Você está na página 1de 26

Direito Tributário - N1

Receita Pública _

A Receita Pública abrange:


a) Receitas originárias/patrimoniais, que decorrem da exploração de bens móveis, ações,
imóveis rurais e urbanos e da atividade econômica pelo Estado;
b) Receitas derivadas, obtidas através da atividade dos particulares. Os tributos são
receitas derivadas retiradas do patrimônio dos particulares por imposição do Estado -
art. 9° da Lei 4.320/64 (Lei de Finanças Públicas) e art. 3° e seguintes da Lei
5.172/1966 (CTN).

Regime Jurídico Tributário _

Fontes materiais: são os fatos geradores da incidência tributária.


Ex.: os produtos industrializados, as operações de crédito e a circulação de mercadorias.
Fontes formais: são normas produzidas por órgãos com competência tributária.
Ex.: CF, Leis Complementares, Leis Ordinárias.

Competência Tributária _

A competência tributária é a atribuição de poderes para instituir tributos.


O ente público titular da competência pode legislar e instituir o tributo, além de ter que exercer
capacidade ativa para instaurar procedimentos de lançamento fiscal para apurá-los, cobrá-los
administrativamente e promover ações de execução fiscal.

Modalidades de Tributos _

a) Impostos (art. 145, inc. I e arts. 153, 155 e 156, CF);


b) Taxas (art. 145, inc. II, CF);
c) Contribuição de melhoria (art. 145, inc. III, CF);
d) Contribuições sociais e especiais (art. 149, CF);
e) Impostos extraordinários (art. 154, inc. II, CF)
f) Empréstimos compulsórios (art. 148, incs. I, II e parágrafo único, CF)
g) Novos impostos que podem ser criados mediante lei complementar (art. 154, inc. I, CF).

Características dos Tributos _

a) Privativa - só pode ser exercida pelo ente federado titular da competência;

1
b) De exercício facultativo - o ente federado pode ou não instituir o tributo por meio de lei
complementar federal, se o tributo estiver expresso na CF. Entretanto, uma vez
instituído, o exercício é obrigatório, sob pena de renúncia de receita e responsabilidade
dos chefes do Poder Executivo;
c) Incaducável - o não exercício da competência não gera perda dos poderes para instituir
impostos;
d) Irrenunciável - o ente federado não pode renunciar a competência que recebeu;
e) Indelegável - não pode transferir a competência legislativa a outro ente federativo,
apenas a capacidade tributária ativa.

Competência Tributária da União _

Arts. 153 e 154 da CF


a) Imposto de Importação;
b) Imposto de Exportação;
c) IR;
d) IPI;
e) IOF;
f) ITR;
g) IGF;
h) Imposto extraordinário;
i) Empréstimo compulsório;
j) Contribuições sociais;
k) Taxas;
l) Contribuições de melhoria.

Competência Tributária dos Municípios _

Art. 156 da CF
a) IPTU;
b) ISS;
c) ITBI;
d) Contribuições sociais;
e) Taxas e contribuições de melhoria.

Competência Tributária do Distrito Federal _

Arts. 155 e 156 da CF


a) ICMS;

2
b) ITCMD;
c) IPVA;
d) ISS;
e) ITBI;
f) Contribuições sociais;
g) Taxas e contribuições de melhoria.

Imunidade Tributária _

Art. 150 da CF
A imunidade tributária é uma classe de normas jurídicas contidas na CF que estabelece, de
modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para
expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente
caracterizadas.

- Possui caráter político;


- São destacadas por parte da doutrina como limitações constitucionais às competências
tributárias;
- Hipótese de não incidência tributária prevista pelo texto constitucional;
- É sempre ampla e indivisível;
- Como exclusão do próprio poder de tributar ou supressão da competência impositiva;
- Não comporta fracionamentos;
- Imunidade e isenção são ambas hipóteses de não incidência tributária. Sendo a
imunidade prevista na CF e a isenção em lei;
- É um obstáculo posto pelo constituinte;
- Assume dimensão absoluta, impedindo a incidência dos tributos sobre fatos e pessoas
mencionadas pelo disposto.

Crédito Tributário e Obrigação Tributária _

Art. 139 do CTN


Crédito Tributário - dívida certa, constituída e exigível.
Obrigação Tributária - dever jurídico de pagar tributo incerto, indeterminado e inexigível.

O sujeito ativo só pode exigir o pagamento do objeto da obrigação tributária após prévia
realização do procedimento de lançamento fiscal.
A obrigação tributária é autônoma em relação ao crédito tributário - art. 140 do CTN.

