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TEORIA E PRÁTICA TRIBUTÁRIA

Crédito tributário:

Regra matriz de incidência tributária

Identificar
Fato jurídico Constitui o Lançamento do
obrigação
tributario crédito tributário Ç√ tributo

Identificar o fato e
quantificar a obrigação
Qualificar

1. Definição: Direito subjetivo do sujeito ativo de exigir o pagamento do tributo.

Crédito débito
Sujeito
Receber Sujeito
ativo Ç√
Direito Dever
Ç√ Passivo
subjetivo jurídico

2. Forma de constituição do crédito:

1 2 3
Ato jurídico administrativo, da categoria dos simples, constituídos e vinculados, mediante o qual
4
se insere na ordem jurídica brasileira, uma norma individual e concreta, que tem como
5
antecedente o fato jurídico tributário, e, como consequente, a formalização dos sujeitos ativo e
6
passivo, a determinação do objeto, forma pela base de cálculo e correspondente alíquota, bem

como estabelecimento dos termos espaços temporais em que o crédito há de ser cumprido.

1. cria a realidade jurídica;


2. constituindo o fato de forma vinculada a lei;
3. Individualização do fato (descreve o quanto, onde e quem)
4. A ação
5. individualiza o crédito tributário
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação
da penalidade cabível.

3. Modalidades de lançamento
a) lançamento de ofício – art.149: O sujeito passivo não ajuda na constituição do crédito, o
sujeito ativo que tem que lançar o crédito EX. IPTU, IPVA

É também um lançamento subsidiário para quando há divergência em lançamentos de


declaração e homologação

Auto de infração = tributo + multa

b) lançamento por declaração – art. 147: O sujeito passivo tem que prestar uma informação
para o ativo EX. ITCMD
c) lançamento por homologação – art. 150: O sujeito passivo traz todas as informações
sobre o tributo, ou seja, declara quanto tem que pagar e paga antecipadamente. O ato
administrativo é reduzido a homologação com prazo de 5 anos contados do fato. EX. IR

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir


o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação
da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário


esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua
conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato
gerador da obrigação.

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador


da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência
do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou
privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por
períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a
data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só


pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no
artigo 149.
- O lançamento deve ser sempre informado ao sujeito passivo, pois o Sp
tem direito de defesa

Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de


decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela
autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser
efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador
ocorrido posteriormente à sua introdução.
- Alteração dos critérios jurídicos = alteração de como interpretar

Suspensão da exigibilidade do crédito tributário


Exigibilidade

Modalidade:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
suspenso, ou dela conseqüentes.
1. Deposito do montante integral do crédito tributário: tipo uma ação de consignação em
pagamento, deposita o valor em juízo para suspender a exigibilidade, mas ele NÃO QUER
PAGAR, por isso está discutindo a dívida.
- Não tem prazo para deposito
- O que suspende a exigibilidade é o deposito do valor integral

2. Tutela de urgência: vai para o CPC.


Funciona como o cível, com os mesmos requisitos, no entanto caso destituído a tutela os
juros e a correção é aplicada.

3. reclamação e recursos no processo administrativo – art. 151, III: enquanto tramitar o


processo a dívida está com a exigibilidade suspensa.

4. Moratória – art. 151, I: Alteração do prazo para pagamento, nesse prazo antes de vencer a
dívida, o fisco não pode exigir, aconteceu muito na pandemia.
Quanto aos sujeitos beneficiados
Moratória geral: aquela que beneficia todos os contribuintes que se enquadrem na
situação da moratória sem requerimento.
Moratória individual: concedida via a requerimento do contribuinte, caso ele preencher
todos os requisitos da lei.
Quanto as imposições de condições
Incondicionada
Condicionada:
Revogação – art. 155

