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Responsabilidade
Tributária I
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Responsabilidade Tributária I
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade, estudaremos os aspectos específicos da responsabilidade tributária,
compreenderemos a correlação desse instituto com a obrigação tributária,
estudaremos a figura do sujeito passivo e seu papel na relação tributária. Também
veremos que esse, em decorrência de lei, pode ser responsabilizado pelo não
cumprimento da obrigação tributária que, em regra, a responsabilidade tributária é
do sujeito que participou do fato gerador, mas veremos que o legislador prevê duas
hipóteses de responsabilidade para sujeitos indiretos. Primeiramente, analisaremos
os aspectos específicos da modalidade de responsabilidade tributária por
substituição, ou seja, quando há a troca de um dos sujeitos da obrigação. Por fim,
examinaremos a modalidade de responsabilidade por transferência.
NOÇÕES GERAIS DA
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Quando falamos sobre obrigação tributária, sujeitos e fato gerador, falamos também
da responsabilidade tributária, especialmente ao estudarmos sobre as figuras dos
sujeitos passivos. Devemos recordar que o sujeito passivo é o devedor da obrigação
tributária, ou seja, é aquele que tem a obrigação de recolher, pagar o tributo ou a
penalidade pecuniária correspondente. Aqui encontramos: os contribuintes, aqueles
que praticam o fato gerador e o responsável.
Obrigação
Fato Gerador
Tributária
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Em suma, poderíamos definir o responsável tributário como aquele que, embora não
pratique o fato gerador, por transferência ou substituição do contribuinte, relaciona-se
indiretamente com o recolhimento, pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.
O responsável tributário não possui obrigação direta com o fato gerador, pois não o
praticou, mas em decorrência de uma decisão expressa de lei será obrigado a pagar
o tributo ou cumprir com a obrigação tributária acessória.
Como regra geral, não é permitido atribuir a terceiro que não tenha vinculação com
o fato gerador a realização do pagamento do tributo, conforme apontado no CTN
em seu art. 121, parágrafo único, II, assim, do passivo da obrigação principal diz-
se: responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei; e art. 128 (BRASIL, 1966).
Saiba mais
O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 128, reconhece o
instituto da responsabilidade tributária ao dispor que:
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Reflita
A partir da previsão legal, podemos dizer que a responsabilidade
por substituição decorre de determinação legal para o terceiro
que não deu causa ao fato gerador, mas que esteja de certo
modo vinculado ao fato gerador e que substitua o contribuinte,
assumindo assim o dever de pagar o tributo.
Analisando esse instituto, Coelho (2015) afirma que o substituto não paga a dívida
de outrem, paga tributo do qual ele próprio é sujeito passivo (o substituído é que
deveria ser sujeito passivo). Ainda segundo professor, a sujeição passiva direta
englobaria as figuras do:
Contribuinte, aquele que paga dívida tributária própria por fato gerador
próprio e o responsável que deveria ser chamado de destinatário legal
tributário, por pagar dívida tributária por fato gerador alheio (terceiros),
assegurando-se, em nome da justiça, a possibilidade de recuperar, contra
quem praticou ou esteve envolvido com o fato gerador, o dispêndio fiscal
que a lei lhe imputou diretamente através da criação do vinculum juris
obrigacional. (COELHO, 2015, p. 605)
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Ao passo que, para Sabbag (2014), em casos de substituição tributária, não figuram
simultaneamente, em posições equiparadas, em face do Estado o sujeito passivo
verdadeiro e próprio e o substituto tributário. De acordo com o professor, isso se
dá porque o substituto tributário estaria exclusivamente encarregado por lei em
realizar o pagamento do tributo ao Fisco.
Substituição tributária
Regressiva ←
Substituição
tributária
Progressiva →
Fonte: Elaborada pela autora (2020).
Para Coelho (2015), em tal substituição, a comutação faz-se por decote, como o
frigorífico abatendo do preço pago ao produtor o valor do imposto que este deveria
pagar, mas que foi pago efetivamente por aquele na condição de contribuinte
substituto de fato.
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de origem para a Grão Bom, faz com que tal empresa posteriormente pague o
tributo em substituição à contribuinte, que é a ruralista Mirian.
Exemplo de substituição para trás
ICMS - 1
ICMS ICMS - 2
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FG - 1 FG - 2
ICMS - 1
ICMS - 2 ICMS - 2
Em síntese:
Reflita
Que outros produtos seriam exemplos de substituição para frente
ou regressiva?
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Transferência
tributária
* O CTN, art. 135, vai disciplinar a transferência para terceiros e por sucessão.
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FECHAMENTO
Nesta unidade, vimos que, em regra, a cobrança do tributo é realizada ao indivíduo
que praticou o fato gerador e que, assim, surge a figura do sujeito passivo direto.
Além disso, compreendemos que esse sujeito está ligado diretamente à relação
tributária que gerou a obrigação.
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Referências
BRASIL, Senado Federal. Código Tributário Nacional de 1966. Brasília: Gráfica do
Senado Federal, Senado Federal, 2020.
COELHO, F. U. Curso de direito comercial. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
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