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1. Introdução.
Este assunto é, sem dúvida alguma, um dos principais a ser estudado no direito
tributário, necessitando, portanto, de muita atenção!
2. Princípios tributários.
Em regra, a lei que instituirá o tributo será uma lei ordinária (cabível também
medida provisória, afinal, ela tem força de lei), contudo, existem quatro tributos que só
podem ser instituídos por lei complementar. São eles: Contribuição social residual;
Empréstimo compulsório; Imposto sobre Grandes Fortunas; Imposto residual.
Difícil decorar assim só com os nomes, né? Então, vamos usar um mnemônico:
CEGI:
Empréstimo compulsório;
IGF
Imposto residual.
A regra geral é que a alteração do tributo se dê por meio de lei. Assim, em regra,
quase todos os tributos dependerão de lei para a alteração da alíquota.
Contudo, a própria Carta Magna já nos traz exceções, pelas quais o ente
tributante poderá alterar a alíquota por meio de decreto.
Vejamos elas:
Percebam que não é qualquer ICMS, apenas o ICMS sobre os combustíveis. Nesse
caso, as alíquotas serão alteradas por convênios no âmbito do CONFAZ. Para esse
tributo, é apenas a redução e o restabelecimento da alíquota (explicarei no próximo
tópico o que é isso) que poderão ser reguladas por decreto.
[...]
[...]
O conceito de efeito confiscatório não foi definido pela CF, assim, é um conceito
jurídico indeterminado, cabendo, pois, ao poder judiciário estabelecer em cada caso o
que seria o efeito confiscatório.
O STF já esclareceu, por meio da ADC 8/DF, que para analisar o que seria um
efeito confiscatório não deve ser levado em consideração cada tributo, mas sim a
totalidade da carga tributária e que deve ser verificada a capacidade tributária de cada
contribuinte.
[...]
A lei poderá estar em vigor, mas não poderá cobrar o tributo, sendo, portanto,
requisito de eficácia da lei e não de vigência.
Assim, todo tributo estará sujeito à anterioridade anual, exceto (ao final colocarei
uma tabela de exceções a ambos princípios):
Desse modo, não estaria sendo respeitada a função de não surpresa do princípio.
Por isso, a CF foi emendada a incluir a alínea “c” do art. 150, III, pela qual, além
da anterioridade do exercício deve ser respeitado o prazo de 90 (noventa) dias desde a
criação ou majoração do tributo até que ele possa ser cobrado.
[...]
Portanto, o dever de aguardar noventa dias e não poder ser cobrado no mesmo
exercício, são regras cumulativas.
• II; IE; IOF (perceba que ao IPI se aplica a nonagesimal, não sendo, portanto,
exceção);
• Imposto Extraordinário Guerra e Empréstimos Compulsórios (somente
guerra e calamidade pública);
• Imposto de Renda;
• Base de cálculo de IPTU e IPVA – apenas a base de cálculo, não se aplica à
alíquota.
[...]
Assim, surgiu uma polêmica quanto à natureza jurídica do pedágio, pois, quando
a CF diz que é vedada a instituição de tributo nesses moldes e ressalva o pedágio, dá a
entender que esse tem natureza de tributo.
Para solucionar a polêmica, o STF julgou a ADI 800/RS e entendeu que o pedágio
não tem natureza tributária em razão da não compulsoriedade sendo, assim, um preço
público.
[...]
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios.
2.10. MNEMÔNICO.
Para encerrar o estudo dos princípios, trago um mnemônico para ajudar na
memorização dos mais importantes princípios tributários.
Para lembrar dos princípios, basta pedir ajuda a nossa amiga LUCIIANA,
percebam que essa é “chique” e tem dois “i”.
E como a LUCIIANA vai nos ajudar?
Legalidade
Uniformidade geográfica
Capacidade contributiva
Isonomia
Irretroatividade
Anterioridade do exercício
Não confisco
Anterioridade nonagesimal
Salve, salve, nossa amiga “Lu”, rsrsrs.
3. Imunidades tributárias.
Antes de passarmos a estudar cada uma delas, cabe uma observação final. As
imunidades podem tratar de qualquer espécie tributária, entretanto, as imunidades
decorrentes de SORTE e música, ou seja, aquelas que estão no art. 150 só dizem respeito
aos IMPOSTOS, incidindo, portanto, as demais espécies de tributos.
Passemos à análise de cada uma delas.
Os sujeitos desta imunidade são alcançados também pela imunidade do art. 195,
§7° da CF que regula sobre as contribuições sociais.
4. Considerações finais.
Assim, encerramos nosso curso sobre as limitações constitucionais ao poder de
tributar. Conseguimos aqui perceber a importância da existência delas a fim de evitar
possíveis arbitrariedades por meio do poder tributante dos entes federativos,
constituindo, dessa forma, direitos fundamentais dos contribuintes e sendo, portanto,
cláusulas pétreas, ao ver da doutrina majoritária.
Instragram: adivejunior