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Direito Tributário

Marcelo Signorini

03/08/2022

• Obrigação tributária: A obrigação tributária pode ser classificada em principal e


acessória, conforme art. 113, CTN.

- Obrigação principal: A principal equivale ao pagamento do tributo ou penalidade


pecuniária que irá surgir com a ocorrência do fato imponível tributário (fato concreto
que se adequa a hipótese de incidência tributária).
A obrigação principal decorre do FG e exige lei em sentido estrito, impõe alguém a pagar
tributo correspondente a conduta praticada. Todas as obrigações envolvendo dinheiro
(tributos, multas, juros) são principais.
É compulsória.

Art. 113, CTN: Obrigação tributária pode ser principal ou acessória.


§1º: Obrigação principal surge com a ocorrência do FG

FG: Ocorre em 2 momentos distintos, o primeiro é a hipótese de incidência tributária e o


outro é o fato imponível tributário.
HIT: Lei abstrata (pode ou não pode acontecer) hipótese que tem os 5 elementos.
FIT: É o fato, o que aconteceu, compara os 5 elementos, se bater os 5 surge a obrigação
tributária.
Ex.: Circular mercadoria (HIT), ao circular a mercadoria no mundo real (FIT) nasce
obrigação tributária.

Na obrigação estamos falando do FIT.

- Obrigação acessória/instrumental: A obrigação acessória é prevista em legislação


tributária e se caracteriza por uma obrigação de fazer ou não fazer para auxiliar na
atividade de fiscalização ou arrecadação de tributos. Vale destacar que apesar do CTN
prever essa obrigação como acessória não necessariamente segue a principal, já que
possui autonomia e por isso atualmente é denominada de obrigação instrumental.
Obrigação acessória engloba situações em que não impliquem pagamento, são
prestações positivas ou negativas que facilitam a fiscalização das autoridades tributárias.
Podem ser instituídas por diversos instrumentos jurídicos, como portarias, instruções
normativas, decretos e outros atos infralegais.

§2º: Obrigação acessória/instrumental decorre da legislação tributária (mais abrangente


do que lei).

Algumas vezes terá obrigação acessória sem a principal, por isso é chamada também de
instrumental, porque é realizada por um instrumento.
A nomenclatura “acessória” dá a entender que as obrigações possuem dependência ou
vínculo, mas não necessariamente o acessório segue o principal, por isso a denominação
acessória é equivocada.
Ex.: Proprietário de veículo deve pagar IPVA (obrigação principal), mas não precisa
contribuir de nenhuma forma para sua apuração.
Ex.: Igreja não paga IPTU porque tem imunidade, mas presta declaração do imposto de
renda, tem obrigação acessória de realizar a declaração de IR.
Ex.: Mesmo não sendo obrigada a declarar IR, se eu quiser posso.

10/08/22

§3º: Considerando que a obrigação instrumental/acessória é um fazer ou não fazer algo


para auxiliar na fiscalização e cobrança de tributos o simples fato de descumpri-la faz
com que surja uma obrigação de pagar a penalidade pecuniária que nada mais é do que
obrigação principal, ou seja, a inobservância da obrigação acessória faz com que se
converta em obrigação principal.
Ex.: Partido político é imune a impostos, então não paga imposto, mas ele tem que fazer
declaração de imposto de renda, ou seja, ele não tem obrigação principal, mas tem a
acessória. Se ele não declarar IR deverá pagar multa por falta de obrigação instrumental.
Ao não observar uma obrigação acessória gera uma multa (obrigação de pagar) que é
uma obrigação principal, ou seja, a obrigação acessória foi transformada em principal.

• HIT e FIT: FG é expressão utilizada pelo CTN que se refere a 2 momentos


diferentes, já que representa a hipótese de incidência tributária que é a previsão
geral e abstrata e também o fato imponível tributário que é o fato concreto e
individual ocorrido no mundo jurídico.

Art. 114, CTN: CF cria competências, ente federado cria tributos por meio de uma lei (lei
geral e abstrata, vale para todos e sem aplicar no caso concreto) prevendo hipóteses que
podem acontecer.
Ex.: Quando a lei fala em circular mercadoria está só na lei.

Art. 115, CTN:


OBS.: Legislação tributária é mais ampla do que lei (que é em sentido estrito). Então, a
obrigação acessória pode estar em um decreto, portaria.