5. Parcelamento: art. 151, VI e art. 155-A: mais comum. O parcelamento é uma forma de
suspender a exigibilidade do crédito fiscal, é uma moratória em parcelas.
Ex. PROFIS: programa de recuperação fiscal, parcelamento.
6. Obrigações acessórias: mesmo com a suspensão da exigibilidade, é necessário que
continue cumprindo a acessória. (paragrafo único 151)

Extinção do crédito tributário – art 156 CTN


Pagamento
Vencimento Extinção
Importante: sem a possibilidade do sujeito
Suspensão
passivo de cobrar, não há crédito.
1. Extinção da obrigação: Paulo de Barros: Não existe a Obrigação

Sujeito Ativo Relação Sujeito Passivo


Crédito Débito
Obrigação tributária

2. modalidades de extinção – art 156 do CTN


Pagamento – art 156 inciso I C/C art 157 e ss
-> Regras no CTN
 Art. 157 – O pagamento da multa não exime o crédito tributário, preciso adimplir a
obrigação principal e acessória.
 Art. 158 – Não há a presunção do pagamento, diferente da responsabilidade civil.
 Art. 160 – O vencimento é estipulado pela lei que o instituiu, mas o CTN traz uma regra
subsidiaria: se não houver previsão o tributo vence em 30 dias após o lançamento.
 Art. 161 – Caso não pague, se configura a mora, juros moratórios, multa moratória e multa
punitiva, a lei informa os juros moratórios, caso seja omissa, o CTN estabelece 1%. Multa
punitiva (culposa: 75% e dolosa: 150%, na última já é configurada a infração penal).
 Art. 163 – Imputação ao pagamento, apontar o que está sendo pago.
 Art. 164 – Consignação do pagamento, fazer o pagamento em juízo.

3. Pagamento indevido: pagamento a mais do que é devido ou sem o dever de pagar.


- O pagamento indevido gera uma restituição.

Pagamento Indevido restituição

Constitucional: principio da legalidade da legislação tributária


Fundamentos
Infraconstitucional

Administrativamente
Restituição
Judicial: ação de repetição de indébito

Prazo: art. 168 do CTN – 5 anos, conta a partir do pagamento indevido


- há divergência acerca desse prazo ser decadencial ou prescricional.

Prazo ação anulatória: art. 169 do CNT – 2 anos para entrar com ação pedindo a anulação
da decisão administrativa que indeferiu o pedido de restituição.

Prescrição e decadência
Art. 156 – a prescrição e decadência extinguem o crédito tributário
- A prescrição por expressa definição legal extingue o crédito tributário.
Regra matriz de incidência tributária

Fato gerador obrigação tributária

Lançamento

Decadência: é forma de extinção da obrigação tributária em razão da perda do direito de


administração publica constituir o crédito pelo lançamento por ter decorrido o prazo de 5
anos. Art. 173 do CTN.
Termos iniciais:
1ª regra: o prazo começa a contar no início do exercício fiscal seguinte (1 de janeiro) e sempre
exclui um dia.
Fevereiro 2015 01/01/2016 31/12/2020

Existe a obrigação e A decadência se 5 anos após o início


pode ocorrer o inicia no 1 dia do do prazo, mas
lançamento do exercício fiscal sempre se exclui
crédito em até 5 seguinte, ou seja, 1 um dia.
anos de janeiro do ano
seguinte.

2ª regra: Quando o lançamento não segue a forma necessária para a validade do ato
administrativo, que pode vir a ser corrigido

Fevereiro 2015 01/01/2016 09/2020 09/2023

Existe a obrigação e A decadência se Decisão Prazo final para


pode ocorrer o inicia no 1 dia do administrativa com refazer o
lançamento do exercício fiscal vicio de forma, lançamento, não
crédito em até 5 seguinte, ou seja, 1 recomeça o prazo começa no
anos de janeiro do ano de 5 anos para exercício fiscal
seguinte. refazer o seguinte e conta o
lançamento ano

