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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CAPÍTULO II DO CTN

Constituição de Crédito Tributário


Art. 139. O crédito tributário decorre da
obrigação principal e tem a mesma
natureza desta.
A obrigação tributária é
obrigação tributária,
a relação
esta surge, enquanto
jurídico-tributária que
surge com o fato vínculo jurídico ainda
gerador, que é a desprovido de
concretização, no liquidez, certeza e
mundo real, da exigibilidade.
hipótese de incidência
prevista em lei.
A hipótese de incidência é a situação
prevista em lei necessária e suficiente
para a ocorrência do fato gerador.
A subsunção do fato real com a previsão
em lei é a ocorrência do fato gerador em
concreto.
Crédito tributário
O crédito tributário é a obrigação
tributária abstrata transformada em
concreta por um ato administrativo, o
lançamento.
O lançamento é o procedimento
administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e,
sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível. (ART. 142 CTN)
Função dúplice do lançamento tributário
O lançamento tributário possui uma função
dúplice: declaratória da obrigação tributária e ao
mesmo tempo constitutiva do crédito tributário.

Hoje é pacífico, porém, que o lançamento tenha eficácia


declaratória de uma obrigação preexistente. Não se pode
negar, porém, que ele constitui o crédito tributário
enquanto realidade formal autônoma. Daí dizer-se que o
lançamento “é constitutivo do crédito tributário e apenas
declaratório da obrigação correspondente.
O lançamento declara a existência da
obrigação tributária e constitui o crédito
tributário, convertendo esta obrigação
em direito líquido e certo.
O lançamento é definido como atividade
administrativa e procedimento
administrativo.
CTN. Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito
tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os
privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade
não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

Em outras palavras, isso significa que tudo o que alterar o crédito


apenas enquanto realidade formal não terá o efeito de afetar a
obrigação que lhe deu origem. Exemplificando, caso exista efetivamente
uma obrigação tributária, mas o crédito tributário dela decorrente seja
considerado formalmente inválido (p. ex., porque oriundo de um
lançamento feito por uma autoridade incompetente), isso não impedirá
que a autoridade competente proceda ao lançamento e constitua novo
crédito, tendo em vista que a obrigação tributária terá subsistido
IMPOSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DO
LANÇAMENTO REGULARMENTE CONSTITUÍDO

Caso o crédito tributário tenha sido regularmente constituído, o


mesmo somente poderá ser modificado ou extinto, ou ter sua
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos no próprio
CTN, fora dos quais nem sua efetivação nem suas garantias podem
ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional. É o que
dispõe o art. 141 do CTN
QUANDO SE CONSIDERA CONCLUÍDO O
LANÇAMENTO?

O lançamento somente estará concluído quando o sujeito


passivo for regularmente notificado a respeito do
mesmo. Essa notificação deverá conceder um prazo para o
pagamento da quantia lançada, ou para a apresentação de
impugnação (defesa administrativa).
COM A IMPUGNAÇÃO INICIA-SE A FASE
CONTENCIOSA DO LANÇAMENTO

Caso seja apresentada essa impugnação, que tem o efeito de


suspender a exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, III),
instaura-se um processo administrativo de controle interno da
legalidade do lançamento. Em sentido amplo, também esse
processo pode ser designado de “processo de lançamento”. Na
legislação, inclusive, é possível encontrar referência a esse
processo como sendo a fase “contenciosa”, ou “litigiosa”, do
lançamento.
Competência do lançamento tributário
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é


vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Compete privativamente à autoridade
administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento.
O lançamento é uma atividade
administrativa plenamente vinculada e
obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
O lançamento é regulado pela lei n.
5.172/1966 – o Código Tributário
Nacional (CTN) que, em conformidade
com a Constituição Federal de 1988
(CF/88), traz as normas gerais que
definem estes conceitos.
Definição de lançamento tributário
O lançamento tributário é um conjunto
de ações que declaram a obrigação
tributária e constituem o crédito
tributário.
O processo de lançamento envolve a
verificação da ocorrência do fato
gerador, a determinação da matéria
tributável, o cálculo do montante do
tributo devido e a identificação do sujeito
passivo.
Conversão de moeda estrangeira
Quando o valor tributário estiver
expresso em moeda estrangeira, deverá
ser feita a conversão em moeda
nacional, sendo que a taxa de câmbio
deverá ser a do dia da ocorrência do fato
gerador.
A conversão é obrigatória, salvo
disposição de lei em contrário.
Irretroatividade da lei tributária
APLICA-SE A LEI NOVA AO LANÇAMENTO?