Art. 116, CTN: Ocorre FG quando se tem fato, é a situação ocorrida no mundo concreto,
fato jurídico ocorrido. Alguém no mundo real praticou exatamente a conduta prevista
pela norma, fazendo surgir, assim, a obrigação tributária.
Ex.: Matar alguém (HIT)/João matou Maria (FIT).
Fato é passado, é um fato porque aconteceu e esse acontecimento gera uma obrigação
tributária.

− Aspectos/critérios da norma de incidência: A lei tributária deve prever 5


aspectos mínimos para que seja possível a incidência tributária. Quando ocorrer
o fato deve se analisar se os 5 aspectos correspondem exatamente aos aspectos
da hipótese, ou seja, para o surgimento da obrigação tributária deve acontecer a
subsunção perfeita entre a hipótese e o fato.

HIT e FIT possuem 5 aspectos, se faltar uma correspondência não há incidência de


tributo, ou seja, a subsunção tem que ser perfeita entre a hipótese e o fato.

- Aspectos (METPQ):

1. Aspecto material: O que será tributado, representado por um verbo e um


complemento (ex.: circular mercadoria/circulou mercadoria).

2. Aspecto espacial: Território da ocorrência do fato e onde irá surgir a incidência.


Esse aspecto dependerá da competência constitucional tributária. É onde incide
o tributo.

3. Aspecto temporal: Quando irá incidir o tributo.

4. Aspecto pessoal: Divide-se em sujeito ativo e sujeito passivo.

Sujeito ativo detém a competência tributária prevista nos arts. 119 e 120, CTN.
Sujeito passivo é o contribuinte ou responsável tributário.

OBS.: Art. 123, CTN: Sujeição passiva é aquela prevista em lei, independente do que
previsto em contrato (ex.: sujeito passivo do IPTU).
OBS.: Capacidade do sujeito passivo: Capacidade civil não se confunde com capacidade
tributária, ou seja, a capacidade para ser sujeito passivo em uma relação jurídica
tributária independe da capacidade civil ou empresarial.

5. Aspecto quantitativo: Divide-se em base de cálculo e alíquota, sendo que a base


de cálculo é unidade de medida fixada em lei e a alíquota será o multiplicador
representado por uma porcentagem ou de forma específica (ex.: valor venal do
imóvel x alíquota imposta pela legislação municipal).

17/08/2022

• Crédito tributário: É o direito de o estado cobrar do contribuinte o pagamento do


tributo decorrente da relação jurídica tributária. Vale ressaltar que o crédito
tributário não se confunde com a obrigação tributária que nasce com o fato
imponível tributário. Em outras palavras, crédito tributário é o produto da
obrigação tributária principal, representado pelo valor que o sujeito passivo terá
que pagar.

Art. 139, CTN: Crédito tributário decorre da obrigação principal.


- Obrigação tributária principal é uma relação jurídica de natureza pecuniária, em que
há um credor (estado, sujeito ativo) e um devedor (contribuinte, sujeito passivo), essa
obrigação possui um objeto (crédito tributário).

Tem uma obrigação tributária e tem que cumprir, se não tiver algo formalizado não pode
cobrar, deve ter crédito tributário.
Enquanto o tributo não estiver no mundo jurídico só existe lá fora.
Ex.: Passei no sinal vermelho, só vou pagar multa se chegar algum papel em casa.

- Quando a hipótese de incidência encontra no mundo real um fato que se enquadra


perfeitamente aos seus critérios (subsunção), nasce a obrigação tributária entre os
sujeitos, que tem como objeto o pagamento do tributo (crédito).

− Características do crédito:
1. Líquido: Valor está plausível
2. Certo: Existência, sem dúvidas que a pessoa tem um crédito
3. Exigível: Vencido

- Crédito surge quando se torna certo, líquido e exigível

OBS.: STF disse que são cobrados com base em faturamento e dentro desse faturamento
tem ICMS, base de cálculo não pode ter outro imposto, porque se não teria 2 tributos em
cima de um mesmo fato, então sobre a base de cálculo de PSI COFINS tira o ICMS.

− Lançamento: O crédito tributário é constituído pelo lançamento, que é um


procedimento administrativo que irá formalizar e analisar se realmente houve a
subsunção do fato à norma tornando o crédito líquido, certo e exigível. Em outras
palavras, lançamento é o ato praticado pelas autoridades fiscais para
formalização do crédito.

Obrigação tributária nasce com o fato, crédito nasce com o lançamento.