Fevereiro 2015 01/01/2016 2017 31/12/2020 02/12/2020

Existe a A decadência Lançamento Prazo final Decisão administrativa


obrigação e se inicia no 1 do crédito para refazer o com vicio de forma,
pode dia do tributário lançamento, proferida após a data
ocorrer o exercício fiscal não começa final decadencial do
lançamento seguinte, ou no exercício lançamento em
do crédito seja, 1 de fiscal seguinte 31/12/2020, dessa forma
em até 5 janeiro do e conta o ano NÃO recomeça o prazo
anos ano seguinte. de 5 anos para refazer o
lançamento, pois
excedeu a decadência
geral.
A decisão que gera novo prazo decadencial necessita ser proferida anterior ao fim do prazo
decadencial para o fim da possibilidade de cobrança do crédito não constituído.

3ª regra:
Fevereiro 2015 04/2015 01/01/2016 04/2020

Existe a obrigação e Notificação de Iniciaria a 5 anos após o início


pode ocorrer o fiscalização, dessa contagem, mas não do prazo, mas
lançamento do forma, antecipa a ira mais, pois sempre se exclui
crédito em até 5 contagem do prazo. houve a notificação um dia.
anos Dessa forma, essa é de fiscalização.
a data para
começar a
contagem do prazo
decadencial.

- Art. 150, paragrafo 4 do CTN: se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a
contar da ocorrência do fato gerador; expirado o período, considera-se a homologação feita e o
crédito extinto.

RMIT

Fato Obrigação Constitui o crédito Declaração Homologação


+ pagamento

Art. 150, paragrafo 4


Fev 2015 fev 2020

Art. 173, I
Fev 2015 31/12/2020

Regras de decadência segundo Eurico Marcos Diniz Di Santi:


a) decadência do direito de lançar sem o pagamento antecipado – previsão ou não de
pagamento antecipado (independe do lançamento, se aplica a qualquer tipo de tributo), mas sem
ocorrência do pagamento, não ocorrência de dolo, fraude ou simulação e não ocorrência da
notificação preparatória (não há notificação que antecimaoa a contagem do prazo, no caso aquela
exposta na regra, paragrafo único do 173) – APLICA O ART. 173, I do CTN

b) decadência do direito de lançar sem pagamento antecipado e com notificação – previsão


ou não de pagamento antecipado, mas inocorrência do pagamento, não ocorrência de dolo,
fraude ou simulação e ocorrência de notificação preparatória – decadência: 5 anos da data da
notificação (ato preparatório) – antecipa o prazo da primeira regra – APLICA O ART. 173,
paragrafo único do CTN)

c) decadência do direito de lançar com pagamento antecipado – previsão de pagamento


antecipado (tributo com lançamento com homologação), ocorrência do pagamento antecipado,
não ocorrência de dolo, fraude ou simulação, não ocorrência de notificação – Decadência: 5 anos
da ocorrência do evento tributário par fisco homologar o pagamento – APLICA O ART. 150,
paragrafo 4 do CTN
d) decadência do direito de lançar com pagamento antecipado, ilícito e notificação –
previsão de pagamento antecipado, pagamento, ocorrência de dolo fraude ou simulação,
ocorrência notificação preparatória (não é notificação de fiscalização e sim notificação de
FRAUDE). Decadência: 5 anos do ato-norma administrativo formalizador do ato-norma
administrativo normalizador do ilícito (a notificação pode ser feita a qualquer tempo, submetesse
também, ao prazo decadência de 5 anos) APLICA O 173, I E O 150, P. 4

e) decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior – existência de


decisão administrativa que decrete anulação por vicio formal de lançamento anterior – decadência
5 anos decisão que anulou o lançamento anterior (o prazo de anulação submete-se ao prazo
decadência de 5 anos). APLICA O art 173,II

Prescrição: é forma de extinção de crédito tributário em razão da perda da pretensão de


efetuar sua cobrança, porque a fazenda publica deixou transcorrer prazo de 5 anos.
Causas de interrupção da prescrição:
- Pelo despacho do juiz que ordena a citação da execução fiscal;
- Protesto judicial;
- Por qualquer ato judicial que constitua mora ao devedor;
- Qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento de
débito pelo devedor. (quando faz parcelamento)

Quando ocorre a constituição do crédito tributário nos tributos sujeitos a lançamento por
homologação?
Súmula 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o
crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
Ante ao apresentado, pode o fisco ingressar com ação de cobrança do tributo, mas limitada ao
valor da declaração.