3
O crédito tributário só pode ser suspenso ou excluído nos casos previstos em lei (princípio da
legalidade) - art. 141 do CTN.

Etapas do processo judicial e administrativo de cobrança de tributos:


1. Lei instituidora do tributo
2. Fato gerador
3. Obrigação tributária
4. Lançamento fiscal
5. Crédito tributário
6. Inscrição em dívida ativa
7. Emissão de CDA
8. Protesto da CDA
9. Execução Fiscal

Fase administrativa para cobrança dos tributos:


- Inicia-se com a instauração do lançamento fiscal. Administração identifica os elementos
da obrigação tributária e notifica o contribuinte para efetuar o pagamento do tributo
com vencimento determinado.
- Administração pode protestar¹ a CDA caso não haja pagamento espontâneo.

¹ Protesto é o ato formal pelo qual se prova a inadimplência e descumprimento de obrigação de


títulos e outros documentos de dívida, entre estes as certidões de dívida ativa da União,
Estados, DF, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações públicas. (Art. 1° e
parágrafo único da Lei 9.492/1997)

Fase judicial para cobrança de tributos:


- Inicia-se com a propositura da ação de execução fiscal, onde a CDA é o título executivo
extrajudicial.
- Regulada pela Lei 6.830/1980 (Lei de Execução Fiscal).

O fato gerador vincula o sujeito ativo ao passivo, cabendo ao primeiro a apuração do quantum
da prestação devida através do lançamento fiscal.
Através do lançamento, a Fazenda declara a existência da obrigação tributária, identificando o
sujeito passivo e o valor da dívida, convertendo a obrigação em crédito tributário.
Obs.: pode existir obrigação sem crédito, mas não o contrário.

Constituição do crédito tributário


Art. 142 e parágrafo único do CTN

4
É um ato administrativo obrigatório levado a cabo pelo sujeito ativo.
É a partir do lançamento e da data de notificação do contribuinte que se conta o prazo para
cumprimento da obrigação.
Sem ciência do sujeito passivo não pode haver a exigibilidade do crédito tributário.

Lançamento Fiscal _

Ato administrativo, pelo qual se insere na ordem jurídica uma norma individual e concreta, que
tem como antecedente um fato jurídico tributário e como consequente a formalização do vínculo
obrigacional pela individualização dos sujeitos ativo e passivo, a determinação do objeto da
prestação, formado pela base de cálculo e pela alíquota, e da exigibilidade do crédito.

Efeitos do lançamento:
- Com o lançamento declara-se a existência de uma obrigação tributária pré-existente e
constitui o crédito tributário
- Declaratório - em relação à obrigação tributária
- Constitutivo - em relação ao crédito tributário
Modalidades:
Arts. 147 a 150 do CTN
a) Lançamento direto ou de ofício - o próprio Estado apura as dimensões da obrigação
face à omissão do contribuinte (art. 149)
b) Lançamento misto ou por declaração - o contribuinte presta as informações sobre a
ocorrência para que o fisco opere o lançamento (art. 147) - ex.: declaração anual de IR
c) Autolançamento ou lançamento por homologação - todas as providências são
realizadas pelo contribuinte, restando para a administração homologar os atos
realizados (art. 150) - ex.: IRRF e ISSQN
d) Lançamento por arbitramento - quando os dados fornecidos pelo contribuinte são
incompletos ou inconsistentes no lançamento misto ou por homologação, nomeia-se um
perito para averiguar o lançamento e corrigi-los

Suspensão da exigibilidade do crédito tributário _

Suspensão - é sempre de natureza temporária. Não extingue o crédito ou altera a obrigação.


Previsão no art. 151 do CTN

Hipóteses:
a) moratória;
b) depósito do seu montante integral;

5
c) reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;
d) concessão de medida liminar em mandado de segurança.
e) concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial;
f) parcelamento.

Extinção do crédito tributário _

Extinção - desaparecimento do crédito tributário e a decomposição da obrigação tributária.


Ocorre o desaparecimento do nexo entre os sujeitos passivo e ativo. A extinção do crédito
tributário pressupõe a extinção da própria obrigação.

Previsão no art. 156 do CTN

Hipóteses:
a) pagamento;
b) compensação;
c) transação;
d) remissão;
e) prescrição¹ e decadência²;
f) conversão de depósito em renda;
g) pagamento antecipado e a homologação do lançamento (conforme art. 150, §§ 1º e 4º);
h) consignação em pagamento (art. 164, § 2º);
i) decisão administrativa irreformável, ou seja, a que não mais pode ser objeto de ação
anulatória;
j) decisão judicial que transitou em julgado;
k) dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

¹ Prescrição - art. 174 do CTN


Prazo: 05 anos a partir da constituição do crédito para que a administração ingresse com a
Execução Fiscal.