Ex.: Obrigação de pagar a multa é quando passa no sinal vermelho e o crédito quando
recebe a folha em casa.

Art. 142, CTN: Lançamento: Procedimento administrativo, conjunto de atos


administrativos formalizados em um processo administrativo, tendente a verificar as
questões do FG (critério METQP).
- Lançamento corresponde a um ato administrativo vinculado e obrigatório para a
autoridade fiscal.

Há 5 elementos abstratos que devem ser comparados com 5 elementos do fato concreto
para saber se teve subsunção, esse comparativo é feito pelo lançamento.
Portanto, o lançamento formaliza a subsunção tributária, tornando o crédito certo,
líquido e exigível.

Art. 144, CTN: Lançamento reporta-se a data da ocorrência do fato gerador da obrigação.

- Modalidades de lançamento:

1. Lançamento de ofício (art. 149, CTN): O lançamento de ofício é aquele realizado


apenas pelo fisco que apura e lança o tributo. Uma vez realizado o lançamento o
contribuinte será notificado para apresentar defesa (ex.: auto de infração e
imposição de multa). Portanto, só a autoridade trabalha.

O lançamento de ofício é feito pela autoridade quando:


I. A lei determinar (nesse caso não há qualquer intervenção do sujeito passivo)
II. O sujeito passivo faz a declaração, mas não presta satisfatoriamente (não há exatidão,
há omissão, erro, dolo, fraude, simulação), ou seja, o lançamento por homologação feito
sem exatidão. Lançamento do fisco é complementar nesses casos.

Ex.: Fazenda calcula quanto tem de área no terreno por satélite e eu recebo a conta para
pagar.

DE OFÍCIO = FISCO

2. Lançamento por declaração (art. 147, CTN): Essa modalidade de lançamento


ocorre quando o contribuinte fornece ao fisco informações e elementos para que
o próprio fisco apure e lance o tributo que posteriormente irá notificar para o
pagamento. Portanto, o fisco lança com base em declarações indispensáveis.

Ex.: Trazer iPhone e receber papel no avião prestando informações essenciais do que está
na mala, o fisco calcula e devolve o papel para pagar, quem fez o lançamento foi o fisco
com base na minha informação.

POR DECLARAÇÃO = CONTRIBUINTE + FISCO

3. Homologação (art. 150, CTN): Nesse tipo de lançamento o contribuinte apura e


paga antecipadamente, cabendo ao fisco concordar ou não com o sujeito passivo.
Vale ressaltar que nem sempre que houver uma obrigação tributária acessória de
declaração o lançamento será da espécie declaração. Importante ainda se destacar
que o sujeito ativo possui 5 anos para homologar ou lançar de ofício a diferença,
sendo que passado o referido prazo a homologação será tácita.

Só o contribuinte trabalha, ele lança o tributo e o fisco só olha.


Homologar: Dar validade

Sum. 436, STJ: Lançamento por homologação, se reconhece está confessando a dívida e
o fisco só manda para execução fiscal.

HOMOLOGAÇÃO = CONTRIBUINTE

24/08/2022

− Arbitramento: Não é uma quarta modalidade de lançamento. É a possibilidade


da autoridade fiscal arbitrar.

Art. 148, CTN: Lançamento é por ofício utilizando a técnica de arbitramento.


O art. 148, CTN estabelece que em casos de omissão ou aqueles em que a informação do
sujeito passivo ou terceiros não mereçam fé seja possível que, mediante processo
administrativo regular, seja possível lançar de ofício mediante a técnica de arbitramento
da base de cálculo, ou seja, o fisco impõe um valor por método comparativo. Apesar do
nome não é espécie autônoma de lançamento, já que se trata de lançamento de ofício.

Ex.: A fazenda pública pede livros da loja Lívia para fiscalizar e vê que fatura 3.000 por
mês de acordo com os livros, mas a loja aparenta ter faturamento maior. Fiscal fala que
livros não merecem fé porque tem indícios de não ser real. Compara faturamento com o
de outras lojas de mesmo padrão, que faturam aproximadamente 1.000.000, portanto a
loja Lívia fatura por arbitramento algo em torno de 1.000.000.

