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Marcelo Signorini
03/08/2022
Algumas vezes terá obrigação acessória sem a principal, por isso é chamada também de
instrumental, porque é realizada por um instrumento.
A nomenclatura “acessória” dá a entender que as obrigações possuem dependência ou
vínculo, mas não necessariamente o acessório segue o principal, por isso a denominação
acessória é equivocada.
Ex.: Proprietário de veículo deve pagar IPVA (obrigação principal), mas não precisa
contribuir de nenhuma forma para sua apuração.
Ex.: Igreja não paga IPTU porque tem imunidade, mas presta declaração do imposto de
renda, tem obrigação acessória de realizar a declaração de IR.
Ex.: Mesmo não sendo obrigada a declarar IR, se eu quiser posso.
10/08/22
Art. 114, CTN: CF cria competências, ente federado cria tributos por meio de uma lei (lei
geral e abstrata, vale para todos e sem aplicar no caso concreto) prevendo hipóteses que
podem acontecer.
Ex.: Quando a lei fala em circular mercadoria está só na lei.
Art. 116, CTN: Ocorre FG quando se tem fato, é a situação ocorrida no mundo concreto,
fato jurídico ocorrido. Alguém no mundo real praticou exatamente a conduta prevista
pela norma, fazendo surgir, assim, a obrigação tributária.
Ex.: Matar alguém (HIT)/João matou Maria (FIT).
Fato é passado, é um fato porque aconteceu e esse acontecimento gera uma obrigação
tributária.
- Aspectos (METPQ):
Sujeito ativo detém a competência tributária prevista nos arts. 119 e 120, CTN.
Sujeito passivo é o contribuinte ou responsável tributário.
OBS.: Art. 123, CTN: Sujeição passiva é aquela prevista em lei, independente do que
previsto em contrato (ex.: sujeito passivo do IPTU).
OBS.: Capacidade do sujeito passivo: Capacidade civil não se confunde com capacidade
tributária, ou seja, a capacidade para ser sujeito passivo em uma relação jurídica
tributária independe da capacidade civil ou empresarial.
17/08/2022
Tem uma obrigação tributária e tem que cumprir, se não tiver algo formalizado não pode
cobrar, deve ter crédito tributário.
Enquanto o tributo não estiver no mundo jurídico só existe lá fora.
Ex.: Passei no sinal vermelho, só vou pagar multa se chegar algum papel em casa.
− Características do crédito:
1. Líquido: Valor está plausível
2. Certo: Existência, sem dúvidas que a pessoa tem um crédito
3. Exigível: Vencido
OBS.: STF disse que são cobrados com base em faturamento e dentro desse faturamento
tem ICMS, base de cálculo não pode ter outro imposto, porque se não teria 2 tributos em
cima de um mesmo fato, então sobre a base de cálculo de PSI COFINS tira o ICMS.
Há 5 elementos abstratos que devem ser comparados com 5 elementos do fato concreto
para saber se teve subsunção, esse comparativo é feito pelo lançamento.
Portanto, o lançamento formaliza a subsunção tributária, tornando o crédito certo,
líquido e exigível.
Art. 144, CTN: Lançamento reporta-se a data da ocorrência do fato gerador da obrigação.
- Modalidades de lançamento:
Ex.: Fazenda calcula quanto tem de área no terreno por satélite e eu recebo a conta para
pagar.
DE OFÍCIO = FISCO
Ex.: Trazer iPhone e receber papel no avião prestando informações essenciais do que está
na mala, o fisco calcula e devolve o papel para pagar, quem fez o lançamento foi o fisco
com base na minha informação.
Sum. 436, STJ: Lançamento por homologação, se reconhece está confessando a dívida e
o fisco só manda para execução fiscal.
HOMOLOGAÇÃO = CONTRIBUINTE
24/08/2022
Ex.: A fazenda pública pede livros da loja Lívia para fiscalizar e vê que fatura 3.000 por
mês de acordo com os livros, mas a loja aparenta ter faturamento maior. Fiscal fala que
livros não merecem fé porque tem indícios de não ser real. Compara faturamento com o
de outras lojas de mesmo padrão, que faturam aproximadamente 1.000.000, portanto a
loja Lívia fatura por arbitramento algo em torno de 1.000.000.
Art. 114, VIII, CLT: Execução de ofício das contribuições sociais (contribuições sociais
que ele julgar deve executar de ofício).
Ex.: Empregados não registrados e um entra na JT para reconhecer o vínculo desde 2018,
mas não há recolhimento de contribuição social.
Após juiz sentenciar ele executa de ofício os tributos decorrentes do reconhecimento do
vínculo empregatício.
Seria uma espécie nova de lançamento?
