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1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO 2
1.1. Prestação Pecuniária (em Moeda ou Cujo Valor Nela se Possa Exprimir).3
1.2. Prestação Compulsória 4
1.3. Não Constitui Sanção de Ato Ilícito 5
1.4. Prestação Instituída em Lei 6
1.5. Cobrada Mediante Atividade Administrativa Plenamente Vinculada 8
2.1. Taxas 24
2.2. Contribuição de Melhoria 46
2.3. Impostos 52
2.4. Empréstimos Compulsórios 60
2.5. Outras Contribuições Tributárias 69
2.6. Natureza Jurídica de Tributo 70
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01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2000 ESAF) Assinale a
opção que corresponda, na mesma ordem, às expressões respectivas.
• Prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
• Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.
• Tem por fato gerador a prestação de serviço de limpeza pública urbana.
a) preço público, tributo, taxa
b) imposto, taxa por potencial prestação de serviços, preço público
c) tributo, contribuição de melhoria, imposto municipal
d) tributo, imposto, taxa
Resolução
1. DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
A 1a afirmação é a letra do art.3° do CTN. Vê-se, pois, que é uma definição
legal, e essas definições legais você tem que ter na cabeça!
Segue o dispositivo:
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Podemos esquematizar essa definição assim:
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Por exemplo, se eu sou criador de gado e devo tributo ao Estado, não posso
aparecer na repartição pública para entregar algumas cabeças para quitar
minha dívida tributária, porque tributo é prestação pecuniária,... e não
pecuária! (desculpe-me, não resisti! rsrs).
Coisa diferente é com que tipo de bem poderá ser pago esse tributo. Ou seja,
o valor do tributo vem em reais (ou indexado), mas se a lei o previr, poderá
ser pago em bens que não moeda.
Hoje isso pode ser feito com imóveis, possibilidade que surgiu com a Lei
Complementar n° 104/2001, que inseriu, no CTN, a dação em pagamento
em bens imóveis (art.156, XI) como mais uma das modalidades de extinção
do crédito tributário (= quitação do tributo), mas desde que lei específica da
pessoa política preveja as formas e condições para se implementar essa dação
em pagamento. [A extinção do crédito tributário será estudada na Aula 11]
A vontade das partes se revela num contrato. Por exemplo, num contrato
de prestação de serviço de advocacia, as duas partes, advogado e seu cliente,
combinam que o advogado se obrigará a defender seu cliente, e o cliente, por
sua vez, obrigar-se-á a pagar o preço do serviço do advogado.
A lei também cria obrigações. E a lei tributária cria, entre outras, a obrigação
de pagar o tributo, sempre que o indivíduo se encontrar em certas situações.
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Se a lei obriga, não podemos nos negar a pagar o tributo, mesmo que não
assinemos contrato algum. Por isso, tributo é prestação compulsória.
E nem podemos alegar que não conhecíamos a lei, porque há uma previsão em
lei (Decreto-Lei n° 4657/1942, antes chamado de Lei de Introdução ao Código
Civil, LICC, agora denominado Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro) que diz:
Pois bem, o tributo não pode ter como fato gerador um ato ilícito. Se o ato é
ilícito, a sanção para alguém que cometer essa ilicitude pode ser a multa,
nunca o tributo, porque tributo não pode ser sanção de ato ilícito.
Coisa distinta é uma situação de riqueza, como auferir renda, por exemplo,
decorrer de um ato ilícito, e talvez até criminoso.
Mas isso não quer dizer que o fato gerador do IR seja a receptação e venda de
coisa que foi produto de crime. Continua ele sendo a aquisição de
disponibilidade econômica ou jurídica de renda (art.43, CTN). Apenas não
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importa se essa disponibilidade econômica ou jurídica adveio de ato lícito ou
ilícito.
Como dito acima, para o tributo poder ser exigido, tem que ser instituído por
lei.
Mas a CF88 ainda reforça isso, quanto aos tributos, no Capítulo "Sistema
Tributário Nacional":
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Alguns doutrinadores chamam:
Art.5°, II, CF88, de Princípio da Legalidade;
Art.150, I, CF88, de Princípio da Legalidade Estrita.
Mas essa lei que exige ou aumenta tributo deve ser lei ordinária ou lei
complementar? Vejamos no quadro abaixo:
Dessa forma, todo e qualquer tributo tem que ser instituído por lei, sem
exceção.
