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Revisão Turbo – 22/06/2022

Professor Guilherme Pedrozo

Direito Tributário

Artigo 3º, CTN


Conceito de tributo:
Toda prestação pecuniária compulsória que você pague em moeda ou cujo valor possa ser exprimido,
que não constitua sanção por ato ilícito criado mediante lei e vinculada pela administração pública.

 Súmula 323, STF - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para
pagamento de tributos

Tem caráter absoluto essa súmula? É licita a retenção da mercadoria importada, quando do
desembaraço aduaneiro não houver o pagamento do tributo – de acordo com o STF houve a mitigação.

 Precisa estar instituído em lei para ser cobrado.


 Pode um crédito ser exigido por prestação de serviço (obrigação de fazer)? Não! Pagar o
tributo somente através de obrigação de dar, seja em dinheiro, seja em dação de imóvel.
 O tributo não poderá constituir sanção por ato ilícito.
 Não pode instituir tributo por atividade ilícita. Porém, os frutos decorrentes da atividade
ilícita poderão ser tributados (“dinheiro não sente cheiro”).

Exemplo: traficante não vai pagar imposto de renda, mas se a polícia apreender, uma parte vai ser para
pagamento de tributo.

Artigo 7º, CTN

Quem poderá criar? De quem é a competência tributária?

5 Espécies tributárias:

Imposto, taxa, contribuição de melhoria, contribuição especial e empréstimo compulsório.

Quem tem competência para criar? U, DF, E e M são os entes competentes para criar.

Competência legislativa NÃO se delega, ela é irrenunciável, intransferível e imprescritível (cria,


reduzir, extinguir, majorar)

A capacidade ativa tributária – poderá ser delegada para outra pessoa jurídica de direito público
(fiscalizar, executar, arrecadar).

Artigo 7º, §3º, CTN – Não constitui delegação de competência o cometimento, as pessoas de direito
privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

Artigo 24, §1º, CF – normas gerais – lei complementar – União – 155, §1º, III, CF – ITCD (bens deixados
no exterior – não incide o ITCD).

A CF outorga poder para que os entes possam instituir com a finalidade de ter arrecadação e nos
proporcionar os direitos básicos.
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Quem tem competência para criar um novo imposto?

Exemplo: Estado do RS, durante a pandemia e considerando a omissão da União, resolve criar um
imposto para tributar a propriedade de embarcações e aeronaves.
Isso pode? NÃO! Novo imposto apenas a união poderá criar mediante lei complementar desde que seja
não cumulativo e sem fato gerador e base de cálculo dos demais impostos previstos na CF (Art. 154, I
da CF).

Exemplo²: O governo Estadual resolveu criar uma nova contribuição de seguridade social. Pode? NÃO!
Nova fonte de custeio para seguridade social apenas a União por meio de lei complementar desde que
essa nova contribuição seja não cumulativa e sem fato gerador e base de cálculo das demais fontes de
custeio já previstas na CF (Art. 195 §4º da CF).

Competência comum: Taxas, contribuição de melhoria e contribuição de regime próprio previdenciário


de servidor público.

 LEMBRAR!

Competência tributária (Art. 7º do CTN): é indelegável a competência legislativa para criar, majorar,
reduzir ou extinguir tributo.

Exemplo: Estado não pode dar competência para o município extinguir IPVA (competência do Estado).

A capacidade ativa tributária poderá ser delegada, isso é, as funções administrativas de


arrecadar, executar e fiscalizar. Essas podem ser delegadas de um ente para outro ente (outra pessoa
jurídica de direito público). Poderá ser revogada a qualquer tempo pelo ente que concede.

Atenção! A função de arrecadação poderá ser delegada a pessoa jurídica de direito privado.

Exemplo: O banco Bradesco que arrecada o IPVA no Rio de Janeiro.

A quem cabe criar as normas gerais de direito tributário? Cabe a União por lei complementar. Logo,
Medida Provisória não pode versar sobre normas gerais de direito tributário.

Limitação ao poder de tributar: ferramentas constitucionais de proteção ao contribuinte.