O lançamento deve ser realizado


considerando a lei vigente na data da
ocorrência do fato gerador, ainda que
revogada ou modificada.

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da


obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.
Imagine-se, por exemplo, que nos exercícios de 2018 e
2019 vigora a Lei nº X, determinando que a alíquota do
Imposto de Renda é de 25%. Em 2020, porém, essa lei é
revogada pela Lei nº Y, segundo a qual esse imposto será
devido pela alíquota de 20%. Caso um contribuinte seja
fiscalizado em 2021, mas a autoridade pretenda exigir
quantias devidas e não pagas em 2018 e 2019, deverá ser
aplicada a Lei nº X, e ser calculado o imposto pela alíquota
de ….., mesmo já estando ela revogada quando da feitura
do lançamento. 25%
Quanto às penalidades, porém, é importante lembrar que
o art. 106 do CTN impõe a aplicação retroativa da
legislação mais benéfica, de modo que, no exemplo
citado, se se tratasse de uma multa, teria de ser aplicada,
retroativamente, a lei mais nova, numa exceção (benéfica
ao cidadão) ao princípio geral de direito segundo o qual
os fatos se regem pela lei vigente quando de sua
ocorrência
Hipóteses de alteração do lançamento

art. 145 CNT


O lançamento do crédito tributário
notificado ao sujeito passivo só pode ser
modificado em situações específicas
previstas no CTN.
As situações que possibilitam a revisão e alteração do
lançamento são:
1 - a impugnação do sujeito passivo (é possível a
reformatio in pejus)

2- o recurso de ofício (se for previsto em lei do Ente


Federativo)
e
3 - a iniciativa de ofício da autoridade administrativa.
(Se tiver dentro do prazo de decadência)
Impugnação do sujeito passivo
A impugnação do sujeito passivo é a
defesa ou reclamação contra o
lançamento realizado pela autoridade
administrativa.
A impugnação inicia a fase do litígio
(discussão judicial) ou do contencioso
(quando a discussão é realizada no
âmbito administrativo).
A impugnação representa a discordância
parcial ou total do sujeito passivo quanto
ao lançamento regularmente notificado.
Iniciativa de ofício da autoridade
administrativa
Modalidades de lançamento do crédito
tributário
Existem três modalidades de
lançamento: de ofício, por declaração e
por homologação.
Lançamento de Ofício ou Direto
É realizado pela autoridade
administrativa sem a participação do
sujeito passivo.
Pode ser utilizado para retificar
lançamentos erroneamente verificados
pela autoridade administrativa e aplicar
penalidades por infrações.
Lançamento Misto ou por Declaração
O sujeito passivo deve prestar
informações importantes para a base de
cálculo ou alíquota.
Exemplos: ITBI e taxa de coleta de lixo
hospitalar.
Lançamento por Homologação ou
Autolançamento
O sujeito passivo presta as informações,
calcula o montante do tributo devido e
realiza o pagamento.
O pagamento fica sob condição
resolutória da análise da autoridade
administrativa.
É peculiar porque o sujeito passivo faz
quase tudo, mas somente a autoridade
administrativa pode homologar o
pagamento.
Prazo para o lançamento do crédito
tributário
Existem autores que estipulam o
arbitramento como uma modalidade de
lançamento.
O arbitramento é uma técnica utilizada
pela autoridade administrativa quando
as informações prestadas pelo sujeito
passivo são inexatas, insuficientes,
incorretas ou fraudadas.
A autoridade administrativa deve
demonstrar adequação entre meios e
fins ao utilizar o arbitramento.
Extinção do Crédito Tributário
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação; (na hipótese de duas pessoas possuírem créditos recíprocos)
III - a transação; (concessões mútuas, importe em terminação de litígio e consequente
extinção de crédito tributário)