ATENÇÃO: Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei
complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se
houver relevância e urgência.
[Veremos esse tema de forma mais detalhada na Aula 02, em que falaremos
do Princípio da Legalidade, e na Aula 06 - Legislação Tributária]
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ATENÇÃO: Apesar de não haver exceção ao princípio da legalidade no que
tange à instituição de tributo por lei, há exceção a esse princípio quanto à
alteração de alíquotas.
Isso quer dizer que o agente público (auditor-fiscal) não tem a possibilidade
de, vendo a ocorrência de um fato gerador de um tributo, escolher se quer
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cobrar ou não cobrar o correspondente tributo. Ele não tem a
discricionariedade de efetuar o lançamento do tributo ou não.
Sua atividade é vinculada à lei. Se a lei prevê que quem prestar serviço tem
que pagar o ISS, o auditor-fiscal, constatando que João prestou serviço, tem
que fazer o lançamento tributário. Senão, pode inclusive incorrer em crime de
prevaricação (art.319, Código Penal).
ATENÇÃO:
A palavra "VINCULADA", no Direito Tributário, pode ser utilizada em 3
acepções diferentes:
Observação:
Hipótese de incidência = fato gerador em abstrato, ou seja, previsto
hipoteticamente na lei.
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de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definição legal de
imposto no art.16, CTN:
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
Vinculação a Atividade
Tributos Hipótese de Incidência Estatal Específica do
Estado
Situação independente de
qualquer atividade estatal
Impostos Não Vinculados
específica, relativa ao
contribuinte
Exercício regular do poder
de polícia
Utilização, efetiva ou
Taxas potencial, de serviço
público específico e divisível,
Vinculados
prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição
Obras públicas de que
Contribuições de Melhoria decorra valorização
imobiliária
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Nessa acepção, vinculado é o tributo cujo valor arrecadado tem destinação
específica constitucionalmente prevista. Exemplo é o Empréstimo
Compulsório, em que o art.148, parágrafo único, CF88, prevê:
Não vinculados são os tributos que não podem ter destinação específica,
tendo de ser utilizados para as despesas gerais previstas em orçamento.
Exemplo clássico são os impostos, para os quais inclusive o art.167, IV, CF88,
prevê:
Ufa!
GABARITO: D
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Outras questões da ESAF sobre Conceito de Tributo.
Resolução
A questão pede a conclusão que não decorre do conceito de tributo.
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mercadorias, e sim da circulação delas. O que confirma que tributo não é
sanção de ato ilícito. CORRETA.
Alternativa "e)": A alternativa está correta quando afirma que "embora sendo
uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da
administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a
delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas
e sociedades de economia mista". O único problema é que essa afirmação não
decorre do conceito de tributo (art.3°, CTN), e sim da diferença entre
competência tributária, que é indelegável, e capacidade tributária ativa, cuja
delegação da obrigação pode ser conferida a outras pessoas jurídicas de direito
público (art.7°, CTN). ERRADA.
GABARITO: E
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do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser
exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3o do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.
Resolução
Alternativa "a)": Multa realmente não é tributo, já que este, por definição
legal, não constitui sanção de ato ilícito. Mas quando deve ser exigida do
cidadão, ela é um valor que é considerado pelo CTN como obrigação tributária,
ao lado do tributo, para que se submetam ao mesmo regime de constituição,
discussão administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
Como a alternativa propõe ser a multa considerada pelo CTN como obrigação
tributária, tenho que tecer algumas considerações a respeito da obrigação
tributária. [O tema será mais aprofundado na Aula 08]
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§ 3° A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade
pecuniária.
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O diagrama sobre a inscrição em dívida ativa e a execução dos tributos será
disponibilizado nas aulas correspondentes, mais adiante [Aula 12].
Alternativa "b)": Se o conceito de tributo diz que ele é instituído por lei,
então está CORRETO dizer que "o poder de tributar é prerrogativa do Poder
Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade".
Mas a alternativa diz também que pode haver, "no entanto, alguma margem
de discricionariedade nesta atividade". Cabe aqui uma consideração.
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Mas o candidato vai ter de ficar atento ao contexto da prova. Se sentir que a
prova é de nível menos elevado, exigindo quase que só a legislação decorada,
esse entendimento, de haver alguma margem de discricionariedade na
atividade da autoridade administrativa ao exigir o tributo, pode ser
considerado errado.