² Decadência - art. 156 do CTN


Prazo: 05 anos para que a administração promova o lançamento fiscal e a constituição do
crédito tributário.

6
Ações de defesa do contribuinte _

a) Ação Declaratória de inexistência de obrigação tributária: proposta antes da


constituição do crédito;
b) Ação Anulatória de lançamento fiscal: proposta quando há crédito tributário
devidamente constituído;
c) Mandado de Segurança em matéria tributária: art. 151 do CTN;
d) Exceção de Pré-executividade em Execução Fiscal: cabível quando há execução fiscal
em andamento. Petição simples para arguir questões que podem ser declaradas de
ofício. Não está prevista em lei;
e) Embargos à Execução Fiscal: cabível quando há execução fiscal em andamento. Ação
autônoma de conhecimento, distribuída por dependência. Admite produção de provas
testemunhal e pericial. Lei 6.830/80 (Lei de Execução Fiscal) - art. 16 e § 1º;
f) Ação de Consignação em Pagamento Tributário: art. 164 do CTN;
g) Ação de Repetição de Indébito Tributário: art. 165 do CTN.

7
Imposto de Importação

Extrafiscalidade _

- É utilizado para fins de controle do comércio internacional.


- Possui função regulatória.
- Instrumento de intervenção no domínio econômico.
- Controla o fluxo de entrada de mercadorias estrangeiras no mercado nacional e
garante a proteção do mercado interno.
- Majoração da alíquota com fim arrecadatória caracterizada desvio de finalidade ou
desvio de poder.

Princípio da anterioridade tributária _

- Exceção à anterioridade anual e nonagesimal;


- Majoração da alíquota com aplicabilidade imediata (ex.: Shopee e etc com preços muito
baixos em comparação ao Brasil);
- O Imposto sobre Importação é livre deste princípio para proporcionar maior
flexibilidade e controle por parte da União (art. 150, § 1°, CF).

Princípio da legalidade _

Art. 150, I da CF
- É vedado à União, Estados, DF e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que
o estabeleça;
- Exceção relativa ao princípio da legalidade tributária
- O princípio da legalidade exige mudança ou aumento de tributo através de lei ordinária
ou medida provisória.
- No caso do Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI e IOF tem a exceção
permitindo alterações por ato do poder executivo.
- Exemplo de maneiras de alterações permitidas: decreto do executivo, portaria e até
mesmo resolução da câmara do comércio exterior.

Fato Gerador _

Entrada do produto estrangeiro no território nacional.


- O fato gerador é verificado na data do registro da Declaração de Importação (DI);

8
- Toda mercadoria que entrar no país ficará sujeita ao despacho aduaneiro de importação,
salvo exceções previstas na IN SRF n° 680/2006;
O despacho aduaneiro de importação é processado com base na:
- Declaração de Importação (DI) registrada no Sistema Integrado de Comércio
Exterior (Siscomex) ou
- Declaração Única de Importação (Duimp) registrada no Portal Único de
Comércio Exterior.
Observação: a mercadoria nacional exportada que retorne ao Brasil é fato gerador do tributo,
salvo se:
a) enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;
b) devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição;
c) por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador;
d) por motivo de guerra ou calamidade pública;
e) por outros fatores alheios à vontade do exportador.

Sujeitos Ativo e Passivo _

Sujeito ativo: União


Sujeito passivo: o importador ou equiparado; o arrematante, em caso de produtos apreendidos
ou abandonados

Alíquota e base de cálculo _

Base de cálculo
Grandeza ou quantidade utilizada para mensurar ou medir o fato gerador.
Ex.: valor venal do imóvel = base de cálculo do IPTU
valor do veículo = base de cálculo do IPVA

Alíquota
Juntamente com a base de cálculo, a alíquota permite definir o valor preciso da prestação
tributária.
Subdivide-se em:
a) Alíquota percentual ou ad valorem: é uma porcentagem a ser aplicado sobre a base de
cálculo;
b) Alíquota específica ou ad rem: corresponde a um valor aplicado sobre uma quantidade.
Ex.: R$500,00 por m³ de combustível.

Quando a alíquota for específica, a base de cálculo é a quantidade de mercadoria, expressa na


unidade de medida indicada na tarifa.

9
Quando a alíquota for "ad valorem", a base de cálculo é o valor aduaneiro apurado segundo as
normas do art. 7° do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT).