IV - remissão; (perdão da dívida por meio de lei específica)

V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda; (quando houver depósito feito em ação
judicial em que o contribuinte seja sucumbente)
Extinção do Crédito Tributário
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
(Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, o pagamento antecipado feito pelo contribuinte,
sendo aprovado pela autoridade administrativa, produz os mesmos efeitos do pagamento regular)

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;


IX - a decisão administrativa irreformável…;
X - a decisão judicial passada em julgado;

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições


estabelecidas em lei.
DECADÊNCIA
Quando ocorre um evento que gera uma obrigação de pagamento de impostos,

isso é chamado de "fato gerador." No entanto, simplesmente ter essa obrigação

não significa que o órgão competente pode imediatamente cobrar o imposto. É

necessário seguir um procedimento chamado "lançamento" para oficialmente

estabelecer o débito tributário.


DECADÊNCIA
O lançamento não é apenas um ato administrativo simples; é, na verdade, um

procedimento composto por etapas específicas, conforme definido pelo artigo

142 do Código Tributário Nacional (CTN):

Verifica se o fato gerador ocorreu.


Determina qual parte do evento é tributável.
Calcula o valor do imposto devido.
Identifica a pessoa ou entidade que deve pagar o imposto (sujeito passivo).
Se aplicável, sugere a imposição de penalidades.
DECADÊNCIA
O processo de lançamento pode ser realizado a qualquer momento, desde que o evento

que desencadeia a obrigação (o fato gerador) tenha ocorrido. No entanto, existe um

prazo máximo para concluir o lançamento do crédito tributário. Aqui, entramos no

campo da "decadência" e "prescrição," que são temas importantes a serem considerados

no contexto da cobrança de impostos.

Decadência refere-se ao período dentro do qual a administração fiscal deve realizar o

lançamento após o fato gerador. Se esse prazo expirar, a autoridade tributária não

poderá mais cobrar o imposto.


DIES A QUO DO PRAZO DE DECADÊNCIA

ART. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário


extingue-se após cinco anos, contados:
I) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado;
II) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado,
por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
PRAZO DE DECADÊNCIA
REGRA DO ARTIGO ART 173 O prazo de cinco anos também é
aplicável quando existe alguma
EX. Se em 15/07/2019 nulidade no processo de lançamento,
ocorreu o fato gerador e o como o lançamento ter sido feito em
nome de um contribuinte incorreto.
tributo não foi
Nesse caso, o lançamento é viciado
automaticamente apurado pela por um vício formal. Se a decisão
autoridade tributária ou anula o lançamento anterior por esse
informado pelo contribuinte, o motivo, o prazo de cinco anos é
fisco possui esse prazo de 5 "devolvido" para a Fazenda Pública,
permitindo que ela constitua
anos contado a partir do novamente o crédito tributário.
primeiro dia de 2020.
PRAZO DE DECADÊNCIA - LANÇAMENTO
DE OFÍCIO - IPTU, IPVA ETC
DIES A QUO - NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS
AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO

SE NÃO HOUVER DECLARAÇÃO NEM


PAGAMENTO
Nos tributos lançados por homologação se não houver
qualquer pagamento o prazo sujeita-se à regra geral
iniciando a contagem a partir de 1º de janeiro do ano
seguinte à data do fato gerador (art. 173, I, do CTN);
NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS AO
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO SEM
DECLARAÇÃO NEM PAGAMENTO

10/01/2023 01/01/2024

início da decadência
FG
DIES A QUO - NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS
AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO COM
DECLARAÇÃO
SEM PAGAMENTO PARCIAL
O imposto devido é de $ 100, mas o valor
declarado é de $ 60, sem pagamento

$ 60 Início - 1º/01/2022
01/02/2021

DECLARAÇÃO A MENOR
Início do prazo de 5 anos para
FG lançamento dos $ 40 faltantes
DIES A QUO - NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS
AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
SEM DECLARAÇÃO

O prazo decadencial flui da data da ocorrência do exercício


seguinte ao da ocorrência do fato gerador, a partir de quando o
Fisco tem cinco anos.
Súmula 555-STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo
decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário
conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos
em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 09/12/2015. DJe 15/12/2015.
DIES A QUO - NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS
AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
COM PAGAMENTO PARCIAL

O prazo decadencial flui da data da ocorrência do fato gerador, a


partir de quando o Fisco tem cinco anos.

