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1 – Considerações Inicias:
Acessória
Art. 114 do CTN faz uma referência como fato definido em lei. Ora, se
apenas está definida em lei, a situação não poderia ser denominada de "fato".
Por isso, a boa doutrina afirma que a previsão abstrata deve ser denominada
"hipótese”, pois se refere a algo que pode vir a ocorrer no mundo, tendo como
consequência a incidência tributária. Daí a famosa terminologia “hipótese de
incidência”.(ALEXANDRE, 2017, p. 333)
É por isso que o CTN afirma, no art. 117, I,que, salvo disposição de lei
em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados; sendo suspensiva condição desde o momento de
seu implemento. (ALEXANDRE, 2017, p. 340)
Nesta linha, o art. 117, II, do CTN afirma que, salvo disposição de lei
em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se
perfeitos e acabados, sendo resolutória a condição, desde o momento da
prática do ato ou da celebração do negócio.(ALEXANDRE, 2017, p. 340)
(...) Afinal de contas, não parece justo que um contribuinte "X”: ao praticar
determinado fato gerador utilizando a forma jurídica convencional, seja chamado
ao pagamento do tributo; e o contribuinte "Y”; realizando o mesmo fato gerador,
escape à tributação apenas pelo ardil de utilizar uma forma jurídica
inabitual ou "estranha". (ALEXANDRE, 2017, p. 344)
Sujeito ativo
Art. 119 do CTN,sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica
de direito público titular da competência para exigir o seu
cumprimento.
Sujeito passivo
Art. 121.Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada
ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I -contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação
que constitua o respectivo fato gerador;
II -responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua
obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 122.Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada
às prestações que constituam o seu objeto.
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias
correspondentes
Contribuinte: aquele que possui ligação direta com o fato gerador.
Assim, o sujeito que compra uma mercadoria qualquer arca com o ônus
do ICMS e é, por isso, chamado de contribuinte. O problema é que o sujeito
passivo da obrigação de recolher o ICMS da operação é o comerciante e não o
consumidor. A relação jurídico-tributária se instaura tendo, no polo ativo, o
Estado e, no polo passivo, o comerciante, legalmente definido como
contribuinte.(ALEXANDRE, 2017, p. 352)
Características da solidariedade
Assim, se o Estado ajuíza uma ação de execução fiscal contra "A” e o juiz
despacha, ordenando a citação de "A”: a interrupção do prazo prescricional
prejudica os demais devedores (o prazo para cobrar de qualquer dos devedores
· solidários é integralmente restituído ao credor). Da mesma forma, se "C" ajuíza
uma ação anulatória contra uma decisão administrativa que denegou restituição
do IPTU, quando o procurador do Estado for intimado (erro do Código, pois
deveria ter usado a palavra citado, como será visto' adiante), haverá interrupção
da prescrição e a restituição do prazo beneficiará todos os solidários.
(ALEXANDRE, 2017, p. 361)
Também não importa se uma pessoa está sujeita a alguma medida que
limite ou prive o exercício de atividades. Se o fato gerador ocorrer, o tributo é
devido. (...)exercendo ilicitamente a profissão, estará sujeito às punições
específicas, mas não ficará livre do imposto de renda sobre os rendimentos
porventura auferidos, nem do imposto sobre os serviços prestados.
(ALEXANDRE, 2017, p. 362)Ex: advogado e médico que exercem a função
ilicitamente.
O CTN estabelece, ainda, uma regra supletiva das regras acima (que já
são supletivas, uma vez que aplicáveis quando não houver eleição pelo sujeito
passivo). Assim, quando não couber a aplicação das regras enumeradas,
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar
da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à
obrigação.
Em síntese, a definição do domicílio tributário do sujeito passivo podeser
efetivada mediante a utilização do seguinte esquema:
- Njt
H €Cm (v+c). Ce. Ct
Ca € Cp (Sa.Sp)
Ca = Consequência
Cp = Critério pessoal
Sa = SujeitoAtivo
Sp = Sujeito Passivo
Cq = Critério quantitativo
bc = base de cálculo
al= alíquota
Consequênciaequivale ao Critério pessoal, formado pelo sujeito
ativo e sujeito passivo, acrescido do critério quantitativo que por sua vez é
composto pela base de cálculo e pela alíquota.