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Tributos Fixos e variáveis: A maioria (é a regra) dos tributos é variável, variam de acordo com o valor da
base de cálculo, de acordo com o serviço prestado. Ex.: Prestação de serviços, reparo de obra. Se o ajuste
custar 500,00 e o valor do ISS a ser recolhido, em uma alíquota de 5%, seria 25,00 para serem recolhidos.
Mas se o serviço for mais trabalhoso, o serviço custa mais, com isso, o valor será de 50,00. Ainda que a
alíquota seja a mesma, a base de cálculo oscilando será responsável pela variação. Ex.: Imposto sobre a
renda. Mas temos também os fixos, como o caso do ISS dos profissionais liberais, como os advogados. O
advogado, por exemplo, pode recolher o ISS per capita, por cabeça, fixo para ser recolhido, por profissional.
Ex.: o professor Thiago tem um escritório e possui 20 pessoas, em que tem 12 advogados. Paga-se o ISS por
profissional. O professor Humberto Theodoro se montar um escritório com 12 advogados, todos pagariam o
mesmo valor de ISS para a prefeitura. Thiago é contra ao pagamento fixo, afirma ser inconstitucional.
Art. 9º, Dec. 406/88: para o judiciário, foi recepcionado pelo CF/88 e, portanto, pode ser aplicado. Já
que poderia ser contrário à ideia de Justiça Tributária, já que outras profissões não pagam o valor fixo.
Princípios Tributários
Há porém, algumas exceções para a modificação de tributos já instituídos por lei como a alteração de
algumas alíquotas, que podem ser feitos por atos infra legais. Sendo uma exceção não plena de
legalidade e sim de modificação que é plenamente justificável, em que neste mundo arque complexo de alta
velocidade de mudanças, precisa-se de algumas ferramentas de indução de comportamento mais dinâmicas e
interativas.
Daí se permitir que os impostos de importação, exportação, operações financeiras, e produtos
industrializados (art. 153, I, CF - Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: § 1º É facultado ao
Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.), podem ter a alíquotas alteradas por atos infra legais, como por meio
de decretos.Já que se precisar realizar um ajuste urgente, para realizar ferramentas tributárias, podem ocorrer
alterações instantâneas, com uma oportunidade de remodelar o mercado.
São exceções impróprias à legalidade. Não é que eles possam ser instituídos sem lei, mas as
alíquotas podem variar de forma variável. É facultado ao poder, atendido as condições e limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos já citados.
A legalidade não tem exceção no sentido de que todos os tributos serem necessariamente instituídos
por lei. Mas há uma exceção que é a possibilidade de alguns impostos serem alterados por atos infralegais.
São tributos que precisam ser alterados em um curto período de tempo, ainda assim, somente podem ser
modificados dentro de limites legais.
. Medidas provisórias em matéria tributária:
Art. 150, I, CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça; muito se discutiu sobre isso, alguns autores entendiam que não é possível, mas pela emenda da
Constituição Federal isso fora solucionado quando o constituinte coloca no §2º, art. 62, CF que Medida
Provisória que implique instituição de impostos somente produzirá efeito se houver sido convertido em lei
até o último dia daquele em que foi editada e produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte. A medida
provisória não poderia instituir tributos, é o que muitos pensam, ai o STF teve a decisão de a medida
provisória ter força de lei, e instituir alguns tributos, não todos, porque alguns a CF diz que só poderão ser
instituídos por lei complementar.
Alguns autores diziam sobre a impossibilidade, e outros pela possibilidade. O recado que se tira da
emenda, é que a Medida Provisória implica em instituir tributos. Mas os tributos antes da emenda? Temos
um problema que vale a pena discutir com relação a instituição de tributos por Medida Provisória, foi dura a
construção da legalidade, da ideia de que o poder encontra-se nas mãos do povo. Quando encontra espaço
para que Medida Provisória possa instituir e majorar tributos, é algo preocupante. Mas no jeito que se
encontra posta no texto constitucional, isso é possível. Já que as Medidas Provisórias podem surtir
resultados mais rápidos para tributos permitidos pela Constituição Federal a serem modificados por atos
infralegais.
Permite-se essa mudança rápida, para alguns tributos específicos, como Imposto sobre Importação,
Imposto sobre Exportação, que são questões mais sensíveis. Os demais tributos somente poderão surtir
efeito se a Medida Provisória apresentada hoje e até dia 31/12 seja aprovada no Congresso Nacional, assim
sendo, surtirá efeitos, já que passa pelo controle da legalidade antes de nos afetar.
Os tributos que demandarem Lei Complementar para seu manejo (empréstimo compulsório,
Imposto Sobre Grandes Fortunas, etc....) não poderão ser tratados por Medida provisória, já que quando
convertida, é convertida em Lei Ordinária e não Lei Complementar. Pegadinha!!!