1. O valor para fins alfandegários das mercadorias importadas é estabelecido sobre o


valor real da mercadoria à qual se aplica o direito ou de uma mercadoria similar e não
sobre o valor do produto de origem nacional ou sobre valores arbitrários ou fictícios;
2. Resumir
3. Nos casos em que for impossível determinar o valor real em conformidade com os
termos do item 2, o valor para fins alfandegários deve ser baseado na equivalência
comprovável mais próxima desse valor.

As alíquotas são definidas por resoluções da CAMEX (Câmera de Comércio Exterior), que é
órgão da Presidência da República.

PIS/COFINS _

Na importação também incide o PIS/PASEP.

Imunidade e Isenção _

Imunidade
Art. 150 d ?
É vedado à União, Estados, DF e Municípios instituir impostos sobre:
- o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
- livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Isenção
Decreto-Lei n° 37/1966
É concedida isenção à bagagem constituída de:
- roupas e objetos de uso ou consumo pessoal do passageiro, necessários a sua estada no
exterior;
- objetos de qualquer natureza, nos limites de quantidade e/ou valor estabelecidos por
ato do Ministro da Fazenda;
- outros bens contidos no inc. III, do art. 13 deste Decreto-Lei.

10
Imposto de Exportação

Extrafiscalidade _

- É utilizado para fins de controle do comércio internacional.


- Possui função regulatória.
- Instrumento de intervenção no domínio econômico.
- Controla o fluxo de entrada de mercadorias estrangeiras no mercado nacional e
garante a proteção do mercado interno.
- Majoração da alíquota com fim arrecadatória caracterizada desvio de finalidade ou
desvio de poder.

Princípio da anterioridade tributária _

- Exceção à anterioridade anual e nonagesimal;


- Majoração da alíquota com aplicabilidade imediata (ex.: Shopee e etc com preços muito
baixos em comparação ao Brasil);
- O Imposto sobre Importação é livre deste princípio para proporcionar maior
flexibilidade e controle por parte da União (art. 150, § 1°, CF).

Princípio da legalidade _

Art. 150, I da CF
- É vedado à União, Estados, DF e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que
o estabeleça;
- Exceção relativa ao princípio da legalidade tributária
- O princípio da Legalidade exige mudança ou aumento de tributo através de lei ordinária
ou medida provisória.
- Nos casos de Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI e IOF tem a exceção
permitindo alterações por ato do poder executivo.
- Exemplo de maneiras de alterações permitidas: decreto do executivo, portaria e até
mesmo resolução da câmara do comércio exterior.

Fato Gerador _

Saída do produtos nacionais ou nacionalizados no território nacional.


a) Tempo - considera-se ocorrido o fato gerador com a expedição da Guia de Exportação
no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX);
b) Local - considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produto.

11
Sujeitos Ativo e Passivo _

Sujeito ativo: União


Sujeito passivo: o exportador, assim considerado qualquer pessoa que promove a saída do
produto do território nacional

Alíquota e base de cálculo _

Base de cálculo
- Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto é a unidade de medida
adotada pela lei tributária;
- Quando a alíquota for "ad valorem", a base de cálculo do imposto é o preço normal* que
o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em
condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas
expedidas pelo Poder Executivo, mediante ato da CAMEX;
- Quando o preço do produto for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações
bruscas no mercado internacional, o Poder Executivo, mediante ato da CAMEX, fixará
critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração de base de
cálculo.
- Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das
mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção,
acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e de margem de lucro de 15%
sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições.

* o preço à vista do produto, FOB¹ ou posto na fronteira, é indicativo do preço normal.


¹ "Free on board" - as obrigações do vendedor chegam ao fim quando o produto transpõe as
"paredes" do navio no porto de embarque ou as portas da aeronave no aeroporto de embarque,
ficando então sob responsabilidade do comprador.

Alíquota
Em regra será de 30% do valor da base de cálculo, podendo ser reduzido ou majorado até o
limite de 150% pelo Poder Executivo, para atender aos objetivos da política cambial e do
comércio exterior.

Obs.: o equilíbrio da balança comercial depende do esforço de exportação e o imposto é


extrafiscal, por isso é minimamente exigido, sendo comum o uso da alíquota zero. Poderá ser
dispensada a cobrança do imposto em função do destino da mercadoria exportada.

12
Restituição do valor pago - não efetivada a exportação ou ocorrendo o seu retorno², a quantia
paga a título de imposto será restituída a requerimento do interessado, acompanhado da
documentação comprobatória.

² na forma do art. 11 do Decreto-Lei n° 491 de 05/03/1969

Lançamento _

O Imposto de Exportação tem seu lançamento por declaração, ficando por conta do exportador
apenas a informação quanto aos fatos.

