporte de 8%
cargas
Serviços em geral (exceto 32%
hospitalares)
Serviços hospitalares 8%
Intermediação de negócios 32%
Administração, locação ou 32%
cessão de bens e direitos
RETIDOS
IRRF
CONCEITO
O Imposto De Renda Retido na Fonte é o tributo incidente
na execução de serviços, onde o tomador do mesmo é
responsável pela retenção e recolhimento do mesmo,
estabelecido em lei.
FATO GERADOR
A legislação elege diferentes momentos em que se
considera ocorrido o fato gerador do IRRF, podendo ser o
lançamento ou o pagamento, dos dois o que primeiro
ocorrer.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do IRRF é o valor do serviço prestado.
ALÍQUOTA
As alíquotas variam de 1% (um por cento) a 1,5% (um e
meio por cento), de acordo com o serviço em questão.
CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS
O contribuinte é o prestador de serviço, já o responsável
pelo recolhimento é o tomador de serviço, o qual se atém
a efetuar a retenção no momento do pagamento ao
prestador de serviço e efetuar o recolhimento para o
órgão.
CSRF
CONCEITO
CSFR é a sigla de Contribuições Sociais Retidas na Fonte,
ela engloba as contribuições CSLL, PIS e Cofins retidas na
fonte. São tributos incidentes na execução de serviços,
onde o tomador do mesmo é responsável pela retenção e
recolhimento do mesmo, estabelecido em lei.
FATO GERADOR
O fato gerador da CSRF são os pagamentos de pessoa
jurídica a outra pessoa jurídica, pela prestação de serviços
de: limpeza, conservação, manutenção, segurança,
vigilância, transporte de valores e locação de mão de
obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, bem como
pela remuneração de serviços profissionais.
Salienta-se, que por mais que a legislação de referência
defina como base de cálculo o valor bruto da nota ou
documento fiscal, compreende - se que eventual
desconto incondicional deve ser deduzido da base de
cálculo da retenção pois de fato não integra a receita
bruta para fins tributários (Decreto-Lei n° 1.598/77, artigo
12, § 1°, inciso II).
Portanto, observa-se que diferente do IRRF a CSRF apenas
possui um fato gerador, sendo este o pagamento.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo da CSRF é o valor do serviço prestado.
ALÍQUOTA
A alíquota é de 4,65%, assim composto:
CSLL: 1%;
PIS: 0,65%;
Cofins: 3%;
CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS
O contribuinte é o prestador de serviço, já o responsável
pelo recolhimento é o tomador de serviço, o qual se atém
a efetuar a retenção no momento do pagamento ao
prestador de serviço e efetuar o recolhimento para o
órgão.
ISS
CONCEITO
O Imposto Sobre Serviços Retido é o tributo incidente na
prestação de serviços, onde o tomador do mesmo é
responsável pela retenção e recolhimento do mesmo,
estabelecido em lei.
FATO GERADOR
A legislação elege diferentes momentos em que se
considera ocorrido o fato gerador do ISS retido, varia de
acordo com o serviço prestado estabelecido na legislação
vigente.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do ISS é o valor do serviço prestado.
ALÍQUOTA
As alíquotas variam de 2% a 5%, de acordo com o serviço
em questão.
CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS
O contribuinte é o prestador de serviço, já o responsável
pelo recolhimento é o tomador de serviço, o qual se atém
a efetuar a retenção no momento do pagamento ao
prestador de serviço e efetuar o recolhimento para o
órgão.
INSS
CONCEITO
O Instituto Nacional da Seguridade Social, conforme a
sigla INSS Retido é o tributo incidente na prestação de
serviços, onde o tomador do mesmo é responsável pela
retenção e recolhimento do mesmo, estabelecido em lei.
FATO GERADOR
A legislação elege as circunstâncias nas quais deve ser
feita a retenção do INSS, serviços contratados mediante
cessão de mão de obra ou empreitada, estabelecido na
legislação vigente.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do INSS é o valor do serviço prestado.
ALÍQUOTA
As alíquotas variam de 8% a 11%, de acordo com o
serviço em questão.
CONTRIBUINTES E RESPONSÁVEIS
O contribuinte é o prestador de serviço, já o responsável
pelo recolhimento é o tomador de serviço, o qual se atém
a efetuar a retenção no momento do pagamento ao
prestador de serviço e efetuar o recolhimento para o
órgão.