Garantias de proteção ao contribuinte
PRINCÍPIOS:
Artigo 150, I, CF
Artigo 97, CNT
Legalidade: é a forma. Para o ente criar, majorar, reduzir e extinguir o tributo, é necessária uma lei
ordinária. No entanto, GECI somente por lei complementar (IGF, Empréstimo compulsório,
contribuição social residual e imposto residual).
I G – Grandes fortunas
E – Empréstimo compulsório
C – Contribuição social residual
I – Imposto residual
MEDIDA PROVISÓRIA NÃO PODERÁ ATUAR EM MATÉRIA RESERVADA A LEI
COMPLEMENTAR!
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Exceções da legalidade:
1 - Executivo pode alterar alíquota de II, IE, IOF e IPI (decreto ou portaria). Isso porque tais
impostos são extrafiscais e possuem regulagem de mercado.
Alterar, zerar, diminuir, restaurar = alterar alíquota.
2 – Executivo pode atualizar base de cálculo de tributo, ou seja, recompor conforme o padrão
inflacionário atual.
3 - Executivo pode alterar o prazo de pagamento de qualquer tributo.

Princípio da irretroatividade (Art. 150, III, “a” da CF):


A norma tributária não poderá retroagir:
Deve aplicar a norma vigente quando da ocorrência do fato gerador.
 REGRA GERAL!

Exceção: Art. 106, II “a” diz que poderia retroagir uma lei nova que venha e reduzir ou extinguir
multa, desde que NÃO haja trânsito em julgado, sob discussão que envolva a multa.

Exemplo: Lojas Oba, Oba no dia 22/06 de 2022 praticou fato gerador de ICMS quando estava vigente
a lei 001 que determinava alíquota de 22% e multa de 30% se não houvesse a declaração. Essa loja não
declara e não paga o ICMS por ela devido. No meio de 2025 foi publicada a lei 001 com alíquota de
16% e multa de 20%. Em 2026, a loja oba, oba resolve pagar. Sobre qual alíquota e qual multa loja oba,
oba irá pagar? Alíquota de 22% pois era a vigente no momento da ocorrência do fato gerador e a multa
de 20% pois é mais benéfica e não há trânsito.

Princípio da Uniformidade Geográfica


Artigo 151, I, CF.

Exemplo: Cidade de São Borja – RS – a União aprova beneficio fiscal para a abertura de Free Shops
(Incentivo Fiscal), porém os lojistas da cidade não concordam, porque eles contribuem para os tributos.
Vai ser legal esse incentivo fiscal como incentivo de desenvolvimento econômico? SIM! Artigo 151, I,
CF.

Exceção: União poderá conceder tratamento desigual para desenvolver socio econômico.

Princípio da Vedação Heterônoma


Artigo 151, III, CF

A união não poderá isentar tributos que não são de sua competência.

Princípio do não confisco


(Art. 150, IV da CF)
Os entes competentes não poderão se utilizar do crédito tributário com efeito confiscatório. O valor
cobrado não pode ser tão grande que impeça a propriedade. Importante mencionar que esse princípio
também é extensivo as multas.
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Imunidades Tributária
É a dispensa constitucional ao poder de tributar.
Determinadas pessoas vão realizar o fato gerador, mas não vai cobrar dele.

Imunidades Especificas – estão espalhadas durante toda constituição, poderão ser de qualquer espécie
tributária, e tem relação ao caso certo / concreto.

Exemplo: Artigo 149, I, CF – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação (PIS e
CONFINS).

Exemplo²: Entidade de fins lucrativos – artigo 185, §7º, CF.

 Genéricas: casos genéricos o Art. 150, VI da CF e serão APENAS DE IMPOSTOS.

Imunidade Genérica Reciproca – os entes competentes não podem cobrar impostos uns dos outros
(artigo 150, VI, a, CF).

Quem são os Entes competentes? União, Estados, DF e Municípios.


É uma imunidade incondicional.

Exemplo: Se esses entes vierem a arrendar um imóvel que é deles para uma empresa privada, a empresa
pagará IPTU? SIM! Porque o imóvel é da empresa privada e não do ente.

Tempos de qualquer culto: os entes não poderão cobrar impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços
dos tempos de qualquer culto. Deverá reverter patrimônio, renda ou serviço a sua finalidade essencial.
Será imune apenas os bens que estiverem em nome do tempo.