Art 153, § I algumas decisões tem que ser tomadas com rapidez,
V
. Convênios Interestaduais:
Temos um tributo que é instituído e fiscalizado pelos estados e que é o principal tributo da esfera
estadual em termos de resultados que é o ICMS que são bilhões de arrecadação. Sendo um tributo muito
complexo pela quantidade de dinheiro envolvido, tendo como consequência muito poder nas mãos do
Estado. Cada ente político e o DF pode legislar sobre ele. Temos o art. 155, CR é muito grande, maior do
que o 153, 156, sendo extenso devido ao ICMS. Temos ainda leis complementares que o regulam no plano
nacional, e ainda cada estado o regula no plano local.
Além da CR, Lei complementar e Leis estaduais temos o Conselho de Política Fazendária
(CONFAZ), órgãos que congrega os estados presidido pelo secretário da receita federal, a CR exige que
para a concessão de alguns benefícios os estados tenham que entrar em um acordo para evitar uma guerra
fiscal. Art. 155, §2º, XII, “g”, diz que cabe a lei complementar deliberar sobre as isenções. Mas para MG
conceder isenção é necessário a aprovação do CONFAZ, para evitar brigas ferozes para trazer indústrias e
postos de trabalho.Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II -
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior; § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: XII - cabe à lei complementar: g)
regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Foi criado essa previsão, por mais que seja um tributo estadual, existem muitas formas de tentar sua
unificação no Brasil inteiro. Outro fator que gera muito problema são os incentivos fiscais concedidos sem
autorização do CONFAZ: na hora de atrair o investimento os estados concedem benefícios fiscais para
uma empresa, porém MG não pode fazer isso, já que não há autorização. Com isso os estados arrumam
formas para fingir que não estão dando incentivos, em um jogo político entre estados.
O estado de Minas Gerais tem uma resolução de n.º 3.166, que é uma Resolução que diz quais
incentivos dados por outros estados que são inconstitucionais e inadmissíveis aqui no Brasil. Na
sistemática de débito e crédito, se compro uma mercadoria com incentivo inconstitucional, Minas Gerais
acaba não reconhecendo o ICMS embutido. Mas há várias formas de burlar essa resolução, e são utilizadas
pelos estados em termos de guerra fiscal.
Há uma lei no estado de Minas Gerais que não é muito correta: Se algum outro estado da federação
conceder incentivos que não poderiam ser concedidos, Minas Gerais denunciará e se aquele incentivo não
cessar poderia adotar medida de compensação. Se houver alguma inconstitucionalidade, Minas Gerais
também poderá cometer uma inconstitucionalidade. Ex.: O empreendedor se instala no ES, gera emprego e
gira a economia, gerando um ciclo positivo para o estado do ES, tudo isso sendo possível decorrente de
incentivos. Por isso que as mercadorias advindas desse empreendimento, muitas vezes não são aceitas por
Minas, em exemplo. Os nomes dos estados são meramente exemplificativos, já que ocorre em todos os
estados.
10/10/2017
Há mais um tema, que hoje não existe mais dentro da não surpresa, que seria a anualidade. Havia aqui
no Direito tributário, em que o Tributo deveria ser aprovado em 2015 para ser exigido em 2016, ou seja,
todo ano precisava de aprovação para que o tributo pudesse ser exigido, hoje em dia não se tem a
anualidade. Uma vez aprovada a lei hoje ela vale daqui para frente sem que houvesse a renovação anual. O
ponto negativo é a retirada do foco legislativo, com cambalacho político a cada ano, mas podendo ser usado
como uma forma de participação popular.
O princípio da anualidade que é encontrado no direito financeiro, não é encontrada no direito tributário.
Tributos extrafiscais são utilizados para induzir comportamento e como esses são para induzir um
comportamento de forma rápida, a tributação precisa ser imediata também.
Art. 150 CR
Não são todos os empréstimos compulsórios que são exceção no art 148.
UNIDADE 3: Imunidades
. Conceito:
A Constituição aborda essa temática, já que a própria CF que outorga a Competência Tributária e que em
certos momentos e para certas pessoas desenha essa competência de modo que esta fique fora dos entes
políticos.
Para a instituição de tributo deve haver o ato normativo de lei. No caso das imunidades, a própria CF ao
outorgar a imunidade já ressalva dessa competência certas situações. Ex.: Imunidade dos livros, art. 150, VI,
D’ que prevê imunidade aos livros com relação aos impostos. Isso, pois, a CF assegura o acesso a difusão de
informação e conteúdo a evitar que o Direito Tributário seja instrumento de perseguição de conteúdo. Dessa
maneira, a imunidade tributária serve para equilibrar a realidade local.