Alternativa "e)": A afirmação está CORRETA quando diz que "nem toda
prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo", porque a multa é
prestação pecuniária prevista em lei e não é tributo. Por isso que ela
complementa que para ser tributo, essa prestação pecuniária deve reunir "o
conjunto dos requisitos constantes do art. 3o do CTN". CORRETA.
GABARITO: D
Resolução
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Alternativa "a)": Na atividade de cobrança do tributo a autoridade
administrativa não pode deixar de aplicar a lei. ERRADA.
Alternativa "b)": É preciso lei para exigir um tributo. ERRADA.
Alternativa "c)": O tributo se caracteriza também pelo fato de não resultar da
aplicação de uma sanção por um ato ilícito. CORRETA.
Alternativa "d)": A prestação do tributo é obrigatória, porque tributo é
prestação compulsória. ERRADA.
Alternativa "e)": Pelo art.4°, II, CTN, a destinação da arrecadação com o
tributo é irrelevante para qualificar a natureza jurídica do tributo. O que
determina sua natureza é o fato gerador da respectiva obrigação (art.4°,
caput, CTN). ERRADA.
GABARITO: C
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Vamos falar agora de classificação dos tributos. Introduzamos o tema com a
seguinte questão da ESAF:
Resolução
Da CF88:
Do CTN:
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Art. 5° Os tributos são impostos, taxas e contribuições de
melhoria.
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DIAGRAMA DAS 5 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS:
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A Alternativa "a)" é ERRADA porque a compensação financeira aos Estados
pela exploração de petróleo por empresas privadas, conhecida como roylaties,
não é espécie tributária.
A Alternativa "b)" é ERRADA porque "um gravame cuja obrigação tem por
fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte" não é definição de tributo, mas sim de
imposto.
A Alternativa "e)" traz a definição de tributo, mas ressalvando que ele pode
constituir sanção de ato ilícito no caso de ato ilícito que requeira reparação em
virtude de guerra, o que não se coaduna com a definição legal do art.3°, CTN.
ERRADA.
GABARITO: D
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b) competente para instituir e cobrar a taxa é a pessoa política - União,
Estado, Distrito Federal ou Município - legitimada para a realização da
atividade que caracterize o fato gerador do tributo.
c) os serviços públicos que ensejam sua cobrança consideram-se utilizados
pelo contribuinte, efetivamente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento.
d) serviços públicos específicos são aqueles destacáveis em unidades
autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas.
e) serviços públicos divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Resolução
2.1. Taxas
Prevê a CF88, em seu art.145:
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições,
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função
do capital das empresas.
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As taxas são tributos cujo fato gerador é uma atividade realizada pelo
Estado, por isso, classificadas como tributo vinculado, ou seja, vinculado a
uma atividade do Estado. [Atenção: o termo "Estado" pode ser utilizado de
três maneiras: (i) como Estado-Nação, que é o caso da República Federativa
do Brasil; (ii) como pessoa política genericamente falando, quando abrange
União, Estados, Distrito Federal e Municípios; e (iii) como uma dessas pessoas
políticas, no caso os Estados-membros da Federação, por exemplo, Amazonas,
Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina, Ceará, Tocantins etc.]
Por isso, as taxas não podem ter fato gerador idêntico ao dos impostos, como
inclusive prevê o parágrafo único do art.77, CTN.
Mas também há julgado no STF que entende que taxa de coleta de lixo
domiciliar com alíquota que varia em função da metragem da área construída
do imóvel não implica identidade com a base de cálculo do IPTU. Primeiro
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porque esse é apenas um dos elementos que integram a base de cálculo do
IPTU; segundo porque é correta a presunção de que o imóvel de maior área
produzirá mais lixo que o de menor área, realizando-se a isonomia tributária e
o princípio da capacidade contributiva, cuja aplicação, na medida do possível,
não é vedada às taxas. (RE 232.393 SP)
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Quando o art.77, CTN, diz que as taxas são "cobradas pela União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições", já dá a dica que essas pessoas políticas só podem
cobrar taxa relativa a atribuição que a Constituição Federal lhe tenha
conferido.