Artigo 150, VI, b, CTN

Exemplo: templo tem um bem imóvel onde é realizado a missa. Paga IPTU? Não. Pois o templo reverte
seu imóvel ao cumprimento da sua finalidade essencial.

Exemplo²: Paga taxa de contribuição de lixo? SIM! Taxa não é imposto.

Exemplo³: Padre resolve adquirir um carro para visitar os fiéis e viajar final de semana. Paga IPVA?
Sim! Pois o carro está em nome da pessoa física do padre. O padre também paga imposto de renda.

Partido político e suas fundações, sindicato dos trabalhadores, entidade de educação sem fins lucrativos
e entidade de assistência social sem fins lucrativos terão imunidade genérica apenas de impostos quando
reverter patrimônio, renda e serviço ao cumprimento de sua finalidade essencial e não distribuir
rendimento entre seus diretores, não enviar dinheiro para exterior e estar com suas escritas contábeis em
dia. Atenção, pois todos eles deverão estar presentes para que haja imunidade.

Exemplo: Sindicato patronal não tem imunidade. É só sindicato dos trabalhadores.

Exemplo²: Entidades de assistência social sem fins lucrativos terá imunidade se preencher os requisitos.
Porém, ela também terá imunidade das contribuições de seguridade social.

Observação: Súmula vinculante 52 do STF: quando os valores dos alugueis forem revertidos ao
cumprimento da finalidade essencial das Partido político e suas fundações, sindicato dos trabalhadores,
entidade de educação sem fins lucrativos e entidade de assistência social sem fins lucrativos, não haverá
incidência do IPTU.
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Não haverá a incidência de impostos sobre livros, jornais, revistas e periódicos desde que eles
transmitam um pensamento, tenham uma ideia formalmente orientada, desde que o objetivo não seja
exclusivamente de cunho publicitário.

Exemplo: revista em quadrinhos transmite pensamento, tem ideia orientada. É imune.

Exemplo: Carro da editora abril e a casa de editora do jornal, pagam impostos? Sim. Pois a imunidade
diz respeito apenas aos objetos.
Livro eletrônico e seus suportes de leitura (ebook, kindle) também terão imunidade.

 ATENÇÃO!

Quem tem imunidade tem? Está dispensado pela constituição de pagar por vezes tributo, ou impostos
(de acordo com a imunidade que lhe cabe)
A imunidade dispensa o sujeito que não vai pagar, a cumprir as obrigações acessórios? NÃO!
Quem será imune está dispensado de ser fiscalizado? NÃO! Artigo 194, §único, CTN.

Obrigação tributária
As obrigações são independentes.
Artigo 113, CTN

 Obrigação principal: obrigação de dar (pagar) o tributo e/ou multa.

 Obrigação acessória: obrigação de fazer ou de não fazer.

Exemplo: fazer emissão de nota fiscal, preenchimento de livro contábil.

Exemplo²: templo de qualquer culto deixou de emitir uma nova fiscal na venda de uma bíblia e ele
veio a ser autuado e multado e terá de cumprir com uma obrigação principal.

Art. 113 §3º do CTN diz: o descumprimento de obrigação acessória faz nascer uma obrigação principal.

Legislação tributária – artigo 96, CTN: Decreto de norma complementar (Poder Executivo).

Artigo 116, §único, CTN – O Fisco poderá desconsiderar negócios jurídicos realizados com a ideia de
ocultar o fato gerador, para que o fisco venha cobrar tributos?

Exemplo: Guilherme tem uma casa, e o Douglas tem dinheiro e com ele quer cobrar a casa do Guilherme
– se fizerem a transação (compra e venda) qual imposto incide? ITBI, mas eles não querem pagar e
fazem uma simulação (constitui uma empresa e o Guilherme integraliza o capital social com a casa e o
Douglas com o dinheiro – caso aumente depois de 1 mês – fazem a extinção da empresa: O Guilherme
sai com o dinheiro e o Douglas sai com a casa.
Pode o município descobrindo a simulação pode desconsiderar a pessoa jurídica para cobrar o imposto?
SIM!

 Mesmo quem é imune ou isento poderá ser fiscalizado.

Quem terá de cumprir com as obrigações?