Temos então, vários valores agregados aos ideais de imunidade. Há imunidade religiosa, dos livros,
partidos políticos, entidade de assistência social, aos entes políticos (imunidades recíprocas), e ainda há
afigura que se confundirá com a ideia de imunidade que é a isenção.
Isenções: Apesar do efeito próximo às imunidades, já que ambas farão com que nenhum crédito
tributário tenha que ser pago, são muito distintas, tendo em vista que a imunidade atua no plano da
outorga de competência tributária aos entes políticos. É uma opção prévia de não permitir a tributação.
As isenções, por seu turno, estarão no plano infranconstitucional e também já não é mais uma opção
do constituinte quando outorga, e sim do ente político local em ressalvar alguma operação ou pessoa
da incidência tributária. Torna-se uma incidência local, a depender de um interesse. Ex.: Isenção do IPTU
- Há o estatuto do contribuinte, que é o estatuto constitucional que tende a proteger o contribuinte, porém a
própria capacidade contributiva e a ideia de tributo progressivo, permite que a isenção possa ser retirada e
não haja prejuízo ao município e ao contribuinte.
A imunidade não há nem competência do ente para instituir o tributo, e no caso da isenção, apesar de
outorgada a competência, o ente decide por ressalvar algumas situações. Há uma divergência doutrinária, já
que alguns entendem a isenção como a impossibilidade de se instituir o tributo, e outros entendem a
isenção como se primeiro ocorresse a obrigação e depois é aniquilada. Já que há uma lei dizendo que
incide-se o imposto, mas há uma outra norma que retira a obrigação tributária. O professor não concorda
com essa corrente, que é escolhida pelo STF. O professor discorda, já que dá a impressão de que a norma
isencional é mais devagar que a primeira. Mas havendo uma norma insencional, no momento que iria
ocorrer a incidência, vem uma norma isencional que impede o nascimento da norma tributária.
Obs.: Os municípios que tem isenção, mandam a correspondências dizendo que o IPTU seria tanto valor,
mas a prefeitura isentou. Assim, gasta-se com o cartão, e ainda não contribui.
. Espécies de Imunidades
1.3. Imunidade para patrimônio, renda (acréscimo patrimonial) ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e
de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Art. 150, VI, c
Já foi dito que várias das imunidades estão relacionadas às liberdades. Quando se lê imunidade referente
a partidos, estamos nesse campo. Imaginemos se fosse possível a aplicação de impostos, um Partido poderia
asfixiar os inimigos políticos, estipulando impostos para determinados partidos políticos. Já que estão no
poder legislativo. Assim, dentro dessas brigas de poder, o tributo poderia ser instrumento. Há ainda as
entidades sindicais e de fundação que fazem a função do próprio estado. Em larga medida o estado é
incompetente para agir na área de assistência social. Se o estado fosse pleno e funcionasse de maneira plena,
não haveria a necessidade dessas instituições. Esse terceiro setor não deve ser onerado quando compartilha
atividades que deveriam ser do estado.
Deve atender aos requisitos da lei, já que temos diversas instituições que parecem de Assistência,
fundações porém não o são. Então, se permite-se que algumas pessoas lucrem com a imunidade, não há
recolhimento de tributos. Essas instituições devem seguir uma cartilha, que está prevista em algumas leis,
que não será somente lei ordinária, temos que realizar uma interpretação de toda a constituição. O art. 146.
Cabe à lei complementar: II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; e uma dessas
limitações é a imunidade.
Ir aos arts. 9º e 14, CTN:
Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - instituir ou majorar
tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65; II -
cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício
financeiro a que corresponda; IV - cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos
outros b) templos de qualquer culto;c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 104, de 2001) d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e
livros.
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes
requisitos pelas entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de
suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) II - aplicarem integralmente, no
País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas
receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
Essa previsão do artigo 14 tem por si evitar abusos que alguma parte desse patrimônio fosse para o
exterior, já que em função de normas de opacidade em outros países, o dinheiro poderia sair do Brasil ir para
uma conta e ninguém sabe mais como que ele foi investido. Além de sonegar informação, essa imunidade
implicaria riqueza para um particular, às custas de uma arrecadação tributária brasileira. Quando o art. 14, II,
diz que cabe as instituições do art. 9º, aplicar integralmente os recursos no país para evitar danos. O inciso
III, art. 14, CTN tem o objetivo de assegurar os dois primeiros objetivos. Se não temos uma documentação e
uma escrituração em livros oficiais, não haveria como saber se a pessoa foi realmente honesta. Ex.: PUC-
MG, Colégio Loiola, alguns hospitais que ficaram prestes a perder as suas imunidades.
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e
os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
A ideia aqui é que o partido político não tenha um clube, já que não é a finalidade dos partidos políticos,
da mesma forma se uma entidade de assistência social tivesse um shopping. Assim, quando essas
instituições estão para além do papel de apoio ao estado, deve caber a incidência.