Imunidade ao ICMS _

Art. 155, § 2° da CF
O ICMS não incide sobre operações que destinem mercadorias ao exterior.

Reserva monetária _

A receita líquida do imposto destina-se a formação de reservas monetárias, a crédito do Banco


Central do Brasil é só poderá ser utilizado na forma estabelecida pelo Conselho Monetário
Nacional.
Obs.: trata-se de norma programática, nada impedindo o Poder Legislativo de dar outra
destinação.

13
Imposto de Renda

Princípios _

Art. 150, II da CF
a) Generalidade - todas as pessoas que vierem a adquirir renda ou proventos deverão ser
tributadas. As isenções específicas ou casuísticas ofendem tal princípio, sendo,
portanto, inconstitucionais;
b) Universalidade - impõe a tributação de todas as rendas e proventos, devendo seu
campo de incidência ser o mais amplo possível;
c) Progressividade - as alíquotas devem ser graduadas segundo a capacidade econômica
do contribuinte.

Fato Gerador _

O fato gerador do IR é a aquisição da disponibilidade econômica¹ ou jurídica²:


- de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
- de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não
compreendidos no item anterior.

¹ Disponibilidade econômica: acréscimo patrimonial decorrente de um fato.


² Disponibilidade jurídica: direito de usar a renda e os proventos adquiridos. Ausência de causas
impeditivas do uso e gozo da renda e proventos.

O elemento objetivo do fato gerador refere-se à aquisição de riqueza nova que constitua
acréscimo patrimonial. Por esse motivo não incide IR sobre empréstimo.
O IR também não incide sobre danos morais e materiais, pois estes não caracterizam acréscimo
ou ganho patrimonial, mas mera reparação de um prejuízo sofrido, ou seja, restabelece um
patrimônio que foi lesado por ato ilícito de terceiros.
Na hipótese de receita ou rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o
momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto.

Sujeitos Ativo e Passivo _

Sujeito ativo: União


Sujeito passivo: todo aquele que obtenha renda e proventos de qualquer natureza, seja pessoa
física ou jurídica.

14
Regras de Imunidade e isenção _

1. Imunidade dos rendimentos provenientes de aposentadoria ou pensão:


A imunidade da renda proveniente de aposentadoria e pensão foi incorporada pela Lei n°
7.713/1988, art. 6°, XV, como regra de isenção.
Segundo o art. 6°, ficam isentos do imposto de renda os seguintes rendimentos
percebidos por pessoas físicas:
XV- os rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, de transferência para a
reserva remunerada ou de reforma pagos pela Previdência Social da União, Estados,
DF e Municípios ou por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por
entidade de previdência privada, a partir do mês em que o contribuinte completar 65
anos, sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do imposto,
até o valor de R$1.903,98 por mês, a partir de abril do ano-calendário de 2015.

2. Isenção dos portadores de doenças graves:


Ficam isentos do IR os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente
em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa,
alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose,
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de
Paget, contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença seja contraída depois da
aposentadoria ou reforma.
Apenas os rendimentos relativos à aposentadoria e pensão são isentos, incluindo a
complementação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia. Outros
rendimentos não são isentos.
Não há limites para a isenção neste caso.

3. Isenção das indenizações trabalhistas


Ficam isentos do IR:
- as indenizações por acidente de trabalho;
- a indenização é o aviso prévio pagos por despedida ou rescisão de contrato de
trabalho, até o limite garantido por lei, bem como o valor recebido pelos
empregados e diretores ou respectivos beneficiários, referente aos depósitos,
juros e correção monetária creditados em contas vinculadas, nos termos da
legislação do FGTS.

15
Alíquota e base de cálculo _

1. Pessoa Física, mensal deduzido na fonte:

O IR será retido por ocasião de cada pagamento ou crédito e, se houver mais de um pagamento
ou crédito, pela mesma fonte pagadora, aplicar-se-á a alíquota correspondente à some dos
rendimentos pagos ou creditados à pessoa física no mês, a qualquer título.
Pessoas que são obrigadas a declarar o IR à Receita Federal:

- pessoas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$28.559,70;

- pessoas que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados


exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$40.000,00;

- pessoas que obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou


direitos sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de
mercadorias, de futuros e assemelhadas;

- pessoas que, relativo à atividade rural, obtiveram receita bruta em valor superior a
R$142.798,50;

- pessoas que tiveram, até 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos,


inclusive terra nua, de valor total ou superior a R$300.000,00.

