necessária), que estabelece a não competência das pessoas políticas da Federação para tributar certos fatos e situações, de forma amplamente determinada, delimitando negativamente, por meio de redução parcial a norma de atribuição de poder tributário" ANTÔNIO CARRAZZA: “Incompetência das entidades tributantes para onerar, com exações, certas pessoas, seja em função de sua natureza jurídica, seja porque coligadas a determinados fatos, bens ou situações” DIRAN AQUINO DE LIMA: “A imunidade tributária conferida pela CF/88 e pelo Código Tributário Nacional, abrange aquelas instituições do Terceiro Setor, que não possuem fins lucrativos e que legalmente a estas entidades, são vedadas a cobrança de impostos e contribuições sociais sobre a renda, o patrimônio e os serviços prestados, nas esferas federal, estadual e municipal”
2 – Explique o conceito de obrigação tributária
CARLA APARECIDA MANTAIA: “O instituto da obrigação tributária trata-se
de um liame jurídico estabelecido entre Estado e Particular, onde aquele amparado pela lei tributária poderá exigir deste uma prestação tributária tanto positiva quanto negativa.”
WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO: “Obrigação é uma relação
jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu patrimônio”.
EDUARDO SABBAG: “A obrigação tributária é resultante do fato gerador ou,
em outras palavras, da concretização do paradigma legal previsto abstratamente na hipótese de incidência tributária. Poder ser analisada a partir de quatro elementos formadores: sujeito ativo, sujeito passivo, objeto e causa. […] O objeto da obrigação tributária é a prestação, de cunho pecuniário ou não pecuniário, a que se submete o sujeito passivo diante da realização do fato gerador. O objeto poderá ser a obrigação principal, se for pecuniária, indicadora de uma obrigação de dar. O objeto poderá se materializar na chamada obrigação acessória, se for instrumental (não pecuniária), indicadora de “obrigação de fazer ou não fazer”.
3 - Explique o sujeito ativo, o sujeito passivo, o fato gerador, a base de
originariamente, pelos mesmos elementos de uma obrigação privada, é um vínculo jurídico ligado ao campo das relações do Direito Público, mediante o qual, uma entidade estatal – o fisco federal, estadual ou municipal, na condição de sujeito ativo, e a partir da ocorrência de uma situação prevista em lei ou na legislação tributária – fato gerador, pode exigir de uma pessoa física ou jurídica – sujeito passivo, um determinado objeto, que tanto pode ser um pagamento do tributo ou multa pecuniária, como uma prestação positiva ou negativa – obrigação de fazer ou não fazer, que não constitua pagamento”.
ELISA BOLQUE: Para que seja possível a ocorrência da obrigação tributária,
é necessário o cumprimento de determinados requisitos legais. O primeiro deles é o fato gerador, sendo definido como a situação definida em lei suficiente para criar a obrigação de pagar o tributo, ou seja, é a lei que prevê a existência de um determinado tributo e como este incidirá perante os contribuintes. O segundo requisito é o sujeito passivo, sendo a pessoa da obrigação tributária que possui a obrigação de pagar o tributo, devendo estar prevista na mesma lei que instituiu a hipótese de incidência do tributo. O terceiro requisito é o sujeito ativo, sendo o ente público responsável pela criação e cobrança do tributo. O quarto requisito é a alíquota e a base de cálculo, sendo a alíquota o valor fixo, previsto em lei, que deve ser usado para cálculo do tributo. Já a alíquota pode ser conceituada como faixas fixas que determinarão o valor a ser pago pelo contribuinte, sendo possível o ente público instituir diversas alíquotas, que irão variar de acordo com o caso concreto.
BRUNO FLORENTINO: “A concretização da hipótese de incidência no plano
concreto é denominada fato gerador. O fato gerador representa o momento concreto de realização da hipótese de incidência. A adaptação do fato concreto ao modelo legal abstratamente previsto denomina-se subsunção. No momento da subsunção nasce a obrigação tributária. O sujeito ativo é a figura que ocupa a posição de credor da obrigação tributária e é uma pessoa jurídica de Direito Público, titular da competência para exigir o cumprimento da obrigação. Há duas espécies de sujeito ativo, o sujeito ativo direto e o sujeito ativo indireto. O sujeito ativo direto é o ente detentor da competência tributária, do poder de legislar e de instituir os tributos. Já o sujeito ativo indireto é o ente detentor da competência de arrecadar os tributos e de fiscalizar todo o procedimento de arrecadação tributária. O sujeito passivo é a figura que ocupa a posição de devedor da obrigação tributária. Existem duas espécies de sujeito passivo, o sujeito passivo direto e o sujeito passivo indireto. O sujeito passivo direto é o contribuinte que possui uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Já o sujeito passivo indireto é o responsável, terceira pessoa escolhida pela própria lei para pagar o tributo, sem ter realizado o fato gerador. O objeto da obrigação tributária corresponde à prestação que deve ser realizada pelo sujeito passivo da obrigação tributária que nasce com a subsunção do fato concreto à previsão abstrata”.