Obs.: a suspensão da possibilidade de cobrar o crédito tributário, suspende também a prescrição.

Regras de prescrição segundo Eurico Marcos Diniz Di Santi:


a) prescrição do direito do fisco com constituição do crédito pelo contribuinte: ocorrência
da constituição do crédito pelo contribuinte ausência de pagamento, não lançamento, não
ocorrência da suspensão da exigibilidade antes do vencimento do prazo para pagamento e não
ocorrência do reinício do prazo de prescrição do fisco - Prescrição: 5 anos da data da entrega do
documento de formalização do crédito pelo contribuinte
- Declarei e não paguei o prazo começa na declaração.

b) prescrição do direito do Fisco com constituição do crédito pelo contribuinte e com


suspensão da exigibilidade - ocorrência da constituição do crédito pelo contribuinte, (há
declaração constituindo o credito) ausência de pagamento antecipado, não lançamento,
ocorrência da suspensão da exigibilidade antes do vencimento do prazo para pagamento do
crédito, não ocorrência de reinício do prazo - Prescrição: 5 anos contados do término da
suspensão
- Começa a contar a partir do término da suspensão, ex. parcelamento, começa a contar após a
perca do parcelamento.

c) prescrição do direito do Fisco com lançamento - não ocorrência da constituição do crédito


pelo contribuinte, não pagamento, lançamento, não ocorrência da suspensão da exigibilidade
antes do vencimento do prazo para pagamento do crédito tributário, não ocorrência de reinício do
prazo de prescrição do direito do Fisco - Prescrição: 5 anos contados da data em que o
contribuinte for regularmente notificado do lançamento tributário realizado pela autoridade
administrativa. (art. 174, 142 e 145 CTN)
- Lançamento de oficio, começa a contar a partir da notificação.
d) Regra da prescrição do direito do Fisco com lançamento e com suspensão da
exigibilidade - não ocorrência da constituição do crédito pelo contribuinte, não pagamento,
lançamento, (não há ato do contribuinte, depende do fisco) ocorrência da suspensão da
exigibilidade antes do vencimento do prazo para pagamento o crédito tributário, não ocorrência de
reinício do prazo de prescrição do direito do Fisco - Prescrição: 5 anos contados do término da
suspensão. (art. 174 e 151 CTN)
- Começa a contar após terminar a suspensão

e) Regra de reinício do prazo de prescrição do direito do Fisco - ocorrência de qualquer uma


das hipóteses de reinício do prazo de prescrição (protesto judicial, reconhecimento do débito, ...) -
Prescrição: 5 anos contados de qualquer uma dessas hipóteses (reinício). (art. 174 parágrafo
único).
- Quando terminar o prazo de interrupção

Exercícios:
01) Contribuinte de ICMS, durante os meses de janeiro a julho de 2015 declara e paga R$
1.000.000,00 referente a obrigação tributária nascida nos referidos meses. Em setembro de 2020,
o Fisco efetua lançamento exigindo diferenças de ICMS relativa aos meses de janeiro a julho.
Houve extinção do crédito tributário relativo a essas diferenças? Em caso positivo, qual?
Houve a decadência do crédito tributário, uma vez que tributos que dependem da homologação
para o seu lançamento, como o caso descrito, tem o prazo decadencial do artigo 150, paragrafo 4
que indicia que o início da contagem do prazo é na data do fato.