Base de cálculo:
Constitui base de cálculo a diferença entre a soma dos valores:
- de todos os rendimentos recebidos no curso do ano-calendário sujeitos à tributação na
declaração de ajuste anual, inclusive o resultado positivo da atividade rural; e

- das declarações estabelecidas no inciso II do caput do art. 76 ou do desconto


simplificado de que trata o art. 77.
As pessoas físicas devem apresentar anualmente a Declaração Anual de Ajuste (DAA) para
apurar o saldo do imposto a pagar ou a ser restituído, observando a forma, prazo e condições
estabelecidas pela SRFB.

Alíquota
Segue as tabelas progressivas mensais.

16
Tabela Progressiva Mensal

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do imposto (R$)

Até 1.903,98 - -

De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80

De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

Acima de 4.664,68 27,5 869,36

2. Pessoa Jurídica

Base de cálculo
A base de cálculo do IR é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de
apuração.
a) Lucro real - é aquele apurado por balanço contábil regular. São obrigadas à apuração
do lucro real as pessoas jurídicas descritas no art. 257 do Decreto n° 9.580 de 22 de
novembro de 2018.
b) Lucro presumido - é apurado a partir de percentuais de presunção de lucro. Descrição
no art. 587 do Decreto n° 9.580 de 22 de novembro de 2018. O lucro presumido é de
8% da receita bruta definida pelo art. 208, deduzida das devoluções e das vendas
canceladas e dos descontos incondicionais concedidos.
c) Lucro arbitrado - aplica-se nos casos em que a pessoa jurídica tenha livros contábeis
desqualificados. Descrição no art. 603 do Decreto n° 9.580 de 22 de novembro de
2018.

Alíquota
A pessoa jurídica pagará o imposto sobre a renda com a alíquota de 15% sobre o lucro real,
presumido ou arbitrado.
A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação
de R$20.000 pelo número de meses do período de apuração fica sujeita à incidência de
adicional de imposto sobre a renda à alíquota de 10%.

17
Imposto sobre Produtos Industrializados

Extrafiscalidade _

- É utilizado para fins de controle do comércio internacional.


- Possui função regulatória.
- Instrumento de intervenção no domínio econômico.
- Controla a produção de mercadorias no território nacional.
- A majoração da alíquota com fim arrecadatória caracteriza desvio de finalidade ou de
poder.

Princípio da legalidade tributária _

Exceção relativa
O IPI deve estar instituído em lei ordinária, mas pode ter a alíquota alterada mediante decreto
do executivo.

Princípio da anterioridade _

O IPI deve observar apenas o princípio da anterioridade nonagesimal, podendo ser cobrado no
mesmo exercício financeiro.
É uma exceção à anterioridade anual.

Princípios constitucionais _

O IPI:
1. será seletivo, em função da essencialidade do produto, ou seja, as alíquotas variam de
acordo com a necessidade do produto, para que os produtos de maior essencialidade
tenham alíquotas menores, para viabilizar o maior acesso. Ex.: arroz, feijão e demais
itens da cesta básica.

2. será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o


montante cobrado nas anteriores. A não-cumulatividade além de um princípio, é uma
técnica contábil para a apuração do produto.

18
Ex.:

1° Contribuinte 2° Contribuinte

Produto R$100,00 R$200,00

Alíquota 10% 10%

Tributo devido R$10,00 R$20,00 - R$10,00 = R$10,00

Obs.: quando a matéria-prima é isenta ou com alíquota zero, não há crédito a ser compensado,,
dessa forma o IPI recairá sobre a totalidade do valor do produto independente dos valores dos
insumos agregados.
Ex.:

1° Contribuinte 2° Contribuinte

Produto R$100,00 R$200,00

Alíquota 0% 10%

Tributo devido R$0,00 R$20,00

3. não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

4. terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital (ativo permanente das
empresas) pelo contribuinte do imposto. Ex.: máquinas.

Imunidades do IPI _

1. Imunidade dos produtos industrializados destinados ao exterior;


2. Imunidade dos livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão;
3. Imunidade sobre o ouro enquanto ativo financeiro;
4. Imunidade da energia elétrica derivada de petróleo, combustíveis e minerais do país.

Fato gerador _

O fato gerador do IPI é o processo de industrialização de produtos nacionais ou estrangeiros


que ingressem em território nacional.