Mas e os templos que possuem casas anexas e são imunes? Nesse caso, ao professor ocorre o exagero de
imunidades para os outros imóveis, já que mesmo se a renda for para a Igreja causa um desequilíbrio no
mercado. Súmula 724, STF. Ainda quando alugado a terceiro permanece imune ao IPTU, desde que o valor
de alugueis seja aplicado para própria igreja.
Súmula 724Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
1.4. Imunidade para livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Art. 150, VI, d
Tem relação a difusão da cultura e da informação, finalizando tornar menos caras as obras impressas.
O livro é imune, porém, ainda continuam caros. Se fôssemos pensar em uma limitação de quem está no
poder, a não imunidade seria um problema. Sendo uma interpretação ampliativa para os livros, jornais e
periódicos eletrônicos.
1.5. Imunidade para fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras
musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa
de replicação industrial de mídias ópUYticas de leitura a laser. Art. 150, VI, e
Incluído pela EC75/2013. Essa imunidade é uma conquista do meio artístico. Quando ocorreu a
aprovação desta EC, pessoas artísticas e culturais estavam no Congresso, sendo também em alguma
medida a difusão de cultura. Problemas: Assim que foi aprovada a PEC, esta era alvo de uma ADI
proposta pelo estado do Amazonas, já que essa imunidade quebraria Manaus, pela Zona franca de
Manaus, que foi uma isenção para produção de CD, DVD e etc. Essa imunidade pode em alguma medida
ser inconstitucional, tendo em vista que tromba com outra região, em que iria de encontro à equidade
entre regiões. Buscar exemplo prático.
Há uma ideia errada de que as imunidades estariam apenas na Constituição, esse não é um fato verídico,
já que há diversas passagens na constituição que tratam das imunidades, ainda que não haja uma
nomenclatura técnica, utilizando formas atécnicas como “não incidência”.
Outras Imunidades:
Imunidade de “Não incidência”.
Art. 149, §2º: Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 2º As contribuições
sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001)I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
Política do Export drive: a Regra é que no mundo inteiro não se exporte tributo. O Brasil tem o interesse
de vender mercadorias e serviços no mercado internacional. Quase todos os países não exportam tributos,
em que no momento da exportação as mercadorias são imunes às incidências tributárias, já que se quer
exonerar as exportações. Os países quando importam a mercadoria fazem incidir tributos sobre estes à
mesma forma que faz com os produtos nacionais. Quando o país importa ocorre a incidência tributária da
mesma maneira. Como os produtos saem sem incidência e entram com incidência tributária, não há uma
concorrência desleal com os produtos nacionais. Tem que fazer sofrer as mesmas incidências tributárias.
Dentro desta política, podemos tratar então de alguns parágrafos da constituição como o §2º, já que se
ocorresse a incidência, as pessoas iriam embutir o valor da mercadoria os ônus da contribuição, ficando mais
caro o produto no mercado.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: § 3º O imposto previsto no inciso IV: III - não
incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.Isso ocorre para garantir maiores divisas ao
Brasil. Há algo similar no art. 155, CR.
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas
em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; novamente a expressão “não
incidirá”, para representar uma imunidade ao pequeno proprietário. Lembrando que os latifundiários não
serão protegidos. Torna-se pelo conceito de imunidades que se consegue concluir que o “não incidirá”
também será uma imunidade. Outro fator que faz diferença no Brasil, com relação a complexidade do
sistema tributário: o que é uma pequena gleba rural? O valor varia conforme a região do país. A pequena
gleba rural no Brasil é dividida por áreas.
Art. 155. ICMS é um tributo complexo. § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: X -
não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados
a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado
nas operações e prestações anteriores; seja na prestação de serviços em operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; os demais impostos de prestação de serviços
são embutidos pelo ISS. Ressalva: assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto
cobrado nas operações e prestações anteriores, os tributos plurifásicos não cumulativos tem como exemplo
o ICMS, se os créditos não fossem preservados, haveria de alguma medida exportações de encargos
tributários em que na hora que comprou o produto haviam fases da produção com incidência do ICMS.
Assim, preserva o crédito para que não embuta no preço da mercadoria vendida o que foi pago nas
etapas anteriores. Então, no Brasil tem-se um grande problema que é: assegurar a manutenção de crédito, e a
ideia era que o crédito pudesse converter o dinheiro. Se não assegura a manutenção do crédito, e ele vire
dinheiro, embute-se o “prejuízo” na mercadoria exportada.
Há muita gente com crédito cumulado e não há o que fazer com ele. Porém nem sempre os estados
permitem isso. A Fazenda ano após ano posterga os prazos de aproveitamento do crédito.