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Agora, abaixo, segue a teoria que vai nos permitir analisar as 3 últimas
alternativas. Para ajudar, veja esse diagrama das taxas:
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O CTN traz definição do que vem a ser poder de polícia:
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E esse poder de polícia tem de ser exercido regularmente.
Definição de regular:
O STF entende que o exercício do poder de polícia tem que ser efetivo, mas
isso não quer dizer a efetiva necessidade de comprovação de fiscalização e
diligências locais. Basta que exista o órgão competente para tal
fiscalização na estrutura do ente tributante que exercite o pertinente poder
de polícia e esteja em funcionamento permanente, não sendo necessário
que os estabelecimentos tenham sido efetivamente visitados pela fiscalização.
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No entanto, essa Súmula foi expressamente cancelada no julgamento do
REsp 261571 SP, em 2002, assim que os Ministros da Primeira Seção do STJ
constataram que o STF havia proclamado a constitucionalidade da taxa de
fiscalização de localização e funcionamento anualmente renovável, se a base
de cálculo não agredir o CTN.
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ele é de utilização compulsória, por se tratar de questão de saúde pública,
basta ele estar em efetivo funcionamento para ser considerado de
utilização potencial por aqueles moradores, sendo cobrável a respectiva
taxa. Ou seja, podem até não o utilizar efetivamente, mas vão ter de
pagar a respectiva taxa.
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Por isso que a cobrança pelo serviço de iluminação pública teve que ser
viabilizada por alteração constitucional (EC 39/2002), por intermédio de
contribuição, inserindo-se o art.149-A na CF88:
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
GABARITO: C
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07- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Indique a
opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes
disposições do Código Tributário Nacional.
Para efeito de fato gerador e cobrança de taxa, considera-se regular o
exercício do poder de polícia quando desempenhado nos
limites da lei aplicável, com observância e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como , sem abuso ou
desvio de poder.
a) pelo Poder Público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária
aos bons costumes
b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis /
perigosa
c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada
d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal /
atentatória a direitos fundamentais
Resolução
Para resolver essa questão, há que praticamente decorar o parágrafo único do
art.78, CTN:
GABARITO: E.
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I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão
competente, nos limites da lei, observando devido processo legal, e exercida
sem desvio ou excesso de poder;
II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não
mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja,
a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos também
caracteriza o exercício desse poder;
III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da
coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém,
que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa;
IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses
individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses.
Estão corretos:
a) apenas os itens I e III.
b) apenas os itens I, III e IV.
c) todos os itens estão corretos.
d) apenas os itens III e IV.
e) apenas os itens II, III e IV.
Resolução
Item III: O próprio art.78, CTN, diz que o poder de polícia decorre do interesse
público. Mas se os custos do exercício desse poder de polícia têm de ser
cobertos, que o sejam por aqueles cidadãos que provocam a atuação
fiscalizadora do Estado naquela área específica, o que justifica que esses
cidadãos paguem essa taxa. Item CORRETO.
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Item IV: Exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos
interesses individuais em favor do interesse público, conciliando esses
interesses. Também diz o art.78, CTN, que poder de polícia é a atividade da
administração pública que regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão do interesse público. Item CORRETO.
GABARITO: C
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Abaixo, uma questão ESAF para conhecermos as diferenças entre taxa e preço
público.
Resolução
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No STF:
ADIMC 2.247 DF, Ministro Ilmar Galvão: [ADIMC = Medida Cautelar em Ação
Direta de Inconstitucionalidade]
Exercício de poder de polícia não pode ser remunerado por preço
público, e sim por taxa.
O serviço de inspeção realizado pelo IBAMA, em seu exercício de poder de
polícia, deve ser remunerado por taxa.
RE 89.876 RJ:
Ministro Moreira Alves: "Nos casos em que é devida a taxa, não pode ele
[Poder Público] (...) esquivar-se destas, impondo, ao invés de taxa, preço
público." "Sendo compulsória a utilização do serviço público de remoção
de lixo - o que resulta, inclusive, de sua disciplina como serviço essencial à
saúde pública - a tarifa de lixo instituída pelo (...) Município do Rio de
Janeiro é, em verdade, taxa".
Esse critério da jurisprudência é o mais claro com relação ao que pode ser
remunerado por taxa ou por preço público.
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c) A alternativa "c)" traz exatamente a definição de contribuição de melhoria,
que não se confunde com preço público. ERRADA.