19
Especificações constam da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados
(TIPI).
São considerados como industrialização os processos de:
- Transformação (exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na
obtenção de espécie nova)
- Beneficiamento (que modifica, aperfeiçoa ou, de qualquer forma, altera o funcionamento,
a utilização, o acabamento ou a aparência do produto)
- Montagem (reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou
unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal)
- Acondicionamento ou reacondicionamento (alteração da apresentação do produto, pela
colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a
embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria)
- Renovação ou recondicionamento (renovação ou restauração do produto usado ou
parte de um produto deteriorado para utilização)

Não são considerados como industrializados:


- o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação;
- a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou
na residência do confeccionador;
- o preparo de produtos, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência
do preparador ou em oficina, desde seja de maior importância o trabalho do profissional;
- a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficiais e
magistrais mediante receita médica;
- edificações (edifícios, pontes, hangares, galpões, etc)

20
Sujeitos ativo e passivo _

Sujeito ativo: União


Sujeito passivo: o importador ou o industrial, ou seja, todo aquele que executa processos de
industrialização ou promove a entrada destes em território nacional.

Base de cálculo e alíquota _

Base de cálculo
a) Produtos nacionais: o valor de saída do estabelecimento industrial;
b) Bens importados: o preço da arrematação no caso de produtos vendidos em leilão ou o
valor de base acrescido das despesas cambiais pagas pelo importador.

Alíquota
Aplicada conforme a tabela do IPI, mas podem ir de 0% a 30%.

21
Imposto sobre Operações Financeiras

Extrafiscalidade _

- Possui função regulatória, não arrecadatória


- Mecanismo de ajuste da economia aos objetivos da política monetária
- Tem como extrafiscalidade controlar a disponibilidade de moeda de crédito no mercado,
para equilibrar contas públicas/ controlar a inflação.

Princípio da legalidade tributária _

- O princípio da legalidade exige mudança ou aumento de tributo através de lei ordinária


ou medida provisória.
- Nos casos de Imposto de Importação, Imposto de Exportação, IPI e IOF tem a exceção
permitindo alterações por ato do poder executivo.
- Exemplo de maneiras de alterações permitidas: decreto do executivo, portaria e até
mesmo resolução da câmara do comércio exterior.

Princípio da anterioridade tributária _

- É admitida a cobrança da nova alíquota no dia seguinte após a publicação da norma


majorada.
- O IOF pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro que haja sido publicado a lei,
sendo que não se aplica a anterioridade nonagesimal.

Fato Gerador _

a) Operações de crédito: contrato de mútuo, abertura de crédito, aquisição financiada de bens.


(parcelamento de fatura de cartão, compras internacionais ou pagamento mínimo da fatura tbm)

b) Operações de câmbio: troca de moeda de um país pela moeda de outro país.

c) Operações de seguro: emissão de apólice ou recebimento do prêmio.

d) Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários: as ações, debêntures e bônus

de subscrição.

22
e) Operações com ouro, como ativo financeiro ou instrumento cambial (Art. 153, § 5º da CF):
devido na operação de origem, a alíquota mínima será de 1%, com a transferência do montante
de arrecadação da seguinte forma:

I- 30% para o Estado, DF ou território, conforme a origem.

II- 70% para o município de origem.

Obs: quando for destinado a execução da política cambial do País, destinado ao BACEN.

OBS: a respeito do artigo acima, o ouro em qualquer estado de pureza, bruto ou refinado,
quando destinado ao mercado financeiro ou a execução da política cambial do País terá
tratamento tributário desde a extração, inclusive, considerado ativo financeiro ou instrumento
cambial.

Hipóteses de não incidência _

Decreto 6.306/2007 art. 2° § 3°

- não se submetem à incidência do imposto de que trará este decreto as operações


realizadas por órgãos de administração direta da União, dos Estados, DF e dos
Municípios, e, desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidade,
as operações realizadas por:

I- autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo poder Público;

II- templos de qualquer culto;

III- Partidos políticos, inclusive de fundações, entidades sindicais de trabalhadores e


instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

Art 150 VI - patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros ( na CF só não citava essa espécie
de não incidência, as outras já foram citadas e anotadas acima no decreto)

Sujeitos Passivos _

- Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a


lei.

a) Operações de crédito: São pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito. Pessoas


jurídicas que concedem crédito são responsáveis pelo recolhimento do IOF e a entrega ao
tesouro nacional.

23
b) Operações de câmbio: são os compradores ou vendedores de moeda estrangeira nas
operações referentes às transferências financeiras para o ou do exterior, respectivamente.
São responsáveis as instituições autorizadas a operar em câmbio.

c) Operações de Seguro: Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas


asseguradas. As seguradoras são responsáveis pela cobrança e pelo recolhimento ao
tesouro nacional.

d) Operações relativas a títulos e valores mobiliários: Os adquirentes de títulos ou valores


mobiliários, e os titulares de aplicações financeiras. São responsáveis as instituições de
corretagem, a bolsa de valores, o administrador do fundo de investimento.