02) Contribuinte entende que o IRPJ recentemente instituído é inconstitucional. Diante disse,
contrata advogado para discutir referida exação, o qual impetra mandando de segurança
preventivo. Contudo, a tutela de urgência é indeferida. Ao longo dos seis anos de tramitação da
ação, o contribuinte apresenta as respectivas declarações, contudo, não efetua o pagamento do
tributo. Passados seis anos, a sentença de improcedência transita em julgado, motivo pelo qual o
fisco resolve cobrar o tributo devido nesses seis últimos anos. Houve extinção do crédito
tributário, por qual motivo? Considere que a empresa está sujeita ao recolhimento do IRPJ anual.
Como a tutela não foi concedida, não houve a suspensão dos prazos.

03) Lucas, contribuinte de ICMS, tendo em vista a majoração desse tributo além do razoável,
ajuizou ação judicial contra o fisco estadual visando ao seu não pagamento, depositando em
10/02/2000, tão somente, integralmente o valor da dívida relativa a fatos geradores ocorridos no
mês anterior, que atingia a quantia de R$ 1.000.000,00. Ainda, obtém liminar suspendendo a
exigibilidade do crédito tributário relativo a fatos geradores ocorridos em 10/03/2000. A fazenda
pública estadual, para evitar a decadência ou o vencimento do prazo prescricional, ajuizou ação
de execução fiscal contra Lucas visando à cobrança do valor depositado e, ainda, sete anos
depois, quando transita em julgado a decisão de improcedência da ação, ingressa com ação
judicial visando à cobrança dos valores relativos aos fatos de 10/03/2000.
Nessa situação hipotética, agiu corretamente a fazenda pública? O que deve ser alegado por
Lucas? Fundamente ambas as respostas.
Crédito suspenso

04) Em outubro de 2012 contribuinte declara e não paga tributo sujeito a lançamento por
homologação. Em março de 2016 o contribuinte solicita parcelamento e efetua seu pagamento ao
longo de 48 meses, quando então para de pagar antes do prazo concedido. Diante disso,
passados três anos da data da rescisão do parcelamento, o fisco ingressa com execução fiscal.
A dívida está extinta? Em caso positivo, por qual motivo?
A divida não esta extinta, pois o parcelamento foi feito antes do prazo decadencial e a execução
também pois o prazo prescricional é de 5 anos após suspenso o parcelamento
Pagamento antecipado e homologação ao pagamento: art 156, VIII
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo
150 e seus §§ 1º e 4º;

Compensação: Art. 156, II e 170 a 170-A


Sa R Sp

Sa R Sp

Ocorre quando o fisco é sujeito passivo e ativo do crédito tributário, ou seja, no


pagamento indevido.
Requisitos:
- Reciprocidade das partes;
- Fungibilidade da obrigação;
- Existência de lei.

Transação: art 156, III e 171 do CTN

Remissão: art. 156, IV e 172 do CTN


- Perdão da dívida

Consignação em pagamento – art 156 VIII

Decisão administrativa ou judicial definitiva – art. 156 IX e X

Dação em pagamento de bens imóveis

Exclusão do crédito tributário


Critérios à terminologia “exclusão”: da há ideia equivocada do que realmente acontece

Modalidades
a) Isenção: é um benefício concedido pelo governo que dispensa determinadas pessoas
físicas ou jurídicas do pagamento total ou parcial de impostos e taxas.
Ex. isenção do imposto de renda
b) Anistia: perdão

Isenção
Teorias:
1º) Dispensa legal do pagamento favor legal (Rubens Gomes de Souza) – teoria aceita pelo CTN

RMIT Isenção

Dispensa

Sp Obrigação tributária

2º) Hipótese de não incidência tributária legalmente qualificada (Jose Souto Maior Borges)
RMTI Isenção
Sp

3º) Norma de estrutura que mutila parcialmente um dos critérios da regra matriz de incidência
tributária. (Paulo de Barros Carvalho)