APURAÇÃO RETIDOS
As apurações dos tributos retidos devem ser declaradas
em diferentes obrigações acessórias, de acordo com o
tributo:
ISS – deve ser declarada no DECWEB, já mencionado
o que informar e riscos junto do ISS;
INSS – deve ser declarado na SEFIP, no e-SOCIAL, na
EFD-Reinf. Quando a empresa efetua contratação de
serviços, com retenção de INSS, o valor que ela
desconta do pagamento para o fornecedor deve ser
informado nessas declarações.
o A SEFIP é o Sistema Empresa de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social.
Nela devem ser prestadas informações de FGTS
e INSS recolhidos pela empresa. Atentando para
o INSS, seja ele devido dos colaboradores, a
parte patronal, ou o retido de prestadores de
serviço. A empresa deve atentar para os dados
da nota fiscal de serviço, a responsabilidade da
retenção do tributo, base de cálculo, alíquota, o
desconto do valor do prestador de serviço.
Além disso a empresa contratante do serviço
deve efetuar o recolhimento em GPS com
código específico, bem como informar na SEFIP
com os dados corretos. Qualquer informação
incorreta atrai os olhares da fiscalização por
parte da Previdência;
o e-SOCIAL é uma das mais recentes obrigações
acessórias do projeto SPED. Esta escrituração
está modularizada por eventos de informações,
contemplando a possibilidade de múltiplas
transmissões em períodos distintos, de acordo
com a obrigatoriedade. Nele devem constar os
dados das retenções realizadas das
contratações de pessoas físicas com incidência
das contribuições. Qualquer informação
incorreta atrai os olhares da fiscalização por
parte da Previdência;
o EFD-Reinf é uma das mais recentes obrigações
acessórias do projeto SPED. Esta escrituração
está modularizada por eventos de informações,
contemplando a possibilidade de múltiplas
transmissões em períodos distintos, de acordo
com a obrigatoriedade. Nele devem constar os
dados das notas fiscais com retenções
realizadas das contratações de prestadores de
serviço. Qualquer informação incorreta atrai os
olhares da fiscalização por parte da Previdência;
É importante reforçar que serão realizados cruzamentos
entre as notas e as informações constantes nas
obrigações acessórias, a fim de validar os dados.
IRRF – deve ser declarado no e-SOCIAL, na EFD-Reinf
e na DCTF. Quando a empresa efetua contratação de
serviços, com retenção de IRRF, o valor que ela
desconta do pagamento para o fornecedor deve ser
informado nessas declarações.
o e-SOCIAL é uma das mais recentes obrigações
acessórias do projeto SPED. Esta escrituração
está modularizada por eventos de informações,
contemplando a possibilidade de múltiplas
transmissões em períodos distintos, de acordo
com a obrigatoriedade. Nele devem constar os
dados das retenções realizadas das
contratações de pessoas físicas com incidência
das contribuições. Qualquer informação
incorreta atrai os olhares da fiscalização por
parte da Receita Federal;
o EFD-Reinf é uma das mais recentes obrigações
acessórias do projeto SPED. Esta escrituração
está modularizada por eventos de informações,
contemplando a possibilidade de múltiplas
transmissões em períodos distintos, de acordo
com a obrigatoriedade. Nele devem constar os
dados das notas fiscais com retenções
realizadas das contratações de prestadores de
serviço. Qualquer informação incorreta atrai os
olhares da fiscalização por parte da Receita
Federal;
o DCTF é uma obrigação acessória de longa data,
onde os contribuintes informam os créditos
tributários, ou seja, os montantes a recolher, de
alguma forma à RFB. Nela devem constar os
dados tal qual os DARF´s emitidos para o
recolhimento. Qualquer informação incorreta
atrai os olhares da fiscalização por parte da
Receita Federal;
É importante reforçar que serão realizados cruzamentos
entre as notas e as informações constantes nas
obrigações acessórias, a fim de validar os dados.
CSRF – deve ser declarado na EFD-Reinf e na DCTF.
Quando a empresa efetua contratação de serviços,
com retenção de CSRF, o valor que ela desconta do
pagamento para o fornecedor deve ser informado
nessas declarações.
o EFD-Reinf é uma das mais recentes obrigações
acessórias do projeto SPED. Esta escrituração
está modularizada por eventos de informações,
contemplando a possibilidade de múltiplas
transmissões em períodos distintos, de acordo
com a obrigatoriedade. Nele devem constar os
dados das notas fiscais com retenções
realizadas das contratações de prestadores de
serviço. Qualquer informação incorreta atrai os
olhares da fiscalização por parte da Receita
Federal;
o DCTF é uma obrigação acessória de longa data,
onde os contribuintes informam os créditos
tributários, ou seja, os montantes a recolher, de
alguma forma à RFB. Nela devem constar os
dados tal qual os DARF´s emitidos para o
recolhimento. Qualquer informação incorreta
atrai os olhares da fiscalização por parte da
Receita Federal;
É importante reforçar que serão realizados cruzamentos
entre as notas e as informações constantes nas
obrigações acessórias, a fim de validar os dados.