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;A ideia é que ocorra a incidência somente no local que
o combustível for consumido, alguns poucos estados que extraem o petróleo,e se houvesse a incidência
ocorria um provável desequilíbrio, agora tributar quem consome facilita a divisão.
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;o ouro conhecemos para diferentes utilidades,
uma delas é enquanto artigo financeiro, que não é utilizado para fazer pingentes, quando for de artigo
financeiro, não seria mercadoria e sim seria um artigo financeiro. Se assim não o fosse, ou seja, se não
houvesse imunidade, poderia gerar dupla tributação, com o IOF.
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção livre e gratuita, há mais valores por trás, a ideia de não incidir o ICMS na área de
comunicação da TV aberta, seria a ideia de ficar mais barato o acesso à informação e a comunicação. Não se
estende essa imunidade para a TV a cabo, que não é livre e gratuita e sim paga.
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum
outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações,
derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Isso também é imunidade, já que para todas as
demais espécies não há de falar em tributação.
§ 2º O imposto previsto no inciso II (ITBI)I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens
ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos,
a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;Aqui também chama de “não incide”, é um tributo também competência
municipal. O objetivo é o estímulo da atuação das pessoas em sociedade. Pode-se ter o imóvel e utilizar a
integralidade desse imóvel. Se Ana vende o imóvel para Ellen, incide o ITBI, se esse imóvel fosse
transmitido de pessoa física para jurídica, como se quer estimular a constituição de sociedade com a
integralização de capital, permite a não incidência do ITBI, desde que essa pessoa não pratique a atividade
típica de compra e venda de imóveis.
Art. 36 e 37, CTN:
Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou
direitos referidos no artigo anterior:I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa
jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de
uma pessoa jurídica por outra ou com outra.Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão
aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da
sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.Art. 37. O disposto no artigo
anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou
locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição.§ 1º Considera-se
caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% (cinquenta por cento)
da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) anos anteriores e nos 2 (dois) anos
subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo.§ 2º Se a pessoa jurídica
adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a
preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data
da aquisição. § 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos
termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data.§ 4º O disposto neste
artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade
do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
Como cabe a lei complementar fazê-lo, há uma imunidade regulada pela Lei complementar no CTN, que
diz que a atividade preponderante é quando o sujeito tiver mais de 50% do faturamento. Se for uma pessoa
jurídica com mais de 2 anos, pede-se os dados dos dois últimos anos e verifica se as atividades são ou não
preponderantes. A imunidade do ITBI não é reconhecida de plano definitivamente, e sim depende da análise
da atividade preponderante.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder. Esse inciso serve para demonstrar que não somente os impostos são objetos de imunidade. Quando
discorrer sobre imunidades, deve-se falar em tributos para ter uma propriedade técnica. Na prática isso não
ocorre tanto, já que para acessar o judiciário para defesa dos direitos deve-se pagar custas judicias que é uma
taxa, assim, apesar de ser imunidade não o é tanto;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoalem tese não poderia haver as cobranças que na prática ocorre.
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de
nascimento; b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários
ao exercício da cidadania. São ações que são gratuitas
Art. 156. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar: II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. A imunidade aqui é
chamada por“exclui da sua incidência”
Art. 184. § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.Nesse caso é isenção ou imunidade? Seria imunidade
apesar de ser chamada de isenção. A própria constituição dentro do sistema dela nos indica que seria
imunidade já que faz parte do desenho da outorga. Evidentemente impede-se aos entes atingirem essas
situações e não é uma questão de isenção ou seja de um desejo dos entes. No caso de desapropriação a
transferência não cabe impostos.
Art. 195. II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei (complementar).
1. Normas Gerais:
. Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções
internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.
Quantas vezes se tem expressões entre aspas em uma legislação? São raras as vezes. Assim, a
expressão de legislação tributária deve ser marcada; há a necessidade de uma precisão terminológica.
Legislação Tributária é uma coisa e Lei tributária é outra, inconfundíveis, ainda que a Lei tributária esteja
dentro do conceito da ideia de legislação tributária. Mal comparando, a Lei tributária é uma espécie do
gênero Legislação tributária, que compreende os tratados, convenções, etc.... temas que versam no todo ou
em parte as situações jurídicas. Essa expressão será empregada em outras passagens no CTN, sendo crucial a
compreensão deste fato. Mas em alguns casos haverá a discussão sobre a expressão.
Há uma outra expressão que deve ser analisada: normas complementares, que se diverge de Leis
Complementares, estas são propriamente leis, as normas encontram-se no artigo 100, CTN. Algumas vezes o
Thiago utilizoub dessa terminologia em provas. Lembrando que são normas complementares das leis, dos
tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades
administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei
atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Algumas multas definidas pela Legislação Tributária não se confundem com tributos, em que há
algumas multas acessórias que não são necessariamente tributárias, e sim estão circundando a matéria, sendo
uma relação jurídica a ela pertinente.