Art. 121 do CTN: poderá ser o contribuinte (relação direta com o fato gerador) ou o responsável (terceira
pessoa que não realiza o fato diretamente descrito na norma, mas em razão do vínculo com o fato
gerador, a lei acaba atribuindo ao terceiro o dever de pagar o tributo).
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Exemplo: Guilherme tem uma casa e recebe carne do IPTU. Ele é o contribuinte. Porém ele não paga o
IPTU. Ele vende a casa devendo o IPTU. O IPTU passa a ser devido pelo adquirente (Art. 130 do CTN).
Logo, ela passa a ser a responsável.

Contrato particular poderá alterar quem deve o tributo? Art. 123 do CTN. Não altera sujeito passivo e
não poderá ser oposto contra o fisco.

Exemplo: Guilherme aluga seu apartamento para Adriano Marrone com contrato de locação onde
Adriano irá pagar o IPTU e a taxa de lixo. O município vai ser cobrado do Guilherme pois contrato
particular não altera o sujeito passivo da obrigação tributária. Logo, Guilherme poderá, no âmbito cível,
buscar ação de regresso contra Adriano Marrone.

2 ou mais pessoas poderão ser solidariamente obrigadas ao pagamento de um mesmo e único


tributo? SIM!

Solidariedade é quando o fisco poderá exigir o valor integral de qualquer um dos obrigados. Na forma
do Art. 124, I do CTN poderá haver solidariedade.

Interesse comum sobre a situação que constitua o fato gerador.

 Exemplo: Guilherme, Fetter e Nini comparam uma casa na praia. Nini pagou 60% do bem
imóvel. Fetter pagou 30% e o Guilherme pagou 10%. Pro fisco não interessa quem pagou
mais ou menos. Considerando que os 3 são proprietários, o fisco pode exigir os R$9.000,00 de
IPTU de somente um deles.

Se houver isenção ou remissão individual, aproveita-se apenas ao contribuinte beneficiário, mantendo-


se os demais solidários pelo saldo. Remissão perdoa tributo já constituído e isenção vai impedir a
constituição do crédito.

Pessoas expressamente previstas em lei.

Efeitos da Solidariedade
Artigo 125, CTN
I - O pagamento realizado por 1 aproveita aos demais.
II – A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente
a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.

Observação: ‘’Parcelamento’’ – interrompe todos!

Exemplo: O agro foi uma das principais fontes de arrecadação da pandemia, entretanto no ano seguinte
a pandemia veio um animal que veio a destruir todas lavouras do país, diante desse problema, e diante
dos anos anteriores que o agro ajudou o país – vem uma lei no congresso nacional que 2023 ninguém
paga o ITR (Norma Geral).

Exemplo²: Guilherme, Nidal e Fetter, são proprietários de uma fazenda. ITR R$9.000,00 – Eles não
fazem o pagamento, após o vencimento do tributo. Vem uma lei que toda pessoa que pegou covid, não
vai pagar o ITR. Sendo que Guilherme pegou covid, já os demais serão devedores pelo saldo.
 Beneficiário Individual
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Compensação de Tributos

Artigo 156, II, CTN

É quando ocorre um encontro de contas, duas pessoas são credoras e devedoras uma da outra.

Artigo 170-A, CTN


Não poderá ser objeto de compensação créditos que estão sob judice (não são líquidos, certos ou
exigíveis) questionamento judicial.

A compensação pode ser deferida de forma liminar? A Súmula 212, STJ foi revogada, e agora a pode
deferir por medida liminar e mandado de segurança.

Súmula 212, STJ - A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por
medida liminar cautelar ou antecipatória.

Responsabilidade tributária:

Art. 130 do CTN: transfere-se ao adquirente de bem imóvel os créditos tributários (impostos, taxas de
prestação de serviços ou contribuição de melhoria) devidos em função do bem imóvel pelo antigo
proprietário. Transfere ao terceiro o IPTU, contribuição de melhoria ou a taxa de coleta de lixo. Agora,
se por exemplo, o antigo proprietário devia o imposto de renda, não vai sub-rogar. Somente transfere os
créditos em FUNÇÃO do bem imóvel.