Art. 114, VIII, CLT: Execução de ofício das contribuições sociais (contribuições sociais
que ele julgar deve executar de ofício).
Ex.: Empregados não registrados e um entra na JT para reconhecer o vínculo desde 2018,
mas não há recolhimento de contribuição social.
Após juiz sentenciar ele executa de ofício os tributos decorrentes do reconhecimento do
vínculo empregatício.
Seria uma espécie nova de lançamento?
É um lançamento de ofício que não é feito pela autoridade administrativa (é o poder
judiciário)

OBS.: O art. 114, VIII, CF fixou para a JT a competência de executar de ofício os tributos
decorrentes das sentenças que proferir.
Não é uma nova espécie de lançamento, mas com procedimento diverso daquele
previsto no CTN por força constitucional

• Fenômenos que podem afetar o crédito tributário: Suspensão da exigibilidade,


extinção ou exclusão.

− Suspensão do crédito: A suspensão é da exigibilidade do crédito. Há hipóteses


em que a exigibilidade do crédito fica suspensa, impedindo que a fazenda
pública pratique atos de cobrança contra o devedor tributário, ou seja, o poder
público não pode cobrar tributos do sujeito passivo temporariamente.
Art. 151, CTN: Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: Moratória, depósito do
montante integral, reclamações e recursos, concessão de medida liminar, parcelamento.

§único: A suspensão é da exigibilidade do crédito e alcança somente a parte econômica


da obrigação (principal), NÃO suspende o cumprimento de obrigações instrumentais
(ex.: liminar/tutela para não pagar IR, não é por isso que deixará de declarar o IR).

CF cria competência – HIT – FIT – lançamento – execução fiscal – extinção

Uma vez lançado, suspende a exigibilidade do crédito tributário, ele está pronto para a
execução fiscal, passa a ser líquido, certo e exigível, suspendendo a exigência dele para
que interrompa o andamento da cobrança.

- Casos da suspensão da exigibilidade (somente a lei pode trazer hipótese de suspensão):

Todo lançamento estabelece data de vencimento, após esse prazo o devedor encontra-se
em mora e sujeito ao pagamento de juros e multas.
No caso da moratória (I) e parcelamento (VI) o sujeito passivo já deve o tributo, só se
discute a possibilidade de postergar o pagamento dos montantes atrasados. Dessa
forma, o estado, pode meio de lei, conceder ao sujeito passiva em atraso um prazo
adicional para o pagamento, para incentivar o recolhimento.

Os demais casos de suspensão o sujeito passivo deve propor a medida jurídica no


período entre o lançamento e a data do vencimento, para que o efeito suspensivo afaste
incidência de penalidade, uma vez que o interessado agiu tempestivamente, e para
discutir a exigibilidade do crédito.

I. Moratória (art. 152 a 155, CTN): Dar moratória é dar um tempo maior para pagar.
A moratória ocorre quando o poder público prorroga o prazo para pagamento
do crédito tributário dependendo sempre de uma lei específica (art. 153). Essa
moratória pode ser concedida em caráter geral ou individual, sendo que a última
depende também de uma norma complementar reconhecendo o benefício. Vale
ressaltar que este benefício pode ser revogado a qualquer tempo nas hipóteses
do art. 155 sem gerar direito adquirido.
Art. 152, CTN: Moratória pode ser concedida em caráter geral ou individual.
Ex.: Geral: lei dispõe que nenhuma pessoa precisa pagar agora.
Individual: lei e despacho da autoridade administrativa reconhecendo que uma pessoa
tem direito a moratória (ex.: idosos podem pagar IPTU posteriormente).

Art. 155, CTN: Concessão de moratória em caráter individual não gera direito adquirido
e pode ser revogado.
Ex.: Autoridade vê que o legítimo proprietário não é um idoso, a matrícula foi fraudada.
O benefício é retirado e cobra o crédito com multa e juros.

II. Depósito do montante integral (art. 151, II, CTN): O depósito do montante
integral NÃO é pagamento já que permanece depositado em instituição
financeira vinculado ao processo de forma voluntária. Com isso é possível
certidão positiva com efeitos negativos e o débito não será corrigido ou não será
imposta multa ao contribuinte.

É uma das medidas destinada à discussão do lançamento. Quando a pessoa toma ciência
do lançamento por notificação pode efetuar o depósito antes do vencimento, para evitar
fluência de juros e multas.

Não é pagamento e nem consignação (é como se fosse).

É a melhor hipótese de suspender a exigibilidade (NÃO é a única. Juiz não pode alegar
que não suspenderá a exigibilidade porque não há o depósito do montante integral, até
porque é uma das hipóteses de suspensão, não existe somente ela).