Classificação da isenção
 Quanto aos sujeitos
- Geral: por lei, atinge um grupo. Ex. isenção de IR para renda até 2k
- Individual: por despacho ou ato da administração, atinge uma pessoa. Ex. requerer isenção
quem é aposentado por invalidez

 Quanto à imposição de condições


- Incondicionado
- Condicionado ex. o código que a prof fez para ourinhos, onde tinha isenção de IPTU para
quem preservava área verde

 Quanto à imposição de condições


- Com prazo determinado
- Sem prazo determinado

 Critérios: a isenção é condicionada a um critério da regra matriz


- Material: indica uma ação humana, é composto por um verbo mais complemento
- Temporal: indica o momento da produção desse efeito
- Espacial: indica em que local a conduta humana deve ocorrer para produzir o efeito
tributário.
- Pessoal: identifica o sujeito passivo e ativo da relação
- Quantitativo: calcula-se o valor do tributo a ser pago através da combinação de uma base de
cálculo e a alíquota.

Revogação: em razão do efeito prático da revogação é o mesmo de criar um tributo, sendo


assim, deve ser respeitada a noventena e o próximo exercício fiscal.

Isenção Heterônoma: Ideia de Heleno Torres, pois o presidente poderia estabelecer isenção já
que ele representa todos os entes do Estado seria competente.

Diferenças:
- Isenção x imunidade: A imunidade é uma hipótese de não incidência tributária
constitucionalmente qualificada. É uma limitação constitucional ao poder de tributar. Já a
isenção pode ser considerada uma hipótese de não incidência legalmente qualificada ou a
dispensa legal do pagamento de determinado tributo devido.
- Isenção x Remissão: Remissão é a extinção, há a obrigação tributária, mas é perdoada e
isenção é isenção, nela sequer existe a obrigação tributária.
- Isenção x não incidência: na não incidência, ou não há norma, ou não há fato e na isenção há.
- Isenção x substituição: A substituição é a mudança do contribuinte.

Anistia:
Modalidade de exclusão do crédito tributário.
Definição: perdão da infração e da sanção que atinge o ato infracional, sendo assim, é
forma de perdoar o ato infracional e consequentemente a sanção.
- Não se anistiando o crédito tributário, mas sim a sanção.
- Não exclui o crédito tributário, mas sim a multa

Vedações:
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à
vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo
sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito
passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas
ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
- Fatos futuros
- Crimes/contravenções
- Fraude/dolo/conluio

Aplicação da anistia:
- Depende de lei, poder ser geral ou individual (mais comum concedida no caso concreto por ato
adm)

Administração tributária

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou
especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes
ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais
excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos
neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a
que se refiram.

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização
lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação
aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.

Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros
fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada
pela autoridade a que se refere este artigo.

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações
de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:

I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;

II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;

III - as empresas de administração de bens;

IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;

V - os inventariantes;

VI - os síndicos, comissários e liquidatários;

VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos
sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função,
ministério, atividade ou profissão.

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública
ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito
passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes:

I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;

II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada
a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o
sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.

§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante


processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que
formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.

§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a:

I – representações fiscais para fins penais;

II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;

III - parcelamento ou moratória; e

IV - incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário seja pessoa jurídica.

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão
mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma
estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio.

Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios,
poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos.

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da fôrça pública federal, estadual
ou municipal, e recìprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando
necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei
como crime ou contravenção.

Dívida ativa:
- Cadastro administrativo dos débitos que são passiveis de cobrança judicial.

RMIT

Cobrança pela
Fato OT CT Inscrição na dívida ativa não pagamento
execução fiscal

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente
inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para
pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a
liquidez do crédito.

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que
possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;

II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;

III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que


seja fundado;

IV - a data em que foi inscrita;

V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e
da folha da inscrição.

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles
relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a
nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão
nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente
poderá versar sobre a parte modificada.

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída.

Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite

TRIBUTOS EM ESPÉCIE

Imposto de importação (II):


1. Competência tributária: art. 153, I da CF

2. Normas gerais: arts. 19 e ss do CTN

Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros


tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.

Art. 20. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria,
ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no
porto ou lugar de entrada do produto no País;

III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da


arrematação.
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e
do comércio exterior.

Art. 22. Contribuinte do imposto é:

I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;

II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados

Regra matriz:

- Critério material: importar produtos estrangeiros.

Não é possível tributar a importação de produtos desnacionalizados

- Critério espacial: no território nacional

- Critério temporal: entrada no território nacional (necessita do registro no produto no sistema de


comercio exterior)

- Sujeito: ativo: união

Passivo: quem importa

- Critério quantitativo:

Base de calculo: valor aduaneiro

Objetivo: adequar o valor de produto ao mercado brasileiro

Alíquota: extrafiscal (o objetivo do tributo é estimular ou desestimular condutas)

Drawback: Beneficio concedido há produtos exportados que tem como destino a exportação.

O Regime Aduaneiro Especial de Drawback é considerado, nos termos da Lei nº 8.402/1992, um


incentivo fiscal à exportação. O regime consiste na suspensão ou eliminação de tributos
incidentes sobre a aquisição de insumos utilizados na produção de bens a serem exportado

Imposto de importação (IE):


01) Competência tributária: art. 153 II da CF
02) Normas gerais: 23 ctn

Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de


produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território
nacional.

Art. 24. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto
ou lugar da saída do produto, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a operação de
exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o
custo do financiamento.

Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no
artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites
por ela estabelecidos.

Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial
e do comércio exterior.

Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.

Art. 28. A receita líquida do imposto destina-se à formação de reservas monetárias, na


forma da lei.

Regra matriz:

- Critério material: exportar produtos nacionais ou nacionalizados.

O que é a nacionalização de produtos? Quando uma mercadoria internacional chega ao país, ela só passa a
pertencer ao importador após o pagamento dos impostos devidos

- Critério espacial: estrangeiro

- Critério temporal: saída do território nacional

- Sujeito: ativo: união

Passivo: quem exporta

- Critério quantitativo:

Base de calculo: valor aduaneiro

Alíquota: extrafiscal (o objetivo do tributo é estimular ou desestimular condutas)

Imposto sobre operações financeiras (IOF):

Crédito – IO/crédito
Imposto operações Cambio – IO/cambio
Seguro – IO/seguro
Títulos e valores mobiliários – IO/TVM

Competência tributária: art. 153 da CF

Norma gerais: art. 63 e ss do CTN

Regra matriz de incidência tributária:


-> IO/crédito
a) critério material: realizar operações de crédito
b) critério espacial: qualquer lugar do território nacional
c) critério temporal: art. 63 CTN
- contrato real: não basta acordo de vontade, é necessária a tradição
d) Critério pessoal: - sujeito ativo: união
- sujeito passivo: instituição financeira
e) critério quantitativo: - base de calculo: art. 64 ctn
- Alíquota: variável
-> IO/cambio
a) critério material: realizar operações de cambio (compra e venda de moedas)
b) critério espacial: qualquer lugar do território nacional
c) critério temporal: art. 63 II CTN
d) Critério pessoal: - sujeito ativo: instituição financeira
- sujeito passivo: contribuinte / substituto
e) critério quantitativo: - base de cálculo: art. 64 II ctn
- Alíquota: variável

-> IO/seguro:
a) critério material: contrato de seguro
b) critério espacial: qualquer lugar do território nacional
c) critério temporal: momento em que a apólice é emitida
d) Critério pessoal: - sujeito ativo: instituição financeira
- sujeito passivo: contribuinte / substituto
e) critério quantitativo: - base de cálculo: art. 64 III ctn
- Alíquota: variável

-> IO/ Títulos e valores mobiliários:


a) critério material: Realizar operações Títulos e valores mobiliários
b) critério espacial: qualquer lugar do território nacional
c) critério temporal: Art. 63, IV
d) Critério pessoal: - sujeito ativo: união
- sujeito passivo: contribuinte / substituto
e) critério quantitativo: - base de cálculo: art. 64 IV ctn
- Alíquota: variável.