O objeto dessa relação, pelo qual se paga o valor do preço público, pode ser
tanto um bem material, como um bem imaterial (serviço).
GABARITO: E
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c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de
serviço público específico, divisível ou não.
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas.
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Resolução
Alternativa "a)": "o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas
um fato do Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa
das pessoas que dela se aproveitam". O fato do contribuinte pode ensejar o
fato gerador de um imposto, mas nunca de uma taxa. CORRETA.
Alternativa "b)": "a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de
taxa, pode consistir no exercício regular do poder de polícia". A questão fala
"pode" porque a cobrança de taxa também pode decorrer de serviço público
específico e divisível. CORRETA.
Alternativa "c)": O serviço público que pode ensejar a cobrança de taxa deve
ser obrigatoriamente divisível, não bastando que seja específico. ERRADA.
Alternativa "e)": "o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-
se regular quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a
lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder". É a letra do
art.78, parágrafo único, CTN. CORRETA.
GABARITO: C
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11- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL 2007 ESAF) O Sistema
Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que estão postos nos
artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no conteúdo das
disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo apresentadas, a
que está correta.
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido,
pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores
Mobiliários.
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser sempre
remunerado mediante taxa.
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem
ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser
retribuída, genericamente, por impostos.
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de
seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a
órgão público.
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem
que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural.
Resolução
Alternativa "a)": ERRADA. Veja a Súmula 665 do STF: É constitucional a taxa
de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela lei
7940/1989.
Alternativa "d)": ERRADA. Vide a ADI 3151 MT, julgada em 08.06.2005, que
versa que "É constitucional a destinação do produto da arrecadação da taxa de
fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão público e ao próprio
Poder Judiciário". Nessa ação, a ANOREG/BR - Associação dos Notários e
Registradores do Brasil - pleiteava que o STF declarasse inconstitucionais
dispositivos de Lei do Estado do Mato Grosso que instituíram taxa por
intermédio de selo de controle dos serviços notariais e de registro, alegando,
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entre outros argumentos, ser tal exação um imposto, não previsto
constitucionalmente, e que a Lei Federal n° 8935/94 previa a percepção
integral dos emolumentos pelos notários e registradores. O STF entendeu que
se tratava sim de taxa em razão do exercício do poder de polícia. Quanto ao
ferimento da Lei n° 8935/94, é de ordem infraconstitucional.
GABARITO: C
Resolução
Alternativa "a)": A taxa é um tributo que não pode ter base de cálculo ou fato
gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em
função do capital das empresas. É a letra do art.77, parágrafo único, do CTN.
CORRETA.
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Alternativa "b)": os serviços públicos que ensejam a sua cobrança consideram-
se utilizados pelo contribuinte POTENCIALMENTE, quando, sendo de
utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em efetivo funcionamento. POTENCIALMENTE, e NÃO
EFETIVAMENTE. Basta ver o art.79, I, CTN. ERRADA.
Alternativa "c)": Quando o art.77, CTN, diz que as taxas são "cobradas pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de
suas respectivas atribuições", já dá a dica de que as essas pessoas políticas
só podem cobrar taxa relativa a atribuição que a Constituição Federal lhe tenha
conferido. CORRETA.
Alternativa "d)": "Serviços públicos específicos são aqueles que podem ser
destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de
necessidade públicas". É a letra do art.79, II, CTN. CORRETA.
GABARITO: B
43
Resolução
GABARITO: E
Resolução
44
atividade administrativa em efetivo funcionamento (art.79. I, 'b', CTN). Não é
esse o motivo da inconstitucionalidade da taxa de iluminação pública.
E) Quando um serviço público é uma unidade autônoma de intervenção, de
utilidade ou de necessidade pública, ele é específico (art.79, II, CTN). Mas a
taxa de iluminação pública não é específica, como constou da transcrição da
ementa do RE 233.332 RJ, acima.
GABARITO: C.
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Vamos a uma questão para inserir o tema "contribuição de melhoria".
Resolução
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Mediante essa distinção, pergunta-se: com a CF88, para a instituição de
contribuição de melhoria bastaria a realização de obra pública, não se
necessitando a valorização do imóvel? NÃO!