“Nos casos em que ocorre o pagamento parcial, o prazo decadencial


para o lançamento suplementar do tributo sujeito a homologação é
de cinco anos contados do fato gerador, conforme a regra prevista
no art. 150, § 4º, do CTN,, salvo a comprovação de dolo, fraude ou
simulação”.AgInt nos EDcl no AREsp 1301935/MG-STJ.
DIES A QUO - NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS
AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
COM PAGAMENTO PARCIAL
O imposto devido é de $ 100, mas o valor
declarado e pago é de $ 60
Pagamento a menor

01/02/2022 $ 60 Lançamento dos $ 40 faltantes

DECLARAÇÃO A MENOR

FG

5 anos
DIES A QUO - NO CASO DE TRIBUTOS SUJEITOS
AO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO
COM PAGAMENTO PARCIAL
Art. 150
- O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.

§ 4º - Se a lei não fixar o prazo à homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar
da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se
tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Receita Federal Prova: FGV - 2023 - Receita Federal - Auditor-Fiscal
(tarde)

A prescrição e a decadência tributárias são fenômenos jurídicos que afetam a obrigação tributária em
razão do decurso do tempo.Acerca desses fenômenos e à luz também da atual jurisprudência dos
Tribunais Superiores, é correto afirmar que:

A. a decadência tributária é modalidade de exclusão do crédito tributário;


B. os prazos de decadência das obrigações tributárias não se submetem à reserva de lei complementar;
C. a dívida tributária prescrita espontaneamente paga pelo sujeito passivo não pode ser objeto de
repetição do indébito tributário;
D. a adesão livre e voluntária do sujeito passivo a um programa de parcelamento quanto a um crédito
tributário prescrito, dada a sua natureza de confissão de dívida, opera a novação da dívida tributária;
E. nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando a declaração é feita a menor, também
com pagamento a menor do tributo devido, o prazo decadencial para o lançamento suplementar
conta-se da ocorrência do fato gerador.
E
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Receita Federal Prova: FGV - 2023 - Receita Federal - Auditor-Fiscal
(tarde)

A sociedade empresária Sigma Ltda. incorretamente declarou a menor, pagando também a menor, ainda que
dentro do prazo previsto na legislação tributária, seus débitos referentes ao IPI. Assim, quanto à parte
remanescente que não foi declarada nem paga, a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (SERFB)
disporá, para lançar a parcela restante do tributo, de:

A. prazo prescricional de 5 anos, contados da data da constituição definitiva do crédito tributário.


B. prazo prescricional de 5 anos, contados da data do fato gerador da obrigação tributária.
C. prazo prescricional de 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado.
D. prazo decadencial de 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado.
E. prazo decadencial de 5 anos, contados da data do fato gerador da obrigação tributária.

E
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Orlândia - SP Prova: VUNESP - 2022 - Câmara de
Orlândia - SP - Procurador Jurídico

A legislação determina um prazo para o que a Administração Pública efetue o lançamento tributário.
Sobre este tema, suponha que um Contribuinte tenha efetivado uma operação considerada fato
gerador da obrigação tributária no dia 16/06/2022. De acordo com a legislação, o prazo máximo para
que a autoridade administrativa realize o lançamento tributário é:

A. 15/06/2024.
B. 15/06/2025.
C. 15/06/2026.
D. 31/12/2027.
E. 31/12/2028.
D
Prescrição - Prazo para ajuizar a ação de
execução fiscal
Prescrição é a causa de extinção do crédito tributário que
ocorre quando a Fazenda Pública deixa escoar o prazo para
propositura da ação de execução fiscal.

Art. 174 do CTN:


A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em 5
(cinco) anos, contados da data da sua constituição
definitiva.
Termo inicial da prescrição
O prazo começa a contar “da data da constituição
definitiva do crédito”.