§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na
operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do
montante da arrecadação nos seguintes termos

Imposto sobre produtos industrializados (IPI):

Regra matriz:

- Critério material: realizar operações com produtos industrializados.

- Critério espacial: no território nacional

- Critério temporal: na saída do estabelecimento

- Sujeito: ativo: união

Passivo: quem importa


- Critério quantitativo:

Base de calculo: reflete sobre o valor do negocio jurídico

Regra matriz importação de produtos industrializados:

- Critério material: importar produtos industrializados.

- Critério espacial: no território nacional

- Critério temporal: despacho aduaneiro

- Sujeito: ativo: união

Passivo: quem importa

- Critério quantitativo:

Base de calculo: valor aduaneiro + importo de importação + frete + despesas aduaneiras

Aspectos constitucionais:

I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;

IMPOSTO SELETIVO – Diz-se do imposto que incide somente sobre determinados produtos. No sistema
tributário atual os impostos sobre bebidas alcoólicas, fumo, perfumes/cosméticos e carros (automóveis),
dentre outros, são seletivos, porquanto têm alíquotas diferenciadas.

II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores;

III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

V - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto,
na forma da lei.

A B C PRODUTO FINAL
IPI 10% IPI 10% IPI 10%
R$ 100 R$ 200 R$ 300

R$ 10 R$ 20 R$ 30

Os 10 reais pagos na IPI final de R$ 30


operação anterior viram
crédito na posterior,
dessa forma, B deve 20,
mas pagará 10, já que
tem um crédito do IPI
anterior
Princípio da não cumulatividade: é um princípio cuja finalidade é afastar os efeitos econômicos
que a cumulatividade provoca, entende-se como cumulatividade o fenômeno jurídico que faz com
que o mesmo tributo incida sobre todos os fatos integrantes de um mesmo ciclo econômico,
situação que provoca a incidência em cascata e consequentemente a oneração tributária deste
ciclo. Em razão disso, com o propósito de desimpactar o ônus econômico a constituição trouxe
um mecanismo chamado de não cumulatividade, por meio do qual o imposto incidente na
operação anterior gera um crédito para um imposto devido na operação atual.

Imposto de renda (IR):


1. competência tributária: art. 153, III da CF
2. Normas gerais: art. 43 e ss
3. Conceito constitucional de renda:

Renda em sentido estrito

Renda em sentido amplo

Proventos de qualquer natureza

A tributação do imposto de renda é o acréscimo patrimonial: acréscimo positivo que agrega ao


patrimônio após certas entradas e saídas

X = 20.000 reais ano de 2022 – PATRIMONIO NÃO TRIBUTÁVEL

Entradas Saídas
+ -
+ - -> tributável
+ - = 4.000 reais de acréscimo a ser tributado em 2023 (Y)
+ - -> tributável
+ - -> tributável

2023 = X + Y

Princípios específicos:
- generalidades
- universalidade
- progressividade

Regra matriz

- Critério material: obter renda ou produtos de qualquer natureza

- Critério espacial: renda nacional e o auferido no exterior com destinação ao nacional

- Critério temporal: PF: anual

PJ: anual ou trimestral

- Sujeito: ativo: união

Passivo: quem tem renda

Responsável:
- Critério quantitativo:

PF: valor da renda + alíquota (7.5; 15; 22,5; 27,5)


PJ: Lucro ( real ou presumido ou arbitrado) + alíquota (15% + adicional de 10 para valores acima
de 20 mil)
Regimes de tributação:
- Pessoa física:
Fonte: empresa paga
Carnê leão: profissional antecipa mensal
Exclusiva
- Pessoa jurídica:
Lucro real
Lucro presumido

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