Ainda na noção de Leis Complementares no âmbito nacional e não Federal, isso ocorre tendo em
vista a segurança tributária. Caso não existisse cada município poderia tributar de forma que mais
compreende ser possível. Ex.: A LC 116/2003 tem 10 artigos, mas tem 40 itens de serviços tributáveis pelo
ISS, e estes se desdobram em centenas de subitens, inclusive de tecnicidance. Antigamente era mais comum
de homens irem à Boates que tinham mulheres que dançavam, e para dançar com a mulher, a cada dança
furava a cartelinha de compras de dança. Há uma outra lei complementar que unifica o ICMS (Lei CANDIR
87). LC 123, Simples Nacional.
. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de
tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato
gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu
sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de
créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
Precisamos de lei em matéria tributária para qualquer questão, sendo necessária a lei, que comportará
uma ou outra exceção, que são poucas. Isso é algo repetido pelo CTN e pela CF. A lei irá estabelecer o
tributo, ou seja, definir tudo sobre ele, ou seja, base de cálculo, alíquota, penalidades, sujeitos. Se quiserem
delegar a capacidade tributária a terceiros, se faz mediante lei. As regras gerais sobre as instituições de
tributos, exclusão de créditos tributários, etc.... Nos parágrafos do artigo 97, temos que:
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo
mais oneroso. Para evitar os jeitinhos, já que o Fisco poderia pensar em não mexer na alíquota e sim na base
de cálculo. Assim, tudo deve ser mediante lei. Antigamente, tínhamos tributos sujeitos a legalidade e outros
nem tanto. Mas hoje em dia a regra geral é a mesma, ou seja, legalidade.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a
atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.Alguns tributos que são de incidência anual,
para que não se tenha que aprovar uma lei todo ano, como no caso do IPTU, esse imposto para ser instituído
precisa de lei. Esse valor da base de cálculo, pode ser, conforme previsão legal, atualizado anualmente. E
essa atualização pode constar da lei que instituiu o tributo que será atualizado pelo metro quadrado. Assim,
ao invés de rediscutir no âmbito legislativo o valor do metro quadrado esse valor é atualizado mediante um
índice legal. Assim, não precisa de lei nova anual para atualizar esse valor, basta a lei prever outro índice.
. Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna,
e serão observados pela que lhes sobrevenha.É um artigo muito polêmico em termos de discussão, e
diferentes opiniões há a respeito. Hoje em dia, tem-se a tendência mundial de internalizações, em um
cenário de quebra de barreiras, de um comércio unificado. Sendo natural que haja um aumento do número
de tratados de atos multilaterais que disciplinem as regras do jogo mundialmente, em blocos que se
dialogam. Essa matéria é muita lacônica. A conclusão do professor a ler o CTN é que como fala pouco,
engessa pouco para o mundo novo que temos. Quando o artigo diz que os tratados revogam ou modificam a
legislação interna o status que alteram a legislação interna e depois não poderiam ser questionados. O
professor tende a resolver da seguinte maneira: Conflito da lei no tempo e no espaço: em que quando há
essas situações, quando há um tratado firmado entre os dois países o tratado entra com a especificidade
típica das relações específicas, podendo conviver em harmonia com a legislação interna dos países, sendo
uma lei especial, que prevalecerá em detrimento a lei geral. Mas há outros posicionamentos. Fato é que o
movimento hoje é fortemente de internacionalização.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam
expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos
decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos
singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;III - as práticas
reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Parágrafo único. A observância das normas
referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do
valor monetário da base de cálculo do tributo.Leis complementares tem respaldo e localização na CR, nos
art. 59, II e 69. O status e o respaldo das leis complementares estã pelo menos em dois artigos. As normas
complementares estão no CTN. I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas:
Exemplo disso são as resoluções, portarias, etc. estes atos complementam ou facilitam o contexto geral de
interpretar a norma tributária. II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa. Temos órgãos administrativos de julgamento. Ex.:
CARF da União. São órgãos que julgam matéria tributária. A nomenclatura irá mudar quanto ao estado e aos
municípios, mas a ideia é a mesma, pode ser que a lei preveja que uma súmula do CARF tenha eficácia
normativa e portanto vinculante sendo entendida como normas complementares, já que uma fez decidido no
órgão administrativo a interpretação de uma determinada matéria, pode ser válido reconhecer a eficácia
normativa, pela implicação da isonomia. III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades
administrativas: O professor nunca viu ocorrer no dia a dia, em que o coletor de impostos passava sempre
com um dia de atraso; mudou a administração e a nova fiscalização e lavrou uma multa por todos os meses
que houve o recolhimento atrasado. Nesse caso, conseguiu-se socorrer nesse inciso, dizendo que esta era
uma praxe, ou seja, uma prática reiteradamente praticada, logo, aquela multa não deveria ser praticada.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a
cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.A observância
de práticas exluiria a observância dessas práticas, já que não eram situações de culpa do contribuinte. Nesse
caso, permitiria que as multas lavradas pela nova administração fossem canceladas.IV - os convênios que
entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. São firmados muitas vezes entre
um município e outro, e uma vez observados não poderiam ensejar penalidades para os sujeitos passivos que
cumprissem o que se estabeleceria nos convênios. É interessante pensarmos na proteção da confiança
legítima do contribuinte, em que há uma autora francesa que escreve sobre isso. Ao ler esses incisos, seria
razoável que alguém agindo seguindo o que está posto em um Convênio ou outros atos, mas uma vez em
contrariedade com a lei, seria razoável a multa por isso? Não, exatamente para proteger a confiança do
contribuinte. Já que se não pode confiar nas instruções normativas, ocorre a inviabilidade de prosseguir o
sistema tributário.