Se, após a notificação, o devedor não paga e não recorre contra a


cobrança será preciso aguardar o escoamento do prazo de 30
dias que o CTN (art. 160) concede ao devedor para que, sendo
notificado, realize o pagamento ou recorra contra a cobrança. Antes
de esgotados os 30 dias não há mora. Portanto, na falta de
pagamento, o prazo prescricional conta a partir do 31º dia após a
notificação do devedor.
Interrupção da prescrição pela citação

O termo final do prazo prescricional se dá com o


despacho do juiz que ordenar a citação do devedor
em execução fiscal (art. 174, I, do CTN), e tal marco
interruptivo da prescrição retroage à data do
ajuizamento da ação (STJ, REsp 1.120.295-SP).
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - APÓS O
AJUIZAMENTO DA AÇÃO

Prescrição intercorrente é a extinção do crédito


tributário sempre que os autos da execução fiscal
ficarem arquivados, na hipótese do art. 40, §§ 2º e 4º,
da LEF, por prazo superior a cinco anos.
Suspensão do Crédito Tributário

A suspensão da exigibilidade do crédito tributário apenas pode ocorrer após a sua

constituição. Assim, apenas pode ocorrer a suspensão da exigibilidade do crédito após

o lançamento, eis que este confere a exigibilidade à obrigação tributária.

Ademais, ainda que suspensa a exigibilidade do crédito tributário (obrigação de pagar

tributo ou penalidade pecuniária), o sujeito passivo deve cumprir as obrigações

acessórias à obrigação principal suspensa (art. 151, par. único, CTN):


Suspensão do Crédito Tributário
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário
administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;


(Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
Suspensão do Crédito Tributário
moratória é concedida em na moratória a lei objetivamente dilata o prazo
I - moratória; função de algum evento para o pagamento do tributo, beneficiando a
alheio à vontade do
contribuinte e tem caráter
generalidade ou um grupo dos sujeitos
excepcional passivos, sem necessidade da comprovação
por parte destes de alguma característica
pessoal especial.

II - o depósito do seu montante depósito do montante integral caso haja algum


integral; litígio judicial ou administrativo instaurado ou na
iminência de instauração.

A suspensão ocorrerá de acordo com as


III - as reclamações e os recursos, normas reguladoras do processo
administrativo fiscal de cada ente político.
nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
Suspensão do Crédito Tributário
IV - a concessão de medida liminar em
mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou CTN passou a prever expressamente a possibilidade


de tutela antecipada, em outras de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
espécies de ação judicial; (Incluído mediante concessão de medida liminar ou tutela
pela Lcp nº 104, de 2001) antecipada em outras espécies de ação judicial.

VI – o parcelamento. (Incluído pela O parcelamento é aplicado para dívidas já


Lcp nº 104, de 2001) vencidas e não pagas pelo sujeito passivo
em decorrência de sua própria vontade, falta
de recursos ou até mesmo esquecimento.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Exclusão: a isenção e a anistia
A exclusão do crédito tributário implica dispensar a sua
constituição após a ocorrência do fato gerador e do
surgimento da respectiva obrigação tributária de pagar o
tributo ou penalidade pecuniária.

Contudo, as obrigações acessórias relacionadas ao


tributo não são dispensadas.
ISENÇÃO

Isenção, um dos tipos de exclusão do crédito tributário, é


definida como a dispensa do pagamento do tributo de
acordo com condições e requisitos estipulados em lei.
A lei que concede a isenção deve especificar essas
condições, os requisitos para a concessão e, se aplicável, o
prazo de sua duração, especialmente se for uma isenção
onerosa com um período determinado.
A competência para conceder a isenção recai sobre a
entidade política responsável pela instituição do tributo.
ANISTIA
A ANISTIA se aplica exclusivamente às infrações. Nesse caso, ocorre o fato
gerador, nasce a obrigação tributária de pagar uma penalidade pecuniária, mas
a constituição do respectivo crédito tributário é dispensada de acordo com a
previsão legal.

A anistia só pode beneficiar infrações cometidas antes da vigência da lei que a


concede.

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