O adquirente não será responsável quando:


a) ele tem certidão negativa que comprovará a inexistência de débito fiscal.
b) Ele compra o imóvel em leilão judicial (hasta pública), onde nesse caso o valor da dívida sub-roga-
se no valor pago. Logo, desses dois casos, o fisco somente poderá cobrar do antigo proprietário.

Art. 132 do CTN: Toda unidade operacional resultante de operações societárias de fusão e
incorporação ou transformação, será a responsável pelos tributos devidos pela empresa
fusionada/transformada/incorporada.

 Artigo 132, § único, CTN - Pessoa jurídica extinta – atividade dela é continuada, por espólio,
por sócio remanescente, seja com novo ou o mesmo CNPJ, a responsabilidade dos tributos e
multas devidas será transferida para a sucessora.

Exemplo: Empresa XXX, deve 8 milhões em tributos (passivo), um dos sócios dessa empresa veio a
falecer e os demais sócios e cônjuges resolve extinguir essa empresa. O genro do sócio que veio a falecer
resolve dar continuidade a empresa (salva-la). E com isso, a sogra (mulher do falecido) apoia o genro
desde que ela seja a sócia – o contador erra nas contas e indica abrir uma nova empresa YYY. Quem
será intimado para pagar o passivo da empresa XXX? Será da sucessora – nova empresa YYY.

Condição sine qua non – para que ocorra essa transferência: continuidade da atividade. Se for outro
ramo não fica responsável pelo passivo.

O STJ entende que se aplica também as cisões.

Exemplo: Brahma e Antártica. Elas fizeram um processo de fusão e se transformaram na Ambev.


Antártica tinha passivo de 10 milhões e a Brahma de 5 milhões antes da fusão. Ambev passa a ser
devedora dos 15 milhões pois ela é a unidade operacional resultante.

Na forma da súmula 554 do STJ, a unidade operacional resultante será devedora dos tributos e/ou das
multas.
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 Súmula 554-STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora


abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou
punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.

Art. 133 do CTN: toda pessoa física ou pessoa jurídica que adquirir estabelecimento empresarial ou
fundo de comércio e der continuidade a atividade empresarial exercida pelo fundo ou estabelecimento
adquirido, seja com o mesmo ou novo CNPJ, quem adquiriu será a adquirente responsável pelos tributos
devidos pela empresa cujo qual adquiriu.

I: a adquirente responderá sozinha, de forma integral, se quem vendeu não retornar em até 6
meses.
II: a adquirente será subsidiariamente responsável se quem vendeu retornar a qualquer atividade
antes de 6 meses.

Exemplo: Empresa CEISC – deve tributo: o sócio administrador – Nidal


Se a empresa não pagar, poderá ser chamado a responsabilidade pessoal o sócio administrador?
Via de regra NÃO! (Súmula 430, STJ)

 Súmula 430, STJ - O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si
só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.
Exceção: Quando o sócio administrador poderá ser responsabilizado?
Artigo 135, CTN
Quando o sócio administrador praticar ato com excesso de poder e infração a lei, ou infração a contrato
ou estatuto social.
 Súmula 435, STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar
no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
Dissolução Irregular
Exemplo: mudança de endereço e não comunica ao fisco o novo endereço.

Denuncia espontânea – é a delação premiada do direito tributário.


O contribuinte que informa ao fisco que está devendo, querendo pagar o seu tributo – tem o beneficio
de dispensa da multa.
Deverá pagar com juros + correção, mas fica dispensado a multa.
Artigo 138, § único, CTN
A condição é o fisco desconhecer a realização do fato gerador.
 Súmula 360, STJ - O benefício da denúncia espontânea NÃO SE APLICA aos tributos
sujeitos a lançamento por homologação regularmente (quando?) declarados, mas pagos a
destempo.
O imposto de renda é declarado por lançamento por homologação.
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Exemplo: Taís recebeu no ano de 2022, a quantia de R$10.000,00, no ano de 2023 não declara e não
paga o fisco. No ano de 2024 (fisco não cobra e ela não faz o pagamento), no ano de 2025 ela quer pagar
– ela pode gozar da denuncia espontânea? SIM! Porque ela não fez a declaração (o fisco desconhece o
fato gerador).

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