MACRO PROCESSO TRIBUTÁRIO
Lançamento e
recebimento de NF´s
Conferência de NFs
lançadas
Apuração de
tributos
Emissão de guias de
recolhimento Pagamento de tributos
Contabilização,
conciliação e controle
Conferência e
fechamento de custos
Fim
1
Risco de fraude por emissões de notas “frias” de fornecedor inflando o faturamento sem circulação de
mercadoria.
Dados do remetente: CNPJ, Inscrição
Estadual/Municipal, endereço completo;
Dados do destinatário: validar informações da
empresa destinatária: endereço, dados fiscais (CNPJ,
IE, IM);
Dados de transporte: CNPJ, Inscrição
Estadual/Municipal, endereço completo, volume
transportado;
Dados dos itens: NCM, CST, CFOP, unidade de
medida, valor unitário, valor total, base de cálculo
dos tributos (ISS, ICMS, IPI, PIS, COFINS), alíquotas
dos tributos;
Valores: total dos produtos, base de cálculo do ICMS
e ICMS-ST, valor do ICMS, do ICMS-ST, do IPI, valor
do frete, desconto, seguro, outras despesas
acessórias, e valor total da nota;
Dado adicionais: nesse campo são informados dados
fiscais, indicações de não tributação, valor
aproximado dos tributos na operação entre outros;
APURAÇÃO DE TRIBUTOS
Após o lançamento do documento fiscal, sua conferência,
e a geração dos livros oficiais, iniciamos a apuração dos
tributos. Vamos abordar a apuração de cada um dos
tributos.
EMISSÃO DE GUIAS
Após todas essas etapas de apuração dos tributos, temos
as gerações das guias de recolhimento, chamo aqui de
guia porque cada um tem um nome: DARF, GA, GPS, etc.
A partir dos montantes identificados de cada um dos
tributos, deve ser emitida a respectiva guia, com o código
de recolhimento apropriado, valores a recolher.
O procedimento adequado após a geração, é o
lançamento das guias no sistema, e encaminhamento
para aprovação do gestor da área fiscal. Com a aprovação
deste deve ser encaminhado ao financeiro para o devido
pagamento.
APRESENTAÇÃO
Instituído em 2007, o SPED – Sistema Público de
Escrituração Digital constitui-se em mais um avanço na
informatização da relação entre fisco e contribuintes.
Principalmente no que que diz respeito à modernização
do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas
pelos contribuintes às administrações tributárias e órgãos
fiscalizadores, fazendo uso do Certificado Digital para
assinatura dos documentos eletrônicos, assegurando
validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.
Iniciou-se com três grandes projetos: Escrituração
Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e a NF-e
Ambiente Nacional.
Mantém parceria com 20 instituições, entre órgãos
públicos, conselho de classe, associações e entidades
civis, na construção conjunta do projeto. Firma Protocolos
de Cooperação com 27 empresas do setor privado,
participantes do projeto-piloto, objetivando o
desenvolvimento e o disciplinamento dos trabalhos
conjuntos.
Possibilita, com as parcerias fisco-empresas,
planejamento e identificação de soluções antecipadas no
cumprimento das obrigações acessórias, em face às
exigências a serem requeridas pelas administrações
tributárias.
Faz com que a efetiva participação dos contribuintes na
definição dos meios de atendimento às obrigações
tributárias acessórias exigidas pela legislação tributária
contribua para aprimorar esses mecanismos e confira a
esses instrumentos maior grau de legitimidade social.
Estabelece um novo tipo de relacionamento, baseado na
transparência mútua, com reflexos positivos para toda a
sociedade.
O Sped tem como objetivos, entre outros:
RECURSO VOLUNTÁRIO
GARANTIAS
RECURSO ESPECIAL
FLUXOGRAMA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Das decisões das Câmaras proferidas com voto de
desempate de seu Presidente, quando o sujeito passivo
ou Defensor da Fazenda entende-las contrárias à
legisla~~ao, cabe recurso extraordinário. Este será
interposto ao Plenário do TARF no prazo de 10 (dez) dias
da decisão recorrida.
DAS DECISÕES DO TARF
A jurisprudência assentada pelo Tribunal será
compendiada na Súmula do TARF.
São definitivas as decisões: que não caiba recurso;
quando esgotado prazo; as desistências de impugnação
de Auto de Lançamento no dia da homologação.