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Critério material: este é um critério analisado de forma separada do espacial e temporal, que são
vistos adiante. Por isso, não pode-se definir a parte pelo todo e limitar esse a hipótese de
incidência tributária.
Critério espacial: fica a critério do legislador nessa hipótese definir ou não o local que o fato deve
ocorrer.
Critério temporal: é a partir da regra, saber com exatidão, em que instante acontece o fato
descrito, momento em que ocorre a ligação devedor e credor.
Critério pessoal: aponta quem são sujeitos da relação jurídica, sujeito passivo e ativo.
3. Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de: (i) sujeito passivo; (ii)
contribuinte; (iii) responsável tributário; e (iv) substituto tributário –
distinguindo: substituição tributária para trás, para frente e
convencional (concomitante); agente de retenção e substituição para
frente. O responsável (art. 121, II, do CTN) é: (i) sujeito passivo da
relação jurídica tributária; (ii) de relação de dever instrumental; ou (iii)
de relação jurídica sancionatória?
Sujeição passiva é o que está previsto nos artigos 121 e 122 do Código Tributário Nacional,
que estende a relação jurídica a contribuintes, responsáveis tributários e terceiros.
O sujeito passivo é fundamento de muitas interpretações, que hora é constituído em sentido
contrário à maioria da doutrina e da jurisprudência. Destacam-se abaixo algumas definições
selecionadas pelo autor deste trabalho.
Paulo de Barros Carvalho: “Sujeito passivo é a pessoa – sujeito de direitos – física ou
jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da prestação: pecuniária, nos
nexos obrigacionais; e insuscetível de avaliação patrimonial, nas relações que veiculam meros
deveres instrumentais ou formais. É no critério pessoal do consequente da regra matriz de
incidência que colhemos elementos informadores para a determinação do sujeito passivo.
Paulo Ayres Barreto: “No âmbito de uma relação jurídica de cunho eminentemente
tributário, o contribuinte é o único sujeito de direito a figurar no polo passivo dessa relação. E
assim é porque ele é o titular da riqueza pessoal descrita no antecedente da nora geral e
abstrata de índole tributária.
É importante frisar que, o sujeito passivo não é aquele que tem condições de efetuar o
pagamento do tributo e sim aquele que se figura como polo passivo da relação jurídica tributária.
Surgem duas figuras de sujeito passivo, o contribuinte e do responsável tributário, sujeitos
distintos conforme art. 121 do CTN. O contribuinte é a pessoa que realizou, tem relação direta
com o fato jurídico tributário, está no polo passivo da relação obrigacional, o código nomeia
como “obrigação principal”. Ele está concretamente obrigado ao pagamento do tributo. Já o
responsável tributário é também o sujeito passivo da “obrigação principal”, mas não possui
relação direta com o fato jurídico tributário, a sua obrigação decorre de disposição prevista em
Lei.
A substituição tributária ocorre quando a lei substitui o passivo direto por outro indireto, o
responsável tributário é obrigado ao pagamento do débito por imposição legal, mesmo não tendo
realizado o fato previsto na regra matriz de incidência. Existem, inclusive, situações que a
obrigação principal já nasce diretamente para o substituo tributário, que são os casos previstos no
artigo 128 do CTN.
A substituição é bastante utilizada no Brasil como forma de controle e fiscalização para
arrecadação de tributos e foram definidas três formas de substituição tributária, a convencional ou
concomitante, a para trás ou retrospectiva e a para frente ou prospectiva. Sendo estudadas e
definidas separadamente abaixo.
A substituição tributária convencional ou concomitante é restrita a apenas um momento
tributário e não a toda cadeia, sendo a retenção na fonte o exemplo. O legislador aponta quem é o
responsável tributário do polo passivo da obrigação. Na substituição para trás ou retrospectiva, o
pagamento e constituição do crédito ocorre em etapa posterior ao fato ocorrido. A obrigação
tributária e o recolhimento do tributo são postergados e é definido um novo responsável
tributário, sendo ele o novo sujeito passivo de recolhimento do tributo da sua operação e das
etapas anteriores. Já a substituição tributária para frente ou prospectiva é contrária a substituição
para trás, o tributo é recolhido no início da cadeia, é deduzido o valor devido pelo demais
contribuintes até o consumidor final. Neste caso o legislador presume que as demais etapas irão
acontecer, atribuindo a responsabilidade da própria etapa e das demais ao iniciante da operação.
Agente de retenção é a terceira pessoa, atribuída pelo legislador, como responsável passivo da
obrigação, sem afastar o real contribuinte. Por isso, os responsáveis tributários de recolhimento
na fonte recebem o nome de agente de retenção.
O responsável instituído no inciso II do art. 121 é sujeito passivo da relação tributária,
instituído e definido expressamente por meio da lei pelo legislador não caracterizando ato
sancionatório.
b) A empresa “A” responde pela: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não
pagamento de tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo descumprimento de deveres
instrumentais, se constituídas antes da operação de compra e venda? E se
constituídas depois da operação? (Vide anexos II e III).
A empresa “A” responde pela multa de mora, multa pelo pagamento de tributo e
descumprimento de deveres instrumentais antes e depois da operação de compra e venda.