Vantagem: Obtém certidão e se a discussão for improcedente já está pago (sem juros e
mora).

Sum. 112, STJ: O depósito só suspende a exigibilidade se for integral (não pode falta nem
1 centavo) e em dinheiro.
Valor integral: Valor total exigido pelas autoridades fiscais. Em caso de depósito
insuficiente juiz intimará sujeito para completar.
No caso de depósito parcial, autoridade fiscal fará o lançamento complementar, para
poder exigir a diferença entre o valor devido e o depositado, acrescido de multa e juros.

SV 21: Depósito de montante integral é uma FACULDADE, não é uma exigência. Não
precisa de depósito prévio para se defender administrativamente.
SV28: Não precisa de depósito para ajuizar ação.
31/08/22

- Levantamento: Uma vez realizado o depósito o seu levantamento, na visão do STJ, só


será possível com a decisão de mérito da ação.
Ex.: Loja recebeu auto de infração de 1.000.000 e loja deposita esse valor. Posteriormente,
vai discutir o auto de infração. A loja quer abrir uma nova unidade e precisa do 1.000.000
e pergunta ao advogado se pode trocar (retirar dinheiro que pagou e parcelar). A maioria
da jurisprudência e STJ entende que não é possível, que só levanta o dinheiro quando
decidir o mérito.
OBS.: Mérito: Tem quem entende que é o trânsito em julgado e quem entende que é a
sentença.

III. Recursos administrativos: A simples interposição de recurso administrativo


suspende a exigibilidade do crédito independente do depósito do montante
integral e assim permanecerá até a decisão final na esfera administrativa.

O lançamento inaugura o prazo (30 dias, em regra) para que o interessado promova o
pagamento ou apresente impugnação, caso discorde do montante exigido. Essa
impugnação é chamada de reclamações e recursos.
Qualquer recurso administrativo suspende a exigibilidade (especialmente os
decorrentes do lançamento de ofício que já gera possibilidade de defesa do contribuinte),
independente de depósito integral.

OBS.: Suspende só a exigibilidade, não o andamento do processo.

Prova: Suspende a exigibilidade, não o andamento do processo (nenhum ato processual,


pode citar ele). Suspensão de atos de cobrança

Qualquer decisão judicial ira suspender a exigibilidade do crédito tributário.


Apesar do 151, IV, V restringir a liminar ou tutela antecipada entende-se que qualquer
decisão de tutela poderá suspender a exigibilidade do crédito.

IV. Parcelamento (155-A, CTN): Decorre de lei, que autoriza a concessão de


parcelamento.

Existem parcelamentos ordinários e excepcionais


§1º: Parcelamento de crédito não exclui juros e multa, NÃO é regra, não é sempre que
tem parcelamento que tem desconto (sai no jornal que há programa de parcelamento
incentivado da prefeitura e tem desconto de multas e juros, isso não é regra, mas é um
incentivo de ir e pagar).
Aceitar o parcelamento reconhece a dívida.
Geralmente parcelamento e termo de adesão tem cláusula de que reconhece a dívida, é
uma confissão de dívida (novação).
Desconstituir termo de adesão: Só se envolver discussão constitucional

§4º: Há lei de parcelamento (geral) e lei de parcelamento exclusiva para RJ.


Todo ente federado deveria ter uma lei geral e uma específica para RJ, se o ente federado
não tem a específica de RJ, aplica-se a lei geral do município, mas o prazo não pode ser
inferior ao que está exposto na lei federal.

O parcelamento é uma medida prevista em lei que permite que o contribuinte pague os
tributos de forma incentivada implicando na confissão da dívida e que pode ou não
implicar em redução da multa e juros. No caso de RJ o CTN prevê que os entes federados
devem editar lei especifica (art. 155-A, §3º). No caso de inexistência de lei específica de
RJ será aplicado a lei geral do ente federado desde que o prazo não seja inferior ao da
legislação específica da lei federal
− Extinção do crédito: Os casos de extinção estão previstos no art. 156, CTN e seu
meio mais comum é o pagamento. Vale destacar que uma vez extinto o crédito,
extingue a obrigação.

Art. 156, CTN: Ocorridos um desses casos acaba o crédito e a dívida.


Se extingue o crédito extingue a dívida principal

14/09/2022
FAZER QUESTÕES. Roberto p. 675
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