Base de cálculo _

a) Operações de crédito: o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros. ( ex:


fatura do cartão 1.000,00 – com os juros de parcelamento, 1250,00. Aplica-se o IOF em
cima dos 1.250,00).

b) Operações de câmbio: o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou


posto à disposição.

c) Operações de seguro: o montante do prêmio.

d) Operações relativas a títulos e valores mobiliários: na emissão, o valor nominal mais o ágio,
se houver

Ex: valor do capital é 1.000,00 que foram emitidos 1.000,00 ações; cada ação no valor de
1,00 tenha sido subscrita ao preço de 3,00 – a contribuição total inicial dos subscritores foi de
3.000,00.

d2) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em bolsa, como


determinar a lei.

d3) no pagamento ou resgate, o preço.

Alíquota _

a) Operações de crédito:

- máxima de 1,5% ao dia sobre o valor das operações de credito


- vigente: mutuário pessoa jurídica: 0,0041%

24
mutuário pessoa física: 0,0082% ao dia

( no exemplo do parcelamento do cartão: aplicará 1,5% + os 0,0082% ao dia.)

Obs: decreto n° 10.797 alterou as alíquotas entre 20 de setembro e 31 de dezembro de 2021:

mutuário pessoa jurídica: 0,00559%

mutuário pessoa física: 0,01118% (atualmente está o valor original)

- alíquota zero: hipóteses art. 8°, I ao XXIX. (Ex: cooperativa como tomadoras ou em
operações da CEF)
- alíquota adicional vigente: incide um adicional de 0,38 (§5° art. 8°) para hipóteses de
alguns incisos.
- Isenções previstas no art 9°, I ao IX ( ex: operações para fins habitacionais).

b) Operações de câmbio:

- Alíquota máxima: 25%


- Alíquota reduzida(vigente): 0,38
- Alíquota zero: aplicadas nas hipóteses dos incisos do Art. 15-B
- Isenções: Art. 16, I ao VI (ex: operações de cambio realizadas para pagamento de bens
importados ou efetuados pela ITAIPU)

c) Operações de seguro:

- Alíquota vigente: 25%


- Alíquotas reduzidas:

1) seguro de vida e congêneres, de acidentes pessoais e do trabalho, incluídos os seguros


obrigatórios de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres e por
embarcações, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não e excluídas aquelas descritas
na letra "f" acima. (0,38%)

2) seguros privados de assistência à saúde: 2,38%

3) demais operações de seguro:7,38%

- Alíquota Zero: Art. 22, § 1o, I (Ex. seguro obrigatório de imóveis habitacionais e o
resseguro, quando segurador passa suas obrigações a outro segurador)
- Isenção: Art. 23, I ao V (Ex. segurado seja ITAIPU, seguro rural)

25
d) Operações relativas a títulos e valores mobiliários:

- Alíquota máxima: 1,5% ao dia


- Alíquotas aplicáveis detalhadas nos art. 30 e seguintes.

e) Operações com ouro, como ativo financeiro ou instrumento cambial (art 153, § 5° CF)

- O ouro destinado ao mercado financeiro sujeita-se, desde sua extração inclusive,


exclusivamente à incidência do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários. Alíquota de 1% .

Fiscalização _

- Responsável das atividades de arrecadação, tributação e fiscalização é a Secretaria da


Receita federal: por intermédio de seus agentes fiscais, poderá proceder ao exame de
documentos, livros e registros dos contribuintes do IOF e dos responsáveis pela sua
cobrança e recolhimento, independentemente de instauração de processo.
- A autoridade fiscal do Ministério da Fazenda poderá proceder a exames de documentos,
livros e registros das bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas,
bem como solicitar a prestação de esclarecimentos e informações a respeito de
operações por elas praticadas, inclusive em relação a terceiros. As informações
deverão ser prestadas no prazo máximo de dez dias úteis contados da data da
solicitação. Aplica-se penalidade prevista no art 55 do decreto no caso de
descumprimento deste prazo ( Multa de 828,70 por dia útil de atraso).

- IOF não pago ou não recolhido no prazo previsto será acrescido de:

juros de mora equivalentes à taxa referencial SELIC, para títulos federais, acumulada
mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao do vencimento da
obrigação até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do
pagamento;

- multa de mora, calculada à taxa de 0,33%, por dia de atraso, limitada a vinte por cento.
- A multa será calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo
previsto para o pagamento ou recolhimento do IOF.

26

Você também pode gostar