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TRIBUTÁRIO
Obrigação Tributária
1 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2015, p.176.
2 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva Educação, 2021, p.831/832.
Ora se você verificar tanto no art. 113 do CTN quanto no art. 139 do CTN você
observará que existe um paralelo entre obrigação tributária e crédito tributário, porque
elas coexistem. Como vimos, a obrigação principal nada mais é que o pagamento do
tributo ou da penalidade pecuniária. Diante disso, quando o contribuinte realiza o
pagamento este ato dá ensejo a extinção da obrigação tributária juntamente com o
crédito dela decorrente. Ou seja, se o contribuinte quer extinguir um crédito ele
precisa realizar o pagamento deste crédito (seja pagamento de um tributo ou de uma
penalidade pecuniária).
Obrigação Principal
Obrigação Acessória
3 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva Educação, 2021, p. 832.
Vejamos:
Art. 113 CTN. (...)
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no
interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.” (...)
• DCTF: é uma das declarações federais mais importantes. Ela é uma obrigação
mensal das empresas e serve para declarar os dados a respeito de vários tributos e
contribuições. Por meio da DCTF, a Receita Federal obtém as informações necessárias
para realizar o lançamento do crédito tributário e a forma que o contribuinte utilizou para
quitá-lo. : se eles foram pagos ou parcelados, se há compensação ou então suspensão.
Dentre os tributos declarados pela DCTF temos: (i) IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa
Jurídica; (ii) IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte; (iii) IPI – Imposto sobre Produtos
Industrializados; (iv) IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou
Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários; (v) CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido; (vi) PIS/Pasep – Programa de Integração Social e para o Programa de Formação
do Patrimônio do Servidor Público; (vii) COFINS – Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social; (viii) CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação ou
Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira; (ix) Cide-
Combustível – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e álcool etílico
combustível; (x) Cide-Remessa – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o
Apoio à Inovação; (xi) CPSS – Contribuição do Plano de Seguridade Social do Servidor
Público e (xii) CPRB – Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta. Destaca-se que
na DCTF também devem ser informados os casos de parcelamento, as compensações ou
suspensões de crédito tributário.
• DIRF: é a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, feita pela fonte
pagadora, ou seja, quem efetua pagamentos e retém imposto de renda na fonte. Na DIRF
devem ser informados: (i) Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País;
(ii) O imposto sobre a renda e contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou
creditados para seus beneficiários; (iii) O pagamento, crédito, entrega, emprego ou
remessa a residentes ou domiciliados no exterior e (iv) Os pagamentos a plano de
assistência à saúde – coletivo empresarial.
Obrigação Acessória
Logo, se você não entregar uma declaração imposta por legislação tributária
(obrigação acessória), essa sua abstenção gerará uma MULTA (obrigação principal =
penalidade).
Em Direito Tributário, tudo tem que ser positivado, se você observar o próprio
art. 108 do CTN ele determina que havendo lacunas a autoridade competente se
utilizará: (i) analogia, (ii) princípios gerais do direito tributário, (iii) princípios gerais do
direito público, (iv) a equidade. Vejamos:
6 COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 188/189.
Atenção
• UNIÃO;
• ESTADOS; TITULAR DA COMPETÊNCIA PARA EXIGIR SEU
• DF e Territórios; CUMPRIMENTO.
• Municípios;
O art. 119 do CTN define quem possui capacidade para figurar no POLO
ATIVO da relação tributária, como CREDOR e, assim:
Atente-se aos artigo 120 do CTN que também trata da temática do sujeito
ativo:
Verifica-se que o parágrafo único do art. 121 do CTN, prevê que o SUJEITO
PASSIVO se divide em duas figuras (i) CONTRIBUINTE e (ii) RESPONSÁVEL.
O contrato em tela terá efeitos para o Direito Civil (Direito Privado), a relação
contratual gera uma obrigação entre as partes, que fará com que o Felipe tenha
7 COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 190/191.
8 COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 191.
Exemplo: O menor de 18 anos possui capacidade tributária passiva, ele pode ser parte, possui
capacidade tributária passiva, mas possui um responsável tributário como os pais para
responder pela obrigação tributária.
Exemplo: A sua tia de 110 anos que não está com plenas capacidade mentais pode ser parte,
possui capacidade tributária passiva. Todavia, alguém tem que ser responsável tributário
como um tutor/curador/administrador de bens. No âmbito privado a sua tia pode ser
interditada, já no âmbito público ela é devedora de tributos.
Exemplo: O camelô , aquela pessoa que não é formalizada, mas aufere renda e tem
acréscimo patrimonial tem que pagar tributo, assim como um contrabandista ou traficante.
Nestes últimos dois casos, ainda que a figura seja ilícita a renda auferida desta atividades
será tributada (Princípio da Pecunia Non Olet9).
9 A expressão latina pecúnia non olet (o dinheiro não tem cheiro), refere-se à questão que o Estado não está
impedido de tributar uma renda pelo fato dela ser ilícita. Não importa para a incidência tributária a origem da
riqueza, devendo ser tratados de forma igualitária os rendimentos do trabalhador e do criminoso.
10
Carvalho, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 19 ed. Ver. São Paulo, Saraiva, 2007, p.338.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 19 ed. Ver. São Paulo,
Saraiva, 2007.
COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: Saraiva, 2009.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 36. ed. São Paulo: Malheiros,
2015.