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora
dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que
participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. A legislação
tributária no estado de Minas, valerá para o estado de Minas, a legislação tributária de Ouro Preto vale para
Ouro preto e não outra cidade. Para esta legislação tenha a extraterritorialidade reconhecida deve ser
admitida em um convênio, em que ocorre a atuação entre esses municípios. Se não fosse assim, o fiscal de
tributo de OP não pode resolver fiscalizar um contribuinte em Mariana, pode até mandar uchgma intimação
via correios. Pela leitura do artigo, seria mediante convênio, mas o professor acredita que seja necessária
uma lei para firmar essa matéria, sendo a possibilidade de um convênio ser amparado mediante lei. Casos
práticos: O município de BH sabia que o contribuinte não estava estabelecido no município que ele se dizia.
Mas os fiscais de tributos ficaram sem saber como provar tal fato, nesse caso, pode pedir ao outro município
que mande o ofício para checar se o contribuinte estaria ali instalado ou não. Mas como não é interesse o
atendimento do ofício. Para resolver o caso, ligaram para a Polícia Militar que é estadual e disseram que
havia indício de uma fraude tributária, a PM em havendo indícios de crime, fizeram um boletim de
ocorrência, dizendo que o que encontrou no local. Com base em um recurso de associação de dois ramos.
. Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os
dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais
impostos; II - que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se
a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.Esse é um
artigo de 1996, antes de ter a noventena enquanto regra. Dizem que os impostos sobre patrimônio e a renda
entram em vigor no primeiro dia do ano seguinte, mas hoje isso ocorre com relação a todos os impostos,
sendo a regra. Não são somente aos impostos que a anterioridade se aplica. Mas dependendo da situação
tendo a noventena, apenas entra em vigor mais para frente do dia seguinte.
. Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes,
assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo
116.
O fato gerador ocorre quando há uma subsunção do fato a norma. O fato imponível nasce quando ocorre
uma obrigação tributária que nasceu ou não.
Fatos geradores futuros:Se o fato não ocorreu ainda, se houve mudança hoje, esta se aplicará aos fatos
futuros.
Fatos geradores pendentes:
Fatos geradores instantâneos: Ex.: Prestar serviços odontológicos
Fatos geradores Complexo: A ocorrência do fato se prolonga no tempo. Ex.: Imposto sobre a renda, em
que no dia 1º de janeiro até o dia 31 de dezembro do mesmo exercício há um compito de acréscimos e
deduções. E a partir daquele momento há esse prazo de apresentação da declaração. Esse fato gerador ocorre
durante o período de um ano inteiro.
Aula de duvidas:
As imunidades se aplicam a apenas impostos? NÃO exclusivamente.
Porque nos temos sim no artigo 150 inciso VI imunidades ali voltadas a impostos, mas quando falamos de
outras imunidades e mencionamos o art 5º , inciso 34; a não incidência em operações de exportação.
Art. 146: Cabe a LC dispor sobre várias temáticas muito relevantes sobre matéria tributária.
I.Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária
II.Regular limitações ao poder de tributar
III.Estabelecer normas gerais => a CF já mirava no CTN
Então o CTN estabelece normas gerais pela CTN, por força constitucional!
UNIDADE 1. Capacidade e competência tributária
A Constituição Federal outorga para os entes federados a competência para instituir tributos. Outorga
a competência para instituir empréstimos compulsórios e contribuições à União. Tais entes recebem a
competência tributária, e podem exercê-la ou não. A União pode decidir ou não sobre o imposto sobre
grandes fortunas, existe uma outorga não exercida pela União, por outro lado há os Imposto de Exportações,
Impostos de Importações que a competência outorgada fora efetivamente exercida.