O STF entendeu que nada mudou com a CF88. Nesse sentido, basta ver o
AI-AgR 694.836 SP, em que a decisão diz: "Esta Corte consolidou o
entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre o
quantum da valorização imobiliária." E cita vários precedentes nesse
sentido. [AI-AgR = Agravo Regimental no Agravo de Instrumento]
Afinal, não é qualquer obra que gera melhoria aos imóveis circunvizinhos.
Aliás, há obras que desvalorizam nosso imóvel. Se houvesse contribuição
nesse caso, deveria se chamar "contribuição de pioria"!
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Prevê a parte final do art.81, CTN:
48
Comparando-se custo da obra por imóvel (R$ 50.000) com valorização
individual (R$ 60.000), a contribuição de melhoria máxima a ser cobrada será
R$ 50.000, que é a menor das duas.
49
diretamente para apenas um grupo de beneficiados, sendo apenas seu imóvel
valorizado, não é justo que todos paguem por essa valorização, custeando a
obra. A causa do enriquecimento (enriquecimento este representado pela
valorização do imóvel) tem de ser uma contraprestação correspondente, a ser
feita pelos beneficiados, para o Estado, contraprestação essa sendo o valor da
contribuição de melhoria a ser pago. ASSERTIVA CORRETA.
GABARITO: E
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Assim, podemos dizer sim que a contribuição de melhoria é o tributo cujo
fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto.
GABARITO: E
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2.3. Impostos
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
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Sim, porque os fatos geradores dos impostos revelam sinais de riqueza
do contribuinte, elencados pela CF88, como: importar produtos estrangeiros
(II); exportar produtos nacionais ou nacionalizados (IE); auferir renda e
proventos de qualquer natureza (IR); ter a propriedade de veículo automotor
(IPVA); prestar serviço de qualquer natureza (ISS) etc.
Os não vinculados são os impostos, cujo fato gerador não pode ser
atividade estatal específica relativa ao contribuinte, mas decorre sim
de um sinal de riqueza do contribuinte. Basta ver a definição legal de
imposto no art.16, CTN:
53
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2°, 212 e 37, XXII, e a
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8°, bem como o disposto no § 4° deste
artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 42, de 19.12.2003)
54
Esquematizando esse dispositivo, temos:
Ressalvada...
(i) a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts.158 e 159
(REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS)
(ii) a destinação de recursos para as AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, que
constituem um sistema único (art.198, § 2°)
(iii) a destinação de recursos para MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO
(art.212)
(iv) a destinação de recursos para realização de ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO
TRIBUTÁRIA, essenciais ao funcionamento do Estado (art.37, XXII)
(v) a vinculação para PRESTAÇÃO DE GARANTIAS ÀS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA, eventualmente previstas na lei orçamentária anual (art. 165, §
8°)
(vi) a vinculação para prestação de GARANTIA OU CONTRAGARANTIA À UNIÃO (art.167,
§4°)
(vii) a vinculação para PAGAMENTO DE DÉBITOS PARA COM A UNIÃO (art.167, §4°)
55
e) pertencem aos Estados o Imposto de Renda incidente na fonte sobre os
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles (excetuando-se suas fundações
públicas e autarquias).
Resolução
56
Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br
57
Como o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios (art.32, CF88),
não há que se falar em repartição das receitas de seus impostos ITCMD, ICMS
e IPVA, bem como de qualquer dos repasses constitucionais que o Distrito
Federal recebe da União.
58
os rendimentos pagos pelas fundações públicas e autarquias dos Estados.
ALTERNATIVA "E)" ERRADA.
GABARITO: A
59
Encaremos, agora, uma questão sobre Empréstimo Compulsório:
Resolução
60
A União pode instituir Empréstimos Compulsórios por dois fundamentos
distintos:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência; ou
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional.
61
Não considerar, nos seus estudos, a leitura do art.15, e seus incisos, CTN, cujo
texto difere, até certo ponto, do texto do art.148, CF88, particularmente o
inciso III. A CF88 prevalece. Do art.15, aproveita-se seu parágrafo único:
62
a) É pacífico na doutrina e na jurisprudência que o Empréstimo Compulsório é
um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3° do Código
Tributário Nacional. Inclusive a Súmula 418 do STF, que dizia que Empréstimo
Compulsório não era tributo, perdeu a validade por ocasião do julgamento do
RE 111.954, em jun.1988. ALTERNATIVA "A" CORRETA.