4 - Explique o lançamento fiscal
ALLAN MUNHOZ GOMES: “O lançamento tributário está previsto no
artigo 142 do CTN e é definido como um procedimento que declara formalmente a ocorrência do fato gerador, definindo os elementos materiais da obrigação tributária, apurando o valor devido e identificando o sujeito passivo, para que assim, possa ocorrer a cobrança do tributo ou da penalidade pecuniária, ou seja, o lançamento tributário não apenas declara, assim como não apenas constitui o crédito tributário, mas sim, declara a situação ocorrida no fato gerador e constitui o crédito tributário pelo lançamento, tornando-o líquido.” JOSÉ GUILHERME DE BEM GOUVÊA: “Lançamento Tributário é o meio pelo qual a Autoridade Administrativa verifica a ocorrência de fato gerador de manifestação de riqueza tributável. Por ele, é calculada a quantia devida, identificado o sujeito passivo e, sendo o caso, aplicada penalidade. A partir disso, constitui-se o crédito tributário”. CAMILA LORGA FERREIRA DE MELO: “Segundo o artigo 142 do Código Tributário Nacional, o lançamento consiste em um procedimento administrativo privativo da autoridade administrativa, tendente a verificar a ocorrência do fato gerador e a matéria tributável, a definir o montante e identificar o sujeito passivo”.
5 - Explique a suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário
JULIO MENGUE: “A suspensão da exigibilidade do crédito tributário consiste na paralisação do curso do processo enquanto persistir a causa da suspensão. O prazo já percorrido permanece computado e após a solução da causa suspensiva continua do ponto onde parou. As causas que geram a suspensão está descrita no roll do referido artigo 151. Basta dizer que o fato gerador ocorreu, a exigibilidade do crédito é legitima e de fato existe ao contribuinte a obrigação de arcar com o referido tributo, entretanto, por força da suspensão, esta exigibilidade fica paralisada, não surtindo mais seus efeitos enquanto a causa que a gerou não for integralmente resolvida. A extinção por sua vez consiste no desaparecimento da exigibilidade do crédito tributário motivado por qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva, desde que prevista em lei, conforme explicita o artigo 156CTN ao qual mencionará as modalidades de extinção do crédito tributário. A extinção poderá ser total ou parcial e, será assim definida, após a verificação de irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149 (tratam do lançamento). A exclusão consiste em apenas 2 (duas) hipóteses a qual o CTN menciona tal "beneficio" ao contribuinte, sejam elas pela anistia ou pela isenção observando que a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.” CARLA LIDIANE MULLER: “A extinção do crédito tributário tem função de extinguir, ou fazer desaparecer o crédito tributário. Como exemplos de extinção de crédito tributário podem ser citados o pagamento, a remissão, e a compensação. Outra forma de distanciar a cobrança do crédito tributário seria pela suspensão do mesmo. A suspensão do crédito tributário tem como atribuições impedir que a fazenda inicie os atos de cobrança do crédito tributário. As formas de suspensão atualmente previstas no CTN em seu artigo 151 são essas: moratória, depósito do montante integral, as reclamações e os recursos nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, concessão de medida liminar ou mandado de segurança, concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial e o parcelamento. A suspensão do crédito tributário veda a cobrança enquanto existir a suspensão, portanto nesse meio tempo o contribuinte não precisa efetuar o pagamento do crédito tributário. E por último para que o contribuinte consiga exercer a exclusão do crédito tributário, só poderá fazê-lo de duas formas, ou pela anistia ou pela isenção. A exclusão do crédito tributário está regulamentada pelos artigos 176 a 179 do CTN. A isenção prevê que as fazendas possam dar o beneficio da Isenção visando aumentar o desenvolvimento de uma determinada região ou atividade econômica”.
IGOR TEIXEIRA RODRIGUES: “Em conformidade com o disposto no
artigo 176 do CTN, a isenção ao contrário da imunidade, deve ser instituída por lei, e essa deve deixar claro, quem será beneficiário, quais requisitos devem ter para participar dos benefícios pela lei imposta, e quais tributos farão parte dessa isenção. E ainda quando necessário, determinar, por quanto tempo valerá a isenção. A suspensão da exigibilidade da obrigação tributária é sempre um estado provisório, que dura um período de tempo. Seria mais adequado tratar esse termo como suspensão da exigibilidade da obrigação, pois a obrigação principal é constituída de crédito e débito, que traduzem o liame jurídico de perspectiva dupla, porque é preciso analisar não só as relações jurídicas tributárias, mas também questões e aspectos administrativos. Na extinção, usualmente e o mais comum, é que aconteça a suspensão da obrigação tributária, sempre que houver o pagamento do tributo. O Código Tributário Nacional nos traz dois conceitos de exclusão do crédito tributário, a isenção e a anistia. Tais institutos são bastante semelhantes, pois ambas o contribuinte está exonerado de efetuar o pagamento do tributo e da penalidade pecuniária, mas são concedidas de maneiras distintas”.