É um lançamento de ofício que não é feito pela autoridade administrativa (é o poder
judiciário)
OBS.: O art. 114, VIII, CF fixou para a JT a competência de executar de ofício os tributos
decorrentes das sentenças que proferir.
Não é uma nova espécie de lançamento, mas com procedimento diverso daquele
previsto no CTN por força constitucional
Uma vez lançado, suspende a exigibilidade do crédito tributário, ele está pronto para a
execução fiscal, passa a ser líquido, certo e exigível, suspendendo a exigência dele para
que interrompa o andamento da cobrança.
Todo lançamento estabelece data de vencimento, após esse prazo o devedor encontra-se
em mora e sujeito ao pagamento de juros e multas.
No caso da moratória (I) e parcelamento (VI) o sujeito passivo já deve o tributo, só se
discute a possibilidade de postergar o pagamento dos montantes atrasados. Dessa
forma, o estado, pode meio de lei, conceder ao sujeito passiva em atraso um prazo
adicional para o pagamento, para incentivar o recolhimento.
I. Moratória (art. 152 a 155, CTN): Dar moratória é dar um tempo maior para pagar.
A moratória ocorre quando o poder público prorroga o prazo para pagamento
do crédito tributário dependendo sempre de uma lei específica (art. 153). Essa
moratória pode ser concedida em caráter geral ou individual, sendo que a última
depende também de uma norma complementar reconhecendo o benefício. Vale
ressaltar que este benefício pode ser revogado a qualquer tempo nas hipóteses
do art. 155 sem gerar direito adquirido.
Art. 152, CTN: Moratória pode ser concedida em caráter geral ou individual.
Ex.: Geral: lei dispõe que nenhuma pessoa precisa pagar agora.
Individual: lei e despacho da autoridade administrativa reconhecendo que uma pessoa
tem direito a moratória (ex.: idosos podem pagar IPTU posteriormente).
Art. 155, CTN: Concessão de moratória em caráter individual não gera direito adquirido
e pode ser revogado.
Ex.: Autoridade vê que o legítimo proprietário não é um idoso, a matrícula foi fraudada.
O benefício é retirado e cobra o crédito com multa e juros.
II. Depósito do montante integral (art. 151, II, CTN): O depósito do montante
integral NÃO é pagamento já que permanece depositado em instituição
financeira vinculado ao processo de forma voluntária. Com isso é possível
certidão positiva com efeitos negativos e o débito não será corrigido ou não será
imposta multa ao contribuinte.
É uma das medidas destinada à discussão do lançamento. Quando a pessoa toma ciência
do lançamento por notificação pode efetuar o depósito antes do vencimento, para evitar
fluência de juros e multas.
É a melhor hipótese de suspender a exigibilidade (NÃO é a única. Juiz não pode alegar
que não suspenderá a exigibilidade porque não há o depósito do montante integral, até
porque é uma das hipóteses de suspensão, não existe somente ela).
Vantagem: Obtém certidão e se a discussão for improcedente já está pago (sem juros e
mora).
Sum. 112, STJ: O depósito só suspende a exigibilidade se for integral (não pode falta nem
1 centavo) e em dinheiro.
Valor integral: Valor total exigido pelas autoridades fiscais. Em caso de depósito
insuficiente juiz intimará sujeito para completar.
No caso de depósito parcial, autoridade fiscal fará o lançamento complementar, para
poder exigir a diferença entre o valor devido e o depositado, acrescido de multa e juros.
SV 21: Depósito de montante integral é uma FACULDADE, não é uma exigência. Não
precisa de depósito prévio para se defender administrativamente.
SV28: Não precisa de depósito para ajuizar ação.
31/08/22
O lançamento inaugura o prazo (30 dias, em regra) para que o interessado promova o
pagamento ou apresente impugnação, caso discorde do montante exigido. Essa
impugnação é chamada de reclamações e recursos.
Qualquer recurso administrativo suspende a exigibilidade (especialmente os
decorrentes do lançamento de ofício que já gera possibilidade de defesa do contribuinte),
independente de depósito integral.
O parcelamento é uma medida prevista em lei que permite que o contribuinte pague os
tributos de forma incentivada implicando na confissão da dívida e que pode ou não
implicar em redução da multa e juros. No caso de RJ o CTN prevê que os entes federados
devem editar lei especifica (art. 155-A, §3º). No caso de inexistência de lei específica de
RJ será aplicado a lei geral do ente federado desde que o prazo não seja inferior ao da
legislação específica da lei federal
− Extinção do crédito: Os casos de extinção estão previstos no art. 156, CTN e seu
meio mais comum é o pagamento. Vale destacar que uma vez extinto o crédito,
extingue a obrigação.
14/09/2022
FAZER QUESTÕES. Roberto p. 675
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