GABARITO: A
63
19- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002.2 ESAF) A assertiva
errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que
a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei
complementar.
b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade
pública.
c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de
empréstimos compulsórios.
d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter
urgente não se aplica o princípio da anterioridade.
e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser
aplicados para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição.
Resolução
64
Art.148. [...]
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
GABARITO: D
Resolução
A) CORRETA. Art.148, parágrafo único, CF88:
Art.148. [...]
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição.
65
Art.148. [...]
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
[... ]
GABARITO: C
Resolução
66
C) ERRADA. Em alguns casos não, SEMPRE. Art.148, caput, CF88:
Art.148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios:[... ]
GABARITO: C
Resolução
67
B) ERRADA. Pelo art.148, caput, CF88, somente por lei complementar pode
ser instituído o empréstimo compulsório.
GABARITO: D
68
2.5. Outras Contribuições Tributárias
69
Vejamos uma questão sobre natureza jurídica do tributo:
Resolução
70
Há discussão na doutrina até se esse inciso II teria sido recepcionado pela
Constituição de 1988, na medida em que as Contribuições Sociais e os
Empréstimos Compulsórios têm como característica relevante a destinação
legal do produto de sua arrecadação.
ATENÇÃO: A única exceção (de que tenho conhecimento) à afirmação que fiz
que basta a leitura do art.4°, CTN, para responder às questões da ESAF sobre
natureza jurídica do tributo, deu-se na prova para TÉCNICO DO TESOURO
NACIONAL 1997. Segue a questão:
Resolução
Alternativa "a)": Pelo inciso I do art.4°, CTN, a denominação adotada pela lei é
irrelevante para qualificar a natureza jurídica específica do tributo. ERRADA.
71
Alternativa "c)": Pelo inciso II do art.4°, CTN, a destinação legal do produto da
arrecadação do tributo é irrelevante para qualificar a natureza jurídica
específica do tributo. ERRADA.
Mas o art.145, §2°, CF88, diz que as taxas não poderão ter base de cálculo
própria dos impostos. Então a base de cálculo também seria critério
determinante da natureza jurídica específica do tributo, diferenciando, por
exemplo, as taxas dos impostos. Isso é aceito pela doutrina.
GABARITO: E.
72
Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula
73
prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para
que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa,
inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício
do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser
exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3o do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.
74
c) são espécies tributárias, entre outras, imposto, taxa, contribuição em favor
de categoria profissional, preço público e contribuição de intervenção no
domínio econômico.
d) tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
e) tributo é a prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela
se possa 'exprimir, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, que não constitua sanção de ato ilícito,
ressalvado o caso de ato ilícito que requeira reparação em virtude de guerra.
75
a) pelo Poder Público / das disposições regulamentares aplicáveis / contrária
aos bons costumes
b) por órgão de segurança pública / das normas administrativas aplicáveis /
perigosa
c) pelo órgão competente / de procedimentos administrativos / vinculada
d) somente por órgão de segurança pública / do devido processo legal /
atentatória a direitos fundamentais
e) pelo órgão competente / do processo legal / discricionária
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b) a prestação pecuniária exigida pelo Poder Público, decorrente de tributo cuja
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
c) a prestação pecuniária decorrente de tributo instituído para fazer face ao
custo de obras públicas de que resulte valorização imobiliária.
d) a obrigação do sujeito passivo, que surge com a ocorrência do fato gerador
e tem por objeto o pagamento de tributo.
e) a prestação pecuniária, decorrente da livre manifestação do comprador,
exigida pelo Estado, por órgão estatal, ou por entidade ligada ao Poder Público,
pela venda de um bem material ou imaterial.
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c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem
ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser
retribuída, genericamente, por impostos.
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de
seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a
órgão público.
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem
que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural.
78
necessidade públicas; utilizados pelo contribuinte,
quando por ele usufruídos a qualquer título.
a) específicos / unitários / potencialmente
b) individuais / autônomos / virtualmente
c) utilizáveis / independentes / normalmente
d) potenciais / necessários / essencialmente
e) divisíveis / específicos / efetivamente
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c) Estão corretos apenas os itens I e III.
d) Estão corretos apenas os itens II e III.
e) Todos os itens estão corretos.
80
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua
criação.
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o
houver instituído.
81
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).
82