Assim, quem pode ter competência tributária no Brasil é apenas entes políticos, já que a
competência é outorgada pela Constituição Federal para a instituição de tributos, e só temos tributos
mediante lei, ou processo legislativo, dessa maneira somente pode ser outorgada a um ente com aparato
legislativo. Exceção para a legalidade: II, IE, IPI, IOF e Empréstimos compulsórios.
Dito isso, destacamos a capacidade tributária, que é diferente de competência. Quem pode ter a
capacidade dacobrança do tributo, ou seja, executar no mundo real os atos práticos de tributo, como a
execução fiscal, inscrição de créditos de devedores, etc.
Temos então, algumas pessoas que podem deter capacidade tributária que é esse poder de cobrar,
fiscalizar e arrecadar os tributos. A competência tributária é indelegável. Ou seja, a União, uma vez que
recebe a competência, não pode realizar uma lei delegando a competência para outros entes. Portanto, difere
dacapacidade tributária, ou seja, da capacidade de figurar em um sujeito ativo tributário, de fiscalizar e
cobrar o tributo, já que pode sim ser delegada a terceiro. Ex.: Contribuições previdenciárias, seria um
tributo instituídos pela União, que por sua vez instituiu o tributo e também por lei delegou a capacidade
tributária ao INSS, que é uma autarquia federal, para que fizesse o papel de fiscalização, arrecadação e
cobrança.
A capacidade tributária pode ser delegada. Temos isso em diferentes situações: Ex.: Contribuições
pelos conselhos de classe. Temos contribuições a distintos conselho de classe, que são tributos, elestêm a
capacidade tributária, mas a competência é da União.
Torna-se relevante esse conhecimento, em especial, na prática, já que há algumas vantagens atreladas
ao recebimento de capacidade tributária. Ex.: A Fazenda para cobrar em juízo pode se valer da Lei de
Execução Fiscal, LEF. Essa lei é um grande privilégio para a Fazenda Pública, ou seja, é uma lei específica
e é mais intensa em termos de cobrança, não tem uma ação de conhecimento para o executado se defender, o
rito é todo diferenciado. Recebem o direito de usar esse tipo de ferramenta que seria apenas do poder
público para a realização de execução fiscal, não há a necessidade de mover uma ação de cobrança.
O Código Tributário Nacional, art. 119, fala de sujeito ativo, mas nos artigos 6º, 7º, no título II, CTN
com o nome de competência tributária, dizem sobre a atribuição constitucional de competência tributária, e
ainda dizem que a competência seria indelegável, mas que as atribuições de arrecadar, fiscalizar e executar
leis podem ser compelidas de um ente público ao outro.
Nunca se viu a delegação de capacidade a uma pessoa física, ou seja, uma lei federal que atribui a
uma pessoa física uma atribuição. Mas há uma discussão se é uma delegação exclusivamente a uma pessoa
pública, ou alguma instituição privada, como ONG’S.
. Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para
exigir o seu cumprimento.
. Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena,
ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. Os
tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público
pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por
uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
. Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II
- transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) IV - (Revogado pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993) § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º,
inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) II
– ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000) § 2º O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de
bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do
bem. § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei
complementar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) I - fixar as suas alíquotas
máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) II - excluir da sua
incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III
– regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993).
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art.
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do
regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União.
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos
municipais.
. Estados e Distritos Federais, com o IPVA, ICMS, ITCD, contribuições de regime previdenciários
próprios, taxas, contribuições de melhoria.
. União: II, IE, Imposto sobre a renda, IPI, IOF, IGF, ITR; taxas; contribuições especiais;
empréstimos compulsórios; impostos extraordinários de guerra e impostos residuais. Art. 153, 154, CTN.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:I - importação de produtos estrangeiros;II -
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;III - renda e proventos de qualquer
natureza;IV - produtos industrializados;V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou
valores mobiliários;VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei
complementar.§ 1º É facultado ao PoderExecutivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei,
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.§ 2º O imposto previsto no inciso III:I
- será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;§
3º O imposto previsto no inciso IV:I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;II - será não-
cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;III
- não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.IV - terá reduzido seu impacto sobre a
aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o
proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)III -
será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique
redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.(Incluído pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003) (Regulamento)§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou
instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput"
deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a
transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de
1993)I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;II - setenta
por cento para o Município de origem.Art. 154. A União poderá instituir:I - mediante lei complementar,
impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou
base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;II - na iminência ou no caso de guerra
externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Cada um desses entes pode exercer a competência tributária por si mesmo, mas também podem outorgar a
capacidade tributária. Sendo assim, são entes capazes: quando exercem a competência e a capacidade
tributária, ao exigi-lo. Regra geral, quem recebe a competência tributária, é também capaz.
Obs.: Para todo tributo temos alguém competente e alguém com capacidade para cobrá-lo.